O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Vanessa Karen White (Yeovil, 30 de outubro de 1989) é uma atriz, modelo, cantora e compositora inglesa de pop, filha de mãe filipina e pai inglês, integrante da girlband britânica The Saturdays, sendo a cantora principal da banda.
Vanessa é uma das cinco integrantes do grupo inglês The Saturdays, que já teve seis top 10, quatro top 5 e duas canções em segunda posição e uma em número um. As músicas "If This Is Love", "Up", "Issues", "Just Can't Get Enough" para a Comic Relief, "Forever is Over", "Ego" e "What About Us" foram alguns dos seus sucessos. A banda é formada por Mollie King, Una Foden, Frankie Sandford, Vanessa White e Rochelle Humes. Em conjunto com as The Saturdays participou de uma tour sold out, e uma mini tour na Ásia. Apareceu ainda, a título individual, no programa Popstar to Operastar.
O principal trabalho da carreira científica de Marsh como paleontólogo foi o estudo de diversas espécies basais de equídeos.
Suas interpretações foram pioneiras no estabelecimento de uma linha
evolutiva, desde as formas primitivas do grupo até aos representantes
modernos do género Equus, e ajudaram a credibilizar a teoria da evolução de Charles Darwin.
Os equídeos não foram, no entanto, o único foco da sua carreira
científica. Marsh estudou muitos outros grupos e, em 1871, foi o
primeiro paleontólogo a identificar exemplares de pterossauros na América. Outras descobertas fundamentais da sua autoria foram diversas espécies de avescretácicas, como o Ichthyornis e o Hesperornis, e dinossauros como o Apatosaurus e o Allosaurus.
À medida que as descobertas de fósseis se desenvolviam e novas
espécies eram descritas, a paleontologia popularizou-se, em particular
devido a exemplares espectaculares de carnívoros de grandes dimensões
como o tiranossauro.
O interesse do público incentivou a criação de museus de história
natural, que competiam entre si pelas exibições mais atractivas. Em
consequência, a procura de fósseis acelerou, bem como a competição entre
paleontólogos por novas descobertas. Marsh protagonizou com Edward Drinker Cope uma rivalidade paleontológica que mereceu a designação de “guerra dos ossos” nos media
de então. Estimulados pela concorrência do adversário, Marsh e Cope
descreveram cerca de 120 novas espécies de dinossauro entre si, nos
finais do século XIX.
As Filipinas têm a maior caldeira vulcânica do mundo (e acabou de ser descoberta)
Um grupo de cientistas descobriu um grande bloco ígneo a leste da ilha de Luzon, localizada no fundo do mar das Filipinas. Trata-se da maior caldeira vulcânica conhecida da Terra.
Este bloco ígneo maciço, encontrado por uma equipa de cientistas, representa os restos da maior caldeira vulcânica conhecida da Terra. A mais recente descoberta foi batizada de caldeira Apolaki, que significa “senhor gigante” em filipino e é o Deus mítico do Sol e da Guerra.
De acordo com o artigo científico, recentemente publicado na Marine Biology, a caldeira tem um diâmetro de, aproximadamente, 150 quilómetros, duas vezes o tamanho da famosa caldeira de Yellowstone, em Wyoming, nos Estados Unidos.
Além disso, os cientista afirmam que se trata de uma enorme e única cratera vulcânica formada pelo colapso de um vulcão. Recursos como uma borda rompida, bancos intra-caldeira e uma cúpula ressurgente indicam uma história vulcânica multifásica que consiste em erupções silenciosas e explosivas.
Jenny Anne Barretto, a Filipina marine geophysicist based in New Zealand, recently published a paper, along with Ray Wood and John Milsom, describing the morphology and formation of the Benham Rise.
Among their findings is the existence of the Apolaki Caldera within Benham Rise, which may be the world's largest known caldera with a diameter of ~150 km. For comparison, Earth's largest calderas, like the Yellowstone, is only about 60 km. The size is comparable to shield calderas in Mars (Olympus Mons; 80 km x 65 km) and Venus (Sacajawea; 150 X 105 km).
Apolaki means “giant lord”, after the Filipino mythical god of the sun and war.
There is still a lot we need to discover within our seas!
