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quinta-feira, junho 06, 2024

Albano Martins morreu há seis anos...

(imagem daqui)

   

Albano Dias Martins (Fundão, 6 de agosto de 1930Vila Nova de Gaia, 6 de junho de 2018) foi um poeta português.
  
Biografia
Nasceu na aldeia do Telhado, concelho do Fundão, distrito de Castelo Branco, província da Beira Baixa, Portugal.
Formado em Filologia Clássica clássica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, foi professor do Ensino Secundário de 1956 a 1976. Exerceu o cargo de Inspetor-coordenador da Inspeção-Geral do Ensino.
Tendo ingressado, em 1980, nos quadros da Inspeção-Geral de Ensino, passou, em 1993, à situação de aposentado. À data da sua morte, era professor na Universidade Fernando Pessoa, do Porto.
Foi um dos fundadores da revista Árvore e colaborador da Colóquio-Letras e Nova Renascença.
Fez também algumas traduções como "O Essencial de Alceu" e "Cantos de Leopardi", "Cântico dos Cânticos". "Dez Poetas Gregos Arcaico", "O Aprendiz de Feiticeiro", "Dez Poetas Italianos Contemporâneos", "O Aprendiz de Feiticeiro" e "Os Versos do Capitão".
Morreu a 6 de junho de 2018, em Mafamude, Vila Nova de Gaia, onde residia.
 
Sobre os seus poemas:  

 



Pequenas coisas


Falar do trigo e não dizer
o joio. Percorrer
em voo raso os campos
sem pousar
os pés no chão. Abrir
um fruto e sentir
no ar o cheiro
a alfazema. Pequenas coisas,
dirás, que nada
significam perante
esta outra, maior: dizer
o indizível. Ou esta:
entrar sem bússola
na floresta e não perder
o rumo. Ou essa outra, maior
que todas e cujo
nome por precaução
omites. Que é preciso,
às vezes, não acordar o silêncio.

terça-feira, junho 06, 2023

Albano Martins morreu há cinco anos...

(imagem daqui)

   

Albano Dias Martins (Fundão, 6 de agosto de 1930Vila Nova de Gaia, 6 de junho de 2018) foi um poeta português.
  
Biografia
Nasceu na aldeia do Telhado, concelho do Fundão, distrito de Castelo Branco, província da Beira Baixa, Portugal.
Formado em Filologia Clássica clássica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, foi professor do Ensino Secundário de 1956 a 1976. Exerceu o cargo de Inspetor-coordenador da Inspeção-Geral do Ensino.
Tendo ingressado, em 1980, nos quadros da Inspeção-Geral de Ensino, passou, em 1993, à situação de aposentado. À data da sua morte, era professor na Universidade Fernando Pessoa, do Porto.
Foi um dos fundadores da revista Árvore e colaborador da Colóquio-Letras e Nova Renascença.
Fez também algumas traduções como "O Essencial de Alceu" e "Cantos de Leopardi", "Cântico dos Cânticos". "Dez Poetas Gregos Arcaico", "O Aprendiz de Feiticeiro", "Dez Poetas Italianos Contemporâneos", "O Aprendiz de Feiticeiro" e "Os Versos do Capitão".
Morreu a 6 de junho de 2018, em Mafamude, Vila Nova de Gaia, onde residia.
 
Sobre os seus poemas:  
   

 
 
Uma Cidade
  

Uma cidade pode ser
apenas um rio, uma torre, uma rua
com varandas de sal e gerânios
de espuma. Pode
ser um cacho
de uvas numa garrafa, uma bandeira
azul e branca, um cavalo
de crinas de algodão, esporas
de água e flancos
de granito.
Uma cidade
pode ser o nome
dum país, dum cais, um porto, um barco
de andorinhas e gaivotas
ancoradas
na areia. E pode
ser
um arco-íris à janela, um manjerico
de sol, um beijo
de magnólias
ao crepúsculo, um balão
aceso
  
numa noite
de junho.
  
Uma cidade pode ser
um coração,
um punho.

  

 
in
Castália e Outros Poemas (2001) - Albano Dias Martins

segunda-feira, junho 06, 2022

Albano Martins morreu há quatro anos...

(imagem daqui)

   

Albano Dias Martins (Fundão, 6 de agosto de 1930Vila Nova de Gaia, 6 de junho de 2018) foi um poeta português.
  
