sexta-feira, janeiro 03, 2020

Thomas Bangalter, dos Daft Punk, faz hoje 45 anos!

  
Thomas Bangalter (Paris, 3 de janeiro de 1975) é produtor musical e o fundador do grupo de música eletrónica Daft Punk. Também produziu música para a banda Stardust, e para o filme Irreversible. Thomas tem a sua própria gravadora, chamada Roulé. Fora da produção musical, Thomas é realizador e director de fotografia. Bangalter, filho de Daniel Vangarde, tem uma irmã que mora no Brasil, no Rio de Janeiro, adotada por outra família. Reside em Beverly Hills, Califórnia, com a sua mulher, actriz francesa Élodie Bouchez, e os seus dois filhos, Tara-Jay e Roxan.
  
Biografia
Thomas Bangalter começou a tocar piano com a idade de seis anos. Bangalter afirmou em entrevista a um vídeo que seus pais eram rigorosos em manter a sua prática, para a qual ele agradece-los mais tarde. Seu pai, Daniel Vangarde foi um famoso produtor de música e compositor para artistas, tais como a Gibson Brothers, Ottawan e Sheila B. Devotion. Conforme expresso por Bangalter: "Eu nunca tive qualquer intenção de fazer o que meu pai estava fazendo".
Bangalter encontrou Guy-Manuel de Homem-Christo enquanto frequentavam a escola Lycée Carnot, em 1987. Foi aí que descobriram o seu fascínio mútuo sobre filmes e música dos anos 60 e 70, "coisas básicas de culto adolescente, desde Easy Rider a Velvet Underground. "Eles e Laurent Brancowitz acabaram formando um trio de indie rock chamado Darlin, no qual Bangalter tocava guitarra e baixo. Bangalter considerou que "Foi talvez ainda mais uma coisa adolescente nessa altura. É, como você sabe, todo a gente quer estar numa banda." Uma análise negativa refere-se ao ato como "um bando de punks parvos (Daft Punk em inglês)", que inspiraram o novo nome para a banda de Bangalter e Homem-Christo.
Pouco antes de atingir a idade de este atingir 18 anos, a Daft Punk cresceu, com os dois interessados em música eletrónica, o que levou Brancowitz a deixar o grupo para a prossecução de esforços com os colegas parisienses da banda Phoenix. Em 1993, Bangalter apresentou uma demonstração de material para Stuart Macmillan do Slam que levou ao seu primeiro single "The New Wave". Daniel Vangarde deu conselhos valiosos para a dupla. "Ele nos ajudou a apresentar qual era a situação das gravadoras e de como elas funcionam. Sabendo isso, nós fizemos algumas opções a fim de conseguir aquilo que queríamos."
Daniel Vangarde recebeu agradecimentos pelos seus esforços nas notas de reconhecimentos de Homework. O título do álbum é atribuído em parte ao facto de que Homework foi gravado no quarto de Bangalter. Como ele comentou: "Eu tinha que passar a cama em outra sala para fazer espaço para o material." Nos anos seguintes do lançamento de 1997, Bangalter centrava-se na sua própria gravadora, Roulé ("rolar", em francês). A gravadora lançava singles de Romanthony, Roy Davis Jr., do próprio Bangalter, entre outros. Bangalter colaborou com Alan Braxe e Benjamin Diamond e lançou em 1998 o hit "Music Sounds Better with You". Assim como para o Homework, o single foi gravado no estúdio da casa de Bangalter.
Em torno da mesma época de "Music Sounds Better with You", Bangalter co-produziu o segundo single de Bob Sinclar "Gym Tonic". A canção utilizava amostras de um vídeo de exercícios de Jane Fonda. Fonda posteriormente recusou permissão para o uso da amostra. Uma banda chamada Spacedust lançou um single chamado "Gym and Tonic", que recria elementos de "Gym Tonic" e "Music Sounds Better with You". A música tornou-se número um no Reino Unido.
Em 1998, Bangalter e Homem-Christo colaboraram com Romanthony no que se tornaria a primeira das sessões de Discovery. Uma das faixas produzidas, "One More Time" se tornou o mais bem sucedido single da Daft Punk em 2000. Bangalter também realizou em um sintetizador Yamaha CS-60 a faixa "Embuscade" no álbum de estreia de Phoenix, United, que foi lançado no mesmo ano. Ele também fez equipe com o DJ Falcon, sob a denominação de Together, para lançar o seu single com o mesmo nome em 2000. Em 2002, Bangalter foi pai de um filho, com a atriz Élodie Bouchez, chamado Tara-Jay.
Juntos lançaram o single "So Much Love to Give", em 2003. A faixa "Call on Me" de Eric Prydz foi inicialmente pensada para ser um acompanhamento de Together devido à semelhança entre as duas canções e do uso da faixa por DJ Falcon em seus espetáculos.
Entre 13 de setembro e 9 de novembro de 2004, Bangalter e Homem-Christo produziram e misturaram faixas para o seu álbum Human After All. Pouco depois, mudou-se para a sua actual casa, em Beverly Hills, Califórnia. A mudança é atribuível à carreira de Bouchez em Hollywood e do interesse de Bangalter no cinema. Em 2 de junho de 2008 Bouchez deu à luz o seu segundo filho com Bangalter, Roxan.
  
