quinta-feira, abril 11, 2013

Há 50 anos, o Papa João XXIII, quase moribundo, publicou Pacem in Terris

Pacem in Terris (em português: Paz na Terra) é uma Carta-Encíclica do Papa João XXIII sobre "a Paz de todos os povos na base da Verdade, Justiça, Caridade e Liberdade". Foi publicada no dia 11 de abril de 1963, dois meses antes da morte de João XXIII, dois anos depois da construção do Muro de Berlim e alguns meses depois da Crise dos Mísseis em Cuba.
Sobre esta conjuntura caracterizado pela Guerra Fria, João XXIII, através deste documento pontifício, defende que "os conflitos entre as nações devem ser resolvidas com negociações e não com armas, e na confiança mútua (nº. 113)". Para ele, "a Paz entre os povos exige: a verdade como fundamento, a justiça como norma, o amor como motor, a liberdade como clima" .
Esta encíclica, muito ligado à Doutrina Social da Igreja, é considerada uma das mais famosas do século XX e várias das suas ideias foram adoptadas e defendidas pelo Concílio Vaticano II (1962-1965). É também o primeiro documento da Igreja a ser dirigido também a «todas as pessoas de boa vontade» .

A Pacem in terris realçou "o tema da paz, numa época marcada pela proliferação nuclear" e pela disputa perigosa entre os EUA e a URSS (a Guerra Fria). Através desta encíclica, a Igreja reflectiu profundamente sobre a dignidade, os deveres e os "direitos humanos, enquanto fundamentos da paz mundial". A Pacem in terris, completando o discurso da Mater et Magistra, sublinhou "a importância da colaboração entre todos: é a primeira vez que um documento da Igreja é dirigido também a «todas as pessoas de boa vontade», que são chamados a uma «imensa tarefa de recompor as relações da convivência na verdade, na justiça, no amor, na liberdade»".
Este documento pontifício defendeu também o desarmamento, uma distribuição mais equitativa de recursos, um maior "controlo das políticas das empresas multinacionais" e várias "políticas estatais que favoreçam o acolhimento dos refugiados"; reconheceu de "que todas as nações têm igual dignidade e igual direito ao seu próprio desenvolvimento"; propôs a construção de uma "sociedade baseada na subsidiariadade"; e incentivou os católicos à acção e à transformação do presente e do futuro. Esta encíclica exortou também "os poderes públicos da comunidade mundial" (sendo a ONU a sua autoridade máxima) a promover o "bem comum universal", através de uma resolução eficaz dos vários problemas que assolam o mundo.
No fundo, o Papa João XXIII queria a consolidação da "Paz na terra, anseio profundo de todos os homens de todos os tempos, [que] não se pode estabelecer nem consolidar senão no pleno respeito da ordem instituída por Deus". Para o Papa, esta ordem "é de natureza espiritual" e "é uma ordem que se funda na verdade, que se realizará segundo a justiça, que se animará e consumará no amor, que se recomporá sempre na liberdade, mas sempre também em novo equilíbrio, cada vez mais humano". Para ele, só esta nova ordem mundial pode preservar a Paz, "cujo sinal perfeito foi Cristo".


Quando a Pacem in Terris foi publicada, ela provocou uma "enorme impressão a todos, inclusivamente ao bloco soviético". Pela primeira vez, esta encíclica defende que a paz só pode ser alcançada através da colaboração de todas as "pessoas de boa vontade", incluindo aquelas que defendem "ideologias erradas" (como o comunismo). Devido a este apelo à colaboração e à solidariedade, ela acabou por incitar a Igreja Católica a começar a negociação com os governos comunistas, para que estes possam garantir o bem-estar dos seus cidadãos e habitantes católicos. Esta política diplomática (a ostpolitik) foi continuada pelo Papa Paulo VI, apesar de a Igreja ainda continuar a condenar o comunismo como uma ideologia errada e maléfica. Devido à ostpolitik, a vida dos católicos na Polónia, na Hungria e na Roménia melhorou um bocado.
Devido à sua importância e popularidade, a Pacem in Terris está actualmente depositada nos arquivos da ONU.