Biografia
Nasceu na aldeia do Telhado, concelho do Fundão, distrito de Castelo Branco, província da Beira Baixa, Portugal.
Formado em Filologia Clássica clássica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, foi professor do Ensino Secundário de 1956 a 1976. Exerceu o cargo de Inspetor-coordenador da Inspeção-Geral do Ensino.
Tendo ingressado, em 1980, nos quadros da Inspeção-Geral de Ensino, passou, em 1993, à situação de aposentado. À data da sua morte, era professor na Universidade Fernando Pessoa, do Porto.
Foi um dos fundadores da revista Árvore e colaborador da Colóquio-Letras e Nova Renascença.
Fez também algumas traduções como "O Essencial de Alceu" e "Cantos de Leopardi", "Cântico dos Cânticos". "Dez Poetas Gregos Arcaico", "O Aprendiz de Feiticeiro", "Dez Poetas Italianos Contemporâneos", "O Aprendiz de Feiticeiro" e "Os Versos do Capitão".
Morreu a 6 de junho de 2018, em Mafamude, Vila Nova de Gaia, onde residia.
 
Sobre os seus poemas:  
   

 
 
Uma Cidade
  

Uma cidade pode ser
apenas um rio, uma torre, uma rua
com varandas de sal e gerânios
de espuma. Pode
ser um cacho
de uvas numa garrafa, uma bandeira
azul e branca, um cavalo
de crinas de algodão, esporas
de água e flancos
de granito.
Uma cidade
pode ser o nome
dum país, dum cais, um porto, um barco
de andorinhas e gaivotas
ancoradas
na areia. E pode
ser
um arco-íris à janela, um manjerico
de sol, um beijo
de magnólias
ao crepúsculo, um balão
aceso
  
numa noite
de junho.
  
Uma cidade pode ser
um coração,
um punho.

  

 
in
Castália e Outros Poemas (2001) - Albano Dias Martins

sexta-feira, agosto 06, 2021

Poema para recordar um aniversariante de hoje...

(imagem daqui)
  
 
Uma Cidade
  

Uma cidade pode ser
apenas um rio, uma torre, uma rua
com varandas de sal e gerânios
de espuma. Pode
ser um cacho
de uvas numa garrafa, uma bandeira
azul e branca, um cavalo
de crinas de algodão, esporas
de água e flancos
de granito.
Uma cidade
pode ser o nome
dum país, dum cais, um porto, um barco
de andorinhas e gaivotas
ancoradas
na areia. E pode
ser
um arco-íris à janela, um manjerico
de sol, um beijo
de magnólias
ao crepúsculo, um balão
aceso
  
numa noite
de junho.
  
Uma cidade pode ser
um coração,
um punho.

  

 
in
Castália e Outros Poemas (2001) - Albano Dias Martins

domingo, junho 06, 2021

O poeta Albano Martins morreu há três anos

(imagem daqui)

Albano Dias Martins (Fundão, 6 de agosto de 1930Vila Nova de Gaia, 6 de junho de 2018) foi um poeta português.
  
Biografia
Nasceu na aldeia do Telhado, concelho do Fundão, distrito de Castelo Branco, província da Beira Baixa, Portugal.
Formado em Filologia Clássica clássica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, foi professor do Ensino Secundário de 1956 a 1976. Exerceu o cargo de Inspetor-coordenador da Inspeção-Geral do Ensino.
Tendo ingressado, em 1980, nos quadros da Inspeção-Geral de Ensino, passou, em 1993, à situação de aposentado. À data da sua morte, era professor na Universidade Fernando Pessoa, do Porto.
Foi um dos fundadores da revista Árvore e colaborador da Colóquio-Letras e Nova Renascença.
Fez também algumas traduções como "O Essencial de Alceu" e "Cantos de Leopardi", "Cântico dos Cânticos". "Dez Poetas Gregos Arcaico", "O Aprendiz de Feiticeiro", "Dez Poetas Italianos Contemporâneos", "O Aprendiz de Feiticeiro" e "Os Versos do Capitão".
Morreu a 6 de junho de 2018, em Mafamude, Vila Nova de Gaia, onde residia.
 
Sobre os seus poemas:  

Pequenas coisas

Falar do trigo e não dizer
o joio. Percorrer
em voo raso os campos
sem pousar
os pés no chão. Abrir
um fruto e sentir
no ar o cheiro
a alfazema. Pequenas coisas,
dirás, que nada
significam perante
esta outra, maior: dizer
o indizível. Ou esta:
entrar sem bússola
na floresta e não perder
o rumo. Ou essa outra, maior
que todas e cujo
nome por precaução
omites. Que é preciso,
às vezes,
não acordar o silêncio.

quinta-feira, agosto 06, 2020

Poema de aniversariante de hoje...


