quarta-feira, maio 29, 2013

A Idade Média acabou, com a queda de Constantinopla, há 560 anos

Siege of Constantinople.jpg
  O cerco de Constantinopla (pintado em 1499)

Denomina-se queda de Constantinopla a conquista da capital bizantina pelo Império Otomano sob o comando do sultão Maomé II, na terça-feira, 29 de maio de 1453. Isto marcou não apenas a destruição final do Império Romano do Oriente, e a morte de Constantino XI, o último imperador bizantino, mas também a estratégica conquista crucial para o domínio otomano sobre o Mediterrâneo oriental e os Bálcãs. A cidade de Constantinopla permaneceu capital do Império Otomano até a dissolução do império em 1922, e foi oficialmente renomeada Istambul pela República da Turquia em 1930.
A queda de Constantinopla para os turcos otomanos foi um evento histórico que segundo alguns historiadores marcou o fim da Idade Média na Europa, e também decretou o fim do último vestígio do Império Bizantino.
Constantinopla é o antigo nome da cidade de Istambul, na atual Turquia. O nome original era Bizâncio e era uma referência ao imperador romano Constantino I, que tornou esta cidade a capital do Império Romano em 11 de maio de 330.

O cisma entre Igrejas Católica e Ortodoxa manteve Constantinopla distante das nações ocidentais, e mesmo durante os cercos de turcos muçulmanos, não conseguira mais do que indiferença de Roma e seus aliados.
Em uma última tentativa de aproximação, tendo em vista a constante ameaça turca, o imperador João VIII Paleólogo promoveu um concílio em Ferrara, na Itália, onde as diferenças entre as duas fés foram rapidamente resolvidas. Entretanto, a aproximação provocou tumultos entre a população bizantina, dividida entre os que rejeitavam a igreja romana e os que apoiavam a manobra política de João VIII.
João VIII morrera em 1448, e seu filho Constantino assumiu o trono no ano seguinte. Era uma figura popular, tendo lutado na resistência bizantina no Peloponeso frente ao exército otomano, mas seguia a linha de seu pai na conciliação das igrejas oriental e ocidental, o que causava desconfiança não só entre o clero bizantino como também no sultão Murad II, que via esta aliança como um ameaça de intervenção das potências ocidentais na resistência à sua expansão na Europa.
Em 1451, Murad II morreu, sendo sucedido por seu jovem filho Maomé II (ou Mahmed II). Inicialmente, Maomé prometera não violar o território bizantino. Isto aumentou a confiança de Constantino que, no mesmo ano se sentiu seguro o suficiente para exigir o pagamento de uma anuidade para a manutenção de um obscuro príncipe otomano, mantido como refém, em Constantinopla. Furioso mais pelo ultraje do que pela ameaça a seu parente em si, Maomé II ordenou os preparativos para um cerco total à capital bizantina.
O pavor agia como uma epidemia, corroendo os nervos dos patrícios, dos nobres, da corte e do povo em geral. A situação piorou ainda mais quando o sultão mandara expor 76 soldados cristãos empalados por seus carrascos na frente das muralhas para que os habitantes de Constantinopla soubessem o destino que os aguardava.
Dias mais depressivos eles tiveram antes, no momento em que a grande bombarda turca (chamada de Grã Bombarda) um monstro de bronze e de oito metros de comprimento e de sete toneladas, que os sitiantes trouxeram de longe, arrastado por 60 bois e auxiliado por um contingente de 200 homens (ele era dividido ao meio para melhor facilitação do transporte), começara a despejar balas de 550 quilos contra as portas e as muralhas da cidade. Parecia um raio atirado dos céus para vir arrasar com as expectativas de salvação dos cristãos. Pela frente os turcos invasores tinham uma linha de 22 km de muralhas e 96 torres bem fortificadas ainda por vencer, mas para os cristãos era pior, pois somente viam a sombra da foice da morte.
Os dois lados se prepararam para a guerra. Os bizantinos, agora com a simpatia das nações católicas, enviaram mensageiros às nações ocidentais implorando por reforços, e conseguindo promessas. Três navios genoveses contratados pelo Papa estavam a caminho com armas e provisões. O Papa ainda havia enviado o cardeal Isidro, com 300 arqueiros napolitanos para sua guarda pessoal. Os venezianos enviaram em meados de 1453 um reforço de 800 soldados e 15 navios com suprimentos, enquanto os cidadãos venezianos residentes em Constantinopla aceitaram participar das defesas da cidade. A capital bizantina ainda recebeu reforços dos cidadãos de Pera (atual Beyoğlu) e genoveses renegados, entre os quais Giovanni Giustiniani Longo, que se encarregaria das defesas da muralha leste, e 700 soldados. Tonéis de fogo grego, armas de fogo, e todos os homens e jovens capazes de empunhar uma espada e um arco foram reunidos. Entretanto, as forças bizantinas provavelmente não chegavam a 7 mil soldados e 26 navios de guerra ancorados no Corno de Ouro.
Os otomanos, por sua vez, iniciaram o cerco construindo rapidamente uma fortaleza 10 km ao norte de Constantinopla. Maomé II sabia que os cercos anteriores haviam fracassado porque a cidade recebia suprimentos pelo mar, então tratou de bloquear as duas entradas do mar de Mármara, com uma fortaleza armada com 3 canhões no ponto mais estreito do Bósforo, e pelo menos 125 navios ocupando Dardanelos, o mar de Mármara e o oeste do Bósforo.
Maomé ainda reuniu um exército estimado em 100 mil soldados, 80 mil dos quais soldados turcos profissionais - os demais recrutas capturados em campanhas anteriores, mercenários, aventureiros e renegados cristãos, que seriam usados para os ataques diretos. Cerca de 5.000 desses soldados eram janízaros, a elite do exército otomano. No início de 1452, um engenheiro de artilharia húngaro chamado Urbano ofereceu seus serviços ao Sultão. Maomé o fez responsável pela instalação dos canhões em sua fortaleza.
O cerco começou oficialmente em 6 de abril de 1453, quando o grande canhão disparou o primeiro tiro em direção ao vale do Rio Lico, que penetrava em Constantinopla por uma depressão sob a muralha que possibilitava o posicionamento da bombarda em uma parte mais alta. A muralha, até então imbatível naquele ponto, não havia sido construída para suportar ataques de canhões, e em menos de uma semana começou a ceder. Todos os dias, ao anoitecer, os bizantinos se esgueiravam para fora da cidade para reparar os danos causados pelo canhão com sacos e barris de areia, pedras estilhaçadas da própria muralha e paliçadas de madeira. Os otomanos evitaram o ataque pela costa, pois as muralhas eram reforçadas por torres com canhões e artilheiros que poderiam destruir toda a frota em pouco tempo. Por isso, o ataque inicial se restringiu a apenas uma frente, o que possibilitou tempo e mão de obra suficientes aos bizantinos para suportarem o assédio.
No início do cerco, os bizantinos conseguiram duas vitórias animadoras. Em 12 de abril, o almirante búlgaro Suleimã Baltoghlu, a serviço do sultão, foi repelido pela armada bizantina ao tentar forçar a passagem pelo Corno de Ouro. Seis dias depois, o sultão Maomé II tentou um ataque à muralha danificada no vale do Licos, mas foi derrotado por um contingente bem menor, mas mais bem armado de bizantinos, sob o comando de Giustiniani.
Em 20 de abril os bizantinos avistaram os navios enviados pelo Papa, mais um outro navio grego com grãos da Sicília, que atravessaram o bloqueio de Dardanelos quando o Sultão deslocou seus navios para o mar de Mármara. Baltoghlu tentou interceptar os navios cristãos, mas viu sua frota ser destruída por ataques de fogo grego despejado sobre suas embarcações. Os navios chegaram com êxito ao Corno de Ouro, e Baltoghlu foi humilhado publicamente pelo Sultão e dispensado.
Em 22 de abril, o sultão aplicou um golpe estratégico nas defesas bizantinas. Impossibilitados de atravessar a corrente que fechava o Corno de Ouro, o sultão ordenou a construção de uma estrada de rolagem ao norte de Pera, por onde os seus navios poderiam ser puxados por terra, contornando a barreira. Com os navios posicionados em uma nova frente, os bizantinos logo não teriam recursos para reparar suas muralhas. Sem escolha, os bizantinos se viram forçados a contra-atacar, e em 28 de abril tentaram um ataque surpresa aos turcos no Corno de Ouro, mas foram descobertos por espiões e executados. Os bizantinos então decapitaram 260 turcos cativos e arremessaram seus corpos sobre as muralhas do porto.
Bombardeados diariamente em duas frentes, os bizantinos raramente eram atacados pelos soldados turcos. Em 7 de maio o Sultão tentou um novo ataque ao vale do Lico, mas foi novamente repelido. No final do dia, os otomanos começaram a mover uma grande torre de assédio, mas durante a noite soldados bizantinos conseguiram destruí-la antes que fosse usada. Os turcos também tentaram abrir túneis por baixo das muralhas, mas os gregos cavavam do lado interno e atacavam de surpresa com fogo ou água.
A mão de obra estava sobrecarregada, os soldados cansados e os recursos escasseando, e o próprio Constantino XI coordenava as defesas, inspecionava as muralhas e reanimava as tropas por toda a cidade.

