O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Não sei quantas almas tenho Não sei quantas almas tenho. Cada momento mudei. Continuamente me estranho. Nunca me vi nem achei. De tanto ser, só tenho alma. Quem tem alma não tem calma. Quem vê é só o que vê, Quem sente não é quem é, Atento ao que sou e vejo, Torno-me eles e não eu. Cada meu sonho ou desejo É do que nasce e não meu. Sou minha própria paisagem; Assisto à minha passagem, Diverso, móbil e só, Não sei sentir-me onde estou. Por isso, alheio, vou lendo Como páginas, meu ser. O que segue não prevendo, O que passou a esquecer. Noto à margem do que li O que julguei que senti. Releio e digo: "Fui eu ?" Deus sabe, porque o escreveu.
Fernando Pessoa é o mais universal poeta português. Por ter sido educado na África do Sul,
numa escola católica irlandesa, chegou a ter maior familiaridade com o
idioma inglês do que com o português, ao escrever os seus primeiros
poemas nesse idioma. O crítico literário Harold Bloom considerou Pessoa como "Whitman
renascido", e o incluiu no seu cânone entre os 26 melhores escritores
da civilização ocidental, não apenas da literatura portuguesa mas também
da inglesa.
Enquanto poeta, escreveu sob múltiplas personalidades – heterónimos, como Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caeiro
–, sendo estes últimos objeto da maior parte dos estudos sobre a sua
vida e obra. Robert Hass, poeta americano, diz: "outros modernistas como
Yeats, Pound, Elliot inventaram máscaras pelas quais falavam ocasionalmente... Pessoa inventava poetas inteiros."
Vida
1888: Fernando António Nogueira Pessoa nasce, a 13 de junho. É batizado em julho.
1893: Em janeiro, nasce o seu irmão Jorge. A 13 de julho, o pai morre, de tuberculose. A família é obrigada a leiloar parte dos bens.
1894: O irmão de Fernando, Jorge, morre em janeiro. Pessoa
cria o seu primeiro heterónimo. O futuro padrasto, João Miguel Rosa, é
nomeado cônsul interino em Durban, na África do Sul.
1895: Em julho, Fernando escreve o seu primeiro poema e João
Miguel Rosa parte para Durban. Em dezembro, João Miguel Rosa casa-se com
a mãe de Fernando, por procuração.
1896: Em 7 de janeiro, é concedido o passaporte à mãe, e a família parte para Durban. A 27 de novembro, nasce Henriqueta Madalena, irmã do poeta.
1897: Fernando faz o curso primário e a primeira comunhão em West Street.
1898: Nasce, a 22 de outubro, a sua segunda irmã, Madalena Henriqueta.
1899: Ingressa na Durban High School em abril. Cria o pseudónimo Alexander Search.
1900: Em janeiro, nasce o terceiro filho do casal, Luís Miguel. Em junho, Pessoa passa para a Form III e é premiado em francês.
1901: Em junho, é aprovado no exame da Cape School High Examination.
Madalena Henriqueta falece e Fernando começa a escrever as primeiras
poesias em inglês. Em agosto, parte com a família para uma visita a
Portugal.
1902: Em janeiro, nasce, em Lisboa, o seu irmão João Maria. Fernando vai à ilha Terceira em maio. Em junho, a família retorna a Durban. Em setembro, Fernando volta sozinho para Durban.
1903: Submete-se ao exame de admissão à Universidade do Cabo,
tirando a melhor nota no ensaio em inglês e ganhando assim o Prémio
Rainha Vitória.
1904: Em agosto, nasce a sua irmã Maria Clara e em dezembro termina os estudos na África do Sul.
1905: Parte definitivamente para Lisboa, onde passa a viver com a avó Dionísia. Continua a escrever poemas em inglês.
1906: Matricula-se, em outubro, no Curso Superior de Letras. A mãe e o padrasto retornam a Lisboa e Pessoa volta a morar com eles. Falece, em Lisboa, a sua irmã Maria Clara.
1907: A família retorna uma vez mais a Durban. Pessoa passa a
morar com a avó. Desiste do Curso Superior de Letras. Em agosto, a avó
morre. Durante um curto período, Pessoa estabelece uma tipografia.
1908: Começa a trabalhar como correspondente estrangeiro em escritórios comerciais.
1910: Escreve poesia e prosa em português, inglês e francês.
1912: Publica na revista Águia o seu primeiro artigo de crítica literária. Idealiza Ricardo Reis.
1913: Intensa produção literária. Escreve O Marinheiro.
1918: Publica poemas em inglês, resenhados com destaque no "Times".
1920: Conhece Ofélia Queiroz. A sua mãe e seus irmãos voltam para Portugal. Em outubro, atravessa uma
grande depressão, que o leva a pensar em internar-se numa casa de saúde.
Rompe com Ofélia.
1921: Funda a editora Olisipo, onde publica poemas em inglês.
1924: Aparece a revista "Atena", dirigida por Fernando Pessoa e Ruy Vaz.
1925: A 17 de março, morre, em Lisboa, a mãe do poeta.
1926: Dirige com um seu cunhado a "Revista de Comércio e Contabilidade". Requer patente de uma invenção sua.
Senhor, a noite veio e a alma é vil.
Tanta foi a tormenta e a vontade!
Restam-nos hoje, no silêncio hostil,
O mar universal e a saudade.
Mas a chama, que a vida em nós criou,
Se ainda há vida ainda não é finda.
O frio morto em cinzas a ocultou:
A mão do vento pode ergue-la ainda.
Dá o sopro, a aragem - ou desgraça ou ânsia-
Com que a chama do esforço se remoça,
E outra vez conquistaremos a Distância -
Do mar ou outra, mas que seja nossa!
