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quinta-feira, outubro 17, 2024

João Paulo I, o Papa do Sorriso, nasceu há 112 anos...


O Papa João Paulo I, nascido Albino Luciani (Forno di Canale, 17 de outubro de 1912 - Vaticano, 28 de setembro de 1978) e oriundo de família humilde, foi Papa da Igreja Católica. Governou a Santa Sé durante cerca de um mês, entre 26 de agosto de 1978 até à data da sua morte. Tornou-se rapidamente conhecido na Cúria Romana pelo apelido de "Papa do Sorriso", pela sua afabilidade.
Foi o primeiro Papa, desde Clemente V, a recusar uma coroação formal, cerimónia não oficialmente abolida, ficando a cargo do eleito escolher como quer iniciar seu pontificado. Contudo, desde então, os papas eleitos têm optado por uma cerimónia de "início do pontificado", com a respetiva entronização e o juramento de fidelidade. Não aceitava ser carregado numa liteira como os outros papas, por uma questão de humildade. Também foi pioneiro ao adotar um nome papal duplo.
Antes de ser Papa, Luciani foi Patriarca de Veneza e não tinha ambição alguma, nunca tendo sonhado em ser papa. Foi o primeiro Papa a nascer no século XX. O seu nome papal duplo foi uma homenagem aos seus dois antecessores, Paulo VI e João XXIII.
   
  
Albino Luciani nasceu na província de Belluno, norte da Itália. O seu nome de batismo fora uma homenagem a um amigo da família, que morrera numa explosão numa mina de carvão na Alemanha. De origem humilde, viu o seu pai, chamado Giovanni, que era socialista, ser inúmeras vezes forçado a buscar trabalho em outros países, por ocasião da Primeira Guerra Mundial. A sua mãe, Bertola, católica fervorosa, incentivou-o a seguir a formação religiosa, no que foi bem sucedida: Albino foi ordenado padre em 1935, assumindo a posição paroquial que tanto desejara.
Embora, segundo consta, embora não tivesse grande ambições, foi nomeado bispo pelo João XXIII e cardeal pelo Paulo VI, com o título de São Marcos. Esteve presente no Concílio Vaticano II, convocado em 1962 por João XXIII. Albino Luciani era o Patriarca de Veneza quando, com 65 anos, foi eleito Papa, em 26 de agosto de 1978, na terceira votação do conclave que se seguiu à morte do Papa Paulo VI, superando o cardeal considerado "ultraconservador" Giuseppe Siri - favorito ao trono de São Pedro, de acordo com a imprensa - por 99 votos a 11. Segundo conta-se, a princípio, um atónito Luciani teria declinado aceitar o pontificado, mas fora persuadido do contrário pelo cardeal holandês Johannes Willebrands, que estava sentado a seu lado na Capela Sistina. Para isso, ter-lhe-ia dito: "Coragem. O Senhor dá o fardo, mas também a força para carregá-lo".
Escolheu o nome de João Paulo (Ioannes Paulus, pela grafia em latim) para homenagear os seus antecessores, João XXIII e Paulo VI. Morreu na madrugada de 28 de setembro de 1978, entre as 23.30 e 04.30 horas da manhã, no Palácio Apostólico do Vaticano. Na época do conclave, o cardeal britânico Basil Hume, um de seus eleitores, chamou João Paulo I de "o candidato de Deus". A figura de João Paulo I na Igreja Católica sempre foi a de um papa afável, tendo, por isso, recebido a alcunha de "O Papa do Sorriso".
Reza uma lenda que João Paulo I teria feito uma premonição sobre sua morte, ao afirmar a conhecidos que "alguém mais forte que eu, e que merece estar neste lugar, estava sentado à minha frente durante o conclave". Um cardeal presente na ocasião – que preferiu escudar-se no anonimato – confirmou que esse homem era, de facto, o polaco Karol Wojtyla. "Ele virá, porque eu me vou", prosseguiu o "Papa Breve". Curiosamente, Wojtyla realmente votara em Luciani naquele conclave e logo depois veio a se tornar João Paulo II. Por outro lado, o que há de concreto é que João Paulo I teria falado da sua morte, um dia antes dela ocorrer, ao Bispo John Magee.

Morte
Embora João Paulo I tenha sido encontrado morto por uma freira que trabalhava para ele e o acordava havia muitos anos, a versão oficial divulgada pelo Vaticano, contudo, diz que o corpo de João Paulo I teria sido encontrado pelo padre Diego Lorenzi, um de seus secretários, enunciando a morte como "possivelmente associada com enfarte do miocárdio". Para alguns, João Paulo I teria sido vítima das terríveis pressões características de seu cargo, e que, não as tendo suportado, veio a perecer. A citada freira, após a morte deste, fez voto de silêncio.
Outra hipótese levantada foi a de que o Papa "Sorriso de Deus" teria sido vítima de embolia pulmonar. De qualquer maneira, a sua morte provocou enorme consternação entre os católicos; mesmo sob chuva torrencial, a Praça de São Pedro esteve totalmente lotada quando de seus serviços funerais. Em sua homenagem, o seu sucessor adotaria o seu nome papal ao ser eleito, em 16 de outubro de 1978.

Encontro com a Irmã Lúcia
A revista italiana 30 Giorni revela, com base em declarações de um dos quatro irmãos de João Paulo I, que a Irmã Lúcia, durante a visita que o então Patriarca de Veneza lhe fez no Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra, sempre o tratou por "Santo Padre". O Cardeal Luciani fica impressionado e pergunta: "Porquê?", ao que a Irmã responde: "Vossa Eminência um dia será eleito Papa". E ele disse: "Sabe-se lá, irmã…", e a Irmã retorquiu: "Será sim, mas o seu pontificado será muito breve".
 
Beatificação
O caminho para a beatificação de João Paulo I foi iniciado em outubro de 2021 pelo papa Francisco, ao autorizar a promulgação do decreto referente a um milagre atribuído à intercessão de Luciani, proclamando-o bem-aventurado, em data a ser fixada pela Santa Sé. O milagre atribuído teria sido a cura "cientificamente inexplicável" em 2011, de uma menina argentina de onze anos, que tinha uma grave doença cerebral. Em 4 de setembro de 2022 foi beatificado, pelo próprio Papa Francisco, na Praça de São Pedro.

terça-feira, outubro 17, 2023

João Paulo I, o breve Papa do Sorriso, nasceu há 111 anos


O Papa João Paulo I, nascido Albino Luciani (Forno di Canale, 17 de outubro de 1912 - Vaticano, 28 de setembro de 1978) e oriundo de família humilde, foi Papa da Igreja Católica. Governou a Santa Sé durante cerca de um mês, entre 26 de agosto de 1978 até à data da sua morte. Tornou-se rapidamente conhecido na Cúria Romana pelo apelido de "Papa do Sorriso", pela sua afabilidade.
Foi o primeiro Papa, desde Clemente V, a recusar uma coroação formal, cerimónia não oficialmente abolida, ficando a cargo do eleito escolher como quer iniciar seu pontificado. Contudo, desde então, os papas eleitos têm optado por uma cerimónia de "início do pontificado", com a respetiva entronização e o juramento de fidelidade. Não aceitava ser carregado numa liteira como os outros papas, por uma questão de humildade. Também foi pioneiro ao adotar um nome papal duplo.
Antes de ser Papa, Luciani foi Patriarca de Veneza e não tinha ambição alguma, nunca tendo sonhado em ser papa. Foi o primeiro Papa a nascer no século XX. O seu nome papal duplo foi uma homenagem aos seus dois antecessores, Paulo VI e João XXIII.
   