A resistência de Constantinopla começou a ruir frente ao desânimo causado por uma série de maus presságios. Na noite de 24 de maio houve um eclipse lunar, relembrando aos bizantinos uma antiga profecia de que a cidade só resistiria enquanto a lua brilhasse no céu. No dia seguinte, durante uma procissão, um dos ícones da Virgem Maria caiu no chão. Logo em seguida, uma tempestade de chuva e granizo inundou as ruas. Os navios prometidos pelos venezianos ainda não haviam chegado e a resistência da cidade estava no seu limite.
Ao mesmo tempo, os turcos enfrentavam problemas. O custo para sustentar um exército de 100 mil homens era muito grande, e oficiais comentavam da ineficiência das estratégias do Sultão até então. Maomé II se viu obrigado a lançar um ultimato a Constantinopla: os turcos poupariam as vidas dos cristãos se o imperador Constantino XI entregasse a cidade. Como alternativa, prometeu levantar o cerco se Constantino pagasse um pesado tributo. Com os tesouros vazios desde o saque feito pela Quarta Cruzada, Constantino foi obrigado a recusar a oferta, e Maomé lançou um ataque rápido e decisivo.

Ataque final
Maomé II ordenou que as tropas descansassem no dia 28 de maio para se prepararem para o assalto final no dia seguinte. Pela primeira vez em quase dois meses não se ouviu o barulho dos canhões e das tropas em movimento. Para quebrar o silêncio e levantar o moral para o momento decisivo, todas as igrejas de Constantinopla tocaram seus sinos por todo o dia.
Durante a madrugada do dia 29 de maio de 1453, Maomé lançou um ataque total às muralhas, composto principalmente por mercenários e prisioneiros, concentrando o ataque no vale do Lico. Por duas horas, o contingente superior de mercenários europeus foi repelido pelos soldados bizantinos sob o comando de Giovanni Giustiniani Longo, providos de melhores armas e armaduras e protegidos pelas muralhas. Mas com as tropas cansadas, teriam agora que enfrentar o exército regular de 80 mil turcos.
O exército turco atacou por mais duas horas, sem vencer a resistência bizantina. Então abriram espaço para o grande canhão, que abriu uma brecha na muralha por onde os turcos concentraram seu ataque. Constantino XI em pessoa coordenou uma cadeia humana que manteve os turcos ocupados enquanto a muralha era consertada. O Sultão então lançou mão dos janízaros, que escalavam a muralha com escadas. Mas após mais uma hora de combates, os janízaros ainda não haviam conseguido entrar na cidade.
Com os ataques concentrados no vale do Lico, os bizantinos cometeram a desatenção de deixar o portão da muralha noroeste semi-aberto. Um destacamento otomano penetrou por ali e invadiu o espaço entre as muralhas interna e externa. Neste momento, o comandande Giustiniani fora ferido e havia sido retirado às pressas para um navio. Sem a sua liderança, os soldados gregos lutaram desordenadamente contra os disciplinados turcos. Diz-se que no último momento, o imperador Constantino XI desembainhou a espada e partiu para a luta, e nunca mais foi visto.
Giustiniani também viria a morrer mais tarde em virtude dos ferimentos na ilha grega de Quios, onde encontrava-se ancorada a prometida esquadra veneziana à espera de ventos favoráveis.

A entrada de Maomé II em Constantinopla, por Jean-Joseph-Benjamin Constant

Desesperados, os sobreviventes correram para suas casas a fim de salvar suas famílias. Muitos fugiram em navios, quando os marinheiros turcos viram que a cidade caíra e poderiam aproveitar para participar do saque. Os turcos saquearam e mataram o quanto puderam. A Catedral de Santa Sofia (hoje conhecida como Hagia Sophia), o coração de todo o cristianismo ortodoxo, viu-se repleta de refugiados à espera de um milagre que não aconteceu: os clérigos foram mortos e as freiras capturadas. Maomé II entrou na cidade à tarde em desfile triunfal e ordenou que a catedral fosse consagrada como mesquita. Talvez por ter considerado a cidade por demais destruída, o sultão ordenou o fim dos saques e da destruição no mesmo dia (contrariando a promessa de 3 dias de saques que fizera antes da guerra). Terminou com 50 mil presos, entre os quais soldados, clérigos e ministros. Este contingente bizantino recebeu autorização para viver na cidade sob a autoridade de um novo patriarca, Genádio, designado pelo próprio sultão para se assegurar de que não haveria revoltas.
Caía finalmente, depois de mais de dez séculos, a maçã de prata ou simplesmente Constantinopla, capital do Império Romano do Oriente.

Noel Gallagher - 46 anos

Noel Thomas David Gallagher (Manchester, 29 de maio de 1967) é um músico britânico. Foi o guitarrista, vocalista e principal compositor dos Oasis, banda que liderou, juntamente com seu irmão Liam Gallagher. Atualmente é o líder da banda Noel Gallagher's High Flying Birds, fundada por ele após a sua saída dos Oasis em 2009.


Há um século a première do ballet A Sagração da Primavera provocou uma enorme agitação

Parte do cenário de Nicholas Roerich para a produção de Diaghilev de 1913 de Le Sacre du Printemps

Le Sacre du printemps (A Sagração da Primavera) é um ballet musical de Igor Stravinski e coreografia de Vaslav Nijinsky, tendo uma concepção de cenografia e figurinos de Nicholas Roerich. Foi produzido por Sergei Diaghilev para a sua companhia de ballet Ballets Russes, tendo estreado no Teatro dos Campos Elísios de Paris, a 29 de maio de 1913.
As inovadoras e complexas estruturas rítmicas da música, timbres, e uso de dissonância fizeram dele um seminal da composição do século XX. Em 1973, o compositor e maestro Leonard Bernstein disse numa passagem: "Este papel tem sessenta anos de idade... Ele também tem as melhores dissonâncias ninguém nunca poderia ter imaginado, e as melhores assimetrias e politonalidades já feitas, qual seja o nome que você queira dar." A execução da obra dura cerca de 33 minutos.
Bailarinas com as roupas originais de Nicholas Roerich
Estreia
Depois de passar por revisões quase até o mesmo dia de sua primeira apresentação, o ballet foi estreado pelo Ballets Russes em uma quinta feira, 29 de maio de 1913 no Théâtre des Champs-Élysées em Paris. A programação da noite começou com Les Sylphides, um ballet baseado na música de Chopin, seguido de A Sagração da Primavera.
A estreia envolveu um dos mais famosos motins de música clássicas na história. A pontuação intensamente rítmica, o cenário primitivo e coreografia chocou o público que estava acostumado às convenções elegantes do balé clássico. A música complexa e os passos de dança violentas representando ritos de fertilidade causou vaias e assobios da multidão. No início da apresentação, alguns membros da plateia começaram a vaiar alto. Havia fortes opiniões na plateia entre apoiantes e opositores do trabalho. Estes foram logo seguidos por gritos e brigas nos corredores. A agitação na plateia eventualmente degenerou num motim. A polícia de Paris chegou ara intervir, restaurado apenas uma ordem limitada. Reinava o caos para o restante da apresentação.
Stravinsky tinha chamado um fagote para tocar mais alto que todos outros instrumentos. O compositor Camille Saint-Saëns saiu da première supostamente furioso com o mau uso do fagote na abertura do ballet (embora Stravinsky mais tarde disse: "Eu não sei quem inventou a história que ele estava presente no momento, mas logo saiu, da première"). Stravinsky correu nos bastidores, onde Diaghilev estava ascendendo e apagando as luzes em uma tentativa para tentar acalmar a plateia. Após a première, é relatado que Diaghilev comentou com Nijinsky e Stravinsky em um jantar que o escândalo era "exatamente o que eu queria."
Alguns estudiosos têm questionado a tradicional crença, que extensamente aponta que o tumulto foi causado pela música, ao invés da coreografia e /ou das circunstâncias sociais e políticas. O estudioso de Stravinsky, Richard Taruskin, escreveu um artigo chamado de "Um mito do século XX", em português, no qual ele tenta demonstrar que a história tradicional que aponta que música foi a provocadora da agitação foi em grande parte inventada pelo próprio Stravinsky em 1920. Naquela tarde, Stravinsky estava construindo uma imagem de si mesmo como um compositor inovador para promover sua música, e ele reviu tudo envolvido na A Sagração da Primavera para colocar uma maior ênfase em uma ruptura com as tradições musicais e incentivar o foco na música em si e nas apresentações. Uma vez que a música tornou-se popular, escritores posteriores apropriaram a versão de Stravinsky sobre os eventos. Taruskin resume o quão insignificante a música foi, aparentemente, para a maioria da plateia na estreia:
Em 1913, [a música] não era o objeto principal de atenção. A leitura mais superficial das análises de Paris sobre a produção original, convenientemente recolhidas numa dissertação de Truman C. Bullard, revela que a hoje esquecida coreografia de Nijinsky, muito mais do que a música de Stravinsky, foi o que fomentou a famosa "revolta" na estreia. Muitas das análises apenas citam Stravinsky apenas como compositor. E, como a maioria das lembranças da estreia... com isso eu concordo, a maior parte da música não foi ouvida.

O ballet completou a sua série de seis performances no meio de controvérsia, mas não experimentou novas perturbações. Os mesmos bailarinos realizaram a estreia em Londres, em 11 de julho do mesmo ano, para um publico menos hostil, numa mais sossegada recepção. O ballet de Nijinsky não foi realizado novamente e a sua coreografia desapareceu, até ser reconstruída na década de 80.
O primeiro concerto (ou seja, não encenado) de execução da obra foi dado em Moscovo no dia 5/18 de fevereiro de 1914, realizado por Serge Koussevitsky. O concerto de estreia de Paris teve lugar no Casino de Paris em 5 de abril de 1914 e foi realizado por Pierre Monteux, (cuja direção foi elogiada por Pierre Lalo e Florent Schmitt), sendo Stravinsky sido carregado para fora do Place de la Trinité sobre os ombros de uma multidão. O concerto de estreia dos Estados Unidos foi em 1922, na Filadélfia.
A representação do incidente da première de 1913 apareceu no drama da BBC-TV em 2005 chamado "Riot At The Rite", bem como nas cenas iniciais do filme de 2009, Coco Chanel & Igor Stravinsky.



terça-feira, maio 28, 2013

A Comuna de Paris acabou há 142 anos

Barricadas erguidas pelos communards em frente à Igreja da Madalena

A Comuna de Paris foi o primeiro governo operário da história, fundado em 1871 na capital francesa, durante a resistência popular ante a invasão por parte do Reino da Prússia e II Reich.
A história moderna regista algumas experiências de regimes comunais, impostos como afirmação revolucionária da autonomia da cidade. A mais importante delas - a Comuna de Paris - veio na sequência da insurreição popular de 18 de março de 1871. Durante a guerra franco-prussiana, as províncias francesas elegeram para a Assembleia Nacional Francesa uma maioria de deputados monárquicos, francamente favorável à capitulação ante a Prússia. A população de Paris, no entanto, opunha-se a essa política. Louis Adolphe Thiers, elevado à chefia do gabinete conservador, tentou esmagar os insurretos. Estes, porém, com o apoio da Guarda Nacional, derrotaram as forças legalistas, obrigando os membros do governo a abandonar precipitadamente Paris, onde o comité central da Guarda Nacional passou a exercer a sua autoridade. A Comuna de Paris - considerada a primeira república proletária da história - adotou uma política de caráter socialista, baseada nos princípios da Primeira Internacional dos Trabalhadores.
O poder comunal manteve-se durante cerca de quarenta dias. O seu esmagamento revestiu-se de extrema crueldade. De acordo com a enciclopédia Barsa, mais de 20.000 communards foram executados pelas forças de Thiers.
O governo durou oficialmente de 26 de março a 28 de maio, enfrentando não só o invasor alemão como também tropas francesas, pois a Comuna era um movimento de revolta ante o armistício assinado pelo governo nacional (transferido para Versalhes) após a derrota na guerra franco-prussiana. Os alemães tiveram ainda que libertar militares franceses feitos prisioneiros de guerra para auxiliar na tomada de Paris.