(imagem daqui)
  
 
Uma Cidade
  

Uma cidade pode ser
apenas um rio, uma torre, uma rua
com varandas de sal e gerânios
de espuma. Pode
ser um cacho
de uvas numa garrafa, uma bandeira
azul e branca, um cavalo
de crinas de algodão, esporas
de água e flancos
de granito.
Uma cidade
pode ser o nome
dum país, dum cais, um porto, um barco
de andorinhas e gaivotas
ancoradas
na areia. E pode
ser
um arco-íris à janela, um manjerico
de sol, um beijo
de magnólias
ao crepúsculo, um balão
aceso
  
numa noite
de junho.
  
Uma cidade pode ser
um coração,
um punho.

  

 
in
Castália e Outros Poemas (2001) - Albano Dias Martins

sábado, junho 06, 2020

O poeta Albano Martins morreu há dois anos

(imagem daqui)

Albano Dias Martins (Fundão, 6 de agosto de 1930Vila Nova de Gaia, 6 de junho de 2018) foi um poeta português.
  
Biografia
Nasceu na aldeia do Telhado, concelho do Fundão, distrito de Castelo Branco, província da Beira Baixa, Portugal.
Formado em Filologia Clássica clássica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, foi professor do Ensino Secundário de 1956 a 1976. Exerceu o cargo de Inspetor-coordenador da Inspeção-Geral do Ensino.
Tendo ingressado, em 1980, nos quadros da Inspeção-Geral de Ensino, passou, em 1993, à situação de aposentado. À data da sua morte, era professor na Universidade Fernando Pessoa, do Porto.
Foi um dos fundadores da revista Árvore e colaborador da Colóquio-Letras e Nova Renascença.
Fez também algumas traduções como "O Essencial de Alceu" e "Cantos de Leopardi", "Cântico dos Cânticos". "Dez Poetas Gregos Arcaico", "O Aprendiz de Feiticeiro", "Dez Poetas Italianos Contemporâneos", "O Aprendiz de Feiticeiro" e "Os Versos do Capitão".
Morreu a 6 de junho de 2018, em Mafamude, Vila Nova de Gaia, onde residia.
 
Sobre os seus poemas:  
Obras
  • 1950 - Secura Verde
  • 1967 - Coração de Bússola
  • 1974 - Em Tempo e Memória
  • 1979 - Paralelo ao Vento
  • 1980 - Inconcretos Domínios
  • 1982 - A Margem do Azul
  • 1983 - Os Remos Escaldantes
  • 1987 - Poemas do Retorno
  • 1987 - A Voz do Chorinho ou os Apelos da Memória
  • 1988 - Vertical o Desejo
  • 1989 - Rodomel Rododendro
  • 1990 - Vocação do Silêncio, Poesia 1950-1985
  • 1990 - Os Patamares da Memória
  • 1992 - Entre a Cicuta e o Mosto
  • 1993 - Uma Colina para os Lábios
  • 1995 - Com as Flores do Salgueiro
  • 1996 - O Mesmo Nome
  • 1998 - O Espaço Partilhado
  • 1998 - A Voz do Olhar
  • 1999 - Escrito a Vermelho
  • 2000 - Agenda Poética 2000 Albano Martins
  • 2000 - Antologia Poética
  • 2000 - Assim Sâo as Algas. Poesia 1950-2000
  • 2001 - Castália e Outros Poemas
  • 2004 - Três Poemas de Amor Seguidos de Livro Quarto
  • 2004 - Frágeis São as Palavras
  • 2005 - Agenda Poética 2005
  • 2006 - Palinódias, Palimpsestos

Pequenas coisas

Falar do trigo e não dizer
o joio. Percorrer
em voo raso os campos
sem pousar
os pés no chão. Abrir
um fruto e sentir
no ar o cheiro
a alfazema. Pequenas coisas,
dirás, que nada
significam perante
esta outra, maior: dizer
o indizível. Ou esta:
entrar sem bússola
na floresta e não perder
o rumo. Ou essa outra, maior
que todas e cujo
nome por precaução
omites. Que é preciso,
às vezes,
não acordar o silêncio.