quinta-feira, outubro 17, 2024
Sylvia Kristel morreu há doze anos...
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Marcadores: actriz, Emmanuelle, Sylvia Kristel
Saudades de António Ramos Rosa...
(imagem daqui)
Uma Voz na Pedra
Não sei
se respondo ou se pergunto.
Sou uma voz que nasceu na penumbra do vazio.
Estou um pouco ébria e estou crescendo numa pedra.
Não tenho a sabedoria do mel ou a do vinho.
De súbito ergo-me como uma torre de sombra fulgurante.
A minha ebriedade é a da sede e a da chama.
Com esta pequena centelha quero incendiar o silêncio.
O que eu amo não sei. Amo em total abandono.
Sinto a minha boca dentro das árvores e de uma oculta nascente.
Indecisa e ardente, algo ainda não é flor em mim.
Não estou perdida, estou entre o vento e o olvido.
Quero conhecer a minha nudez e ser o azul da presença.
Não sou a destruição cega nem a esperança impossível.
Sou alguém que espera ser aberto por uma palavra.
Postado por Fernando Martins às 10:00 0 bocas
Marcadores: António Ramos Rosa, poesia
A Polícia de Paris assassinou dezenas (ou centenas...) de argelinos desarmados há 63 anos...
"Ici on noie les algériens", cette inscrition a été effectuée quai de Conti, à Paris, dans les jours qui ont suivi le 17 octobre 1961 par un "Comité pour la paix en Algérie du quartier Seine-Buci". Cette photo, publiée tardivement, en 1985, dans l'Humanité, est devenue l'icône pour dénoncer le massacre.
Préparée en secret, la manifestation constitue un boycott du couvre-feu nouvellement appliqué aux seuls Maghrébins. Alors que les attentats du Front de libération nationale (FLN) frappent les forces de l'ordre depuis plusieurs mois, l'initiative, non déclarée aux autorités, se veut cependant pacifique. Le FLN, qui y voit un moyen d'affirmer sa représentativité, y appelle tous les Algériens, hommes, femmes et enfants, et leur interdit le port d'armes. Les défilés nocturnes sur les grandes artères de la capitale donnent lieu à des affrontements au cours desquels des policiers font feu. La brutalité de la répression, qui se poursuit au-delà de la nuit du dans l'enceinte des centres d'internement, fait plusieurs centaines de blessés et de nombreux morts. Le nombre de ces morts reste discuté: au fil des dernières décennies, les évaluations ont oscillé, entre les décomptes minimaux des rapports officiels et les estimations d'historiens assises sur des périodes plus ou moins larges, de 38 à plus de 200 morts.
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Marcadores: 7 de outubro de 1961, Argélia, FLN, França, massacre, não violência, Paris, polícias
Tarkan - 52 anos
Música com aniversariante de hoje...
Postado por Pedro Luna às 05:20 0 bocas
Marcadores: Eminem, hip hop, Love The Way You Lie, música, Not Afraid, rapper, Rihanna
Canaletto nasceu há 327 anos
João Paulo I, o Papa do Sorriso, nasceu há 112 anos...
O Papa João Paulo I, nascido Albino Luciani (Forno di Canale, 17 de outubro de 1912 - Vaticano, 28 de setembro de 1978) e oriundo de família humilde, foi Papa da Igreja Católica. Governou a Santa Sé durante cerca de um mês, entre 26 de agosto de 1978 até à data da sua morte. Tornou-se rapidamente conhecido na Cúria Romana pelo apelido de "Papa do Sorriso", pela sua afabilidade.
Postado por Fernando Martins às 01:12 0 bocas
Marcadores: beato, Igreja Católica, Irmã Lúcia, Papa, papa do sorriso, Papa João Paulo I
Alexandre Cabral nasceu há 107 anos
(imagem daqui)
José dos Santos Cabral (Lisboa, 17 de outubro de 1917 - Lisboa, 21 de novembro de 1996), de pseudónimo literário Alexandre Cabral, foi um escritor português.
Biografia
De seu verdadeiro nome José dos Santos Cabral, frequentou o Instituto Profissional dos Pupilos do Exército (atual Instituto Militar dos Pupilos do Exército), mas decidiu empregar-se aos quinze anos, exercendo várias profissões, chegando mesmo a emigrar para o ex-Congo Belga, onde permaneceu três anos. Após o seu regresso a Portugal, foi redator de uma agência noticiosa e esteve ligado à indústria farmacêutica como delegado de propaganda médica e chefe de escritório. Mais tarde, empregou-se numa agência de publicidade, ao mesmo tempo que frequentava a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde se licenciou em Ciências Histórico-Filosóficas.
