domingo, janeiro 01, 2012

Há 2055 anos Júlio César criou o nosso atual calendário

O calendário juliano foi implantado pelo líder romano Júlio César, em 46 a.C., como uma importante e substancial alteração no calendário romano. Foi modificado ainda mais em 8 d.C., pelo imperador Augusto, e os nomes dos meses sofreram ainda várias mudanças ao longo do Império Romano. O calendário juliano acabou sofrendo sua última modificação em 1582, pelo Papa Gregório XIII, dando origem ao calendário gregoriano que foi adotado progressivamente por diversos países, e hoje é utilizado pela maioria dos países ocidentais.
O calendário juliano, com as modificações feitas por Augusto, continua sendo utilizado pelos cristãos ortodoxos em vários países. Nele, os anos bissextos ocorrem sempre de quatro em quatro anos, enquanto no calendário gregoriano não são bissextos os anos seculares exceto os múltiplos de 400, o que hoje acumula uma diferença para o calendário gregoriano de 13 dias.
Em 46 a.C., Júlio César, percebendo que as festas romanas em comemoração à estação primaveril do ano, marcadas para março (que era o primeiro mês do ano), caíam em pleno Inverno, determinou que o astrónomo alexandrino Sosígenes corrigisse o calendário. As modificações realizadas a partir desses estudos modificaram radicalmente o calendário romano: dois meses, Unodecembris e Duocembris foram adicionados ao final do ano de 46 a.C., deslocando assim Januarius e Februarius para o início do ano de 45 a.C.. Os dias dos meses foram fixados numa sequência de 31, 30, 31, 30... de Januarius a December, à exceção de Februarius, que ficou com 29 dias e que, a cada três anos, teria 30 dias.
Com estas mudanças, o calendário anual passou a ter doze meses que somavam 365 dias. O mês de Martius, que era o primeiro mês do ano, continuou sendo a marcação do equinócio. Foi abandonado o formato luni-solar do calendário romano se fixando para um calendário predominantemente solar, se substituiu o mês intercalar Mercedonius de 22 e 23 dias por apenas um dia chamado de dia extra que deveria ser incluso após o 25º dia de Februarius, "ante die sextum kalenda martias", que, em função da forma de contagem dos romanos acabou criando o conceito de ano bissexto, de 366 dias que deveria ocorrer de três em três anos.
Os anos bissextos definidos no calendário juliano aproximavam o ano trópico por 365,25 dias, incorporando pequenos erros no alinhamento das estações ao longo dos anos. O imperador Augusto acabou corrigindo essas diferenças em 8 d.C., determinando que os anos bissextos ocorressem de quatro em quatro anos.

Calendário juliano após 8 d.C.


No. Mês Dias
1 Januarius 31
2 Februarius 28 ou 29
3 Martius 31
4 Abrilis 30
5 Maius 31
6 Junius 30
7 Julius 31
8 Augustus 31
9 September 30
10 October 31
11 November 30
12 December 31
 
Este calendário vigorou até a Idade Média aproxima o ano trópico por 365,25 dias, importando em um dia de erro no alinhamento dos equinócios a cada 128 anos. Por esse motivo foi modificado pelo Papa Gregório XIII, em 4 de outubro de 1582 quando suprimiu-se 10 dias do calendário juliano e mudou-se a regra do ano bissexto implementada por Augusto. Este novo calendário foi adotado por países da Igreja Católica, entretanto, a Igreja Ortodoxa não aceitou seguir esta mudança, optando pela permanência no calendário juliano o que explica hoje a diferença de 13 dias entre estes dois calendários.


NOTA: na península ibérica (e, em particular, em Portugal) usou-se uma variante deste calendário até ao reinado de D. João I:
A chamada Era de César ou Era Hispânica é uma variante do calendário Juliano, que começou a ser contada na Hispânia Romana a partir de 1º de janeiro de 38 a.C., o mesmo ano em que foi renovado o acordo do Triunvirato, que concedeu a César Otaviano Augusto o governo da Hispânia - e também das Gálias e da Itália. Contudo, o surgimento deste calendário está na verdade ligado à imposição, por Augusto, de uma nova taxa regular de impostos aos seus súbditos ibéricos em 38 a.C., o que teria sido um marco simbólico do estabelecimento definitivo da Pax Romana na região.