Soldado finlandês com um cocktail molotov durante a Guerra de Inverno
A Guerra de Inverno, também conhecida como a Guerra Soviético-Finlandesa ou Guerra Russo-Finlandesa, começou quando a União Soviética atacou a Finlândia a 30 de novembro de 1939, três meses após o início da Segunda Guerra Mundial. O conflito arrastou-se até 12 de março de 1940,
quando um tratado de paz foi assinado, cedendo 10% do território
finlandês, e 20% da sua capacidade industrial, à União Soviética.
O motivo dos soviéticos não terem vencido tão facilmente como previam
deve-se, por um lado, às purgas de 1937 no comando do Exército
Vermelho e à falta de espírito de luta dos atacantes, e, por outro lado,
ao êxito da resistência finlandesa, liderada pelo marechal Mannerheim.
Como consequência, a União Soviética foi banida da Liga das Nações a 14 de dezembro de 1939. Estaline
tinha esperado conquistar todo o país até ao final de 1939, mas a
resistência finlandesa frustrou as forças soviéticas, que eram em maior
número (mais de 3 soviéticos para 1 finlandês).
O resultado da guerra foi misto. Embora as forças soviéticas
finalmente tivessem conseguido atravessar a defesa finlandesa, nenhum
lado, quer a União Soviética ou a Finlândia, emergiu do conflito
vitorioso. As perdas soviéticas na frente de combate foram tremendas, e a
posição internacional do país sofreu.
E ainda pior, as habilidades de combate do Exército Vermelho foram postas em questão, um facto que contribuiu com um grande impacto para a decisão de Hitler de lançar a Operação Barbarossa.
Finalmente, as forças soviéticas não alcançaram o seu objectivo
primário de conquistar a Finlândia, mas ganharam apenas uma secessão de
território ao longo do Lago Ladoga. Os finlandeses asseguraram a sua soberania e ganharam uma posição internacional considerável.
O tratado de paz de 12 de março de 1940 impediu os preparativoss franco-britânicas de envio de apoio à Finlândia através da Escandinávia do Norte (a campanha Aliada na Noruega) que impediria também o acesso alemão às minas de ferro no norte da Suécia. A invasão pela Alemanha Nazi da Dinamarca e da Noruega, a 9 de abril de 1940 - Operação Weserübung - desviou então a atenção do mundo para a luta pela controlo da Noruega.
A Guerra de Inverno foi um desastre militar para a União Soviética.
Contudo, Estaline aprendeu com este fiasco e compreendeu que o controlo
sobre o Exército Vermelho já não era possível. Após a Guerra de Inverno,
o Kremlin
iniciou o processo de reinstaurar oficiais qualificados e de modernizar
as suas forças, uma decisão que viria a permitir que os soviéticos
resistissem à invasão alemã.
Precedentes
A Finlândia tinha uma longa história como parte do reino sueco quando fora conquistada, em 1808, pela Rússia, tornando-se num estado estabilizante para proteger a então capital russa. Após a revolução que trouxe um governo soviético ao poder na Rússia, a Finlândia declarou-se independente a 6 de dezembro de 1917. Fortes relações entre a Finlândia e a Alemanha foram criadas quando o movimento de independência da Finlândia era apoiado pela Alemanha Imperial durante a Primeira Guerra Mundial. Numa subsequente Guerra Civil tropas Jäger
finlandesas treinadas pelos alemães e tropas regulares alemãs tiveram
um papel crucial. Apenas a derrota da Alemanha na Primeira Guerra
Mundial dificultou o estabelecimento de uma monarquia dependente da Alemanha, sob o poder de Frederico Carlos de Hesse como Rei da Finlândia. Após a guerra, as relações entre a Alemanha e a Finlândia foram mantidas, embora a simpatia finlandesa com os Nacionais Socialistas (nazis) não fosse a melhor.
Com as relações entre a União Soviética e a Finlândia tensas e
congeladas - tanto os dois períodos de russificação forçada, ao virar do
século, como o legado da rebelião socialista na Finlândia, contribuíram
para uma forte desconfiança mútua. Estaline
temia que a Alemanha nazi atacasse mais cedo ou mais tarde, e, que com a
fronteira Soviético-Finlandesa, apenas a 32 quilómetros de distância de Leninegrado, o território finlandês providenciaria uma excelente base para o ataque alemão - algo que Estaline tentava evitar. Em 1932, a União Soviética assinou um pacto de não-agressão com a Finlândia. O acordo foi reafirmado em 1934 para os 10 anos seguintes.
Em abril de 1938
ou possivelmente mais cedo, a União Soviética encetou negociações
diplomáticas com a Finlândia, tentando melhorar as defesas mútuas contra
a Alemanha. A principal preocupação da União Soviética era que a
Alemanha utilizaria a Finlândia como uma ponte para o ataque a
Leninegrado, e começou a fazer exigências ao governo finlandês de
grandes áreas. Mais de um ano passou sem progresso significante e a
situação política na Europa piorou.
A Alemanha nazi e a União Soviética assinaram um pacto mútuo de não-agressão, o pacto Ribbentrop-Molotov, a 23 de agosto de 1939. O pacto também incluía uma cláusula secreta incluindo a divisão dos países da Europa de Leste e bálticos entre os dois países. Foi concordado que a Finlândia estaria na "esfera de influência" soviética. O ataque alemão à Polónia, a 1 de setembro, foi seguido 16 dias depois pela Invasão Soviética da Polónia, a leste. Em apenas algumas semanas tinham dividido o país entre si.
No outono de 1939, após o ataque alemão na Polónia, a União Soviética
finalmente exigiu que a Finlândia concordasse em mover a fronteira mais
25 km para além de Leninegrado, que nesta altura estava apenas a 32
quilómetros da Finlândia. E também exigiu que a Finlândia emprestasse a Peninsula de Hanko à União Soviética por 30 anos para a criação de uma base naval lá. Em troca, a União Soviética oferecia uma grande parte da Carélia (duas vezes tão grande, mas menos desenvolvida).
