segunda-feira, abril 09, 2018

Adriano Correia de Oliveira nasceu há 76 anos

(imagem daqui)
  
Adriano Maria Correia Gomes de Oliveira (Porto, 9 de abril de 1942 - Avintes, 16 de outubro de 1982) foi um músico português. Mudou-se para Avintes ainda com poucos meses de vida.
 
Filho de Joaquim Gomes de Oliveira e de sua mulher, Laura Correia, Adriano foi um intérprete do fado de Coimbra e cantor de intervenção. A sua família era marcadamente católica, crescendo num ambiente que descreveu como «marcadamente rural, entre videiras, cães domésticos e belas alamedas arborizadas com vista para o rio». Depois de frequentar o Liceu Alexandre Herculano, no Porto, matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, em 1959. Viveu na Real República Ras-Teparta, foi solista no Orfeon Académico, membro do Grupo Universitário de Danças e Cantares, actor no CITAC, guitarrista no Conjunto Ligeiro da Tuna Académica e jogador de voleibol na Briosa. Na década de 1960 adere ao Partido Comunista Português, envolvendo-se nas greves académicas de 62, contra o salazarismo. Nesse ano foi candidato à Associação Académica de Coimbra, numa lista apoiada pelo MUD.
Data de 1963 o seu primeiro EP, Fados de Coimbra. Acompanhado por António Portugal e Rui Pato, o álbum continha a interpretação de Trova do vento que passa, poema de Manuel Alegre, que se tornaria uma espécie de hino da resistência dos estudantes à ditatura. Em 1967 gravou o álbum Adriano Correia de Oliveira, que, entre outras canções, tinha Canção com lágrimas.
Em 1966 casa-se com Maria Matilde de Lemos de Figueiredo Leite, filha do médico António Manuel Vieira de Figueiredo Leite (Coimbra, Taveiro, 11 de outubro de 1917 - Coimbra, 22 de março de 2000) e de sua mulher Maria Margarida de Seixas Nogueira de Lemos (Salsete, São Tomé, 13 de junho de 1923), depois casada com Carlos Acosta. O casal, que mais tarde se separaria, veio a ter dois filhos: Isabel, nascida em 1967, e José Manuel, nascido em 1971. Chamado a cumprir o Serviço Militar, em 1967, ficaria apenas a uma disciplina de se formar em Direito.
Em 1970 troca Coimbra por Lisboa, exercendo funções no Gabinete de Imprensa da FIL - Feira Industrial de Lisboa, até 1974. Ainda em 1969 vê editado o álbum O Canto e as Armas, revelando, de novo, vários poemas de Manuel Alegre. Pela sua obra recebe, no mesmo ano, o Prémio Pozal Domingues.
Lança Cantaremos, em 1970, e Gente d' aqui e de agora, em 1971, este último com o primeiro arranjo, como maestro, de José Calvário, e composição de José Niza. Em 1973 lança Fados de Coimbra, em disco, e funda a Editora Edicta, com Carlos Vargas, para se tornar produtor na Orfeu, em 1974. Participa na fundação da Cooperativa Cantabril, logo após a Revolução dos Cravos e lança, em 1975, Que nunca mais, onde se inclui o tema Tejo que levas as águas. A revista inglesa Music Week elege-o Artista do Ano. Em 1980 lança o seu último álbum, Cantigas Portuguesas, ingressando no ano seguinte na Cooperativa Era Nova, em ruptura com a Cantabril.
Vítima de uma hemorragia esofágica, morreu na quinta da família, em Avintes, nos braços da sua mãe.
A 24 de setembro de 1983 foi feito Comendador da Ordem da Liberdade e a 24 de abril de 1994 foi feito Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, em ambos os casos a título póstumo.


Capa negra rosa negra - Adriano Correia de Oliveira
Música de António Portugal e Adriano Correia de Oliveira
Letra de Manuel Alegre

Capa negra, rosa negra
Rosa negra sem roseira
Abre-te bem nos meus ombros
Como o vento numa bandeira.

Abre-te bem nos meus ombros
Vira costas à saudade
Capa negra, rosa negra
Bandeira de liberdade.

Eu sou livre como as aves
E passo a vida a cantar
Coração que nasceu livre
Não se pode acorrentar.

O massacre de Deir Yassin foi há setenta anos

Comunicado do Irgun sobre o ataque
 
O massacre de Deir Yassin se refere ao assassinato de entre 107 e 120 civis palestinianos desarmados (estimativa geralmente aceite pelos estudiosos, durante e possivelmente após a batalha), ocorrida na vila de Deir Yassin (também grafada Dayr Yasin ou Dir Yassin), nas proximidades de Jerusalém, no que então era o Mandato Britânico da Palestina, cometida pelas forças de guerrilha judaico-sionistas (Irgun e Stern Gang) entre 9 de abril e 11 de abril de 1948. Ocorreu quando as forças judaicas do Yishuv conseguiram romper o cerco a Jerusalém, durante a guerra civil que antecedeu o fim do Mandato Britânico, em maio.
Relatos contemporâneos, aparentemente originários de um dos oficiais que comandaram desde Jerusalém uma das forças irregulares envolvidas (o Irgun), Mordechai Ra'anan, davam uma estimativa inicial de 254 mortos. O número elevado de vítimas teve um impacto considerável no conflito, que já ocorria na região, ao criar pânico e se tornar uma das principais causas do êxodo palestiniano de 1948.
O massacre foi condenado universalmente na época, inclusive pelo comando do Haganá e pela Agência Judaica.
Selo egípcio de memória do massacre

A Batalha de La Lys foi há um século...