O Governo Provisório, com sede na prefeitura de Paris, iniciou um processo de capitulação da França entregando a maior parte de seu exército permanente, bem como as suas armas, a contragosto da população parisiense. O único contingente agora armado era a Guarda Nacional, formada na sua maior parte por operários e alguns membros da pequena burguesia.
Convictos na resistência ao exército estrangeiro, a Guarda Nacional assaltou a prefeitura e expulsou os membros da assembleia, que se instalariam em Versalhes. A administração pública de Paris, que agora se encontrava nas mãos do Comité Central da Guarda Nacional, manteria conversações com Versalhes até 18 de março, quando o presidente Thiers mandou desarmar a Guarda Nacional numa operação sigilosa, durante a madrugada daquele dia. Apanhada de surpresa, a população parisiense expulsa o contingente de Thiers, dando início à independência política de Paris frente à Assembleia de Versalhes, culminando com a eleição e a declaração da Comuna, em 26 e 28 de março.
Apesar da evidente disposição do povo parisiense em resistir, a Assembleia de Versalhes acabou assinando a paz com os alemães. Num episódio humilhante, Guilherme I, o soberano alemão, foi coroado imperador do Segundo Reich na sala dos espelhos do Palácio de Versalhes.

O governo revolucionário foi formado por uma federação de representantes de bairro (a guarda nacional, uma milícia formada por cidadãos comuns). Uma das suas primeiras proclamações foi a "abolição do sistema da escravidão do salário de uma vez por todas". A guarda nacional misturou-se aos soldados franceses, que se amotinaram e massacraram os seus comandantes. O governo oficial, que ainda existia, fugiu, juntamente com as suas tropas leais, e Paris ficou sem autoridade. O Comité Central da federação dos bairros ocupou este vácuo, e instalou-se na prefeitura. O comité era formado por Blanquistas, membros da Associação Internacional dos Trabalhadores, Proudhonistas e uma miscelânea de indivíduos não-afiliados politicamente, a maioria trabalhadores braçais, escritores e artistas.
Eleições foram realizadas, mas obedecendo à lógica da democracia direta em todos os níveis da administração pública. A polícia foi abolida e substituída pela guarda nacional. A educação foi secularizada, a previdência social foi instituída, uma comissão de inquérito sobre o governo anterior foi formada, e se decidiu por trabalhar no sentido da abolição da escravidão do salário. Noventa representantes foram eleitos, mas apenas 25 eram trabalhadores e a maioria foi constituída de pequenos-burgueses. Entretanto, os revolucionários eram maioria. Em semanas, a recém nomeada Comuna de Paris introduziu mais reformas do que todos os governos nos dois séculos anteriores combinados:
  1. O trabalho noturno foi abolido;
  2. Oficinas que estavam fechadas foram reabertas para que cooperativas fossem instaladas;
  3. Residências vazias foram desapropriadas e ocupadas;
  4. Em cada residência oficial foi instalado um comité para organizar a ocupação de moradias;
  5. Todas os descontos do salário foram abolidos;
  6. A jornada de trabalho foi reduzida, e chegou-se a propor a jornada de oito horas;
  7. Os sindicatos foram legalizados;
  8. Instituiu-se a igualdade entre os sexos;
  9. Projetou-se a autogestão das fábricas (mas não foi possível implantá-la);
  10. O monopólio da lei pelos advogados, o juramento judicial e os honorários foram abolidos;
  11. Testamentos, adoções e a contratação de advogados tornaram-se gratuitos;
  12. O casamento tornou-se gratuito e simplificado;
  13. A pena de morte foi abolida;
  14. O cargo de juiz tornou-se eletivo;
  15. O calendário revolucionário foi novamente adotado;
  16. O Estado e a Igreja foram separados; a Igreja deixou de ser subvencionada pelo Estado e os espólios sem herdeiros passaram a ser confiscados pelo Estado;
  17. A educação tornou-se gratuita, secular, e compulsória - escolas noturnas foram criadas e todas as escolas passaram a ser de sexo misto;
  18. Imagens religiosas foram derretidas e sociedades de discussão foram adotadas nas Igrejas;
  19. A Igreja de Brea, erguida em memória de um dos homens envolvidos na repressão da Revolução de 1848, foi demolida. O confessionário de Luís XVI e a coluna Vendôme também;
  20. A Bandeira Vermelha foi adotada como símbolo da Unidade Federal da Humanidade;
  21. O internacionalismo foi posto em prática: o facto de se ser estrangeiro tornou- se irrelevante; os integrantes da Comuna incluíam belgas, italianos, polacos, húngaros;
  22. Instituiu-se um escritório central de imprensa;
  23. Emitiu-se um apelo à Associação Internacional dos Trabalhadores;
  24. O serviço militar obrigatório e o exército regular foram abolidos;
  25. Todas as finanças foram reorganizadas, incluindo os correios, a assistência pública e os telégrafos;
  26. Havia um plano para a rotação de trabalhadores;
  27. Considerou-se instituir uma Escola Nacional de Serviço Público, da qual a atual ENA francesa é uma cópia;
  28. Os artistas passaram a autogestionar os teatros e editoras;
  29. O salário dos professores foi duplicado.

O governo oficial, agora instalado em Versalhes e sob o comando de Thiers, fez a paz com o Império Alemão para que tivesse tempo de esmagar a Comuna de Paris. Como acordado entre os dois países, a Alemanha libertou prisioneiros de guerra para compor as forças que o exército francês usaria contra a Comuna. Esta possuía menos de 15.000 milicianos, defendendo a cidade contra o exército de 100.000 soldados, sob o comando de Versalhes.
Assim como durante o período da comuna, na sua queda os revolucionários destruíram os símbolos do Segundo Império Francês - prédios administrativos e palácios - e executaram reféns, em sua maioria clérigos, militares e juízes. Na perspectiva dos communards, derrubar a velha ordem e tudo que com ela tinha vínculo era preciso para que novas instituições pudessem florescer.
Ao todo, a Comuna de Paris executou cem pessoas e matou outras novecentas na defesa da cidade. As tropas de Thiers, por outro lado, executaram 20.000 pessoas, número que, somado às baixas em combate, provavelmente alcançou a cifra dos 80.000 mortos. 40.000 pessoas foram presas e muitas delas foram torturadas e executadas sem qualquer comprovação de que fossem de facto membros da Comuna. As execuções só pararam por medo de que a quantidade imensa de cadáveres pudesse causar uma epidemia de doenças.
A Comuna é considerada, por grupos políticos revolucionários posteriores (anarquistas, comunistas, situacionistas), como a primeira experiência moderna de um governo popular. Um acontecimento histórico resultante da iniciativa de grupos revolucionários e da espontaneidade política das massas, no meio de circunstâncias dramáticas, de uma guerra perdida (Guerra franco-prussiana) e de uma guerra civil em curso.