  
Albino Luciani nasceu na província de Belluno, norte da Itália. O seu nome de batismo fora uma homenagem a um amigo da família, que morrera numa explosão numa mina de carvão na Alemanha. De origem humilde, viu o seu pai, chamado Giovanni, que era socialista, ser inúmeras vezes forçado a buscar trabalho em outros países, por ocasião da Primeira Guerra Mundial. A sua mãe, Bertola, católica fervorosa, incentivou-o a seguir a formação religiosa, no que foi bem sucedida: Albino foi ordenado padre em 1935, assumindo a posição paroquial que tanto desejara.
Embora, segundo consta, embora não tivesse grande ambições, foi nomeado bispo pelo João XXIII e cardeal pelo Paulo VI, com o título de São Marcos. Esteve presente no Concílio Vaticano II, convocado em 1962 por João XXIII. Albino Luciani era o Patriarca de Veneza quando, com 65 anos, foi eleito Papa, em 26 de agosto de 1978, na terceira votação do conclave que se seguiu à morte do Papa Paulo VI, superando o cardeal considerado "ultraconservador" Giuseppe Siri - favorito ao trono de São Pedro, de acordo com a imprensa - por 99 votos a 11. Segundo conta-se, a princípio, um atónito Luciani teria declinado aceitar o pontificado, mas fora persuadido do contrário pelo cardeal holandês Johannes Willebrands, que estava sentado a seu lado na Capela Sistina. Para isso, ter-lhe-ia dito: "Coragem. O Senhor dá o fardo, mas também a força para carregá-lo".
Escolheu o nome de João Paulo (Ioannes Paulus, pela grafia em latim) para homenagear os seus antecessores, João XXIII e Paulo VI. Morreu na madrugada de 28 de setembro de 1978, entre as 23.30 e 04.30 horas da manhã, no Palácio Apostólico do Vaticano. Na época do conclave, o cardeal britânico Basil Hume, um de seus eleitores, chamou João Paulo I de "o candidato de Deus". A figura de João Paulo I na Igreja Católica sempre foi a de um papa afável, tendo, por isso, recebido a alcunha de "O Papa do Sorriso".
Reza uma lenda que João Paulo I teria feito uma premonição sobre sua morte, ao afirmar a conhecidos que "alguém mais forte que eu, e que merece estar neste lugar, estava sentado à minha frente durante o conclave". Um cardeal presente na ocasião – que preferiu escudar-se no anonimato – confirmou que esse homem era, de facto, o polaco Karol Wojtyla. "Ele virá, porque eu me vou", prosseguiu o "Papa Breve". Curiosamente, Wojtyla realmente votara em Luciani naquele conclave e logo depois veio a se tornar João Paulo II. Por outro lado, o que há de concreto é que João Paulo I teria falado da sua morte, um dia antes dela ocorrer, ao Bispo John Magee.

Morte
Embora João Paulo I tenha sido encontrado morto por uma freira que trabalhava para ele e o acordava havia muitos anos, a versão oficial divulgada pelo Vaticano, contudo, diz que o corpo de João Paulo I teria sido encontrado pelo padre Diego Lorenzi, um de seus secretários, enunciando a morte como "possivelmente associada com enfarte do miocárdio". Para alguns, João Paulo I teria sido vítima das terríveis pressões características de seu cargo, e que, não as tendo suportado, veio a perecer. A citada freira, após a morte deste, fez voto de silêncio.
Outra hipótese levantada foi a de que o Papa "Sorriso de Deus" teria sido vítima de embolia pulmonar. De qualquer maneira, a sua morte provocou enorme consternação entre os católicos; mesmo sob chuva torrencial, a Praça de São Pedro esteve totalmente lotada quando de seus serviços funerais. Em sua homenagem, o seu sucessor adotaria o seu nome papal ao ser eleito, em 16 de outubro de 1978.

Encontro com a Irmã Lúcia
A revista italiana 30 Giorni revela, com base em declarações de um dos quatro irmãos de João Paulo I, que a Irmã Lúcia, durante a visita que o então Patriarca de Veneza lhe fez no Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra, sempre o tratou por "Santo Padre". O Cardeal Luciani fica impressionado e pergunta: "Porquê?", ao que a Irmã responde: "Vossa Eminência um dia será eleito Papa". E ele disse: "Sabe-se lá, irmã…", e a Irmã retorquiu: "Será sim, mas o seu pontificado será muito breve".
 
Beatificação
O caminho para a beatificação de João Paulo I foi iniciado em outubro de 2021 pelo papa Francisco, ao autorizar a promulgação do decreto referente a um milagre atribuído à intercessão de Luciani, proclamando-o bem-aventurado, em data a ser fixada pela Santa Sé. O milagre atribuído teria sido a cura "cientificamente inexplicável" em 2011, de uma menina argentina de onze anos, que tinha uma grave doença cerebral. Em 4 de setembro de 2022 foi beatificado, pelo próprio Papa Francisco, na Praça de São Pedro.