NOTA: os interessados poderão ler, em português, a totalidade da Encíclica AQUI.

quarta-feira, abril 10, 2013

O pinista e compositor Eugen d'Albert nasceu há 149 anos

Eugen Francis Charles d'Albert (Glasgow, 10 de abril de 1864 - Riga, 3 de março de 1932) foi um pianista e compositor alemão.
Estudou inicialmente sob a orientação do seu pai, e posteriormente ingressou no Royal College of Music em Londres, onde foi aluno de Sullivan e Pauer. Seguiu os seus estudos de piano com Liszt em Weimar, onde se tornou evidente que o seu imenso talento. Posteriormente d'Albert seria admirado por Liszt, que chamava-o de Albertus Magnus. Nascido na Escócia, d'Albert, que pouco falava inglês, adotaria a Alemanha como a sua pátria.
A sua ópera Tiefland (Terra-Baixa), representada pela primeira vez em 1903, foi, na época, reconhecida como de mérito indiscutível. Prosseguiu escrevendo óperas: Flauto solo, Die toten Augen, e muitas outras, embora a nº21, Mister Wu (1932), ficasse incompleta.
É autor de uma Sinfonia, dois quartetos, dois Concertos para piano, um Concerto para violoncelo, 58 canções e várias obras para piano, entre elas uma Sonata.
D'Albert era pinista de concertos de renome e no seu repertório figuravam composições de Beethoven, Chopin, Liszt e Brahms. Interpretou várias vezes a Sonata em Fá menor de Brahms, além de ter sido o solista em apresentações dos dois concertos para piano do mestre de Hamburgo.
Casou-se 6 vezes, tendo sido um destes matrimónios com a pianista venezuelana Teresa Carreño.


Há 198 anos ocorreu a maior erupção histórica na Terra

Vista aérea da caldeira do monte Tambora

O monte Tambora ou vulcão Tambora é um estratovulcão ou vulcão composto, ativo, na ilha de Sumbawa, Indonésia.
A ilha de Sumbawa é flanqueada tanto a norte como a sul por crosta oceânica e o Tambora foi formado pelas zonas de subducção ativas sob ele. Isto elevou o Monte Tambora a uma altura de 4300 m, fazendo-o uma das mais altas formações do arquipélago da Indonésia e injetando uma grande câmara magmática dentro da montanha. Demorando séculos para abastecer a sua câmara magmática, a sua atividade vulcânica atingindo o seu máximo em abril de 1815.
O monte Tambora entrou em erupção entre 5 e 10 de abril de 1815, atingindo o nível 7 no índice de explosividade vulcânica, realizando a maior erupção desde a erupção do lago Taupo, em 181 d.C. Esta erupção é considerada a maior registada na Terra, detendo o recorde do volume de matéria expelida: 180.000.000.000 m³ ou 180 km³.
A explosão foi ouvida na ilha de Samatra (a mais de 2000 km distante). Uma enorme queda de cinza vulcânica foi observada em locais distantes como nas ilhas de Bornéu, Celebes, Java e arquipélago das Molucas. A atividade começou três anos antes, de uma forma moderada, seguindo-se a enorme explosão que lançou material a uma altura de 33 km, que, no entanto, ainda não foi o ponto culminante da actividade. Cinco dias depois, houve material eruptivo lançado a 44 km de altura, escurecendo o céu num raio de 500 km durante três dias e matando cerca de 60.000 pessoas, havendo ainda estimativas de 71.000 mortos, das quais de 11 a 12 mil mortas diretamente pela erupção; a frequentemente citada estimativa de 92.000 mortos é considerada superestimada. A erupção criou anomalias climáticas globais, pois não houve verão no hemisfério norte, em consequência desta erupção, o que provocou a morte de milhares de pessoas devido a falta de alimentos, com registos estatísticos confiáveis especialmente na Europa, passando o ano de 1816 a ser conhecido no Hemisfério Norte como o ano sem Verão. Muitas culturas agrícolas colapsaram e o gado morreu, resultando na pior fome do século XIX. Durante uma escavação em 2004, uma equipa de arqueólogos descobriu artefatos da cultura que permaneceram enterrados pela erupção de 1815. Eles mantinham-se intactos, sob 3 metros de depósitos piroclásticos. Neste sítio arqueológico, apelidado "a Pompeia do Oriente", os artefatos foram preservados nas posições que ocupavam em 1815.
Depois da erupção, a montanha do vulcão ficou com metade da altura anterior e formou-se uma enorme caldeira, hoje contendo um lago.

Imagem de satélite do Tambora

O pintor Dante Gabriel Rossetti, da Irmandade Pré-Rafaelita, morreu há 131 anos

Autorretrato, 1847

Dante Gabriel Rossetti (Londres, 12 de maio de 1828 - Birchington-on-Sea, 10 de abril de 1882), originalmente Gabriel Charles Dante Rossetti, foi um poeta, ilustrador e pintor inglês de origem italiana. Devido à sua preferência pela poesia medieval e em especial pela obra de Dante, Rossetti muda a ordem dos seus nomes e passa a usar Dante em primeiro lugar.
Fundou, juntamente com John Everett Millais e William Holman Hunt, em 1848, a Irmandade Pré-Rafaelita, um grupo artístico entre o espírito revivalista do romantismo e as novas vanguardas do século XX.
Rossetti também escrevia poemas para seus quadros, como "Astarte Syraica". Como designer, trabalhou com William Morris para produzir imagens para vitrais e decorações.
Como ilustrador, Rossetti produziu poucas trabalhos, mas que tiveram influência duradoura sobre ilustradores do século XIX e XX. Fez ilustrações para Moxon Tennyson, Allingham e para os livros de poesia de sua irmã Christina Rossetti.

Beata Beatrix, 1863

O estranho caso da cratera de Marvão e a geomorfologia cársica prática explicada a leigos

Cratera de Marvão poderá ter origem no excesso de água nos solos
  
Geólogo recorda que tem chovido muito e que esta é uma zona de rocha calcária. A cratera não é obra de "extraterrestres", brinca.
   
  
O excesso de água nos solos poderá estar na origem do fenómeno geológico ocorrido em Marvão, no Alto Alentejo, que resultou na abertura de uma cratera com cerca de 100 metros de profundidade e 17 de diâmetro.
O geólogo Vítor Lamberto explicou nesta segunda-feira à agência Lusa que se trata de "um fenómeno típico" de zonas onde existem rochas calcárias e que em Portugal existem situações “similares”, embora “não tenham esta dimensão”.
O geólogo, que desenvolve trabalhos para instituições de investigação e rochas ornamentais, relatou, no local, que a zona de Marvão possui grutas e o tipo de rocha existente (calcário) tem tendência a “dissolver-se”, formando as grutas. “Aqui em Marvão, tivemos um ano de muita chuva. A água, nestas estruturas, infiltra-se, circula no interior e, nos calcários, circula a grandes velocidades, ou seja, o impacto que pode causar é maior”, explicou.
Com a existência de rios subterrâneos, onde a água circula a grandes profundidades e velocidades e perante um ano de muita chuva no Alentejo, Vítor Lamberto indicou que esses rios “não conseguem dar vazão”. “Quando a água chega ao topo da gruta, lava o material acumulado e esse material, arrastado pela água, abate isto tudo. Por isso, a dimensão que isto tem”, referiu.
No entanto, o geólogo salientou que a cratera em Marvão é “interessante”, devido à profundidade e com “três pequenos sumidores”, mas fez questão de sublinhar que este caso não representa um episódio de “extraterrestres”.
Na propriedade privada onde o fenómeno ocorreu, situada perto da aldeia de Porto da Espada, encontra-se também uma outra cratera de menor dimensão, tendo sido criado em redor de toda aquela zona um perímetro de segurança pelas autoridades.
Em declarações à Lusa, Mário Galego, rendeiro da propriedade onde o fenómeno ocorreu, mostrou-se “surpreendido” com a situação, que considerou “assustadora”. “Na sexta-feira à tarde demos com isto, não sabemos o dia certo em que isto aconteceu, provavelmente quarta ou quinta-feira. É uma situação chata e só de pensar que há poucos dias tinha aqui animais e que podiam ter abalado...”, desabafou.
O presidente da Câmara de Marvão, Vítor Frutuoso, disse à Lusa que o município quer saber os “impactos” que a situação poderá vir a causar. “Nós temos de saber os impactos que isto poderá ter em termos de estabilidade, relativamente à propriedade que é utilizada e ao acesso de pessoas. Por isso, temos que controlar uma série de situações em termos de segurança e perceber quais são as consequências que poderemos ter”, disse.
Com um perímetro de segurança criado e com elementos da GNR no local, a zona tem sido alvo de visitas por parte de pessoas que não resistem à curiosidade de ver in loco o fenómeno geológico.
   
in Público - ler notícia

Mais informações sobre o sismo de Leiria do passado sábado

Sismo sentido em Leiria esta tarde
Publicado em 06 abril 2013 às 15.32

Um sismo, de magnitude 3,1 na escala de Richter, foi sentido esta tarde na região, com epicentro localizado a seis quilómetros a noroeste de Leiria. O abalo ocorreu às 13.40 (hora local) e foi sentido em Leiria, Monte Real, Monte Redondo, Coimbrão e Carvide. Até ao momento não há registo de danos, apurou o REGIÃO DE LEIRIA junto da Autoridade Nacional de Proteção Civil.

in Região de Leiria - ler notícia

Sismo de 3.1 sentido em Leiria
Na tarde de sábado

Um sismo de magnitude 3.1 foi sentido no sábado à tarde, em Leiria, não provocando, porém, vítimas ou quaisquer danos materiais.
Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, o sismo foi registado nas estações da Rede Sísmica do Continente pelas 13.40, cujo epicentro se localizou a cerca de seis quilómetros de Leiria, na zona da freguesia de Regueira de Pontes.

in Diário de Leiria - ler notícia


Mapa do epicentro - IPMA

Mapa do epicentro - IGN

Belfast Child


Simple Minds - Belfast Child

When my love said to me
Meet me down by the gallow tree
For it's sad news I bring
About this old town and all that it's offering
Some say troubles abound
Some day soon they're gonna pull the old town down
One day we'll return here,
When the Belfast Child sings again