 

quinta-feira, janeiro 02, 2020

Balakirev nasceu há 183 anos

Mily Alexeyevich Balakirev (Nizhny Novgorod, 2 de janeiro de 1837São Petersburgo, 29 de maio de 1910) foi um compositor russo, mais conhecido atualmente por fazer parte e liderar o Grupo dos Cinco, um grupo nacionalista de músicos russos no qual faziam parte, além de Balakirev, César Cui, Modest Mussorgsky, Aleksandr Borodin e Nikolai Rimsky-Korsakov.
   
  

Inquérito do IPMA sobre o sismo de 1 de janeiro de 1980

40 ANOS DO SISMO DE 01 DE JANEIRO DE 1980
Realização de um inquérito macrosísmico à população

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera, o Instituto Superior Técnico, a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e o Laboratório Associado Instituto Dom Luiz estão a lançar um inquérito macrosísmico nacional por ocasião dos 40 anos sobre o sismo de 1 de janeiro de 1980.

Este sismo ocorreu às 16.42 (UTC) com uma magnitude 6.9, tendo o epicentro localizado no mar entre a ilha Terceira e S. Jorge e profundidade focal estimada em 10km, e foi sentido em todas as ilhas do arquipélago dos Açores, à exceção das Flores e Corvo.

O sismo foi sentido com o grau VIII­/IX da escala Mercalli modificada (MM56) na localidade das Doze Ribeiras na Ilha Terceira; grau VII­/VIII em Santo Antão e Topo em S. Jorge, grau VI­/VII em Luz, Carapacho, Ribeirinha e Guadalupe na Graciosa, grau VI em Silveira na ilha do Pico e grau IV/­V na Horta, Flamengos e Praia do Almoxarife na ilha do Faial.

O terramoto causou grandes prejuízos nas ilhas Terceira, S. Jorge e Graciosa, algumas dezenas de mortes (61), centenas de feridos (300) e milhares de desalojados, tendo mais de 15000 habitações ficado danificadas ou mesmo totalmente destruídas.

Com o seu epicentro localizado no mar entre a ilha Terceira e S. Jorge, este sismo causou um tsunami de pequena magnitude, registado nos marégrafos de Angra do Heroísmo e Horta com amplitudes de 28 cm e 5 cm respetivamente.

Mesmo após o terramoto de 01 de janeiro de 1980, Angra preservou a melhor parte do seu património monumental e um conjunto urbano homogéneo, pelo que em 1983 a UNESCO (o organismo das Nações Unidas para a educação e cultura) aceitou integrar o centro histórico de Angra do Heroísmo na sua lista de sítios classificados como Património Mundial da Humanidade.

Este sismo ocorreu numa época em que a instrumentação sí­smica não estava ainda suficientemente desenvolvida, sendo fundamental complementar os poucos registos instrumentais de então com os testemunhos da população afetada. Atualmente as tecnologias de comunicação permitem uma recolha de dados muito mais alargada do que a que foi possível naquele tempo, sendo por isso agora o momento certo para realizar um inquérito macrosísmico sobre os efeitos deste sismo tão importante.

O inquérito pode ser acedido em:

 
in IPMA
 
NOTA: o termo macrosísmico devia escrever-se macrossísmico ou macro-sísmico, senhores do IPMA. E para quando uma mudança da sigla da instituição, para incluir a sismologia e geofísica...?!?

O último reino muçulmano da Ibéria desapareceu há 528 anos

  
Situada na região da Andaluzia, Espanha, a cidade de Granada, fundada em 756 pelos árabes, é desde o século XIII a capital do reino muçulmano de Granada. A sua rendição, celebrada durante vários dias, é o culminar de dez anos de guerras, dois anos de importantes investimentos financeiros e põe fim a oito séculos de domínio muçulmano na Península Ibérica.
 
Escudo do Rei de Granada
    
Antecedentes
O casamento de Isabel I de Castela com Fernando II de Aragão, mais tarde designados pelos Reis católicos não antevia o sucesso do casal no governo de Espanha. Com efeito, apesar do contributo para a unificação da actual Espanha, a nobreza não era consensual no que respeita à decisão sobre quem deveria ascender ao trono do país: houvera quem preferisse a infanta Joana, prometida a Afonso V de Portugal (que, por isso, também concorria ao trono). Porém, D. Joana era tida como filha ilegítima de Henrique IV de Castela, fruto de uma polémica relação da esposa do rei com um fidalgo.
Assim, Isabel I, meia-irmã do rei, faz-se proclamar rainha de Castela nas Cortes de Valladolid de 1473. Em 1479, Fernando II torna-se rei de Aragão e consuma-se a união dos dois reinos que, porém, ainda não era suficientemente forte, já que era cercado por Portugal, em plena expansão, a França dos Valois, a pequena Navarra e o reino de Granada.
Após quatro anos de tréguas, a guerra entre Granada e Castela reacende-se em 1481, embora não passe de breve escaramuças, ofensivas e cercos. Sabe-se que em 1487 se travaram perto de Málaga duros combates, na consequência dos quais cairia a cidade nas mãos dos cristãos. Depois, ao fim de seis meses de cerco, cede Barza.
Aproveitando alguns conflitos internos no reino de Granada, que entretanto se desagregara, junta o casal real cerca de 60.000 homens na planície de Granada, destinados a acabar com o conflito.
  
