segunda-feira, abril 29, 2019

Duke Ellington nasceu há cento e vinte anos!

Edward Kennedy "Duke" Ellington (Washington, D.C., 29 de abril de 1899 - Nova Iorque, 24 de maio de 1974) foi um compositor de jazz, pianista e líder de orquestra estadunidense eternizado com a alcunha de "The Duke" e distinguido com a Presidential Medal of Freedom (condecoração americana) em 1969 e com a Legião de Honra (condecoração francesa) em 1973, sendo ambas as distinções as mais elevadas que um civil pode receber. Foi ainda o primeiro músico de jazz a entrar para a Academia Real de Música de Estocolmo, e foi Doutor honoris causa nas mais importantes universidades do mundo.
A música de Duke Ellington foi uma das maiores influências no jazz desde a década de 1920 até à de 1960. Ainda hoje suas obras têm influência apreciável e é, por isso, considerado o maior compositor de jazz americano de todos os tempos. Entre os seus muitos êxitos encontram-se "Take the A Train" (letra e música por Billy Strayhorn), "Satin Doll", "Rockin' in Rhythm", "Mood Indigo", "Caravan", "Sophisticated Lady", e "It Don't Mean a Thing (If It Ain't Got that Swing)". Durante os anos 20 e 30, Ellington partilhava frequentemente os seus créditos de compositor com seu manager Irving Mills, até que no final dos anos 30 desentenderam-se. Billy Strayhorn passou a ser o colaborador de Ellington (nem sempre creditado como tal) desde 1940 até à sua morte, nos anos 70.
Ellington tinha a preocupação de adaptar as suas composições de acordo com o talento dos músicos que compunham a sua orquestra. Entre eles estiveram Johnny Hodges, Bubber Miley, Joe "Tricky Sam" Nanton, Barney Bigard, Ben Webster, Harry Carney, Sonny Greer, Otto Hardwick, e Wellman Braud. Muitos músicos permaneceram ao lado de Ellington durante décadas.
  
Biografia
Duke Ellington nasceu na capital dos Estados Unidos, filho de James Edward Ellington e Daisy Kennedy Ellington. O seu pai, James, trabalhava como desenhador na Marinha dos Estados Unidos, e também como mordomo na Casa Branca, para ganhar mais algum dinheiro.
O seu primeiro emprego, no entanto, não foi na música. a sua grande paixão antes do piano foi o baseball, e para poder ver seus ídolos, arranjou um emprego de vendedor de amendoins. Costumava dizer que esse emprego o ajudou a vencer a timidez, uma vez que tinha de gritar para conseguir vender a mercadoria.
Como ambos os pais tocavam piano, Duke começou a ter lições de piano aos sete anos, a sua dedicação e esforço possibilitaram-lhe começar a actuar como profissional aos 17. O despertar da sua sensibilidade para a arte levaram-no a ir estudar para o Armstrong Manual Training School em vez de estudar numa escola mais indicada para a prossecução dos estudos. No tempo livre ouvia pianistas ragtime e ao encontrar Harvey Brooks em Filadélfia aprendeu alguns "truques", que lhe permitiram encontrar um novo amor pela música. Voltou a aprender a tocar, e começou a actuar em cafés e clubes da zona, tendo desistido da escola três meses antes de completar a instrução, de forma a poder continuar mais a sério a sua carreira na música.
Um de seus ídolos foi o grande Fats Waller. Mestre no piano, ele foi um de seus grandes incentivadores e fundamental nos primeiros anos de Ellington em Nova Iorque. Na Big Apple (alcunha dado à cidade pelos músicos de jazz), Ellington entra em contacto com sons novos, diferentes do ragtime ouvido em Washington DC. Passa a ouvir os pianistas de stride do Harlem, assim como o som melodioso e swingado de Sidney Bechet e Louis Armstrong.
Em 1917 formou um grupo chamado "The Duke’s Serenaders" (que posteriormente mudou o nome para "The Washingtonians"), que levou para Nova Iorque em 1923. Ellington e os "The Washingtonians" tocaram em vários clubes de Nova Iorque e viajaram pelo estado da Nova Inglaterra como uma banda de música de dança, até que em 1927 tiveram a sua primeira oportunidade. Quando Joe “King” Oliver exigiu mais dinheiro ao prestigiado Cotton Club, o lugar de banda residente foi oferecido à banda de Ellington. Este era o clube do Harlem de maior nome, e "Duke Ellington and his Jungle Band" tornaram-se conhecidos a nível nacional graças às emissões de rádio que se faziam regularmente a partir do clube.
Aqui, Ellington teve a oportunidade de escrever música de vários estilos. Fazendo experiências na tonalidade, puxando os trompetes a notas muito agudas e usando o efeito "wah-wah", buscando também os efeitos do saxofone. Quando abandonou o Cotton Club, em 1931, era uma das maiores estrelas negras da América, gravando regularmente para várias companhias discográficas e aparecendo em filmes. Ellington continuou a viajar com a sua banda pelos Estados Unidos e Europa, fazendo ainda uma digressão por muitos outros países nos anos 60.
Durante toda a sua vida gostou de fazer música experimental (em busca de novas sonoridades), gravou com John Coltrane e Charles Mingus e ainda com a sua dotada orquestra. Nos anos 40 a banda atingiu um pico criativo, quando escreveu para orquestra a várias vozes e com uma criatividade tremenda. Alguns dos seus músicos, como Jimmy Blanton, transformaram o jazz durante o curto período que tocaram com Ellington.
Mesmo com a saída dos músicos e a diminuição da popularidade do swing, Ellington continuou a encontrar locais para tocar, novas formas e novos parceiros. Ele compunha frequentemente de forma similar à música clássica, como em "Black, Brown and Beige" (1943), e "Such Sweet Thunder" (1957), baseado em Shakespeare. A sua composição "Diminuendo and Crescendo in Blue" com uma tremenda actuação de Paul Gonsalves, em 1956 no Newport Jazz Festival, aumentou muito a sua fama.
Também compôs para filmes, o primeiro dos quais Black and Tan Fantasy (1929), e também para Anatomy of a Murder (1959) que contava com a participação de James Stewart, e onde Ellington apareceu como líder de orquestra, e ainda Paris Blues (1961), no qual Paul Newman e Sidney Poitier apareciam como músicos de jazz.
Apesar do seu trabalho posterior ser ofuscado pelo brilho da sua música do início dos anos 40, Ellington continuou a inovar, por exemplo com The Far East Suite (1966) e The Afro-Eurasian Eclipse (1971), até ao fim da sua vida. Este período da sua vida está a ser cada vez mais analisado, visto se ter agora uma percepção de quão criativo foi Ellington até ao final.
Ellington foi nomeado para o Prémio Pulitzer em 1965, mas foi recusado, ao que reagiu dizendo: "O destino tem sido gentil comigo. O destino não quer que eu seja famoso demasiado cedo."
Duke Ellington faleceu a 24 de maio de 1974 e foi enterrado no Woodlawn Cemetery, no Bronx em Nova Iorque. Um grande memorial a Duke Ellington criado pelo escultor Robert Graham foi-lhe erigido em 1997 no Central Park, Nova Iorque, próximo do cruzamento da Quinta Avenida com a 110th Street, uma intersecção chamada Duke Ellington Circle. Em Washington D.C. existe uma escola dedicada à sua honra e memória, a The Duke Ellington School of the Arts, onde se ensinam estudantes promissores, que ponderam seguir carreira no mundo das artes, através de programas fortes e de estudo intenso no sentido de preparar os estudantes para a educação pós-secundária e/ou as suas carreiras profissionais.
  

