domingo, fevereiro 09, 2025

Dostoiévski morreu há cento e quarenta e quatro anos...

   
Fiódor Mikhailovitch Dostoiévski (Moscovo, 11 de novembro de 1821 - São Petersburgo, 9 de fevereiro de 1881) foi um escritor, filósofo e jornalista do Império Russo. É considerado um dos maiores romancistas e pensadores da história, bem como um dos maiores "psicólogos" que já existiram (na aceção mais ampla do termo, como investigadores da psique).

Após o fim da sua formação académica como engenheiro, Dostoiévski trabalhou integralmente como escritor, produzindo romances, novelas, contos, memórias, escritos jornalísticos e escritos críticos. Além disso, atuou como editor em revistas próprias, como preceptor e participou de atividades políticas. As suas obras mais importantes foram as literárias, onde abordou, entre outros temas, o significado do sofrimento e da culpa, o livre-arbítrio, o cristianismo, o racionalismo, o niilismo, a pobreza, a violência, o assassinato, o altruísmo, além de analisar transtornos mentais, muitas vezes ligados à humilhação, ao isolamento, ao sadismo, ao masoquismo e ao suicídio. Pela retratação filosófica e psicológica profunda e atemporal dessas questões, seus escritos são comummente chamados de romances filosóficos e romances psicológicos.

Dostoiévski logrou atingir certo sucesso já com seu primeiro romance, Gente Pobre, o qual foi imediatamente elogiado e protegido pelo mais importante crítico literário russo da primeira metade do século XIX, Vissarion Belinski. Já seu segundo romance, O Duplo - obra hoje muita famosa, tendo sido reinterpretada literária e cinematograficamente -, recebeu criticas muito negativas, inclusive do seu antigo protetor, críticas que acabaram por destruir o reconhecimento que Dostoiévski começava a adquirir como escritor. Apenas após o seu retorno da prisão na Sibéria - Dostoiévski foi preso por conspirar contra o Czar -, repetiria o escritor o seu sucesso inicial com a semi-biográfica obra Recordações da Casa dos Mortos, a qual trata dos anos que passou na prisão. Mais tarde a sua fama aumentaria drasticamente graças a obras como Crime e Castigo, O Idiota e Os Demónios. Foi entretanto já próximo da morte que Dostoiévski consolidou-se um dos maiores escritores de todos os tempos com sua obra-prima Os Irmãos Karamazov.

A influência de Dostoiévski é ímpar: ele influenciou diretamente a Literatura, a Filosofia, a Psicologia e a Teologia. Sob a sua influência direta foram produzidas várias obras literárias e cinematográficas. Foi também reconhecido como precursor dos seguintes movimentos: nietzscheanismo, psicanálise, expressionismo, surrealismo, teologia da crise e existencialismo. O reconhecimento popular também é imenso: é mundialmente conhecido, possui diversas estátuas, selos e moedas em sua homenagem e até hoje celebra-se em São Petersburgo o "Dia da Dostoiévski".

  

Alban Berg nasceu há cento e quarenta anos...

    
Alban Maria Johannes Berg
(Viena, 9 de fevereiro de 1885 - Viena, 24 de dezembro de 1935) foi um compositor austríaco.
Foi apelidado "o romântico do dodecafonismo", pois nas obras que escreveu esse estilo sobrevive na expressividade e dramatismo. Compôs as óperas Wozzeck e a incompleta Lulu.
Autodidacta musical até ser aluno de Arnold Schoenberg (entre 1904 e 1911), acaba por interessar-se por composição e pelo dodecafonismo. Junto com o seu mestre Schoenberg e o seu amigo e condiscípulo Anton Webern pertence à chamada Segunda Escola de Viena (sendo a primeira o trio formado por Haydn, Mozart e Beethoven).
A mais conhecida peça de Berg é o Concerto para Violino, na qual, tal como na maior parte do seu trabalho, emprega a técnica dos doze tons, que combina a atonalidade com as passagens harmónicas tradicionais da música europeia.
Berg fazia parte da elite cultural de Viena durante o início do século XX. No seu círculo de amigos encontram-se os músicos Alexander von Zemlinsky e Franz Schreker, o pintor Gustav Klimt, o escritor Karl Kraus, o arquitecto Adolf Loos, e o poeta Peter Altenberg. A estreia em 1924 de Wozzeck, ópera composta a partir da peça Woyzeck de Georg Büchner, é um enorme êxito em Viena.
Faleceu, provavelmente devido a uma picada de insecto e consequente septicemia, aos 50 anos.
    
 

Carmen Miranda nasceu há 116 anos...

      
Maria do Carmo Miranda da Cunha (Marco de Canaveses, 9 de fevereiro de 1909 - Los Angeles, 5 de agosto de 1955), mais conhecida como Carmen Miranda, foi uma cantora e atriz luso-brasileira. A sua carreira artística decorreu no Brasil e Estados Unidos entre as décadas de 30 e 50. Trabalhou no rádio, no teatro de revista, no cinema e na televisão, chegando a receber o maior salário até então pago a uma mulher nos Estados Unidos. 
     