A Batalha de La Lys deu-se a 9 de abril de 1918, no vale da ribeira de La Lys, sector de Ypres, na região da Flandres, na Bélgica.
Nesta batalha, que marcou negativamente a participação de Portugal na Primeira Guerra Mundial, os exércitos alemães infligiram uma pesada derrota às tropas portuguesas, constituindo o maior desastre militar português depois da batalha de Alcácer-Quibir, em 1578.
A frente de combate distribuía-se numa extensa linha de 55 quilómetros, entre as localidades de Gravelle e de Armentières, guarnecida pelo 11.º Corpo Britânico, com cerca de 84 000 homens, entre os quais se compreendia a 2.ª divisão do Corpo Expedicionário Português (CEP), constituída por cerca de 20 000 homens, dos quais somente pouco mais de 15 000 estavam nas primeiras linhas, comandados pelo general Gomes da Costa. Esta linha viu-se impotente para sustentar o embate de oito divisões do 6.º Exército Alemão, com cerca de 55 000 homens comandados pelo general Ferdinand von Quast (1850-1934). Essa ofensiva alemã, montada por Erich Ludendorff, ficou conhecida como ofensiva "Georgette" e visava à tomada de Calais e Boulogne-sur-Mer. As tropas portuguesas, em apenas quatro horas de batalha na madrugada e manhã de 9 de Abril, teriam registado milhares de baixas, entre mortos (1341), feridos (4626), desaparecidos (1932) e prisioneiros (7440). De acordo com estudos recentes, porém, esses números estariam muito inflacionados. Segundo um autor, em La Lys ter-se-ão registado apenas 423 mortos portugueses (de um total de 2086 mortos do Corpo Expedicionário Português em 1917-1918) e cerca de 6000 prisioneiros. Outro autor refere apenas 300 mortos e 6000 prisioneiros portugueses em La Lys.
Entre as diversas razões para esta derrota tão evidente têm sido citadas, por diversos historiadores, as seguintes:
  • A revolução de dezembro de 1917, em Lisboa, que colocou na Presidência da República o Major Doutor Sidónio Pais, o qual alterou profundamente a política de beligerância prosseguida antes pelo Partido Democrático.
  • A chamada a Lisboa, por ordem de Sidónio Pais, de muitos oficiais com experiência de guerra ou por razões de perseguição política ou de favor político.
  • Devido à falta de barcos, as tropas portuguesas não foram rendidas pelas britânicas, o que provocou um grande desânimo nos soldados. Além disso, alguns oficiais, com maior poder económico e influência, conseguiram regressar a Portugal, mas não voltaram para ocupar os seus postos.
  • O moral do exército era tão baixo que houve insubordinações, deserção e suicídios.
  • A grande diferença numérica entre as forças portuguesas e as alemãs.
  • O armamento alemão era muito melhor em qualidade e quantidade do que o usado pelas tropas portuguesas o qual, no entanto, era igual ao das tropas britânicas.
  • O ataque alemão deu-se no dia em que as tropas lusas tinham recebido ordens para, finalmente, serem deslocadas para posições mais à retaguarda.
  • As tropas britânicas recuaram em suas posições, deixando expostos os flancos do CEP, facilitando o seu envolvimento e aniquilação.
O resultado da batalha já era esperado por oficiais responsáveis dentro do CEP, Gomes da Costa e Sinel de Cordes, que por diversas vezes tinham comunicado ao governo português o estado calamitoso das tropas.
No entanto, é de realçar o facto de a ofensiva "Georgette" se tratar duma ofensiva já próxima do desespero, planeada pelo Alto Comando da Alemanha Imperial para causar a desorganização em profundidade da frente aliada antes da chegada das tropas norte-americanas, que nessa altura se encontravam prestes a embarcar ou já em trânsito para a Europa.
O objectivo do general Ludendorff no sector português consistia em atacar fortemente nos flancos do CEP, consciente que nesse caso os flancos das linhas portuguesa e britânica vizinha recuariam para o interior das suas zonas defensivas respectivas em vez de manterem uma frente coerente, abrindo assim uma larga passagem por onde a infantaria alemã se pudesse lançar. Coerente com essa táctica e para assegurar que os flancos do movimento alemão não ficassem desprotegidos, os estrategas alemães decidiram-se a simplesmente arrasar o sector português com a sua esmagadora superioridade em capacidade de fogo artilheiro (uma especialidade alemã), e deslocando para a ofensiva um grande número de efectivos como se explica acima, (nas palavras dos próprios: "Vamos abrir aqui um buraco e depois logo se vê!", o que também indicia o estado de espírito já desesperado do planeamento da ofensiva). Nestas condições, não surpreende a derrocada do CEP, que apesar de tudo resistiu como pôde atrasando o movimento alemão o suficiente para as reservas aliadas serem mobilizadas para tapar a brecha.
Esta resistência é geralmente pouco valorizada em face da derrota, mas caso esta não se tivesse verificado a frente aliada na zona poderia ter sido envolvida por um movimento de cerco em ambos os flancos pelo exército alemão, o que levaria ao seu colapso. Trata-se de uma batalha com muitos mitos em volta a distorcerem a percepção do realmente passado nesse dia 9 de Abril de 1918.
Uma situação análoga à da batalha de La Lys foi a da contra-ofensiva alemã nas Ardenas na parte final da Segunda Guerra Mundial, a (Batalha do Bulge), que merece comparação pelas semelhanças entre ambas. Novamente um exército aliado escasso para defender o sector atribuído ao I Exército dos Estados Unidos da América), sujeito a uma ofensiva desesperada por parte do Alto Comando Alemão (OKW - Oberkommando der Wehrmacht), para desorganizar a frente aliada arrombando-a em profundidade, usando para o efeito quatro exércitos completos (dois blindados) para atacar no sector do I exército norte-americano. A consequência foi o colapso local da frente, com retirada desorganizada dos americanos e com milhares a serem feitos prisioneiros pelos alemães, contido depois com as reservas aliadas (incluindo forças sobreviventes da Batalha de Arnhem ainda em recuperação como a 101.ª e a 82.ª divisões aerotransportadas) e com o desvio de recursos de outros exércitos aliados nas regiões vizinhas (com destaque para o III Exército do general Patton), obrigando a passar duma situação de ofensiva geral aliada à defesa do sector das Ardenas a todo o custo. Os aliados só retomariam a iniciativa na frente ocidental passado mais de um mês.
Comparando-se ambas compreende-se melhor a derrocada das forças do CEP em La Lys.
A experiência do Corpo Expedicionário Português no campo de batalha ficou registada na publicação João Ninguém, soldado da Grande Guerra, com ilustrações e texto do capitão Menezes Ferreira.
As cerimónias da comemoração do aniversário da Batalha de La Lys têm lugar, habitualmente, todos os anos no Mosteiro de Santa Maria da Vitória - Batalha (Leiria) num dos primeiros fins de semana de Abril, com a presença dos vários ramos das forças armadas portuguesas, entre outras entidades.