Este calendário foi usado durante mais de mil anos na península Ibérica, primeiro pelos romanos e romanizados, depois pelos cristãos até os tempos da Reconquista, quando finalmente começou a cair em desuso. Os catalães teriam sido os primeiros a abandoná-lo, em 1180; os últimos foram os portugueses, em 1422, quando o rei João I de Portugal decretou a adoção oficial da Era de Cristo, ou Era Anno Domini, por meio de uma Carta Régia.

sábado, dezembro 31, 2011

Poema para terminar um ano complicado

 Google Doodle comemorativo do novo ano de 2012

POR ESTE ANOITECER…

Por este anoitecer, o ano acaba.
Cinzento e azul no céu por entre as árvores,
acaba o calendário. Muitos crimes dele
serão futuras efemérides nos outros
que, folha a folha, acabarão também.

Como anoitece igual este ano às noites
com que, dia por dia, o ano foi passando
gregorianamente. O mundo ocidental,
cesáreo, atlântico, ex-mediterrânico,
conta do Cristo. Mas os outros mundos

também contarão dele, quando este ocidente
deixar de fingir dele — os deuses morrem —
para funções de calendário laico.
O tempo passa, os calendários mudam,
na vida e morte as horas se sepultam.

E, no entanto, o tempo vai connosco;
é desta terra só, e só por haver outros
que de outros astros são por haver este
diverso tanto a cada movimento.
Por este anoitecer, o ano acaba.


Jorge de Sena

Fim de ano

(imagem daqui)

No Breve Número

No breve número de doze meses
O ano passa, e breves são os anos,
Poucos a vida dura.
Que são doze ou sessenta na floresta
Dos números, e quanto pouco falta
Para o fim do futuro!
Dois terços já, tão rápido, do curso
Que me é imposto correr descendo, passo.
Apresso, e breve acabo.
Dado em declive deixo, e invito apresso
O moribundo passo.

Ricardo Reis

Homenagem de Torga a Unamuno


Unamuno

D. Miguel...
Fazias pombas brancas de papel
Que voavam da Ibéria ao fim do mundo
Unamuno Terceiro!
(Foi o Cid o primeiro
D. Quixote o segundo.)

Amante duma outra Dulcineia,
Ilusória, também
(Pátria, mãe,
Ideia
E namorada),
Era seu defensor quando ninguém
Lhe defendia a honra ameaçada!

Chamado pelo aceno da miragem,
Deixava o Escorial onde vivia,
E subia, subia,
A requestar na carne da paisagem
A alma que, zeloso, protegia.

in Poemas Ibéricos - Miguel Torga

A Rainha inglesa D. Catarina de Bragança morreu há 306 anos

D. Catarina Henriqueta de Bragança (Vila Viçosa, 25 de novembro de 1638 - Lisboa, 31 de Dezembro de 1705) foi uma Infanta de Portugal, depois Princesa da Beira, e, posteriormente, rainha consorte de Inglaterra e Escócia por seu casamento com o rei Carlos II da casa de Stuart.
Filha do Rei D. João IV de Portugal, da Casa de Bragança, e da sua consorte, a Rainha D. Luísa de Gusmão. Depois da morte da irmã mais velha, D. Joana, Princesa da Beira, assumiu o título de Princesa da Beira. Seus irmãos foram os monarcas D. Afonso VI e D. Pedro II de Portugal.

(...)
Seu dote trouxe a cidade de Bombaim e de Tânger para o domínio britânico, pois Portugal, em busca de apoios contra Filipe IV de Espanha na Guerra da Restauração, a isso se comprometera pelo tratado de paz e aliança assinado em 3 de junho de 1661: obrigava-se o país a pagar dois milhões de cruzados pelo dote da infanta, e transferia para a Inglaterra a posse de Tânger, e do porto e ilha de Bombaim. Além disso, os mercadores ingleses podiam habitar quaisquer praças do reino e gozavam de idênticos privilégios no Rio de Janeiro, na Bahia e em Pernambuco. No caso de os Portugueses recuperarem dos Holandeses a ilha do Ceilão, obrigavam-se a repartir com os Ingleses o trato da canela. Todavia, sua popularidade nos Estados Unidos da América era bastante elevada. Acarinhada pela população local, em sua homenagem foi dado o nome de Queens a um dos cinco bairros da cidade de Nova York.