*The authors were among the key scientists of the Benham Rise UNCLOS technical working group.
Também conhecida como Philippine Rise, a Benham Rise é uma região submarina sismicamente ativa e uma cordilheira vulcânica extinta localizada no Mar das Filipinas, aproximadamente 250 quilómetros a leste da costa norte de Dinapigue, Isabela, refere o Tech Explorist.
Jeffrey Maloles, do UP MSI Geological Oceanography Laboratory, disse que o trabalho da equipa de geofísicos marinhos tem como objetivo “aumentar a consciencialização sobre a importância dos nossos mares no que diz respeito à estabilidade ecológica, ao clima e ao suprimento de alimentos”.
De acordo com as leis portuguesas, Fernando de Saxe-Coburgo-Gota-Koháry tornou-se Rei de Portugaljure uxoris, apenas após o nascimento do primeiro príncipe, que foi o futuro Pedro V. Embora fosse Maria II a detentora do poder, Fernando evitava sempre que possível a política, preferindo envolver-se com a arte.
Ele ficou conhecido na História de Portugal como "O Rei-Artista".
D. Fernando evitou envolver-se no panorama político, preferindo dedicar-se às artes. Por ocasião da fundação da Academia de Belas-Artes de Lisboa a 25 de outubro de 1836, D. Fernando e a rainha declaram-se seus protectores.
Após uma visita ao Mosteiro da Batalha (que encontrava-se abandonado, depois das extinção das ordens religiosas),
D. Fernando passa a dedicar parte das suas preocupações à causas de
cariz nacionalistas com a protecção do património arquitectónico
português edificado, tendo também impulsionado aspectos culturais e
financeiros, a par do estímulo à acção desenvolvida por sociedades
eruditas, como projectos de restauração e manutenção respeitantes não só
a vila da Batalha, mas também ao Convento de Mafra, Convento de Cristo, em Tomar, ao Mosteiro dos Jerónimos, Sé de Lisboa, e Torre de Belém.
Como amante de pintura que era, colaborou com algumas gravuras de sua autoria, na Revista Contemporânea de Portugal e Brasil (1859-1865).
Um dos primatas mais estranhos do mundo tem mais um dedo do que se pensava
O primata aie-aie
Um dos primatas mais estranhos do mundo acabou de ficar ainda mais estranho, graças à descoberta de um pequeno dedo extra.
Segundo o Science Alert, um estudo levado a cabo pela Universidade Estadual da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, descobriu que o aie-aie tem seis dedos, tornando-o no único primata conhecido a ter um “pseudo-polegar” escondido no pulso de cada braço.
O pequeno polegar extra possui três graus de movimento, tal como um polegar comum; pode exercer muita força e até possui a sua própria impressão digital.
O Daubentonia madagascariensis, nativo de Madagáscar, é um animal incomum: tem grandes olhos redondos, enormes orelhas, um pelo grosso e escuro (mas com as pontas brancas) e patas com dedos compridos e finos para alcançar troncos ocos e retirar as larvas suculentas que por lá se encontram.
“O aie-aie tem a mão mais louca de qualquer primata. Os seus dedos evoluíram para serem extremamente especializados — tão especializados, na verdade, que não ajudam muito quando se trata de se mover através das árvores”, declara Adam Hartstone-Rose, biólogo da universidade norte-americana e um dos autores do estudo publicado na revista científica American Journal of Physical Anthropology.
Hartstone-Rose estava a estudar os tendões do braço deste lémure com o colega Edwin Dickinson, quando ambos notaram uma protuberância incomum no seu pulso. Ao usar técnicas de imagem digital — através do qual um scan digital 3D da parte do corpo de um animal pode ser estudada em detalhe sem destruir essa referida parte do corpo —, os investigadores estudaram as patas de seis aie-aie, machos e fêmeas, de várias idades.
Os cientistas encontraram o dedo extra nas duas mãos dos seis animais. “O pseudo-polegar é definitivamente mais do que apenas uma protuberância. Tem uma extensão óssea e cartilaginosa e três músculos distintos que o movem [tal como o polegar humano]. Este dedo pode contorcer-se no espaço e exercer uma quantidade de força equivalente a quase metade do peso corporal do aie-aie, por isso, será bastante útil para agarrar”, explica Hartstone-Rose.