Porque hoje é o Dia Mundial da Dança...!

O Dia Internacional da Dança ou Dia Mundial da Dança é comemorado no dia 29 de abril e foi instituído pelo CID (Comité Internacional da Dança) da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) no ano de 1982.
Ao criar o Dia Internacional da Dança a UNESCO escolheu o 29 de abril por ser a data de nascimento do mestre francês Jean-Georges Noverre (1727-1810), que ultrapassou os princípios gerais que norteavam a dança do seu tempo para enfrentar problemas relativos à execução da obra. A sua proposta era atribuir expressividade à dança por meio da pantomima, a simplificação na execução dos passos e a subtileza nos movimentos. Noverre destaca-se na história por ter escrito um conjunto de cartas sobre o balé de sua época, “Lettres sur la danse”.
O Dia Internacional da Dança é importante como mais um espaço de mobilização em torno deste assunto. Alguns dos objetivos desta comemoração é aumentar a atenção pela importância da dança entre o público geral, assim como incentivar governos de todo o mundo para fornecerem melhores políticas públicas voltadas à dança.
Enquanto a dança tem sido uma parte integral da cultura humana através de sua história, não é prioridade oficial no mundo. Em particular, o professor Alkis Raftis, então presidente do Conselho Internacional de Dança, disse, no seu discurso em 2003, que "em mais da metade dos 200 países no mundo, a dança não aparece em textos legais (para melhor ou para pior). Não há fundos no orçamento do Estado para o apoio a este tipo de arte e não há ensino de dança, seja privado ou público".
  

domingo, abril 28, 2019

José Malhoa nasceu há 164 anos

José Vital Branco Malhoa (Caldas da Rainha, 28 de abril de 1855Figueiró dos Vinhos, 26 de outubro de 1933) foi um pintor, desenhista e professor português.
José Vital Branco Malhoa nasceu em Caldas da Rainha, na Região do Centro de Portugal, em 28 de abril de 1855. Com apenas 12 anos entrou para a escola da Real Academia de Belas-Artes de Lisboa. Em todos os anos ganhou o primeiro prémio, devido às suas enormes faculdades e qualidade artísticas.
Realizou inúmeras exposições, tanto em Portugal como no estrangeiro, designadamente em Madrid, Paris e Rio de Janeiro. Foi pioneiro do naturalismo em Portugal, tendo integrado o Grupo do Leão.
Destacou-se também por ser um dos pintores portugueses que mais se aproximou da corrente artística impressionista.
Foi o primeiro presidente da Sociedade Nacional de Belas Artes e foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem de Santiago. Em 1933, o ano da sua morte, foi criado o Museu de José Malhoa, nas Caldas da Rainha.
Teve colaboração artística na revista Atlântida.
   
O Grupo do Leão, 1885, óleo sobre tela de Columbano Bordalo Pinheiro, Museu do Chiado, Lisboa
    
O Fado, 1910
       

A poetisa Idea Vilariño morreu há dez anos

Idea Vilariño (Montevideo, 18 de agosto de 1920 Montevideo, 28 de abril de 2009)​ fue una poeta, ensayista y crítica literaria uruguaya perteneciente al grupo de escritores denominado Generación del 45. Dentro de sus facetas menos conocidas se encuentran la de traductora, compositora y docente

  
 No te amaba


No te amaba
no te amo
bien sé que no
que no
que es la luz
es la hora
la tarde de verano
lo sé
pero te amo
te amo esta tarde
hoy
como te amé otras tardes
desesperadamente
con ciego amor
con ira
con tristísima ciencia
más allá de deseos
o ilusiones
o esperas
y esperando no obstante
esperándote
viendo
que venías
por fin
que llegabas
de paso.
  