segunda-feira, outubro 17, 2022

O breve Papa do Sorriso nasceu há cento e dez anos


O Papa João Paulo I, nascido Albino Luciani (Forno di Canale, 17 de outubro de 1912 - Vaticano, 28 de setembro de 1978) e oriundo de família humilde, foi Papa da Igreja Católica. Governou a Santa Sé durante cerca de um mês, entre 26 de agosto de 1978 até à data da sua morte. Tornou-se rapidamente conhecido na Cúria Romana pelo apelido de "Papa do Sorriso", pela sua afabilidade.
Foi o primeiro Papa, desde Clemente V, a recusar uma coroação formal, cerimónia não oficialmente abolida, ficando a cargo do eleito escolher como quer iniciar seu pontificado. Contudo, desde então, os papas eleitos têm optado por uma cerimónia de "início do pontificado", com a respetiva entronização e o juramento de fidelidade. Não aceitava ser carregado numa liteira como os outros papas, por uma questão de humildade. Também foi pioneiro ao adotar um nome papal duplo.
Antes de ser Papa, Luciani foi Patriarca de Veneza e não tinha ambição alguma, nunca tendo sonhado em ser papa. Foi o primeiro Papa a nascer no século XX. O seu nome papal duplo foi uma homenagem aos seus dois antecessores, Paulo VI e João XXIII.



Albino Luciani nasceu na província de Belluno, norte da Itália. O seu nome de batismo fora uma homenagem a um amigo da família, que morrera numa explosão numa mina de carvão na Alemanha. De origem humilde, viu o seu pai, chamado Giovanni, que era socialista, ser inúmeras vezes forçado a buscar trabalho em outros países, por ocasião da Primeira Guerra Mundial. A sua mãe, Bertola, católica fervorosa, incentivou-o a seguir a formação religiosa, no que foi bem sucedida: Albino foi ordenado padre em 1935, assumindo a posição paroquial que tanto desejara.
Embora, segundo consta, embora não tivesse grande ambições, foi nomeado bispo pelo João XXIII e cardeal pelo Paulo VI, com o título de São Marcos. Esteve presente no Concílio Vaticano II, convocado em 1962 por João XXIII. Albino Luciani era o Patriarca de Veneza quando, com 65 anos, foi eleito Papa, em 26 de agosto de 1978, na terceira votação do conclave que se seguiu à morte do Papa Paulo VI, superando o cardeal considerado "ultraconservador" Giuseppe Siri - favorito ao trono de São Pedro, de acordo com a imprensa - por 99 votos a 11. Segundo conta-se, a princípio, um atónito Luciani teria declinado aceitar o pontificado, mas fora persuadido do contrário pelo cardeal holandês Johannes Willebrands, que estava sentado a seu lado na Capela Sistina. Para isso, ter-lhe-ia dito: "Coragem. O Senhor dá o fardo, mas também a força para carregá-lo".
Escolheu o nome de João Paulo (Ioannes Paulus, pela grafia em latim) para homenagear os seus antecessores, João XXIII e Paulo VI. Morreu na madrugada de 28 de setembro de 1978, entre as 23.30 e 04.30 horas da manhã, no Palácio Apostólico do Vaticano. Na época do conclave, o cardeal britânico Basil Hume, um de seus eleitores, chamou João Paulo I de "o candidato de Deus". A figura de João Paulo I na Igreja Católica sempre foi a de um papa afável, tendo, por isso, recebido a alcunha de "O Papa do Sorriso".
Reza uma lenda que João Paulo I teria feito uma premonição sobre sua morte, ao afirmar a conhecidos que "alguém mais forte que eu, e que merece estar neste lugar, estava sentado à minha frente durante o conclave". Um cardeal presente na ocasião – que preferiu escudar-se no anonimato – confirmou que esse homem era, de facto, o polaco Karol Wojtyla. "Ele virá, porque eu me vou", prosseguiu o "Papa Breve". Curiosamente, Wojtyla realmente votara em Luciani naquele conclave e logo depois veio a se tornar João Paulo II. Por outro lado, o que há de concreto é que João Paulo I teria falado da sua morte, um dia antes dela ocorrer, ao Bispo John Magee.

Morte
Embora João Paulo I tenha sido encontrado morto por uma freira que trabalhava para ele e o acordava havia muitos anos, a versão oficial divulgada pelo Vaticano, contudo, diz que o corpo de João Paulo I teria sido encontrado pelo padre Diego Lorenzi, um de seus secretários, enunciando a morte como "possivelmente associada com enfarte do miocárdio". Para alguns, João Paulo I teria sido vítima das terríveis pressões características de seu cargo, e que, não as tendo suportado, veio a perecer. A citada freira, após a morte deste, fez voto de silêncio.
Outra hipótese levantada foi a de que o Papa "Sorriso de Deus" teria sido vítima de embolia pulmonar. De qualquer maneira, a sua morte provocou enorme consternação entre os católicos; mesmo sob chuva torrencial, a Praça de São Pedro esteve totalmente lotada quando de seus serviços funerais. Em sua homenagem, o seu sucessor adotaria o seu nome papal ao ser eleito, em 16 de outubro de 1978.