“Outras espécies, como o panda-gigante, desenvolveram o mesmo dedo extra para ajudar a agarrar, porque a pata do urso é demasiado generalizada para permitir a destreza necessária. Toupeiras e alguns répteis extintos também têm e tinham dedos extras para ampliar as suas patas para uma escavação ou natação mais eficientes. Neste caso, a mão do aie-aie é tão especializada para procurar alimento que foi necessário um dedo extra para facilitar a sua mobilidade”, acrescenta o investigador.
“Outras espécies de primatas reduziram os seus dedos para ajudar na locomoção. O aie-aie é o primeiro primata que precisa de mais dedos na mão, em vez do contrário. E é incrível saber que sempre esteve lá, mas ninguém percebeu isso até agora”, conclui.
Vida e obra
Este artista irlandês de nascimento, tratou com uma extraordinária complacência alguns temas que continuam a chocar a nossa vida em grupo. As fantasias masoquistas, a pedofilia, o desmembramento de corpos, a violência masculina ligada à tensão homoerótica, as práticas de dissecação forense, a atracção pela representação do corpo (um especial fascínio pelos fluidos naturais, sangue, bílis, urina, esperma, etc.) e, no geral, com tudo o que está directamente ligado à transgressão seja relacionada com o sexo, a religião (são paradigmáticos os seus retratos do Papa Inocêncio X que efectuou a partir da obra de Diego Velázquez) ou qualquer tabu, foram as peças com as quais Bacon construiu a sua visão "modernista" do mundo.
Nasceu em 28 de outubro de 1909, em Dublin e sofria de asma. Esta debilidade irritava o seu pai, um homem rude e violento, que o costumava chicotear para o "fazer homem". Devido a isto Bacon criou um comportamento de oposição a seu pai. Uma infância difícil, que sempre o influenciou na sua arte e lhe inspirou um certo desdém por essa Irlanda da sua infância, tal como Oscar Wilde e James Joyce.
A sua primeira exposição individual na Lefevre Gallery, em 1945, provocou um choque e não foi bem recebida. Toda a gente estava farta de guerra e de horrores, só se falava da "construção da paz" e as imagens de entranhas dos quadros de Bacon, com os seus tons sanguíneos, provocaram mais repulsa do que admiração.
Como homem do seu tempo, Bacon transmitiu a ideia de que o ser humano, ao conquistar e fazer uso da sua própria liberdade, também liberta a besta que existe dentro de si. Pouca diferença faz dos animais irracionais, tanto na vida - ao levar a cabo as funções essenciais da existência como o sexo ou a defecação - como na solidão da morte; representando o homem como um pedaço de carne.
A sua obra esteve em exposição, em Serralves, em 2003.
Ao longo da vida científica, foi um dos milhares de pesquisadores a utilizar a herança de Henrietta Lacks, uma mulher americana que faleceu de cancro.
A linhagem de células de Henrietta eram peculiares a ponto de se
tornarem um dos maiores ícones da ciência até os dias atuais e ficaram
conhecidas como HeLa. Foi a partir das células HeLa que Salk produziu a vacina contra poliomelite.
Nos últimos anos de vida, dedicou muita energia na tentativa de desenvolver uma vacina contra a SIDA.
Salk não buscava fama ou fortuna com as suas descobertas, e é citado como tendo dito: "A quem pertence a minha vacina? Ao povo! Você pode patentear o Sol?"
Até 1955,
quando a vacina começou a ser administrada, a poliomielite foi
considerada o problema de saúde pública mais assustador do pós-guerra
nos Estados Unidos. As epidemias anuais eram cada vez mais devastadoras
no
país. A epidemia de 1952
foi o pior surto na história do país norte americano. Dos quase 58 mil
casos notificados naquele ano, 3.145 pessoas morreram e 21.269 ficaram
com algum tipo de paralisia, sendo a maioria das vítimas crianças. De acordo com um documentário da PBS em 2009, o segundo maior temor dos Estados Unidos, na época, foi a poliomielite, perdendo apenas para o medo de o país ser atacado por uma bomba atómica.