 
Idea Vilariño

O ditador Mussolini foi executado há 74 anos

Benito Amilcare Andrea Mussolini (Predappio, 29 de julho de 1883  - Mezzegra, 28 de abril de 1945) foi um político italiano que liderou o Partido Nacional Fascista e é referenciado como sendo uma das figuras-chave na criação do Fascismo.
Tornou-se o primeiro-ministro da Itália em 1922 e começou a usar o título Il Duce em 1925. Após 1936, o seu título oficial era "Sua Excelência Benito Mussolini, Chefe de Governo, Duce do Fascismo e Fundador do Império". Mussolini também criou e sustentou a patente militar suprema de Primeiro Marechal do Império, em conjunto com o rei Vítor Emanuel III da Itália, que lhe deu o título, tendo controle supremo sobre as forças armadas da Itália. Mussolini permaneceu no poder até ser substituído em 1943; num curto período, até à sua morte, ele foi o líder da República Social Italiana.
Mussolini foi um dos fundadores do fascismo, que incluía elementos de nacionalismo, corporativismo, sindicalismo nacional, expansionismo, progresso social e anticomunismo, combinado com a censura de subversivos e propaganda do Estado. Nos anos seguintes à criação da ideologia fascista, Mussolini conquistou a admiração de uma grande variedade de figuras políticas.
Entre suas realizações nacionais de 1924 a 1939 destacam-se os seus programas de obras públicas como a drenagem das áreas pantanosas da região do Agro Pontino e o melhoramento das oportunidades de trabalho e transporte público. Mussolini também resolveu a Questão Romana ao concluir o Tratado de Latrão entre o Reino de Itália e a Santa Sé. Ele também garantiu o sucesso económico nas colónias italianas e dependências comerciais. Embora inicialmente tenha favorecido o lado da França contra a Alemanha no início da década de 1930, Mussolini tornou-se uma das figuras principais das potências do Eixo e, em 10 de junho de 1940, colocou a Itália na Segunda Guerra Mundial ao lado do Eixo. Três anos depois, foi deposto pelo Grande Conselho do Fascismo, motivado pela invasão aliada. Logo depois de preso, Mussolini foi resgatado da prisão no Gran Sasso por forças especiais alemãs.
Após seu resgate, Mussolini chefiou a República Social Italiana (República de Salò) nas partes da Itália que não haviam sido ocupadas por forças aliadas. No final de abril de 1945, com a derrota total aparente, tentou fugir para a Suíça, porém, foi rapidamente capturado e sumariamente executado próximo do lago de Como por guerrilheiros italianos. O seu corpo foi então trazido para Milão, onde foi pendurado de cabeça para baixo numa bomba de gasolina para exibição pública e confirmação da sua morte.
Da esquerda para direita, os corpos de Bombacci, Mussolini, Clara Petacci, Pavolini e Starace expostos na Piazzale Loreto (Milão, 29 de abril de 1945)

Kim Gordon - 66 anos

Kim Althea Gordon (Rochester, Nova Iorque, 28 de abril de 1953) é uma artista que trabalha em várias áreas, incluindo a música, pintura e moda. Gordon, que começou a carreira como uma artista visual, alcançou a fama pela sua função de baixista, guitarrista e vocalista da banda de rock alternativo Sonic Youth, que formou ao lado de Thurston Moore em 1981. Gordon também formou o projeto musical Free Kitten, com Julia Cafritiz (da banda Pussy Galore), na década de 90, e estreou-se como produtora no primeiro álbum do Hole, Pretty on the Inside (1991). Gordon fundou a linha de roupas X-Girl em 1993, e continuou com os Sonic Youth até 2011. Em 2013, formou a banda Body/Head.
  
  

Salazar nasceu há cento e trinta anos...

António de Oliveira Salazar (Vimieiro, Santa Comba Dão, 28 de abril de 1889 - Lisboa, 27 de julho de 1970) foi um estadista, ditador nacionalista português de influência fascista e professor catedrático da Universidade de Coimbra.
O seu percurso no Estado português iniciou-se quando foi escolhido pelos militares para Ministro das Finanças durante um curto período de duas semanas, na sequência da Revolução de 28 de maio de 1926. Foi substituído pelo comandante Filomeno da Câmara de Melo Cabral após o golpe do general Gomes da Costa. Posteriormente, foi também Ministro das Finanças entre 1928 e 1932, procedendo ao saneamento das finanças públicas portuguesas.
Figura de destaque e promotor do Estado Novo (1933–1974) e da sua organização política, a União Nacional, o ditador Salazar dirigiu os destinos de Portugal como presidente do Ministério entre 1932 e 1933 e, como Presidente do Conselho de Ministros entre 1933 e 1968. Os autoritarismos e nacionalismos que surgiam na Europa foram uma fonte de inspiração para Salazar em duas frentes complementares: a da propaganda e a da repressão. Com a criação da Censura, da organização de tempos livres dos trabalhadores FNAT e da Mocidade Portuguesa, o Estado Novo procurava assegurar a doutrinação de largas massas da população portuguesa ao estilo do fascismo, enquanto que a sua polícia política (PVDE, posteriormente PIDE e mais tarde, ainda, DGS), em conjunto com a Legião Portuguesa, combatiam os opositores do regime que, eram julgados em tribunais especiais (Tribunais Militares Especiais e, posteriormente, Tribunais Plenários).
Inspirado no fascismo e apoiando-se na doutrina social da Igreja Católica, Salazar orientou-se para um corporativismo de Estado, com uma linha de acção económica nacionalista assente no ideal da autarcia. Esse seu nacionalismo económico levou-o a tomar medidas de protecionismo e isolacionismo de natureza fiscal, tarifária, alfandegária, para Portugal e as suas colónias, que tiveram impacto negativo, sobretudo até aos anos 60.
  
(...)
   
Os Grandes Portugueses
No programa da RTP Os Grandes Portugueses, realizado em março de 2007, Salazar foi a mais votada das personalidades em jogo, com 42% dos votos expressos, seguido de Álvaro Cunhal, com 19%, e de Aristides de Sousa Mendes, com 13%.
Foi Jaime Nogueira Pinto, professor universitário, que fez a sua apresentação.
O concurso é desvalorizado por alguns historiadores como José Mattoso, António Reis, António Manuel Hespanha e Fernando Rosas, que acusaram a RTP de desinformação e manipulação num texto publicado no jornal Expresso. Em declarações ao Diário de Notícias, Nuno Santos, ex-director de programas da RTP, considera que a acusação é de mau gosto e revela má-fé.
  
