13
Veio a noite e tudo ficou enorme.
Veio a noite: mão gigante e silenciosa que passou.
Veio a noite e o povo inteiro dorme.
E o sonho dorme: queimaram-se as asas para voar.
Só o hálito da Mata, as almas penadas do Vale
e os cães nas ruas
soltam um brado de existência.
Veio a noite e tudo ficou igual.
in Terra (Novo Cancioneiro) - Fernando Namora
terça-feira, janeiro 27, 2009
Poema alusivo à época
NOTA: Faz no próximo sábado 20 anos que morreu Fernando Namora - mas um poeta ou pensador nunca morre enquanto as suas palavras derem ânimo ao seu leitor...
Postado por Fernando Martins às 10:06
Marcadores: Fernando Namora, luta, poesia, resistência
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário