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quinta-feira, novembro 09, 2023

Notícia sobre os melhores amigos das mulheres...

Cientistas descobrem como os diamantes chegam à superfície (e onde os podemos encontrar)

 

 

“Um diamante é para sempre.” Este slogan icónico, cunhado para uma campanha publicitária altamente bem-sucedida na década de 40, vendeu estas pedras como um símbolo de compromisso eterno e unidade.

Mas uma nova pesquisa publicada na Nature, sugere que os diamantes também podem ser um sinal de separação – das placas tectónicas da Terra, isto é. E pode até dar pistas sobre onde é melhor procurá-los.

Os diamantes, sendo as pedras naturais mais duras, requerem pressões e temperaturas intensas para se formarem. Essas condições são alcançadas apenas profundamente na Terra. Então, como é que eles chegam até à superfície?

Os diamantes são transportados em rochas fundidas, ou magmas, chamados quimberlitos. Até agora, não sabíamos que processo fazia com que os quimberlitos disparassem repentinamente através da crosta terrestre, após milhões, ou mesmo milhares de milhões, de anos escondidos sob os continentes.

  

A maioria dos geólogos concorda que as erupções explosivas que libertam diamantes acontecem em sincronia com o ciclo de supercontinentes: um padrão recorrente de formação e fragmentação de massas de terra que tem definido milhares de milhões de anos da história da Terra.

No entanto, os mecanismos exatos subjacentes a esta relação são debatidos. Surgiram duas teorias principais.

Uma propõe que os magmas quimberlíticos exploram as “feridas” criadas quando a crosta terrestre é esticada ou quando as placas tectónicas se separam. A outra teoria envolve plumas mantélicas, que são colossais ascensões de rocha fundida a partir da fronteira entre o núcleo e o manto, localizadas a cerca de 2900 km de profundidade.

Ambas as ideias, no entanto, não estão isentas de problemas. Em primeiro lugar, a parte principal da placa tectónica, conhecida como litosfera, é incrivelmente forte e estável. Isto dificulta a penetração das fraturas, que permitem que o magma escoe.

Além disso, muitos quimberlitos não têm os “sabores” químicos que esperaríamos encontrar em rochas derivadas de plumas mantélicas.

Em contraste, pensa-se que a formação de quimberlitos envolve graus extremamente baixos de fusão de rochas mantélicas, muitas vezes menos de 1%. Então, é necessário outro mecanismo. O novo estudo oferece uma possível resolução para este enigma de longa data.

Os autores usaram análises estatísticas, com a ajuda da inteligência artificial (IA) – para examinar forensemente a ligação entre a separação continental e o vulcanismo quimberlítico. Os resultados globais mostraram que as erupções da maioria dos vulcões qimberlíticos ocorreram entre 20 e 30 milhões de anos após a separação tectónica dos continentes da Terra.

Além disso, o estudo regional que visou o os três continentes onde estão a maioria dos quimberlitos – África, América do Sul e América do Norte – apoiou esta descoberta e acrescentou uma grande pista: as erupções de quimberlitos tendem a migrar gradualmente das extremidades continentais para os interiores ao longo do tempo, a uma taxa que é uniforme nos continentes.

Isso levanta a questão: que processo geológico poderia explicar estes padrões? Para responder a essa questão, os cientistas usaram vários modelos de computador para capturar o comportamento complexo dos continentes.

 

Efeito dominó

Os autores sugerem que um efeito dominó pode explicar como a separação dos continentes acaba por levar à formação de magma quimberlítico. Durante a separação, uma pequena região da raiz continental – áreas de rocha espessa localizadas sob alguns continentes – é perturbada e afunda no manto subjacente.

Aqui, há um afundamento de material mais frio e a ascensão do manto quente, causando um processo chamado convecção orientada pelo limite. Os modelos mostram que essa convecção desencadeia padrões de fluxo semelhantes que migram sob o continente próximo.

Os modelos mostram que, enquanto varrem ao longo da raiz continental, estes fluxos disruptivos removem uma quantidade substancial de rocha, com dezenas de quilómetros de espessura, da base da placa continental.

Vários outros resultados dos modelos de computador mostram que este processo pode reunir os ingredientes necessários nas quantidades certas para provocar apenas a fusão suficiente para gerar quimberlitos ricos em gás. Uma vez formados, e com grande flutuabilidade fornecida pelo dióxido de carbono e água, o magma pode subir rapidamente à superfície.

 

Encontrar novos depósitos de diamantes

Este modelo não contradiz a associação espacial entre quimberlitos e plumas mantélicas. Pelo contrário, a separação das placas tectónicas pode ou não resultar do aquecimento, afinamento e enfraquecimento da placa causados pelas plumas.

No entanto, a pesquisa mostra claramente que os padrões espaciais, temporais e químicos observados na maioria das regiões ricas em kimberlitos não podem ser adequadamente explicados apenas pela presença de plumas.

Os processos que desencadeiam as erupções que trazem diamantes à superfície parecem ser altamente sistemáticos. Eles começam nos limites dos continentes e migram para o interior a uma taxa relativamente uniforme.