 

As ilhas Svalbard são parte da Noruega há 105 anos

Museu sobre os pomor na colónia russa de Barentsburg (Баренцбург)

O Tratado de Svalbard, assinado em Paris a 9 de fevereiro de 1920, é um tratado multilateral que reconhece a soberania da Noruega sobre o arquipélago de Svalbard e suas águas territoriais, mas garante que os nacionais de todos os Estados contratantes beneficiam de igualdade de direitos no acesso aos recursos naturais da região (em especial à mineração do carvão). O Tratado permite à Noruega regular a exploração e tomar as medidas de proteção ambiental necessárias, mas impede qualquer discriminação positiva a favor dos seus nacionais ou de empresas norueguesas. O tratado também obriga à desmilitarização do território e proíbe a construção de qualquer tipo de fortificação.
    
Enquadramento político e partes contratantes iniciais
A soberania sobre Svalbard foi mantida indefinida durante quase 300 anos, com nacionais de vários Estados a exercerem atividade económica e de exploração científica no território, com especial destaque para os interesses ligados à Noruega e à Rússia.
A questão agudizou-se quando se descobriu que a ilha de Spitsbergen era rica em carvão e em 1906 a empresa de capitais americanos Arctic Coal Company (ACC) pretendeu iniciar a exploração industrial. O povoado então fundado recebeu o nome de Longyearbyen, hoje a capital do arquipélago, em honra do americano John Munroe Longyear, proprietário da ACC.
Em 1916, em plena Grande Guerra, a ACC vendeu a sua posição a interesses nórdicos e a companhia norueguesa (hoje estatal) Store Norske Spitsbergen Kulkompani A/S (SNSK), para além de outras duas empresas escandinavas e de uma neerlandesa, incrementou em muito a mineração, formando as primeiras colónias permanentes de dimensão apreciável no arquipélago.
Seguiram-se interesses russos, que também pretendiam acesso ao carvão da ilha, o que levou a uma crescente tensão em torno do domínio da ilha.
Terminada a guerra, as potências aliadas vencedoras resolveram apoiar as pretensões norueguesas, o que levou à assinatura em Paris (Sèvres), a 9 de fevereiro de 1920, do um tratado que clarificasse estas matérias.
O Tratado de Svalbard foi inicialmente assinado entre a Noruega, os Estados Unidos da América, o Reino Unido (e domínios integrados no então Império Britânico), a França, o Canadá, a Austrália, a Dinamarca, a Itália, os Países Baixos, a Suécia e o Japão. A União Soviética aderiu em 1924 e a Alemanha em 1925. Hoje o Tratado tem mais de 40 signatários, entre os quais Portugal (que o ratificou a 24 de outubro de 1927).
O Tratado de Svalbard, apesar de reconhecer a soberania norueguesa sobre a ilhas, impõe como condição a sua perpétua desmilitarização e o direito dos cidadão dos países signatários nelas se estabelecerem livremente para exploração dos seus recursos naturais, embora subordinados às leis promulgadas pela Noruega, que, contudo, não pode discriminar positivamente os seus cidadãos face aos dos restantes Estados signatários.
  
    
Os efeitos do Tratado
A internacionalização económica de Svalbard levou a que durante a maior parte do século XX a ilha de Spitsbergen tivesse entre os seus residentes mais cidadão soviéticos que noruegueses, já que a União Soviética investiu fortemente na exploração do carvão através da empresa estatal Trust Arktikugol (Арктикуголь), a única que, a par da norueguesa Store Norske Spitsbergen Kulkompani A/S, ainda mantém atividade mineira na ilha. Esta empresa adquiriu em 1932 as minas neerlandesas de Barentsburg, cuja exploração ainda mantém.
As atuais minas russas tinham pertencido à Nederlandsche Spitsbergen Compagnie (Nespico) N.V., empresa que a partir de 1921 tinha explorado carvão num local que chamou Barentsburg em homenagem ao explorador polar neerlandês Willem Barents. Nos seus tempos áureos, por meados da década de 20, a Nespico chegou a ter 500 trabalhadores na ilha.
Nos termos do Tratado, a partir de 1925 a Noruega assumiu a administração da ilha tendo, entre outras medidas, estabelecido normas de proteção ambiental que foram pioneiras na Europa. A administração está desde aquela data, com um interregno devido à ocupação alemã durante a II Guerra Mundial, entregue a um Governador nomeado pela Noruega.
Apesar de ser uma zona desmilitarizada, Spitsbergen está situada numa posição geoestratégica importante, pois controla o acesso aos portos russos de Murmansk e Arkhangelsk, os únicos de que na Rússia têm acesso irrestrito ao Atlântico.
Desencadeada a II Guerra Mundial, e ocupada a Noruega pela Alemanha, a atividade mineira foi suspensa e a ilha quase totalmente evacuada a 3 de setembro de 1941. Mesmo assim, forças alemãs bombardearam Longyearbyen e Barentsburg em setembro 1943 e Sveagruva no ano seguinte.
Terminada a guerra, a ilha passou a desempenhar um papel importante na Guerra Fria, com os seus mares a serem palco de frequentes incursões submarinas e aéreas.
Sendo a Noruega um membro da NATO, a convivência com a presença soviética em Svalbard foi complexa, até porque o número de cidadãos soviéticos era maior do que o de noruegueses e a autonomia de que gozam as diversas comunidade, e a sua auto-suficiência, faziam de Pyramiden (Пирамида) e Barentsburg (Баренцбург) verdadeiros enclaves soviéticos sobre os quais a Noruega não exercia qualquer real poder.
    