Consequentemente, cientistas iniciaram uma corrida frenética para
encontrar um meio de prevenir e curar a doença. Assim, segundo
Denemberg, "Salk trabalhou dezasseis horas por dia, sete dias por
semana, durante anos..." para chegar à descoberta da vacina.
Aos 16 anos, em 1981, Zélia enviou uma fita para a Sala Funarte de Brasília, que na época realizava concursos. Foi selecionada em primeiro lugar e apresentou lá o seu primeiro show. Abriu com a canção "Fazenda" de Milton Nascimento e após a apresentação bem sucedida várias portas se abriram para ela: abriu um show de Luis Melodia, no Teatro Nacional de Brasília, começou a se apresentar constatemente e ainda foi selecionada para representar Brasília no projeto Pixinguinha, viajando por sete cidades. Aos 22 anos (1987) voltou a Niterói, morando com sua avó Zélia. Na época trabalhava no Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (RJ) e fazia de tudo um pouco: foi locutora da rádio Fluminense FM onde usava a outra parte do seu nome: Cristina Moreira. Foi backing vocal de José Augusto e de Bebeto. Cursou Teatro na CAL (Casa das Artes das Laranjeiras) e também nessa época fez seu primeiro show no Rio de Janeiro.
No final de 1989, conheceu a diretora de teatro Ticiana Studart, que trouxe de Nova York ideias para um show arrojado e irreverente. A linha de pensamento foi: “produzir é um caos, os espaços são um caos, a violência é um caos, o isolamento cultural é um caos,” e logo veio um nome apropriado para o show: “Zélia Cristina no caos.” Como a própria Zélia descreveu:
“Embora ainda correndo à margem dos grandes media, sem críticos ou chamadas na TV, o resultado foi muito recompensador. Da Laura Alvim fomos para o Mistura Fina, ambos com lotações esgotadas, e tive a visita de alguém do Estúdio Eldorado, que me convidou para, enfim, gravar um disco.”
1990-1993: Outra Luz, Emiratos Árabes e Songbook
Após o convite da Eldorado, Zélia gravou o disco “Outra Luz”, contudo não ficou completamente satisfeita com o resultado, considerando que o álbum não se parecia com ela. Com "Outra Luz" teve duas indicações para o prémio Sharp, como revelação e melhor cantora pop-rock. O show fez sucesso e Zélia cantou em várias capitais.
Em outubro de 1991 foi convidada para passar três meses nos Emiratos Árabes Unidos cantando no hotel Meridien. Após o choque inicial, aceitou e os três meses viraram cinco. Esse período foi muito importante, uma vez que, além da música oriental, ela entrou em contato com a música de artistas que a influenciaram muito nos trabalhos posteriores: Joni Mitchell, Joan Armatrading, Sam Cooke, Ry Cooder e Peter Gabriel. Foi também um período criativo, Zélia passou a compor muito. (“O Meu Lugar”, por exemplo). Voltou para o Brasil em 1992 amadurecida pela experiência em Abu Dhabi, disposta para retomar seu trabalho, desta vez com material autoral e sonoridade acústica.
Foi numa longa temporada no Torre de Babel que tudo começou a mudar. Guto Graça Mello foi assistir ao show e a levou para gravar sem compromissos. Depois disso foi convidada por Almir Chediak para participar do Songbook de Dorival Caymmi cantando “Sábado em Copacabana”. Almir apresentou Zélia à Beth Araújo, da WEA nesse dia, que a convidou a entrar para o selo da gravadora.