Brothers sisters where are you now
As I look for you right through the crowd
All my life here I've spent
With my faith in God the Church and the Government
But there's sadness abound
Some day soon they're gonna pull the old town down

One day we'll return here,
When the Belfast Child sings again
When the Belfast Child sings again

Some come back Billy, won't you come on home
Come back Mary, you've been away so long
The streets are empty, and your mother's gone
The girls are crying, it's been oh so long
And your father's calling, come on home
Won't you come on home, won't you come on home

Come back people, you've been gone a while
And the war is raging, in the Emerald Isle
That's flesh and blood man, that's flesh and blood
All the girls are crying but all's not lost

The streets are empty, the streets are cold
Won't you come on home, won't you come on home

The streets are empty
Life goes on

One day we'll return here
When the Belfast Child sings again
When the Belfast Child sings again

O poeta Daniel Faria nasceu há 42 anos

Daniel Augusto da Cunha Faria nasceu em Baltar, Paredes, a 10 de abril de 1971.

Frequentou o curso de Teologia na Universidade Católica Portuguesa – Porto, tendo defendido a tese de licenciatura em 1996.

No Seminário e na Faculdade de Teologia criou gosto por entender a poesia e dialogar com a expressão contemporânea.

Licenciou-se em Estudos Portugueses na faculdade de Letras da Universidade do Porto. Durante esse período (1994 - 1998) a opção monástica criava solidez.

A partir de 1990, e durante vários anos, esteve ligado à paróquia de Santa Marinha de Fornos, Marco de Canaveses. Aí demonstrou o seu enorme potencial de sensibilidade criativa encenando, com poucos recursos, As Artimanhas de Scapan e o Auto da Barca do Inferno.

Faleceu a 9 de junho de 1999, quando estava prestes a concluir o noviciado no Mosteiro Beneditino de Singeverga.


Tenho Saudades do Calor ó Mãe

Tenho saudades do calor ó mãe que me penteias
Ó mãe que me cortas o cabelo — o meu cabelo
Adorna-te muito mais do que os anéis

Dá-me um pouco do teu corpo como herança
Uma porção do teu corpo glorioso — não o que já tenho —
O que em ti já contempla o que os santos vêem nos céus
Dá-me o pão do céu porque morro
Faminto, morro à míngua do alto

Tenho saudades dos caminhos quando me deixas
Em casa. Padeço tanto
Penso tanto
Canto tão alto quando calculo os corpos celestes

Ó infinita ó infinita mãe

in
Dos Líquidos (2000) - Daniel Faria

O Acordo de Belfast (ou da Sexta-feira Santa) foi assinado há 15 anos

(imagem daqui)

O Acordo de Belfast (também conhecido por Acordo da Sexta-feira Santa) foi assinado em Belfast em 10 de abril de 1998 pelos governos britânico e irlandês e apoiado pela maioria dos partidos políticos norte-irlandeses. O acordo tinha por finalidade acabar com os conflitos entre nacionalistas e unionistas sobre a questão da união da Irlanda do Norte com a República da Irlanda, ou sua continuação como parte do Reino Unido.
O acordo foi aprovado pela maioria dos votantes tanto na Irlanda do Norte como na República da Irlanda, chamados a pronunciar-se em referendos separados, em maio de 1998.

Pontos principais
  • O princípio que o futuro constitucional da Irlanda do Norte deverá ser decidido pelo voto dos seus cidadãos.
  • O comprometimento de todas as partes, em usarem exclusivamente meios pacíficos e democráticos.
  • O estabelecimento de uma Assembleia da Irlanda do Norte com poderes legislativos.
  • A criação de um 'poder-partilhado' para a atribuição de ministros aos principais partidos, segundo o método de Hondt
  • Estabelecimento de um Conselho britânico-irlandês, composto por representantes dos governos da República da Irlanda, da Irlanda do Norte, Reino Unido, Escócia, País de Gales, Ilhas do Canal e Ilha de Man, para a discussão dos assuntos de interesse comum.
  • A libertação, no espaço de dois anos, de prisioneiros paramilitares pertencentes a organizações que acatassem o cessar-fogo.
  • A deposição das armas no espaço de dois anos.
  • A modificação dos artigos 2 e 3 da constituição da Irlanda, referentes à reivindicação do território da Irlanda do Norte pela República da Irlanda.
  • Nova legislação sobre policiamento, direitos humanos e igualdade para a Irlanda do Norte.

terça-feira, abril 09, 2013

Welcome To The Black Parade...