Bandeira do Emirado nasrida de Granada
 
Entrega das chaves da cidade
As negociações com o último rei mouro de Granada, Boabdil, começam no outubro de 1491. Na véspera do dia 1 de janeiro de 1492 Boabdil envia cerca de 400 mouros como reféns, carregados de presentes para os Reis, enquanto um grupo de oficiais toma a colina do Alhambra, a fim de ocupar pontos estratégicos. Na manhã do dia 2, segue Fernando de Aragão e a sua Corte, seguidos por Isabel com o príncipe João e as suas irmãs e, atrás, as tropas, ao encontro do rei mouro. Boabdil entrega as chaves da cidade diante de 100.000 espectadores, muçulmanos, judeus e cristãos, castelhanos e estrangeiros, e é içada, pela primeira, a bandeira dos reis de Espanha na mais alta torre do Alhambra.
Não houve pilhagem nem saque; a vitória era celebrada por vários dias de festejos e por isto outorgava-lhes o Papa Alexandre VI o título de «Reis Católicos».
Boabdil estava obrigado a aceitar as condições dos vencedores, como a liberdade de culto, a segurança das pessoas, e a liberdade de emigrar levando ou vendendo os bens. Esta opção rapidamente se mostrou inevitável, provavelmente devido às situações constrangedoras em que se veriam os muçulmanos no seguimento da derrota. As pressões acumulam-se - a Inquisição representava uma forte ameaça ao islamismo e os impostos eram insuportáveis - e grande parte dos vencidos decide retirar-se no outono de 1492, à semelhança de Boabdil.
Rebentam revoltas, pois as promessas dos Reis Católicos não estavam a ser cumpridas, e a Espanha vê-se vítima de represálias conduzidas a partir do Magrebe em algumas aldeias costeiras. A emigração assume agora um carácter de expulsão - que se coloca em paralelo com a dos judeus - e, com a recente descoberta da América (Índias Ocidentais), a Espanha sofre também de um êxodo que lhe viria a sair caro mais tarde.

Reino de Granada em 1482, antes do começo da Guerra de Granada
      
in Wikipédia

Isaac Asimov nasceu, provavelmente, há cem anos!

   
Isaac Asimov (Petrovichi, circa 2 de janeiro de 1920 - Nova Iorque, 6 de abril de 1992), foi um escritor e bioquímico americano, nascido na Rússia, autor de obras de ficção científica e divulgação científica.
Asimov é considerado um dos mestres da Ficção Científica e, junto com Robert A. Heinlein e Arthur C. Clarke, foi considerado um dos "três grandes" da ficção científica. A obra mais famosa de Asimov é a série da Fundação, também conhecida como Trilogia da Fundação, que faz parte da série do Império Galáctico e que logo combinou com sua outra grande série dos Robots. Também escreveu obras de mistério e fantasia, assim como uma grande quantidade de não-ficção. No total, escreveu ou editou mais de 500 volumes, aproximadamente 90.000 cartas ou postais, e tem obras em cada categoria importante do sistema de classificação bibliográfica de Dewey, exceto em filosofia.
A maioria de seus livros mais populares sobre ciência, explicam conceitos científicos  de uma forma histórica, voltando no tempo o mais longe possível, quando a ciência em questão estava nos primeiros estágios. Ele providencia, muitas vezes, datas de nascimento e falecimento dos cientistas que menciona, também etimologias e guias de pronunciação para termos técnicos. Alguns exemplos incluem, "Guide to Science", os três volumes de "Understanding Physics" e a "Chronology of Science and Discovery", e trabalhos sobre Astronomia, Matemática, a Bíblia, textos sobre William Shakespeare e Química.
Asimov foi membro e vice-presidente por muito tempo da Mensa, ainda que faltasse frequentemente: ele os descrevia como "intelectualmente combalidos". Exercia, com mais frequência e assiduidade, a presidência da American Humanist Association (Associação Humanista Americana).
Em 1981, um asteroide recebeu o seu nome em sua homenagem, o 5020 Asimov. O robô humanóide "ASIMO" da Honda, também pode ser considerada uma homenagem indireta a Asimov, pois o nome do robô significa, em inglês, Advanced Step in Innovative Mobility, além de também significar, em japonês, "também com pernas" (ashi mo), em um trocadilho linguístico em relação à propriedade inovadora de movimentação deste robô.
   