Música para preparar um ano novo



Matisse nasceu há 142 anos

Henri-Émile-Benoît Matisse (Le Cateau-Cambrésis, 31 de dezembro de 1869 - Cimiez, 3 de novembro de 1954) foi um artista francês, conhecido por seu uso da cor e sua arte de desenhar fluída e original. Foi um desenhista, gravurista e escultor, mas é principalmente conhecido como um pintor. Matisse é considerado, juntamente com Picasso e Marcel Duchamp, como um dos três artistas seminais do século XX, responsável por uma evolução significativa na pintura e na escultura. Embora fosse inicialmente rotulado de fauvista (besta selvagem), na década de 1920, ele foi cada vez mais aclamado como um defensor da tradição clássica na pintura francesa. Seu domínio da linguagem expressiva da cor e do desenho, exibido em um conjunto de obras ao longo de mais de meio século, valeram-lhe o reconhecimento como uma figura de liderança na arte moderna.

Autorretrato

Gustave Courbet morreu há 134 anos

Auto-retrato, Gustave Courbert

Gustave Courbet (Ornans, 10 de junho de 1819 - La Tour-de-Peilz, 31 de dezembro de 1877) foi um pintor anarquista francês pertencente à escola realista. Foi acima de tudo um pintor de paisagens campestres e marítimas onde o romantismo e idealização da altura são substituídos por uma representação da realidade fruto de observação directa. Esta busca da verdade é transposta para a tela em pinceladas espontaneas que não deixam de lado os aspectos menos estéticos do que é observado.
Courbet nasceu numa família de proprietários de terra de Besançon, na França. Depois de frequentar um colégio na mesma cidade, começou a ter aulas de pintura e iniciou seus estudos de direito em Paris. Finalmente decidiu estudar desenho e pintura por iniciativa própria, copiando os grandes mestres no Louvre, principalmente Hals e Velázquez. Suas primeiras obras foram uma série de auto-retratos. Em 1844 expôs pela primeira vez no Salão de Paris e dois anos mais tarde apresentou os quadros Enterro em Ornans e O Ateliê do Artista, que lhe custaram críticas severas e a recusa do Salão de Paris devido aos seus temas demasiadamente prosaicos. Courbet não se deu por vencido e construiu um pavilhão perto do Salão, onde expôs quarenta e quatro de suas obras, que chamou de realista, fundando assim esse movimento.
O público não viu com satisfação essa nova estética das classes trabalhadoras. Courbet, enquanto isso, se reunia para compartilhar opiniões com seus amigos, entre eles o pintor e notável teórico anarquista Proudhon, o escritor Baudelaire e o irónico caricaturista Daumier.
Já se discutiu muito sobre os motivos que teriam levado Courbet a escolher os trabalhadores como tema. De facto, os homens de seus quadros não expressam nenhuma emoção e mais parecem parte de uma paisagem do que seus personagens. Courbet manteve-se, nesta etapa, realista, muito longe do colorido romântico, aproximando-se, em compensação, do realismo tenebroso espanhol do barroco, com uma profusão de pretos, ocres e castanhos, banhados por uma pátina cinza. Comprova-se isto no seu quadro mais importante, O Atelier do Artista (1855), em que manifestou sua desaprovação em relação à sociedade.
Por volta de 1850, o realismo de Courbet foi se apagando e deu lugar a uma pintura de formas voluptuosas e conteúdo erótico, de figuras femininas no estilo de Ingres, mas mais descarnadas. A elas seguiu-se uma série de naturezas-mortas, quadros de caça e paisagens marinhas que confirmaram sua capacidade criativa e técnica impecável. Por volta de 1870, Courbet foi acusado de ter destruído uma coluna da praça Vendôme, o que levou o pintor a mudar-se para Viena. Em Paris, as suas obras foram rejeitadas, e o atelier do artista foi leiloado para pagar a restauração da coluna.

Miguel de Unamuno morreu há 75 anos


Miguel de Unamuno y Jugo (Bilbao, 29 de septiembre de 1864Salamanca, 31 de diciembre de 1936) fue un escritor y filósofo español. En su obra cultivó gran variedad de géneros literarios.


Hay ojos que miran, hay ojos que sueñan


Hay ojos que miran, - hay ojos que sueñan,
hay ojos que llaman, - hay ojos que esperan,
hay ojos que ríen - risa placentera,
hay ojos que lloran - con llanto de pena,
unos hacia adentro - otros hacia fuera.


Son como las flores - que cría la tierra.
Mas tus ojos verdes, - mi eterna Teresa,
los que están haciendo - tu mano de hierba,
me miran, me sueñan, - me llaman, me esperan,
me ríen rientes - risa placentera,
me lloran llorosos - con llanto de pena,
desde tierra adentro, - desde tierra afuera.


