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sábado, março 07, 2009

Seminário em Lisboa


SEMINÁRIOS

DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA MARINHA/ INETI

(Alfragide)


Terça-Feira, 10 de Março de 2009 às 14.00 horas



Dr. António Badagola

Divisão de Geologia Marinha, Instituto Hidrográfico



TITLE:


Evolução morfo-tectónica da plataforma continental do Esporão da Estremadura




ABSTRACT:

O Esporão da Estremadura constitui um importante promontório submarino da Margem Oeste-Ibérica de aproximadamente 200 km de comprimento e 90 km de largura. Esta unidade fisiográfica apresenta uma forma aproximadamente trapezoidal, alongada na direcção E-W, que se estende desde a linha de costa, entre o Cabo Carvoeiro e o Cabo da Roca, até às Montanhas de Tore, separando a Planície Abissal Ibérica, a norte, da Planície Abissal do Tejo, a sul. A coalescência deste relevo que prolonga no meio submarino as estruturas de inversão tectónicas alpinas observadas em terra com as estruturas de origem magmática da crista Tore-Madeira e do magmatismo alcalino de Sintra, Sines e Monchique, sugere que a origem do Esporão da Estremadura seja o resultado duma evolução mais complexa que a de simples inversão tectónica de idade miocénica.

De forma a caracterizar a morfologia da plataforma continental do Esporão da Estremadura, estrutura superficial e arquitectura deposicional foi utilizado o seguinte conjunto de dados: 1) mosaico de sondas batimétricas de sondadores de feixe simples e multifeixe; 2) perfis de reflexão sísmica monocanal com fontes acústicas do tipo sparker; e 3) sonografias de sonar de varrimento lateral.

A análise do Modelo Digital de Terreno e produtos dele derivados, a saber, mapas de Aspecto, Pendor, Curvatura, Rugosidade e Dimensão Fractal, permitiram seccionar a plataforma continental do Esporão da Estremadura em três domínios batimétricos distintos: interno, médio e externo. Por seu turno, a análise dos dados de natureza geofísica, cruzada com as amostras de rocha datadas por Mougenot (1976) permitiram constatar nos dois primeiros domínios, a existência de altos-fundos marinhos paleozóicos e mesozóicos (Costeiras Pêro da Covilhã, Serro do Sudoeste ou Colina Nuno Tristão) de origem estrutural que foram soerguidos no decurso da inversão tectónica miocénica (Tortoniano). Estes relevos encerram depressões (Mar da Ericeira e Bacia da Lourinhã) que foram parcialmente colmatadas na sequência da transgressão iniciada no Aquitaniano, e que terá continuado no Burdigaliano. Não obstante a importância da tectónica compressiva miocénica, estes relevos encontram-se na dependência de falhas tardi-variscas de orientação aproximadamente NE-SW e NW-SE, com rejogos durante o rifting mesozóico e orogenia tectónica pirenáica.

Sobre o terceiro domínio batimétrico, a plataforma externa, identificaram-se ravinamentos e superfícies de abrasão tardi-paleogénicas (Monoclinal da Lourinhã) que foram posteriormente afectadas por uma tectónica extensional possivelmente aquitaniana. Identificaram-se movimentos de subsidência da ordem de 40m em alguns sectores deste domínio. Estas morfologias encontram-se cobertas directamente por depósitos do Plio-Quaternário associados a prismas progradantes de sistemas de baixo nível do mar e corpos agradantes. Foram ainda identificados na sísmica de reflexão corpos cuja geometria sugere tratarem-se de contornitos de idade plio-quaternária entre os -250 m e os -320 m de profundidade.

A transição entre a plataforma e a vertente continental é brusca e irregular em toda a sua extensão. As profundidades a que se situa o bordo da plataforma na sua fachada ocidental (-250 a -440 m) são pouco habituais para a Margem Oeste-Ibérica, assim como a distância a que este encontra da linha de costa actual (ca. 70 km). Os perfis sísmicos mostram que este se encontra talhado sobre rochas do Jurássico - Cretácico indiferenciado e a sua irregularidade é uma consequência do acentuado ravinamento que teve lugar nos finais do Paleogénico.

O acidente tectónico mais conspícuo na morfologia é a falha do Esporão da Estremadura, ao longo da qual se instala o Vale Submarino da Ericeira, de aproximadamente 25 km de extensão. Esta falha constitui um lineamento que inter-liga a montanha submarina de Tore e o Maciço Sub-vulcânico de Sintra. Neste trabalho reconheceu-se o seu rejogo tectónico na passagem do Messiniano ao Pliocénico, com uma separação aparente extensional de 45 m, com abatimento do bloco norte. Alinhado com a falha foram observadas nas sonografias de sonar lateral estruturas lineares tabulares que foram interpretadas como filões ígneos. Através do Modelo Digital de Terreno e nos perfis sísmicos foram identificados, sobre o Vale Submarino da Ericeira, um conjunto de relevos de resistência muito provavelmente correspondentes a intrusões ígneas.

Neste trabalho apresenta-se um mapa geológico apoiada nos dados interpretados para a área de estudo que, em relação a trabalhos anteriores, apresenta maior rigor na delimitação cartográfica das manchas de Miocénico e Plio-Quaternário. Apresenta-se ainda um mapa de afloramentos rochosos consolidados, verificando-se a importância destes afloramentos de dureza como armadilhas de sedimentos móveis.


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segunda-feira, janeiro 12, 2009

Seminário em Lisboa


SEMINÁRIOS

DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA MARINHA/INETI

(Alfragide)


AMANHÃ, 13 de Janeiro às 14.00 horas



Dra. Susana Costas

( Departamento de Geologia Marinha do INETI)



TITLE:

The spatial and temporal scales of change of litoral barriers - Implications for Coastal Management



ABSTRACT:

The shoreline is defined as the fragile limit between land and water. This physical interface is permanently shaped and modified by the action, interaction and retroaction of the climate, the sediment input, hydrodynamics, mean sea-level, and more recently by human intervention. The morphological response of the shoreline to these forces will depend on the temporal scale under consideration. One of the major issues in geomorphological research is the problem of linking different spatial and temporal scales of landform development. Detailed insight on beach behaviour has primarily been obtained on shorter time and length scales such as for example morphodynamic processes occurring on time scales of individual storm events. However, the integration of small- to medium (event)-scale processes to larger space and time scales has proved problematic because of the large differences in scale and the inherent nonlinear behaviour of the nearshore system. Here, the evolution of a sand-barrier is analyzed through different temporal and spatial scales using specific methodologies. The results highlight the importance of choosing an adequate temporal scale, or integrate results from different time scales to better understand coastal responses and plan future responsible management practices.


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sexta-feira, novembro 28, 2008

Seminário em Alfragide

SEMINÁRIOS

DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA MARINHA/ INETI

(Alfragide)


03 de Dezembro às 14.00 horas



Viagens ao fundo dos oceanos – ambientes extremos e oásis de vida

Prof. Marina Cunha

(Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro)



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quinta-feira, novembro 13, 2008

Seminário de Geologia em Lisboa

SEMINÁRIOS

DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA MARINHA/ INETI

(Alfragide)


18 de Novembro às 14.00 horas



Prof. Fernando Santos

( DEGGE/FCUL )



TITLE:

Uso de métodos electromagnéticos para investigação on- e off-shore




ABSTRACT:
Os métodos electromagnéticos (EM) de prospecção geofísica têm sido usados com sucesso em prospecção mineira, geotérmica, hidrogeológica bem como em estudos de cariz ambiental (detecção e acompanhamento de plumas de contaminação). O uso dos métodos EM baseia-se no estudo da distribuição dos valores da condutividade eléctrica dos materiais que é fortemente influenciada pela presença de metais, de água, de substância não condutoras e pela temperatura. O método magneto-telúrico (MT) é um dos métodos cujos domínios de aplicação têm tido maior crescimento nos últimos anos. De facto, o MT tem sido utilizado em estudos de pequena escala e também de grande escala, em estudos nos continentes e também em estudos da crusta oceânica. A MT e os métodos de fonte controlada (CSEM - Controlled Source ElectroMagnetic) são hoje usados intensivamente na prospecção de hidrocarbonetos em zonas off-shore, complementando a informação adquirida por outros métodos. Nesta palestra serão abordados os fundamentos teóricos dos métodos EM sendo apresentados alguns resultados de campanhas on e off-shore.



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