Biografia cronológica
  • 1889: Nasce em Vimieiro, Santa Comba Dão.
  • 1914: Em Coimbra, conclui o curso de Direito.
  • 1918: Professor de Ciências Económicas na Faculdade de Direito.
  • 1926: Após o golpe de 28 de maio é convidado para Ministro das Finanças; ao fim de 13 dias renuncia ao cargo.
  • 1928: É novamente convidado para Ministro das Finanças; nunca mais abandonará o poder.
  • 1930: Nasce a União Nacional.
  • 1932: Presidente do Ministério.
  • 1933: É plebiscitada uma nova constituição que dá início ao Estado Novo. Fim da ditadura militar. É posto um fim ao nome "Presidente do Ministério", passando-se a ser chamado "Presidente do Conselho de Ministros".
  • 1936: Na Guerra Civil de Espanha apoia Franco; cria a Legião Portuguesa e a Mocidade Portuguesa; abre as colónias penais do Tarrafal e de Peniche
  • 1937: Escapa a um atentado dos anarquistas.
  • 1939: Iniciada a Segunda Guerra Mundial, Salazar conseguirá manter a neutralidade do país.
  • 1940: Exposição do Mundo Português.
  • 1943: Cede aos Aliados uma base militar nos Açores.
  • 1945: A PIDE substitui a PVDE.
  • 1949: Contra Norton de Matos, Carmona é reeleito Presidente da República; Portugal é admitido como membro da NATO.
  • 1951: Contra Quintão Meireles, Craveiro Lopes é eleito Presidente da República.
  • 1958: Contra Humberto Delgado, Américo Tomás é eleito Presidente da República; o Bispo do Porto, António Ferreira Gomes critica a política salazarista.
  • 1960: Portugal celebra a adesão ao Fundo Monetário Internacional.
  • 1961: 22.01, ataque ao navio Santa Maria por anti-salazaristas, que se asilam no Brasil logo após a posse de Janio Quadros; 04.02, assalto às prisões de Luanda; 11.03, tentativa de golpe de Botelho Moniz; 21.04, resolução da ONU condenando a política africana de Portugal; 19.12, a União Indiana invade Goa, Damão e Diu; 31 de dezembro de 1961 para 1 de janeiro de 1962, revolta de Beja.
  • 1963: O PAIGC abre nova frente de batalha na Guiné.
  • 1964: A FRELIMO inicia a luta pela independência, em Moçambique.
  • 1965: Crise académica; a PIDE assassina Humberto Delgado.
  • 1966: Salazar inaugura a ponte sobre o Tejo.
  • 1968: Na sequência de um acidente (queda de uma cadeira), Salazar fica fisicamente incapacitado para governar.
  • 1970: Morte de Salazar.

sábado, abril 27, 2019

Poema adequado à data...

(imagem daqui)

lamento para a língua portuguesa

não és mais do que as outras, mas és nossa,
e crescemos em ti. nem se imagina
que alguma vez uma outra língua possa
pôr-te incolor, ou inodora, insossa,
ser remédio brutal, mera aspirina,
ou tirar-nos de vez de alguma fossa,
ou dar-nos vida nova e repentina.
mas é o teu país que te destroça,
o teu próprio país quer-te esquecer
e a sua condição te contamina
e no seu dia-a-dia te assassina.
mostras por ti o que lhe vais fazer:
vai-se por cá mingando e desistindo,
e desde ti nos deitas a perder
e fazes com que fuja o teu poder
enquanto o mundo vai de nós fugindo:
ruiu a casa que és do nosso ser
e este anda por isso desavindo
connosco, no sentir e no entender,
mas sem que a desavença nos importe
nós já falamos nem sequer fingindo
que só ruínas vamos repetindo.
talvez seja o processo ou o desnorte
que mostra como é realidade
a relação da língua com a morte,
o nó que faz com ela e que entrecorte
a corrente da vida na cidade.
mais valia que fossem de outra sorte
em cada um a força da vontade
e tão filosofais melancolias
nessa escusada busca da verdade,
e que a ti nos prendesse melhor grade.
bem que ao longo do tempo ensurdecias,
nublando-se entre nós os teus cristais,
e entre gentes remotas descobrias
o que não eram notas tropicais
mas coisas tuas que não tinhas mais,
perdidas no enredar das nossas vias
por desvairados, lúgubres sinais,
mísera sorte, estranha condição,
mas cá e lá do que eras tu te esvais,
por ser combate de armas desiguais.
matam-te a casa, a escola, a profissão,
a técnica, a ciência, a propaganda,
o discurso político, a paixão
de estranhas novidades, a ciranda
de violência alvar que não abranda
entre rádios, jornais, televisão.
e toda a gente o diz, mesmo essa que anda
por tal degradação tão mais feliz
que o repete por luxo e não comanda,
com o bafo de hienas dos covis,
mais que uma vela vã nos ventos panda
cheia do podre cheiro a que tresanda.
foste memória, música e matriz
de um áspero combate: apreender
e dominar o mundo e as mais subtis
equações em que é igual a xis
qualquer das dimensões do conhecer,
dizer de amor e morte, e a quem quis
e soube utilizar-te, do viver,
do mais simples viver quotidiano,
de ilusões e silêncios, desengano,
sombras e luz, risadas e prazer
e dor e sofrimento, e de ano a ano,
passarem aves, ceifas, estações,
o trabalho, o sossego, o tempo insano
do sobressalto a vir a todo o pano,
e bonanças também e tais razões
que no mundo costumam suceder
e deslumbram na só variedade
de seu modo, lugar e qualidade,
e coisas certas, inexactidões,
venturas, infortúnios, cativeiros,
e paisagens e luas e monções,
e os caminhos da terra a percorrer,
e arados, atrelagens e veleiros,
pedacinhos de conchas, verde jade,
doces luminescências e luzeiros,
que podias dizer e desdizer
no teu corpo de tempo e liberdade.
agora que és refugo e cicatriz
esperança nenhuma hás-de manter:
o teu próprio domínio foi proscrito,
laje de lousa gasta em que algum giz
se esborratou informe em borrões vis.
de assim acontecer, ficou-te o mito
de haver milhões que te uivam triunfantes
na raiva e na oração, no amor, no grito
de desespero, mas foi noutro atrito
que tu partiste até as próprias jantes
nos estradões da história: estava escrito
que iam desconjuntar-te os teus falantes
na terra em que nasceste, eu acredito
que te fizeram avaria grossa.
não rodarás nas rotas como dantes,
quer murmures, escrevas, fales, cantes,
mas apesar de tudo ainda és nossa,
e crescemos em ti. nem imaginas
que alguma vez uma outra língua possa
pôr-te incolor, ou inodora, insossa,
ser remédio brutal, vãs aspirinas,
ou tirar-nos de vez de alguma fossa,
ou dar-nos vidas novas repentinas.
enredada em vilezas, ódios, troça,
no teu próprio país te contaminas
e é dele essa miséria que te roça.
mas com o que te resta me iluminas.
 
