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domingo, março 10, 2024
O maior desastre mineiro de sempre na Europa ocorreu há 118 anos...
La catastrophe de Courrières illustrée par Le Petit Journal
La catastrophe de Courrières est la plus importante catastrophe minière d'Europe. Elle tire son nom de la Compagnie des mines de Courrières qui exploite alors le gisement de charbon du Bassin minier du Nord-Pas-de-Calais dans le Pas-de-Calais. Elle a lieu entre Courrières et Lens, le samedi 10 mars 1906 et a fait officiellement 1.099 morts. Ce gisement fournit alors 7 % de la production nationale de charbon. Un coup de grisou suivi d'un coup de poussière dévaste 110 kilomètres de galeries dans les fosses nos 2 à Billy-Montigny, 3 à Méricourt et 4 - 11 à Sallaumines. Le choc a été si fort que les cages ne peuvent plus circuler dans le puits no 3 et que des débris et des chevaux ont été projetés à une hauteur de dix mètres sur le carreau de la fosse.
Trois jours après l'explosion, les recherches pour retrouver les
survivants sont abandonnées et une partie de la mine est condamnée, pour
étouffer l'incendie et préserver le gisement. Cette gestion de la
crise par la compagnie minière a été particulièrement mal vécue par les
mineurs et par leurs familles.
Le 30 mars, soit vingt jours après l'explosion, treize rescapés
réussissent à retrouver le puits par leurs propres moyens après avoir
erré dans le noir total sur des kilomètres, un quatorzième fut retrouvé
quatre jours plus tard. La catastrophe provoque une crise politique et
un mouvement social qui débouche sur l'instauration du repos hebdomadaire.
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sexta-feira, fevereiro 09, 2024
As ilhas Svalbard são formalmente norueguesas há 104 anos
Museu sobre os pomor na colónia russa de Barentsburg (Баренцбург)
O Tratado de Svalbard, assinado em Paris a 9 de fevereiro de 1920, é um tratado multilateral que reconhece a soberania da Noruega sobre o arquipélago de Svalbard e suas águas territoriais, mas garante que os nacionais de todos os Estados contratantes beneficiam de igualdade de direitos no acesso aos recursos naturais da região (em especial à mineração do carvão). O Tratado permite à Noruega regular a exploração e tomar as medidas de proteção ambiental necessárias, mas impede qualquer discriminação positiva a favor dos seus nacionais ou de empresas norueguesas. O tratado também obriga à desmilitarização do território e proíbe a construção de qualquer tipo de fortificação.
Enquadramento político e partes contratantes iniciais
A soberania sobre Svalbard foi mantida indefinida durante quase 300
anos, com nacionais de vários Estados a exercerem atividade económica e
de exploração científica no território, com especial destaque para os
interesses ligados à Noruega e à Rússia.
A questão agudizou-se quando se descobriu que a ilha de Spitsbergen era rica em carvão e em 1906
a empresa de capitais americanos Arctic Coal Company (ACC) pretendeu
iniciar a exploração industrial. O povoado então fundado recebeu o nome
de Longyearbyen, hoje a capital do arquipélago, em honra do americano John Munroe Longyear, proprietário da ACC.
Em 1916, em plena Grande Guerra, a ACC vendeu a sua posição a interesses nórdicos e a companhia norueguesa (hoje estatal) Store Norske Spitsbergen Kulkompani A/S
(SNSK), para além de outras duas empresas escandinavas e de uma
neerlandesa, incrementou em muito a mineração, formando as primeiras
colónias permanentes de dimensão apreciável no arquipélago.
Seguiram-se interesses russos, que também pretendiam acesso ao carvão
da ilha, o que levou a uma crescente tensão em torno do domínio da
ilha.
Terminada a guerra, as potências aliadas vencedoras resolveram apoiar as pretensões norueguesas, o que levou à assinatura em Paris (Sèvres), a 9 de fevereiro de 1920, do um tratado que clarificasse estas matérias.
O Tratado de Svalbard foi inicialmente assinado entre a Noruega, os Estados Unidos da América, o Reino Unido (e domínios integrados no então Império Britânico), a França, o Canadá, a Austrália, a Dinamarca, a Itália, os Países Baixos, a Suécia e o Japão. A União Soviética aderiu em 1924 e a Alemanha em 1925. Hoje o Tratado tem mais de 40 signatários, entre os quais Portugal (que o ratificou a 24 de outubro de 1927).
O Tratado de Svalbard, apesar de reconhecer a soberania norueguesa
sobre a ilhas, impõe como condição a sua perpétua desmilitarização e o
direito dos cidadão dos países signatários nelas se estabelecerem
livremente para exploração dos seus recursos naturais, embora
subordinados às leis promulgadas pela Noruega, que, contudo, não pode
discriminar positivamente os seus cidadãos face aos dos restantes
Estados signatários.
Os efeitos do Tratado
A internacionalização económica de Svalbard levou a que durante a maior parte do século XX
a ilha de Spitsbergen tivesse entre os seus residentes mais cidadão
soviéticos que noruegueses, já que a União Soviética investiu fortemente
na exploração do carvão através da empresa estatal Trust Arktikugol
(Арктикуголь), a única que, a par da norueguesa Store Norske Spitsbergen
Kulkompani A/S, ainda mantém atividade mineira na ilha. Esta empresa
adquiriu em 1932 as minas neerlandesas de Barentsburg, cuja exploração ainda mantém.