Edson Cordeiro - 58 anos

 

Filho de um mecânico e de uma bordadeira, nasceu em Santo André e passou a infância em Santa Cruz do Rio Pardo. Dos seis aos 16 anos cantou no coro da Igreja Presbiteriana Independente, frequentada por seus pais. Fez teatro infantil e, em 1985, participou da ópera rock Amapola, de Miguel Briamonte, que mais tarde seria diretor musical de seus discos. Em 1988 foi ator e cantor na terceira montagem brasileira da ópera rock Hair (Gerome Ragni, James Rado e Galt McDermot), dirigida por Antônio Abujamra. No ano seguinte, atuou na montagem de O doente imaginário, de Molière, dirigida por Cacá Rosset. Com essa peça, viajou pela Europa, EUA, México e América Central.

Seu primeiro show solo aconteceu em agosto de 1990, na Mistura Up do Rio de Janeiro. O sucesso foi imediato, e ele passou a ser disputado por várias gravadoras. Tem um timbre vocal de contratenor (voz masculina aguda, cuja tessitura pode corresponder à do soprano, do alto ou do contralto) e um reportório eclético, que inclui autores tão diversos como Noel Rosa, Janis Joplin, Rolling Stones e Mozart. Sua interpretação da ária da Rainha da Noite, da Flauta Mágica é muito conhecida, tanto que foi utilizada em um comercial do Chevrolet Kadett em 1993.

Gravou pela Sony os CDs Edson Cordeiro (1992), Edson Cordeiro (1994) e Terceiro sinal (1996), que inclui uma interpretação cool de Bidu Saião e o canto de cristal, samba-enredo da Escola de Samba Beija-Flor (1995) e Ave Maria (Vicente Paiva e Jaime Redondo), do repertório de Dalva de Oliveira. Em 1994 e 1995, fez tourneés de sucesso em vários países da Europa.

 
   

 

The Rev nasceu há quarenta e quatro anos...

   
James Owen Sullivan
, mais conhecido como The Rev, diminutivo de The Reverend Tholomew Plague (Huntington Beach, 9 de fevereiro de 1981 - 28 de dezembro de 2009), foi um baterista, cantor e compositor norte-americano que fez sucesso com a banda Avenged Sevenfold.
    
(...)
    
Jimmy foi encontrado morto na sua casa. A polícia foi notificada pelos bombeiros, que chegaram em sua casa às 13.00 horas. A polícia afirmara que The Rev teria morrido de causas naturais, e pouco depois a perícia foi considerada "inconclusiva". Em junho de 2010, descobriram a que morte foi causada por uma "overdose acidental", resultado de uma intoxicação devido ao efeito combinado de oxicodona, oximorfona, diazepam (todos eles calmantes). O baterista foi cremado , numa cerimónia privada, a 6 de janeiro. O guitarrista da banda Synyster Gates fez um elogio - no cemitério - aos pais de The Rev, juntamente com o ex-baterista do Pantera Vinnie Paul, o vocalista do Bullet For My Valentine, Matt Tuck, e os membros do Buckcherry e My Chemical Romance. Synyster Gates estava a escrever uma letra para uma música, para dedicar ao seu avô, que havia morrido, só que ainda não estava completa, então quando o seu melhor amigo, "The Rev", faleceu, resolveu terminar a letra e compor a canção "So Far Away".
    
 

Blecaute morreu há 42 anos...

  
Otávio Henrique de Oliveira
(Espírito Santo do Pinhal, 5 de dezembro de 1919 - Rio de Janeiro, 9 de fevereiro de 1983) foi um cantor e compositor brasileiro conhecido como Blecaute.
Era também conhecido pela alcunha de "General da Banda", devido ao seu maior sucesso, a marchinha de Carnaval homónima.
   
(...) 
 

Doente desde 1978, Blecaute faleceu no dia 9 de fevereiro de 1983, aos 63 anos, no Hospital Municipal Cardoso Fontes, no Rio de Janeiro, vítima de uma paragem cardio-respiratória, após ficar uma semana internado. Foi sepultado no Cemitério de São João Batista, em Botafogo, zona sul carioca.
    
 

Mia Farrow comemora hoje oitenta anos...!

  
Mia Farrow, nome artístico de Maria de Lourdes Villiers Farrow (Los Angeles, 9 de fevereiro de 1945) é uma atriz norte-americana.

A atriz e Frank Sinatra casaram em 1966. Na época, Mia tinha 21 anos e Frank 50. Divorciaram-se dois anos depois, porque Farrow recusou participar num filme com Sinatra, para fazer o filme de terror Rosemary's Baby, o que a tornou conhecida. Em 2013, a atriz confessou que apesar do casamento com Sinatra ter durado apenas dois anos, o amor continuou. Revelou também que Ronan, fruto do seu relacionamento com Woody Allen, poderia não ser filho do realizador, mas sim do cantor.

