quarta-feira, janeiro 27, 2010

Dia Mundial da Memória do Holocausto

Notícia sobre risco sísmico no Público

Um sismo forte no Verão fará estragos significativos no Algarve

Por Teresa Firmino

Entre cinco e sete por cento dos edifícios sofreriam danos muito graves. Seriam milhares os desalojados e centenas as vítimas num abalo de 7,5 perto da costa


Num sismo com epicentro no Algarve, em terra, com os mesmos sete graus de magnitude registados no Haiti, quantos edifícios seriam afectados? Embora com incertezas, é possível ter um cenário. "Ficariam afectadas 40 a 50 por cento das unidades hospitalares, escolas, redes eléctricas e de abastecimento de água, entre outras", revelou ontem o coordenador científico de um estudo de risco de sismos e tsunamis no Algarve, Carlos Sousa Oliveira, do Instituto Superior Técnico, na apresentação do trabalho.

Em Portugal há alguns programas informáticos que calculam os danos nos prédios, o número de vítimas e as perdas económicas de um sismo. O mais recente é este do Algarve. A este tipo de programas os especialistas chamam simulador de cenários sísmicos. Neste caso, o simulador engloba todo um mundo de dados recolhidos no Estudo do Risco Sísmico e Tsunamis do Algarve, entre 2006 e 2009, coordenado pela Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) e que envolveu nove instituições científicas.

Estão lá as falhas geológicas que podem gerar sismos no Algarve (no mar e em terra); o catálogo dos sismos históricos; os vários tipos de solo e a forma como amplificam as ondas sísmicas; os tipos de construção dos edifícios residenciais; as escolas, os hospitais e centros de saúde; as diversas redes (rodoviária, ferroviária, eléctrica, abastecimento de água ou comunicações); ou o número de pessoas presentes.

Ontem, na Universidade do Algarve, o director nacional de Planeamento e Emergência da ANPC, José Oliveira, apresentou um exemplo do que o simulador pode fazer. Escolheu um hipotético sismo de magnitude 7,5 na escala de Richter (já elevada), com epicentro 68 quilómetros a sudoeste de Faro (já perto da costa), num dia 15 de Agosto, ao meio-dia. Portanto, no mês que é o pico da afluência de pessoas na região (população oscila entre 420 mil no Inverno e 1,5 milhões no Verão) e a uma hora com muita gente na praia.

Em cinco a dez minutos, o simulador faz os cálculos. Surgem depois no ecrã de um normal computador, localizado apenas na ANPC na zona de Lisboa e no seu Comando Distrital de Operações de Socorro em Faro, diversos mapas.

No hipotético sismo de 7,5, os mapas mostram onde se localizariam os danos humanos, que traduzem a incerteza destes métodos numa grande amplitude: mortos entre 33 e 1007; feridos entre 254 e 593; desalojados entre 8690 e 13.234. Ou os danos nos edifícios: totais (1,2 a 1,5 por cento), severos (4,5 a 6,1) e ligeiros (20,3 a 35,9). No mapa são ainda evidenciadas as zonas de edifícios sem danos, dos que ficariam com uso condicionado e dos inutilizáveis. Noutro mapa vêem-se os danos no fornecimento de energia.


O que inundaria um tsunami

Se este sismo não passou de exercício, o certo é que o simulador já foi posto à prova - na madrugada de 17 de Dezembro último, quando se registou em Portugal continental um abalo de magnitude seis, 100 quilómetros a sudoeste do Cabo de São Vicente.

Uma hora depois, a ANPC corria o novo simulador com a magnitude e o epicentro do sismo a sério. "Verificámos que não havia danos expectáveis no Algarve. Foi uma situação real que testámos, e bateu certíssimo", conta-nos Patrícia Pires, da ANPC.

