entrega as tuas mãos ao medo
e não viverás.
há um espaço de arbítrio - entre acaso, ética,
responsabilidade, dever -
uma fenda para a coragem.
a vida caminha pela terra
passos decididos
entre tudo e nada,
uma brevidade imperceptível
a roçar os nossos rostos.
nada restará
depois que as horas calarem.
entrega tua face ao medo
e não a verás viva.
Silvia Chueire
Porque o caminho se faz caminhando seja ele qual for e porque há por aí muitas espécies de MEDO. Quando eu era pequena e tinha medo do escuro, o meu Pai apagava a Luz e dizia:
- Para perderes o medo, tens de apagar a Luz.
Era como dizer:
- Tens de aprender a viver com a ausência... daquilo que pensas que te tira o medo.
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