Quando se separou de Frank Sinatra, foi viver em casa de Dory Prévin, a sua maior amiga, casada com o músico André Previn, do qual Mia engravidou, provocando o divórcio do casal e a institucionalização de Dory. Depois do divórcio, Mia Farrow casou com André Prévin.

Nunca foi casada com Woody Allen, apesar do namoro ter durado 12 anos, e ter atuado em vários de seus filmes. O ex-casal, que nunca viveu junto, teve uma das mais mediáticas separações, pois a atriz descobriu que Allen mantinha um relacionamento com Soon-Yi Previn, a filha que havia adotado, juntamente com o seu marido anterior, André Prévin, e com quem Allen posteriormente se casou. 

 

sábado, fevereiro 08, 2025

Mendeleiev nasceu há 191 anos

      
Dmitri Ivanovich Mendeleev, também escrito Mendeleiev, (Tobolsk, 8 de fevereiro de 1834 - São Petersburgo, 2 de fevereiro de 1907), foi um químico russo, criador da primeira versão da tabela periódica dos elementos químicos, prevendo as propriedades de elementos que ainda não tinham sido descobertos.
 
Vida e obra
Dmitri I. Mendeleev nasceu na cidade de Tobolsk na Sibéria. Era o filho mais novo de uma família de 17 irmãos. O seu pai, Ivan Pavlovich Mendeleev era diretor da escola da sua terra, perdeu a visão no mesmo ano do seu nascimento. e, como consequência, perdeu o seu trabalho.
Já que o seu pai recebia uma pensão insuficiente, a sua mãe Maria Dmitrievna Mendeleeva, passou a dirigir uma fábrica de cristais fundada pelo seu avô, Pavel Maximovich Sokolov. Na escola, desde cedo destacou-se em Ciências (nem tanto em ortografia). Um cunhado, exilado por motivos políticos e um químico da fábrica inspiraram a sua paixão pela ciência. Depois da morte do seu pai, um incêndio destruiu a fábrica de cristais. A sua mãe decidiu não reconstruir a fábrica mas sim investir as suas economias na educação do filho.
Nessa época todos os seus irmãos, exceto uma irmã, já viviam independentemente. A sua mãe então mudou-se, com ambos, para Moscovo, a fim de que ele ingressasse na Universidade de Moscovo, o que não conseguiu, pois, talvez devido ao clima político vivido pela Rússia naquele momento, a universidade só admitia moscovitas.
Foram então para São Petersburgo, onde a situação era precisamente a mesma, não se admitiam estudantes de outras regiões, porém a sua mãe descobriu que o diretor do Instituto Pedagógico Central (principal escola formadora de professores da Rússia da época) era amigo de seu falecido marido, portanto, onde a burocracia frustrava, o favoritismo mandava e Dmitri conseguiu uma vaga.
O Instituto Pedagógico Central ficava nos mesmos prédios da Universidade de São Petersburgo e tinha em seu quadro docente muitos professores da própria universidade, dentre eles o famoso físico alemão Heinrich Lenz. Interessou-se pela química graças ao prestigiado professor Alexander Voskresenki, que passou os seus últimos anos de vida numa enfermaria devido a um falso diagnóstico de tuberculose. Ainda assim graduou-se, em 1855, como primeiro de sua classe.
Em 1859 conseguiu uma verba do governo para estudar no exterior durante dois anos. Primeiro foi a Paris estudar, sob a tutela de Henri Victor Regnault, um dos maiores experimentalistas europeus da época (consta que Regnault havia feito várias descobertas importantes, como o princípio da conservação de energia, mas seus estudos haviam sido destruídos e Regnault não conseguiu recuperar os dados antes de sua morte).
No ano seguinte, Mendeleev seguiu para a Alemanha, estudar com Gustav Kirchhoff e Robert Bunsen, inventores do espectroscópio - importante instrumento para descoberta de novos elementos daquela época - e do até hoje utilizado bico de Bunsen.
O comportamento explosivo de Mendeleev tornou-se a sua ruína. Com pouquíssimo tempo de convivência, brigou com Kirchoff e desistiu das aulas, porém, continuou na Alemanha onde residia em um pequeno apartamento que transformou em laboratório. Neste laboratório improvisado, trabalhando sozinho, limitou-se a estudar a dissolução do álcool em água e fez importantes descobertas sobre estruturas atómicas, valência e propriedades dos gases.
Em 1860, pouco antes de voltar à Rússia, participou do 1º Congresso Internacional de Química da Alemanha, em Karlsruhe, onde foi decido, por influência do químico italiano Stanislao Cannizzaro, que o padrão de abordagem dos elementos químicos seria o peso atómico.
Casa-se pela primeira vez, por pressão da irmã, em 1862 com Feozva Nikítichna Lescheva, com a qual teve três filhos, um dos quais faleceu precocemente. Esta foi uma união infeliz e, em 1871, o casal separou-se. Casou-se, pela segunda vez, em 1882, com Ana Ivánovna Popova, 26 anos mais jovem. Tiveram quatro filhos. Teve de enfrentar a oposição da família de Ana e o facto de que Feozva  se negava a dar-lhe o divórcio.
Em 1869, enquanto escrevia o seu livro de química inorgânica, Dmitri Ivanovich Mendeleev organizou os elementos na forma da tabela periódica atual. Ele criou uma carta para cada um dos 63 elementos conhecidos. Cada carta continha o símbolo do elemento, a massa atómica e as suas propriedades químicas e físicas. Colocando as cartas numa mesa, organizou-as em ordem crescente de massas atómicas, agrupando-as em elementos de propriedades semelhantes. Tinha então acabado de formar a tabela periódica.
  