Welcome To The Black Parade - My Chemical Romance

When I was a young boy,
My father took me into the city
To see a marching band
He said, "Son, when you grow up,
Would you be the savior of the broken,
The beaten and the damned?"
He said "Will you defeat them,
Your demons, and all the non-believers?,
The plans that they have made?
Because one day I'll leave you
A phantom to lead you in the summer
To join the black parade."

When I was a young boy,
My father took me into the city
To see a marching band
He said, "Son, when you grow up,
Will you be the savior of the broken,
The beaten and the damned?"

Sometimes I get the feeling
She's watching over me
And other times I feel like I should go
And through it all, the rise and fall
The bodies in the streets
And when you're gone,
We want you all to know

We'll carry on, we'll carry on
And though you're dead and gone, believe me,
Your memory will carry on, will carry on
And in my heart I can't contain it
The anthem won't explain it

A world that sends you reeling
From decimated dreams
Your misery and hate will kill us all
So paint it black and take it back
Let's shout it loud and clear
Defiant to the end we hear the call
To carry on

We'll carry on,
And though you're dead and gone, believe me,
Your memory will carry on, will carry on
And though your broken and defeated,
Your weary widow marches

On and on, we carry through the fears
Oh, oh, oh
Disappointed faces of your peers
Oh, oh, oh
Take a look at me 'cause I could not care at all

Do or die, you'll never make me
Because the world will never take my heart
Go and try, you'll never break me
We want it all, we want to play this part
I won't explain or say I'm sorry
I'm unashamed, I'm gonna show my scar
Give a cheer for all the broken
Listen here, because it's who we are
I'm just a man; I'm not a hero
Just a boy who had to sing this song
I'm just a man; I'm not a hero
I don't care

We'll carry on, we'll carry on
And though you're dead and gone, believe me,
Your memory will carry on
You'll carry on
And though you're broken and defeated,
Your weary widow marches on

Do or die, you'll never make me
Because the world will never take my heart
Go and try, you'll never break me
We want it all, (we'll carry on) we wanna play this part
Do or die, (we'll carry on) you'll never make me
Because the world (we'll carry on) will never take my heart
Go and try, (we'll carry) you'll never break me
We want it all, (we'll carry on) we wanna play this part

Gerard Way, dos My Chemical Romance, faz hoje 36 anos

Gerard Arthur Way (Newark, 9 de abril de 1977) é um cantor dos Estados Unidos, ex-vocalista da banda My Chemical Romance e o irmão mais velho de Mikey Way, ex-baixista da mesma banda. É cantor, compositor, desenhador, pintor e escritor. É poliglota, terminou o ensino secundário em 1995 e formou-se em Belas Artes em 1999, na Escola de Artes Visuais de New York.

O primeiro concerto a que Gerard Way assistiu foi o de Bruce Springsteen, aos oito anos de idade, com a sua mãe. Foi no quarto ano que cantou pela primeira vez, numa apresentação de Peter Pan para uma produção da escola. Depois disso nunca mais cantou até formar o My Chemical Romance com o antigo baterista Matt Pelissier.
A sua avó, Elena Lee Rush, era quem o incentivava a fazer tudo o que queria. Elena ensinou Gerard a cantar, desenhar, a se maquilhar e a atuar. Era para ela que Gerard recitava as suas poesias. E foi com o apoio dela que ele aprendeu a tocar guitarra. Elena também o ajudou muito com a banda My Chemical Romance quando lhes deu a Van, e foi com ela que eles puderam participar nas turnês, como a Warped Tour. Foi nesta turnê que os integrantes do My Chemical Romance tiveram a oportunidade de apresentar o seu trabalho ao grande público, assim como as várias outras bandas. Foi em homenagem à sua avó, que faleceu em novembro de 2003, que Gerard escreveu a canção "Helena" do álbum Three Cheers for Sweet Revenge, e que se tornou um dos maiores sucessos da banda. Nas gravações do videoclipe, Gerard diz que foi uma forma de demonstrar a sua dor por não estar com a avó quando ela mais precisou dele, pois a banda estava em turnê.
Gerard já foi dependente de drogas e álcool. Segundo ele, desde 2004 que se tornou “limpo”, exatamente no dia 11 de agosto, data do concerto no qual ficou bêbado pela última vez, na Warped Tour, em 2004. Também teve uma depressão muito forte e, na maioria das vezes que não estava em turnê com a banda, estava fazendo terapia.
Gerard Way estava loiro por causa do novo álbum da banda, chamado The Black Parade. Segundo Way, ele mudou o tom do cabelo para parecer com o tema principal do álbum que é a história de um paciente que está a prestes a morrer de câncer. Rapidamente voltou a pintar o cabelo de preto. Esse fascínio do vocalista pela morte vem desde os 8 anos quando ele quase morreu. Aos 16 anos, um amigo pulou na frente de um trem.
Gerard Way Também fez uma parceria com o dj DeadMau5, numa música de Ufc, chamada "Professional Griefers". No videoclipe, o cantor aparece com o cabelo castanho.

in Wikipédia


Hoje é dia de recordar Adriano...