En tus ojos nazco, - tus ojos me crean,
vivo yo en tus ojos - el sol de mi esfera,
en tus ojos muero, - mi casa y vereda,
tus ojos mi tumba, - tus ojos mi tierra.

A União Soviética acabou há 20 anos

(para aumentar, clicar na imagem)

O enfraquecimento do governo da União Soviética levou a uma série de eventos que terminaram por causar a dissolução da União Soviética, um processo gradual que ocorreu entre cerca de 19 de janeiro de 1990 a 31 de dezembro de 1991.
O golpe de agosto de 1991 praticamente abriu as comportas para o movimento de independência das repúblicas que compunham a União Soviética. As repúblicas do Báltico já tinham tentado separar-se em 1990, mas foram severamente reprimidas. Com o fracasso do golpe, o cenário mudou totalmente. As forças conservadoras estavam derrotadas e quem mandava realmente era Bóris Yeltsin – e não mais Gorbatchev, cujo poder estava completamente esvaziado.
Já no mês seguinte, setembro, as repúblicas da Letónia, Estónia e Lituânia, uma após a outra, reafirmaram, agora em caráter definitivo, suas declarações de independência. A própria Rússia foi um dos primeiros países a reconhecer a independência dessas repúblicas. Estava aberto o processo para as outras, que em sua grande maioria também se declararam independentes.
Outra conseqüência importante do golpe foi a suspensão, determinada por Yeltsin em toda a Rússia, das atividades do Partido Comunista, que implicou até mesmo o confisco de seus bens. A KGB, o poderoso serviço secreto soviético, teve sua cúpula dissolvida. Gorbatchev admitiu a implosão da União Soviética, mas ainda tentou manter o vínculo entre as repúblicas, propondo a assinatura do chamado Tratado da União. Mas suas palavras não tiveram eco, e o processo de separação se tornou irreversível.
Em 4 de setembro de 1991, Gorbatchev, como presidente da União Soviética, Boris Iéltsin, na qualidade de presidente da Rússia, e mais os líderes de outras nove repúblicas, em sessão extraordinária do Congresso dos Deputados do Povo, apresentaram um plano de transição para criar um novo Parlamento, um Conselho de Estado e uma Comissão Econômica Inter-Republicana. Embora tentasse estabelecer os parâmetros para uma nova união entre as diversas repúblicas, esse plano, na verdade, significava o desmantelamento formal da estrutura tradicional do poder soviético. De qualquer forma, a proposta acabou sendo aprovada.
Percebendo a importância de Gorbatchev para a estabilidade da nação, naquele momento, Yeltsin prometeu o apoio da República russa ao novo plano.
Enquanto isso, os líderes ocidentais também davam sinais de uma clara preferência pela permanência de Gorbatchev no poder, embora demorassem a assumir o compromisso de uma ajuda econômica mais efetiva à União Soviética.
O agravamento da situação econômica era justamente o que tornava mais delicada a posição de Gorbatchev. Decididamente, o povo soviético tinha perdido a paciência com os problemas econômicos, que se manifestavam na vida diária de cada cidadão. A desorganização da economia era visível nas prateleiras vazias dos supermercados e nas filas intermináveis para comprar os produtos mais corriqueiros, como sabonete ou farinha de trigo.
Aprovado o plano de mudanças, faltava agora conseguir a assinatura do Tratado da União com todas as repúblicas. Mas em 1º de dezembro de 1991 a situação se precipitou com a consolidação da independência da Ucrânia, aprovada em plebiscito por 90% da população.
Uma semana depois, numa espécie de golpe branco contra Gorbatchev, os presidentes das repúblicas da Rússia, Ucrânia e Bielorrússia, reunidos na cidade de Brest (Bielorrússia), criaram a Comunidade de Estados Independentes (CEI), decretando o fim da União Soviética.
Diante disso, James Baker, secretário de Estado norte-americano, declarou: “O Tratado da. União sonhado pelo presidente Gorbatchev nunca esteve tão distante. A União Soviética não existe mais”. De facto, em 17 de dezembro Gorbatchev foi comunicado de que a União Soviética desapareceria oficialmente na passagem de Ano Novo.
No dia 21 de dezembro, os líderes de 11 das 15 repúblicas soviéticas reuniram-se em Alma Ata, capital do Casaquistão, para referendar a decisão da Rússia, Ucrânia e Bielo-Rússia e oficializar a criação da Comunidade de Estados Independentes (CEI) e o fim da União Soviética.