Mas o governo finlandês recusou-se a seguir as exigências soviéticas. A 26 de novembro os soviéticos simularam um bombardeamento finlandês contra Mainila,
um incidente no qual artilharia soviética bombardeou áreas perto da
vila russa de Mainila, procedendo ao anúncio que um ataque de artilharia
finlandesa tinha matado tropas soviéticas. A União Soviética exigiu que
os finlandeses pedissem desculpas pelo incidente e movessem as suas
forças 20 a 25 quilómetros da fronteira. Os finlandeses negaram qualquer
responsabilidade pelo ataque e recusaram-se a seguir as indicações
soviéticas. A União Soviética utilizou isto como uma desculpa para
quebrar o pacto de não-agressão. A 30 de novembro as forças soviéticas atacaram, com 23 divisões, totalizando 450.000 homens, que rapidamente alcançaram a Linha de Mannerheim.
Um regime fantoche foi criado na vila fronteiriça finlandesa ocupada de Terijoki (hoje Zelenogorsk) a 1 de dezembro de 1939, sob a protecção da República Democrática Finlandesa e liderada por Otto Ville Kuusinen,
ambas por causas diplomáticas (imediatamente tornou-se o único governo
da Finlândia reconhecido pela União Soviética) e por militares
(esperavam que levasse os socialistas e comunistas existentes no
Exército Finlandês a abandonarem a luta) mas não foi particularmente
bem-sucedido. Esta república existiu até 12 de março de 1940, quando foi
eventualmente incorporada na República Socialista Karelo-Finlandesa Russa.
Armistício
No final do inverno tinha-se tornado claro que os russos já estavam
suficientemente fartos da situação, e os representantes alemães
sugeriram que a Finlândia deveria negociar com a União Soviética. As
baixas russas tinham sido enormes e a situação era fonte de um embaraço
político para o regime soviético. Com a Primavera a chegar, as forças
russas viam-se a ficar paralisadas nas florestas, e um esboço de termos
de paz foi apresentado à Finlândia a 12 de fevereiro.
Não apenas os alemães estavam à espera do fim da guerra, mas também os
suecos, que temiam o colapso da Finlândia. Enquanto o gabinete finlandês
hesitava em face às condições duras soviéticas, o rei sueco Gustaf V fez um anúncio público, no qual confirmava que tinha recusado o pedido finlandês de apoio de tropas regulares suecas.
No final de fevereiro, os finlandeses tinham consumido os seus
fornecimentos de munições. Também, a União Soviética tinha finalmente
sido bem-sucedida em avançar através da Linha Mannerheim, anteriormente impenetrável.
Finalmente a 29 de fevereiro de 1940, o governo finlandês tinha concordado em começar as negociações. A 5 de março, o exército soviético tinha avançado de 10 a 15 quilómetros de lá da Linha Mannerheim e tinha entrado nos subúrbios de Viipuri.
Tratado de Paz
No Tratado de Paz de Moscovo de 12 de março a Finlândia foi forçada a ceder a parte finlandesa de Carélia. O território incluía a cidade de Viipuri
(a segunda maior cidade do país), muito do território industrializado
da Finlândia, e partes significantes ainda protegidas pelo exército finlandês: quase 10% do pré-guerra finlandês. Alguns 442.000 carelianos,
12% da população da Finlândia, perderam as suas casas. Militares e
civis foram rapidamente evacuados, devido aos termos do tratado, e
apenas alguns civis escolheram ficar sob a governação soviética.
Os termos de paz foram duros para a Finlândia, ainda mais porque os
soviéticos receberam a cidade de Viipuri, além das suas exigências
pré-guerra. Nem a simpatia por parte da Liga das Nações, Aliados
Ocidentais, e dos suecos em particular, parece ter sido de grande ajuda
aos finlandeses.
A slice of the meteorite, the National Museum of Natural History, the Smithsonian, DC
The Sylacauga meteorite fell on November 30, 1954, at 14:46 local time (18:46 UT) in Oak Grove, Alabama, near Sylacauga. It is commonly called the Hodges meteorite because a fragment of it struck Ann Elizabeth Hodges (1920–1972).
Importance
The Sylacauga meteorite is the first documented extraterrestrial object to have injured a human being in the USA. The grapefruit-sized fragment crashed through the roof of a frame house, bounced off a large wooden console radio, and hit Hodges while she napped on a couch. The 34-year-old woman was badly bruised on one side of her body but able to walk. The event received worldwide publicity.
The Sylacauga meteorite is not the only extraterrestrial object to have struck a human. A manuscript published at Tortona, Italy, in 1677 tells of a Milanese friar who was killed by a meteorite. In 1992 a small meteorite fragment (3 g) hit a young Ugandan boy in Mbale, but it had been slowed down by a tree and did not cause any injury.
Fireball
The meteor made a fireball visible from three states as it streaked through the atmosphere, even though it fell early in the afternoon. There were also indications of an air blast, as witnesses described hearing "explosions or loud booms".
Following events
The United States Air Force sent a helicopter to take the meteorite. Eugene Hodges, the husband of the woman who was struck, hired a lawyer to get it back. The Hodges' landlord, Bertie Guy, also claimed it, wanting to sell it to cover the damage to the house. There were offers of up to $5,000 for the meteorite. By the time it was returned to the Hodgeses, over a year later, public attention had diminished, and they were unable to find a buyer willing to pay.
Ann Hodges was uncomfortable with the public attention and the stress of the dispute over ownership of the meteorite. She donated it to the Alabama Museum of Natural History in 1956.
The day after the fall, local African-American farmer Julius McKinney came upon the second-largest fragment from the same meteorite. An Indianapolis-based lawyer purchased it for the Smithsonian Institution. The McKinney family was able to use the money to purchase a car, new house, and land.
Fragments
Upon the entry within the atmosphere the Sylacauga meteorite fragmented in at least 3 pieces:
The Hodges fragment (3.86 kilograms - 33°11′18.1″N 86°17′40.2″W) struck Ann Elizabeth Hodges.