Outro dos cenários incluídos no simulador do Algarve é o de um tsunami. A equipa de Miguel Miranda, do Centro de Geofísica da Universidade de Lisboa, simulou as áreas afectadas por uma onda gigante provocada por um sismo de 8,3 de magnitude (com quatro possíveis origens no mar, tendo em conta as várias localizações sugeridas para o terramoto de 1755). "Fizemos cartas de inundação para um conjunto de sítios no Algarve. A inundação é significativa em muitas zonas, com cotas baixas", diz Miguel Miranda. "Aquelas onde há confluência entre os pequenos rios algarvios e o litoral são particularmente vulneráveis." Armação de Pêra é uma das piores zonas. Ontem, a apresentação de uma carta de inundação por um tsunami na zona de Quarteira e Vilamoura permitiu ter ideia de como o mar avançaria terra adentro.

Mas o cenário do sismo de 1755 não fez parte dos exemplos, embora conste no menu do simulador. "Num sismo como o de 1755 em Agosto, à tarde, o simulador dá-nos valores absolutamente impressionantes de mortos, feridos e danos. É qualquer coisa de muito grave. É uma situação calamitosa e o simulador mostra isso", diz-nos Carlos Sousa Oliveira. "Acima de determinados níveis, a resposta é muito difícil. Há o efeito de dominó: se não tivermos electricidade, não temos água, não podemos apagar incêndios..." A probabilidade de um sismo desses, acrescenta, é muito baixa.

Os números destas simulações é o tipo de informação que todos têm relutância em divulgar, sobretudo quando se trata de simular o sismo de 1755, um dos maiores de que há memória na Terra, com 8,5 a 9 de magnitude. Porquê? Não querem alarmar a população e as estimativas em relação às vítimas têm grande incerteza. "Temos muitas dúvidas nessas estimativas", frisa Alfredo Campos Costa, do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), que também participou na criação do simulador. "Há três modelos matemáticos de perdas de vidas humanas e esses modelos dão diferenças de duas ordens de grandeza. Se um dá dez, o outro dá mil", acrescenta este especialista em engenharia sísmica.

Estas estimativas são difíceis, pois é preciso introduzir muitas variáveis - por exemplo, o que mata não são os sismos, são os edifícios, e essa correlação é complexa. Também Patrícia Pires refere as limitações: "Não podemos tomar os números como verdade absoluta do que vai acontecer. Se o simulador diz 301 mortos, é uma aproximação."

Se as simulações têm estas limitações, para que servem? Dão uma ideia genérica do que pode ocorrer e, com essa informação, preparar planos de emergência e medidas de reforço anti-sísmico das construções. E logo após um sismo, como o de Dezembro, ajudam a traçar um primeiro retrato dos impactos e a decidir para onde enviar socorro. "Temos, quase em tempo real, a perspectiva geral do que pode ter ocorrido, o que apoia a decisão nas primeiras horas e orienta as equipas no terreno", diz Patrícia Pires.


in Público - ler notícia

Inquérito ao Geólogos Portugueses - criação da Ordem dos Geólogos

Recebido via mailing-list da GEOPOR:

Tendo em vista a criação de uma Associação Pública Profissional (Ordem), a Associação Portuguesa de Geólogos está a efectuar um inquérito que tem por objectivo conhecer em pormenor o conjunto dos Geólogos Portugueses e, assim, obter uma percepção mais concreta sobre a sua vontade de aderir a uma associação com estas características, a qual teria por principais objectivos representar e defender a classe profissional perante a Sociedade e a Administração Pública, bem como proceder à certificação das suas qualificações e experiência, no sentido de prevenir a intrusão de outros profissionais em funções que deveriam ser da única e exclusiva competência dos Geólogos.

A sua participação é muito importante pois, pela sua vontade expressa, passará o futuro da profissão de Geólogo em Portugal.