(imagem daqui)

Adriano

Não era só a voz o som a oitava
que ele queria sempre mais acima
nem sequer a palavra que nos dava
restituída ao tom de cada rima.

Era a tristeza dentro da alegria
era um fundo de festa na amargura
e a quase insuportável nostalgia
que trazia por dentro da ternura.

O corpo grande e alma de menino
trazia no olhar aquela assombro
de quem queria caber e não cabia.

Os pés fora do berço e do destino
alguém o viu partir de viola ao ombro
Era Outubro em Avintes. E chovia.


Manuel Alegre

O Almirante Canaris foi executado há 68 anos

Wilhelm Franz Canaris (Aplerbeck, 1 de janeiro de 1887Flossenbürg, 9 de abril de 1945) foi um almirante alemão, líder dos serviços de espionagem militar (a Abwehr) de 1935 a 1944. Foi também uma das figuras da resistência alemã (Widerstand) ao regime nazi de Adolf Hitler e um dos (indiretamente) envolvidos no atentado de 20 de julho de 1944.

(...)

A sua carreira militar e política progrediu ao mesmo tempo que a situação política se deteriorava na Europa. Em 1938, Canaris começou a desiludir-se com a ideologia nazi e a agressividade latente de Hitler para com o resto do continente, assim como muitos outros oficiais da Wehrmacht que mais tarde integraram a resistência alemã. Para este núcleo, Hitler era visto como um lunático perigoso para a grandiosidade e estatuto da Alemanha e os membros do Partido Nazi eram desprezados pelas tácticas de repressão criminosa. Canaris passou logo à acção e esteve envolvidos na organização de dois planos para assassinar Hitler, em 1938 e em 1939, nunca concretizados. Um dos seus aliados nesta fase foi o futuro marechal Paul Ludwig Ewald von Kleist, que visitou Londres em segredo para conversações com membros do MI6. A ideia dos dissidentes, liderados por Canaris, era que se Hitler invadisse a Áustria, o Reino Unido iria declarar guerra à Alemanha. No entanto, concretizado o Anschluss, o primeiro-ministro britânico Neville Chamberlain decidiu-se por mais uma tentativa diplomática para apaziguar o expansionismo nazi. O resultado foi o acordo de Munique. A guerra foi adiada e Hitler ficou com uma auto-confiança renovada para prosseguir com os seus planos.
Canaris ficou extremamente desiludido com a postura passiva dos britânicos, mas, face aos sucessos políticos de Hitler, decidiu-se por uma atitude discreta. Os contactos com o MI6, no entanto, continuaram. De inimigo número um, Canaris passara a aliado da causa anti-nazi.

No início da Segunda Guerra Mundial, Canaris deslocou-se à frente leste, na Polónia, na qualidade de chefe dos serviços de informação militar. Durante a visita testemunhou muitos crimes de guerra cometidas pela SS sobre as populações locais, nomeadamente contra a comunidade judaica. As suas funções requeriam que tomasse notas e elaborasse um relatório para Hitler sobre o andamento da guerra. Canaris cumpriu a obrigação, mas ficou revoltado contra as atrocidades a que assistiu. O relatório foi entregue ao Führer, porém uma cópia foi enviada para Londres, o que demonstra o continuar da relação secreta entre Canaris e os serviços secretos britânicos, mesmo depois do início das hostilidades entre ambos os países.
Ao longo dos anos seguintes, Canaris manteve uma vida dupla, mostrando-se como um líder dedicado à causa de Hitler por um lado, enquanto que por outro conspirava a sua queda com os britânicos e outros dissidentes da Wehrmacht. De acordo com a sua função de líder da Abwehr, Canaris recolheu informações importantes para o desenrolar da guerra, através da sua rede de espiões e, por diversas vezes, através dos seus contactos britânicos. Uma das informações que recolheu via MI6 foi o plano detalhado das disposições defensivas russas, nos meses que antecederam a Operação Barbarossa. O dossier foi bem recebido por Hitler mas provocou a suspeita de Heinrich Himmler (líder da SS - Schutzstaffel) e Reinhard Heydrich (líder do Sicherheitsdienst), quanto à verdadeira origem das informações. Canaris passou a estar sob suspeita, principalmente devido às suas viagens frequentes ao Sul de Espanha, onde provavelmente se encontrava com agentes britânicos de Gibraltar. Em 1942, a relação institucional de Canaris e Heydrich (seu antigo protegido na Kriegsmarine) detriorou-se devido a um incidente na República Checa, relacionado com a captura de Paul Thümmel, um agente britânico, pela Gestapo. Canaris interferiu com a prisão, e execução certa do homem, alegando que, na realidade, Thümmel era um agente duplo ao serviço da Abwehr. A sua explicação passou, mas as suspeitas de Heydrich acumularam-se até à sua própria morte, num atentado realizado em Junho de 1942. É possível que o assassinato de Heydrich tenha sido organizado pelo MI6, de modo a proteger a posição de Canaris.
Após muita insistência da parte de Himmler, e apesar da falta de provas directas, Hitler foi finalmente convencido a demitir Canaris, em fevereiro de 1944. A liderança da Abwehr passou para Walter Schellenberg, com fortes ligações ao Sicherheitsdienst, e Canaris foi colocado em prisão domiciliária, por suspeitas de conspiração.