The McKinney fragment (1.68 kilograms - 33°13′08.4″N 86°17′20.7″W) was found the next day December 1, 1954 by Julius Kempis McKinney, an African-American farmer, who sold the meteorite fragment he found to purchase a house and more land.
A third fragment is believed to have impacted somewhere near Childersburg (a few km north-west of Oak Grove).
Classification
The Sylacauga meteorite is classified as an ordinary chondrite of H4 group.
Orbit
The meteoroid came in on the sunward side of the Earth, so when it hit it had passed the perihelion and was travelling outward from the Sun. Considering the orbit estimations, the best candidate as parent body is 1685 Toro.
Ed Howard, then Sylacauga mayor, Ann Hodges and then Sylacauga Police Chief W.D. Ashcraft pose with a meteorite underneath the point where it crashed through Hodges' house in 1954
Moody Jacobs shows a giant bruise on the side and hip of his patient, Ann Hodges, in 1954, after she was struck by a meteorite
Interior view of a hole in the ceiling of the rental home where Ann Elizabeth Hodges and her husband lived, through which she was struck by a falling meteorite, Sylacauga, Alabama
Filho de um militar, José Pedro Amaro dos Santos Reis, o seu nome completo, nasceu na noite do dia 14 de setembro de 1956, na ala do exército do Hospital da Estrela, em Lisboa.
Zé Pedro fundou os Xutos ao colocar um anúncio no jornal: "Baterista e baixista precisam-se para grupo punk". Zé Pedro é conhecido pela sua enorme alegria em cima do palco e fora dele.
Apesar de ser o guitarrista ritmo da banda, ele é considerado um ícone para o rock português e é compositor de alguns clássicos dos Xutos como "Submissão" (onde participa como vocalista) e "Não Sou o Único".
Em meados dos anos 90, durante uma pausa dos Xutos, participou em conjunto com o colega de banda, Kalú, na banda de Jorge Palma, Palma’s Gang.
Zé Pedro chegou a ser consumidor de drogas. Assumiu abertamente esse facto e orgulhava-se de estar completamente recuperado. Teve hepatite C, desde 2001, doença que quase lhe custou a vida e o obrigou a um transplante de fígado (em 2011).
Em 2004, teve uma participação especial no filme Sorte Nula, de Fernando Fragata, tendo interpretado um recluso evadido. Foi a sua banda, Xutos & Pontapés, que fez a banda sonora desse mesmo filme.
Em 2007, uma das suas irmãs, Helena Reis lançou um livro com o nome "Não Sou o Único" que contava toda a vida do guitarrista.
Em 2011 forma o supergrupo Ladrões do Tempo, com Tó Trips (Dead Combo), Pedro Gonçalves (Dead Combo), Samuel Palitos (ex-Censurados) e Paulo Franco (Os Dias De Raiva e Dapunksportif). Esta banda iria surgir no álbum Convidado: Zé Pedro, editado em 2011 por Zé Pedro, com o tema "Mora Na Filosofia".
A 19 de janeiro de 2013 casou com Cristina Avides Moreira.
Faleceu no dia 30 de novembro de 2017, aos 61 anos de idade, em sua casa, vítima de doença prolongada de carácter hepático.
A TAP Air Portugal, companhia aérea de bandeira Portuguesa, nomeou de Zé Pedro um avião AirbusA321neo, em sua homenagem.
The Wall é o décimo primeiro álbum de estúdio da banda britânica de rock Pink Floyd. Lançado como álbum duplo em 30 de novembro de 1979 (e a 8 de dezembro de 1979 nos Estados Unidos) foi, posteriormente, tocado ao vivo, com efeitos teatrais, além de ter sido adaptado para o cinema.
Seguindo a tendência dos últimos três álbuns de estúdio da banda, The Wall é um álbum conceptual, tratando de temas como abandono e isolamento pessoal. Foi concebido, inicialmente, durante a turnê In the Flesh, em 1977, quando a frustração do baixista e letristaRoger Waters para com seus espectadores tornou-se tão aguda que ele se imaginou construindo um muro entre o palco e o público.
The Wall é uma ópera rock centrada em Pink, um personagem fictício baseado em Waters. As experiências de vida de Pink começam com a perda do seu pai durante a Segunda Guerra Mundial, e continuam com a ridicularização e abusos por parte dos seus professores, com a sua mãe superprotetora e, finalmente, com o fim do seu casamento. Tudo isso contribui para um auto-imposto isolamento da sociedade, representada por uma parede metafórica.
O álbum contém um estilo mais duro e teatral do que os lançamentos anteriores do Pink Floyd. O teclistaRichard Wright deixou a banda durante a produção do álbum, continuando no processo como um músico pago, apresentando-se com o grupo na turnê The Wall. Comercialmente bem-sucedido desde o seu lançamento, o álbum foi um dos mais vendidos de 1980, vendendo mais de 11.5 milhões de unidades nos Estados Unidos, atingindo a primeira posição da Billboard. A revista Rolling Stone colocou The Wall na 87ª posição na sua lista dos 500 melhores álbuns de todos os tempos.
Sven Magnus Øen Carlsen (Tønsberg, 30 de novembro de 1990) é um grande mestre de xadreznorueguês, campeão mundial de xadrez clássico desde 2013, campeão mundial de xadrez rápido (2014 e 2015) e campeão mundial de xadrez blitz (2009, 2014, 2017 e 2018). Em maio de 2014, alcançou o rating máximo de 2882 de ELO, o maior da história até o momento.
Em 1 de janeiro de 2010, com 19 anos e 32 dias de idade, Carlsen
tornou-se a pessoa mais jovem a assumir o topo do ranking mundial.
Giacomo Antonio Domenico Michele Secondo Maria Puccini ou apenas Giacomo Puccini (Lucca, 22 de dezembro de 1858 - Bruxelas, 29 de novembro de 1924) foi um compositor de óperas italiano. As suas óperas estão entre as mais interpretadas atualmente, entre essas estão La Bohème, Tosca, Madame Butterfly e Turandot. Algumas das árias das suas óperas, como "O mio babbino caro" de Gianni Schicchi, "Che gelida manina" de La Bohème e "Nessun dorma" de Turandot tornaram-se parte da cultura popular.