As atuais minas russas tinham pertencido à Nederlandsche Spitsbergen
Compagnie (Nespico) N.V., empresa que a partir de 1921 tinha explorado
carvão num local que chamou Barentsburg em homenagem ao explorador polar
neerlandês Willem Barents. Nos seus tempos áureos, por meados da década de 20, a Nespico chegou a ter 500 trabalhadores na ilha.
Nos termos do Tratado, a partir de 1925 a Noruega assumiu a
administração da ilha tendo, entre outras medidas, estabelecido normas
de proteção ambiental que foram pioneiras na Europa. A administração
está desde aquela data, com um interregno devido à ocupação alemã
durante a II Guerra Mundial, entregue a um Governador nomeado pela Noruega.
Apesar de ser uma zona desmilitarizada, Spitsbergen está situada numa
posição geoestratégica importante, pois controla o acesso aos portos
russos de Murmansk e Arkhangelsk, os únicos de que na Rússia têm acesso irrestrito ao Atlântico.
Desencadeada a II Guerra Mundial, e ocupada a Noruega pela Alemanha, a
atividade mineira foi suspensa e a ilha quase totalmente evacuada a 3 de setembro de 1941. Mesmo assim, forças alemãs bombardearam Longyearbyen e Barentsburg em setembro 1943 e Sveagruva no ano seguinte.
Terminada a guerra, a ilha passou a desempenhar um papel importante na Guerra Fria, com os seus mares a serem palco de frequentes incursões submarinas e aéreas.
Sendo a Noruega um membro da NATO, a convivência com a presença soviética
em Svalbard foi complexa, até porque o número de cidadãos soviéticos
era maior do que o de noruegueses e a autonomia de que gozam as diversas
comunidade, e a sua auto-suficiência, faziam de Pyramiden (Пирамида) e Barentsburg (Баренцбург) verdadeiros enclaves soviéticos sobre os quais a Noruega não exercia qualquer real poder.
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Marcadores: Ártico, carvão, Noruega, Rússia, Spitsbergen, Svalbard, Tratado de Svalbard
sexta-feira, março 10, 2023
O maior desastre mineiro de sempre na Europa ocorreu há 117 anos
La catastrophe de Courrières illustrée par Le Petit Journal
La catastrophe de Courrières est la plus importante catastrophe minière d'Europe. Elle tire son nom de la Compagnie des mines de Courrières qui exploite alors le gisement de charbon du Bassin minier du Nord-Pas-de-Calais dans le Pas-de-Calais. Elle a lieu entre Courrières et Lens, le samedi 10 mars 1906 et a fait officiellement 1.099 morts. Ce gisement fournit alors 7 % de la production nationale de charbon. Un coup de grisou suivi d'un coup de poussière dévaste 110 kilomètres de galeries dans les fosses nos 2 à Billy-Montigny, 3 à Méricourt et 4 - 11 à Sallaumines. Le choc a été si fort que les cages ne peuvent plus circuler dans le puits no 3 et que des débris et des chevaux ont été projetés à une hauteur de dix mètres sur le carreau de la fosse.
Trois jours après l'explosion, les recherches pour retrouver les
survivants sont abandonnées et une partie de la mine est condamnée, pour
étouffer l'incendie et préserver le gisement. Cette gestion de la
crise par la compagnie minière a été particulièrement mal vécue par les
mineurs et par leurs familles.
Le 30 mars, soit vingt jours après l'explosion, treize rescapés
réussissent à retrouver le puits par leurs propres moyens après avoir
erré dans le noir total sur des kilomètres, un quatorzième fut retrouvé
quatre jours plus tard. La catastrophe provoque une crise politique et
un mouvement social qui débouche sur l'instauration du repos hebdomadaire.
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quinta-feira, fevereiro 09, 2023
As ilhas Svalbard são norueguesas há 103 anos
Museu sobre os pomor na colónia russa de Barentsburg (Баренцбург)
O Tratado de Svalbard, assinado em Paris a 9 de fevereiro de 1920, é um tratado multilateral que reconhece a soberania da Noruega sobre o arquipélago de Svalbard e suas águas territoriais, mas garante que os nacionais de todos os Estados contratantes beneficiam de igualdade de direitos no acesso aos recursos naturais da região (em especial à mineração do carvão). O Tratado permite à Noruega regular a exploração e tomar as medidas de proteção ambiental necessárias, mas impede qualquer discriminação positiva a favor dos seus nacionais ou de empresas norueguesas. O tratado também obriga à desmilitarização do território e proíbe a construção de qualquer tipo de fortificação.
Enquadramento político e partes contratantes iniciais
A soberania sobre Svalbard foi mantida indefinida durante quase 300
anos, com nacionais de vários Estados a exercerem atividade económica e
de exploração científica no território, com especial destaque para os
interesses ligados à Noruega e à Rússia.
A questão agudizou-se quando se descobriu que a ilha de Spitsbergen era rica em carvão e em 1906
a empresa de capitais americanos Arctic Coal Company (ACC) pretendeu
iniciar a exploração industrial. O povoado então fundado recebeu o nome
de Longyearbyen, hoje a capital do arquipélago, em honra do americano John Munroe Longyear, proprietário da ACC.