Cadáveres de communards executados

O astrónomo Frank Drake faz hoje 83 anos

Frank Donald Drake (28 de maio de 1930, Chicago) é um astrónomo e astrofísico americano. Ele é conhecido por ter fundado o SETI e criado a equação de Drake.
Drake nasceu em Chicago e, durante a juventude, ele gostava de eletrónica e química. Ele afirma ter considerado a possibilidade de existência de vida em outros planetas com apenas 8 anos de idade, mas não teria discutido tal ideia com ninguém, devido às ideologias religiosas da época.
Ele começou a estudar astronomia na Universidade Cornell. As suas ideias sobre a possibilidade de vida extraterrestre foram reforçadas após ouvir uma palestra do astrofísico Otto Struve em 1951. Pouco depois, ele trabalhou brevemente como técnico de eletrónica da Marinha americana no USS Albany. Após o serviço militar, ele graduou-se em radioastronomia em Harvard.
Embora esteja intimamente ligado à pesquisa sobre civilizações extraterrestres, Drake começou a carreira como radioastrónomo no então recém-inaugurado National Radio Astronomy Observatory (Observatório Nacional de Rádio Astronomia dos Estados Unidos), em Green Banks, Virgínia Ocidental. Mais tarde trabalhou no Laboratório de Jato-Propulsão da NASA. Em suas pesquisas, ele descobriu a ionosfera e a magnetosfera de Júpiter. Como pesquisador, Drake envolveu-se com os primeiros estudos sobre os pulsars.
Nos anos 1960, Drake supervisionou a conversão do Observatório de Arecibo em radiotelescópio. Em 1972, Drake projetou, com Carl Sagan, a Placa Pioneer, a primeira mensagem enviada ao espaço. Dois anos depois, ele escreveu a Mensagem de Arecibo. Mais tarde ele foi supervisor na produção do Disco de Ouro da Voyager.
Drake trabalhou como Professor de Astronomia na Universidade Cornell entre 1964 e 1984. Desde então, ele é Professor Emérito de Astronomia e Astrofísica na Universidade da Califórnia em Santa Cruz.



A Equação de Drake, proposta por Frank Drake em 1961, foi formulada com o propósito de fornecer uma estimativa do número de civilizações na nossa Galáxia (Via Láctea) com as quais poderíamos ter hipóteses de estabelecer comunicação.
A Equação de Drake foi formulada como segue:
N = R^{*} ~ \times ~ f_{p} ~ \times ~ n_{e} ~ \times ~ f_{l} ~ \times ~ f_{i} ~ \times ~ f_{c} ~ \times ~ L
Onde:
N é o número de civilizações extraterrestres em nossa galáxia com as quais poderíamos ter chances de estabelecer comunicação.
e
R* é a taxa de formação de estrelas em nossa galáxia
fp é a fração de tais estrelas que possuem planetas em órbita
ne é o número médio de planetas que potencialmente permitem o desenvolvimento de vida por estrela que tem planetas
fl é a fração dos planetas com potencial para vida que realmente desenvolvem vida
fi é a fração dos planetas que desenvolvem vida inteligente
fc é a fração dos planetas que desenvolvem vida inteligente e que têm o desejo e os meios necessários para estabelecer comunicação
L é o tempo esperado de vida de tal civilização
Drake forneceu valores baseados nas suas pesquisas:
R* - estimado em 7/ano
fp – estimado em 0,5
ne – estimado em 2
fl – estimado em 0,33
fi – estimado em 0,01
fc – estimado em 0,01
L – estimado como sendo 10 000 anos
Segundo os dados de Drake, temos uma estimativa que resulta:
N = 7 × 0,5 × 2 × 0.33 × 0,01 × 0,01 × 10 000 = 2,31

As críticas feitas à equação baseiam-se sobretudo no facto de que vários fatores são baseados em conjecturas, sendo o seu valor nulo.
Outra crítica pertinente é a de que Drake não prevê que as civilizações possam sair da sua galáxia mãe para colonizar outras galáxias. Assim sendo entrariam também em conta as equações da dinâmica populacional.

John Fogerty - 68 anos

John Cameron Fogerty (Berkeley, Califórnia, 28 de maio de 1945) é um cantor, guitarrista e compositor norte-americano, fundador e ex-líder da banda de country rock Creedence Clearwater Revival. É considerado um dos maiores e mais influentes guitarristas e compositores da história do rock'n roll mundial.


Há 87 anos o que sobrava da I república caiu como um baralho de cartas...

Gomes da Costa e a sua tropa desfila vitoriosa em Lisboa (6 de junho de 1926)

A Revolução de 28 de maio de 1926, Golpe de 28 de maio de 1926 ou Movimento do 28 de maio, também conhecido pelos seu herdeiros do Estado Novo por Revolução Nacional, foi um pronunciamento militar de cariz nacionalista e antiparlamentar que pôs termo à Primeira República Portuguesa, levando à implantação da Ditadura Militar, depois auto-denominada Ditadura Nacional e por fim transformada, após a aprovação da Constituição de 1933, em Estado Novo, regime que se manteve no poder em Portugal até à Revolução dos Cravos de 25 de Abril de 1974. A revolução começou em Braga, comandada pelo general Gomes da Costa, sendo seguida de imediato em outras cidades como Porto, Lisboa, Évora, Coimbra e Santarém. Consumado o triunfo do movimento, a 6 de junho de 1926, na Avenida da Liberdade, em Lisboa, Gomes da Costa desfila à frente de 15 mil homens, sendo aclamado pelo povo da capital.

Antecedentes
Implantada a 5 de outubro de 1910, a Primeira República Portuguesa cedo deu sinais de instabilidade e de progressiva degradação das suas instituições. Para além das aventuras sidonistas, eram constantes os rumores e as ameaças de golpe.
Nos primeiros anos da década de 1920, terminada a Grande Guerra, a instabilidade cresceu: para além dos governos se sucederem a um ritmo alucinante (foram 23 os ministérios entre 1920 e 1926), os atentados bombistas e a forte actividade anarco-sindicalista criavam no país um clima pré-insurreccional que fazia adivinhar um fim próximo para o regime.
O princípio desse fim anunciado ocorreu a 19 de outubro de 1921, apenas 11 anos após a implantação da República, quando, na sequência da demissão do governo presidido por Liberato Pinto, o protector da Guarda Nacional Republicana, então a guarda pretoriana do regime, e a sua posterior condenação a um ano de detenção (confirmada a 10 de setembro de 1921 pelo Conselho Superior de Disciplina do Exército), um conjunto de militares ligados àquela força policial, a que se juntaram militares do Exército e da Armada, se sublevou.
A sublevação desembocou na chamada Noite Sangrenta, o assassinato por um grupo de marinheiros e arsenalistas sublevados de algumas das principais figuras da República. O coronel Manuel Maria Coelho era o chefe da sublevação. Acompanhavam-no Camilo de Oliveira e Cortês dos Santos, oficiais da Guarda Nacional Republicana, e o capitão-de-fragata Procópio de Freitas. Sem possibilidade de resistência, o governo presidido por António Granjo apresentou a sua demissão a António José de Almeida, tendo Granjo procurado refúgio em casa de Francisco Cunha Leal, o líder da ala esquerda do republicanismo e próximo da liderança do movimento revolucionário. Descoberto, foi levado ao Arsenal da Marinha, o centro revolucionário, e abatido a tiro. O mesmo aconteceu a diversas outras figuras gradas da política republicana, incluindo o almirante Machado dos Santos, o comandante José Carlos da Maia e o coronel Botelho de Vasconcelos, todos raptados por uma camioneta fantasma que percorreu Lisboa naquela noite.
A somar aos efeitos políticos e sociais da Noite Sangrenta, ao longo dos anos de 1924 e 1925 a crise agudiza-se, com um crescendo do sentimento de insegurança e da instabilidade política. Os atentados bombistas sucedem-se, com ataques que por vezes são semanais. A carestia de vida, afectando essencialmente o operariado, fortemente mobilizado pelas correntes anarco-sindicalistas, provoca manifestações, como a de 22 de fevereiro de 1924, que frequentemente descambam em violência e confrontos, como os ocorridos nos Olivais, Lisboa, a 28 de maio daquele ano.
Entre os militares vive-se um crescendo de sublevações e de indisciplina. Bem exemplificativo deste ambiente é a revolta da aviação: os militares aviadores aquartelados na Amadora sublevam-se na noite de 3 para 4 de junho de 1924, depois da demissão do respectivo comandante. São cercados por tropas de Queluz, mas só no dia 7 aceitam render-se, graças à acção do general Bernardo Faria que entra no campo, desarmado e acompanhado por oficiais de várias unidades militares.
Logo a 14 de julho registam-se confrontos entre militares, envolvendo o Exército e a Guarda Nacional Republicana, a que não estão alheias movimentações anarco-sindicalistas e de tendência fascista, anunciando o jornal A Época, a 13 de agosto de 1924, nova tentativa golpista, desta vez um assalto ao forte da Ameixoeira que teria sido preparada por um comité integrado por João Lopes da Silva Martins Júnior, que desejava como chefe Gomes da Costa. Insinuava-se então que o golpe visava pôr o partido radical no poder e que o futuro ministro do trabalho seria José Carlos Rates, secretário-geral do Partido Comunista Português. A 28 de agosto de 1924 é abortada nova sublevação, desta feita no castelo de São Jorge, onde são presos oito comunistas e um radical.
Os tumultos prosseguem um pouco por todas as zonas urbanas onde existisse operariado, aparecendo constantemente novas organizações e uma crescente violência.