 
in Antologia dos Sessenta Anos (2002) - Vasco Graça Moura

Vasco Graça Moura morreu há cinco anos

(imagem daqui)
  
Vasco Navarro da Graça Moura (Foz do Douro, 3 de janeiro de 1942 - Lisboa, 27 de abril 2014) foi um escritor, tradutor e político português
  
Biografia
Vasco Graça Moura nasceu a 3 de janeiro de 1942, na freguesia de Foz do Douro, no Porto.
Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde colaborou na publicação académica Quadrante (1958-1962) publicada pela Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa.
Passou 39 meses na tropa, numa altura em que era já casado e pai de dois filhos.
Foi advogado entre 1966 e 1983.
Após o 25 de Abril de 1974, aderiu ao Partido Social Democrata, tendo sido chamado a exercer os cargos de Secretário de Estado da Segurança Social (IV Governo Provisório, do independente pró-Comunista Vasco Gonçalves, porém com participação de elementos ligados ao Grupo dos Nove) e dos Retornados (VI Governo Provisório, José Pinheiro de Azevedo).
Na década de 80 enveredou definitivamente pela carreira literária, que o havia de confirmar como um nome central da literatura portuguesa da segunda metade século XX e um dos maiores defensores da língua portuguesa contra o denominado "Acordo Ortográfico" que tem sido alvo de grande polémica e resistência, não só em Portugal como em todos os países faladores de português, devido à sua introdução e implementação forçada e conta-vontade da generalidade dos povos.
Divorciou-se da sua primeira mulher, Maria Fernanda de Sá Dantas, no início dos anos 80, e voltou a casar-se mais duas vezes. Primeiro com a ensaísta Clara Crabbé Rocha, filha de Miguel Torga e de Andrée Crabbé Rocha, em 1985, e depois com Maria do Rosário Sousa Machado, em 1987, com quem teve mais duas filhas, enternecidamente referidas em vários poemas dos seus últimos livros. A sua última companheira foi Maria Bochicchio (italiana), que o acompanhou até perto da sua morte e com quem publicou O Binómio de Newton & A Vénus de Milo.
Foi director da RTP2 (1978), administrador da Imprensa Nacional - Casa da Moeda (1979-1989), presidente da Comissão Executiva das Comemorações do Centenário de Fernando Pessoa (1988) e da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses (1988-1995), director da revista Oceanos (1988-1995), director da Fundação Casa de Mateus, comissário-geral de Portugal para a Exposição Universal de Sevilha (1988-1992) e director do Serviço de Bibliotecas e Apoio à Leitura da Fundação Calouste Gulbenkian (1996-1999).
Juntamente com António Mega Ferreira, foi o autor da proposta de realização da Exposição Mundial de 1998 em Lisboa, que mais tarde seria considerada pelo Bureau International de Expositions uma das melhores exposições internacionais de sempre.
De novo pelo PSD foi durante dez anos consecutivos deputado ao Parlamento Europeu, integrando o Grupo do Partido Popular Europeu, desde 1999 até 2009.
Em janeiro de 2012, o Secretário de Estado da Cultura do governo de Passos Coelho, Francisco José Viegas, nomeou Vasco Graça Moura para a presidência da Fundação Centro Cultural de Belém, substituindo assim António Mega Ferreira, mantendo-se no cargo mesmo quando procurava curar-se do cancro que lhe provocou a morte, a 27 de abril de 2014. No mesmo dia, Pedro Passos Coelho, então primeiro-ministro de Portugal, destacou o percurso político de Graça Moura e a sua actividade como "divulgador das letras portuguesas", afirmando que o escritor deixou um "vasto legado literário, marcado pela inspiração e pela dedicação à língua portuguesa, que enriqueceu como poucos, uma constante procura da identidade nacional e um clarividente pensamento sobre as raízes, a herança política e filosófica e o futuro da Europa", concluindo: "Portugal perdeu hoje um dos seus maiores cidadãos".
Graça Moura foi uma das vozes mais críticas do Acordo Ortográfico, que considerava que apenas "serve interesses geopolíticos e empresariais brasileiros, em detrimento de interesses inalienáveis dos demais falantes de português no mundo".
  
Obras publicadas
Poesia
  • Modo Mudando (1963);
  • Semana Inglesa (1965);
  • O Mês de Dezembro e Outros Poemas (1976);
  • A Sombra das Figuras (1985);
  • O Concerto Campestre (1993);
  • Sonetos Familiares (1994);
  • Uma Carta no Inverno (1997);
  • Nó cego, o Regresso (2000);
  • Testamento de VGM (2001);
  • Letras do Fado Vulgar (2001);
  • Antologia dos Sessenta Anos (2002);
  • Variações Metálicas (2004);
  • Mais Fados & Companhia (2004);
  • Os nossos tristes assuntos (2006);
  • O Caderno da Casa das Nuvens (2010);
  • Poesia Reunida, vol. 1 (2012);
  • Poesia Reunida, vol. 2 (2012);
  • A Puxar ao Sentimento - 31 Fadinhos de Autor (2018, póstumo).
  