Em 1916, em plena Grande Guerra, a ACC vendeu a sua posição a interesses nórdicos e a companhia norueguesa (hoje estatal) Store Norske Spitsbergen Kulkompani A/S
(SNSK), para além de outras duas empresas escandinavas e de uma
neerlandesa, incrementou em muito a mineração, formando as primeiras
colónias permanentes de dimensão apreciável no arquipélago.
Seguiram-se interesses russos, que também pretendiam acesso ao carvão
da ilha, o que levou a uma crescente tensão em torno do domínio da
ilha.
Terminada a guerra, as potências aliadas vencedoras resolveram apoiar as pretensões norueguesas, o que levou à assinatura em Paris (Sèvres), a 9 de fevereiro de 1920, do um tratado que clarificasse estas matérias.
O Tratado de Svalbard foi inicialmente assinado entre a Noruega, os Estados Unidos da América, o Reino Unido (e domínios integrados no então Império Britânico), a França, o Canadá, a Austrália, a Dinamarca, a Itália, os Países Baixos, a Suécia e o Japão. A União Soviética aderiu em 1924 e a Alemanha em 1925. Hoje o Tratado tem mais de 40 signatários, entre os quais Portugal (que o ratificou a 24 de outubro de 1927).
O Tratado de Svalbard, apesar de reconhecer a soberania norueguesa
sobre a ilhas, impõe como condição a sua perpétua desmilitarização e o
direito dos cidadão dos países signatários nelas se estabelecerem
livremente para exploração dos seus recursos naturais, embora
subordinados às leis promulgadas pela Noruega, que, contudo, não pode
discriminar positivamente os seus cidadãos face aos dos restantes
Estados signatários.
Os efeitos do Tratado
A internacionalização económica de Svalbard levou a que durante a maior parte do século XX
a ilha de Spitsbergen tivesse entre os seus residentes mais cidadão
soviéticos que noruegueses, já que a União Soviética investiu fortemente
na exploração do carvão através da empresa estatal Trust Arktikugol
(Арктикуголь), a única que, a par da norueguesa Store Norske Spitsbergen
Kulkompani A/S, ainda mantém atividade mineira na ilha. Esta empresa
adquiriu em 1932 as minas neerlandesas de Barentsburg, cuja exploração ainda mantém.
As atuais minas russas tinham pertencido à Nederlandsche Spitsbergen
Compagnie (Nespico) N.V., empresa que a partir de 1921 tinha explorado
carvão num local que chamou Barentsburg em homenagem ao explorador polar
neerlandês Willem Barents. Nos seus tempos áureos, por meados da década de 20, a Nespico chegou a ter 500 trabalhadores na ilha.
Nos termos do Tratado, a partir de 1925 a Noruega assumiu a
administração da ilha tendo, entre outras medidas, estabelecido normas
de proteção ambiental que foram pioneiras na Europa. A administração
está desde aquela data, com um interregno devido à ocupação alemã
durante a II Guerra Mundial, entregue a um Governador nomeado pela Noruega.
Apesar de ser uma zona desmilitarizada, Spitsbergen está situada numa
posição geoestratégica importante, pois controla o acesso aos portos
russos de Murmansk e Arkhangelsk, os únicos de que na Rússia têm acesso irrestrito ao Atlântico.
Desencadeada a II Guerra Mundial, e ocupada a Noruega pela Alemanha, a
atividade mineira foi suspensa e a ilha quase totalmente evacuada a 3 de setembro de 1941. Mesmo assim, forças alemãs bombardearam Longyearbyen e Barentsburg em setembro 1943 e Sveagruva no ano seguinte.
Terminada a guerra, a ilha passou a desempenhar um papel importante na Guerra Fria, com os seus mares a serem palco de frequentes incursões submarinas e aéreas.
Sendo a Noruega um membro da NATO, a convivência com a presença soviética
em Svalbard foi complexa, até porque o número de cidadãos soviéticos
era maior do que o de noruegueses e a autonomia de que gozam as diversas
comunidade, e a sua auto-suficiência, faziam de Pyramiden (Пирамида) e Barentsburg (Баренцбург) verdadeiros enclaves soviéticos sobre os quais a Noruega não exercia qualquer real poder.
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quarta-feira, março 09, 2022
O maior desastre mineiro de sempre na Europa ocorreu há 116 anos
La catastrophe de Courrières illustrée par Le Petit Journal
La catastrophe de Courrières est la plus importante catastrophe minière d'Europe. Elle tire son nom de la Compagnie des mines de Courrières qui exploite alors le gisement de charbon du Bassin minier du Nord-Pas-de-Calais dans le Pas-de-Calais. Elle a lieu entre Courrières et Lens, le samedi 10 mars 1906 et a fait officiellement 1.099 morts. Ce gisement fournit alors 7 % de la production nationale de charbon. Un coup de grisou suivi d'un coup de poussière dévaste 110 kilomètres de galeries dans les fosses nos 2 à Billy-Montigny, 3 à Méricourt et 4 - 11 à Sallaumines. Le choc a été si fort que les cages ne peuvent plus circuler dans le puits no 3 et que des débris et des chevaux ont été projetés à une hauteur de dix mètres sur le carreau de la fosse.
Trois jours après l'explosion, les recherches pour retrouver les
survivants sont abandonnées et une partie de la mine est condamnée, pour
étouffer l'incendie et préserver le gisement. Cette gestion de la
crise par la compagnie minière a été particulièrement mal vécue par les
mineurs et par leurs familles.