Antecedentes
A política de abertura económica e política levada a cabo por Mikhail Gorbatchev, secretário-geral do Partido Comunista no final dos anos 1980, desencadeou mobilizações pela independência de povos minoritários no país. Sob pressão externa e atravessando uma crise económica, o governo central concordou com a reorganização do país numa União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, conferindo maior poder às administrações locais.
Em agosto de 1991, um golpe de estado depôs Gorbachev por três dias; a linha-dura do Partido Comunista tentou reassumir o controle da URSS e impedir o prosseguimento das reformas.
Liderada por Boris Ieltsin, a população revoltosa forçou a volta de Gorbachev ao governo. Em resposta ao golpe, o Partido Comunista soviético foi banido da Rússia pelo então presidente Ieltsin. Após sua restituição, Gorbachev não possuía mais que um poder esvaziado, e o controle da União fora enfraquecido. Em 25 de dezembro de 1991 Gorbachev renunciou à presidência da URSS e em 31 de dezembro todas as funções administrativas do país cessaram de existir.


República
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Donna Summer - 63 anos

LaDonna Adrian Gaines, conhecida mundialmente como Donna Summer (Boston, Massachusetts, 31 de dezembro de 1948) é uma cantora pop norte-americana mais conhecida por suas gravações em estilo disco dos anos 70, que deram a ela o título de Rainha da Disco. Com 37 anos de carreira, estima-se que tenha vendido mais de 130 milhões de cópias de seus discos.

Summer foi um caso raro na música disco, pois sua carreira iniciou-se antes da "explosão" daquele estilo, e continuou após aquela fase. Apesar de ela ser uma das mais conhecidas artistas da "Era Disco'", seu repertório incluiu diversos géneros, incluindo "rhythm'n blues" e rock, tendo ganho prémios "Grammy" nestas categorias. Seu trabalho ainda é aplaudido pela crítica e ela permanece como uma das poucas artistas da Era Disco' ainda aceitas pela crítica atual.
Summer começou cantando no coral da igreja que frequentava. Mais tarde juntou-se a um grupo de rock chamado The Crow. Poucos meses antes de concluir o ensino médio, Summer deixou o curso e se juntou à produção alemã do musical Hair. Posteriormente mudou-se para a Europa, participando de vários musicais.
Após mudar-se para Munique, Alemanha, Summer casou-se com Helmut Sommer ("Summer" é uma anglicização do nome "Sommer") e trabalhou em vários musicais e teatros. Em 1971, lançou a música "Sally Go 'Round the Roses", seu primeiro trabalho solo, sem sucesso. Após conhecer Giorgio Moroder e Pete Bellotte, lançou seu primeiro LP, Lady of the Night em 1975, com algum sucesso na Europa. Sua música Love to Love You Baby foi um grande "hit" no continente. A gravadora Casablanca Records começou a distribuir o álbum nos EUA, tornando-a uma sensação por lá também. Em seguida surgiu uma versão de 17 minutos de Love to Love You Baby aclamada pela crítica, e que estabeleceu um padrão hoje conhecido por "extended mix": versões extensas voltadas para pistas de dança.
Continuando a trabalhar com Moroder and Bellotte, surgiu o disco A Love Trilogy em 1976 e, no mesmo ano, o álbum conceptual Seasons of Love. O trabalho seguinte, I Remember Yesterday (de 1977) incluía o sucesso "I Feel Love", a primeira música de sucesso com acompanhamento inteiramente feito por sintetizador. Esta música, de enorme sucesso, influenciou o desenvolvimento da "disco' music" e do techno, graças às inovações introduzidas por Moroder.
Once Upon a Time foi lançada pouco depois de I Remember Yesterday; foi novamente uma produção conceptual, tendo como tema o conto de fadas Cinderela. Depois de atuar (e ganhar um Grammy pela trilha sonora) na comédia Thank God It's Friday ("Até que enfim é sexta-feira"), Summer lançou um álbum ao vivo, Live and More com outro enorme sucesso: MacArthur Park. Seu talento como compositora apareceu em Bad Girls (1979), e também em "Hot Stuff", ganhadora de outro Grammy. A música On the Radio, também de 1979, chegou a n-o 1 nas paradas americanas. Neste ano, gravou também um dueto com Barbra Streisand na música Enough is Enough (No More Tears).
Summer então decidiu deixar a gravadora Casablanca Records e assinar com a Geffen Records. Seu primeiro álbum pela Geffen foi The Wanderer, de 1980, que incluía influências do R&B e do rock. O álbum seguinte, I'm a Rainbow, só foi lançado em 1996 pois a Geffen não acreditava que fosse bom. Ao invés disso, a Geffen fez com que Donna Summer deixasse Moroder e Bellotte, seus compositores de longa data, e tivesse como produtor Quincy Jones, no álbum seguinte, "Donna Summer", o qual teve os sucessos "Love is in Control (Finger on the Trigger)" e a balada " The Woman in Me". Teve ainda a música de Vangelis chamada "State of Independence" com estilo New Age.
Em 1983, como parte do acordo judicial assinado com a Casablanca Records, Summer lançou o álbum She Works Hard for the Money, com produção de Michael Omartian. O que deveria ser apenas uma obrigação, transformou-se num estrondoso sucesso. Além da canção-título, outro grande hit foi "Unconditional Love". De volta à Geffen, seus trabalhados posteriores ("Cats Without Claws" e "All Systems Go") não foram tão bem recebidos pelo público, apesar de aclamados pela crítica.
Em relativo ostracismo, Donna Summer voltaria ao posto de diva da dance music através do álbum Another Place and Time, sob produção dos "hitmakers" ingleses Stock, Aitken e Waterman, mentores de artistas como Rick Astley e Kylie Minogue. Faixas como "This Time I Know It's For Real", "Love's About To Change My Heart" e "I Don't Wanna Get Hurt" ganharam as paradas de sucesso internacional. Curiosamente, no Brasil, a canção "Breakaway" tornou-se um grande sucesso, talvez um dos maiores da cantora no país, mas apenas 3 anos depois, em 1992, com a primeira visita da cantora para uma tournée.
Em 1991, foi lançado Mistaken Identity, fortemente influenciado pelo estilo R&B e que obteve pouca repercussão. Apenas em 2008, Donna Summer lançaria um novo disco apenas de canções inéditas, intitulado Crayons. Nesse intervalo, a cantora permanceu ativa, lançando vários singles decorrentes de participações em trilhas sonoras, coletâneas e projetos especiais ("Carry On", "Melody Of Love", "Whenever There Is Love", "The Power Of One", "I Will Go With You"). Além disso, em 1996, participou do álbum "Gently", de Liza Minnelli, no dueto "Does He Love You".