Canaris encontrava-se ainda em prisão domiciliária quando ocorreu o atentado de 20 de julho de 1944 contra a vida de Hitler. A sua situação ilibava-o de responsabilidade directa, mas após a prisão, tortura e interrogatório de vários envolvidos, Hitler e Himmler ficaram com provas que Canaris estava pelo menos moralmente de acordo com o sucedido. A sua prisão apertou-se, mas Canaris foi poupado a um tribunal marcial imediato: por um lado Hitler tinha a esperança que Canaris denunciasse mais conspiradores, por outro Himmler esperava usar os contactos britânicos de Canaris para salvar a sua vida após o final da guerra. Quando se tornou claro que Canaris não ia colaborar com nenhum dos planos, tornou-se dispensável. O julgamento foi sumário e a condenação à morte inevitável. Canaris foi executado na forca, a 9 de Abril de 1945, no campo de concentração de Flossenbürg, poucas semanas antes do suicídio de Hitler e do final da guerra.
A coragem de Canaris na oposição a Hitler veio a público no fim da guerra, através de declarações de vários dos seus antigos colaboradores nos julgamentos de Nuremberga e de Stewart Menzies, líder do MI6. Foi também depois do fim da guerra que se descobriu que Canaris utilizou a sua posição para salvar a vida de muitos judeus, concedendo-lhes treino em espionagem e depois arranjando-lhes "missões" em países neutros. De entre as personalidades que saíram da Alemanha neste esquema contam-se Menachem Mendel Schneerson e Joseph Isaac Schneersohn.

Placa memorial no local onde o Almirante Canaris foi executado

Adriano Correia de Oliveira nasceu há 71 anos

(imagem daqui)

Adriano Maria Correia Gomes de Oliveira (Porto, 9 de abril de 1942 - Avintes, 16 de outubro de 1982) foi um músico português. Mudou-se para Avintes ainda com poucos meses de vida.

Filho de Joaquim Gomes de Oliveira e de sua mulher, Laura Correia, Adriano foi um intérprete do fado de Coimbra e cantor de intervenção. A sua família era marcadamente católica, crescendo num ambiente que descreveu como «marcadamente rural, entre videiras, cães domésticos e belas alamedas arborizadas com vista para o rio». Depois de frequentar o Liceu Alexandre Herculano, no Porto, matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, em 1959. Viveu na Real República Ras-Teparta, foi solista no Orfeon Académico, membro do Grupo Universitário de Danças e Cantares, actor no CITAC, guitarrista no Conjunto Ligeiro da Tuna Académica e jogador de voleibol na Briosa. Na década de 1960 adere ao Partido Comunista Português, envolvendo-se nas greves académicas de 62, contra o salazarismo. Nesse ano foi candidato à Associação Académica de Coimbra, numa lista apoiada pelo MUD.
Data de 1963 o seu primeiro EP, Fados de Coimbra. Acompanhado por António Portugal e Rui Pato, o álbum continha a interpretação de Trova do vento que passa, poema de Manuel Alegre, que se tornaria uma espécie de hino da resistência dos estudantes à ditatura. Em 1967 gravou o álbum Adriano Correia de Oliveira, que, entre outras canções, tinha Canção com lágrimas.
Em 1966 casa-se com Maria Matilde de Lemos de Figueiredo Leite, filha do médico António Manuel Vieira de Figueiredo Leite (Coimbra, Taveiro, 11 de outubro de 1917 - Coimbra, 22 de março de 2000) e de sua mulher Maria Margarida de Seixas Nogueira de Lemos (Salsete, São Tomé, 13 de junho de 1923), depois casada com Carlos Acosta. O casal, que mais tarde se separaria, veio a ter dois filhos: Isabel, nascida em 1967, e José Manuel, nascido em 1971. Chamado a cumprir o Serviço Militar, em 1967, ficaria apenas a uma disciplina de se formar em Direito.
Em 1970 troca Coimbra por Lisboa, exercendo funções no Gabinete de Imprensa da FIL - Feira Industrial de Lisboa, até 1974. Ainda em 1969 vê editado o álbum O Canto e as Armas, revelando, de novo, vários poemas de Manuel Alegre. Pela sua obra recebe, no mesmo ano, o Prémio Pozal Domingues.
Lança Cantaremos, em 1970, e Gente d' aqui e de agora, em 1971, este último com o primeiro arranjo, como maestro, de José Calvário, e composição de José Niza. Em 1973 lança Fados de Coimbra, em disco, e funda a Editora Edicta, com Carlos Vargas, para se tornar produtor na Orfeu, em 1974. Participa na fundação da Cooperativa Cantabril, logo após a Revolução dos Cravos e lança, em 1975, Que nunca mais, onde se inclui o tema Tejo que levas as águas. A revista inglesa Music Week elege-o Artista do Ano. Em 1980 lança o seu último álbum, Cantigas Portuguesas, ingressando no ano seguinte na Cooperativa Era Nova, em ruptura com a Cantabril.
Vítima de uma hemorragia esofágica, morreu na quinta da família, em Avintes, nos braços da sua mãe.
A 24 de setembro de 1983 foi feito Comendador da Ordem da Liberdade e a 24 de abril de 1994 foi feito Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, em ambos os casos a título póstumo.