Foi convidado a preencher o formulário Ordem dos Geólogos. Para o preencher, vá a:

Congresso de Paleontologia em Lisboa


III Congresso Ibérico de Paleontologia

XXVI Jornadas da Sociedad Española de Paleontología


7 a 10 de Julho de 2010


Organizado pelo Departamento de Geologia da FCUL, em colaboração com o Departamento de Geodinámica y Paleontología da Universidade de Huelva, do Departamento de Ciencias de la Tierra da Universidade de Saragoça e a Sociedad Española de Paleontología, o III Congresso Ibérico de Paleontologia - XXVI Jornadas de la Sociedad Española de Paleontología realizar-se-á em Lisboa, de 7 a 10 de Julho de 2010, na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.


Mais informações e primeira circular em:

terça-feira, janeiro 26, 2010

Poema alusivo à época


Dez reis de esperança

Se não fosse esta certeza
que nem sei de onde me vem,
não comia, nem bebia,
nem falava com ninguém.
Acocorava-me a um canto,
no mais escuro que houvesse,
punha os joelhos à boca
e viesse o que viesse.
Não fossem os olhos grandes
do ingénuo adolescente,
a chuva das penas brancas
a cair impertinente,
aquele incógnito rosto,
pintado em tons de aguarela,
que sonha no frio encosto
da vidraça da janela,
não fosse a imensa piedade
dos homens que não cresceram,
que ouviram, viram, ouviram,
viram, e não perceberam,
essas máscaras selectas,
antologia do espanto,
flores sem caule, flutuando
no pranto do desencanto,
se não fosse a fome e a sede
dessa humanidade exangue,
roía as unhas e os dedos
até os fazer em sangue.

in Teatro do Mundo (1958) - António Gedeão

Música para um dia especial




You could have a steam train
If you'd just lay down your tracks
You could have an aeroplane flying
If you bring your blue sky back

All you do is call me
I'll be anything you need

You could have a big dipper
Going up and down, all around the bends
You could have a bumper car, bumping
This amusement never ends

I want to be your sledgehammer
Why don't you call my name
Oh let me be your sledgehammer
This will be my testimony
Show me round your fruitcage
'cos I will be your honey bee
Open up your fruitcage
Where the fruit is as sweet as can be

I want to be your sledgehammer
Why don't you call my name
You'd better call the sledgehammer
Put your mind at rest
I'm going to be-the sledgehammer
This can be my testimony
I'm your sledgehammer
Let there be no doubt about it

Sledge sledge sledgehammer

I've kicked the habit
Shed my skin
This is the new stuff
I go dancing in, we go dancing in
Oh won't you show for me
And I will show for you
Show for me, I will show for you
Yea, yeah, yeah, yeah, yeah, yeah, I do mean you
Only you
You've been coming through
Going to build that powerr
Build, build up that power, hey
I've been feeding the rhythm
I've been feeding the rhythm
Going to feel that power, build in you
Come on, come on, help me do
Yeah, yeah, yeah, yeah, yeah, yeah, yeah, yeah, you
I've been feeding the rhythm
I've been feeding the rhythm
It's what we're doing, doing
All day and night

Música para preparar uma reunião




Blackbird

Blackbird singing in the dead of night
Take these broken wings and learn to fly
All your life
You were only waiting for this moment to arise

Black bird singing in the dead of night
Take these sunken eyes and learn to see
all your life
you were only waiting for this moment to be free

Blackbird fly, Blackbird fly
Into the light of the dark black night.

Blackbird fly, Blackbird fly
Into the light of the dark black night.

Blackbird singing in the dead of night
Take these broken wings and learn to fly
All your life
You were only waiting for this moment to arise,
You were only waiting for this moment to arise,
You were only waiting for this moment to arise

NOTA: recordemos que ontem passaram 50 anos sobre a data da morte de Beno Gutenberg, um dos melhores sismólogos de sempre...

domingo, janeiro 24, 2010

A propósito de um programa da noite de ontem na RTP








NOTA: três dos meus cantores portugueses favoritos juntos...! Eu, que politicamente até nem sou da área deles, adoro as suas músicas - só faltaram o Zeca e o Adriano (ou talvez tenham estado...) para a festa ser completa, !