Encontro com a Irmã Lúcia
A revista italiana 30 Giorni revela, com base em declarações de um dos quatro irmãos de João Paulo I, que a Irmã Lúcia, durante a visita que o então Patriarca de Veneza lhe fez no Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra, sempre o tratou por "Santo Padre". O Cardeal Luciani fica impressionado e pergunta: "Porquê?", ao que a Irmã responde: "Vossa Eminência um dia será eleito Papa". E ele disse: "Sabe-se lá, irmã…", e a Irmã retorquiu: "Será sim, mas o seu pontificado será muito breve".
 
Beatificação
O caminho para a beatificação de João Paulo I foi iniciado em outubro de 2021 pelo papa Francisco, ao autorizar a promulgação do decreto referente a um milagre atribuído à intercessão de Luciani, proclamando-o bem-aventurado em data a ser fixada pela Santa Sé. O milagre atribuído teria sido a cura "cientificamente inexplicável" em 2011, de uma menina argentina de onze anos, que tinha uma grave doença cerebral. Em 4 de setembro de 2022 foi beatificado, pelo próprio Papa, na Praça de São Pedro.

domingo, outubro 17, 2021

O breve Papa do Sorriso nasceu há 109 anos


O Papa João Paulo I, nascido Albino Luciani (Forno di Canale, 17 de outubro de 1912 - Vaticano, 28 de setembro de 1978) e oriundo de família humilde, foi Papa da Igreja Católica. Governou a Santa Sé durante apenas um mês, entre 26 de agosto de 1978 até a data da sua morte. Tornou-se rapidamente conhecido na Cúria Romana pelo apelido de "Papa do Sorriso", pela sua afabilidade.
Foi o primeiro Papa, desde Clemente V, a recusar uma coroação formal, cerimónia não oficialmente abolida, ficando a cargo do eleito escolher como quer iniciar seu pontificado. Contudo, desde então, os papas eleitos têm optado por uma cerimónia de "início do pontificado", com a respectiva entronização e o juramento de fidelidade. Não aceitava ser carregado em uma liteira como os outros papas, por uma questão de humildade. Também foi pioneiro ao adoptar um nome papal duplo.
Antes de ser Papa, Luciani foi Patriarca de Veneza e não tinha ambição alguma, nunca tendo sonhado em ser papa. Foi o primeiro Papa a nascer no século XX. O seu nome papal duplo foi uma homenagem aos seus dois antecessores, Paulo VI e João XXIII.



Albino Luciani nasceu na província de Belluno, norte da Itália. Seu nome de batismo fora uma homenagem a um amigo da família, que morrera numa explosão em uma mina de carvão na Alemanha. De origem humilde, viu seu pai, chamado Giovanni, que era socialista, ser inúmeras vezes forçado a buscar trabalho em outros países, por ocasião da Primeira Guerra Mundial. Sua mãe, Bertola, católica fervorosa, incentivou-o a seguir a formação religiosa. No que foi bem sucedida: Albino foi ordenado padre em 1935, assumindo a posição paroquial que tanto desejara.
Embora, segundo consta, embora não tivesse grande ambições, foi nomeado bispo pelo João XXIII e cardeal pelo Paulo VI, com o título de São Marcos. Esteve presente no Concílio Vaticano II, convocado em 1962 por João XXIII. Albino Luciani era o Patriarca de Veneza quando, com 65 anos, foi eleito Papa, em 26 de agosto de 1978, na terceira votação do conclave que se seguiu à morte do Papa Paulo VI, superando o cardeal considerado "ultraconservador" Giuseppe Siri - favorito ao trono de São Pedro, de acordo com a imprensa - por 99 votos a 11. Segundo conta-se, a princípio, um atônito Luciani teria declinado de aceitar o pontificado, mas fora persuadido do contrário pelo cardeal holandês Johannes Willebrands, que estava sentado a seu lado na Capela Sistina. Para isso, ter-lhe-ia dito: "Coragem. O Senhor dá o fardo, mas também a força para carregá-lo".
Escolheu o nome de João Paulo (Ioannes Paulus, pela grafia em latim) para homenagear os seus antecessores, João XXIII e Paulo VI. Morreu na madrugada de 28 de setembro de 1978, entre as 23.30 e 04.30 horas da manhã, no Palácio Apostólico do Vaticano. Na época do conclave, o cardeal britânico Basil Hume, um de seus eleitores, chamou João Paulo I de "o candidato de Deus". A figura de João Paulo I na Igreja Católica sempre foi a de um papa afável, tendo, por isso, recebido a alcunha de "O Papa Sorriso".
Reza uma lenda que João Paulo I teria feito uma premonição sobre sua morte, ao afirmar a conhecidos que "alguém mais forte que eu, e que merece estar neste lugar, estava sentado à minha frente durante o conclave". Um cardeal presente na ocasião – que preferiu escudar-se no anonimato – confirmou que esse homem era, de facto, o polaco Karol Wojtyla. "Ele virá, porque eu me vou", prosseguiu o "Papa Breve". Curiosamente, Wojtyla realmente votara em Luciani naquele conclave e logo depois veio a se tornar João Paulo II. Por outro lado, o que há de concreto é que João Paulo I teria falado da sua morte um dia antes dela ao Bispo John Magee.