Descrito pela Encyclopædia Britannica como "um dos maiores expoentes das óperas realistas", ele é lembrado como um dos últimos maiores compositores operísticos italianos. O seu repertório é essencialmente feito pelo verismo, ou pela tradição operística pós-romântica e estilo literário. Enquanto seu trabalho é essencialmente baseado nas óperas italianas tradicionais do fim do século XIX, a sua música mostra algumas influências dos compositores contemporâneos e do movimento impressionista e de Igor Stravinsky. Os temas mais comuns em suas óperas incluem um fim trágico, heroínas e o amor.
Biografia
Giacomo Puccini nasceu em Lucca na Toscana, em uma família de cinco gerações de história de música, incluindo o seu familiar Domenico Puccini. Filho de Michele Puccini (1813-1864) e Albina Magi (1830-1884). O seu pai morreu quando Giacomo tinha apenas cinco anos de idade e ele foi enviado para estudar com seu tio Fortunato Magi, que o considerou como um estudante pobre e indisciplinado. Magi sempre prejudicava seu sobrinho no seu contrato como maestro do coral de Lucca, pois Puccini iria substituir seu tio quando tivesse idade. Puccini nunca assumiu o lugar de seu tio como organista da igreja e maestro do coral de Lucca. Quando ele tinha dezassete anos assistiu a uma apresentação da ópera Aida de Giuseppe Verdi e viu-se inspirado para compor óperas. Ele e seu irmão, Michele, caminharam 30 km para ver a performance em Pisa.
Em 1880, com a ajuda de um familiar e uma doação, Puccini ingressou no Conservatório de Milão para estudar composição com Stefano Ronchetti-Monteviti, Amilcare Ponchielli e Antonoi Bazzini. No mesmo ano, aos 21 anos, ele compôs a Messa, que marcou a grande associação de sua família com a música sacra. Apesar do título da obra se referir a uma Missa Ordinária Católica, atualmente o trabalho é popularmente conhecido como Messa di Gloria, um nome que tecnicamente refere-se apenas a duas orações da missa: o Kyrie e o Gloria, enquanto omite o Credo, o Sanctus e o Agnus Dei.
O trabalho antecipa a carreira de Puccini como um compositor de óperas, mostrando na Messa vislumbres do poder dramático que ele viria a trazer aos palcos; as poderosas "árias" para tenor e baixo são certamente mais operísticas que as músicas normalmente vistas nas igrejas e a orquestração e o poder dramático compara a sua Messa com o Requiem de Verdi.
Enquanto estudava no Conservatório, Puccini obteve um libretto de Ferdinando Fontana e entrou em uma competição de óperas em um ato, em 1882. Embora que não tivesse ganho, Le Villi foi encenada no Teatro Dal Verme em 1884 e chamou a atenção de Giulio Ricordi, chefe da G. Ricordi & Co., que pediu ao compositor para compor sua segunda ópera, Edgar em 1889. Edgar falou: tinha uma péssima história com um pobre libretto de Fontana. Este pode ter tido um efeito sobre os pensamentos de Puccini, pois quando ele começou a compor sua terceira ópera, Manon Lescaut, ele anunciou que seria escrita com um próprio libretto e não "de um tolo libretista". Ricordi persuadiu Puccini a aceitar Ruggiero Leoncavallo como seu libretista, mas Puccini pediu para Ricordi removê-lo do projeto. Quatro outros libretistas foram envolvidos com a ópera, pelo facto de Giacomo mudar de ideia constantemente sobre a estrutura da ópera. Foi quase que por acaso que, no final do segundo ato, Illica e Giacosa, reuniram-se para completar a ópera. Eles permaneceram juntos com Puccini nas três seguintes óperas do compositor e provavelmente, nos maiores sucessos deles: La Bohème, Tosca e Madame Butterfly.
Pode ter sido o fracasso de Edgar que fez Puccini mudar tantas vezes de ideia, Edgar quase lhe custou a carreira. Puccini se envolveu com a casada Elvira Gemignani e os associados de Ricordi fizeram vistas grossas ao estilo de vida, desde que ele fosse bem sucedido. Quando Edgar foi um fracasso, sugeriram a Ricordi que deveriam tirar Puccini, mas Ricordi disse que ele permaneceria com Puccini e pagou ao compositor com seu próprio dinheiro até sua ópera seguinte. Manon Lescaut foi um grande sucesso e Puccini tornou-se o líder operístico da época.
Puccini na Torre del Lago
A partir de 1891, Puccini passou a maior parte do seu tempo em Torre del Lago, uma pequena comunidade a quinze milhas de Lucca, situada entre o Mar Ligurian e o Lago Massaciuccoli, ao sul de Viareggio. Enquanto alugava uma casa lá, ele passava seu tempo caçando, mas regularmente visitava Lucca.
Em 1900 ele adquiriu uma propriedade e construiu uma vila no lago, atualmente conhecida como "Villa Museo Puccini". Ele viveu lá até 1921, quando a poluição produzida por uma turfa forçou sua mudança para Viareggio, poucos quilómetros ao norte. Após sua morte, um mausoléu foi criado na Villa Puccini e o compositor foi enterrado na capela, ao lado da sua esposa e filho, que morreram depois.
Óperas escritas na Torre del Lago
Manon Lescaut (1893), sua terceira ópera, foi seu primeiro grande sucesso. Foi o início de sua memorável relação com os libretistas Luigi Illica e Giuseppe Giacosa, que colaboraram com ele em suas três óperas seguintes, que tornaram-se suas três óperas de maior sucesso e mais interpretadas. São elas:
La Bohème (1896), é considerada um dos melhores trabalhos como também uma das óperas mais românticas já compostas. Junto com Tosca, é uma das óperas mais populares da história.