Biografia
Isaac Asimov nasceu em Petrovichi, no Oblast de Smolensk, República Soviética Russa (hoje província de Mahilou, Bielorrússia), filho de Anna Rachel Berman Asimov e Judah Asimov, um moleiro de uma família de judeus. Em virtude das diferenças entre o calendário hebraico e o calendário juliano (à época ainda em uso na região pela Igreja Ortodoxa), bem como pela falta de registos, a sua data de nascimento não pode ser precisada, situando-se entre 4 de outubro de 1919 e 2 de janeiro de 1920, sendo esta última considerada como a correta por Asimov, que sempre celebrou o seu aniversário a 2 de janeiro. A família deve o seu nome a uma palavra da língua russa que significa um cereal de inverno, que o seu bisavô negociava, ao qual o sufixo paterno foi adicionado. A família emigrou para os Estados Unidos quando ele tinha só três anos de idade. Como os seus pais falavam sempre iídiche e inglês com ele, ele nunca aprendeu russo. Enquanto crescia em Brooklyn, Nova Iorque, Asimov aprendeu a ler, por si próprio, quando tinha cinco anos e permaneceu fluente em iídiche, bem como em inglês. Os seus pais tinham uma loja de doces, e toda a gente da família tinha de lá trabalhar. Revistas baratas de papel de fraca qualidade, chamadas pulp, sobre ficção científica eram vendidas em lojas, e ele começou a lê-las. Por volta dos onze anos, começou a escrever histórias próprias e, por volta dos dezanove anos, tendo-se tornado fã de ficção científica, começou a vender as suas histórias a revistas. John W. Campbell, o editor de Astounding Science Fiction,, a quem ele vendeu as suas primeiras histórias, foi uma forte influência formativa e tornou-se um amigo seu.
Asimov foi aluno das New York City Public Schools (escolas públicas de Nova Iorque), inclusive a Boys' High School, de Brooklyn. A partir daí, ele foi para a Universidade de Columbia, onde se graduou em 1939, depois tirando um Ph.D. em bioquímica, em 1948. Entretanto, passou três anos, durante a Segunda Guerra Mundial, a trabalhar como civil na Naval Air Experimental Station, do porto da Marinha em Filadélfia. Quando a guerra acabou foi destacado para o Exército Americano, tendo só servido nove meses antes de ser honrosamente dispensado. Durante a sua breve carreira militar ascendeu ao posto de cabo, baseado na sua habilidade para escrever à máquina, e escapou por pouco à participação nos testes da bomba atómica em 1946, no atol de Bikini.
Depois de completar o seu doutoramento, Asimov entrou para a Faculdade de Medicina da Universidade de Boston, à qual permaneceu associado a partir daí. Depois de 1958, isto foi sem ensinar, já que se virou para a escrita em tempo integral (os seus rendimentos da escrita já excediam os do salário académico). Pertencer ao quadro permanente significou que ele manteve o título de professor associado e, em 1979, a universidade honrou a sua escrita promovendo-o a professor catedrático de bioquímica. Os arquivos pessoais de Asimov, a partir de 1965, estão arquivados na Mugar Memorial Library da universidade, doados por ele a pedido do curador, Howard Gottlieb. A colecção preenche 464 caixas em 71 metros de prateleira.
Asimov casou-se com Gertrude Blugerman (Canadá, 1917 - Boston, 1990), em 26 de julho de 1942. Tiveram duas crianças, David (nascido em 1951) e Robyn Joan (nascida em 1955). Depois da separação, em 1970, ele e Gertrude divorciaram-se em 1973, e Asimov casou-se com Janet Jeppson mais tarde, no mesmo ano.
Asimov e a segunda esposa

Asimov era um claustrofilo; gostava de espaços pequenos fechados. No primeiro volume da sua autobiografia, ele conta um desejo infantil de possuir uma banca de jornais numa estação de metrô de Nova Iorque, dentro da qual ele se fecharia e escutaria o ruído dos carros enquanto lia.
Asimov tinha medo de voar, só o tendo feito duas vezes na vida inteira (uma vez, durante seu trabalho na Naval Air Experimental Station, e outra, na volta para casa da base militar de Oahu, em 1946). Raramente viajava grandes distâncias, em parte por causa de sua aversão a voar, adicionada às dificuldades logísticas de viajar longas distâncias. Esta fobia influenciou várias das suas obras de ficção, como as histórias de mistério de Wendell Urth e as novelas sobre robôs de Elijah Baley. Nos seus últimos anos, ele gostava de viajar em navios de cruzeiro e, em várias ocasiões, ele fez parte do "entretenimento" no cruzeiro, dando palestras baseadas em ciência, em navios, como os RMS Queen Elizabeth 2. Asimov sabia entreter muitíssimo bem, era prolífico e procurado como discursador. Seu sentido de tempo era fantástico; ele nunca olhava para um relógio, mas invariavelmente falava precisamente o tempo combinado.
Asimov era um participante habitual em convenções de ficção científica, onde ficava amável e disponível para conversa. Ele respondia pacientemente a dezenas de milhares de perguntas e outro tipo de correio com postais, e gostava de dar autógrafos. Embora gostasse de mostrar o seu talento, raramente parecia levar-se a si próprio demasiadamente a sério.
Ele era de altura mediana, forte, com bigode e um óbvio sotaque de judeus do Brooklyn. A sua motricidade física era bastante limitada. Ele nunca aprendeu a nadar ou andar de bicicleta; no entanto, aprendeu a conduzir um carro, depois de se mudar para Boston. No seu livro de humor, Asimov Laughs Again, ele descreve a condução em Boston como "anarquia sobre rodas".
Ele demonstrou o seu amor por conduzir no seu conto de ficção científica, Sally, sobre carros-robôs. Um leitor atento reparará que ele faz uma descrição detalhada de um dos carros a que chama 'Giuseppe', de Milão - o que significa que Giuseppe era um Alfa Romeo. Asimov não especificou nenhum outro tipo de veículo em nenhuma das suas histórias, o que levou muitos fãs a considerarem que ele foi pago por aquela marca de automóvel.
Os interesses variados de Asimov incluíram, nos seus anos tardios, sua participação em organizações devotadas à opereta de Gilbert and Sullivan e em The Wolfe Pack, um grupo de seguidores dos mistérios de Nero Wolfe, escritos por Rex Stout. Ele era um membro proeminente da Baker Street Irregulars, a mais importante sociedade sobre Sherlock Holmes. De 1985 até sua morte em 1992, ele foi presidente da American Humanist Association; seu sucessor foi o amigo e congénere escritor, Kurt Vonnegut. Ele também era um amigo próximo do criador de Star Trek, Gene Roddenberry, e foram-lhe dados créditos em Star Trek: The Motion Picture, pelos conselhos que deu durante a produção.
Asimov morreu em 6 de abril de 1992 em Nova Iorque. Foi cremado e as suas cinzas foram espalhadas. Ele deixou tudo à sua segunda mulher, Janet, e às crianças do primeiro casamento. Dez anos depois da sua morte, a edição da autobiografia de Asimov, It's Been a Good Life, revelou que sua morte foi causada por SIDA; ele contraiu o vírus HIV através de uma transfusão de sangue recebida durante a operação de bypass, em dezembro de 1983. A causa específica da morte foi falha cardíaca e renal, como complicações da infecção com o vírus da SIDA.
Janet Asimov escreveu no epílogo de It's Been a Good Life que Asimov o teria querido tornar público, mas seus médicos convenceram-no a permanecer em silêncio, avisando que o preconceito Anti-SIDA estender-se-ia a seus familiares. A família de Asimov considerou divulgar sua doença antes de ele morrer, mas a controvérsia que ocorreu, quando Arthur Ashe divulgou que ele tinha SIDA, convenceu-os do contrário. Dez anos mais tarde, depois da morte dos médicos de Asimov, Janet e Robyn concordaram que a situação em relação à SIDA podia ser levada a público.
   
