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domingo, março 16, 2025

Notícia interessante de Paleontologia...

Não é um pássaro, um avião ou dinossauro. É o Quetzalcoatlus (e vai voar outra vez)

 


Foi o maior animal que alguma vez se elevou nos ares do nosso planeta. Com 12 metros de envergadura e 500 quilos, o Quetzalcoatlus não era um dinossauro, tinha que saltar para levantar voo, e vai voltar a voar  - no Museu da Ciência da Virgínia, nos Estados Unidos.

Era um réptil gigante, do tamanho de uma girafa, e foi a maior criatura voadora que já existiu. Tinha de saltar cerca de 2,4m do chão para conseguir levantar voo.

Este pterossauro, designado Quetzalcoatlus (pronuncia-se ket-zel-co-uat-lus), fazia parte de grupo extinto de répteis voadores. Tinha membros finos, um bico bastante longo e asas com 12 metros de comprimento.

Embora parente dos dinossauros, o Quetzalcoatlus não era um dinossauro, mas um pterossauro de quase 500 quilos, que viveu entre 70 e 66 milhões de anos atrás.

Apesar de se ter extinguido e passado à (pré)história, podemos agora observar uma representação em tamanho real desta criatura magnífica, em todo o seu esplendor, no Museu da Ciência da Virgínia, nos Estados Unidos.

O exemplar está suspenso no teto do museu, visível dos três andares do edifício, à medida que os visitantes se deslocam pela que já foi uma histórica estação de comboios.

Está representado em voo, com as asas estendidas a 11 metros de altura. O seu corpo inclinado, com 8 metros, está coberto por milhões de picnofibras pintadas à mão, com um revestimento corporal felpudo, e a sua enorme boca está aberta - pormenores todos eles destinados a dar vida à criatura.

Esta representação do réptil gigante é o maior Quetzalcoatlus alguma vez produzido, o único alguma vez feito com a boca aberta e o único com esta coloração, dada por uma pintura personalizada, criada pelo maior fabricante mundial de animais cientificamente exatos com qualidade de museu.

Para celebrar a chegada do seu novo hóspede” o Museu está a organizar uma Festa Pré-Histórica, conta o RVA Hub. As pessoas esperam ver dinossauros quando visitam um museu de ciência, mas o Museu da Ciência da Virgínia quer dar aos visitantes algo ainda melhor: o inesperado.

50 anos depois da descoberta dos ossos fossilizados do majestoso pterossauro, no Parque Nacional de Big Bend, no Texas, Estados Unidos, um estudo publicado em 2021 na Journal of Vertebrate Paleontology explicava, finalmente, como é que um animal tão grande conseguia voar.

E, na próxima sexta-feira, um evento especial com o nome de “Science After Dark” irá dar aos visitantes a oportunidade de ver o Quetzalcoatlus em ação.

Misterioso, impressionante e inspirador, tal como um dinossauro, o Quetzalcoatlus irá proporcionará um momento de descoberta e deleite a visitantes de todas as idades.

 

 

in ZAP

sexta-feira, janeiro 21, 2011

Dimorfismo sexual em pterossáurios - notícia

Fóssil ainda tinha ovo
A senhora T é o primeiro pterossauro fêmea descoberto e não tem crista

Os cientistas descobrem um pterossauro fêmea com um ovo. O artigo publicado na revista Science mostra que as fêmeas desta espécie de réptil alado não tinham cristas ao contrário dos machos.

O fóssil bastante completo mostra um ovo

As cristas dos pterossauros sempre foram um mistério para os cientistas. Será que estes répteis alados que conviveram com os dinossauros tinham uma diferença entre os géneros, e os machos tinham uma crista na cabeça e as fêmeas não? Ou os fósseis encontrados pelos cientistas, uns com cristas e outros sem cristas, eram de espécies diferentes? Finalmente a descoberta de um pterossauro anunciada no artigo da Science, resolve a questão. O pterossauro (que ainda tinha um ovo) era uma fêmea. E não tinha crista.

“A sra T é uma descoberta que se faz em dez vidas”, disse em comunicado David Unwin, um paleontólogo do departamento dos Estudos de Museu da Universidade de Leicester, no Reino Unido, que juntamente com os colegas chineses do Instituto de Geologia da Academia Chinesa de Ciências Geológicas, encontrou o fóssil.

A sra T é o nome que os cientistas deram ao pterossauro (ou pterodáctilo) fêmea que encontraram. O fóssil estava inserido numa camada de rochas do Jurássico que existe na província Liaoning, que fica no Nordeste da China. A camada tem 160 milhões de anos, a idade do indivíduo e o esqueleto do fóssil está muito completo. É um indivíduo do género Darwinopterus, que a equipa descreveu pela primeira vez em 2009, e está preservado juntamente com o ovo.

O fóssil “mostra duas características que distinguem de um indivíduo macho de Darwinopterus. Tem ancas relativamente grandes para acomodar os ovos, mas não tem crista”, disse o especialista. Os machos têm ancas mais pequenas e têm uma crista.

“Muitos pterossauros têm cristas na cabeça. Nos casos mais espectaculares, estas cristas podem alcançar cinco vezes o tamanho do crânio. Os cientistas sempre desconfiaram que estas cristas eram utilizadas para algum tipo de sinal ou de demonstração que só os machos faziam, enquanto as fêmeas não tinham cristas”, disse o cientista. Mas como nunca houve uma prova, muitas vezes definiam-se espécies diferentes a partir de indivíduos que tinham ou não cristas.

Casca mole, ovo de réptil

Agora, os cientistas podem definir o género de um novo pterossauro que encontram, baseando-se na forma da bacia e se tem ou não crista. Isto permite ir mais longe no conhecimento das espécies. “Podemos explorar áreas completamente novas, como a estrutura da população e o comportamento.”

A sra T morreu pouco antes de colocar o ovo devido a um acidente que partiu um dos ossos do braço. O acidente pode ter sido causado por uma erupção, comum na região da China durante o Jurássico. Além de ter acabado com o mistério das cristas, este pterossauro também deu muitas indicações sobre os ovos que estes répteis produziam.

“O ovo é relativamente pequeno e tem uma casca macia. Isto é típico dos répteis, mas é completamente diferente das aves, que põem ovos relativamente grandes com cascas rijas. Esta descoberta não é surpreendente, porque os ovos pequenos necessitariam de menos investimento em termos materiais e energéticos – uma vantagem para voadores como os pterossauros e talvez um factor importante para a evolução de espécies como o Quetzalcoatlus, um gigante com uma envergadura de dez metros”, concluiu o cientista.