Tabela periódica de Mendeleev, na 1ª edição inglesa do seu livro (de 1891, baseada na 5ª edição russa)
    
Esta tabela de Mendeleev tinha algumas vantagens sobre outras tabelas ou teorias antes apresentadas, mostrando semelhanças numa rede de relações vertical, horizontal e diagonal. A classificação de Mendeleev deixava ainda espaços vazios, prevendo a descoberta de novos elementos.
A tabela de Mendeleev serviu de base para a elaboração da atual tabela periódica, que além de catalogar 118 elementos conhecidos, fornece inúmeras informações sobre o comportamento de cada um.
Mendeleev ordenou os 60 elementos químicos conhecidos, na sua época, pela ordem crescente de peso atómico, de forma que, em uma linha vertical, ficavam os elementos com propriedades químicas semelhantes, constituindo os grupos verticais, ou as chamadas famílias químicas. O trabalho de Mendeleev foi um trabalho audacioso e um exemplo extraordinário de intuição científica. De todos os trabalhos apresentados que tiveram influência na tabela periódica, o de Mendeleev teve maior perspicácia.
Ele foi um cientista que defendeu a origem inorgânica do petróleo.
Cquote1.svg O facto capital para se notar é que o petróleo nasceu nas profundezas da Terra, e é somente lá é que devemos procurar sua origem. Cquote2.svg
- Dmitri Mendeleiev
Viajou por toda a Europa visitando vários cientistas. Em 1902 foi a Paris e esteve no laboratório do casal Pierre e Marie Curie.
Faleceu, vitimado por uma gripe, em 1907, já praticamente cego.
Em 1955, o elemento atómico n.º 101 da tabela periódica recebeu o nome Mendelévio (Md), em sua homenagem. 
   
  

Atual Tabela Periódica

Júlio Verne nasceu há 197 anos

    
Júlio Verne, em francês Jules Verne (Nantes, 8 de fevereiro de 1828 - Amiens, 24 de março de 1905), foi um escritor francês.
Júlio Verne foi o filho mais velho dos cinco filhos de Pierre Verne, advogado, e Sophie Allote de la Fuÿe, esta de uma família burguesa de Nantes. É considerado por críticos literários o precursor do género da ficção científica, tendo feito predições nos seus livros sobre o aparecimento de novos avanços científicos, como os submarinos, máquinas voadoras e viagem à Lua.
Até hoje Júlio Verne é um dos escritores cuja obra foi mais traduzida, com traduções em 148 línguas, segundo estatísticas da UNESCO, tendo escrito mais de 100 livros.
Júlio Verne passou a infância, com os pais e irmãos, na cidade francesa de Nantes e na casa de verão da família. A proximidade do porto e das docas constituíram provavelmente grande estímulo para o desenvolvimento da imaginação do autor sobre a vida marítima e viagens a terras distantes. Com nove anos foi mandado para o colégio com seu irmão Paul. Júlio estudou em Nantes onde tirou o curso de direito. Mais tarde, o seu pai, com a esperança de que o filho seguisse a sua carreira de advogado, enviou o jovem Júlio para Paris, a fim de estudar Direito. Ali começou a se interessar mais pelo teatro do que pelas leis, tendo escrito alguns librettos de operetas e pequenas histórias de viagens. O seu pai, ao saber disso, cortou-lhe o apoio financeiro, o que o levou a trabalhar como corretor de ações, o que teve como propósito de lhe garantir alguma estabilidade financeira. Foi quando conheceu uma viúva, com duas filhas, chamada Honorine de Viane Morel, com quem se casou em 1857 e de quem teve, em 1861, um filho chamado Michel Jean Pierre Verne. Durante esse período conheceu os escritores Alexandre Dumas e Victor Hugo.
    
A carreira literária de Júlio Verne começou a destacar-se quando se associou a Pierre-Jules Hetzel, editor experiente que trabalhava com grandes nomes da época, como Alfred de Brehat, Victor Hugo, George Sand e Erckmann-Chatrian.
Hetzel publicou a primeira grande novela de sucesso de Júlio Verne em 1862, o relato de viagem à África em balão, intitulado Cinco semanas de balão. Essa história continha detalhes de coordenadas geográficas, culturas, animais, etc., que os leitores se perguntavam se era ficção ou um relato verídico. Na verdade, Júlio Verne nunca havia estado num balão ou viajado em África. Toda a informação sobre a história veio da sua imaginação e capacidade de pesquisa.
Hetzel apresentou Verne a Félix Nadar, cientista interessado na navegação aérea e balonismo, de quem se tornou grande amigo e que introduziu Verne no seu círculo de amigos cientistas, de cujas conversações o autor provavelmente tirou algumas de suas ideias.
O sucesso de Cinco semanas de balão rendeu-lhe fama e dinheiro. A sua produção literária seguia a ritmo acelerado. Quase todos os anos Hetzel publicava novos livros de Verne, quase todos grandes sucessos. Dentre eles se encontram: Viagem ao Centro da Terra (Voyage au centre de la Terre), de 1864, Vinte Mil Léguas Submarinas (Vingt mille lieues sous les mers) de 1870 e A Volta ao Mundo em Oitenta Dias (Le tour du monde en quatre-vingts jours), de 1873.
Um dos seus livros foi Paris no século XX. Escrito em 1863, somente publicado em 1989, quando o manuscrito foi encontrado pelo bisneto de Verne. Livro de conteúdo depressivo, foi rejeitado por Hetzel, que recomendou a Verne que não o publicasse na época, por fugir à fórmula de sucesso dos livros já escritos, que falavam de aventuras extraordinárias. Verne seguiu o seu conselho e guardou o manuscrito num cofre, só sendo encontrado mais de um século depois.
O seu último livro publicado foi O senhor do mundo, no ano de 1904.
Até hoje Júlio Verne é o escritor cuja obra foi mais traduzida em toda a história, com traduções em 148 línguas, segundo estatísticas da UNESCO, tendo escrito mais de 100 livros.
 
Michel, o seu filho, era considerado um rapaz rebelde e não seguia as orientações do pai. Júlio Verne mandou o seu filho, aos 16 anos, em uma viagem de instrução em um navio, por 18 meses, com esperança que a disciplina a bordo e a vida no mar corrigissem o seu carácter rebelde, mas de nada adiantou. Michel não se corrigiu e acabou por casar com uma atriz, contra a vontade do pai, tendo com ela dois filhos.
Em 9 de março de 1886, o seu sobrinho Gaston deu-lhe dois tiros, quando este chegava a casa, na cidade de Amiens. Um dos tiros atingiu-o no ombro e demorou a cicatrizar, o outro atingiu o tornozelo, deixando-o coxo nos seus últimos 19 anos de vida. Não se sabe bem por que motivo o seu sobrinho terá cometido o atentado, mas foi considerado louco e internado num manicómio até ao final da vida. Este episódio serviu para aproximar pai e filho, pois Michel, vendo-se em vias de perder o pai, passou a encarar a vida com mais seriedade.
Neste mesmo ano, morria o editor Pierre Hetzel, grande amigo de Júlio Verne, facto que o deixou muito abalado.
Nos últimos anos, Verne escreveu muitos livros sobre o uso incorreto da tecnologia e os seus impactos ambientais, a sua principal preocupação naquela época. Continuou a sua obra até à sua morte, a 24 de março de 1905. O seu filho Michel editou os seus trabalhos incompletos e escreveu ele mesmo alguns capítulos que faltavam aquando da morte do pai.
Encontra-se sepultado no cemitério de La Madeleine, em Amiens, na Picardia, em França.
 
         

Hoje é dia de ouvir música sertaneja...

James Dean nasceu há noventa e quatro anos...

        
James Byron Dean (Marion, Indiana, 8 de fevereiro de 1931 - Cholame, Califórnia, 30 de setembro de 1955) foi um ator norte americano. É considerado um ícone cultural, como a melhor personificação da rebeldia e angústias próprias da juventude da década de 50.
James Byron Dean era filho único e o seu nome foi uma homenagem da mãe ao poeta inglês Lord Byron. Filho de Wilton Dean, um protético, e de Mildred Dean, filha de agricultores metodistas, aos 8 anos ele já tocava violino e tinha aulas de sapateado. Em 1940 perdeu a mãe, vítima de cancro. Com a morte da mãe, foi morar com os tios, Marcus e Ortence Winslow, em Fairmount. Considerado uma criança introspetiva, Jimmy, como era chamado, cresceu na fazenda de 300 acres dos tios, ali aprendeu a dirigir um trator e até a ordenhar vacas. Aos 14 anos, já participava no teatro escolar e, aos 17 anos, teve a sua primeira moto, uma Triumph, presente do seu tio Marcus.
Em 1949, Dean foi para Los Angeles, com a intenção de estudar arte dramática e morar com o pai e a madrasta. Ele deu-lhe um Chevrolet em segunda mão. Abandonou a faculdade e foi para Nova York estudar no lendário Actor's Studio, de Lee Strasberg. Para se manter em Nova York, trabalhou como empregado de bar e cobrador de autocarro. Nesta mesma época conheceu Jane Deacy, que se tornou a sua agente.
Em 1951 fez a sua estreia no cinema, num pequeno papel não creditado do filme Fixed Bayonets!. Em 1952, começou a fazer pequenas papéis na TV. Em 1953, encenou na Broadway a peça de Richard Wash "See the Jaguar". A peça foi um fracasso, mas James Dean chamou a atenção da critica. Encenou a Peça "O Imoralista", baseada na obra de André Gide, interpretando um homossexual. Com a peça ganhou o Tony Award de melhor ator do ano.
Em 1954, para fazer o filme de Elia Kazan, "A Leste do Paraíso", baseado na obra de John Steinbeck, em que interpretava um jovem solidário e amargurado, teve que assinar um contrato com uma cláusula em que se comprometia a não dirigir carros de corrida durante as filmagens.
Enquanto James Dean era uma promessa, Marlon Brando já era um astro. As comparações eram inevitáveis. James Dean conheceu Brando no set de filmagem de "Desirée", ficando dececionado com o seu ídolo, graças a um comentário feito por Brando sobre as roupas do jovem ator. Ele usava calças de jeans e camisa.
Em 1954, conheceu a jovem estrela de O Cálice Sagrado, Pier Angeli, para muitos o grande amor da sua vida, mas a mãe de Pier foi contra o relacionamento, pelo facto de ele não ser católico. Jimmy já era conhecido pelo seu temperamento difícil, pelo que o rompimento do namoro abalou o ator. Ao saber que a ex-namorada estava de casamento marcado com o cantor Vic Damone, apareceu na porta da Igreja Católica de São Timóteo e conseguiu chamar a atenção dos noivos, "arrancando" com a moto em alta velocidade. Só encontraria Pier quase um ano mais tarde, nas filmagens de O Gigante.
Durante as gravações de O gigante, Dean circulava com uma loura exuberante, Ursula Andress, que se tornaria a primeira Bond Girl. Ela disse que ele era "como um animal selvagem".
Fora dos sets de filmagem, era conhecido por uma agitada vida social, fumava e bebia, e possuía um enorme fascínio por carros velozes e pela velocidade em si - paixão essa que lhe custou a vida.
     
Morte
Quando se dirigia para uma corrida de carros, em 30 de setembro de 1955, envolveu-se num acidente fatal, partindo imediatamente a coluna vertebral e sofrendo de hemorragias internas. Quando foi colocado na ambulância, o passageiro que estava a seu lado, o mecânico Rolf Wütherich, ouviu "um grito suave emitido por Jimmy - a lamúria de um menino chamando a sua mãe ou de um homem encarando Deus."
No dia em que morreu, James Dean ainda esgotava os cinemas com o seu primeiro filme. A consagração final chegou poucos dias após a sua morte, quando Fúria de viver chegou aos cinemas. Recebeu duas indicações para o Óscar, postumamente; em 1956, por A leste do paraíso (a primeira indicação póstuma na história dos prémios), e em 1957, por O Gigante, ambas por melhor ator. Ganhou dois Globo de Ouro, em 1956, como melhor ator e, no ano seguinte, num prémio especial que o consagrou como ator favorito do público.
   

O compositor John Williams faz hoje noventa e três anos

  
John Towner Williams (Long Island, 8 de fevereiro de 1932) é um aclamado compositor norte-americano premiado várias vezes por suas bandas sonoras.
Amigo de Steven Spielberg, assina quase todas as bandas sonoras dos seus filmes, tais como os temas inesquecíveis de Jurassic Park, Jaws, Schindler's List e E.T. the Extra-Terrestrial. Também é parceiro do cineasta George Lucas, sendo o autor das famosas bandas sonoras das bem sucedidas séries cinematográficas Star Wars e Indiana Jones. Outras bandas sonoras famosas de autoria de Williams são a dos três primeiros episódios da série Harry Potter e a banda sonoras do primeiro filme do Superman feito por Christopher Reeve. Com a banda sonora de The Book Thief, John Williams consegue a incrível marca de 49 nomeações para o Óscar, atualmente 50 com o seu novo trabalho para Star Wars. Williams ganhou com a música para filmes como Jaws, E.T. the Extra-Terrestrial, Star Wars Episode IV: A New Hope, Schindler's List e Fiddler on the Roof.
É considerado um dos maiores compositores da história do cinema, tanto pelo volume de sua obra, como pela sua popularidade. Com 51 nomeações, John Williams é segunda pessoa mais proposta para os Óscares da história, perdendo para apenas Walt Disney. O seu trabalho para o cinema é marcado por um estilo grandioso, facilmente reconhecido pelo público. Na sua carreira soma cerca de 112 prémios para 220 nomeações, segundo o Internet Movie Database, sendo o compositor de bandas sonoras para filmes mais premiado da história.
Além dos seus trabalhos em bandas sonoras de filmes, é conhecido também pelas suas obras eruditas e concertos para fagote e orquestra, para violoncelo, para trompete, violino, flauta e um concerto para trompa.

 

O fotógrafo Sebastião Salgado faz hoje oitenta e um anos

   
Sebastião Ribeiro Salgado Júnior (Aimorés, 8 de fevereiro de 1944) é um fotojornalista e fotógrafo documental e social brasileiro
 

Nasceu na vila de Conceição do Capim, viveu sua infância em Expedicionário Alício. Graduou-se em Economia pela Universidade Federal do Espírito Santo (1964-1967). Realizou mestrado na Universidade de São Paulo e doutorado na Universidade de Paris, ambos também em Economia.

Casou-se com a pianista Lélia Deluiz Wanick. Salgado inicialmente trabalhou como secretário para a Organização Internacional do Café (OIC). Em suas viagens de trabalho para a África, muitas vezes encomendado conjuntamente pelo Banco Mundial, fez sua primeira sessão de fotos, nos anos 70, com a Leica da sua esposa. Fotografar o inspirou tanto que logo depois ele tornou-se independente em 1973, como fotojornalista e, em seguida, voltou para Paris.

Em 1979, depois de passagens pelas agências de fotografia Sygma e Gamma, entrou para a Magnum. Encarregado de uma série de fotos sobre os primeiros 100 dias de governo de Ronald Reagan, Salgado documentou o atentado a tiros cometido por John Hinckley, Jr. contra o então presidente dos Estados Unidos, no dia 30 de março de 1981, em Washington. A venda das fotos para jornais de todo o mundo permitiu ao brasileiro financiar seu primeiro projeto pessoal: uma viagem à África.

Seu primeiro livro, Outras Américas, sobre os pobres na América Latina, foi publicado em 1986. Na sequência, publicou Sahel: O "Homem em Pânico" (também publicado em 1986), resultado de uma longa colaboração de doze meses com a organização não governamental Médicos sem Fronteiras cobrindo a seca no Norte da África. Entre 1986 e 1992, ele concentrou-se na documentação do trabalho manual em todo o mundo, publicada e exibida sob o nome "Trabalhadores rurais", um feito monumental que confirmou sua reputação como foto documentarista de primeira linha. De 1993 a 1999, ele voltou sua atenção para o fenômeno global de desalojamento em massa de pessoas, que resultou em Êxodos e Retratos de Crianças do Êxodo, publicados em 2000 e aclamados internacionalmente.

Na introdução de Êxodos, escreveu: "Mais do que nunca, sinto que a raça humana é somente uma. Há diferenças de cores, línguas, culturas e oportunidades, mas os sentimentos e reações das pessoas são semelhantes. Pessoas fogem das guerras para escapar da morte, migram para melhorar sua sorte, constroem novas vidas em terras estrangeiras, adaptam-se a situações extremas…". Trabalhando inteiramente com fotos em preto e branco, o respeito de Sebastião Salgado pelo seu objeto de trabalho e sua determinação em mostrar o significado mais amplo do que está acontecendo com essas pessoas criou um conjunto de imagens que testemunham a dignidade fundamental de toda a humanidade ao mesmo tempo que protestam contra a violação dessa dignidade por meio da guerra, pobreza e outras injustiças.

Ao longo dos anos, Sebastião Salgado tem contribuído generosamente com organizações humanitárias incluindo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, (ACNUR), a Organização Mundial da Saúde (OMS), a ONG Médicos sem Fronteiras e a Amnistia Internacional. Com sua esposa, Lélia Wanick Salgado, apoia atualmente um projeto de reflorestamento e revitalização comunitária em Minas Gerais (Instituto Terra).

Em setembro de 2000, com o apoio das Nações Unidas e do UNICEF, Sebastião Salgado montou uma exposição no Escritório das Nações Unidas em Nova Iorque, com 90 retratos de crianças desalojadas extraídos de sua obra Retratos de Crianças do Êxodo. Essas impressionantes fotografias prestam solene testemunho a 30 milhões de pessoas em todo o mundo, a maioria delas crianças e mulheres sem residência fixa. Em outras colaborações com o UNICEF, Sebastião Salgado doou os direitos de reprodução de várias fotografias suas para o Movimento Global pela Criança e para ilustrar um livro da moçambicana Graça Machel, atualizando um relatório dela de 1996, como Representante Especial das Nações Unidas sobre o Impacto dos Conflitos Armados sobre as Crianças. Atualmente, em um projeto conjunto do UNICEF e da OMS, ele está documentando uma campanha mundial para a erradicação da poliomielite. 

Sebastião Salgado foi internacionalmente reconhecido e recebeu praticamente todos os principais prémios de fotografia do mundo como reconhecimento por seu trabalho. Fundou em 1994 a sua própria agência de notícias, As Imagens da Amazónia, que representa o fotógrafo e seu trabalho. Salgado e sua esposa Lélia Wanick Salgado, autora do projeto gráfico da maioria de seus livros, fixaram residência em Paris. O casal tem dois filhos, Juliano Salgado, nascido em 1974, e Rodrigo, nascido em 1979, que tem síndrome de Down. Juliano é cineasta e dirigiu, juntamente com o também fotógrafo Wim Wenders, o documentário O Sal da Terra, sobre o trabalho de seu pai. que foi indicado ao Óscar 2015 de melhor documentário.

Em 6 de dezembro de 2017, tomou posse da cadeira n.º 1, das quatro cadeiras de fotógrafos da Academia de Belas Artes da França, substituindo Lucien Clergue, que morreu em 2014.

 


 
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El-Rei D. Afonso IV nasceu há 734 anos

    
D. Afonso IV de Portugal (Coimbra, 8 de fevereiro de 1291 - Lisboa, 28 de maio de 1357), cognominado o Bravo, sétimo Rei de Portugal, era filho do Rei D. Dinis I de Portugal e da sua esposa, a Rainha Santa Isabel, nascida infanta de Aragão. D. Afonso IV sucedeu ao seu pai a 7 de janeiro de 1325.
    
    

Vince Neil, vocalista dos Mötley Crüe, celebra hoje sessenta e quatro anos

   

Vincent Neil Wharton (Hollywood, 8 de fevereiro de 1961), é o vocalista da banda hard rock norte-americana Mötley Crüe.