1994-1995: Zélia Duncan, Catedral e o estouro
Após entrar para a WEA, Beto Boaventura, presidente da gravadora, sugeriu que Zélia alterasse o nome artístico de Zélia Cristina para Zélia Duncan (o sobrenome Duncan, origina-se da família materna – sobrenome de solteira da mãe - não estava originalmente em seu nome, sendo assim também uma homenagem à avó, chamada Zélia Duncan). O álbum homónimo foi lançado em 1994. A parceria com Christiaan Oyens se mostra muito presente tocando a bateria, bandolim (o que caracterizou a parceria de ambos) e violão. Há nesse disco canções muito marcantes da carreira, como “Lá Vou Eu (Rita Lee)”, “Nos Lençóis Desse Reggae”, “Não Vá Ainda” e “Sentidos”. O sucesso de “Catedral” não foi premeditado. Zélia nem ao menos a incluiu no primeiro disco promocional – no qual coloca-se a “música de trabalho” – que contava com quatro canções. Seis meses após o lançamento, Catedral entrou para a trilha sonora da novela “A Próxima Vítima” da Rede Globo como tema dos personagens Irene e Diego, protagonistas da trama e tornou-se um grande sucesso, o primeiro da carreira. A canção é uma regravação traduzida do original da cantora Tanita Tikaram, intitulado "Cathedral song", do álbum "Ancient Heart". O reconhecimento pela crítica também não tardou a aparecer. A revista americana “Billboard” incluiu “Zélia Duncan” na lista dos dez melhores álbuns latinos de 1994 e já no segundo semestre de 1995 Zélia recebeu o “Disco de Ouro”, pela venda das primeiras 100 mil cópias.
Já com o estouro de “Catedral” nas rádios em 1995, fez uma série de shows e temporadas levando a música para todo o país, interpretando todas as canções do CD, entre outras relevantes desse período e que já estavam presentes no repertório: Rita Lee, Alice Ruiz e Itamar Assumpção. Participou da primeira grande festa de aniversário da Rádio JB Fm no antigo Metropolitan (atualmente Citibank Hall, Rio de Janeiro) onde Maria Bethânia apresentava o espetáculo com novas cantoras da época; além de Zélia estavam presentes Cássia Eller e Adriana Calcanhotto. Na época do encerramento da turnê de divulgação do álbum “Zélia Duncan”, em agosto, no Parque do Ibirapuera (São Paulo), o disco já havia atingido a marca de 160 mil cópias vendidas.
1996-1997: Intimidade
Zélia passou agosto e setembro de 1996 no estúdio "Nas Nuvens" trabalhando no álbum “Intimidade”, que foi produzido por Liminha (com co-produção de Christiaan Oyens). É um disco bastante autoral, onde Zélia apresenta oito parcerias com Christiaan: Enquanto durmo, Intimidade, Bom pra você, Experimenta (C.Oyens – Fernando Vidal – Zélia Duncan), Não tem volta, Me gusta, A diferença e Assim que eu gosto. Outras três parcerias com Lucina: Minha fé, Coração na boca e Primeiro susto. A única canção do disco que não é de autoria de Zélia é “Vou tirar você do dicionário” (Alice Ruiz – Itamar Assumpção). A arte da capa é de Brígida Baltar.
O reconhecimento do disco não tardou: antes do lançamento, “Enquanto Durmo” foi incluída na trilha sonora da novela “Salsa & Merengue”. Só no primeiro mês, “Intimidade” vendeu 80 mil cópias e Zélia ainda foi premiada como Melhor Cantora pela APCA. Em 1997 Zélia excursionou pelo Brasil com o show “Intimidade” e se apresentou também em Portugal e na Espanha, além de uma série de 12 shows pelo Japão em setembro. Nos Estados Unidos participou do Festival de Música Brasileira. Em agosto cantou no Canecão pela primeira vez. O show contou com a participação de Itamar Assumpção.
1998-2000: Acesso
1998 foi o ano em que Zélia começou a trabalhar no sucessor de “Intimidade”. Em junho/julho de 1998 nos estúdios A/R o disco foi gravado, com produção de Christiaan Oyens. Foi mixado por Eric Sarafin e masterizado por Dave Collins no estúdio A&M em Los Angeles – Califórnia. O álbum trás onze faixas sendo oito delas parcerias com Christiaan: Verbos sujeitos, Haja, Sexo, Imorais, Toda Vez, O Lado Bom, Às Vezes Nunca e Por Hoje É Só. Há uma parceria com Lucina: Depois do Perigo. Código de acesso de Itamar Assumpção abre o disco e “Quase sem Querer” (Negrete – Dado Villa-Lobos – Renato Russo) é cantada por Zélia em versão acústica. O disco foi lançado em outubro e Zélia seguiu em turnê de divulgação com ele do fim de 1998 até 2000.