Para o meu bebé...


queria que me acompanhasses
vida fora
como uma vela
que me descobrisse o mundo
mas situo-me no lado incerto
onde bate o vento
e só te posso ensinar
nomes de árvores
cujo fruto se colhe numa próxima estação
por onde os comboios estendem
silvos aflitos

Ana Paula Inácio

de Vago Pressentimento Azul por Cima, Porto, Ilhas, 2000
in POETAS SEM QUALIDADES 1994-2002, Averno, Novembro de 2002

Post roubado ao Blog Fogo Maduro...

Três cantos (a propósito de um programa desta noite na RTP)


A propósito de um programa desta noite na RTP




Travessia do Deserto

Que caminho tão longo!
Que viagem tão comprida!
Que deserto tão grande grande
Sem fronteira nem medida!

Águas do pensamento
Vinde regar o sustento
Da minha vida

Este peso calado
Queima o sol por trás do monte
Queima o tempo parado
Queima o rio com a ponte

Águas dos meus cansaços
Semeai os meus passos
Como uma fonte

Ai que sede tão funda!
Ai que fome tão antiga!
Quantas noites se perdem
No amor de cada espiga!

Ventre calmo da terra
Leva-me na tua guerra
Se és minha amiga

José Mário Branco

8 anos...!


BRINQUEDO

Foi um sonho que eu tive:
Era uma grande estrela de papel,
Um cordel
E um menino de bibe.

O menino tinha lançado a estrela
Com ar de quem semeia uma ilusão;
E a estrela ia subindo, azul e amarela,
Presa pelo cordel à sua mão.

Mas tão alto subiu
Que deixou de ser estrela de papel.
E o menino, ao vê-la assim, sorriu
E cortou-lhe o cordel.

Miguel Torga

sábado, janeiro 23, 2010

Português chega a Marte



Com a devida vénia transcrevemos notícia do jornal "Campeão das Províncias", via Blog De Rerum Natura:

Um cientista português, de 29 anos, natural de Manteigas, está a participar até ao próximo dia 7 de Fevereiro, nos Estados Unidos da América (EUA), numa iniciativa da NASA que simula uma estadia em Marte.

Luís Saraiva, licenciado em Biologia pela Universidade de Évora, doutorado pela Universidade de Colónia (Alemanha) e a frequentar um pós-doutoramento em Seatle (EUA), faz parte de uma equipa de seis cientistas que dão início amanhã, dia 22, a esta aventura “espacial”, numa estação de pesquisa localizada no deserto de Utah (EUA).

Brian Shiro (geofísico, comandante da expedição), Carla Haroz (engenheira), Mike Moran (astrónomo), Darrel Robertson (engenheiro) e Kiri Wagstaff (geóloga e jornalista) são os restantes elementos da equipa.

No site dedicado a esta missão, explicam que para além de contribuírem para os estudos em curso sobre a nutrição e a utilização de fatos espaciais, cada um deles vai dar continuidade aos próprios projectos de investigação. Luís Saraiva dedicar-se-á a pesquisar sobre o impacto ambiental e biomarcadores.

Através do site, os cientistas contam partilhar testemunhos, fotos e vídeos desta saga. Os interessados deverão clicar aqui, assim como enviar comentários e opiniões dos cibernautas através do Twitter.

Das janelas da minha escola

Quero partilhar um divertido post do blog porquemedizem (é divertido porque não é na minha Escola...) que retrata alguns estabelecimentos de ensino do centro e das cercanias de certas grandes cidades portuguesas...