Soldados portugueses nas trincheiras em La Lys

Soldado Milhões
Nesta batalha a 2ª Divisão do CEP foi completamente desbaratada, sacrificando-se nela muitas vidas, entre os mortos, feridos, desaparecidos e capturados como prisioneiros de guerra. No meio do caos, distinguiram-se vários homens, anónimos na sua maior parte. Porém, um nome ficou para a História, deturpado, mas sempiterno: o soldado Milhões.
De seu verdadeiro nome Aníbal Milhais, natural de Valongo, em Murça, viu-se sozinho na sua trincheira, apenas munido da sua menina, uma metralhadora Lewis, conhecida entre os combatentes lusos como a Luísa. Munido da coragem que só no campo de batalha é possível, enfrentou sozinho as colunas alemãs que se atravessaram no seu caminho, o que em último caso permitiu a retirada de vários soldados portugueses e britânicos para as posições defensivas da retaguarda. Vagueando pelas trincheiras e campos, ora de ninguém ora ocupados pelos alemães, o soldado Milhões continuou ainda a fazer fogo esporádico, para o qual se valeu de cunhetes de balas que foi encontrando pelo caminho. Quatro dias depois do início da batalha, encontrou um major escocês, salvando-o de morrer afogado num pântano. Foi este médico, para sempre agradecido, que deu conta ao exército aliado dos feitos do soldado transmontano.
Regressado a um acampamento português, um comandante saudou-o, dizendo o que ficaria para a História de Portugal, "Tu és Milhais, mas vales Milhões!". Foi o único soldado raso português da Primeira Grande Guerra a ser condecorado com o Colar da Ordem da Torre e Espada, a mais alta condecoração existente no país.

A cantora, atriz e modelo inglesa Rachel Stevens faz hoje quarenta anos

Rachel Lauren Stevens (London, 9 April 1978) is an English singer, songwriter, actress, television presenter, model and businesswoman. She was a member of the pop group S Club 7 between 1999 and 2003. She released her solo debut studio album Funky Dory in September 2003. The album reached number nine on the UK album chart and the British Phonographic Industry (BPI) awarded it with a gold certification in October 2003. Two singles, "Sweet Dreams My LA Ex" and "Funky Dory", were initially released from the album: "Sweet Dreams My LA Ex" peaked at number two in the UK and received a silver certification from the BPI.
In July 2004, Stevens released the single "Some Girls" as a charity record for Sport Relief, and the single's success prompted Polydor to re-issue Funky Dory with three new songs. Come and Get It, her second studio album, was released in October 2005. It peaked at No. 28 in the UK, and two of its three singles reached the Top 10.
In 2008, she came second in the sixth series of the BBC One series Strictly Come Dancing with her dance partner Vincent Simone. On 16 November 2010, she gave birth to her first child, Amelie. In 2013, she was a mentor assistant on The X Factor New Zealand. In September 2013, Stevens announced she was pregnant with her second child and gave birth to Minnie on 1 April. Also in 2014, she was awarded FHM's sexiest woman of all time. Stevens became one of the coaches in the 4th season of RTE's The Voice of Ireland. Stevens' version of the song "More, More, More" is used in the ScS Sofas adverts. In November 2014, S Club 7 announced plans for an arena reunion tour, titled Bring It All Back 2015, touring the UK in May 2015.
 