A Zona do Canal do Panamá deixou de ser norteamericana há 12 anos

 Jimmy Carter e Omar Torrijos apertam as mãos momentos depois da assinatura dos Tratados Torrijos-Carter

Os Tratados Torrijos-Carter (às vezes referidos no singular como o Tratado Torrijos-Carter) são dois tratados assinados entre os Estados Unidos da América e o Panamá em Washington, DC em 7 de setembro de 1977, anulando o Tratado Hay-Bunau-Varilla assinado em 1903.
Esses dois tratados garantiam ao Panamá o controle do Canal do Panamá - até então sob controle dos Estados Unidos - a partir de 1999. Os tratados são assim chamados em homenagem aos dois signatários, o presidente estado-unidense Jimmy Carter e o líder panamense Omar Torrijos. Torrijos não fora eleito democraticamente, tendo tomado o poder através de um golpe de estado em 1968, mas considera-se, em geral, que teve um grande apoio no Panamá para a assinatura desses tratados.
O primeiro tratado é chamado oficialmente de The Treaty Concerning the Permanent Neutrality and Operation of the Panama Canal (Tratado referente à Neutralidade Permanente e à Operação do Canal do Panamá), normalmente referido como the Neutrality Treaty (O tratado de Neutralidade). Nesse tratado, os EUA mantêm o direito permanente de defender o canal de qualquer ameaça que possa interferir com seu serviço neutro continental a navios de todos os países.
O segundo tratado é chamado de The Panama Canal Treaty (O tratado do Canal do Panamá). É este tratado que garantia que, depois do ano 2000, o Panamá assumiria o controle total das operações do canal e tornar-se-ia o primeiro responsável por sua defesa.