Tosca (1900), foi sem dúvida a primeira ópera de Puccini ingressando no verismo, uma representação realista de fatos da vida real, incluindo violência. A ópera foi considerada de maior importância na história da ópera, por causa de muitas características significantes.
Madama Butterfly (1904) foi inicialmente recebida com hostilidade (organizada pelos seus rivais) mas, após alguns melhoramentos, tornou-se outro grande sucesso.
Após 1904, composições foram menos frequentes. Seguindo a sua paixão por carros rápidos, Puccini envolveu-se num acidente em 1903. Em 1906 Giacosa morreu e em 1909 houve um grande escândalo, pois a esposa do compositor, Elvira, acusou falsamente Puccini de ter tido um caso com a sua empregada, Doria Manfredi. A empregada cometeu suicídio logo depois da acusação. Elvira foi processada pelos Manfredis e Giacomo teve que pagar uma quantia em dinheiro. Finalmente em 1912 a morte de Giulio Ricordi, editor de Puccini, terminou o período produtivo da sua carreira.
Entretanto, Puccini completou La fanciulla del West em 1910 e finalmente a partitura de La rondine em 1916. Em 1918, Il trittico foi apresentada em Nova Iorque. Tratava-se de uma ópera em três atos: um episódio horroroso (Il tabarro), no estilo parisiense Grand Guignol, uma tragédia sentimental (Suor Angelica) e uma comédia (Gianni Schicchi). Das três, Gianni Schicchi é a parte mais popular, tendo uma ária conhecida popularmente: "O mio babbino caro".
Últimos anos
Um fumador inveterado de charutos e cigarros da Toscana, Puccini começou a queixar-se de dor de garganta crónica no final de 1923. Um diagnóstico de cancro na garganta levou os médicos a recomendar um tratamento novo e experimental: radioterapia, que estava sendo oferecido em Bruxelas. Puccini e a sua esposa nunca souberam o quão sério era o cancro, sendo que a notícia só foi revelada ao filho do compositor.
Puccini morreu no dia 29 de novembro de 1924, por complicações no tratamento: uma hemorragia descontrolada levou-o a um ataque cardíaco, apenas um dia após a sua cirurgia. Notícias sobre sua morte chegaram a Roma durante uma performance de La Bohème. A ópera foi imediatamente interrompida e a orquestra tocou a Marcha Fúnebre de Frédéric Chopin. Ele foi enterrado em Milão, no túmulo da família Toscanini, temporariamente. Em 1926 seu filho transferiu o corpo do pai para a capela recém terminada na Torre del Lago.
Turandot, sua última ópera, foi deixada inacabada e as duas últimas cenas foram completas por Franco Alfano, baseada nos escritos do compositor.
Quando Arturo Toscanini conduziu a performance de estreia, em abril de 1926 (na frente de um teatro lotado e com a presença do ditador italiano Benito Mussolini), ele decidiu não interpretar a parte de Alfano. A performance foi parada na parte em que Puccini compôs. O maestro virou para o público e disse: "Aqui a ópera terminou, porque nesse ponto o maestro morreu" (alguns dizem que ele foi mais poeta e disse: Aqui o maestro abaixou sua caneta). Alguns jornalistas interpretaram a atitude de Toscanini como um gesto de desaprovação da contribuição de Alfano. Em 2009, William Hartson, no Daily Express disse a seus leitores com grande autoridade que "Toscanini nunca conduziu Turandot novamente". De facto, ele conduziu novamente nas duas noites seguintes, inclusive a parte de Alfano, em um total de três performances.
Em 2002, um novo oficial final foi composto por Luciano Berio, a partir dos rascunhos originais, mas essa versão é raramente interpretada.
Política
Ao contrário de Richard Wagner e Giuseppe Verdi, Puccini não parecia ser ativo na política na sua época. No entanto, Mussolini, ditador fascista da Itália na época, alegou que Puccini havia pedido para ser admitido no Partido Nacional Fascista. Embora tenha sido comprovado que Puccini estava de facto entre os primeiros apoiantes do partido fascista na época da campanha eleitoral de 1919 (na qual os candidatos fascistas foram completamente derrotados, onde os mesmos ficaram furiosos, ganhando parcos 4 mil votos), não parece haver nenhum registo ou prova de qualquer dedicação de Puccini ao partido. Além disso, caso Puccini tivesse sido um fascista ativo, seu grande amigo Toscanini (um anti-fascista radical) provavelmente teria cortado todas as ligações de amizade com ele e deixado de reger suas óperas.
Não obstante, a propaganda fascista apropriou-se da figura de Puccini e uma das marchas mais difundidas durante as paradas de rua e cerimónias públicas fascistas era o "Inno a Roma" (Hino a Roma), composto em 1919 por Puccini para a letra de Fausto Salvatori, com base nestes versos de Carmen saeculare de Horácio:
Alme Sol, curru nitido diem qui Promis et celas alius que et idem Nasceris, possis nihil urbe Roma Visere maius.
Estilo
Puccini claramente ocupou um lugar na tradição popular de Verdi, seu estilo de orquestração mostrava a forte influência de Wagner, com ligações específicas de timbres orquestrais para diferentes momentos dramáticos. A música de Puccini era baseada nas tradicionais melodias diatônicas das óperas italianas da época, influências podem ser ouvidas em músicas de Igor Stravinsky e no Impressionismo. Ele foi descrito pela Encyclopædia Britannica como "Um artista típico de fim de século".