 

O arquiteto que desenhou a Ópera de Sydney nasceu há um século

Jørn Utzon (Copenhaga, 9 de abril de 1918 - Copenhaga, 29 de novembro de 2008) foi um arquiteto dinamarquês, radicado na Finlândia, onde trabalhou com Alvar Aalto.
Utzon tornou-se conhecido pelo projeto da Ópera de Sydney, na Austrália. Na ocasião da sua morte, a Ópera de Sydney, além de lhe publicar um tributo, reduziu a iluminação externa do edifício  uma hora. Além disso, a ponte do porto de Sydney teve as suas bandeiras hasteadas a meia haste na segunda-feira seguinte à sua morte.
Jørn Utzon recebeu o Prémio Pritzker em 2003.
  
 

domingo, abril 08, 2018

Donizetti morreu há 170 anos

Domenico Gaetano Maria Donizetti (Bérgamo, 29 de novembro de 1797 - Bérgamo, 8 de abril de 1848) foi um compositor de óperas italiano, um dos mais fecundos do romantismo.
Nasceu numa família pobre sem tradições no mundo da música, mas em 1806, foi um dos primeiros alunos da escola caritativa de Bergamo.
Donizetti iniciou os seus estudos musicais com Simon Mayr em Bérgamo e, em seguida, com Mattei em Bolonha. Nas suas primeiras peças compõe apenas composições religiosas num estilo restrito.
Em 1814 regressa a Bergamo ficando responsável pela música na Igreja de Santa Maria Maggiore.
Em 1818 é representada a sua primeira ópera, Enrico di Borgogna, em Veneza. O seu primeiro grande sucesso foi com a ópera Esule di Roma, estreada em 1828 em Nápoles.
Donizetti é muito conhecido pelas suas óperas, mas também compôs outros tipos de música, como quartetos de cordas, obras orquestrais e outras.
  
Óperas
 

Notícia sobre Tectónica de Placas...

África começou a dividir-se em dois continentes


O continente africano vai dividir-se em dois. A Somália, metade da Etiópia, o Quénia, a Tanzânia e parte de Moçambique irão separar-se para formar um novo continente. Vai acontecer daqui a uns milhões de anos – mas já começou.
As discussões na comunidade científica sobre a forma como o continente africano se está a dividir em dois continentes avivaram-se depois se no dia 19 de março ter aparecido no Quénia uma gigantesca fissura, que rasgou a meio um vale e cortou uma estrada importante da região do Narok, no oeste do país.
A enorme fissura, com vários quilómetros de comprimento, tem cerca de 15 metros de profundidade e mais de 20 de largura, mas não é o primeiro fenómeno deste tipo a manifestar-se no continente africano. Há dezenas ou centenas de pontos fracos ao longo do chamado Grande Vale do Rift, que atravessa o continente desde o Corno de África, na Somália, até Moçambique.
Esta formação, também conhecida como Vale da Grande Fenda, é um complexo de falhas tectônicas criado há cerca de 35 milhões de anos com a separação das placas tectónicas africana e arábica, e estende-se cerca de 5000 km no sentido norte-sul, com largura que varia entre 30 e 100 km e uma profundidade de centenas a milhares de metros.
Segundo o jornal local Daily Nation, o Quénia, atravessado pelo Grande Vale do Rift, está literalmente a partir-se ao meio, e a profunda fissura que se deu a conhecer em março em Narok “é apenas o início“.
A fissura apareceu na zona com menor actividade sísmica do país. Segundo explicou ao jornal catalão La Vanguardia a geóloga Sara Figueras Vila, do Instituto Cartográfico e Geológico da Catalunha, “o último sismo importante nesta região aconteceu em 1928, com uma magnitude de 6.9 na Escala de Richter”.
Desde então, praticamente não houve actividade sísmica na região, assegura a geóloga.
O aparecimento desta fissura sem que tenha ocorrido recentemente nenhum terramoto é um evento inesperado e preocupante. Mas segundo explica ao Daily Nation o geólogo queniano David Adede, o fenómeno poderá ter a ver com actividade tectónica e vulcânica passada na região.
No fundo do vale encontram-se o vulcão Suswa. Nas proximidades, Monte Longonot. Os dosi vulcões poderão ser responsáveis por inúmeras falhas vulcânicas ocultas ao longo do território queniano do Grande Vale do Rift.
“Apesar de esta fissura ter permanecido inactiva no passado recente, do ponto de vista da actividade tectónica, poderá haver movimentos em profundidade que estão a criar pontos frágeis que se estendem até à superfície”, diz Adede.
“Estas zonas frágeis formam linhas de falha e fissuras que normalmente são preenchidas com cinzas vulcânicas. As fortes chuvas que recentemente assolaram a região poderão ter levado as cinzas, ajudando a descobrir a fissura”, explica o geólogo.
Mas o facto de a região assentar em duas placas tectónicas que estão a divergir lentamente em direcções opostas terá consequências inevitáveis.