Le 30 mars, soit vingt jours après l'explosion, treize rescapés
réussissent à retrouver le puits par leurs propres moyens après avoir
erré dans le noir total sur des kilomètres, un quatorzième fut retrouvé
quatre jours plus tard. La catastrophe provoque une crise politique et
un mouvement social qui débouche sur l'instauration du repos hebdomadaire.
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quarta-feira, fevereiro 09, 2022
O Tratado que reconheceu a soberania norueguesa sobre as ilhas Svalbard foi assinado há 102 anos
Museu sobre os pomor na colónia russa de Barentsburg (Баренцбург)
O Tratado de Svalbard, assinado em Paris a 9 de fevereiro de 1920, é um tratado multilateral que reconhece a soberania da Noruega sobre o arquipélago de Svalbard e suas águas territoriais, mas garante que os nacionais de todos os Estados contratantes beneficiam de igualdade de direitos no acesso aos recursos naturais da região (em especial à mineração do carvão). O Tratado permite à Noruega regular a exploração e tomar as medidas de protecção ambiental necessárias, mas impede qualquer discriminação positiva a favor dos seus nacionais ou de empresas norueguesas. O tratado também obriga à desmilitarização do território e proíbe a construção de qualquer tipo de fortificação.
Enquadramento político e partes contratantes iniciais
A soberania sobre Svalbard foi mantida indefinida durante quase 300
anos, com nacionais de vários Estados a exercerem atividade económica e
de exploração científica no território, com especial destaque para os
interesses ligados à Noruega e à Rússia.
A questão agudizou-se quando se descobriu que a ilha de Spitsbergen era rica em carvão e em 1906
a empresa de capitais americanos Arctic Coal Company (ACC) pretendeu
iniciar a exploração industrial. O povoado então fundado recebeu o nome
de Longyearbyen, hoje a capital do arquipélago, em honra do americano John Munroe Longyear, proprietário da ACC.
Em 1916, em plena Grande Guerra, a ACC vendeu a sua posição a interesses nórdicos e a companhia norueguesa (hoje estatal) Store Norske Spitsbergen Kulkompani A/S
(SNSK), para além de outras duas empresas escandinavas e de uma
neerlandesa, incrementou em muito a mineração, formando as primeiras
colónias permanentes de dimensão apreciável no arquipélago.
Seguiram-se interesses russos, que também pretendiam acesso ao carvão
da ilha, o que levou a uma crescente tensão em torno do domínio da
ilha.
Terminada a guerra, as potências aliadas vencedoras resolveram apoiar as pretensões norueguesas, o que levou à assinatura em Paris (Sèvres), a 9 de fevereiro de 1920, do um tratado que clarificasse estas matérias.
O Tratado de Svalbard foi inicialmente assinado entre a Noruega, os Estados Unidos da América, o Reino Unido (e domínios integrados no então Império Britânico), a França, o Canadá, a Austrália, a Dinamarca, a Itália, os Países Baixos, a Suécia e o Japão. A União Soviética aderiu em 1924 e a Alemanha em 1925. Hoje o Tratado tem mais de 40 signatários, entre os quais Portugal (que o ratificou a 24 de outubro de 1927).
O Tratado de Svalbard, apesar de reconhecer a soberania norueguesa
sobre a ilhas, impõe como condição a sua perpétua desmilitarização e o
direito dos cidadão dos países signatários nelas se estabelecerem
livremente para exploração dos seus recursos naturais, embora
subordinados às leis promulgadas pela Noruega, que, contudo, não pode
discriminar positivamente os seus cidadãos face aos dos restantes
Estados signatários.
Os efeitos do Tratado
A internacionalização económica de Svalbard levou a que durante a maior parte do século XX
a ilha de Spitsbergen tivesse entre os seus residentes mais cidadão
soviéticos que noruegueses, já que a União Soviética investiu fortemente
na exploração do carvão através da empresa estatal Trust Arktikugol
(Арктикуголь), a única que, a par da norueguesa Store Norske Spitsbergen
Kulkompani A/S, ainda mantém atividade mineira na ilha. Esta empresa
adquiriu em 1932 as minas neerlandesas de Barentsburg, cuja exploração ainda mantém.
As atuais minas russas tinham pertencido à Nederlandsche Spitsbergen
Compagnie (Nespico) N.V., empresa que a partir de 1921 tinha explorado
carvão num local que chamou Barentsburg em homenagem ao explorador polar
neerlandês Willem Barents. Nos seus tempos áureos, por meados da década de 20, a Nespico chegou a ter 500 trabalhadores na ilha.
Nos termos do Tratado, a partir de 1925 a Noruega assumiu a
administração da ilha tendo, entre outras medidas, estabelecido normas
de proteção ambiental que foram pioneiras na Europa. A administração
está desde aquela data, com um interregno devido à ocupação alemã
durante a II Guerra Mundial, entregue a um Governador nomeado pela Noruega.
Apesar de ser uma zona desmilitarizada, Spitsbergen está situada numa
posição geoestratégica importante, pois controla o acesso aos portos
russos de Murmansk e Arkhangelsk, os únicos de que na Rússia têm acesso irrestrito ao Atlântico.
Desencadeada a II Guerra Mundial, e ocupada a Noruega pela Alemanha, a
atividade mineira foi suspensa e a ilha quase totalmente evacuada a 3 de setembro de 1941. Mesmo assim, forças alemãs bombardearam Longyearbyen e Barentsburg em setembro 1943 e Sveagruva no ano seguinte.