Venho partilhar convosco, os que não têm o privilégio de ficarem algumas horas numa das tais janelas da minha escola, uma experiência que é muitíssimo hilariante…


Começa o dia e, de qualquer janela, vejo dezenas de alunos a fumarem os seus charros antes do toque de entrada da manhã, enquanto os dealers se afadigam entre entregas e trocos, a maior parte das vezes utilizando o capot de um carro onde não esteja ninguém sentado. Invariavelmente, são os mais pontuais. Como é sabido, os alunos devem-se divertir na escola e as aulas são muito mais engraçadas quando metade dos alunos está pedrada… Como tal, os alunos dealers fazem o seu importantíssimo trabalho com eficácia e atenção. Depois, uns entram para usufruírem do espectáculo que é uma aula dada a alunos nessas condições, em que o professor é o palhaço de serviço e é-o tanto melhor quanto mais tentar travar a insolência e as risadas irreprimíveis que aquelas almas não conseguem evitar…


Lá fora o trabalho continua, pois vão chegando os mais retardatários e já começam a aparecer os que foram para a rua ou porque, simplesmente, não lhes apeteceu estar lá mais tempo e resolveram sair. Como se sabe, estão no seu direito… Há um que se lembra de executar a nova moda, o lançamento de bombas de ácido com não sei mais quê. Enche uma garrafa com um ácido qualquer enfia-lhe uma prata, ou lá o que é, e o engenho é arremessado ou deixado à porta ou dentro do caixote de lixo de uma vizinha. O estrondo dá-se, potente, e da fumarada resultante sai uma moradora a tentar afastar com uma vassoura a garrafa que vai ardendo, entre as risadas e bocas dos alunos que se vão divertindo e, como já prepararam outra, a atiram para perto dela obrigando-a a fugir antes que rebente…


É a altura de telefonar para a portaria. Olhe, avise o segurança que já começaram as bombas… Já ouvi professor, já chamámos a polícia. Agora é preciso é que eles cheguem… Está bem, obrigado. Nada, mais bombas, mais risos e mais alunos sentados em grupos por tudo o que é carro estacionado… Os mais incautos apressam-se a ir retirar os seus carros do local onde o estacionaram, não vão acabar por pegar fogo, como, por vezes, acontece… São os alunos a aplicarem os seus conhecimentos noutras situações fora da sala de aula. Um Golf vermelho a gasolina e com mais anos que a avó do Matusalém, com umas letras pintadas a dizer nem sei bem o quê, estaciona na ponta oposta. É a polícia, cuja chegada se anuncia, primeiro e antes da vista nos informar da sua presença, pelos apupos, vaias e insultos com que os alunos os brindam… São só dois, não se vão lá meter… Entram para a escola e vão falar com a direcção. Mais bombas. O delírio aumenta, na mesma proporção do consumo de charros… Chegam mais dois ou três carros daqueles mais regulamentares e o ambiente vai ao rubro, quem não soubesse pensaria tratar-se de um jogo de futebol.


Saem dos carros e espalham-se aos grupos pelo meio da rua, enquanto dentro da escola e por detrás dos carros os alunos os vão brindando com tudo o que aprenderam da leitura de Gil Vicente. Ali ficam. Não revistam ninguém, não abordam ninguém, não fazem nada senão escutar a prosápia vertida pelas gargantas dos alunos, agora mais satisfeitos porque chegaram mais palhaços para mais e melhor os animar. A escola está fixe, assim já se começa a justificar o emprego das verbas que deveriam servir para lhes aumentarem os subsídios para poderem comprar mais droga e mais ácido para fazerem explodir, mas tudo bem, o divertimento também é importante…


Finalmente, após uma hora de exposição pública aos alunos e como estes já começam a ficar sem voz, vão-se embora, com muita pena dos alunos que consideram um direito adquirido competirem entre si a verem quem insulta e toureia melhor os agentes da autoridade. Novas bombas explodem por vários lados e volta a vizinha, o incauto que por ali estacionou e eu vou-me embora. Acabei de cumprir as minhas horas de componente não lectiva, não sem antes perguntar se querem saber quem atirou as bombas ou coisa assim, mas não, eles já sabem quem são, não vale a pena. Ok, vou dar aulas.

Curiosidade geolinguística



A maior palavra da língua portuguesa, com 20 sílabas e 46 letras e segundo a Wikipédia, é:


Refere-se ao estado de quem é contaminado por uma curiosa doença provocada por aspiração de cinzas vulcânicas - pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose...

sexta-feira, janeiro 22, 2010

Música para um certo estado de espírito



Il y a

Il y a là, la peinture des oiseaux, l'envergure qui lutte contre le vent.
Il y a là, les bordures, les distances
Ton allure quand tu marches juste devant.

Il y a là, les fissures fermées, les serrures
Comme envolé le cerf-volant.
Il y a là, la littérature, le manque d'élan, l'inertie, le mouvement.

Parfois on regarde les choses telles qu'elles sont
En se demandant pourquoi.
Parfois on les regarde telles qu'elles pourraient être
En se disant "pourquoi pas".

Il y a la la la, si l'on prenait le temps, si l'on prenait le temps.
Il y a là, la littérature, le manque d'élan, l'inertie, le mouvement.

Parfois on regarde les choses telles qu'elles sont
En se demandant pourquoi.
Parfois on les regarde telles qu'elles pourraient être
En se disant "pourquoi pas".

Il y a là, les mystères, le silence ou la mer qui lutte contre l'temps.
Il y a là, les bordures, les distances
Ton allure quand tu marches juste devant.
Il y a là, les murmures, un soupir, l'aventure
Comment mener le cerf-volant.
Il y a là, la littérature, le manque d'élan, l'inertie, le mouvement.

Parfois on regarde les choses telles qu'elles sont
En se demandant pourquoi.
Parfois on les regarde telles qu'elles pourraient être
En se disant "pourquoi pas".
Parfois on regarde les choses telles qu'elles sont
En se demandant pourquoi.
Parfois on les regarde telles qu'elles pourraient être
En se disant "pourquoi pas".


NOTA: quando, nos anos oitenta, uma menina cantava Joe le Taxi mal sabíamos nós o portento em que se tornaria, aquela que é hoje a esposa de Johnny Deep...

quinta-feira, janeiro 21, 2010

Repositório Científico da Universidade Nova de Lisboa

A Universidade Nova de Lisboa abriu um Repositório que pretende recolher, armazenar, gerir, preservar e permitir o acesso à produção intelectual da UNL, incluindo PDF de artigos, teses e afins.


Basta aceder aqui http://run.unl.pt/ e... boa busca!



in Blog Lusodinos - post do Doutor Octávio Mateus

Música para um dia especial



Don't give up

In this proud land we grew up strong
We were wanted all along
I was taught to fight, taught to win
I never thought I could fail

No fight left or so it seems
I am a man whose dreams have all deserted
Ive changed my face, Ive changed my name
But no one wants you when you lose

Dont give up
cos you have friends
Dont give up
Youre not beaten yet
Dont give up
I know you can make it good

Though I saw it all around
Never thought I could be affected
Thought that wed be the last to go
It is so strange the way things turn

Drove the night toward my home
The place that I was born, on the lakeside
As daylight broke, I saw the earth
The trees had burned down to the ground

Dont give up
You still have us
Dont give up
We dont need much of anything
Dont give up
cause somewhere theres a place
Where we belong

Rest your head
You worry too much
Its going to be alright
When times get rough
You can fall back on us
Dont give up
Please dont give up

Got to walk out of here
I cant take anymore
Going to stand on that bridge
Keep my eyes down below
Whatever may come
And whatever may go
That rivers flowing
That rivers flowing

Moved on to another town
Tried hard to settle down
For every job, so many men
So many men no-one needs

Dont give up
cause you have friends
Dont give up
Youre not the only one
Dont give up
No reason to be ashamed
Dont give up
You still have us
Dont give up now
Were proud of who you are
Dont give up
You know its never been easy
Dont give up
cause I believe theres the a place
Theres a place where we belong

João Villaret morreu há 49 anos

João Henrique Pereira Villaret (Lisboa, 10 de Maio de 1913 — Lisboa, 21 de Janeiro de 1961) foi um actor, encenador e declamador português.



Para recordar a sua importância na divulgação da poesia de Fernando Pessoa, do qual foi amigo, um poema apenas:



O monstrengo

O mostrengo que está no fim do mar
Na noite de breu ergueu-se a voar;
A roda da nau voou três vezes,
Voou três vezes a chiar,
E disse: «Quem é que ousou entrar
Nas minhas cavernas que não desvendo,
Meus tetos negros do fim do mundo?»
E o homem do leme disse, tremendo:
«El-Rei D. João Segundo!»

«De quem são as velas onde me roço?
De quem as quilhas que vejo e ouço?»
Disse o mostrengo, e rodou três vezes,
Três vezes rodou imundo e grosso.
«Quem vem poder o que só eu posso,
Que moro onde nunca ninguém me visse
E escorro os medos do mar sem fundo?»
E o homem do leme tremeu, e disse:
«El-Rei D. João Segundo!»

Três vezes do leme as mãos ergueu,
Três vezes ao leme as reprendeu,
E disse no fim de tremer três vezes:
«Aqui ao leme sou mais do que eu:
Sou um povo que quer o mar que é teu;
E mais que o mostrengo, que me a alma teme
E roda nas trevas do fim do mundo,
Manda a vontade, que me ata ao leme,
De El-Rei D. João Segundo!»

terça-feira, janeiro 19, 2010

Dinossáurios no Geopark Naturtejo

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A Maior Exposição itinerante de Dinossáurios do Mundo, que nunca antes fora reunida, vai invadir o Geopark Naturtejo

Esta exposição da empresa holandesa Creatures & Features, com mais de 30 dinossáurios, conta com o apoio científico de Vanda Faria dos Santos, do Museu Nacional de História Natural e da Associação Leonel Trindade de História Natural, de Torres Vedras.

Para além de réplicas gigantescas de esqueletos de dinossáurios, como a de um saurópode Camarasaurus com 17 m de comprimento e 9 m de altura, e de vorazes terópodes para todos os tamanhos, répteis voadores, crânios, ovos, embriões e de reconstituições de dinossáurios em vida existirá, pela primeira vez, a apresentação da escavação de um dinossáurio real proveniente do Wyoming (E.U.A.).

O espaço de 3000 m2 da exposição "Dinossáurios invadem o Geopark" contará ainda com uma espectacular mostra de dinossáurios portugueses da colecção da Associação Leonel Trindade e com uma apresentação dos fósseis do Geopark Naturtejo, 250 milhões de anos mais antigos do que o primeiro dinossáurio.

No decorrer da exposição decorrerão actividades desenvolvidas pela Creatures & Features como a construção, ao vivo, de um dinossáurio.

Esta exposição irá estar patente na NERCAB, em Castelo Branco, a partir do mês de Março, com o patrocínio da Entidade Regional de Turismo do Centro e da Câmara Municipal de Castelo Branco, entre outras instituições e empresas da região e do resto do país, que se estão a associar a mais um grande evento, de escala internacional, do Geopark Naturtejo.

Os Programas Educativos do Geopark Naturtejo levarão à descoberta dos fósseis presentes na exposição, promovendo ainda ateliers de réplicas de fósseis semelhantes às que se podem admirar em "Dinossáurios invadem o Geopark" e participando numa verdadeira escavação de um grande dinossáurio carnívoro, descoberto no Deserto de Gobi, Mongólia.

Os programas turísticos "Rotas pelo Geopark" 2010 incluem a "Rota dos Dinossáurios e dos Fósseis do Geopark" com percursos fantásticos no espaço e no tempo, entre gigantes seres, florestas e oceanos do passado remoto.

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