Asimov e a Wikipédia
No livro Escolha a Catástrofe, Asimov disserta sobre os futuros problemas que poderiam levar a humanidade à extinção e como a tecnologia poderia salvá-la. Em certa parte do livro, ele fala sobre a educação e como ela poderia funcionar no futuro.
Cquote1.svg Haverá uma tendência para centralizar informações, de modo que uma requisição de determinados itens pode usufruir dos recursos de todas as bibliotecas de uma região, ou de uma nação e, quem sabe, do mundo. Finalmente, haverá o equivalente de uma Biblioteca Computada Global, na qual todo o conhecimento da humanidade será armazenado e de onde qualquer item desse total poderá ser retirado por requisição. Cquote2.svg
Cquote1.svg …Certamente, cada vez mais pessoas seguiriam esse caminho fácil e natural de satisfazer suas curiosidades e necessidades de saber. E cada pessoa, à medida que fosse educada segundo seus próprios interesses, poderia então começar a fazer suas contribuições. Aquele que tivesse um novo pensamento ou observação de qualquer tipo sobre qualquer campo, poderia apresentá-lo, e se ele ainda não constasse na biblioteca, seria mantido à espera de confirmação e, possivelmente, acabaria sendo incorporado. Cada pessoa seria, simultaneamente, um professor e um aprendiz. Cquote2.svg
Isaac Asimov - 1979

Asimov e o Futuro
Asimov não se mostrou visionário apenas em relação à existência de uma Biblioteca Global, como visto acima. Em 1964, aceitou uma proposta do jornal The New York Times e fez uma série de previsões acerca do mundo do futuro, projetando-o como seria dali a 50 anos, isto é, em 2014.
Embora não utilizasse, à época, os termos de hoje, por seus escritos podemos notar que previu a existência dos micro-ondas nas nossas cozinhas, da fibra ótica, da internet, dos microchips, das TVs de tela plana e até de pessoas acometidas de depressão. Mas também errou, como ao prever carros voadores e centrais nucleares de fusão atómica.
  
Leis da Robótica
Apresentadas no livro Eu, Robô, as 3 Leis da Robótica foram criadas, como condição de coexistência dos robôs com os seres humanos, como prevenção de qualquer perigo que a inteligência artificial pudesse representar à humanidade. São elas:
  • 1ª Lei: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal;
  • 2ª Lei: Um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos em que tais ordens contrariem a Primeira Lei;
  • 3ª Lei: Um robô deve proteger a sua própria existência, desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira e Segunda Leis.
Mais tarde, no livro Os Robôs do Amanhecer, o robô Daneel viria a instituir uma quarta lei: a 'Lei Zero':
  • 'Lei Zero': Um robô não pode fazer mal à humanidade e nem, por inação, permitir que ela sofra algum mal.
   

quarta-feira, janeiro 01, 2020

Hoje é dia da recordar Lhasa... (III)



Hoje foi o Dia da Paz e da Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus


1 ou 1.º de janeiro é o 1.º dia do ano no calendário gregoriano. Faltam 364 para acabar o ano (365 em anos bissextos).
Esta data é o Dia Mundial da Paz, além de Dia da Fraternidade Universal, sendo assim, um feriado internacional, adotado por quase todas as nações do planeta.
  
in Wikipédia
  
  
   