Morte
Embora João Paulo I tenha sido encontrado morto por uma freira que trabalhava para ele e o acordava havia muitos anos, a versão oficial divulgada pelo Vaticano, contudo, diz que o corpo de João Paulo I teria sido encontrado pelo padre Diego Lorenzi, um de seus secretários, enunciando a morte como "possivelmente associada com enfarte do miocárdio". Para alguns, João Paulo I teria sido vítima das terríveis pressões características de seu cargo, e que não as tendo suportado, veio a perecer. A citada freira, após a morte deste, fez voto de silêncio.
Outra hipótese levantada foi a de que o Papa "Sorriso de Deus" teria sido vítima de embolia pulmonar. De qualquer maneira, sua morte provocou enorme consternação entre os católicos; mesmo sob chuva torrencial, a Praça de São Pedro esteve totalmente lotada quando de seus serviços funerais. Em sua homenagem, seu sucessor adotaria seu nome papal ao ser eleito, em 16 de outubro de 1978.

Encontro com a Irmã Lúcia
A revista italiana 30 Giorni revela, com base em declarações de um dos quatro irmãos de João Paulo I, que a Irmã Lúcia, durante a visita que o então Patriarca de Veneza lhe fez no Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra, sempre o tratou por "Santo Padre". O Cardeal Luciani fica impressionado e pergunta: "Porquê?", ao que a Irmã responde: "Vossa Eminência um dia será eleito Papa". E ele disse: "Sabe-se lá, irmã…", e a Irmã retorquiu: "Será sim, mas o seu pontificado será muito breve".

quarta-feira, outubro 17, 2012

O breve Papa do Sorriso nasceu há um século

O Papa João Paulo I, nascido Albino Luciani (Forno di Canale, 17 de outubro de 1912 - Vaticano, 28 de setembro de 1978) e oriundo de família humilde, foi Papa da Igreja Católica. Governou a Santa Sé durante apenas um mês, entre 26 de agosto de 1978 até a data da sua morte. Tornou-se rapidamente conhecido na Cúria Romana pelo apelido de "Papa do Sorriso", pela sua afabilidade.
Foi o primeiro Papa, desde Clemente V, a recusar uma coroação formal, cerimónia não oficialmente abolida, ficando a cargo do eleito escolher como quer iniciar seu pontificado. Contudo, desde então, os papas eleitos têm optado por uma cerimónia de "início do pontificado", com a respectiva entronização e o juramento de fidelidade. Não aceitava ser carregado em uma liteira como os outros papas, por uma questão de humildade. Também foi pioneiro ao adoptar um nome papal duplo.
Antes de ser Papa, Luciani foi Patriarca de Veneza e não tinha ambição alguma, nunca tendo sonhado em ser papa. Foi o primeiro Papa a nascer no século XX. O seu nome papal duplo foi uma homenagem aos seus dois antecessores, Paulo VI e João XXIII.