Ligado à corrente literária neorrealista, acabou por se especializar como grande e profundo conhecedor da obra de Camilo Castelo Branco, a quem dedicou, na anotação, fixação de textos e recolha de vastíssima correspondência e polémicas literárias, dezenas e dezenas de anos de permanente estudo e investigação. Esta atuação como estudioso e investigador da obra camiliana culminou na elaboração de um Dicionário de Camilo.
Além de regular colaboração em revistas e jornais, fez parte dos corpos diretivos de importantes instituições ligadas à política ou à cultura, tendo sido elemento preponderante na formação da Sociedade Portuguesa de Escritores, a cuja primeira direção, presidida por Aquilino Ribeiro, pertenceu. Dedicou-se também à atividade de tradutor literário, sendo de destacar o trabalho feito na divulgação em português de obras, entre outros, de Roger Martin du Gard, Anatole France, Claude Roy, Jaroslav Hasek e Mikail Sadoveanu. Prefaciou ainda obras de vários escritores portugueses e tem colaboração dispersa em livros de homenagem ou de intervenção política e cultural, com depoimentos literários de relevante importância. Nos seus primeiros romances, usou o pseudónimo Z. Larbak.
Viveu uma boa parte da sua vida no Bairro de São Miguel, mais propriamente na Rua Frei Tomé de Jesus, na freguesia de Alvalade, em Lisboa. Além de escritor e investigador, foi também um homem empenhado na luta pela democracia em Portugal.
A 10 de junho de 1991, foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, pelo Presidente da República Mário Soares.
in Wikipédia
Postado por Fernando Martins às 01:07 0 bocas
Marcadores: Alexandre Cabral, literatura, neo-realismo
Rita Hayworth nasceu há 106 anos
Hayworth é talvez mais conhecida por sua atuação no filme noir "Gilda", de 1946, ao lado de Glenn Ford, no qual ela interpretou uma femme fatale em seu primeiro grande papel dramático. Ela também é conhecida por suas atuações em "Paraíso Infernal" (1939), "Uma Loira com Açúcar" (1941), "Sangue e Areia" (1941), "A Dama de Xangai" (1947), "Meus Dois Carinhos" (1957), e "Vidas Separadas" (1958). Fred Astaire, com quem fez dois filmes, "Ao Compasso do Amor", de 1941, e "Bonita Como Nunca" (1942), uma vez a chamou de sua parceira de dança favorita. Ela também estrelou o musical technicolor "Modelos" (1944), com Gene Kelly. Está listada como uma das 25 maiores estrelas femininas de todos os tempos na lista do AFI das 50 maiores lendas do cinema, em pesquisa feita pelo Instituto Americano de Cinema.
Em 1980, Hayworth foi diagnosticada com mal de Alzheimer de início precoce, que contribuiu para sua morte aos 68 anos. A divulgação pública e a discussão de sua doença chamaram atenção para a doença de Alzheimer, ajudando a aumentar os fundos públicos e privados contra a doença.
Porque a ausência de um poeta dói como uma ferida...
O Funcionário Cansado
A noite trocou-me os sonhos e as mãos
dispersou-me os amigos
tenho o coração confundido e a rua é estreita
estreita em cada passo
as casas engolem-nos
sumimo-nos
estou num quarto só num quarto só
com os sonhos trocados
com toda a vida às avessas a arder num quarto só
Sou um funcionário apagado
um funcionário triste
a minha alma não acompanha a minha mão
Débito e Crédito Débito e Crédito
a minha alma não dança com os números
tento escondê-la envergonhado
o chefe apanhou-me com o olho lírico na gaiola do quintal em frente
e debitou-me na minha conta de empregado
Sou um funcionário cansado dum dia exemplar
Porque não me sinto orgulhoso de ter cumprido o meu dever?
Porque me sinto irremediavelmente perdido no meu cansaço?
Soletro velhas palavras generosas
Flor rapariga amigo menino
irmão beijo namorada
mãe estrela música
São as palavras cruzadas do meu sonho
palavras soterradas na prisão da minha vida
isso todas as noites do mundo uma noite só comprida
num quarto só
Postado por Pedro Luna às 01:00 0 bocas
Marcadores: António Ramos Rosa, poesia
René Dif, um dos vocalistas dos Aqua, nasceu há 57 anos
Eminem faz hoje 52 anos
Sona Jobarteh celebra hoje quarenta e um anos
in Wikipédia
O sismo de Loma Prieta foi há trinta e cinco anos...
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Marcadores: Califórnia, falha de Santo André, Loma Prieta, São Francisco, sismo, sismologia, USA
Thomas Durden morreu há 25 anos...
Postado por Fernando Martins às 00:28 0 bocas
Marcadores: Elvis Presley, guitarra, Heartbreak Hotel, música, Thomas Durden
Chopin morreu há 175 anos...