Ensaio
  • Luís de Camões: Alguns Desafios (1980);
  • Caderno de Olhares (1983);
  • Camões e a Divina Proporção (1985);
  • Os Penhascos e a Serpente (1987);
  • Várias Vozes (1987);
  • Fernão Gomes e o Retrato de Camões (1987);
  • Cristóvão Colombo e a floresta das asneiras (1991);
  • Sobre Camões, Gândavo e Outras Personagens (2000);
  • Adamastor, Nomen Gigantis (2000);
  • Páginas do Porto (2001);
  • Fantasia e Objectividade nos Descobrimentos Portugueses (2006);
  • Acordo Ortográfico: A Perspectiva do Desastre (2008);
  • Diálogo com (algumas) imagens (2009);
  • Amália Rodrigues: dos poetas populares aos poetas cultivados (2010);
  • Miguel Veiga - Cinco Esboços para um Retrato (2011);
  • Os Lusíadas para Gente Nova (2012);
  • A Identidade Cultural Europeia (2013);
  • Discursos Vários Poéticos (2013);
  • Retratos de Camões (2014).
 
Novela
  • O pequeno-almoço do Sargento Beauchamp: (uma novela) (2008)
  • Os Desmandos de Violante (2011)
   
Romance
  • Quatro Últimas Canções (1987);
  • Naufrágio de Sepúlveda (1988);
  • Partida de Sofonisba às seis e doze da manhã (1993);
  • A Morte de Ninguém (1998);
  • Meu Amor, Era de Noite (2001);
  • Enigma de Zulmira (2002);
  • Por detrás da magnólia (2008);
  • Alfreda ou a Quimera (2008);
  • Morte no Retrovisor (2008);
  • O Mestre de Música (2015) (continuação da novela O pequeno-almoço do Sargento Beauchamp);
  • As botas do Sargento.
 
Diário e Crónica
  • Circunstâncias Vividas (1995);
  • Contra Bernardo Soares e Outras Observações (1999).
 
Traduções (resumo)
  • Fedra, de Racine
  • Andromaca, de Racine
  • Berenice, de Racine
  • O Cid, de Corneille
  • A Divina Comédia, de Dante
  • Cyrano de Bergerac, de Edmond Rostand
  • O misantropo, de Molière
  • Sonetos, de Shakespeare
  • Testamento de François Villon e algumas baladas mais (1997)
  • A Vita Nuova, de Dante Alighieri
  • Alguns amores, de Ronsard
  • Elegias de Duino e Os Sonetos a Orfeu, de Rainer Maria Rilke
  • Os triunfos, de Petrarca
  • As Rimas, de Petrarca
  • O Poema sobre o Desastre de Lisboa, de Voltaire
Antologias
  • As mais belas Histórias Portuguesas de Natal;
  • 366 Poemas que Falam de Amor;
  • Visto da Margem Sul do Rio o Porto
  • O Binómio de Newton e a Vénus de Milo.
   
   
Prémios e distinções
Prémios
  
Obras premiadas
  • Prémio Literário Município de Lisboa (1984) por Os rostos comunicantes
  • Prémio Literário Município de Lisboa (1987) por A furiosa paixão pelo tangível
  • Prémio de Poesia do P.E.N. Clube Português (1994) por O concerto campestre
  • Prémio Municipal Eça de Queiroz (1995) por Sonetos familiares
  • Grande Prémio de Tradução Literária (1996) por Vita Nuova de Dante
  • Grande Prémio de Poesia APE/CTT (1997) por Uma carta no Inverno
  • Prémio Internacional Diego Valeri (2004) por Rimas de Petrarca
  • Grande Prémio de Romance e Novela APE/IPLB (2004) por Por detrás da magnólia
  • Prémio de Tradução Paulo Quintela, da Universidade de Coimbra (2006) por Rimas de Petrarca
    
Condecorações nacionais
   
Condecorações estrangeiras



soneto do amor e da morte
quando eu morrer murmura esta canção
que escrevo para ti. quando eu morrer
fica junto de mim, não queiras ver
as aves pardas do anoitecer
a revoar na minha solidão.

quando eu morrer segura a minha mão,
põe os olhos nos meus se puder ser,
se inda neles a luz esmorecer,
e diz do nosso amor como se não

tivesse de acabar, sempre a doer,
sempre a doer de tanta perfeição
que ao deixar de bater-me o coração
fique por nós o teu inda a bater,
quando eu morrer segura a minha mão.  
Vasco Graça Moura

Dinho Ouro Preto - 55 anos!

Dinho Ouro Preto, nome artístico de Fernando de Ouro Preto (Curitiba, 27 de abril de 1964), é um músico brasileiro. É líder e vocalista da banda brasileira Capital Inicial, além de irmão do músico brasileiro Ico Ouro Preto e meio irmão do também músico Dado Villa-Lobos.
   
Biografia
Fernando de Ouro Preto nasceu em Curitiba, Paraná, em 27 de abril de 1964, filho do embaixador Afonso de Celso Ouro-Preto - tataraneto do Visconde de Ouro Preto - e a historiadora Marília. Era o terceiro filho, depois de Ico e Ana. A carreira do pai fez a família se mudar para os Estados Unidos, Áustria e Suíça antes de se fixar em Brasília. Em meio às viagens, conheceu em 1974, outro filho de diplomatas, Dado Villa-Lobos, que mais tarde se tornaria seu meio-irmão. Aos 11 anos, teve seus primeiros contatos com o rock através de Herbert Vianna e Bi Ribeiro, que mais tarde fundariam Os Paralamas do Sucesso.
Sai do Brasil e volta aos 16 anos, na época da ditadura, quando os punks começavam a invadir as ruas de Brasília. Começou a participar das reuniões da chamada turma da colina, um lugar estratégico, de onde era possível ver toda cidade. Em 1981, Afonso casou com a mãe de Dado, Lucy, e ambos vão trabalhar na Guiné-Bissau, enquanto Marília mudava para a França. O pai de Dado também sai do país, então Dinho, Dado, seu irmão Luiz Otávio "Tavo" Villa-Lobos, e o irmão de Bi, Pedro Ribeiro, passam a morar juntos no mesmo apartamento em Brasília.
Dinho começou a namorar com uma rapariga chamada Helena que era irmã de Felipe "Fê" e Flávio Lemos, os quais eram integrantes da banda Aborto Elétrico. Lá Dinho tornou-se amigo de Renato Russo, vocalista da banda dos irmãos Lemos, Aborto Elétrico. Dinho tornou-se fã incondicional da banda, frequentando ensaios e shows e conhecendo todas as músicas.
  
Carreira
Quando os Aborto Elétrico se separaram em maio de 1983, os irmãos Lemos, com o guitarrista Loro Jones, pretendiam criar um novo grupo. Dinho compareceu a uma audição na casa de Fê, e após uma performance da canção "Psicopata", foi aceite como vocalista dos Capital Inicial aos 19 anos. Três meses depois faziam seu primeiro show na Universidade de Brasília, no mesmo dia em que Dinho fez o vestibular. Um mês depois faziam um show no Circo Voador, no Rio de Janeiro, e outro no SESC Pompeia em São Paulo. Eventualmente o grupo decidiu se mudar de Brasília para São Paulo, onde todos residem até hoje. Os pais de Dinho estavam fora do país e nada sabiam de sua carreira artística, só souberam que ele tinha se tornado músico quando ele e a banda já estava fazendo sucesso.
O Capital Inicial lançou seu álbum homônimo de estreia em 1986, com canções escritas ao longo de 3 anos de carreira. A banda então começou a ter um sucesso estrondoso, vivendo uma vida de excessos - sexo, drogas, festas - e discos compostos às pressas. Em 1993, após um show frustrante no Circo Voador, Dinho anunciou a sua saída do Capital. Dinho parou de trabalhar, passando noites em claro em raves, consumindo muitas bebidas alcoólicas e drogas. Quando o dia amanhecia voltava para casa e dormia o dia inteiro. Nessa época Dinho tornou-se irreconhecível, tinha dreadlockss no cabelo, era clubber e estava bêbado diariamente; o seu apartamento estava sempre cheio de pessoas desconhecidas. Em alguma dessas festas que aconteciam em seu apartamento, alguém acabou levando certa quantia considerável de seu dinheiro cerca de 20.000 de dólares, deixando-o quebrado. Durante o hiato, Dinho decidiu estudar música, aprendendo a tocar instrumentos e buscando ser artista independente. Lançou dois álbuns em carreira solo, Vertigo, em 1994, e Dinho Ouro Preto, em 1995, sem sucesso. Para ganhar dinheiro, procurava serviços em tradução e publicidade.
Em março de 1998, Dinho e os ex-companheiros decidiram encontrar-se para marcar uma série de shows em comemoração aos 15 anos de nascimento do Capital Inicial. Após a bem-sucedida turnê, dois meses depois receberam proposta para um novo álbum, e em novembro daquele ano lançaram o CD Atrás dos Olhos. O sucesso do disco levou a um show na série Acústico MTV, com o álbum resultante em 2000 passando de um milhão de cópias vendidas e consagrando o retorno do Capital Inicial.
Em 2012 lançou seu terceiro álbum em carreira a solo intitulado Black Heart, todas as canções são em inglês, o álbum conta apenas com regravações de bandas de rock.
  
Vida pessoal
O primeiro casamento de Dinho foi com a modelo e produtora de moda Mary Stockler, que segundo o cantor "desandou por abuso de drogas. Então, traía e ela ficava sabendo, e eu também descobria [traições] dela." Também namorou com mais uma produtora, Flávia Lafe.
Em 1994, Dinho conheceu a arquiteta Maria Cattaneo num evento da MTV Brasil. Passaram dez dias juntos, até ela ir para Génova, onde ficou de casamento marcado. Os dois continuaram em contato, e seis meses depois Cattaneo decidiu romper o noivado e mudou-se para o Brasil. Dinho e Maria se casaram em 1995, e o casal tem três filhos: Giulia (n. 1997), Isabel (n. 1999) e Affonso (n. 2006).
Em 31 de outubro de 2009 o vocalista sofreu um acidente durante um show realizado em Patos de Minas, Minas Gerais. Dinho caiu de uma passarela com cerca de 3 metros de altura, sofrendo um traumatismo craniano leve, mais a quebra de três costelas e a fratura de seis vértebras. O cantor foi socorrido e levado a um hospital na cidade mineira, de lá ele foi transferido para o Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista. Dinho foi internado na manhã de 1 de novembro na unidade de terapia intensiva do hospital. Ficou 20 dias internado na UTI do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo e impossibilitado de cantar por seis meses, mas recuperou.
   
  

Luísa Maita faz hoje 37 anos

Luísa Maita (São Paulo, 27 de abril de 1982) é uma cantora e compositora brasileira.
   
Biografia
Filha de Amado Maita, músico e compositor que teve o seu único álbum considerado o Holy Grail entre colecionadores no mundo, e da produtora cultural Myriam Taubkin. Luisa teve contato direto com o samba jazz e o meio musical desde a infância. Conviveu com grandes músicos como Sizão Machado, Moacir Santos, Naná Vasconcelos, Paulinho da Viola, Lenine e Guilherme Vergueiro, entre outros.
Mostrou a sua capacidade de composição, tendo músicas gravadas por Virgínia Rosa, Mariana Aydar (“Beleza” eleita pela revista Rolling Stone uma das melhores músicas de 2009) e participado dos álbuns de Rodrigo Campos e Carlos Núñes. Luísa Maita também trabalhou com grandes produtores no Brasil como Antonio Pinto, Beto Villares e Bid. Teve destaque como cantora nos vídeos da campanha para olimpíadas Rio 2016 dirigidos por Fernando Meirelles, apresentados em Copenhaga e veiculados no mundo todo.
Em 2010, Luísa apresenta "Lero-Lero", o seu álbum de estreia, lançado no Brasil pelo selo Oi Música e no mundo todo pela Cumbancha/Putumayo, pontuado por influências da música pop e eletrónica indissociáveis da base acústica enraizada no samba, na bossa nova e na música popular brasileira que une referências musicais e pessoais com preciosismo e despojamento.
Após o lançamento nos EUA, o programa “All Things Considered” da NPR disse que Luísa é a "Nova Voz do Brasil" e salientou que "se continuar fazendo discos como este, pode muito bem estar no caminho para o estrelato internacional". Logo em seguida a cantora embarca para sua primeira turnê pelos Estados Unidos e Canada, recebendo ótimas críticas do The New York Times, The Washington Post e Boston Globe.
No Brasil, o álbum figurou nas principais listas de melhores discos de 2010 - entre elas a da revista Veja, Rolling Stone e MTV e, em julho de 2011, Luísa recebeu o prémio de Artista Revelação do Ano na vigésima segunda edição do conceituado Prémio da Música Brasileira, além de se apresentar na festa de entrega ao lado de Lenine.
No mesmo período, Luísa estreou na Europa passando por importantes festivais de verão como o Nuits du Sud, na França e o Músicas do Mundo, em Portugal. Em agosto de 2011, a cantora regressou à América do Norte, realizando 30 shows em 26 cidades durante 45 dias e, uma vez mais, enchendo os festivais e casas de shows por onde passou e recebendo elogios da imprensa com destaque especial no jornal LA Times.
 
 

Patrick Vaughn Stump, o vocalista da banda Fall Out Boy, faz hoje 35 anos

Patrick Vaughn Stump, nascido Patrick Martin Stumph (Glenview, Illinois, 27 de abril de 1984) é o vocalista e guitarrista da banda de pop-punk Fall Out Boy. Ele é filho de David Stumph, um cantor de Folk e Patricia Vaughn. Tem uma irmã mais velha chamada Megan e irmão mais velho chamado Kevin, que é um exímio violinista.
  
Carreira
Em 2001, Patrick co-fundou os Fall Out Boy com o guitarrista Joe Trohman e Pete Wentz.
Antes de ser o vocalista do Fall Out Boy, Patrick exerceu a função de baterista, mas o seu talento nos vocais foi descoberto, todavia, ele não tinha experiência como vocalista. Originalmente, Stump era somente o vocalista, mas depois saída de dois membros seguinte ao lançamento de Fall Out Boy's Evening Out with Your Girlfriend, ele também começa a tocar guitarra na banda. Neste ponto, o baterista Andy Hurley, chegou à banda.
O primeiro álbum da banda, o Fall Out Boy's Evening Out with Your Girlfriend, foi lançado em 2003 pelo selo Uprising Records, embora eles deixassem o selo para assinar com a Fueled By Ramen. Então, lançaram o Take This to Your Grave em maio de 2003, o seu segundo álbum, o qual os ajudou a ganhar fãs e algum sucesso.
Em 2003, Patrick e os seus colegas de banda assinaram um contrato com a Island Records e lançaram o seu EP acústico My Heart Will Always Be the B-Side to My Tongue e um DVD em 2004. Este foi seguido do seu segundo álbum de estúdio, o From Under The Cork Tree.
Nos Fall Out Boy, Patrick compôs a maioria das músicas para a banda, enquanto que o Pete compôs a maioria das letras.
Eu acho que o Patrick é um génio musical, ele é um cientista maluco.

- Joe Trohman, Patrick Stump
Como produtor trabalhou com os The Hush Sound no Like Vines e os Gym Class Heroes no álbum As Cruel As School Children. Patrick também produziu o álbum ¡Viva La Cobra! do Cobra Starship. Produziu Rising Down, do The Roots. Também produziu uma faixa chamada Little Weapon do álbum The Cool do Lupe Fiasco, e várias faixas em No Itroduction do rapper Tyga. Recentemente, produziu uma nova mistura de Little Things do Good Charlotte, para uma coletânea remisturada da banda.
No final de 2008 Patrick fecha contrato com a gretsch guitars para lançar a sua "signature model", intitulado até então de stump-o-matic. Trata-se de uma guitarra estilo corvette vintage,com captação tripla (tres hum buckers) e cor cinza prateada (Silver Gibson) fazendo alusão à sua guitarra favorita, uma Gibson SG G - 400 silver edition.
Além de produzir álbuns, Stump também já fez novas misturas de várias faixas para bandas sonoras e lançamentos especiais, incluindo uma nova mistura de "Queen Of Apology" para a banda sonora de The Sounds on the Snakes on a Plane, um nova mistura de Sugar, We're Goin Down numa edição especial do From Under The Cork Tree e "Pace Yourself", para os The Higher no álbum On Fire.
Foi um dos cantores que atuaram no single da coca-cola Open the happiness!, juntamente com outros cantores de sucesso tais quais Brendon Urie, Cee-lo Green e Travis Mccoy.
Em fevereiro de 2011, lançou o seu EP Truant Wave, que contém seis músicas anteriormente divulgadas pelo cantor e uma delas, "Spotlight (Oh!Nostalgia)", foi escolhida pelos fãs numa inquérito online feita pelo próprio Patrick Stump.
Em outubro do mesmo ano, lançou o seu primeiro álbum solo: Soul Punk, com participação de Lupe Fiasco na música "This City".