O canal e a Zona do Canal em torno foram administrados pelos Estados Unidos até 1999, quando o controle foi passado ao Panamá, como previsto pelos Tratados Torrijos-Carter, assinados em 7 de setembro de 1977, nos quais o presidente dos estados-unidos Jimmy Carter cede aos pedidos de controle dos panamenhos. Os tratados previam uma passagem gradual do controle aos panamenhos, que se terminou pelo controle total do canal pelo Panamá em 31 de Dezembro de 1999.
O Panamá tem, desde então, melhorado o Canal, quebrando recordes de tráfego, financeiros e de segurança ano após ano. O Canal do Panamá foi declarado uma das Sete maravilhas do Mundo Moderno pela Sociedade estado-unidense de engenheiros civis.

sexta-feira, dezembro 30, 2011

Punk's not death!

Recordar música de aniversariante de hoje


Space Cowboy


Há cinco anos a ETA quebrou o seu próprio cessar-fogo com um atentado que matou duas pessoas

 Estado en el que quedó la zona del módulo D de Barajas tras el atentado

El atentado de la T4 consistió en la explosión de un furgoneta bomba que miembros de la organización terrorista ETA habían situado en uno de los aparcamientos de la Terminal 4 del Aeropuerto de Madrid-Barajas, Madrid, el 30 de diciembre de 2006, sábado, a las 09:01 (hora española).
El fuerte estallido causó la muerte de dos personas, hirió a una veintena y provocó importantes destrozos en las infraestructuras del aeropuerto, así como suspensiones y retrasos en los vuelos.
A nivel político, el atentado se produjo en el contexto de un proceso de paz del Gobierno español y la banda terrorista, la cual había declarado un "alto el fuego permanente".
Finalmente los cuatro implicados en el atentado fueron detenidos durante la misma legislatura.

Atentado ETA Barajas.jpg
Columna de humo en el aeropuerto de Barajas tras la explosión de una furgoneta bomba el 30 de diciembre de 2006
Lugar Aeropuerto de Madrid-Barajas, Madrid, España
Blanco(s) Aeropuerto de Madrid-Barajas
Fecha 30 de diciembre de 2006
09:01 (UTC+1)
Tipo de ataque Atentado terrorista
Arma(s) furgoneta bomba
Muertos 2
Heridos 20
Perpetrador(es) ETA
Motivo dinamitación de la tregua


A Compra Gadsden determinou as fronteiras continentais finais dos Estados Unidos há 158 anos

(clicar para aumentar)

A Compra Gadsden designa a aquisição ao México pelos Estados Unidos, em 1853, de territórios com uma área total de aproximadamente 77.770 km2, actualmente situados no sul dos estados norte-americanos do Arizona e Novo México. Incluía territórios a norte do Rio Gila e a oeste do Rio Grande. Esta compra definiria as fronteiras finais do território continental dos Estados Unidos.

Antecedentes
Após o final da Guerra Mexicano-Americana de 1848, continuavam por resolver as disputas fronteiriças entre os Estados Unidos e o México. O território que hoje constitui o sul dos estados do Arizona e Novo México fazia parte de uma proposta para a construção de uma linha de caminho de ferro transcontinental. O então secretário de guerra americano, Jefferson Davis, convenceu o presidente Franklin Pierce a enviar James Gadsden (que tinha interesses pessoais nesta rota de caminho de ferro) para negociar com o México a compra destes territórios.

A compra
Segundo o acordo estabelecido em 30 de Dezembro de 1853 (Tratado de La Mesilla) entre James Gadsden e o presidente mexicano Antonio López de Santa Anna, os Estados Unidos pagaram ao México 10 milhões de dólares (equivalentes a 233 milhões de dólares de 2004), em troca da cedência territorial mexicana. O tratado incluía uma provisão que permitia aos Estados Unidos construir um canal transoceânico através do Istmo de Tehuantepec, mas os Estados Unidos nunca fizeram uso dela. Além do objectivo da construção da linha de caminho de ferro transcontinental, a Compra Gadsden tinha também como objectivo compensar o México pelos territórios ocupados pelos Estados Unidos após o final da guerra mexicano-americana. O Tratado de Guadalupe Hidalgo de 1848 pusera termo ao conflito militar entre os dois países, mas atribuía apenas uma compensação simbólica pelos territórios perdidos pelo México durante a guerra.

O último Rei da Roménia abdicou, com uma arma apontada à cabeça, há 64 anos





Miguel de Hohenzollern-Sigmaringen, nascido em 25 de Outubro de 1921 foi o último rei da Roménia Maior no século XX, com o título de Rei Miguel I da Roménia (em romeno, Majestatea Sa Regele Mihai I de România). Reinou entre 20 de Julho de 1927 e 8 de Junho de 1930, e novamente de 6 de Setembro de 1940 até 30 de Dezembro de 1947, quando foi deposto, indo viver no exílio desde então.