Albino Luciani nasceu na província de Belluno, norte da Itália. Seu nome de batismo fora uma homenagem a um amigo da família, que morrera numa explosão em uma mina de carvão na Alemanha. De origem humilde, viu seu pai, chamado Giovanni, que era socialista, ser inúmeras vezes forçado a buscar trabalho em outros países, por ocasião da Primeira Guerra Mundial. Sua mãe, Bertola, católica fervorosa, incentivou-o a seguir a formação religiosa. No que foi bem sucedida: Albino foi ordenado padre em 1935, assumindo a posição paroquial que tanto desejara.
Embora, segundo consta, embora não tivesse grande ambições, foi nomeado bispo pelo João XXIII e cardeal pelo Paulo VI, com o título de São Marcos. Esteve presente no Concílio Vaticano II, convocado em 1962 por João XXIII. Albino Luciani era o Patriarca de Veneza quando, com 65 anos, foi eleito Papa, em 26 de agosto de 1978, na terceira votação do conclave que se seguiu à morte do Papa Paulo VI, superando o cardeal considerado "ultraconservador" Giuseppe Siri - favorito ao trono de São Pedro, de acordo com a imprensa - por 99 votos a 11. Segundo conta-se, a princípio, um atônito Luciani teria declinado de aceitar o pontificado, mas fora persuadido do contrário pelo cardeal holandês Johannes Willebrands, que estava sentado a seu lado na Capela Sistina. Para isso, ter-lhe-ia dito: "Coragem. O Senhor dá o fardo, mas também a força para carregá-lo".
Escolheu o nome de João Paulo (Ioannes Paulus, pela grafia em latim) para homenagear seus antecessores, João XXIII e Paulo VI. Morreu na madrugada de 28 de setembro de 1978, entre as 23.30 e 04.30 horas da manhã, no Palácio Apostólico do Vaticano. Na época do conclave, o cardeal britânico Basil Hume, um de seus eleitores, chamou João Paulo I de "o candidato de Deus". A figura de João Paulo I na Igreja Católica sempre foi a de um papa afável, tendo, por isso, recebido a alcunha de "O Papa Sorriso".
Reza uma lenda que João Paulo I teria feito uma premonição sobre sua morte, ao afirmar a conhecidos que "alguém mais forte que eu, e que merece estar neste lugar, estava sentado à minha frente durante o conclave". Um cardeal presente na ocasião – que preferiu escudar-se no anonimato – confirmou que esse homem era, de facto, o polaco Karol Wojtyla. "Ele virá, porque eu me vou", prosseguiu o "Papa Breve". Curiosamente, Wojtyla realmente votara em Luciani naquele conclave e logo depois veio a se tornar João Paulo II. Por outro lado, o que há de concreto é que João Paulo I teria falado da sua morte um dia antes dela ao Bispo John Magee.

Morte
Embora João Paulo I tenha sido encontrado morto por uma freira que trabalhava para ele e o acordava havia muitos anos, a versão oficial divulgada pelo Vaticano, contudo, diz que o corpo de João Paulo I teria sido encontrado pelo padre Diego Lorenzi, um de seus secretários, enunciando a morte como "possivelmente associada com enfarte do miocárdio". Para alguns, João Paulo I teria sido vítima das terríveis pressões características de seu cargo, e que não as tendo suportado, veio a perecer. A citada freira, após a morte deste, fez voto de silêncio.
Outra hipótese levantada foi a de que o Papa "Sorriso de Deus" teria sido vítima de embolia pulmonar. De qualquer maneira, sua morte provocou enorme consternação entre os católicos; mesmo sob chuva torrencial, a Praça de São Pedro esteve totalmente lotada quando de seus serviços funerais. Em sua homenagem, seu sucessor adotaria seu nome papal ao ser eleito, em 16 de outubro de 1978.