Inevitavelmente, um novo continente
Dentro de 10 milhões de anos, quatro países do Corno de África – a Somália, metade da Etiópia, o Quénia e a Tanzânia, além de uma parte de Moçambique, irão inexoravelmente separar-se do resto do continente africano e formar um novo continente.
O processo, estimam os geólogos, estará concluído em cerca de 50 milhões de anos: a chamada “placa Somali” ter-se-á tornado por completo um continente novo, separada da sua irmã maior, a “placa Núbia”, por um oceano novo.


Segundo um estudo de 2009, realizado por cientistas da Universidade de Rochester, no Reino Unido, o processo parece ter tido início em 2005, com o aparecimento na Etiópia de uma fissura de mais de 60 quilómetros após a erupção do vulcão Dabbahu. A falha não mais deixou de crescer, e mais de uma dezena de novas falhas apareceram entretanto.
Desde então, a teoria de que África se vai dividir em dois continentes ganhou bastante popularidade na comunidade científica, mas nem todos estão de acordo.
Numa entrevista recente à NTV Kenya, o sismólogo queniano Silas Simiyu sustenta que a fissura de Narok não é uma falha vulcânica, mas apenas resultado das abundantes chuvas que se registaram na região. “As camadas de terra abateram devido às chuvas e encheram os canais subterrâneos de água”, diz o cientista queniano.
Mas Lucia Perez Diaz, do Grupo de Pesquisa da Dinâmica de Falhas da Universidade de Londres, não tem dúvidas. Em termos práticos, as duas placas do continente africano estão a separar-se, diz a geóloga ao The Conversation. E as fissuras recentes que apareceram no leste do Grande Vale do Rift são um exemplo de que isso já está a acontecer.
Após um dramático processo, durante uns 50 milhões de anos, teremos então inevitavelmente algo como a Grande Núbia e o Corno de África. Mal podemos esperar.
 

Sara Montiel morreu há cinco anos

Sara Montiel, nome artístico de María Antonia Alejandra Vicenta Elpidia Isidora Abad Fernández, (Campo de Criptana, Província de Ciudad Real, 10 de março de 1928Madrid, 8 de abril de 2013) foi uma atriz e cantora espanhola, com trabalhos na Espanha, México e Estados Unidos (Hollywood).
  
 