Ele é primo em terceiro grau da rainha Isabel II do Reino Unido, e uma das últimas figuras públicas da era da Segunda Guerra Mundial ainda vivas.
Miguel (Mihai) assumiu o trono após a morte de Fernando I da Roménia, em 1927, devido à renúncia ao trono, em Dezembro de 1925, do príncipe herdeiro Carlos (Carol). Como era menor de idade, foi estabelecida uma regência. Em 1930, Carol retorna ao país, a convite de políticos que estavam insatisfeitos com a regência, e foi proclamado rei. Miguel foi proclamado príncipe.
Em 1940 o regime pró-Alemanha do marechal Ion Antonescu realizou um golpe contra Carol, que era considerado antialemão. Mihai foi novamente proclamado rei, mas aos 18 anos de idade era apenas uma figura decorativa do governo Antonescu.
Em 1944, com o avanço das forças da União Soviética, Miguel juntou-se aos políticos pró-Aliados e deu um golpe de estado contra Antonescu, que foi preso. O rei Miguel proclamou a lealdade da Roménia aos Aliados, mas isto não foi suficiente para impedir uma invasão soviética.
Em Março de 1945, o rei Miguel foi forçado a indicar um governo pró-soviético encabeçado pelo Partido Comunista da Roménia. Sob o governo comunista, Miguel novamente foi pouco mais do que uma figura decorativa. Chegou a ser condecorado com a Ordem da Vitória soviética, mas, em Dezembro de 1947, os comunistas anunciaram a abolição da monarquia e o rei foi forçado a abdicar, deixando o país.
No exílio viveu primeiramente na Grã-Bretanha e, em seguida, na Suíça. Durante o regime comunista, perdeu a cidadania romena, e adquiriu cidadania suíça. No exílio, adotou o título de Príncipe Miguel de Hohenzollern-Sigmaringen (sua linhagem real remonta à família real alemã Hohenzollern).
Em 1992, três anos após a queda do regime de Nicolae Ceausescu, Miguel foi autorizado a voltar à Roménia para celebrar a Páscoa. Em 1997 a sua cidadania romena foi restabelecida.


In November, 1947 King Michael traveled to London for the wedding of his cousins, The Princess Elizabeth (the future Queen Elizabeth II) and Philip Mountbatten, an occasion during which he met Princess Anne of Bourbon-Parma (his second cousin once removed), who was to become his wife. According to unconfirmed claims by so-called Romanian 'royalists', King Michael did not want to return home, but certain Americans and Britons present at the wedding encouraged him to do so; Winston Churchill is said to have counseled Michael to return because "above all things, a King must be courageous." According to his own account, King Michael rejected any offers of asylum and decided to return to Romania, contrary to the confidential, strong advice of the British Ambassador to Romania.
On 30 December 1947 the royal palace was surrounded by the Tudor Vladimirescu army units loyal to the Communists. Michael was forced at gun point (by either Petru Groza or Gheorghe Gheorghiu-Dej, depending on the source) to abdicate Romania's throne. Later the same day, the Communist-dominated government announced the 'permanent' abolition of the monarchy and its replacement by a People's Republic, broadcasting the King's pre-recorded radio proclamation of his own abdication. On 3 January 1948, Michael was forced to leave the country, followed over a week later by Princesses Elisabeth and Ileana, who collaborated so closely with the Soviets they became known as the King's "Red Aunts."
According to Michael's own account, the Communist Prime Minister Petru Groza had threatened him at gun point and warned that the government would shoot 1,000 arrested students if the king didn't abdicate. In an interview with The New York Times from 2007, Michael recalls the events: “It was blackmail. They said, ‘If you don’t sign this immediately we are obliged’ — why obliged I don’t know — 'to kill more than 1,000 students' that they had in prison.” According to Time magazine, the communist government threatened Michael that it would arrest thousands and steep the country in blood if he did not abdicate.
According to the Albanian communist leader Enver Hoxha, who recounts his conversations with the Romanian Communist leaders on the monarch's abdication, King Michael was threatened with a pistol by the Romanian Communist Party leader Gheorghe Gheorghiu-Dej rather than Petru Groza so as to abdicate.

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