Encontro com a Irmã Lúcia
A revista italiana 30 Giorni revela, com base em declarações de um dos quatro irmãos de João Paulo I, que a Irmã Lúcia, durante a visita que o então Patriarca de Veneza lhe fez no Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra, sempre o tratou por "Santo Padre". O Cardeal Luciani fica impressionado e pergunta: "Porquê?", ao que a Irmã responde: "Vossa Eminência um dia será eleito Papa". E ele disse: "Sabe-se lá, irmã…", e a Irmã retorquiu: "Será sim, mas o seu pontificado será muito breve".

quarta-feira, setembro 28, 2011

O Papa do Sorriso morreu há 33 anos

O Papa João Paulo I, nascido Albino Luciani (Forno di Canale, 17 de Outubro de 1912Vaticano, 28 de Setembro de 1978) e oriundo de família humilde, foi Papa da Igreja Católica. Governou a Santa Sé durante apenas um mês, entre 26 de Agosto de 1978 até a data da sua morte. Tornou-se rapidamente conhecido entre a cúria pelo apelido, por sua afabilidade, de "o Papa Sorriso".
Foi o primeiro Papa desde Clemente V a recusar uma coroação formal, cerimónia não oficialmente abolida, ficando a cargo do eleito escolher como quer iniciar seu pontificado. Contudo, desde então, os papas eleitos têm optado por uma cerimónia de "início do pontificado", com a respectiva entronização e o juramento de fidelidade. Não aceitava ser carregado em uma liteira como os outros papas, por uma questão de humildade. Também foi pioneiro ao adoptar um nome papal duplo. Pretendia trazer reformas anti-conservadoras para o seio da Igreja Católica Romana.
Antes de ser Papa, Luciani foi Patriarca de Veneza e não tinha ambição alguma, nunca tendo sonhado em ser papa. Foi o primeiro papa a nascer no século XX. Seu nome papal duplo foi uma homenagem a seu antecessor Paulo VI, e ao antecessor deste, João XXIII.

(...)

A brevidade de seu pontificado e as contradições, erros e imprecisões na versão do Vaticano sobre esta suscitam até hoje especulações a respeito de que teria sido vítima de uma conspiração. Sua saída repentina do cenário daria espaço a sectores da Igreja ligados à Cúria Romana, mais empenhados em combater as tendências socialistas então emergentes no clero em vários países. Alguns especuladores reforçaram a tese com a eleição de João Paulo II, um pontífice conservador em relação a diversas questões, como contracepção e política. De fato, o ainda bispo Luciani desejara ao menos uma revisão das posições tradicionais da Igreja Católica sobre estes temas, consultando-se com especialistas em reprodução humana e com filósofos e pensadores de distintas religiões.
Se Paulo VI teve um relatório médico extremamente preciso quando de sua morte (até mesmo os horários das complicações médicas foram anotados), o mesmo não ocorreu ao Papa Sorriso; seu corpo foi embalsamado imediatamente após o falecimento, e as verdadeiras causas do óbito nunca chegaram ao público. Aqui dá para abrir um parênteses nesta teoria conspiratória: segundo o ritual de oficialização da morte do papa, após a constatação do óbito, o cadáver é embalsamado (suas vísceras são retiradas e depositadas em urnas que ficam na cripta subterrânea de Igreja de São Vicente, em Roma) e vestido com um traje composto de bata branca e mitra episcopal. Quando o corpo deixa o quarto, são retirados todos os pertences pessoais do pontífice. As portas são seladas com lacre de cera, que será violado apenas pelo novo Papa.

sexta-feira, agosto 26, 2011

O segundo chefe da Igreja Católica do ano dos três papas foi eleito há 33 anos

O Papa João Paulo I, nascido Albino Luciani (Forno di Canale, 17 de Outubro de 1912Vaticano, 28 de Setembro de 1978) e oriundo de família humilde, foi Papa da Igreja Católica. Governou a Santa Sé durante apenas um mês, entre 26 de Agosto de 1978 até a data da sua morte. Tornou-se rapidamente conhecido entre a cúria pelo apelido, por sua afabilidade, de "o Papa Sorriso".
Foi o primeiro Papa desde Clemente V a recusar uma coroação formal, cerimónia não oficialmente abolida, ficando a cargo do eleito escolher como quer iniciar seu pontificado. Contudo, desde então, os papas eleitos têm optado por uma cerimónia de "início do pontificado", com a respectiva entronização e o juramento de fidelidade. Não aceitava ser carregado em uma liteira como os outros papas, por uma questão de humildade. Também foi pioneiro ao adoptar um nome papal duplo. Pretendia trazer reformas anti-conservadoras para o seio da Igreja Católica Romana.
Antes de ser Papa, Luciani foi Patriarca de Veneza e não tinha ambição alguma, nunca tendo sonhado em ser papa. Foi o primeiro papa a nascer no século XX. Seu nome papal duplo foi uma homenagem a seu antecessor Paulo VI, e ao antecessor deste, João XXIII.