A Dama de Ferro morreu há cinco anos

Margaret Hilda Thatcher, Baronesa Thatcher (Grantham, 13 de outubro de 1925 - Londres, 8 de abril de 2013) foi uma política britânica, primeira-ministra do Reino Unido de 1979 a 1990.
Nascida Margaret Roberts na localidade de Grantham, condado de Lincolnshire, Inglaterra, Thatcher estudou ciências químicas na Universidade de Oxford, antes de se qualificar como barrister. Nas eleições gerais de 1959 no Reino Unido foi eleita deputada pela região de Finchley. Edward Heath nomeou-a Ministra da Educação no seu governo conservador de 1970. Em 1975 ela foi eleita líder do Partido Conservador, sendo a primeira mulher a liderar um dos principais partidos do Reino Unido, e, em 1979, ela tornou-se a primeira mulher a ser primeira-ministra do Reino Unido.
Ao liderar o governo do Reino Unido, Thatcher estava determinada a reverter o que via como o declínio nacional do seu país. As suas políticas económicas foram centradas na desregulamentação do setor financeiro, na flexibilização do mercado de trabalho e na privatização das empresas estatais. A sua popularidade esteve baixa por causa da recessão económica iniciada com a Crise do petróleo de 1979; no entanto, uma rápida recuperação económica, além da vitória britânica na Guerra das Malvinas, fizeram ressurgir o apoio necessário para a sua reeleição em 1983.
Devido ao facto de Thatcher ter sobrevivido a uma tentativa de assassinato em 1984, pelo IRA, da sua dura oposição aos sindicatos e de sua forte crítica à União Soviética, foi alcunhada de "Dama de Ferro". Thatcher foi reeleita para um terceiro mandato em 1987, mas a sua impopular visão crítica da criação da União Europeia fez-lhe perder o apoio do seu partido, renunciando aos cargos de primeira-ministra e líder do partido em 1990.
Thatcher foi agraciada pela Rainha com um título vitalício de pariato (de Baronesa Thatcher de Kesteven) o que lhe garantia um assento na Câmara dos Lordes.

Julian Lennon faz hoje 55 anos

John Charles Julian Lennon (Liverpool, 8 de abril de 1963) é um cantor, compositor, produtor, fotógrafo, filantropo e músico britânico. É o primogénito do ex-Beatle John e o único filho do músico com a primeira esposa, Cynthia Powell. O seu padrinho era Brian Epstein, o ex-empresário do quarteto de Liverpool. Julian possui este nome devido a uma homenagem à sua avó paterna, Julia.
Lennon tem um estilo musical que lembra o do seu pai, e uma carreira de altos e baixos. Aos 20 anos de idade debutou como cantor e compositor com o seu disco de estreia, Valotte, que teve um sucesso modesto, tendo sido o seu trabalho de maior destaque. O álbum teve dois grandes hits: a canção que dá nome ao álbum e a canção Too Late For Goodbyes.
Quando pequeno, Julian foi a inspiração para o seu pai e seu amigo de longa data, a dupla Lennon/McCartney, escreverem respectivamente dois dos vários clássicos dos Beatles, "Lucy in the Sky with Diamonds" e "Hey Jude".
  
 

A atriz Patricia Arquette faz hoje cinquenta anos

Patricia Arquette (Chicago, Illinois, April 8, 1968) is an American actress. She made her film debut as Kristen Parker in Chuck Russell's A Nightmare on Elm Street 3: Dream Warriors (1987). Her notable films include Tony Scott's True Romance (1993), Tim Burton's Ed Wood (1994), David O. Russell's Flirting with Disaster (1996), David Lynch's Lost Highway (1997), Stephen Frears's The Hi-Lo Country (1998), Martin Scorsese's Bringing Out the Dead (1999), and Andrew Davis's Holes (2003).
For her performance in Richard Linklater's Boyhood (2014), which was filmed from 2002 until 2014, she received widespread critical praise and won the Academy Award, BAFTA Award, Critics' Choice Award, Golden Globe Award, Independent Spirit Award, Satellite Award, and Screen Actors Guild Award, along with many other critics prizes, for Best Supporting Actress.
On television, she played the character Allison DuBois—based on the author and medium Allison DuBois, who claims to have psychic abilities—in the supernatural drama series Medium (2005–11). She won the Primetime Emmy Award for Outstanding Lead Actress in a Drama Series in 2005, from two nominations she received for the role in addition to three Golden Globe Award and Screen Actors Guild Award nominations. Arquette also appeared in the CSI franchise as Avery Ryan, the Deputy Director of the FBI, starring in CSI: Cyber (2015–16).