O Dia Mundial da Paz, inicialmente chamado simplesmente de Dia da Paz, é comemorado em 1 de janeiro, tendo sido criado pelo papa Paulo VI em 1967.
Em 8 de dezembro de 1967, o papa Paulo VI escreveu uma mensagem propondo a criação do Dia Mundial da Paz, a ser festejado no dia 1 de janeiro de cada ano. Mas o papa não queria que a comemoração se restringisse apenas aos católicos – para ele, a verdadeira celebração da paz só estaria completa se envolvesse todos os homens, não importando a religião. “A proposta de dedicar à paz o primeiro dia do novo ano não tem a pretensão de ser qualificada como exclusivamente nossa, religiosa ou católica. Antes, seria para desejar que ela encontrasse a adesão de todos os verdadeiros amigos da paz”, dizia, em sua mensagem. No texto, expressava seu desejo de que esta iniciativa ganhasse adesão ao redor do mundo com “caráter sincero e forte de uma humanidade consciente e liberta dos seus tristes e fatais conflitos bélicos, que quer dar à história do mundo um devir mais feliz, ordenado e civil”. Portanto, O Dia da Paz Mundial é um dia a ser celebrado pelos "verdadeiros amigos da Paz", independente de credo, etnia, posição social ou económica.
Dizia o Papa Paulo VI em sua primeira mensagem para este dia: "Dirigimo-nos a todos os homens de boa vontade, para os exortar a celebrar o Dia da Paz, em todo o mundo, no primeiro dia do ano civil, 1 de Janeiro de 1968. Desejaríamos que depois, cada ano, esta celebração se viesse a repetir, como augúrio e promessa, no início do calendário que mede e traça o caminho da vida humana no tempo que seja a Paz, com o seu justo e benéfico equilíbrio, a dominar o processar-se da história no futuro".
A proposta de dedicar à Paz o primeiro dia do novo ano não tem a pretensão de ser qualificada como exclusivamente religiosa ou católica. Antes, seria para desejar que ela encontrasse a adesão de todos os verdadeiros amigos da Paz, como se se tratasse de uma iniciativa sua própria; que ela se exprimisse livremente, por todos aqueles modos que mais estivessem a caráter e mais de acordo com a índole particular de quantos avaliam bem, como é bela e importante ao mesmo tempo, a consonância de todas as vozes do mundo, consonância na harmonia, feita da variedade da humanidade moderna, no exaltar este bem primário que é a Paz.
Completava ainda o Papa Paulo VI: "A Igreja católica, com intenção de servir e de dar exemplo, pretende simplesmente lançar a ideia, com a esperança de que ela venha não só a receber o mais amplo consenso no mundo civil, mas que também encontre por toda a parte muitos promotores, a um tempo avisados e audazes, para poderem imprimir ao Dia da Paz, a celebrar-se nas calendas de cada novo ano, caráter sincero e forte, de uma humanidade consciente e liberta dos seus tristes e fatais conflitos bélicos, que quer dar à história do mundo um devir mais feliz, ordenado e civil".
   
in Wikipédia
   

Hoje é dia da recordar Lhasa... (II)

 
  
Following a 21-month-long battle with breast cancer, Lhasa died, age 37, on the evening of January 1, 2010, at her home in Montreal. She was survived by her partner Ryan Morey, by her parents, and by nine siblings. Lhasa was cremated, in accordance with her wishes. On January 9, a funeral ceremony was held for family and friends at the Ukrainian National Federation Hall in Montreal. A cemetery plot and stone for Lhasa are at Notre-Dame-des-Neiges Cemetery, Montreal.
Following her death, it snowed in Montreal for four days. Lhasa collaborator Patrick Watson said that some of her friends felt it was a last message from her, and with experimental group Esmerine he co-wrote a song dedicated to Lhasa: "Snow Day for Lhasa".
A sold-out memorial concert called "La Route chante: A Community Show for Lhasa" was held on January 6, 2012, at the Rialto Theatre in Montreal, honoring the life of Lhasa. Musicians who collaborated with Lhasa performed, along with other artists such as Katie Moore, Thomas Hellman, and Plants and Animals. Lhasa's manager, David-Étienne Savoie, and her collaborator Watson originated the concept of a memorial concert, and the musicians met in Watson's studio to rehearse. To open the concert, The Barr Brothers played together with Sarah Pagé, Miles Perkin and Joe Grass, interpreting Lhasa's "Small Song". Other performers included Ariane Moffatt, Esmerine, Watson, Mario Légaré, Arthur H, Jérôme Minière and Brazilian-born singer Bïa. A second show was added the following night to accommodate demand for tickets.
On January 16, Jim Corcoran devoted an episode of his CBC Radio One program À Propos, a weekly show about Quebec music, to a Lhasa tribute show.
On the summer solstice, June 21, 2010, another memorial ceremony took place in Bourgogne, France. Some of Lhasa's ashes were dispersed in a small river that flows into the Mediterranean Sea.
Madonna Hamel's audio documentary She Moves Between Worlds: Remembering Lhasa de Sela combined a previously unpublished conversation between Hamel and Lhasa with interviews and responses to the conversation by band members and friends. The documentary was aired January 1, 2013, on CBC's Inside The Music.
  
 

Faz hoje 95 anos que descobrimos o Universo...

Hoje é dia de recordar Lhasa...

(imagem daqui)
   
Lhasa de Sela (September 27, 1972 – January 1, 2010), also known by the mononym Lhasa, was an American-born singer-songwriter who was raised in Mexico and the United States, and divided her adult life between Canada and France. Her first album, La Llorona, went platinum in Canada and brought Lhasa a Félix Award and a Juno Award.
Following this success, Lhasa toured with Lilith Fair, then joined her sisters in a French circus troupe, contributing her husky voice to the musical backdrop. She lived in Marseille and began to write more songs, then moved back to Montreal and produced a second album, The Living Road. Once again, she toured in support of her album, and she collaborated with other musicians on their projects. During this time, BBC Radio 3 honored her as the best world music artist of the Americas in 2005. She published a book about her impressions of life on the road.
Lhasa recorded a third album, titled Lhasa, but she was diagnosed with cancer in 2009 around the time it was released. She endured severe treatments but these did not halt the illness. She died on New Year's Day 2010. A memorial program of her music was put together in January 2012, performed in Montreal by artists who had worked with her.
  
  

Saudades de Lhasa...