O golpe
O golpe de estado de 28 de maio de 1926 iniciou-se como mais um levantamento, dos muitos que já tinham surgido no seio da Primeira República Portuguesa, coincidindo com um momento crítico para o governo presidido por António Maria da Silva. Embaraçado pela crónica má gestão do monopólio dos tabacos, um problema que já afligia os governos portugueses desde a fase final da monarquia constitucional, o governo decidira a 25 de maio deixar de representar-se na Câmara dos Deputados, cortando os últimos laços com a legitimidade parlamentar. Como afirma um observador da política da época: o governo, inegavelmente, saía mal ferido da contenda, porque diminuído no seu prestígio. Mas o parlamento dir-se-ia quisera suicidar-se.
No ambiente de frenética intriga política que se vivia, os boatos de golpe desde há muito que corriam, sendo seguro que existiam múltiplos convites ao general Gomes da Costa para este dirigir um golpe, como sempre regenerador, que salvasse a Pátria.
Como entretanto em Braga se preparava para o dia 28 de maio um Congresso Mariano, que congregaria naquela cidade as principais figuras do conservadorismo católico, entre as quais Cunha Leal, quando se soube que Gomes da Costa tinha para ali partido, ficou claro que o golpe estava iminente e que o seu epicentro seria naquela cidade.
Preparando o terreno, Cunha Leal logo no dia 27 organiza em Braga um almoço com apoiantes e discursa no Bom Jesus, criticando severamente o Partido Democrático que acusa de outrora ser obediente à ameaça do chicote de nove rabos do Dr. Afonso Costa, mas que então já nem sequer tinha um chefe e é um instituto tresmalhado. Quanto ao que restava do campo nacionalista, afirma que nem toda a mole ambição do sr. Ginestal Machado, nem todas as intrigas do sr. Pedro Pita, nem todo o maquiavelismo do sr. Tamagnini Barbosa são susceptíveis de inspirar confiança à nação, sendo um mero organismo parasitário. É neste dia, depois deste discurso inflamado, que chega à cidade, pelas 22.00 horas, o general Gomes da Costa, vindo expressamente para assumir o comando do golpe.
Conforme havia sido acordado, logo no dia imediato, 28 de maio de 1926, pelas 06.00 horas da madrugada, inicia-se a sublevação militar, com acompanhamento e apoio civil, incluindo do operariado da região, organizando-se uma coluna que marcha sobre Lisboa. Coincidência, ou talvez não, na organização e na forma de mobilização há muitos traços comuns com a marcha sobre Roma, que a 28 de outubro de 1922, pouco mais de três anos antes, levara à institucionalização do fascismo em Itália.
Seguindo o tradicional modelo do golpismo militar português, a partir de um pronunciamento fora da capital, neste caso em Braga, o movimento repercute-se por todo o país com um grande número de unidades militares a proclamar logo nesse dia e ainda maior número no dia seguinte, 29 de maio, a sua adesão ao golpe. Em Lisboa, verdadeiro alvo do movimento, uma Junta de Salvação Pública lança um manifesto que Mendes Cabeçadas se apressa a entregar a Bernardino Machado, o cada vez mais isolado Presidente da República.
Logo a 29 de maio, a guarnição de Lisboa adere em massa ao golpe de Gomes da Costa, já sob a liderança de Mendes Cabeçadas, que com Armando Humberto da Gama Ochoa, Jaime Baptista e Carlos Vilhena formam a revolucionária Junta de Salvação Pública. Nesse mesmo dia os sublevados obtêm o apoio de Francisco Joaquim Ferreira do Amaral, o temido comandante da polícia da capital. Nessa tarde, isolado e sem meios ou vontade de resistência, o governo de António Maria da Silva apresenta a sua demissão a Bernardino Machado.
Consumada a demissão do governo, a 30 de maio Bernardino Machado convida Mendes Cabeçadas a formar governo. Este aceita e assume as funções de presidente do Ministério, acumulando interinamente todas as outras pastas. Igualmente nesse dia, Francisco Joaquim Ferreira do Amaral é nomeado governador civil de Lisboa, consolidando a tomada efectiva do poder na capital. Perante a estabilidade conseguida e ultrapassado o risco de confrontos, Gomes da Costa dá ordem a todas as forças militares golpistas disponíveis para avançarem sobre Lisboa. Estava concluída a fase militar do pronunciamento.
A vertente civil prosseguiu com igual celeridade: nomeado o governo, a 31 de maio Mendes Cabeçadas manda expedir, significativamente através da secretaria do Ministério da Guerra, a ordem para se encerrar o Congresso da República Portuguesa. Era o fim oficial do parlamentarismo português. Perante a afronta, isolado e sem meios de resistência, nesse mesmo dia Bernardino Machado resigna, entregando a chefia do Estado a Mendes Cabeçadas.
Nesse mesmo dia, numa declaração que retrata bem o espírito que se instalara em Lisboa, o major Ribeiro de Carvalho, apelava na imprensa a que se repetisse o modelo da Regeneração de 1851, com uma política ampla e de generosa conciliação nacional, ao mesmo tempo que salientava que a vitória da revolução é, antes de mais nada, um triunfo da opinião pública. Os revoltosos venceram porque ninguém estava disposto a sacrificar-se por um governo que não traduzia os votos da nação.
Aparentando não ter um projecto claro de tomada do poder, o general Gomes da Costa, ainda em Coimbra na sua marcha sobre Lisboa, anuncia a 1 de junho a formação de um triunvirato por si presidido, incluindo Mendes Cabeçadas e Armando Humberto da Gama Ochoa. Contudo, numa primeira cisão, Gama Ochoa retira-se, recusando a solução.
Entretanto, de vulgar golpe militar, o movimento iniciado a 28 de Maio tinha-se transformado numa vastíssima coligação mestiça de republicanos conservadores, monárquicos e nacionalistas revolucionários com um núcleo de jovens oficiais, apoiado e aceite por todos os sectores sociais e pela esmagadora maioria dos portugueses. A 3 de junho as tropas de Gomes da Costa chegaram a Sacavém de comboio e entraram em Lisboa sem sabotagens, nem resistência. Gomes da Costa prefere aguardar a formação de governo estável e a preparação de uma marcha triunfal antes de entrar em Lisboa e dirige-se para a Amadora, onde permanece com o seu estado-maior.
Entretanto, nesse mesmo dia 3 de junho, em Lisboa Mendes Cabeçadas organiza o novo governo, entregando a Gomes da Costa as pastas da Guerra e interino da Marinha e Colónias. Para as Finanças escolhe António de Oliveira Salazar, para a Instrução Pública, Joaquim Mendes dos Remédios, para a Agricultura, Ezequiel Pereira de Campos e para a Justiça, Manuel Rodrigues Júnior. Três dos ministros escolhidos (Mendes dos Remédios, Manuel Rodrigues e Oliveira Salazar) são professores da Universidade de Coimbra, tendo por isso ficado jocosamente conhecidos pela Tuna de Coimbra.
Mas a incerteza é grande, estando cada vez mais clara que a solução bicéfala Gomes da Costa-Mendes Cabeçadas é insustentável. Daí que os ministros da Tuna de Coimbra decidam, a 4 de junho, fazer uma primeira paragem na Amadora, onde permanece Gomes da Costa, para conhecerem a real intenção do novo poder. Desse encontro resulta que Mendes dos Remédios e Manuel Rodrigues prosseguem para Lisboa e tomam posse, mas Oliveira Salazar, mais timorato, volta para Coimbra no dia seguinte.
Preparado cenário, a 7 de junho o general Gomes da Costa toma posse das pastas para que fora nomeado e comanda um impressionante desfile militar de vitória ao longo da Avenida da Liberdade. Desfilam 15 000 homens perante o aplauso de centenas de milhar de pessoas. Está terminada a marcha sobre Lisboa e o novo poder está completo nas suas vertentes militar e civil.