Picasso morreu há 45 anos

Pablo Diego José Francisco de Paula Juan Nepomuceno María de los Remedios Cipriano de la Santísima Trinidad Ruiz y Picasso (Málaga, España; 25 de octubre de 1881 - Mougins, Francia; 8 de abril de 1973), conocido como Pablo Picasso, fue un pintor y escultor español, creador, junto con Georges Braque y Juan Gris, del movimiento cubista.
Considerado uno de los mayores artistas del siglo XX, participó desde la génesis en muchos movimientos artísticos que se propagaron por el mundo y ejercieron una gran influencia en otros grandes artistas de su tiempo. Incansable y prolífico, pintó más de dos mil obras, presentes en museos y colecciones de toda Europa y del mundo. Además, abordó otros géneros como el dibujo, el grabado, la ilustración de libros, la escultura, la cerámica y el diseño de escenografía y vestuario para montajes teatrales.
En lo político, Picasso se declaraba pacifista y comunista. Fue miembro del Partido Comunista Francés hasta su muerte, el 8 de abril de 1973 en Notre-Dame-de-Vie (Mougins, Francia) a los 91 años. Está enterrado en el parque del castillo de Vauvenargues (Bouches-du-Rhone).
  
in Wikipédia
  
Les Demoiselles d'Avignon (1907) - Museu de Arte Moderna de Nova Iorque

Porque hoje é o Dia Nacional dos Moinhos...


O Mundo é um Moinho - Cazuza

Ainda é cedo, amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar

Preste atenção, querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és

Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinho.
Vai reduzir as ilusões a pó

Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com os teus pés

sábado, abril 07, 2018

Notícia de paleontologia...

Drácula é o maior e o mais forte pterodátilo encontrado até hoje

Há 9 anos, cientistas descobriram os ossos de uma nova espécie de pterossauro, com uma constituição física diferente de outras espécies já conhecidas. Os restos mortais permitiram demonstrar que Drácula é mesmo o maior e o mais forte pterodátilo encontrado até hoje.
Os pterossauros, primos dos dinossauros, podem não ter respirado fogo como os dragões da mitologia, mas com os seus membros fortes e esqueletos leves, foram os primeiros vertebrados a voar.
 
Ao contrário dos morcegos, que têm três dedos embutidos nas asas e um dedo livre para escalar, os pterossauros tinham um dedo alongado que formava a borda frontal de cada asa e três dedos expostos para correr e escalar.
 
Algumas espécies já conhecidas tinham rabos que os cientistas acreditam que foram usados para ajudar a manobrar, mas desapareceram à medida que os pterossauros evoluíram para pássaros maiores.
 
Em 2009, cientistas romenos descobriram os ossos de uma nova espécie de pterossauro na Transilvânia, e apelidaram-na de Drácula. Através dos fragmentos dos ossos encontrados, conseguiram reconstruir um modelo da criatura, que afirmam ser o maior o mais forte pterodátilo encontrado até hoje.
 
De acordo com os cientistas, esta criatura atingia os 3,5 metros de altura e cerca de 12 metros de envergadura. A reconstrução está agora em exibição como parte de uma nova exposição de pterossauros – “Imperadores dos Céus” – no Museu de Dinossauros Altmühltal, em Denkendorf, na Alemanha. A exposição mostra também os ossos encontrados.
 
O pescoço era da largura de um homem adulto“, disse Mátyás Vremir, paleontologista e membro da Sociedade dos Museus da Transilvânia, citado pela Exame.
Esta criatura atingia os 3,5 metros de altura e cerca de 12 metros de envergadura
  
Os cientistas não têm a certeza se os pterossauros conseguiriam realmente voar. Segundo a informação introdutória da exposição, citada pelo Scientific American, não há provas científicas do contrário. No entanto, Drácula apresenta uma articulação no pulso que difere muito de outras espécies, o que pode significar que não foi feito para voar.
  
No entanto, um animal do tamanho de uma pequena aeronave no céu, seria certamente um espetáculo bonito de se ver (além de nos proporcionar sombras gigantescas em terra).