As estruturas dos trabalhos de Puccini são também notáveis. Embora seja, de certa forma, possível dividir suas óperas em árias ou números (como as de Verdi), suas partituras são geralmente compostas apresentando um forte sentido de fluxo contínuo e conectividade, talvez sendo esse outro sinal da influência de Wagner. Como o alemão, Puccini usou leitmotive para conotar as características e sentimentos. Isso é mais aparente em Tosca, onde os três acordes que iniciam a ópera são usados em toda obra para anunciar Scarpia; o descendente motivo de bronze está ligado ao regime repressivo que governou Roma no cenário da ópera e mais claramente a Angelotti, uma das vítimas do regime; o arpejo da harpa que figura a aparição da entrada de Tosca e a ária Vissi d'arte simbolizando o fervor religioso de Tosca; o clarinete ascendente-descendente indica o sofrimento de Mario por ser condenado e pelo seu amor por Tosca. Ao contrário de Wagner, os motivos de Puccini são, em alguns casos, estáticos, eles têm a intenção de direcionar a atenção do público a uma ideia particular. No entanto, ao longo de suas óperas, por exemplo o amor em La Bohème, as melodias desenvolvem-se para sinalizar uma mudança de personagem.
Outra qualidade distintiva nas obras de Puccini é o uso da voz no estlo da fala, ou seja, canto parlando; personagens cantam frases curtas, um após o outro, como se estivessem em uma conversa. Puccini é também celebrado por seu dom melódico e muitas de suas melodias são memoráveis e populares. As suas mais simples melodias são compostas de sequências de escala, por exemplo, Quando me'n vo (Valsa de Musetta) de La Bohème e E lucevan le stelle de Tosca.
As óperas de Puccini incluem vários temas, um dos mais comuns incluem as heroínas, que são "dedicadas de corpo e alma ao seus amantes"; um fim trágico muitas vezes. Exemplos de líderes mulheres que morreram em suas óperas incluem Cio-Ci San em Madama Butterfly, Mimi em La Bohème e Tosca. De acordo com a Encyclopædia Britannica: "combina compaixão e piedade por suas heroínas com um forte traço de sadismo". Além disso, excepcionalmente para óperas escritas por compositores italianos, até essa altura, muitas das óperas de Puccini estão definidas fora da Itália, como no Japão, mineração de ouro na Califórnia, Paris e Riviera e na China.
Nascido António Caetano de Abreu Freire de Resende no seio de uma família aristocrata rural, a dos Viscondes de Baçar, seu tio e padrinho, o padre Caetano de Pina Resende Abreu e Sá Freire, insistiria para que ao apelido (sobrenome) fosse adicionado Egas Moniz, em virtude de a família de Resende descender em linha directa de Egas Moniz, o aio de D. Afonso Henriques.
Em 1950 é fundado, no Hospital Júlio de Matos,
o Centro de Estudos Egas Moniz, do qual é presidente. O Centro de
Estudos é, em 1957, transferido para o serviço de Neurologia do Hospital de Santa Maria onde existe ainda hoje compreendendo, entre outros, o Museu Egas Moniz (onde se encontra uma restituição do seu gabinete de trabalho com as peças originais, vários manuscritos, entre outros).
Egas Moniz contribuiu decisivamente para o desenvolvimento da medicina ao conseguir pela primeira vez dar visibilidade às artérias do cérebro. A Angiografia Cerebral, que descobriu após longas experiências com raios X, tornou possível localizar neoplasias, aneurismas, hemorragias e outras mal-formações no cérebro humano e abriu novos caminhos para a cirurgia cerebral.
As suas descobertas clínicas foram reconhecidas pelos grandes
neurologistas da época, que admiravam a acuidade das suas análises e
observações.
Egas Moniz teve também papel activo na vida política. Foi fundador do Partido Republicano Centrista, dissidência do Partido Evolucionista; apoiou o breve regime de Sidónio Pais, durante o qual exerceu as funções de Embaixador de Portugal em Madrid (1917) e Ministro dos Negócios Estrangeiros (1918); viu entretanto o seu partido fundir-se com o Partido Sidonista.
Foi ainda um notável escritor e autor de uma notável obra literária, de
onde se destacam as obras "A nossa casa" e "Confidências de um
investigador científico".
António Egas Moniz foi proposto cinco vezes (1928, 1933, 1937, 1944 e 1949) ao Nobel de Fisiologia ou Medicina,
sendo galardoado em 1949. A primeira delas acontece alguns meses depois
de ter publicado o primeiro artigo sobre a encefalografia arterial e,
subsequentemente, ter feito, no Hospital de Necker, em Paris, uma
demonstração da técnica encefalográfica. Este imediatismo não era uma
coisa absolutamente ridícula pois, na verdade, «a vontade de Alfred
Nobel era precisamente a de galardoar trabalhos desenvolvidos no ano
anterior ao da atribuição do Prémio».
A técnica desenvolvida por Egas Moniz, a operação ao cérebro denominada lobotomia, após forte controvérsia deixou de ser praticada na década de 1960.
Familiares de pacientes que sofreram aquela intervenção cirúrgica
exigiram que fosse anulada a atribuição do Prémio Nobel feita a Egas
Moniz.
George Harrison (Liverpool, 25 de fevereiro de 1943 - Los Angeles, 29 de novembro de 2001) foi um artista inglês, cuja carreira abrangeu diversas áreas. Músico, compositor, ator e produtor de cinema, Harrison atingiu fama internacional como guitarrista dos Beatles. Por vezes referido como "o Beatle calmo", Harrison, com o passar do tempo, tornou-se um admirador do misticismo indiano, introduzindo-o aos Beatles, assim como aos seus fãs do ocidente. Após a dissolução da banda, ele teve uma bem-sucedida carreira a solo; posteriormente, também obteve sucesso como membro do Traveling Wilburys e como produtor de cinema e musical. Harrison ocupa a 11ª posição da lista "Os 100 Maiores Guitarristas de Todos os Tempos", da revista Rolling Stone.
Matsuo Bashō(Tóquio, 1644 – Osaka, 28 de novembro de 1694), ou simplesmente Bashō, foi o poeta mais famoso do período Edo no Japão. Durante a sua vida, Bashô foi reconhecido pelos seus trabalhos colaborando com a forma haikai no renga. Atualmente, após séculos de comentários, é reconhecido como um mestre da sucinta e clara forma haikai.
