40 ANOS DO SISMO DE 01 DE JANEIRO DE 1980
Realização de um inquérito macrosísmico à população
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera, o Instituto Superior Técnico, a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e o Laboratório Associado Instituto Dom Luiz estão a lançar um inquérito macrosísmico nacional por ocasião dos 40 anos sobre o sismo de 1 de janeiro de 1980.
Este sismo ocorreu às 16.42 (UTC) com uma magnitude 6.9, tendo o epicentro localizado no mar entre a ilha Terceira e S. Jorge e profundidade focal estimada em 10km, e foi sentido em todas as ilhas do arquipélago dos Açores, à exceção das Flores e Corvo.
O sismo foi sentido com o grau VIII/IX da escala Mercalli modificada (MM56) na localidade das Doze Ribeiras na Ilha Terceira; grau VII/VIII em Santo Antão e Topo em S. Jorge, grau VI/VII em Luz, Carapacho, Ribeirinha e Guadalupe na Graciosa, grau VI em Silveira na ilha do Pico e grau IV/V na Horta, Flamengos e Praia do Almoxarife na ilha do Faial.
O terramoto causou grandes prejuízos nas ilhas Terceira, S. Jorge e Graciosa, algumas dezenas de mortes (61), centenas de feridos (300) e milhares de desalojados, tendo mais de 15000 habitações ficado danificadas ou mesmo totalmente destruídas.
Com o seu epicentro localizado no mar entre a ilha Terceira e S. Jorge, este sismo causou um tsunami de pequena magnitude, registado nos marégrafos de Angra do Heroísmo e Horta com amplitudes de 28 cm e 5 cm respetivamente.
Mesmo após o terramoto de 01 de janeiro de 1980, Angra preservou a melhor parte do seu património monumental e um conjunto urbano homogéneo, pelo que em 1983 a UNESCO (o organismo das Nações Unidas para a educação e cultura) aceitou integrar o centro histórico de Angra do Heroísmo na sua lista de sítios classificados como Património Mundial da Humanidade.
Este sismo ocorreu numa época em que a instrumentação sísmica não estava ainda suficientemente desenvolvida, sendo fundamental complementar os poucos registos instrumentais de então com os testemunhos da população afetada. Atualmente as tecnologias de comunicação permitem uma recolha de dados muito mais alargada do que a que foi possível naquele tempo, sendo por isso agora o momento certo para realizar um inquérito macrosísmico sobre os efeitos deste sismo tão importante.
O inquérito pode ser acedido em:
in IPMA
NOTA: o termo macrosísmico devia escrever-se macrossísmico ou macro-sísmico, senhores do IPMA. E para quando uma mudança da sigla da instituição, para incluir a sismologia e geofísica...?!?
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