terça-feira, janeiro 13, 2009

Ano Internacional da Astronomia - Semana 2

Post em estereofonia com o Blog AstroLeiria:

Como referimos anteriormente, o Blog AstroLeiria teve a honra de colaborar na realização da Agenda Regional de Leiria, uma edição anual do semanário e jornal regional Região de Leiria, escolhendo uma imagem por semana para assinalar o Ano Internacional da Astronomia (AIA). Aqui fica (bastante atrasada...) a segunda imagem:

Semana 2 - Ano Internacional de Astronomia

AIA E GALILEU

O Ano Internacional da Astronomia deve-se ao facto de se estarem a comemorar os 400 anos da invenção da luneta astronómica por Galileu Galilei.


Na imagem o Telescópio Harlan J. Smith, no Observatório McDonald, Texas (USA) – imagem da Wikimedia Commons (http://en.wikipedia.org/wiki/Image:USA_harlan_j_smith_telescope_TX.jpg)

Conferência Internacional em Coimbra sobre colecções e museus de Geociências

Republicamos um post anterior, desta vez com link para 1ª Circular:

Conferência Internacional

Colecções e museus de Geociências: missão e gestão

5 e 6 de Junho de 2009


Centro de Estudos de História e Filosofia da Ciência
Museu Mineralógico e Geológico da Universidade de Coimbra


Local: Auditório do Museu de Ciência da Universidade de Coimbra.


As colecções geológicas são uma ferramenta essencial em investigação e divulgação do conhecimento em História da Terra e da Vida. Documentam os processos e fenómenos que decorrem na parte mais superficial do planeta e a evolução da vida e são parte integrante da herança cultural e científica da civilização contemporânea. Servem, também, como meio para um melhor conhecimento da infra-estrutura geológica e da base de recursos geológicos, tendo em vista a sua gestão sustentada. Todavia, muitas delas estão sujeitas a ameaças que decorrem tanto da falta de recursos para o seu estudo, conservação e valorização, como da menor vocação das instituições de tutela para a sua preservação.

Com esta conferência pretende-se caracterizar o “estado da arte” no que respeita à gestão deste tipo de colecções, identificar as suas principais oportunidades e ameaças, bem como criar um fórum permanente de discussão e troca de experiências entre os profissionais envolvidos, tendo em vista, a prazo, o estabelecimento de linhas orientadoras de políticas de gestão a nível nacional.

Formato

Palestras por especialistas convidados, comunicações pelos participantes, mesa-redonda final.

Temáticas

1 - Museus e colecções geológicas universitárias
2 - Colecções na esfera da Administração Central e Regional do Estado
3 – Museus e colecções de conteúdo geológico na Administração Local
4 – Documentação e conservação de materiais geológicos
5 – Museus, Centros de Ciência/Interpretação e divulgação das Geociências
6 – História das colecções

Línguas admitidas

Português, espanhol, francês, inglês

Apresentações
As comunicações poderão ser apresentadas oralmente ou sob a forma de poster (formato A0, vertical). Os textos, das intervenções, com um máximo de 10 p. A4, Times corpo 12, deverão ter palavras-chave e um resumo, em português e noutra língua oficial.

Submissão de resumos: até 30 de Março

Os resumos terão uma dimensão máxima de 1 página A4, a TNR 12, 1,5 espaços, sem imagens ou bibliografia.
Os textos aprovados pela Comissão Científica serão reunidos em edição especial.
As normas para a formatação dos documentos serão editadas na página electrónica da Conferência.

Inscrições
O valor da inscrição garante a participação nas sessões de trabalho, a documentação produzida e a participação em todos os actos sociais.

Inscrição:
  • Normal: € 60,00
  • Membros das instituições apoiantes: € 50.00
  • Estudantes de licenciatura: € 20.00
(Depois de 30 de Março a taxa de inscrição sofre um agravamento de 25%)


Os boletins de inscrição acompanhados por comprovativos por via electrónica para o endereço geocoleccoes@gmail.com, ou pelo correio para:

Conferência Internacional sobre Colecções Geológicas
a/c de Madalena Freire
Universidade de Évora – Colégio António Verney
Rua Romão Ramalho, 59
7002-554 Évora

Os pagamentos serão feitos por cheque ou transferência bancária à ordem da Universidade de Évora, para a conta a indicar.



Comissão organizadora
  • José M. Brandão (CEHFC, Universidade de Évora)
  • Pedro Callapez (FCTUC / Museu Mineralógico da Universidade de Coimbra)
  • João Paulo Constância (Museu Carlos Machado – R. A. Açores)
  • Octávio Mateus (Museu da Lourinhã / FCT- Universidade Nova de Lisboa)
  • Paulo Castro (INETI - I.P.)


Comissão Científica
  • António Mouraz Miranda (IST / Museu Décio Thadeu)
  • Artur Abreu Sá (UTAD / Projecto Geoparque de Arouca)
  • Carlos Cooke (UTAD / Museu de Geologia da UTAD)
  • Helder Chaminé (ISEP / Museu de Mineralogia e Geologia do ISEP)
  • Helena Couto (F.C.U.P. / Museu Mineralógico e Geológico da U.P.)
  • Isabel Rábano (Museo Geominero - IGME)
  • João Carlos Brigola (Universidade de Évora / C.E.H.F.C.)
  • José Bernardo Brilha (Universidade do Minho / ProGeo)
  • Josep Mata-Perelló (Museu Valentí Masachts / U.P.C.)
  • Manuel Francisco Pereira (Instituto Superior Técnico / Museu Bensaúde)
  • Maria de Fátima Nunes (Univ. de Évora / C.E.H.F.C.)
  • Octavio Puche Riart (Museu Histórico Minero Felipe de Borbón / E.T.S.I.M.M.)
  • Paulo da Gama Mota (Museu de Ciência da Universidade de Coimbra)
  • Pedro Casaleiro (Museu de Ciência da Universidade de Coimbra)
  • Rui Dias (Univ. de Évora / C. C. Viva de Estremoz)
  • Victor Hugo Forjaz (Univ. dos Açores / OVGA)


Entidades colaboradoras 1

  • ALT – Sociedade de História Natural
  • APOM – Associação Portuguesa de Museologia
  • APPBG – Associação Portuguesa de Professores de Biologia e Geologia
  • Centro de Geofísica da Universidade de Coimbra
  • Comissão Portuguesa do ICOM
  • Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra
  • FISDPGYM - Fed. Soc. Iberoamericanas de Defensa del Patrimonio Geológico y
  • Minero
  • GeoMin – Secção de Minas da Associação Portuguesa Património Industrial
  • Museo Histórico Minero D. Felipe de Borbón y Grecia (Universidade Politécnica de Madrid)
  • Museo Valentí Masachts (Universidade Politécnica da Catalunha)
  • Museu Alfredo Bensaúde (IST)
  • Museu Carlos Machado
  • Museu da Lourinhã (GEAL)
  • Museu de Ciência da Universidade de Coimbra
  • Museu de Geologia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
  • Museu de Geologia Prof. Décio Thadeu (IST)
  • Museu de Mineralogia e Geologia do ISEP
  • Museu de Mineralogia Alfredo Bensaúde (IST)
  • Museu Mineiro do Louzal
  • Museu Mineralógico e Geológico da Universidade do Porto
  • Museu Mineralógico e Geológico da Universidade de Coimbra
  • Museu do ISEP
  • OVGA – Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores
  • Parque Mineiro da Cova dos Mouros
  • Parque Paleozóico de Valongo
  • ProGeo Portugal
  • SEDPGYM - Sociedad Española para la Defensa del Patrimonio Geológico y Minero

1 Em actualização

Petição de Pais e Encarregados de Educação à Sr.ª Ministra da Educação

PARA: Ministra da Educação

PETIÇÃO DE PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO À SR.ª MINISTRA DA EDUCAÇÃO

Nota Introdutória:

Nós os Pais e Encarregados de Educação autores desta petição, nós os que frequentemente olhamos os nossos filhos enquanto brincam e se divertem, e invariavelmente os imaginamos daqui a muitos anos com os seus e os nossos sonhos, desejando que alcancem uma vida plena. Nós, aqueles que projectam para os seus filhos as competências para a participação numa sociedade de sucesso, e que neles vêem o futuro e a garantia de uma herança cultural colectiva; nós, esses mesmos, também temos uma palavra a dizer.

Na educação, claro! Uma palavra a dizer sobre as políticas educativas que finalmente parecem ter recuperado um país para a sua própria consciência e que nos provaram, afinal, que em Portugal a cultura de intervenção cívica não morreu. Esteve apenas adormecida por uma indiferença ao discurso político, muitas vezes medíocre, e que efectivamente apenas interessa a quem participa nos jogos de poder.

Afinal, quando altos valores se levantam, Portugal reage. Enfim, quando aqueles em quem foi delegado o poder legislativo se esquecem que a lei deve servir a quem neles delegou, Portugal recorda. Porventura, quando os dirigentes revelam não estar à altura da longa tradição de serviço público, Portugal protesta. Quando a falta de cultura social das elites políticas se revela e ultrapassa todos os limites, em matérias que hipotecam seriamente o futuro colectivo de uma nação, Portugal diz basta!!!

A presente petição à Ex.ma Senhora Ministra da Educação é subscrita por aqueles que depositam toda a sua esperança nos filhos. Aqueles que nada guardam ou poupam, para que as futuras gerações de portugueses possam partilhar um futuro colectivo melhor, e com isso serem eles próprios melhores homens e mulheres, mais bem preparados, mais capacitados, com mais oportunidades e com melhores perspectivas. Somos pais, e esta é a nossa missão.

Para salvaguarda do significado do presente documento e da integridade intelectual dos subscritores, deixamos aqui uma forte advertência a todos aqueles que nos lêem e que ponderam subscrever esta petição:

Em boa verdade, não há ninguém que possa afirmar não ter qualquer ligação à educação. Em cada família há um aluno, em cada professor uma família. É especialmente a estes últimos, e a todos os que desenvolvem a sua actividade profissional na área educativa que pedimos um esforço adicional. Antes de prosseguirem para a leitura do texto da petição, saiam da frente do computador e procurem os vossos filhos. Olhem-nos e admirem-nos. Imaginem o que o futuro lhes reserva e tudo aquilo que para eles desejam. Depois, apenas e só depois deste exercício, regressem e leiam o texto da petição com olhos e alma de pais. Só assim – na qualidade de Pais e Encarregados de Educação - a vossa subscrição será verdadeira, integra e intelectualmente honesta.

O assunto é demasiado sério, e merece algum cuidado.
Leia atentamente a petição, subscreva e divulgue.
Muito obrigado.


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PETIÇÃO À SENHORA MINISTRA DA EDUCAÇÃO
*********************************************
Dr.ª Maria de Lurdes Rodrigues:

Nós os Pais e Encarregados de Educação declaramo-nos preocupados.

A situação a que chegámos é talvez o culminar da “tomada de assalto” das escolas pela burocracia e pelas elites que fomos criando em muitos anos de políticas educativas atípicas para a própria condição humana. Ela reflecte bem o estado geral da educação em Portugal, e não augura nada de bom se não ponderarmos o rumo em que estamos lançados.

Várias ameaças pairam sobre a educação nacional neste momento, sobre as quais tecemos as seguintes considerações:


a) Avaliação dos professores

Afirmamos a necessidade de um sistema de avaliação de desempenho, tanto para os professores como para as escolas enquanto instituições colectivas. A avaliação não é uma questão laboral mas sim uma questão educativa de fundo e uma indispensável ferramenta estratégica para a melhoria de competências e práticas pedagógicas e científicas, e para garantia da qualidade das aprendizagens.

Em consciência, não podemos concordar com sistemas de avaliação “fast-food”, criados à luz de critérios economicistas, sem quadros independentes, formados e especializados na problemática educativa, e sem critérios e objectivos de longo prazo devidamente estabelecidos. É imperativo saber o que queremos da escola moderna e dos novos professores para saber o que vamos avaliar.

Consideramos prejudicial aos interesses dos nossos filhos e do futuro do país, um sistema de avaliação que visa pressionar o professor a facilitar a avaliação dos alunos. Os nossos filhos merecem uma preparação efectiva e não meramente estatística. As estatísticas de sucesso podem servir para abrilhantar relatórios, mas não servem os interesses dos nossos filhos nem o futuro do país.


b) O estatuto do aluno – em particular o novo regime de faltas

Não podemos concordar com o abandono de valores culturais essenciais para a formação do carácter individual e colectivo de uma sociedade de sucesso. Rigor, esforço, dedicação, dever, responsabilidade e disciplina estão cada vez mais longe da escola.

Consideramos uma grave subversão dos valores que a escola transmite quando se trata por igual situações que são antagónicas, premiando a irresponsabilidade e prejudicando o empenho. Não há sensação de justiça quando se equipara uma falta por doença ou motivo justificativo a uma simples “balda” ou “gazeta”.

Acreditamos numa escola humanista, tolerante e geradora de solidariedade que seja capaz de dar todas as oportunidades a todos os alunos. Mas a escola nunca o será verdadeiramente se não for capaz de premiar a competência, reconhecer o esforço, e censurar o desleixo.

Apelando à serenidade e a meios de expressão em que prevaleça o respeito pela ordem pública e pela diferença de opinião, prestamos a nossa homenagem, admiração e solidariedade ao movimento estudantil e às associações de estudantes onde, afinal, o espírito crítico ainda sobrevive. É para nós um desejo que as novas gerações possam ser mais pró-activas (e menos passivas) no uso e reivindicação do seus direitos, liberdades e garantias, numa cultura de intervenção cívica própria das sociedades mais desenvolvidas.

Lamentamos profundamente e recusamos quaisquer atestados de menoridade ou de incapacidade crítica, implícitos nas insinuações de que os nossos filhos estão a ser manipulados. Aos que as fazem, lembramos as palavras de Epicleto: “Não devemos acreditar na maioria que diz que apenas as pessoas livres podem ser educadas, mas sim acreditar nos filósofos que dizem que só as pessoas educadas são livres”.


c) Apelamos a um debate nacional, e a uma reflexão profunda

Em tempo de mudança, de uma Sociedade da Informação que se quer transformar em Sociedade do Conhecimento, da velha pessoa “reactiva” para a nova pessoa “pró-activa”, que seja um verdadeiro agente de transformação, capaz de construir conhecimento, que aluno é que queremos?

Em tempo de mudança, dos velhos sistemas analógicos para a era digital, em que jovens teclam tão rápido num telemóvel ou num computador e em que nos habituámos a ver o mundo em mudança rápida e permanente até ficar bem diferente poucos anos depois de se ter iniciado o percurso escolar; que professor é que queremos?

Em tempo de mudança, o que é mais importante: traçar um perfil novo para o professor, o educando e as aprendizagens e acompanhar com uma avaliação honesta, sensata e rigorosa, ou avaliar sem se saber o que se está a avaliar porque não se sabe o que se quer? Que escola é que queremos?

Queremos a escola que Kant nos descreve, quando afirma “É por isso que se mandam as crianças à escola: não tanto para que aprendam alguma coisa, mas para que se habituem a estar calmas e sentadas e a cumprir escrupulosamente o que se lhes ordena, de modo que depois não pensem mesmo que têm de pôr em prática as suas ideias”?

Ou acreditamos em Tucídides, quando afirma “Não pensem que um ser humano possa ser muito diferente de outro. A verdade é que fica com vantagem quem tiver sido formado na escola mais rude”?


d) Afinal, o que é que queremos construir?! Afinal, o que é que queremos avaliar?! Resignamo-nos à mediocridade, à falta de meios, à falta de ambição?

A maior derrota é perder a capacidade de reflectir. Perder a oportunidade de parar para pensar, para dialogar. Essa perda afecta o homem e a sociedade no seu último elo: a sociabilidade.

Ao longo dos últimos anos temos vindo a assistir ao desaparecimento das ciências sociais e humanas dos currículos educativos. À luz daquilo em que se transformou a política – discursos e estatísticas – esta acabou por transformar a educação em Português e Matemática.

Como afirmou o reconhecido académico António Damásio, “(...) o ensino das Artes e das Humanidades é tão necessário quanto o ensino da Matemática e das Ciências,(...) Ciência e Matemática, por si, são insuficientes para formar cidadãos”.

Não admira pois que alguns titulares de órgãos de soberania tenham “fracos índices de cultura social”. São já fruto de políticas educativas avessas à própria condição de cidadania. Não mudemos nada, e imaginem como serão aqueles que nos governarão amanhã.

Resta-nos a esperança de que com o novo modelo de gestão, as escolas passem a responder perante a comunidade e não perante o sistema. Resta-nos a convicção de que com o reforço do peso dos pais e outros elementos da comunidade na gestão das escolas possamos, em conjunto com os professores e os nossos filhos, mudar um destino fatal.


Assim, e pelo exposto, os Pais e Encarregados de Educação abaixo assinado, requerem a Sua Ex.a a Ministra da Educação:

1. A suspensão do Decreto-Regulamentar 2/2008 de 10 de Janeiro, que regulamenta o regime de avaliação de desempenho do pessoal docente do pré-escolar e dos ensinos básico e secundário;

2. A urgente abertura de um processo negocial, que promova um amplo debate nacional e uma reflexão séria sobre os objectivos nacionais a atingir através das políticas educativas;

3. A abertura de um processo de revisão da lei 3/2008 de 18 de Janeiro, que aprova o Estatuto do Aluno dos Ensinos Básico e Secundário, de forma a consagrar princípios de justiça e uma cultura de empenho, rigor, esforço e exigência na vida escolar dos nossos filhos e futuros pais, líderes e garantes deste país.

Os abaixo-assinado,



LINK

Fartar, vilanagem...

Saída de administrador para a concorrência foi premiada
Armando Vara promovido na Caixa depois de ter saído para a administração do BCP


Armando Vara foi promovido na Caixa Geral de Depósitos (CGD) um mês e meio depois de ter abandonado os quadros do banco público para assumir a vice-presidência do Banco Comercial Portugal (BCP).

O ex-administrador da CGD e ex-quadro da instituição, com a categoria de director, foi promovido ao escalão máximo de vencimento, ou seja, o nível 18, o que terá reflexos para efeitos de reforma.

A promoção, do escalão 17 para o 18, foi decidida pelo conselho de administração a 27 de Fevereiro de 2008, já pela administração de Faria de Oliveira, que ascendeu ao cargo após a saída de Carlos Santos Ferreira e dos administradores Armando Vara e Vítor Manuel Lopes Fernandes para a administração do maior banco privado.

De acordo com informação oficial fornecida pela Caixa, "Armando Vara desvinculou-se da CGD no dia 15 de Janeiro de 2008". A acta da reunião da administração de 27 de Fevereiro, a que o PÚBLICO teve acesso, refere que, "na sequência da cessação de funções de administrador da CGD do dr. Armando António Martins Vara, quadro da instituição com a categoria de director, o conselho deliberou a sua promoção ao nível 18 e os seguintes ajustamentos remuneratórios: remuneração de base - 18 E ; II IT de 47 por cento; RC E RER no valor de 2000 euros e 3000 euros, respectivamente". Esta alteração terá um efeito positivo na reforma em montantes que dependem do momento e da forma em que acontecer.

Contactado pelo PÚBLICO através do gabinete de comunicação do BCP, Vara esclareceu que "se tinha desvinculado definitivamente da CGD", remetendo para o banco público o esclarecimento sobre essa desvinculação. Contactada a CGD, fonte oficial adiantou que Armando Vara se "desvinculou da sua relação laboral com a CGD no dia 15 de Janeiro de 2008, conforme publicamente conhecido".

No seguimento dessa informação, o PÚBLICO questionou a administração da Caixa no sentido de perceber a razão da referida promoção, um mês e meio depois da saída de Vara. A instituição esclareceu que, "como é prática comum do grupo, todos os administradores quadros da CGD, quando deixam de o ser, atingem o nível 18 em termos de graduação interna". Fonte oficial da instituição acrescentou ainda "que o Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos cumpriu, desta forma, o estabelecido internamente, agindo retroactivamente, numa das primeiras reuniões do conselho de administração, após alteração da estrutura governativa da instituição, como sempre é feito".

Em posterior esclarecimento, a CGD diz que entre o dia da renúncia do cargo de vogal no conselho de administração [28 de Dezembro de 2007] e o dia de desvinculação laboral [15 de Janeiro de 2008], Vara passou a ser director da CGD.

O PÚBLICO solicitou à CGD que enumerasse idênticas promoções realizadas nos últimos anos. Após vários dias úteis de espera e de contactos com o porta-voz oficial da instituição, não houve qualquer resposta da CGD.

O PÚBLICO contactou os maiores bancos privados, no sentido de perceber se é normal a promoção de ex--administradores, mas não encontrou nenhuma prática nesse sentido.

A saída de Armando Vara da CGD foi polémica também pela possibilidade de o gestor transitar para a administração do banco privado mantendo vínculo à instituição pública, à qual esteve ligado mais de 20 anos. Vara comprometeu-se a romper todos os vínculos à CGD logo que a lista que integrava para os órgãos sociais do BCP fosse eleita, o que aconteceu a 15 de Janeiro. A carta que o actual administrador do BCP escreveu a desvincular-se do banco público, a 14 de Janeiro, faz essa referência expressa: "Venho solicitar a rescisão do contrato que me liga à CGD, caso a AG decida eleger a lista de que faço parte". Armando Vara, eleito para a administração, não passou a integrar os quadros do BCP.

in Público - ler notícia


NOTA: iria fazer comentários, mas o tempo não está para heróis ou mártires. Leia quem sabe ler, entenda quem sabe entender - ou, como dizia o meu avô, "Não custa viver, custa é saber viver"...

segunda-feira, janeiro 12, 2009

Seminário em Lisboa


SEMINÁRIOS

DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA MARINHA/INETI

(Alfragide)


AMANHÃ, 13 de Janeiro às 14.00 horas



Dra. Susana Costas

( Departamento de Geologia Marinha do INETI)



TITLE:

The spatial and temporal scales of change of litoral barriers - Implications for Coastal Management



ABSTRACT:

The shoreline is defined as the fragile limit between land and water. This physical interface is permanently shaped and modified by the action, interaction and retroaction of the climate, the sediment input, hydrodynamics, mean sea-level, and more recently by human intervention. The morphological response of the shoreline to these forces will depend on the temporal scale under consideration. One of the major issues in geomorphological research is the problem of linking different spatial and temporal scales of landform development. Detailed insight on beach behaviour has primarily been obtained on shorter time and length scales such as for example morphodynamic processes occurring on time scales of individual storm events. However, the integration of small- to medium (event)-scale processes to larger space and time scales has proved problematic because of the large differences in scale and the inherent nonlinear behaviour of the nearshore system. Here, the evolution of a sand-barrier is analyzed through different temporal and spatial scales using specific methodologies. The results highlight the importance of choosing an adequate temporal scale, or integrate results from different time scales to better understand coastal responses and plan future responsible management practices.


Pessoas a contactar para os seminários do DGM/INETI:

Pedro Ferreira
e-mail: pedro.ferreira@ineti.pt
Telf: 214 705 516

Mário Mil-Homens
e-mail: mario.milhomens@ineti.pt
Telf: 214 705 516

Acção dos Açores da Páscoa de 2009: ponto da situação



Terminaram as inscrições nas Escolas com prioridade para a nossa Acção de Formação (Quatro ilhas: aspectos práticos de Geologia, Vulcanismo, Sismologia, Geomorfologia, Energias Renováveis e Ambiente nos Açores) havendo, neste momento, 45 pessoas inscritas e cerca de 15 que demonstraram interesse mas ainda não o concretizaram. Isto significa que todas as pessoas que se inscreveram até sábado passado irão aos Açores - os restantes lugares (10 no máximo) ficarão para quem se inscrever o mais rapidamente possível...

Para os mais distraídos aqui ficam os ficheiros com os dados da Acção actualizados:

NOTA: Para os retardatários interessados, o meu telemóvel é 960 081 251 e e-mail fernando.oliveira.martins-arroba-gmail.com). Quanto aos formadores, estes são, novamente, os suspeitos do costume, o Fernando Martins e o Luís Costa...

ADENDA: Esta Acção de Formação já está creditada pelo Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua:

QUATRO ILHAS: ASPECTOS PRÁTICOS DE GEOLOGIA, VULCANISMO, SISMOLOGIA, GEOMORFOLOGIA, ENERGIA RENOVÁVEIS E AMBIENTE NOS AÇORES

Destinatários: Professores dos Grupos 230, 420, 510, 520 e 560
Nº de créditos: 2
Registo nº CCPFC/ACC-54886/09
Validade: 2011-12-15

domingo, janeiro 11, 2009

Bem bom!

Rui Reininho - Bem bom




NOTA: Rui Reininho, o vocalista dos GNR, lançou um CD (a single) intitulado Companhia das Índias e contendo este sucesso das Doce...

Ano Internacional da Astronomia - The Movie

A Gulbenkian e as comemorações do Ano de Darwin


Informação recebida da Fundação Gulbenkian sobre as comemorações do ano Darwin, dirigidas pelo Professor José A. Feijó da Universidade de Lisboa e do Instituto Gulbenkian de Ciência:

A Fundação Calouste Gulbenkian iniciou há anos as comemorações deste ano Darwin, através do seu serviço de Ciência. O projecto tem já o seu website (www.gulbenkian.pt/darwin/). Um dos colaboradores do projecto mantém um blog informal sob Darwin e Evolução em http://a-evolucao-de-darwin.weblog.com.pt/ , lançado no 199º aniversário de Darwin, a 12 de Fevereiro de 2008 (essa foi a data oficial de lançamento de quase todas as organizações internacionais, incluindo www.darwin200.org )

Estão planeadas as seguintes realizações:


A. Programa de conferências "No Caminho da Evolução"
Pensada para um público jovem, estudante, com jovens cientistas oradores nacionais. Iniciou-se em Outubro e terminará em Janeiro com intervenção de Eugénia Cunha, antropóloga da Universidade de Coimbra. Tem havido sistematicamente casa cheia (700-1000 pessoas) e vários milhares em live broadcast (http://live.fccn.pt/fcg/).


B. Concurso "De Regresso às Galápagos"
(para alunos do secundário e 3º ciclo - até 5 de Janeiro, ver webpage).


C. Programa de conferências "Darwin's Evolution".
Série internacional (com tradução simultânea), com alguns dos maiores nomes mundiais em Darwin da evolução. Decorrerá entre Fevereiro e Maio, concomitantemente com a exposição.


D. Exposição "A Evolução de Darwin" (Galeria de exposições temporárias da Fundação Gulbenkian, 12 de Fevereiro a 24 de Maio 2009).

Trata-se de uma exposição internacional com cerca de 1000 m2, incluindo uma colaboração com o American Museum of Natural History (que produzirá cerca de 30% da área da exposição replicando dois módulos da sua aclamada exposição "Darwin"- presentemente no Natural History Museum de Londres, Milão e Buenos Aires), e em que recriará todo o ambiente naturalista dos séculos XVIII e XIX, as etapas iniciais da vida deDarwin, a viagem do Beagle e a sua estadia em Londres, o longo período que viveu em Downe até à sua morte, incluindo a polémica da publicação da "Origem". Haverá uma ponte para o Evolucionismo actual, cobrindo as contribuições de Mendel, Morgan e os descobridores da estrutura do DNA e código genético, e em pano de fundo os fundadores da "síntese" que hoje se aceita e ensina (Fischer, Haldane e Sewall-Wright) bem como dos cientistas que fizeram a sua ponte unificadora com toda a Biologia (Dobzhansky, Mayr, Stebbins e Simpson). A exposição terminará com uma secção de "cartas a Darwin" escritas por cientistas contemporâneos e uma galeria final de evolução.

Ao longo deste traçado haverá elementos expositivos completamente originais, nomeadamente:
  1. A entrada será decorada com as gravuras originais de Albertus Seba e objectos naturais originais da época.
  2. Far-se-á a reconstrução do gabinete de curiosidades naturais de Ole Worm, executado pela Fundação Ricardo Espírito Santo, e recheada com exemplares de muitos museus portugueses.
  3. Todo o período pré-Darwin será ilustrado incluindo objectos originais provenientes de vários museus em Portugal,Espanha e França, e inclui um exemplar original do Systemae Naturae de Lineu, a colecção de conchas originais de Lamarck, um esqueleto de Ibis original de Cuvier, uma múmia egípcia de Ibis do Museu de Arqueologia de Lisboa, e objectos contemporâneos, como um módulo interactivo que trata a sucessão geológica, o tempo da Terra e a sucessão de fósseis, bem como outro módulo interactivo com videos tipo "morph" que tratam a questão das homologias primeiro propostas por Cuvier de grande impacto visual.
  4. Na ilustração do jovem Darwin haverá duas peças únicas no mundo: uma reconstrução de Darwin jovem (16-18 anos) feita pelo atelier Daynes (www.daynes.com), talvez o mais reputado atelier de reconstruções anatómicas-cientificas do mundo e uma reconstrução do Beagle feita no Museu da Marinha em Lisboa, que deve ser a melhor e mais realista já feita desta barco (cerca de dois metros de comprido).
  5. 5. Será montada uma galeria externa no jardim, onde o Zoo de Lisboa fará a recriação física de alguns ambientes que Darwin visitou na viagem do Beagle, com animais e plantas vivas, acompanhadas de citações do diário de viagem de Darwin.
  6. Conjunto de mapas originais de Fitzroy, cedidos pelo almirantado do Reino Unido; haverá ainda o empréstimo de um livro de notas original de Darwin, o primeiro da viagem no Beagle, aberto em Cabo Verde.
  7. Os módulos do Beagle e Londres foram produzidos fisicamente sob a supervisão do American Museum of Natural History, e serão idênticos, embora de melhor qualidade, dos que equipam a exposição americana, actualmente no Natural History Museum em Londres. Detalhes destes módulos nos sites dos respectivos museus (www.amnh.org ou www.nhm.ac.uk).
  8. O módulo de Downe incluirá instalações e peças artísticas únicas sobre algumas das obras originais de Darwin, e um módulo com toda a correspondência original de Darwin com o naturalista português Arruda Furtado (incluindo o livro de Wallace sobre biogeografia que Darwin ofereceu e dedicou a Furtado), bem como os videos originais do American Museum of Natural History sobre a vida de Darwin e Evolução. Incluirá ainda uma reinterpretação expositiva do laboratório de Darwin, que misturará videos, pontos interactivos, com orquídeas e trepadeiras vivas.
  9. Os módulos sobre Mendel (com as linhas de ervilha originais vivas) e Morgan (com moscas vivas) serão completamente originais. Inclui um projecto arquitectónico que representará o DNA como escada, um projecto do arquitecto britânico Geoffrey Packer, que incluirá pela primeira vez um "escorrega" de RNA.
  10. Os módulos dos "sintese" contarão com icones diversos e jogos de computador que utilizam as equações originais de selecção e "drifting" de Haldane e Sewall-Wright, bem como alguns princípios estatísticos de Fischer.
  11. Esta parte terminará com uma zona de "cartas a Darwin" escritas por cientistas contemporâneos.
  12. O módulo final incluirá três "time-lines", com as diferentes escalas do tempo, incluindo uma linha de evolução biológica iludstrada com alguns dos melhores fósseis existentes em museus nacionais, a evolução humana, com réplicas dos crâneos mais representativos, e outra "premiere" mundial, produzida juntamente com Londres, um vídeo sobre a árvore da vida, feito pelo Welcome Trust e narrado por Sir David Attenborough.
A exposição mereceu já alguma atenção pela "Nature" e de algumas das sua instituições mais representativas do Reino Unido (Natural History Museum, Welcome, British Council, etc.) que marcarão presença na inauguração. O percurso internacional desta exposição começará em Madrid, onde ficará de Junho de 2009 a Janeiro de 2010, no Museo Nacionale de Ciencias Naturales, com o apoio do CSIC (e outros em negociação). O projecto foi concebido para que em 2011 esta exposição possa ser convertida num núcleo sobre Evolução dum museu da área de Lisboa.


E. Programa Educativo

Foi estabelecido um protocolo com o Ministério de Educação. Para além de divulgar todas estas iniciativas, com o resultado prático de, a mais de um mês da abertura, a maior parte das 600 visitas programadas estarem praticamente esgotadas, é divulgado um "pacote educativo" que será distribuído a todos os professores que visitem a exposição ou o solicitem, incluindo uma biografia da autoria de Janet Browne, um livro sobre evolução do artista canadiano Daniel Loxton, manuais de visita adaptados aos vários níveis de ensino, uma tradução do artigo original do Dobzhansky no "Biology Teacher" sobre a relevância da evolução para a biologia bem como uma separata recentemente editada pela "Nature" sobre vinte preciosidades da evolução.

Responsável: Prof. José A. Feijó, Dep. Biologia Vegetal, Fac. Ciências, Universidade de Lisboa
1749-016 Lisboa e Instituto Gulbenkian Ciência, 2780-156 Oeiras


Contacto para conteúdos e questões científicas: darwin@igc.gulbenkian.pt
Contacto para visitas e logística: darwin@gulbenkian.pt
Website: www.gulbenkian.pt/darwin/



Copyright da imagem: "Copyright 2009 Photo : S.Plailly / Eurelios – Reconstitution Atelie Daynès Paris"

Post original publicado no Blog De Rerum Natura

qual relógio de sol em tempo brusco


Recebido via Internet:

2009 – "qual relógio de sol em tempo brusco"

Respigando os dados para Almanaques do Observatório Astronómico de Lisboa, e tomando como referência o calendário gregoriano, o dia 14 de Janeiro corresponde ao dia 1 de Janeiro do calendário juliano. O ano 2009 da era vulgar, ou de Cristo, é o 9.º do século XXI e corresponde ao ano 6722 do período juliano, contendo os dias 2 454 833 a 2 455 197. O ano 7518 da era bizantina começa no dia 14 de Setembro. O ano 5770 da era israelita começa ao pôr do Sol do dia 18 de Setembro. O ano 4646 da era chinesa (ano do búfalo) começa no dia 26 de Janeiro. O ano 2785 das Olimpíadas (ou 1º da 697ª), começa no dia 14 de Setembro, ao uso bizantino. O ano 2762 da Fundação de Roma "ab urbe condita", segundo Varrão, começa no dia 14 de Janeiro. O ano 2758 da era Nabonassar começa no dia 21 de Abril. O ano 2669 da era japonesa, ou 21 do período Heisei (que se seguiu ao período Xô-Uá), começa no dia 1 de Janeiro. O ano 2321 da era grega (ou dos Seleucidas) começa, segundo os usos actuais dos sírios, no dia 14 de Setembro ou no dia 14 de Outubro, conforme as seitas religiosas. O ano 2047 da era de César (ou hispânica), usada em Portugal até 1422, começa no dia 14 de Janeiro. O ano 1931 da era Saka, no calendário indiano reformado, começa no dia 22 de Março. O ano 1726 da era de Diocleciano começa no dia 11 de Setembro. O ano 1431 da era islâmica (ou Hégira) começa ao pôr do Sol do dia 17 de Dezembro.

Já se quiser ver o próximo eclipse total do sol, a 21-22 de Julho, terá que estar nessa altura na Índia, Nepal, China ou algures no Pacífico onde a sua "faixa de totalidade" passe. Isso faz-nos lembrar breu, penumbra sombra, luz, relógios de sol.

Em tempo de crise, nada melhor do que citar Joaquim Fortunato de Valadares Gamboa, poeta menor português que em 1791 dava à estampa em Lisboa o seguinte poema:

Que relógio de sol, que serventia
Ter não pode de alguma utilidade
Quando o dia está brusco, e na verdade
Ninguém faz dele caso nesse dia:
Assim se da pobreza a mão sombria
Faz no homem qualquer escuridade
Em lhe faltando do ouro a claridade
É dos outros desprezo e zombaria:
Dos planetas mais nobre é o sol louro;
O ouro dos metais; e está mais fusco,
Que relógio sem sol, homem sem ouro:
Disto exemplos alheios eu não busco;
pois me vejo que estou, com vil desdouro,
Qual relógio de sol em tempo brusco.

Pois que 2009 não seja um eclipse total e que a luz do sol volte depressa, dizemos nós.


Um cartoon do frio norte

Publicamos o seguinte post do Blog De Rerum Natura, de autoria do Doutor Carlos Fiolhais:



Todos estarão lembrados da polémica em torno dos cartoons de Maomé publicados por um jornal dinamarquês. Agora chegou à minha caixa do correio, também do frio Norte da agora tão fria Europa, um cartoon que, embora noutra escala, pode provocar polémica. Não sei mesmo se não será considerado blasfemo por alguns...

Aqui no "De Rerum Natura" gostamos da polémica. Não, não pensem que eu penso que não haja aquecimento global. Já escrevi que há, embora não porque o Al Gore diga que haja. E também não pensem que sou a favor da queima de livros, até porque dirijo uma grande biblioteca e sou absolutamente contra todos os "Fahrenheits 451". Os livros, mesmos os que alguns declaram mentirosos, são para preservar. Sou a favor da liberdade de expressão, incluindo a liberdade de expressão dos cartoonistas.

Profundamente errado - o ME (e DREN) em todo o seu explendor...

Do Blog A Educação do meu Umbigo publicamos o seguinte post:

A decisão final do processo disciplinar aos alunos da Escola do Cerco tem, independentemente de outros aspectos mais ou menos passíveis de discussão, um erro enorme e uma mensagem implícita profundamente perturbadora.

A aluna que filmou a ocorrência é quem levou o castigo maior (oito dias, em vez dos cinco para os alunos que praticaram os actos), alegadamente porque terá mentido sobre a gravação.

Pois, sim, sabemos…

Eu acredito mesmo no coelhinho da Páscoa.

A mensagem clara é: façam o que fizerem (batam, esfolem, intimidem, gozem, brinquem, desrespeitem) mas, por favor, não filmem e muito menos divulguem para que se saiba.

Note-se que os factos já eram do conhecimento do órgão de gestão da escola (que os conheceu no próprio dia), só sendo despoletado o procedimento disciplinar quando a situação transbordou para a opinião pública.

Absolutamente lamentável.

Palestra em Coimbra


Informação recebida do Museu de Ciência da Universidade de Coimbra, via Blog De Rerum Natura:


Relações Científicas entre Portugal e o Brasil após a Reforma Pombalina


PALESTRA

14 JANEIRO 2009

14.00 horas

ENTRADA LIVRE


Há dois séculos, pela primeira e única vez na História, uma Corte europeia mudava-se para o continente americano. Iniciava-se dessa forma um período de grande vitalidade no desenvolvimento da Ciência tanto em Portugal como no Brasil.

Neste colóquio, iremos conhecer de perto algumas figuras chave desse período, nomeadamente Domingos Vandelli (1735-1816), figura fundamental no desenvolvimento da História Natural e da Química em Portugal, José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838), que na Universidade de Coimbra ocupou a cátedra de Metalurgia, e finalmente o naturalista luso-brasileiro Alexandre Antonio Vandelli (1784-1859), filho de Domingos Vandelli e genro de Andrada e Silva, que foi Mestre de “Botânica e Princípios de Ciências Naturais” junto do Imperador D. Pedro II e da família Imperial.

Programa:

Os brasileiros na Reforma Pombalina da Universidade
por Décio Martins
Dep. de Física, FCTUC

O Laboratório Chimico e o Colégio de Jesus: Espaços de Ensino e Divulgação da Ciência (aguarda confirmação)
por Catarina Pires
Universidade de Coimbra

Sobre a vida e a obra de José Bonifácio de Andrada e Silva
por Martim Portugal
Dep. de Ciências da Terra, FCTUC

Domingos Vandelli e a Ciência das "Utopias" científicas
por António Amorim da Costa
Dep. de Química, FCTUC

Vida e Obra do naturalista Alexandre Antonio Vandelli
por Adílio Jorge Marques
Dep. de Química, Universidade Federal do Rio de Janeiro


NOTA: Durante o colóquio, terá ainda lugar uma visita guiada às colecções de Mineralogia e de Zoologia da Universidade de Coimbra.

sábado, janeiro 10, 2009

Os nossos parabéns ao Sorumbático

O Blog Sorumbático fez, no passado dia 5 de Janeiro, quatro anos. Um dos mais interessantes e divertidos blogues portugueses, tem, para com os seus leitores, uma atitude simpática, dando muitas prendas aos seus leitores atentos - dois elementos deste blog ganharam nesse dia dois excelentes livros do Doutor Galopim de Carvalho...!

Para além do seu principal responsável (Carlos Medina Ribeiro) tem imensos colaboradores (para além do Doutor Galopim de Carvalho, há ainda textos de António Barreto, Helena Roseta, Antunes Ferreira, Miguel Viqueira, Joaquim Letria, Maria Filomena Mónica, Pedro Barroso, Alfredo Barroso, J. L. Saldanha Sanches, Nuno Brederode Santos, Carlos Pinto Coelho, Carlos Barroco Esperança, Nuno Crato, Manuel João Ramos, Alice Vieira e Baptista-Bastos). Curiosamente alguns destes autores que publicam aqui os seus textos têm agora blogues semi-autónomos - como o Sopas de Pedra, de Galopim de Carvalho, Jacarandá, de António Barreto, Histórias de Chorar por Mais, de Joaquim Letria ou Traço Grosso, de Alfredo Barroso.

Ao Sorumbático os nossos parabéns e agradecimentos, pelos fantásticos posts que publicaram nos primeiros 4 anos de vida e pelos muitos mais ainda irão publicar!

sexta-feira, janeiro 09, 2009

Uma música portuguesa muito bonita

João Portugal - Foste tu



Uma estrada colorida,
uma história tão vivida,
um livro aberto...
Foste tu!
A saudade a toda a hora,
não me mata mas devora
os meus sentidos...
Foste tu!

Não te vou esquecer,
nem fugir de ti...
Amar, às vezes, faz doer...
Amor faz-me pensar em ti!

Eras pedra preciosa,
sensatez,
alguém que um dia despertou em mim...
Foste tu!
Tinhas o dom de seduzir,
o dom de amar e persistir na minha ausência...
Foste tu!

Não te vou esquecer,
nem fugir de ti...
Amar, às vezes, faz doer...
Amor faz-me pensar em ti!

Entre a paixão e o adeus
foi tão difícil para mim,
se te magoei não foi por mal...
Ainda espero por ti,
talvez um dia um sinal...

É tão bom olhar para trás,
recordar e passar em tantos sítios...
que eram nossos!
Ainda tenho o teu anel,
da cor da tua pele e desse beijo...
que era meu!

Não te vou esquecer,
nem fugir de ti...
Amar, às vezes, faz doer...
Amor faz-me pensar em ti!

Não te vou esquecer,
nem fugir de ti...
Amar, às vezes, faz doer...
Amor faz-me pensar em ti!

quinta-feira, janeiro 08, 2009

Galileu morreu faz hoje 367 anos

Publicamos o seguinte post, em estereofonia com o Blog AstroLeiria, recordando a morte do cientista cujos feitos celebramos neste Ano Internacional da Astronomia:


Citando a Wikipédia:

Galileu Galilei (em italiano Galileo Galilei, Pisa, 15 de fevereiro de 1564Florença, 8 de janeiro de 1642) foi um físico, matemático, astrónomo e filósofo italiano que teve um papel preponderante na chamada revolução científica.

Galileu Galilei desenvolveu os primeiros estudos sistemáticos do movimento uniformemente acelerado e do movimento do pêndulo. Descobriu a lei dos corpos e enunciou o princípio da inércia e o conceito de referencial inercial, ideias precursoras da mecânica newtoniana. Galileu melhorou significativamente o telescópio refractor e terá sido o primeiro a utilizá-lo para fazer observações astronómicas. Com ele descobriu as manchas solares, as montanhas da Lua, as fases de Vénus, quatro dos satélites de Júpiter, os anéis de Saturno, as estrelas da Via Láctea. Estas descobertas contribuíram decisivamente na defesa do heliocentrismo. Contudo a principal contributo de Galileu foi para o método científico, pois a ciência assentava numa metodologia aristotélica.

Desenvolveu ainda vários instrumentos como a balança hidrostática, um tipo de compasso geométrico que permitia medir ângulos e áreas, o termómetro de Galileu e o percursor do relógio de pêndulo. O método empírico, defendido por Galileu, constitui um corte com o método aristotélico mais abstracto utilizado nessa época, devido a este Galileu é considerado como o "pai da ciência moderna".


Neste Ano Internacional da Astronomia não poderíamos esquecer esta data - recordemos o grande homem que foi Galileu com um poema de António Gedeão:


Poema para Galileo

Estou olhando para o teu retrato, meu velho pisano,
aquele retrato que toda a gente conhece,
em que a tua bela cabeça desabrocha e floresce
sobre um modesto cabeção de pano.
Aquele retrato da Galeria dos Ofícios da tua velha Florença.
(Não, não, Galileo! Eu não disse Santo Ofício.
Disse Galeria dos Ofícios.)
Aquele retrato da Galeria dos Ofícios da requintada Florença.
Lembras-te? A Ponte Vecchio, a Loggia, a Piazza della Signoria...
Eu sei... Eu sei...
As margens doces do Arno às horas pardas da melancolia.
Ai que saudade, Galileo Galilei!
Olha. Sabes? Lá em Florença
está guardado um dedo da tua mão direita num relicário.
Palavra de honra que está!
As voltas que o mundo dá!
Se calhar até há gente que pensa
que entraste no calendário.

Eu queria agradecer-te, Galileo,
a inteligência das coisas que me deste.
Eu,
e quantos milhões de homens como eu
a quem tu esclareceste,
ia jurar – que disparate, Galileo!
– e jurava a pés juntos e apostava a cabeça
sem a menor hesitação –
que os corpos caem tanto mais depressa
quanto mais pesados são.

Pois não é evidente; Galileo?
Quem acredita que um penedo caia
com a mesma rapidez que um botão de camisa ou que um seixo da praia?

Esta era a inteligência que Deus nos deu.

Estava agora a lembrar-me, Galileo,
daquela cena em que tu estavas sentado num escabelo
e tinhas à tua frente
um friso de homens doutos, hirtos, de toga e de capelo
a olharem-te severamente.

Estavam todos a ralhar contigo,
que parecia impossível que um homem da tua idade
e da tua condição,
se estivesse tornando num perigo
para a Humanidade
e para a Civilização.
Tu, embaraçado e comprometido, em silêncio mordiscavas os lábios,
e percorrias, cheio de piedade,
os rostos impenetráveis daquela fila de sábios.

Teus olhos habituados à observação dos satélites e das estrelas,
desceram lá das suas alturas
e poisaram, como aves aturdidas – parece-me que estou a vê-las –,
nas faces grávidas daquelas reverendíssimas criaturas.
E tu foste dizendo a tudo que sim, que sim senhor, que era tudo tal qual
conforme suas eminências desejavam,
e dirias que o Sol era quadrado e a Lua pentagonal
e que os astros bailavam e entoavam
a meia-noite louvores à harmonia universal.
E juraste que nunca mais repetirias
nem a ti mesmo, na própria intimidade do teu pensamento, livre e calma,
aquelas abomináveis heresias
que ensinavas e escrevias
para eterna perdição da tua alma.
Ai, Galileo!
Mal sabiam os teus doutos juizes, grandes senhores deste pequeno mundo.
que assim mesmo, empertigados nos seus cadeirões de braços,
andavam a correr e a rolar pelos espaços
à razão de trinta quilómetros por segundo.
Tu é que sabias, Galileo Galilei.
Por isso eram teus olhos misericordiosos,
por isso era teu coração cheio de piedade,
piedade pelos homens que não precisam de sofrer, homens ditosos
a quem Deus dispensou de buscar a verdade.
Por isso estoicamente, mansamente,
resististe a todas as torturas,
a todas as angústias, a todos os contratempos,
enquanto eles, do alto inacessível das suas alturas,
foram caindo,
caindo,
caindo,
caindo,
caindo sempre,
e sempre,
ininterruptamente,
na razão directa dos quadrados dos tempos.

in Linhas de Força (1967)- António Gedeão

quarta-feira, janeiro 07, 2009

A descoberta do satélites de Júpiter foi há 399 anos

Faz hoje 399 anos que Galileu Galilei se lembrou de apontar a sua fraca luneta para Júpiter e descobrir 3 (mais tarde quatro...) pequenas estrelinhas próximas - tinha descoberto os satélites ditos de Galileu.



Para ajudar, aqui fica cópia do registo original (em cima e em italiano) do grande cientista e foto dos seus satélites (em baixo, da esquerda para a direita, respectivamente - Io, Europa, Ganimedes e Calisto):


Uma surpresa para a minha mana velha

Táxi - Fio da Navalha

Trabalho nos Açores para geólogos


terça-feira, janeiro 06, 2009

Seminário em Lisboa

SEMINÁRIOS

DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA MARINHA/ INETI

(Alfragide)



7 de Janeiro de 2009
14.00 horas



Dr. João Canário
( IPIMAR / INRB)


Ciclo Biogeoquímico do Mercúrio no Ambiente – Case Studies



ABSTRACT

As concentrações de contaminantes no ambiente aumentaram significativamente desde o desenvolvimento da Revolução Industrial. O mercúrio é um metal que causa elevada preocupação ambiental particularmente devido à sua capacidade de se acumular nos tecidos dos organismos vivos, em particular dos organismos aquáticos. Embora as fontes antropogénicas de mercúrio se localizem principalmente em zonas industriais e urbanas, a dispersão deste metal no ambiente é feita sobretudo por via atmosférica (Hgº) ou através do ciclo hidrológico (Hg inorgânico e metilmercúrio). Como resultado, ecossistemas bastantes distantes de fontes antropogénicas de Hg são actualmente alvo de preocupação da comunidade científica devido aos valores elevados de mercúrio encontrados em organismos.

Nesta comunicação, pretende-se transmitir uma ideia geral sobre o ciclo do mercúrio no ambiente, referindo-se como “case studies” três ecossistemas bastante diversos. Um ecossistema estuarino (Estuário do Tejo), um ecossistema de água doce (Lago St. Louis, Canadá) e um ecossistema extremo (Árctico), cuja contaminação provém do essencialmente da dispersão do mercúrio por via atmosférica. Para cada um deles, abordar-se-á a componente abiótica (sedimentar e coluna de água) e biótica (metilação, e bioacumulação nos organismos).


Pessoas a contactar para os seminários do DGM/INETI:

Pedro Ferreira
e-mail: pedro.ferreira@ineti.pt
Telf: 214 705 516

Mário Mil-Homens
e-mail: mario.milhomens@ineti.pt
Telf: 214 705 516