Terminada a guerra, a ilha passou a desempenhar um papel importante na Guerra Fria, com os seus mares a serem palco de frequentes incursões submarinas e aéreas.
Sendo a Noruega um membro da NATO, a convivência com a presença soviética
em Svalbard foi complexa, até porque o número de cidadãos soviéticos
era maior do que o de noruegueses e a autonomia de que gozam as diversas
comunidade, e a sua auto-suficiência, faziam de Pyramiden (Пирамида) e Barentsburg (Баренцбург) verdadeiros enclaves soviéticos sobre os quais a Noruega não exercia qualquer real poder.
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quarta-feira, março 10, 2021
O maior desastre mineiro de sempre na Europa ocorreu há 115 anos
La catastrophe de Courrières illustrée par Le Petit Journal
La catastrophe de Courrières est la plus importante catastrophe minière d'Europe. Elle tire son nom de la Compagnie des mines de Courrières qui exploite alors le gisement de charbon du Bassin minier du Nord-Pas-de-Calais dans le Pas-de-Calais. Elle a lieu entre Courrières et Lens, le samedi 10 mars 1906 et a fait officiellement 1.099 morts. Ce gisement fournit alors 7 % de la production nationale de charbon. Un coup de grisou suivi d'un coup de poussière dévaste 110 kilomètres de galeries dans les fosses nos 2 à Billy-Montigny, 3 à Méricourt et 4 - 11 à Sallaumines. Le choc a été si fort que les cages ne peuvent plus circuler dans le puits no 3 et que des débris et des chevaux ont été projetés à une hauteur de dix mètres sur le carreau de la fosse.
Trois jours après l'explosion, les recherches pour retrouver les
survivants sont abandonnées et une partie de la mine est condamnée, pour
étouffer l'incendie et préserver le gisement. Cette gestion de la
crise par la compagnie minière a été particulièrement mal vécue par les
mineurs et par leurs familles.
Le 30 mars, soit vingt jours après l'explosion, treize rescapés
réussissent à retrouver le puits par leurs propres moyens après avoir
erré dans le noir total sur des kilomètres, un quatorzième fut retrouvé
quatre jours plus tard. La catastrophe provoque une crise politique et
un mouvement social qui débouche sur l'instauration du repos hebdomadaire.
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terça-feira, fevereiro 09, 2021
O Tratado que reconheceu a soberania norueguesa sobre as Svalbard foi assinado há 101 anos
Museu sobre os pomor na colónia russa de Barentsburg (Баренцбург)
O Tratado de Svalbard, assinado em Paris a 9 de fevereiro de 1920, é um tratado multilateral que reconhece a soberania da Noruega sobre o arquipélago de Svalbard e suas águas territoriais, mas garante que os nacionais de todos os Estados contratantes beneficiam de igualdade de direitos no acesso aos recursos naturais da região (em especial à mineração do carvão). O Tratado permite à Noruega regular a exploração e tomar as medidas de protecção ambiental necessárias, mas impede qualquer discriminação positiva a favor dos seus nacionais ou de empresas norueguesas. O tratado também obriga à desmilitarização do território e proíbe a construção de qualquer tipo de fortificação.
Enquadramento político e partes contratantes iniciais
A soberania sobre Svalbard foi mantida indefinida durante quase 300
anos, com nacionais de vários Estados a exercerem atividade económica e
de exploração científica no território, com especial destaque para os
interesses ligados à Noruega e à Rússia.
A questão agudizou-se quando se descobriu que a ilha de Spitsbergen era rica em carvão e em 1906
a empresa de capitais americanos Arctic Coal Company (ACC) pretendeu
iniciar a exploração industrial. O povoado então fundado recebeu o nome
de Longyearbyen, hoje a capital do arquipélago, em honra do americano John Munroe Longyear, proprietário da ACC.
Em 1916, em plena Grande Guerra, a ACC vendeu a sua posição a interesses nórdicos e a companhia norueguesa (hoje estatal) Store Norske Spitsbergen Kulkompani A/S
(SNSK), para além de outras duas empresas escandinavas e de uma
neerlandesa, incrementou em muito a mineração, formando as primeiras
colónias permanentes de dimensão apreciável no arquipélago.
Seguiram-se interesses russos, que também pretendiam acesso ao carvão
da ilha, o que levou a uma crescente tensão em torno do domínio da
ilha.
Terminada a guerra, as potências aliadas vencedoras resolveram apoiar as pretensões norueguesas, o que levou à assinatura em Paris (Sèvres), a 9 de fevereiro de 1920, do um tratado que clarificasse estas matérias.
O Tratado de Svalbard foi inicialmente assinado entre a Noruega, os Estados Unidos da América, o Reino Unido (e domínios integrados no então Império Britânico), a França, o Canadá, a Austrália, a Dinamarca, a Itália, os Países Baixos, a Suécia e o Japão. A União Soviética aderiu em 1924 e a Alemanha em 1925. Hoje o Tratado tem mais de 40 signatários, entre os quais Portugal (que o ratificou a 24 de outubro de 1927).
O Tratado de Svalbard, apesar de reconhecer a soberania norueguesa
sobre a ilhas, impõe como condição a sua perpétua desmilitarização e o
direito dos cidadão dos países signatários nelas se estabelecerem
livremente para exploração dos seus recursos naturais, embora
subordinados às leis promulgadas pela Noruega, que, contudo, não pode
discriminar positivamente os seus cidadãos face aos dos restantes
Estados signatários.