Balada da Esperança - Adriano Correia de Oliveira

Ai rosa clara algum dia
Rosa clara te deixei
Ai rosa clara algum dia
Te amarei.

Ai amor amores tenho mais de um cento
Bonecas primores cabeças de vento
Cabeças de vento não as quero não
Ai amor amores do meu coração.


Ai rosa clara algum dia
Rosa clara te deixei
Ai rosa clara algum dia
Te amarei.

Cabeças de vento não as quero não
Ai amor amores do meu coração
Ai rosa clara algum dia
Te amarei.

O pastor Dietrich Bonhoeffer foi enforcado há 68 anos

Dietrich Bonhoeffer em selo alemão

Dietrich Bonhoeffer (Breslau, 4 de fevereiro de 1906Berlim, 9 de abril de 1945) foi um teólogo, pastor luterano, membro da resistência alemã anti-nazista e membro fundador da Igreja Confessante, ala da igreja evangélica contrária à política nazi.
Bonhoeffer envolveu-se no complot da Abwehr para assassinar Hitler. Em março de 1943 foi preso e acabou sendo enforcado, pouco tempo antes do próprio Hitler cometer suicídio.

Nascido em Breslau, a 4 de fevereiro de 1906, filho de um psiquiatra de classe média alta, quando era jovem decidiu seguir uma carreira de pastor na Igreja Luterana, doutorando-se em Tologia na Universidade de Berlim e fazendo um ano de estudos no Union Theological Seminary em Nova York, regressando à Alemanha em 1931.
Bonhoeffer foi um dos mentores e signatários da Declaração de Bremen, quando em 1934 diversos pastores luteranos e reformados, formaram a Bekennende Kirche, Igreja Confessante, rejeitando desafiadoramente a ideologia nazi:

Jesus Cristo, e não homem algum ou o Estado, é o nosso único Salvador.
Obviamente o movimento foi posto em ilegalidade e, em abril de 1943, foi preso por ajudar judeus a fugirem para a Suíça. Levado de uma prisão para outra, em 9 de abril de 1945, três semanas antes das tropas aliadas libertarem o campo, foi enforcado, juntamente com o seu irmão Klaus e os cunhados Hans von Dohnanyi e Rüdiger Schleicher.
A sua obra mais famosa, escrita no período de ascensão da ideologia nazi foi "Discipulado" (Nachfolge) na qual desenvolve a polémica acerca da teologia da graça, fundamento da obra de Lutero. O livro opõe-se à ênfase dada à "justificação pela graça sem obras da lei", afirmando que:

A graça barata é inimiga mortal de nossa Igreja. A nossa luta trava-se hoje em torno da graça preciosa que é um tesouro oculto no campo, por amor do qual o homem sai e vende tudo que tem (...) o chamado de Jesus Cristo, ao ouvir do qual o discípulo larga suas redes e segue (...) o dom pelo qual se tem que orar, a porta a qual se tem que bater.

Destas linhas já se denota o profundo "fazer teológico poético" que tanto caracteriza a obra de Bonhoeffer.
Quando já estava sendo perseguido pelos nazis, Bonhoeffer escreveu um tratado considerado por muitos uma das maiores obras primas do protestantismo, que denominou simplesmente "Ética". É nesta obra que ele justifica, em parte, seu empenho na resistência alemã anti-nazi e seu envolvimento na luta contra Adolf Hitler, dizendo que:

É melhor fazer um mal do que ser mau.
As suas cartas da prisão são um exemplo de martírio e também um tesouro para a Teologia Cristã do século XX.