Clarificação do poder
As consequências da estrutura bicéfala do poder e excessiva abrangência da coligação mestiça não permitiam uma agenda comum. O governo presidido por Mendes Cabeçadas, que era simultaneamente o chefe de Estado, já que fora nele que resignara Bernardino Machado, não era compatível com a liderança real, ou pelo menos esperada, do general Gomes da Costa, o herói do 28 de Maio e o comandante da Parada da Vitória que tinha percorrido a Avenida da República a 7 de junho. Daí que as tensões e as lutas fratricidas entre os novos senhores do poder não se fizessem esperar.
Desde logo Mendes Cabeçadas, revolucionário de uma linha moderada, julgava ainda ser possível constituir um governo que não pusesse em causa o regime constitucional, mas apenas livrasse Portugal da nefasta influência do Partido Democrático. No entanto, os demais líderes do movimento, entre os quais Gomes da Costa e Óscar Carmona, julgavam-no como sendo incapaz de liderar a desejada regeneração e, no fundo, o último vestígio do regime constitucional da Primeira República. Foi assim que após uma reunião dos revoltosos no seu quartel-general em Sacavém, realizada a 17 de Junho de 1926, o comandante Mendes Cabeçadas foi forçado a renunciar às funções de Presidente da República e de Presidente do Ministérios a favor do general Gomes da Costa. Era um golpe palaciano que punha fim à bicefalia do novo regime e dava novo passo em direcção à direita conservadora, afastando-o mais da herança parlamentar do regime anterior. Mendes Cabeçadas parte para o exílio.
Nesse mesmo dia 17 de junho Gomes da Costa toma posse como Chefe de Estado e como Presidente do Ministério, assumindo interinamente todas as pastas. Esta solução leva a que logo a 19 de junho seja formado um novo Ministério, presidido por Gomes da Costa, tendo como ministros no Interior, António Claro, nas Finanças, Filomeno da Câmara de Melo Cabral, na Marinha e Colónias, Gama Ochoa, na Instrução Pública, Artur Ricardo Jorge, na Justiça, Manuel Rodrigues Júnior e nos Negócios Estrangeiros, António Óscar de Fragoso Carmona.
Apesar da constituição de novo governo e do afastamento de Mendes Cabeçadas, a instabilidade cresce e logo a 6 de julho dá-se uma remodelação do gabinete, com Gomes da Costa a assumir a pasta do Interior, Martinho Nobre de Melo a dos Negócios Estrangeiros, e, por apenas algumas horas, João de Almeida na Marinha e Colónias. A remodelação falha e cria-se um corrupio de nomeações e demissões que leva algumas horas mais tarde, a nova recomposição, com a substituição de António Claro, Óscar Carmona e Gama Ochoa, logo substituídos por Gomes da Costa, Martinho Nobre de Melo e João de Almeida.
Esta trapalhada governativa leva a que os ministros não atingidos pela recomposição, à excepção de Filomeno da Câmara, se declarem solidários com os restantes e o governo efectivamente colapsa. As forças mais conservadoras, agora lideradas por Óscar Carmona, assumem a liderança e a 8 de julho o general Gomes da Costa é feito prisioneiro no Palácio de Belém, sendo posteriormente transferido para Caxias e Cascais, onde aguarda, sob prisão, a sua deportação para Angra do Heroísmo, nos Açores. A revolução acabava de destruir o seu principal obreiro e criador.
A 9 de julho é a vez de António Óscar Fragoso Carmona formar governo, no qual acumula a Presidência do Conselho com a pasta da Guerra. Pouco mais de um mês depois da revolta, o 28 de Maio encontra finalmente uma linha de força no grupo conservador e nacionalista liderado por Óscar Carmona. A coligação mestiça entra num processo de rápida perda de abrangência e começam a predominar os que sonham imitar a experiência de Primo de Rivera e o fascismo mussoliniano. Apesar disso, tudo ainda era possível: desde um regresso mais ou menos musculado à ordem republicana até à própria instauração de um novo regime, já que o regime ainda se resumia a uma ditadura militar periclitante, à mercê de todas as conspirações e golpes.
A primeira intentona dá-se a 11 de julho, a partir de Chaves, com a sublevação do capitão Alfredo Chaves, a qual foi prontamente jugulada. No mesmo dia, Gomes da Costa parte para o exílio em Angra do Heroísmo. Fechava-se o ciclo, e o a partir daí o regime caminharia inevitavelmente para a direita, para a censura e para a progressiva supressão das liberdades cívicas que ainda sobreviviam. Os democratas e a esquerda radical ficavam reduzidos ao reviralho e aí permaneceriam até 1974.