Os efeitos do Tratado
A internacionalização económica de Svalbard levou a que durante a maior parte do século XX
a ilha de Spitsbergen tivesse entre os seus residentes mais cidadão
soviéticos que noruegueses, já que a União Soviética investiu fortemente
na exploração do carvão através da empresa estatal Trust Arktikugol
(Арктикуголь), a única que, a par da norueguesa Store Norske Spitsbergen
Kulkompani A/S, ainda mantém actividade mineira na ilha. Esta empresa
adquiriu em 1932 as minas neerlandesas de Barentsburg, cuja exploração ainda mantém.
As actuais minas russas tinham pertencido à Nederlandsche Spitsbergen
Compagnie (Nespico) N.V., empresa que a partir de 1921 tinha explorado
carvão num local que chamou Barentsburg em homenagem ao explorador polar
neerlandês Willem Barents. Nos seus tempos áureos, por meados da década de 20, a Nespico chegou a ter 500 trabalhadores na ilha.
Nos termos do Tratado, a partir de 1925 a Noruega assumiu a
administração da ilha tendo, entre outras medidas, estabelecido normas
de proteção ambiental que foram pioneiras na Europa. A administração
está desde aquela data, com um interregno devido à ocupação alemã
durante a II Guerra Mundial, entregue a um Governador nomeado pela Noruega.
Apesar de ser uma zona desmilitarizada, Spitsbergen está situada numa
posição geoestratégica importante, pois controla o acesso aos portos
russos de Murmansk e Arkhangelsk, os únicos de que na Rússia têm acesso irrestrito ao Atlântico.
Desencadeada a II Guerra Mundial, e ocupada a Noruega pela Alemanha, a
atividade mineira foi suspensa e a ilha quase totalmente evacuada a 3 de setembro de 1941. Mesmo assim, forças alemãs bombardearam Longyearbyen e Barentsburg em setembro 1943 e Sveagruva no ano seguinte.
Terminada a guerra, a ilha passou a desempenhar um papel importante na Guerra Fria, com os seus mares a serem palco de frequentes incursões submarinas e aéreas.
Sendo a Noruega um membro da NATO, a convivência com a presença soviética
em Svalbard foi complexa, até porque o número de cidadãos soviéticos
era maior do que o de noruegueses e a autonomia de que gozam as diversas
comunidade, e a sua auto-suficiência, faziam de Pyramiden (Пирамида) e Barentsburg (Баренцбург) verdadeiros enclaves soviéticos sobre os quais a Noruega não exercia qualquer real poder.
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domingo, fevereiro 08, 2015
O Tratado de Svalbard foi assinado há 95 anos
Museu sobre os pomor na colónia russa de Barentsburg (Баренцбург)
O Tratado de Svalbard, assinado em Paris a 9 de fevereiro de 1920, é um tratado multilateral que reconhece a soberania da Noruega sobre o arquipélago de Svalbard e suas águas territoriais, mas garante que os nacionais de todos os Estados contratantes beneficiam de igualdade de direitos no acesso aos recursos naturais da região (em especial à mineração do carvão). O Tratado permite à Noruega regular a exploração e tomar as medidas de protecção ambiental necessárias, mas impede qualquer discriminação positiva a favor dos seus nacionais ou de empresas norueguesas. O tratado também obriga à desmilitarização do território e proíbe a construção de qualquer tipo de fortificação.
Brasão de Svalbard
Enquadramento político e partes contratantes iniciais
A soberania sobre Svalbard foi mantida indefinida durante quase 300 anos, com nacionais de vários Estados a exercerem atividade económica e de exploração científica no território, com especial destaque para os interesses ligados à Noruega e à Rússia.
A questão agudizou-se quando se descobriu que a ilha de Spitsbergen era rica em carvão e em 1906 a empresa de capitais americanos Arctic Coal Company (ACC) pretendeu iniciar a exploração industrial. O povoado então fundado recebeu o nome de Longyearbyen, hoje a capital do arquipélago, em honra do americano John Munroe Longyear, proprietário da ACC.
Em 1916, em plena Grande Guerra, a ACC vendeu a sua posição a interesses nórdicos e a companhia norueguesa (hoje estatal) Store Norske Spitsbergen Kulkompani A/S (SNSK), para além de outras duas empresas escandinavas e de uma neerlandesa, incrementou em muito a mineração, formando as primeiras colónias permanentes de dimensão apreciável no arquipélago.
Seguiram-se interesses russos, que também pretendiam acesso ao carvão da ilha, o que levou a uma crescente tensão em torno do domínio da ilha.
Terminada a guerra, as potências aliadas vencedoras resolveram apoiar as pretensões norueguesas, o que levou à assinatura em Paris (Sèvres), a 9 de Fevereiro de 1920, do um tratado que clarificasse estas matérias.
O Tratado de Svalbard foi inicialmente assinado entre a Noruega, os Estados Unidos da América, o Reino Unido (e domínios integrados no então Império Britânico), a França, o Canadá, a Austrália, a Dinamarca, a Itália, os Países Baixos, a Suécia e o Japão. A União Soviética aderiu em 1924 e a Alemanha em 1925. Hoje o Tratado tem mais de 40 signatários, entre os quais Portugal (que o ratificou a 24 de outubro de 1927).