John Edgar Hoover nasceu há 125 anos

John Edgar Hoover (Washington, D.C., 1 de janeiro de 1895 - Washington, D.C., 2 de maio de 1972), foi um polícia norte-americano; foi o chefe do FBI durante 48 anos, a mais importante organização policial do mundo, sendo considerado o seu patrono.
É considerado por muitos como a autoridade mais poderosa dos Estados Unidos pelo maior periodo de tempo.
   
Biografia
Trabalhou na Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos e, de educação luterana, formou-se em Direito aos 22 anos. Empregou-se logo em seguida no Departamento de Justiça dos Estados Unidos, onde a sua carreira foi rápida. No ano de 1919 foi indicado para investigar estrangeiros suspeitos de subversão. A sua missão resultou na expulsão do país de um grande número de pessoas. Com o sucesso do seu trabalho, foi nomeado para trabalhar como assistente do diretor do FBI. Poucos anos depois, em 1924, Hoover tornou-se o chefe do Departamento.
   
FBI
Durante o tempo em que ficou na chefia do departamento (até sua morte), serviu a oito presidentes e 18 secretários de Justiça. Mudou a história do FBI: a antiga e ineficiente organização de 657 agentes (muitas vezes corruptos), tornou-se a maior organização policial do planeta, com mais de 16 mil funcionários, além de modernos métodos de investigação criminal. No ano de sua morte, os arquivos do FBI possuíam mais de 200 milhões de impressões digitais.
Nos anos 30, a sua fama começou a crescer quando combatia gangsters famosos, como John Dillinger, Pretty Boy Floyd e Baby Face. Na mesma década, também participou da captura do raptor do filho do aviador Charles Lindberg, facto que havia provocado enorme interesse na imprensa em todo o mundo.
Durante a Segunda Guerra Mundial, participou na caça de espiões e comunistas.
Hoover e Clyde Tolson em 1939
   
Relacionamento
Tem sido afirmado que J. Edgar Hoover afirmava Clyde Tolson como sendo o seu alter-ego. Eles trabalhavam juntos durante o dia, faziam as suas refeições em conjunto, socializavam juntos à noite e passavam as suas férias juntos. Rumores circularam durante anos de que os dois tiveram um relacionamento romântico. Alguns autores têm rejeitado os rumores sobre sua orientação sexual e uma possível relação íntima com Tolson, enquanto outros os descreveram como muito provável ou mesmo "confirmaram", e outros ainda relataram os rumores sem indicar uma opinião.
Assim que Hoover morreu, Tolson herdou os seus bens, no valor de 550.000 dólares, e mudou-se para a sua casa, e colocou a bandeira dos EUA envolta no caixão de Hoover. A sepultura de Hoover fica a poucos metros do túmulo de Tolson, no cemitério do Congresso.
Apesar de todos os rumores, contudo, não há provas disso, já que todos os arquivos pessoais que Hoover guardava a seu respeito na época simplesmente desapareceram com a morte deste.
   
COINTELPRO
Em 1956 Hoover ficou extremamente frustrado com empecilhos criados pela Justiça dos Estados Unidos em condenar pessoas por razões políticas, ativismo ou atividades que ele via como ameaça. Foi então que Hoover criou formalmente um programa clandestino de "jogos sujos", chamados "dirty tricks", o Programa COINTELPRO.
O programa clandestino era realizado pelo próprio FBI e os seus agentes e era um programa de sabotagem, intimidação e perseguição de indivíduos e grupos, escolhidos por Hoover como alvo das atividades destrutivas do programa. Este programa permaneceu secreto até 1971, tendo sido exposto apenas depois do roubo de documentos secretos sobre o programa.
COINTELPRO foi usado para inciar investigações intimidadoras e perseguir pessoas notórias como John Lennon, por seu protesto contra a Guerra do Vietname, Martin Luther King, Charlie Chaplin e inúmeros outros.
Os métodos incluíam, infiltração de movimentos pacifistas, roubos, escutas telefónicas, invasão domiciliar, e uma série de operações clandestinas ofensivas e ilegais, e historiadores e pesquisadores afirmam que o programa incluía a incitação de violência e assassinatos.
Em 1975 as atividades do COINTELPRO foram investigadas pelo Church Committee e as suas atividades foram consideradas ilegais.
  
Críticas
Praticamente intocável durante a sua longa carreira, no final de sua vida passou a ser alvo de críticas da sociedade. Na década de 1960, passou mais tempo censurando o telefone de congressistas e perseguindo líderes do movimento negro do que combatendo criminosos comuns de facto.
Muitos escritores o citaram em suas obras, entre eles Robert Ludlum, no romance O Arquivo de Chancellor, onde a sua morte é detalhadamente descrita como um assassinato. Em 2011, foi feito um filme baseado na sua história, intitulado "J. Edgar (filme)". No filme, o ator Leonardo DiCaprio interpreta John Edgar Hoover.
Em 19 de janeiro de 2014, o historiador norte-americano Alfred W. McCoy publicou um resumo de seu trabalho de pesquisa sobre a História e os precedentes da espionagem nos Estados Unidos e os seus propósitos e objetivos ao longo dos anos, analisando as revelações de Vigilância Global iniciadas em junho de 2013, com base nos documentos fornecidos por Edward Snowden.
Faz um estudo comparativo da vigilância global, à luz das táticas de Edgar Hoover para se manter no poder no FBI, e aborda o que vê como os reais objetivos do sistema de vigilância da NSA, analisando a perda da hegemonia económica norte-americana e os meios que os Estados Unidos utilizam para se manter como a nação mais poderosa do mundo.
O seu artigo relaciona os vários programas de vigilância, objetivos e consequências. O estudo foi publicado sob o titulo:"A Vigilância não é sobre Segurança Nacional mas sim sobre chantagem."
   