Essa informação pode ser usada para identificar os possíveis locais e momentos de erupções vulcânicas passadas ligadas a este processo, dando pistas que poderiam permitir a descoberta de depósitos de diamantes e outros elementos raros necessários para a transição para as energias verdes.

 

in ZAP

quarta-feira, setembro 13, 2023

O Kilauea, na Big Island do Havai, está em erupção...!

Filme impressionante, do USGS, da nova erupção do Kilauea:



Para quem quer ver, ao vivo, imagens em direto e da mesma instituição:



quarta-feira, março 01, 2017

O Parque Nacional de Yellowstone foi criado há 145 anos

Old Faithful Geyser

O Parque Nacional de Yellowstone é um parque nacional norte-americano localizado nos estados de Wyoming, Montana e Idaho. É o mais antigo parque nacional no mundo, e um marco na história das áreas protegidas. Foi inaugurado a 1 de março de 1872 e cobre uma área de 8.980 km², estando a maior parte dele no condado de Park, no noroeste do Wyoming. O parque é famoso pelos, entre outras atrações, os seus géiseres, as suas fontes termais e pela variedade de vida selvagem, na qual  se incluem ursos, lobos, bisontes, alces e outros animais. É o centro do grande ecossistema de Yellowstone, que é um dos maiores ecossistemas de clima temperado ainda restantes no planeta. O géiser mais famoso do mundo, denominado Old Faithful, encontra-se neste parque. A cidade mais próxima do parque Yellowstone é Billings, Montana.

Muito antes de haver presença humana em Yellowstone, uma grande erupção vulcânica ejetou um volume imenso de cinza vulcânica que cobriu todo o oeste dos Estados Unidos, a maioria do centro-oeste, o norte do México e algumas áreas da costa leste do Oceano Pacífico. Esta erupção foi muito maior que a famosa erupção do Monte Santa Helena, em 1980. Deixou uma enorme caldeira vulcânica (70 km por 30 km) assente sobre uma câmara magmática. Yellowstone registou três grandes eventos eruptivos nos últimos 2,2 milhões de anos, o último dos quais ocorreu há 640 000 anos. Estas erupções são as de maiores proporções ocorridas na Terra durante esse período de tempo, provocando alterações no clima nos períodos posteriores à sua ocorrência.

(...)

Em 1806, um membro da Expedição de Lewis e Clark, de seu nome John Colter, abandonou esta expedição e juntou-se a um grupo de caçadores de peles. Terá sido o primeiro não nativo a visitar a região e a ter contacto com a realidade dos nativos americanos radicados nessa região. Após ter sobrevivido a danos corporais, sofridos durante uma batalha que envolveu a tribo Crow e tribos Blackfoot, ele terá relatado a existência de um local que denominou de fogo e enxofre. A maior parte das pessoas que ouviram este relato não acreditaram, supondo que se tratasse mais de um delírio, tendo mesmo chamado a esse supostamente imaginário local de Inferno de Colter (Colter's Hell).

Mais tarde, o explorador Jim Bridger, após ter regressado de uma expedição ao parque (1857), contou histórias da existência de fontes em ebulição, de locais onde a água jorrava energicamente e de montanhas repletas de substâncias vítreas e de rochas amarelas. Devido à reputação que Bridger tinha, estes relatos foram largamente ignorados. No entanto, as suas histórias despertaram o interesse do explorador e geólogo Ferdinand Vandeveer Hayden que, em 1859, iniciou uma expedição de 2 anos à área montante do rio Missouri. Nessa expedição levou consigo como guias W.F. Reynolds (explorador do Exército dos Estados Unidos da América) e o próprio Bridger. O grupo aproximou-se da região de Yellowstone mas foi forçado a recuar devido a intensos nevões que então se fizeram sentir. Entretanto começaria a Guerra Civil Americana, impedindo tentativas de exploração mais profundas da região.

Baseado na informação recolhida na expedição de 1869, um grupo de residentes em Montana organizou a expedição Washburn-Langford-Doane (1870), comandada por Henry Washburn. Nathaniel P. Langford (mais tarde conhecido como "National Park" Langford) fazia parte deste grupo, assim como Gustavus Doane, que comandava um destacamento do exército dos EUA. A expedição demorou um mês a explorar a região, fazendo recolha de espécimenes e nomeando os sítios de interesse. É por esta altura que foi esboçada pela primeira vez a ideia de Yellowstone se tornar um Parque Nacional. Essa ideia pertenceu a Cornelius Hedges, um advogado de Montana. A primeira expedição detalhada à área de Yellowstone foi protagonizada pela expedição de Folsom, em 1869.

Em 1871, onze anos após a sua primeira tentativa frustrada, F. V. Hayden conseguiu finalmente condições para explorar a região. Esta expedição, de maiores dimensões, foi patrocinada pelo governo. Hayden elaborou um relatório exaustivo sobre Yellowstone, que incluía fotografias em grande formato elaboradas por William Henry Jackson e pinturas elaboradas por Thomas Moran. Este relatório ajudou a convencer o Congresso dos Estados Unidos a retirar a região da hipótese de leilão público. Em 1 de março de 1872, o presidente Ulysses S. Grant promulgou a criação do Parque Nacional de Yellowstone.