Postado por Fernando Martins às 00:17 0 bocas
Marcadores: Chopin, Fantaisie Impromptu, França, música, piano, Polónia, romantismo
Danielle Darrieux morreu há sete anos...
Desde a sua estreia, em 1931, trabalhou em mais de uma centena de filmes para cinema e televisão, como Mauvaise Graine, O Prazer ou 8 Mulheres, entre produções de Hollywood e francesas. Na década de 30, também atuou em produções para a Broadway. Durante a Segunda Guerra Mundial, trabalhou nos Estúdios Continental, empresa montado pelos alemães durante a ocupação nazi em Paris.
Foi a vencedora do César Honorário de 1985, como atriz, e foi indicada para o Prémio César em três ocasiões.
Darrieux foi casada com o cineasta Henri Decoin, o milionário Porfirio Rubirosa e o roteirista Georges Mitsinkidès.
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Marcadores: actriz, Chanson française, cinema, Danielle Darrieux, França, música, Paris Au Mois De Septembre
António Ramos Rosa nasceu há cem anos...
António Vítor Ramos Rosa (Faro, 17 de outubro de 1924 – Lisboa, 23 de setembro de 2013), foi um poeta, tradutor e desenhador português.
Biografia
António Ramos Rosa estudou em Faro, não tendo acabado o ensino
secundário por questões de saúde. Em 1958 publica no jornal «A Voz de
Loulé» o poema "Os dias, sem matéria". No mesmo ano sai o seu primeiro
livro «O Grito Claro», n.º 1 da coleção de poesia «A Palavra», editada em Faro e dirigida pelo seu amigo, e também poeta, Casimiro de Brito.
Ainda nesse ano inicia a publicação da revista «Cadernos do Meio-Dia»,
que em 1960 encerra a edição, por ordem da polícia política.
Foi um dos fundadores da revista de poesia Árvore, existente entre 1951 e 1953, e fez parte do MUD Juvenil.
A 10 de junho de 1992 foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada e a 9 de junho de 1997 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
O seu nome foi dado à Biblioteca Municipal de Faro. Em 2003, a Universidade do Algarve, atribui-lhe o grau de Doutor Honoris Causa.
Uma Voz na Pedra
Não sei
se respondo ou se pergunto.
Sou uma voz que nasceu na penumbra do vazio.
Estou um pouco ébria e estou crescendo numa pedra.
Não tenho a sabedoria do mel ou a do vinho.
De súbito ergo-me como uma torre de sombra fulgurante.
A minha ebriedade é a da sede e a da chama.
Com esta pequena centelha quero incendiar o silêncio.
O que eu amo não sei. Amo em total abandono.
Sinto a minha boca dentro das árvores e de uma oculta nascente.
Indecisa e ardente, algo ainda não é flor em mim.
Não estou perdida, estou entre o vento e o olvido.
Quero conhecer a minha nudez e ser o azul da presença.
Não sou a destruição cega nem a esperança impossível.
Sou alguém que espera ser aberto por uma palavra.
Postado por Fernando Martins às 00:01 0 bocas
Marcadores: António Ramos Rosa, poesia, saudades
Saudades do tempo em António Ramos Rosa celebrava aniversários...
Imaginar a forma
doutro ser Na língua,
proferir o seu desejo
O toque inteiro
Não existir
Se o digo acendo os filamentos
desta nocturna lâmpada
A pedra toco do silêncio densa
Os veios de um sangue escuro
Um muro vivo preso a mil raízes
Mas não o vinho límpido
de um corpo
A lucidez da terra
E se respiro a boca não atinge
a nudez una
onde começo
Era com o sol E era
um corpo
Onde agora a mão se perde
E era o espaço
Onde não é
O que resta do corpo?
Uma matéria negra e fria?
Um hausto de desejo
retém ainda o calor de uma sílaba?
As palavras soçobram rente ao muro
A terra sopra outros vocábulos nus
Entre os ossos e as ervas,
uma outra mão ténue
refaz o rosto escuro
doutro poema
in A Nuvem Sobre a Página (1978) - António Ramos Rosa
Postado por Pedro Luna às 00:01 0 bocas
Marcadores: António Ramos Rosa, poesia
quarta-feira, outubro 16, 2024
Saudades do Adriano Correia de Oliveira...
Senhora, partem tão tristes
Senhora, partem tão tristes
meus olhos por vós, meu bem,
que nunca tão tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.
tão tristes, tão saudosos,
tão doentes da partida,
tão cansados, tão chorosos,
da morte mais desejosos
cem mil vezes que da vida.
partem tão tristes os tristes,
tão fora de esperar bem,
que nunca tão tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.
João Roiz de Castelo-Branco
Postado por Pedro Luna às 22:22 0 bocas
Marcadores: Adriano Correia de Oliveira, canção de intervenção, Fado de Coimbra, música, Senhora partem tão tristes