Xavier Cugat nasceu há cento e vinte anos

   
Francesc d'Asís Xavier Cugat Mingall de Bru i Deulofe (Girona, 1 de janeiro de 1900 - Barcelona, 27 de outubro de 1990) foi um maestro espanhol catalão-cubano, um dos pioneiros na popularização da música latina nos Estados Unidos.
Cugat nasceu na Catalunha e, quando tinha três anos, a sua família mudou-se para Havana, capital de Cuba. Sempre propenso à música, foi morar em Los Angeles, nos Estados Unidos, onde trabalhou como cartunista no jornal Los Angeles Times durante o dia e como maestro à noite. Depois de alguns anos apresentando-se em pequenos clubes na área de Los Angeles, Cugat finalmente teve a sua oportunidade quando ele e a sua orquestra obtiveram lugar permanente na prestigiosa discoteca Coconut Grove em 1928.
O seu estilo musical popularizou-se e Cugat contribuiu para trazer a música latina para a atenção do público norte-americano. Nos anos 30 e 40 foi apelidado de O Rei da Rumba, devido à popularização dessa dança. Nas suas aparições em filmes, Cugat interpretava-se a si próprio, mesmo se o personagem tivesse outro nome que não o dele, e, em conjunto com a sua orquestra, apareceu em vários musicais memoráveis da MGM nos anos 40. Foi casado com a cantora espanhola Charo.
Após sofrer um derrame cerebral, em 1971, Xavier aposentou-se e morreu em Barcelona, em 1990.
    
   

Um sismo matou 71 pessoas nos Açores há quarenta anos

(imagem daqui)

O sismo da Terceira de 1980, também referido como terramoto de 1980 nos Açores, foi uma catástrofe natural, um sismo de grande intensidade, ocorrido a 1 de janeiro de 1980 no Grupo Central do arquipélago dos Açores.
Mapa de epicentros dos sismos mais importantes no Grupo Central dos Açores (daqui)
  
O evento
O sismo ocorreu pelas 15.42 (hora local) do dia 1 de janeiro de 1980, e teve magnitude 7,2 na escala de Richter e intensidades máximas de IX na escala de Mercalli, na Terceira, e VIII, no Topo e em Santo Antão, em S. Jorge. A profundidade hipocentral estimada foi de 10 km e o epicentro situou-se no mar, cerca de 35 km a SSW de Angra do Heroísmo.
  
 
Rua da Rocha

Igreja da Misericórdia
 
Sé Catedral

(imagens daqui)

   
Os danos
Em consequência, na ilha Terceira causou a destruição de 80% dos edifícios na cidade de Angra do Heroísmo, assim como extensos danos na vila de São Sebastião e nas freguesias do Oeste e Noroeste da ilha (em especial nas Doze Ribeiras); na Graciosa, danos nas freguesias do Carapacho e na Luz; e na ilha de São Jorge, danos nas freguesias de Vila do Topo e de Santo Antão.
Foram registadas 71 vítimas fatais (51 na Terceira e 20 em São Jorge) e mais de 400 feridos. No total, ficaram danificados mais de 15.500 edifícios, causando cerca de 15.000 desalojados. O então presidente da República Portuguesa, António Ramalho Eanes anunciou três dias de luto nacional.
  

Lhasa de Sela deixou-nos há dez anos...

Lhasa de Sela (Big Indian, New York, 27 de setembro de 1972 - Montreal, 1 de janeiro de 2010) foi uma cantora dos Estados Unidos da América, radicada no Canadá.
A sua ascendência era, de um lado, mexicana, e do outro, americano-judaico-libanesa. Filha de um professor não convencional, que percorria os EUA e o México, difundindo o conhecimento, e de uma fotógrafa, assim passou a sua infância de maneira nómada, juntamente com os seus pais e as suas três irmãs.
A sua obra musical mescla a tradição mexicana, klezmer e rock e foi cantada em três idiomas: espanhol, francês e inglês.
Faleceu a 1 de janeiro de 2010, em Montreal, Canadá, vítima de cancro da mama.
 
    

terça-feira, dezembro 31, 2019

Adeus 2019...

 
Travessia do Deserto - José Mário Branco
Letra e música - José Mário Branco
 
 
Que caminho tão longo!
Que viagem tão comprida!
Que deserto tão grande
Sem fronteira nem medida!
.....Águas do pensamento
....Vinde regar o sustento
....Da minha vida

Este peso calado
Queima o sol por trás do monte
Queima o tempo parado
Queima o rio com a ponte
....Águas dos meus cansaços
....Semeai os meus passos
....Como uma fonte

Ai que sede tão funda!
Ai que fome tão antiga!
Quantas noites se perdem
No amor de cada espiga!
....Ventre calmo da terra
....Leva-me na tua guerra
....Se és minha amiga

Que caminho tão longo!
Que viagem tão comprida!
Que deserto tão grande
Sem fronteira nem medida!
.....Águas do pensamento
....Vinde regar o sustento
....Da minha vida

Este peso calado
Queima o sol por trás do monte
Queima o tempo parado
Queima o rio com a ponte
....Águas dos meus cansaços
....Semeai os meus passos
....Como uma fonte