O Tratado de Svalbard, apesar de reconhecer a soberania norueguesa sobre a ilhas, impõe como condição a sua perpétua desmilitarização e o direito dos cidadão dos países signatários nelas se estabelecerem livremente para exploração dos seus recursos naturais, embora subordinados às leis promulgadas pela Noruega, que, contudo, não pode discriminar positivamente os seus cidadãos face aos dos restantes Estados signatários.
Os efeitos do Tratado
A internacionalização económica de Svalbard levou a que durante a maior parte do século XX a ilha de Spitsbergen tivesse entre os seus residentes mais cidadão soviéticos que noruegueses, já que a União Soviética investiu fortemente na exploração do carvão através da empresa estatal Trust Arktikugol (Арктикуголь), a única que, a par da norueguesa Store Norske Spitsbergen Kulkompani A/S, ainda mantém actividade mineira na ilha. Esta empresa adquiriu em 1932 as minas neerlandesas de Barentsburg, cuja exploração ainda mantém.
As actuais minas russas tinham pertencido à Nederlandsche Spitsbergen Compagnie (Nespico) N.V., empresa que a partir de 1921 tinha explorado carvão num local que chamou Barentsburg em homenagem ao explorador polar neerlandês Willem Barents. Nos seus tempos áureos, por meados da década de 1920, a Nespico chegou a ter 500 trabalhadores na ilha.
Nos termos do Tratado, a partir de 1925 a Noruega assumiu a administração da ilha tendo, entre outras medidas, estabelecido normas de proteção ambiental que foram pioneiras na Europa. A administração está desde aquela data, com um interregno devido à ocupação alemã durante a II Guerra Mundial, entregue a um Governador nomeado pela Noruega.
Apesar de ser uma zona desmilitarizada, Spitsbergen está situada numa posição geoestratégica importante, pois controla o acesso aos portos russos de Murmansk e Arkhangelsk, os únicos de que na Rússia têm acesso irrestrito ao Atlântico.
Desencadeada a II Guerra Mundial, e ocupada a Noruega pela Alemanha, a atividade mineira foi suspensa e a ilha quase totalmente evacuada a 3 de Setembro de 1941. Mesmo assim, forças alemãs bombardearam Longyearbyen e Barentsburg em Setembro 1943 e Sveagruva no ano seguinte.
Terminada a guerra, a ilha passou a desempenhar um papel importante na Guerra Fria, com os seus mares a serem palco de frequentes incursões submarinas e aéreas.
Sendo a Noruega um membro da NATO, a convivência com a presença soviética em Svalbard foi complexa, até porque o número de cidadãos soviéticos era maior do que o de noruegueses e a autonomia de que gozam as diversas comunidade, e a sua auto-suficiência, faziam de Pyramiden (Пирамида) e Barentsburg (Баренцбург) verdadeiros enclaves soviéticos sobre os quais a Noruega não exercia qualquer real poder.
in Wikipédia
quinta-feira, outubro 17, 2013
Arqueologia e tafonomia numa estranha notícia sobre seres humanos, incêndios e um sismo
Como quatro cérebros cozidos há 4000 anos chegaram até nós
Um dos cérebros fossilizados com 4000 anos
Cérebros encontrados na escavação
Um dos esqueletos encontrados na escavação
Casa onde se descobriram os cérebros
Condições únicas de mumificação permitiram a preservação de quatro cérebros humanos na região da Anatólia, na Turquia.
Nos últimos oito anos, escavações – que antecederam a exploração de
carvão que a empresa Seyitömer Lignite quer fazer no monte Seyitömer
Höyük, na região de Kütahya, na Turquia – puseram a descoberto cinco
milénios de história da humanidade, cerca de 17 mil artefactos e, agora,
quatro cérebros humanos cozidos. O estudo destes cérebros cozidos e bem
conservados foi publicado online na revista Homo – Journal of Comparative Human Biology.
O monte, de 23,5 metros de
altura, que corresponde a uma zona de habitação ancestral com 150 metros
quadrado, mostra sinais de um sismo ocorrido na Idade do Bronze, que
terá levado à queda de casas e consequente incêndio, deixando
subterradas e carbonizadas pelo menos seis pessoas. Os seus esqueletos
foram encontrados no interior de uma casa, rodeados por outros objectos
também carbonizados. Mas o que mais impressionou os cientistas foram os
cérebros dentro de quatro dos crânios, com 4.000 anos.
Noticiada pela revista britânica Newscientist,
esta foi uma descoberta extremamente rara porque os tecidos do cérebro
são os que se decompõem mais rapidamente após a morte. A mumificação
natural, responsável pela fraca deterioração dos tecidos dos cadáveres,
ocorre em condições específicas, como temperaturas muito baixas (como
nos glaciares), ambiente seco (como no deserto) e condições ácidas ou
com baixa concentração de oxigénio (como nas turfeiras).
Para a
conservação destes cérebros contribuíram vários factores. Logo após a
morte dos indivíduos, o incêndio e as altas temperaturas originadas
fizeram com que os cérebros fossem cozidos nos próprios fluídos
cerebrais. Para além disso, o incêndio consumiu todo o oxigénio e a
humidade presente no espaço, criando mais uma condição para a
conservação dos cérebros.
Depois de subterrados, contaram com o
próprio solo para manterem a integridade. O boro (elemento químico) é um
repelente natural de insectos e bactérias e era utilizado nas
mumificações no Egipto. O potássio, magnésio e alumínio, elementos
químicos responsáveis por tornarem o solo alcalino (pH alto), promovem a
saponificação, formação da “cera dos cadáveres” que preservou o formato
dos tecidos cerebrais.