A sua poesia é reconhecida internacionalmente e dentro do Japão muitos
dos seus poemas são reproduzidos em monumentos e locais tradicionais.
Foi ele quem codificou e estabeleceu os cánones do tradicional haikai japonês.
Bashō foi colocado em contacto com a poesia em tenra idade e, depois de integrar-se no cenário intelectual de Edo,
rapidamente se tornou conhecido em todo o Japão. Ganhava a vida como
professor, mas renunciou à vida urbana e social dos círculos literários e
ficou inclinado a vaguear por todo o país, rumo ao oeste, leste e ao
deserto do norte distante, para ganhar inspiração para seus escritos e
haiku. Os seus poemas são influenciados por sua experiência direta do
mundo ao seu redor, muitas vezes englobando o sentimento de uma cena em
alguns poucos elementos simples.
Biografia
Bashō nasceu Matsuo Kinsaku cerca de 1644, em algum lugar perto de Ueno na província de Iga. O pai dele pode ter sido um Samurai
de baixa hierarquia, o que oferecia a Bashō uma carreira militar, mas
não muita chance de uma vida notável. Tradicionalmente os biógrafos tem
afirmado que ele trabalhava na cozinha. No entanto, Bashō quando criança tornou-se um pajem de Tōdō Yoshitada, que compartilhava com Bashō um amor pela haikai no renga, uma forma de composição poética cooperativa. As sequências eram abertas com um verso no formato mora 5-7-5. Esse verso foi nomeado um hokku, e mais tarde seria rebatizado para haiku quando apresentado como obra autónoma. O hokku seria seguido por uma adição 7-7 ligada por outro poeta. Bashō e Yoshitada passaram a usar o nome artístico haigō ou haikai. Bashō era Sōbō, que era simplesmente a leitura on'yomi de seu nome samurai de Matsuo Munefusa.
Em 1662 o primeiro poema existente por Bashō foi publicado. Em 1664
dois dos seus hokku foram impressos numa compilação e em 1665 Bashō e
Yoshitada compuseram um renku de cem versos com alguns conhecidos.
A morte súbita de Yoshitada em 1666 encerrou a vida pacífica de Bashō
como pajem. Nenhum registo restou sobre essa época, mas acredita-se
que Bashō desistiu da possibilidade de adquirir o status de
samurai e saiu de casa. Os biógrafos têm proposto vários motivos e
destinos, incluindo a possibilidade de um romance entre Basho e uma mikoxintoísta chamada Jutei,
o que é pouco provável para ser verdade. As próprias referências de
Bashō sobre esse tempo são vagas. Ele lembrou que "ao mesmo tempo eu
cobicei um posto oficial e a posse de terra" e que "houve um tempo em
que eu fiquei fascinado com as formas de amor homossexual", mas não há
indicação se ele estava se referindo à obsessão real ou à ficção.
Estava indeciso quanto a tornar-se um poeta em tempo integral. De
acordo com seu próprio relato, "as alternativas degladiavam-se em minha
mente e fizeram minha vida agitada". A sua indecisão pode ter sido
influenciada pelo status então ainda relativamente baixo de renga e haikai no renga
mais como atividades sociais do que sérios esforços artísticos. Em
qualquer caso, os seus poemas continuaram a ser publicados em
antologias em 1667, 1669 e 1671 e ele publicou a sua própria compilação
dos seus trabalhos e de outros autores da escola Teitoku, Seashell Game, em 1672. Por volta da primavera do mesmo ano ele se mudou para Edo, para continuar o seu estudo da poesia.
Nos círculos da moda literária de Nihonbashi,
a poesia de Bashō foi rapidamente reconhecida pelo seu estilo simples e
natural. Em 1674 foi introduzido no círculo íntimo da profissão haikai, recebendo ensinamentos secretos de Kitamura Kigin (1624-1705). Ele escreveu este hokku numa homenagem irónica ao Shogun:
kabitan mo / tsukubawasekeri / kimi ga haru
Os holandeses, também, / se ajoelham antes de Sua Senhoria, / mola sob seu reinado. [1678]
Autodenominou-se com o haigō de Tōsei e por volta de 1680 teve um trabalho em tempo integral ensinando vinte discípulos, que publicaram Os Melhores Poemas dos Vinte Discípulos de Tōsei,
anunciando a sua ligação ao talento de Tōsei. Naquele inverno, tomou a
surpreendente decisão de mudar-se para o outro lado do rio até Fukagawa,
longe dos olhos do público e para uma vida de reclusão. Os seus
discípulos construíram uma cabana rústica para ele e plantaram uma
bananeira no quintal, dando a Bashō um novo haigō e a sua primeira casa permanente. Ele apreciou muito a planta, mas não estava satisfeito ao ver a miscanto nativa de Fukagawa crescendo junto com ela:
bashō uete / mazu nikumu ogi no / futaba kana
pela minha nova bananeira / o primeiro sinal de algo que eu detesto-/ um rebento de miscanto! [1680]
Apesar de seu sucesso, Bashō cresceu insatisfeito e solitário. Começou a praticar meditaçãozen,
mas não parece ter acalmado a sua mente. No inverno de 1682 a sua
cabana incendiou-se e pouco depois, no início de 1683, a sua mãe morreu.
Em seguida, ele viajou para Yamura
para ficar com um amigo. No inverno de 1683 os seus discípulos lhe deram
uma segunda cabana em Edo, mas o seu temperamento não melhorou. Em 1684
o seu discípulo Takarai Kikaku publicou uma compilação dele e de outros
poetas, Shriveled Chestnuts. Mais tarde naquele ano, deixou Edo para a primeira de quatro grandes peregrinações.
É dessa época (1685) o seu haikai mais célebre, No antigo lago, e também o seu livro mais famoso, Sendas de Oku.
Na sua última viagem, Bashō adoece em Osaka, antes de chegar ao local destinado, Kiushu, e morre no dia 28 de novembro de 1694. O seu último haikai fala de sua jornada poética: