domingo, junho 06, 2021

António Gomes Leal nasceu há 173 anos

Gomes Leal, caricaturado por Rafael Bordalo Pinheiro
    
António Duarte Gomes Leal (Lisboa, 6 de junho de 1848 - Lisboa, 29 de janeiro de 1921) foi um poeta e crítico literário português.
Nasceu na praça do Rossio, freguesia da Pena, em Lisboa, filho natural de João António Gomes Leal (m. 1876), funcionário da Alfândega, e de Henriqueta Fernandina Monteiro Alves Cabral Leal.
Frequentou o Curso Superior de Letras, mas não o concluiu, empregando-se como escrevente de um notário de Lisboa. Durante a sua juventude assumiu pose de poeta boémio e janota, mas, com a morte da sua mãe, em 1910, caiu na pobreza e reconverteu-se ao catolicismo. Vivia da caridade alheia, chegando a passar fome e a dormir ao relento, em bancos de jardim, como um vagabundo, tendo uma vez sido brutalmente agredido pela canalha da rua. No final da vida, Teixeira de Pascoaes e outros escritores lançaram um apelo público para que o Estado lhe atribuísse uma pensão, o que foi conseguido, apesar de diminuta.
Foi um dos fundadores do jornal "O Espectro de Juvenal" (1872) e do jornal "O Século" (1881), tendo colaborado também na Gazeta de Portugal, Revolução de Setembro e Diário de notícias. Tem ainda colaboração na revista ilustrada Nova Silva (1907) e outras publicações periódicas, nomeadamente: O berro (1896), Branco e Negro (1896-1898), Brasil-Portugal (1899-1914), A corja (1898), A galeria republicana (1882-1883), A imprensa (1885-1891), Jornal de domingo (1881-1888) A leitura (1894-1896), A mulher (1879), As quadras do povo (1909), Ribaltas e gambiarras (1881), O Thalassa (1913-1915) e o Xuão (1908-1910). A sua obra insere-se nas correntes ultra-romântica, parnasiana, simbolista e decadentista.
    
    
      
Carta ao Mar
 
Deixa escrever-te, verde mar antigo,
Largo Oceano, velho deus limoso,
Coração sempre lírico, choroso,
E terno visionário, meu amigo!

Das bandas do poente lamentoso
Quando o vermelho sol vai ter contigo,
- Nada é mais grande, nobre e doloroso,
Do que tu, - vasto e húmido jazigo!

Nada é mais triste, trágico e profundo!
Ninguém te vence ou te venceu no mundo!...
Mas tambem, quem te pode consolar?!

Tu és Força, Arte, Amor, por excelência! -
E, contudo, ouve-o aqui, em confidência;
- A Música é mais triste inda que o Mar!

 

in Claridades do Sul (1875) - António Gomes Leal

A última Imperatriz da Rússia nasceu há 149 anos

A família Romanov em 1913

Alexandra Feodorovna (Darmstadt, 6 de junho de 1872Ecaterimburgo, 17 de julho de 1918), nascida princesa Alice de Hesse e Reno, foi a esposa do imperador Nicolau II e Imperatriz Consorte do Império Russo de 1894 até abolição da monarquia em 1917. Era a sexta filha, a quarta menina, de Luís IV, Grão-Duque de Hesse e Reno, com a sua esposa, a princesa Alice do Reino Unido. Foi assassinada, com seu marido e filhos, em 17 de julho de 1918, pelos bolcheviques.
  

Thomas Mann nasceu há 146 anos

 

Paul Thomas Mann (Cidade Livre de Lübeck, 6 de junho de 1875 - Zurique, 12 de agosto de 1955) foi um escritor, romancista, ensaísta, contista e crítico social do Império Alemão.

Tendo recebido o Nobel de Literatura de 1929, é considerado um dos maiores romancistas do século XX. Irmão mais novo do também romancista Heinrich Mann, Thomas Mann teve seis filhos: o escritor Klaus, a atriz Erika, o historiador Golo Mann, a ensaísta Monika Mann, o violinista e literato Michael Thomas Mann e a cientista Elisabeth Mann.

 

in Wikipédia

Malangatana nasceu há 85 anos

(imagem daqui)

Malangatana Valente Ngwenya (Matalana, distrito de Marracuene, Moçambique, 6 de junho de 1936 - Matosinhos, Portugal, 5 de janeiro de 2011) foi um artista plástico e poeta moçambicano, conhecido internacionalmente pelo seu primeiro nome "Malangatana", tendo produzido trabalhos em vários suportes e meios, desde desenho, pintura, escultura, cerâmica, murais, poesia e música.

O Dia D foi há 77 anos

O Dia D
1944 NormandyLST.jpg
Desembarque na praia de Omaha, na Normandia, 6 de junho de 1944, durante a Operação Neptuno
Data 6 de Junho, 1944
Local Normandia,  França
Resultado Vitória Aliada. A França é libertada dos Nazis
Combatentes
 Estados Unidos
 Reino Unido
 Canadá
 França Livre
Polónia
 Noruega
 Austrália
 Nova Zelândia
 Luxemburgo
 Dinamarca
 Bélgica
 Grécia
 Checoslováquia
Flag of the NSDAP (1920–1945).svg Alemanha nazi
Comandantes
Estados Unidos Dwight D. Eisenhower
Reino Unido Bernard Montgomery
Estados Unidos Omar Bradley
Reino Unido Trafford Leigh-Mallory
Reino Unido Arthur Tedder
Reino Unido Miles Dempsey
Reino Unido Bertram Ramsay
Flag of the NSDAP (1920–1945).svg Gerd von Rundstedt
Flag of the NSDAP (1920–1945).svg Erwin Rommel
Flag of the NSDAP (1920–1945).svg Friedrich Dollmann
Flag of the NSDAP (1920–1945).svg Hans von Salmuth
Flag of the NSDAP (1920–1945).svg Wilhelm Falley  
Forças
326.000 (em 11 de junho) 200.000 (até 6 de junho)
Baixas
37.000 mortos, 172.000 feridos/desaparecidos 200.000 mortos/feridos, 200.000 capturados

 

Os desembarques da Normandia foram operações durante a invasão da Normandia pelos Aliados, também conhecida como Operação Overlord e Operação Neptuno, durante a Segunda Guerra Mundial. O desembarque começou na terça-feira, 6 de junho de 1944 (Dia D), com início às 00.15 horas (UTC+2). No planeamento, o Dia D foi o termo usado para o dia de desembarque real, que era dependente de aprovação final.
O assalto foi realizado em duas fases: uma aterragem de assalto aéreo de 24 mil britânicos, norte-americanos, canadianos e tropas livres de franceses aerotransportados pouco depois da meia-noite e um desembarque anfíbio da infantaria aliada e divisões blindadas na costa da França, com início às 06.30 da manhã. Havia também as operações de engodo montado sob os nomes de código Operação Glimmer e Operação Tributável, para distrair as forças da Alemanha nazi das áreas de pouso real.
A operação foi a maior invasão anfíbia de todos os tempos, com o desembarque de mais de 160 mil tropas em 6 de junho de 1944. 195.700 pessoas das marinhas navais e mercantes aliadas em mais de 5.000 navios foram envolvidos na operação. Soldados e material foram transportados a partir do Reino Unido por aviões carregados de tropas e navios, desembarques de assalto, suporte aéreo, interdição naval do Canal Inglês e fogo naval e de apoio. Os desembarques ocorreram ao longo de um trecho de 80 km na costa da Normandia dividida em cinco setores: Utah, Omaha, Gold, Juno e Sword.
       

Eugénia Melo e Castro - 63 anos

(imagem daqui)

Eugénia Melo e Castro, de nome completo Maria Eugénia Menéres de Melo e Castro (Lisboa, 6 de junho de 1958) é uma cantora e compositora portuguesa.

Biografia
Filha de E. M. de Melo e Castro e de Maria Alberta Menéres, escritores, Eugénia Melo e Castro estudou Artes Gráficas e, em Londres, frequentou a London Film School, estudando cinema e fotografia. Entre 1977 e 1978 teve experiências como actriz de teatro, com o grupo Ânima (que fundou e onde desenvolveu trabalhos de poesia experimental encenada) e n' A Barraca. A ainda aspirante a cantora, entra no meio musical português em 1978, cantando nos discos de José Afonso, Vitorino, Sérgio Godinho e Júlio Pereira.
Casou com António José Leitão de Campos Rosado, de quem tem uma única filha, Ana Mariana de Melo e Castro de Campos Rosado (1979).
No ano de 1979 trava contacto em Lisboa com os músicos brasileiros Yório Gonçalves e Kleiton Ramil, com quem escreve, em parceria, os temas que seriam gravados para aquele que seria o seu primeiro disco. Em 1980 desloca-se ao Brasil, pela primeira vez, para convidar o pianista e arranjador Wagner Tiso.
Em janeiro de 1982 é editado o álbum "Terra De Mel". O álbum "Águas De Todo O Ano" foi lançado em 1983. Do disco, é retirado o single da canção "Dança da Lua", um tema de Túlio Mourão e Ronaldo Bastos, cantada em parceria com Ney Matogrosso.
Desempenha o papel de atriz principal na telenovela "António Maria", assumindo também a produção da sua banda-sonora. No mesmo ano, grava "Emissário de Um Rei Desconhecido", um tema de Milton Nascimento para um poema de Fernando Pessoa, incluído no álbum "Música Em Pessoa", dedicado ao poeta. Em 1986, surge "Eugénia Melo E Castro III", produzido por Guto Graça Mello, e com direcção musical de Toninho Horta, Túlio Mourão, Wagner Tiso e Gilson Peranzetta.
Em 1988 lança "Coração Imprevisto", um álbum para piano e voz, com acompanhamento de Wagner Tiso. Esse disco é considerado um dos 10 melhores discos do ano, nacional e internacional, no Brasil. O disco conta com a participação de Caetano Veloso no tema título do disco.
Em 1989 é editada a coletânea "Canções E Momentos". Em 1990 é editado o álbum "O Amor É Cego E Vê" baseado em temas portugueses da primeira metade do século XX. Participam Caetano Veloso, Chico Buarque, Milton Nascimento, Gal Costa, Ney Matogrosso e Simone. Este disco ganha disco de ouro em Portugal. No mesmo ano realiza o seu primeiro grande concerto em terras lusas, no Teatro São Luís, com direção de Mário Laginha.
Em 1993 grava, em Lisboa, "Lisboa, Dentro De Mim (O Sentimento De Um Ocidental)", que conta com produção da cantora. O álbum conta com a participação de músicos como Mário Laginha, Carlos Zíngaro, António Pinho Vargas, Pedro Caldeira Cabral, Márcio Montarroyos, Wagner Tiso e Nico Assumpção. No mesmo ano, é editada a compilação "O Melhor De Eugénia Melo E Castro". Em março de 1994 apresenta-se ao Vivo no CCB colocando no palco 3 pianos de cauda para os convidados Wagner Tiso, António Pinho Vargas e Mário Laginha.
Em 1995 regressa ao Brasil onde grava "Eugénia Melo E Castro Canta Vinícius De Moraes" que incluí a última gravação de Tom Jobim, piano e voz, em "Canta Mais". Inclui outros grandes músicos e instrumentistas, como Egberto Gismonti. Deste disco resultou a primeira grande digressão no Brasil com mais de 50 espetáculos, e do qual resultou a primeira gravação ao vivo em CD, gravado no SESC Pompéia, intitulada "Ao Vivo Em São Paulo".
Volta a fazer cinema, como atriz e cantora, em 1998 no filme "Bocage, o Triunfo do Amor" de Djalma Limonge Batista. A obra é distinguida no Festival de Sundance, em Utha, com a melhor Direção Artística.
Idealiza e cria o programa de televisão “"Atlântico”", realizado e produzido em Lisboa no Verão de 1998, com Nelson Motta. Estreia em Março de 1999, em Portugal pela RTP e no Brasil através da TV Cultura, e reúne duplas de cantores e compositores dos dois países ao longo de 14 semanas.
Grava "Tanto Mar" para o song-book de Chico Buarque. Grava ao vivo o Cd "Motor Da Luz" com a participação especial da Camerata Tiso.
Em 2001 é lançada uma compilação especial de 16 Duetos gravados ao longo de 20 Anos. “"Eugénia Melo e Castro.COM" inclui alguns duetos inéditos, sendo 3 com Ney Matogrosso, 2 com Caetano Veloso e outros com Gal Costa, Simone, Carlos Lyra, Chico Buarque, Gonzaguinha, Tom Jobim, Milton Nascimento, Egberto Gismonti, Wagner Tiso, Toninho Horta e Paulo Jobim.
A maquete gravada em 1979, com viola e voz, acompanhada por Júlio Pereira e Jaime Queimado, foi lançada em Cd pela Som Livre em 2002.
Em 2002 é editado o CD "Paz" escrito com o produtor brasileiro Eduardo Queiróz. Em 2004 sai o CD SINGLE “"dança_da_ lua.2004.doc"”, apenas disponível para download. Em 2004 grava os discos "Dança da Luz" e "DESCONSTRUÇÃO".
Em outubro de 2006 grava em São Paulo um DVD comemorativo de 25 anos do lançamento do seu primeiro disco. O DVD é lançado em 6 de janeiro de 2007, comemorando 25 anos de carreira discográfica.
Em 2007 foi distinguida com o prémio QUALIDADE BRASIL pelo conjunto da sua obra musical, que foi e está integralmente lançada no Brasil.
A 8 de junho de 2009 foi feita Dama da Ordem do Infante D. Henrique.

 


El-Rei D. João III nasceu há 519 anos


D. João III de Portugal
(Lisboa, 6 de junho de 1502 - Lisboa, 11 de junho de 1557) foi o décimo quinto Rei de Portugal, cognominado O Piedoso ou O Pio pela sua devoção religiosa. Filho do rei D. Manuel I de Portugal, sucedeu-lhe em 1521, aos 19 anos. Herdou um império vastíssimo e disperso, nas ilhas atlânticas, costas ocidental e oriental de África, Índia, Malásia, Ilhas do Pacífico, China e Brasil. Continuou a política centralizadora do seu pai. Durante o seu reinado foi obrigado a negociar as Molucas com Espanha, no tratado de Saragoça, adquiriu novas colónias na Ásia - Chalé, Diu, Bombaim, Baçaim e Macau e um grupo de portugueses chegou pela primeira vez ao Japão em 1543, estendendo a presença portuguesa de Lisboa até Nagasaki. Para fazer face à pirataria iniciou a colonização efectiva do Brasil, que dividiu em capitanias hereditárias, estabelecendo o governo central em 1548. Ao mesmo tempo, abandonou diversas cidades fortificadas em Marrocos, devido ao custos da sua defesa face aos ataques muçulmanos. Extremamente religioso, permitiu a introdução da inquisição em Portugal em 1536, obrigando à fuga muitos mercadores judeus e cristãos-novos, forçando o recurso a empréstimos estrangeiros. Inicialmente destacado entre as potências europeias económicas e diplomáticas, viu a rota do Cabo fraquejar, pois a rota do Levante recuperava, e em 1548 teve de mandar fechar a feitoria Portuguesa de Antuérpia. Viu morrer os dez filhos que gerou e a crise iniciada no seu reinado amplificou-se sob o governo do seu neto e sucessor, o Rei D. Sebastião de Portugal.
  
    
Nascido em Lisboa, era filho de El-Rei Manuel I de Portugal e de Maria de Aragão, princesa de Espanha, filha dos Reis Católicos. Na câmara da Rainha, parturiente, Gil Vicente em trajes de vaqueiro representou a sua primeira peça, o Auto da Visitação ou Monólogo do Vaqueiro. O batismo em 15 de junho foi realizado na capela de São Miguel do Paço da Alcáçova, tendo como padrinho o Doge de Veneza, Leonardo Loredan, representado por Pero Pasquaglio. Foram madrinhas uma tia paterna, a Rainha Dona Leonor, viúva de D. João II, e a avó paterna, a infanta Dona Beatriz, duquesa de Beja. Nas Cortes a seguir convocadas, para 15 de agosto, o príncipe foi jurado herdeiro.
    
Estátua de D. João III, Coimbra
    

Diego Velázquez nasceu há 422 anos

Auto retrato de Diego Velázquez
    
Diego Rodrigues da Silva y Velázquez (Sevilha, 6 de junho de 1599 - Madrid, 6 de agosto de 1660) foi um pintor espanhol e principal artista da corte do Rei Filipe IV de Espanha. Era um artista individualista do período barroco contemporâneo, importante como um retratista. Além de inúmeras interpretações de cenas de significado histórico e cultural, pintou inúmeros retratos da família real espanhola, outras notáveis figuras europeias e plebeus, culminando na produção de sua obra-prima, Las Meninas (1656).
Desde o primeiro quarto do século XIX, a obra de Velázquez foi um modelo para os pintores realistas e impressionistas, em especial Édouard Manet que chegou a afirmar que Velázquez era o "pintor dos pintores". Desde essa época, os artistas mais modernos, incluindo os espanhóis Pablo Picasso e Salvador Dalí, bem como o pintor anglo-irlandês Francis Bacon, que homenageou Velázquez recriando várias de suas obras mais famosas.
A grande maioria dos seus quadros estão no Museu do Prado.

Filho de um advogado nobre de ascendência portuguesa (os seus avós paternos eram do Porto, João Rodrigues da Silva, Velázquez ficou com o prenome do avô paterno que, em 1581, deixou Portugal (era originário do Porto) para instalar-se com a sua esposa em Sevilha, onde Diego nasceu a 6 de junho de 1599 e foi batizado. Eventualmente nasceu no dia anterior ao do seu batismo, ou seja, 5 de junho de 1599. A sua mãe era de origem sevilhana e ele era o mais velho de oito irmãos, pertencendo a sua família à pequena fidalguia da cidade. Foi um artista tecnicamente formidável, e na opinião de muitos críticos de arte, insuperável pintor de retratos.
   
  
As Meninas - 1656
    

O Rei D. José I nasceu há 207 anos

    
D. José I de Portugal (nome completo: José Francisco António Inácio Norberto Agostinho de Bragança; Lisboa, 6 de junho de 1714 - 24 de fevereiro de 1777), cognominado O Reformador devido às reformas que empreendeu durante o seu reinado, foi Rei de Portugal da Dinastia de Bragança desde 1750 até à sua morte. Casou, em 1729, com Mariana Vitória de Bourbon, infanta de Espanha.
    
    
Biografia
O reinado de José I é sobretudo marcado pelas políticas do seu primeiro-ministro, o Marquês de Pombal, que reorganizou as leis, a economia e a sociedade portuguesas, transformando Portugal num país moderno. A 1 de novembro de 1755, El-Rei José I e a sua família sobrevivem à destruição do Paço Real no Terramoto de Lisboa por se encontrarem na altura a passear em Santa Maria de Belém. Depois desta data, José I ganhou uma fobia de recintos fechados e viveu o resto da sua vida num complexo luxuoso de tendas, no Alto da Ajuda, em Lisboa. Outro ponto alto do seu reinado foi a tentativa de regicídio que sofreu, a 3 de setembro de 1758, e o subsequente processo dos Távoras. Os Marqueses de Távora, o Duque de Aveiro e familiares próximos, acusados da sua organização, foram executados ou colocados na prisão, enquanto que a Companhia de Jesus foi declarada ilegal e os jesuítas expulsos de Portugal e das colónias.
Quando subiu ao trono, José I tinha à sua disposição os mesmos meios de acção governativa que os seus antecessores do século XVII, apesar do progresso económico realizado no país, na primeira metade do século XVIII.
Esta inadaptação das estruturas administrativas, jurídicas e políticas do país, juntamente com as condições económicas deficientes herdadas dos últimos anos do reinado de João V, vai obrigar o monarca a escolher os seus colaboradores entre aqueles que eram conhecidos pela sua oposição à política seguida no reinado anterior.
Diogo de Mendonça, Corte Real Pedro da Mota e Silva e Sebastião José de Carvalho e Melo passaram a ser as personalidades em evidência, assistindo-se de 1750 a 1755 à consolidação política do poder central e ao reforço da posição do Marquês de Pombal, com a consequente perda de importância dos outros ministros.
Uma segunda fase, de 1756 a 1764, caracteriza-se pela guerra com a Espanha e a França, pelo esmagamento da oposição interna - expulsão dos Jesuítas, reforma da Inquisição e execução de alguns nobres acusados de atentarem contra a vida do rei, entre os quais o duque de Aveiro e o marquês de Távora -, e pela criação de grandes companhias monopolistas, como a do Grão-Pará.
Uma terceira fase, até 1772 é marcada por uma grande crise económica e, até final do reinado, assiste-se à política de fomento industrial e ultramarino e à queda económica das companhias monopolistas brasileiras.
Todo o reinado é caracterizado pela criação de instituições, especialmente no campo económico e educativo, no sentido de adaptar o País às grandes transformações que se tinham operado. Funda-se a Real Junta do Comércio, o Erário Régio, a Real Mesa Censória; reforma-se o ensino superior, cria-se o ensino secundário (Colégio dos Nobres, Aula do Comércio) e o primário (mestres régios); reorganiza-se o exército. Em matéria de política externa, José conservou a política de neutralidade adoptada por seu pai. De notar ainda, o corte de relações com a Santa Sé, que durou 10 anos.
Sucedeu-lhe a filha, a futura Rainha D.ª Maria I de Portugal (Maria Francisca Isabel Josefa Antónia Gertrudes Rita Joana de Bragança: Lisboa, 17 de dezembro de 1734 - Rio de Janeiro, 20 de março de 1816) que, antes de assumir o trono, foi Princesa do Brasil, Princesa da Beira e duquesa de Bragança. A continuidade dinástica da Casa de Bragança ficou assegurada com o seu casamento com o irmão do Rei e tio da princesa, o futuro rei Pedro III de Portugal. O casamento foi realizado no Palácio de Nossa Senhora da Ajuda, em Lisboa, a 6 de julho de 1760. Dado o casal já ter filhos quando Maria ascendeu ao trono, passou a ser o Rei Pedro III, sendo ainda o 19.º duque de Bragança, 16º duque de Guimarães e 14.º duque de Barcelos, 12.º marquês de Vila Viçosa, 20º conde de Barcelos, 16.º conde de Guimarães, de Ourém, de Faria, e de Neiva, 22.º conde de Arraiolos. Tiveram quatro filhos e três filhas.
   
Do seu casamento com Mariana de Espanha teve quatro filhas:
       

Aram Khachaturian nasceu há 118 anos

  
Aram Khachaturian (Tbilisi, Geórgia, 6 de junho de 1903 - Moscovo, 1 de maio de 1978) foi um compositor arménio.
Nasceu em Tbilisi, atual capital da Geórgia, que na época era parte do Império Russo, filho de pais arménios. Ao contrário da maioria dos músicos, que iniciam a sua formação na infância, só começou a estudar música seriamente aos 19 anos.
Criança autodidata, aprendeu sozinho a tocar tuba e piano. Em 1921 mudou para Moscovo, onde estudou violoncelo e composição. Apaixonado pela música popular e folclórica, viajou pelo seu país natal, a Arménia, para pesquisar canções populares e compor baseado nesses temas.
Teve uma grande contribuição para a música moderna. As suas obras mais famosas são a música dos ballets Spartacus e Gayane. É no último ato desse ballet que se encontra a famosa "Dança do Sabre".
   

 


O bioquímico Edwin Gerhard Krebs nasceu há 103 anos

  
Edwin Gerhard Krebs (Lansing, June 6, 1918 – Seattle, December 21, 2009) was an American biochemist. He received the Albert Lasker Award for Basic Medical Research and the Louisa Gross Horwitz Prize of Columbia University in 1989 together with Alfred Gilman and, together with his collaborator Edmond H. Fischer, was awarded the Nobel Prize in Physiology or Medicine in 1992 for describing how reversible phosphorylation works as a switch to activate proteins and regulate various cellular processes.
Edwin Krebs is not to be confused with Hans Adolf Krebs (1900–1981), who was also a Nobel Prize–winning biochemist and who discovered the citric acid cycle, which is also known as the Krebs cycle.

Robert Kennedy foi assassinado há 53 anos

  
Robert Francis Kennedy (Brookline, 20 de novembro de 1925Los Angeles, 6 de junho de 1968), apelidado de Bobby e também de RFK, foi procurador-geral dos Estados Unidos de 1961 até 1964, tendo sido um dos primeiros a combater a Máfia, e Senador por Nova Iorque de 1965 até ao seu assassinato em junho de 1968.
Foi um dos dois irmãos mais novos do presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, e também um dos seus mais confiáveis conselheiros, que acompanhou ativamente com o presidente a crise dos mísseis cubanos e fez uma importante contribuição no movimento pelos direitos civis dos afro-americanos.
Era católico como o irmão. Depois do assassinato de John em novembro de 1963, Kennedy continuou como procurador-geral e trabalhou ainda com o Presidente Lyndon Johnson até setembro de 1964, quando foi eleito senador por Nova Iorque, em novembro daquele mesmo ano. Contra a guerra do Vietname RFK rompeu com Johnson sobre a escalada militar americana no conflito, entre outras questões.
No início de 1968, Robert Kennedy anunciou a sua campanha para ser nomeado candidato à presidência pelo Partido Democrata. Kennedy vence McCarthy numa decisiva eleição primária da Califórnia, que o colocaria como sério candidato a presidência, mas os disparos de Sirhan Sirhan, logo após a vitória nessa eleição primária, encerraram o sonho de Kennedy, que tinha apenas 42 anos, de suceder ao seu irmão.
Ainda em 1968 coube a Bobby anunciar a uma multidão de negros em Indianápolis a morte de Martin Luther King Jr. Bobby recebeu um bilhete no palanque e, lá, anunciou da seguinte forma:
"Tenho uma péssima notícia para dar-lhes. Martin Luther King foi assassinado, assim como meu irmão. E, cabe a nós que ficamos, lutar pela causa pela qual eles sacrificaram suas vidas: a justiça e a igualdade entre os homens."
No dia 5 de junho de 1968, o senador e pai de 10 filhos (a sua mulher Ethel estava grávida do 11º), foi gravemente ferido por dois disparos na cabeça, no Ambassador Hotel, em Los Angeles, onde comemorava os resultados das eleições dos Democratas, dados por Sirhan Bishara Sirhan. Morreu no hospital Bom Samaritano de Los Angeles na manhã do dia seguinte, estando a sua esposa ao seu lado. O Presidente Johnson declarou um dia de luto oficial em resposta ao cortejo público que acompanharam a perda de Kennedy em todo o País. Encontra-se sepultado no Cemitério Nacional de Arlington.
   

D. João de Castro morreu há 473 anos

   
João de Castro (Lisboa, 27 de fevereiro de 1500 - Goa, 6 de junho de 1548) foi um nobre, cartógrafo e administrador colonial português. Foi governador e capitão general, 13.º governador e 4.º vice-rei do Estado Português da Índia.
A TAP Portugal homenageou-o ao atribuir o seu nome a uma das suas aeronaves.
   

O poeta Albano Martins morreu há três anos

(imagem daqui)

Albano Dias Martins (Fundão, 6 de agosto de 1930Vila Nova de Gaia, 6 de junho de 2018) foi um poeta português.
  
Biografia
Nasceu na aldeia do Telhado, concelho do Fundão, distrito de Castelo Branco, província da Beira Baixa, Portugal.
Formado em Filologia Clássica clássica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, foi professor do Ensino Secundário de 1956 a 1976. Exerceu o cargo de Inspetor-coordenador da Inspeção-Geral do Ensino.
Tendo ingressado, em 1980, nos quadros da Inspeção-Geral de Ensino, passou, em 1993, à situação de aposentado. À data da sua morte, era professor na Universidade Fernando Pessoa, do Porto.
Foi um dos fundadores da revista Árvore e colaborador da Colóquio-Letras e Nova Renascença.
Fez também algumas traduções como "O Essencial de Alceu" e "Cantos de Leopardi", "Cântico dos Cânticos". "Dez Poetas Gregos Arcaico", "O Aprendiz de Feiticeiro", "Dez Poetas Italianos Contemporâneos", "O Aprendiz de Feiticeiro" e "Os Versos do Capitão".
Morreu a 6 de junho de 2018, em Mafamude, Vila Nova de Gaia, onde residia.
 
Sobre os seus poemas:  

Pequenas coisas

Falar do trigo e não dizer
o joio. Percorrer
em voo raso os campos
sem pousar
os pés no chão. Abrir
um fruto e sentir
no ar o cheiro
a alfazema. Pequenas coisas,
dirás, que nada
significam perante
esta outra, maior: dizer
o indizível. Ou esta:
entrar sem bússola
na floresta e não perder
o rumo. Ou essa outra, maior
que todas e cujo
nome por precaução
omites. Que é preciso,
às vezes,
não acordar o silêncio.