No cérebro em melhor estado de
preservação, que será exposto num museu, a equipa de cientistas,
liderada por Meriç Altinöz, do Departamento de Biologia Molecular e
Genética da Universidade de Halic, na Turquia, já fez uma tomografia
axial computorizada (TAC). Neste exame, identificaram-se todas as
regiões cerebrais. Pela observação directa detectaram-se também algumas
perturbações nos lobos frontais desse cérebro.
Para uma história das doenças neurológicas
Noutros dois cérebros foram sujeitos à observação microscópica de “fatias” dos seus tecidos e à análise dos componentes biológicos (como gorduras) ou de elementos químicos (também analisados no solo do local), comparando-os com os de outros cérebros mumificados e com cérebros actuais.
Noutros dois cérebros foram sujeitos à observação microscópica de “fatias” dos seus tecidos e à análise dos componentes biológicos (como gorduras) ou de elementos químicos (também analisados no solo do local), comparando-os com os de outros cérebros mumificados e com cérebros actuais.
Vários metais pesados (como mercúrio e alumínio) foram
encontrados tanto no cérebro como nos ossos e dentes, e também no solo,
mostrando que, para além da contaminação que possa ter existido devido
aos cadáveres estarem subterrados, houve incorporação desses elementos
durante a vida dos indivíduos, sinal de uma actividade profissional que
implicava, por exemplo, a exploração mineira e a exposição aos elementos
presentes nos solos daquela região.
Salvo temporariamente da
exploração mineira, espera-se que este local arqueológico, escavado pela
equipa de Nejat Bilgen, do Departamento de Arqueologia da Universidade
Dumlupinar, também na Turquia, traga contributos para a história da
região da Anatólia. E não só.
“Os cérebros de Seyitömer
contribuíram com mais informação sobre novas formas de tafonomia (estudo
de organismos em decomposição ao longo do tempo e como fossilizaram)
nos tecidos humanos”, conclui a equipa de Meriç Altinöz, no artigo
científico. Num comentário à descoberta na revista Newscientist,
Frank Rühli, da Universidade de Zurique (na Suíça), que não fez parte
do estudo, destacou, por sua vez, como é importante verificar se nos
crânios encontrados em escavações arqueológicas ainda restaram tecidos
cerebrais. “Se quisermos saber mais sobre a história das doenças
neurológicas, temos de ter tecidos como estes”, acrescentou.
Postado por Fernando Martins às 20:30 0 bocas
Marcadores: Arqueologia, carvão, cérebro, Idade do Bronze, Minas, Seyitömer Höyük, sismos, tafonomia, Turquia
sábado, março 10, 2012
O maior desastre mineiro na Europa ocorreu há 106 anos
La catastrophe de Courrières illustrée par Le Petit Journal
La catastrophe de Courrières est la plus importante catastrophe minière d'Europe. Elle tire son nom de la Compagnie des mines de Courrières qui exploite alors le gisement de charbon du Bassin minier du Nord-Pas-de-Calais dans le Pas-de-Calais. Elle a lieu entre Courrières et Lens, le samedi 10 mars 1906 et a fait officiellement 1 099 morts. Ce gisement fournit alors 7 % de la production nationale de charbon. Un coup de grisou suivi d'un coup de poussière dévaste 110 kilomètres de galeries dans les fosses nos 2 à Billy-Montigny, 3 à Méricourt et 4 - 11 à Sallaumines. Le choc a été si fort que les cages ne peuvent plus circuler dans le puits no 3 et que des débris et des chevaux ont été projetés à une hauteur de dix mètres sur le carreau de la fosse.
Trois jours après l'explosion, les recherches pour retrouver les survivants sont abandonnées et une partie de la mine est condamnée, pour étouffer l'incendie et préserver le gisement. Cette gestion de la crise par la compagnie minière a été particulièrement mal vécue par les mineurs et par leurs familles.
Le 30 mars, soit vingt jours après l'explosion, treize rescapés réussissent à retrouver le puits par leurs propres moyens après avoir erré dans le noir total sur des kilomètres, un quatorzième fut retrouvé quatre jours plus tard. La catastrophe provoque une crise politique et un mouvement social qui débouche sur l'instauration du repos hebdomadaire.
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segunda-feira, fevereiro 16, 2009
Em defesa do património industrial de S. Pedro da Cova
Recebemos, via mailing-list da GEOPOR, o seguinte e-mail, com um pedido de divulgação:
Prezados Colegas:
Criou-se finalmente um movimento cívico em S. Pedro da Cova para defesa do património industrial, mais particularmente o emblemático cavalete do Poço de S. Vicente das minas de carvão que, como sabem, há anos aguarda a conclusão do processo de classificação.
Foi criado um blogue com várias informações em: http://patrimoniospc.blogspot.com, que contém também um link para uma petição on-line.
No próximo dia 28 de Fevereiro haverá uma conferência de imprensa junto ao cavalete para divulgar o movimento à comunicação social .
Cumprimentos.
J. Brandão
NOTA: a petição tem o seguinte site:
http://www.pnetpeticoes.pt/cavaletesvicente
Postado por Fernando Martins às 23:21 0 bocas
Marcadores: carvão, património industrial, S. Pedro da Cova
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