Passagem para o Estado Novo
Numa das suas primeiras medidas, o general Gomes da Costa dissolveu o parlamento, instituição então muito vilipendiada e acusada de ser principal causador da instabilidade política, e suspendeu as liberdades políticas e individuais. No entanto, a nova ditadura era instável porque o movimento militar não tinha projecto político definido e não conseguiu resolver os problemas económicos.
Para resolver a situação económico-financeira, o novo regime, em 1928, convidou o professor coimbrão António de Oliveira Salazar para assumir as funções de Ministro das Finanças. Salazar passou a anunciar um milagre financeiro, com o equilíbrio das finanças públicas e estabilidade do Escudo português, ganhando um progressivo domínio sobre a estrutura política, e depois militar, do novo regime. Em consequência, foi nomeado Presidente do Conselho de Ministros (Primeiro-Ministro), em 1932. Com esta nomeação, em linha com o crescente peso do nacionalismo e do fascismo na Europa, o regime foi-se estabilizando e ganhando um pendor cada vez mais autoritário e repressivo, organizando-se como um Estado corporativista.
Foi assim que iniciado como mais um levantamento no seio da Primeira República Portuguesa, o golpe de 28 de Maio de 1926 veio originar o Estado Novo, um sistema político autoritário, antidemoliberal e anticomunista, nacionalista e corporativista, no contexto de uma lógica formalmente republicana que era concretizada, no dizer do manifesto da União Nacional de 1930, na ideia de uma República Nacional e Corporativa.
A transição completou-se com a aprovação da Constituição de 1933, a qual institucionalizou o Estado Novo, o herdeiro natural de Revolução Nacional, nome pelo qual o golpe de Estado do 28 de maio de 1926 foi rebaptizado, regime que se manteria com poucas mudanças até à Revolução dos Cravos de 25 de Abril de 1974.


Kylie Minogue - 45 anos!

Kylie Ann Minogue mais conhecida por Kylie Minogue (Melbourne, 28 de maio de 1968) é uma cantora, compositora e atriz australiana, vencedora de um prémio Grammy. Após o início da sua carreira como atriz infantil na televisão australiana, ela alcançou o reconhecimento através de seu papel na televisão na novela Neighbours, antes de iniciar sua carreira como cantora em 1987. O seu primeiro single, "Locomotion", passou sete semanas no primeiro lugar nas paradas australianas e se tornou o single mais vendido da década. Isso levou a um contrato com compositores e produtores Stock, Aitken e Waterman. Seu primeiro álbum, Kylie (1988), e o single "I Should Be So Lucky", cada um alcançou o número #1 no Reino Unido, e ao longo dos próximos dois anos, os seus primeiros treze singles atingiram o Top #10 no Reino Unido UK Singles Chart. O seu filme de estreia, The Delinquents (1989) foi um sucesso de bilheteria na Austrália e Reino Unido, apesar das críticas negativas.
Inicialmente apresentada como uma "jovem qualquer", Minogue tentou transmitir um estilo mais maduro na sua música e imagem pública. Os seus singles foram bem recebidos, mas depois de quatro álbuns, as suas vendas estavam caindo e ela deixou o grupo Stock, Aitken e Waterman em 1992 para se estabelecer como uma artista independente. O seu próximo single, "Confide in Me", chegou na Austrália e foi um sucesso em vários países europeus em 1994, e um dueto com Nick Cave, "Where the Wild Roses Grow", Minogue trouxe um maior grau de credibilidade artística. Inspirando-se em uma gama de estilos musicais e artistas, Minogue tomou o controle criativo sobre a composição de seu próximo álbum, Impossible Princess (1997). Ele não conseguiu atrair boas críticas e vendas no Reino Unido, mas foi bem-sucedido na Austrália.
Minogue regressou à proeminência em 2000 com o single "Spinning Around" e o álbum de disco Light Years, tendo se apresentado durante a cerimónia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Sydney em 2000. A sua música mostrou mais singles sexualmente provocantes e personalidade para flertar e vários se seguiram. O single "Can't Get You Out of My Head" alcançou o número um em mais de quarenta países e o álbum Fever (2001) foi um sucesso em muitas nações, incluindo Estados Unidos, um mercado no qual Minogue já tinha recebido pouco reconhecimento. Ela embarcou em uma turnê, mas cancelou-a quando ela foi diagnosticada com câncer de mama em maio de 2005. Após o tratamento com cirurgia e quimioterapia, ela retomou sua carreira em 2006 com a Showgirl - The Homecoming Tour'. O seu décimo álbum de estúdio, X foi lançado em 2007 e foi seguido pela turnê KylieX2008. Em 2009, ela embarcou na For You, for Me Tour, sua primeira turnê dos Estados Unidos e Canadá, e no ano seguinte lançou o seu décimo primeiro álbum de estúdio, Aphrodite.
Minogue tem alcançado recordes de vendas mundiais de mais de 70 milhões, e recebeu prémios de música notáveis, incluindo ARIA, Brit Awards e um Grammy. Ela montou diversas turnês de sucesso e recebeu um prémio Mo para "Artista Australiano do Ano" por suas performances ao vivo. Ela foi premiada com a Ordem do Império Britânico, por "serviços prestados à música", e um Ordre des Arts et des Lettres, em 2008.


Ian Fleming, o pai de James Bond, nasceu há 105 anos

Ian Lancaster Fleming (Londres, Inglaterra, 28 de maio de 1908 - Canterbury, Inglaterra, 12 de agosto de 1964) foi um oficial da Espionagem Naval do Reino Unido, jornalista e escritor britânico nascido na Inglaterra, mais conhecido por seus romances de espionagem da série James Bond, e por ter criado o famoso personagem. Fleming nasceu em uma família rica conectada com o banco mercante Robert Fleming & Co.; seu pai era Membro do Parlamento por Henley, de 1910 até à sua morte, em 1917, na Frente Ocidental durante a Primeira Guerra Mundial. Educado no Eton College, na Real Academia Militar de Sandhurst e nas universidades de Munique e Genebra, Fleming teve vários empregos antes de começar a escrever.
Enquanto trabalhava na Espionagem Naval Britânica durante a Segunda Guerra Mundial, Fleming foi envolvido nos estágios de planeamento das Operações Mincemeat e Golden Eye, com a primeira a ser realizada com sucesso. Ele também se envolveu no planeamento e supervisão de duas unidades de serviço ativas, a 30 Assault Unit e a T-Force. O seu serviço na guerra e sua carreira como jornalista lhe deram-lhe a base e conhecimentos para escrever doze romances de Bond e dois livros de contos.
As histórias de Bond estão entre os livros mais vendidos de todos os tempos, com mais de 100 milhões de cópias vendidas mundialmente. Fleming também escreveu a história infanto-juvenil Chitty-Chitty-Bang-Bang e dois livros de não-ficção. Em 2008, o The Times colocou-o na décima-quarta posição em sua lista dos "50 Maiores Escritores de Língua Inglesa de todos os tempos".
Ele foi casado com Ann Geraldine Charteris, que se divorciou do segundo Visconde de Rothermere como resultado de seu caso com o autor. Fleming e Charteris tiveram um filho, Caspar. Fleming fumava e bebia muito, e sofria de uma doença do coração; ele morreu em 1964, aos 56 anos, de um ataque cardíaco. Dois de seus livros de Bond foram publicados postumamente, e desde então outros cinco autores produziram romances com o personagem. A criação de Fleming já apareceu em vinte e cinco filmes, tendo sido interpretado por oito atores em um período de 50 anos.


O Rei Eduardo VIII do Reino Unido morreu há 41 anos


Eduardo VIII do Reino Unido (nascido Edward Albert Christian George Andrew Patrick David; 23 de junho de 189428 de maio de 1972) foi o segundo membro da Casa de Windsor a assumir o Trono do Reino Unido e permaneceu como Monarca britânico entre 20 de janeiro de 1936 e 11 de dezembro do mesmo ano. Era o filho mais velho de Jorge V do Reino Unido e da princesa Maria de Teck.