2001-2003: Sortimento e Sortimento Vivo
"Sortimento não é só o lance de ser sortido, também significa provisão, mantimento, o que você acumula para viver. Estou tentando mostrar um pouco do que está acumulado em mim e tentando abrir para outras coisas. A unidade deste disco espero que seja eu cantando ali, mas não me preocupei com isso nos arranjos, na escolha do repertório. Eu quis fazer mesmo um negócio descabelado.”
Entre janeiro e fevereiro de 2001, Zélia gravou “Sortimento” nos estúdios Voices em São Paulo e Fubá Studios e Mega no Rio de Janeiro e em abril o disco já estava nas lojas. Foi seu primeiro disco lançado pela Universal Music e além disso Zélia estava completando 20 anos de carreira. A gravação foi dirigida por Beto Vilares (Alma, Chicken de Frango, Eu Me Acerto, Sortimento, Desconforto, Beleza Fácil, Flores e Na Hora da Sede) e Christiaan Oyens (Alma, Me Revelar, Todos os Dias e Hóspede do Tempo.). Em sua heterogeneidade, o disco passeia tranquilamente do samba ao folk com leveza e tranquilidade. Em “Desconforto” (parceria com Rita Lee) há uma crítica à situação do país na época e ao então presidente, Fernando Henrique Cardoso.
Sortimento teve duas indicações ao Grammy Latino. A turnê, que chegou até Portugal em maio/junho de 2002 para shows no Coliseo do Porto e de Lisboa, começou em maio de 2001 e Zélia fez mais de 90 apresentações até a gravação do que viria a ser o seu primeiro registro ao vivo: "Sortimento Vivo". A produção foi dirigida por Ézio Filho. Registro dos shows no Sesc Vila Mariana (SP) nos dias 25 e 26 de junho de 2002, Flavio Senna ficou responsável pela gravação e mixagem. A direção é de Oscar Rodrigues Alves (a direção original do show é de Marcelo Saback). O CD/DVD trouxe a então inédita Gringo Guaraná, parceria de Zélia com Rodrigo Maranhão (parceiro dela também em Chicken de Frango).
Após o lançamento em outubro de e continuação da turnê, agora de divulgação também do “Ao Vivo”, Zélia participou ainda dos shows de comemoração do Reveillon 2002/2003 em Copacabana numa programação de shows em três palcos espalhados pela orla com artistas como Jorge Ben Jor, Cláudio Zoli, Fernanda Abreu e O Rappa.
Numa temporada da quinta-feira, 5 de junho a domingo, 7 de junho de 2003 no SESC Pompéia, em São Paulo, Zélia encerrou a turnê do CD “Sortimento Vivo”.
2004: Eu Me Transformo Em Outras
"Zélia entra, definitivamente, para o panteão das maiores cantoras brasileiras de todos os tempos com este disco maravillhoso e meio retro-transgressor, se bem me entendem. Ela se transforma em todas aquelas iguanas caleidoscópias já citadas, mas continuando ela mesma em essência, forma e risco." (Hermínio Bello de Carvalho)
“Eu Me Transformo Em Outras” foi gravado de 8 a 13 de janeiro de 2004, Companhia dos Técnicos (Rio de Janeiro) e traz direção musical e produção de Bia Paes Leme, Hamilton de Holanda no bandolim 10 cordas, Marco Pereira no violão 8 cordas, Marcio Bahia na bateria e percussão e Gabriel Grossi na gaita. Foi lançado pelo selo “Duncan Discos” com distribuição da Universal Music. Zélia descreve o projeto:
Em agosto, Zélia ganhou o Prêmio Rival BR de Música de melhor cantora, na terceira edição do evento. No mesmo mês, no dia 20, o show teve sua estréia no Canecão, RJ. Em 2009, cinco anos após o lançamento, “Eu Me Transformo Em Outras” trouxe para Zélia o Disco de Ouro referente a venda de 60 mil cópias.
2005: Pré Pós Tudo Bossa Band
O disco “Pré-Pós-Tudo-Bossa-Band” foi gravado em março e abril de 2005. A produção ficou com Christiaan Oyens, Bia Paes Leme e Beto Villares. Foi lançado pela Universal Music. O disco explora o famoso ecletismo de Zélia, tanto quanto ao estilo, como quanto às parcerias. Abre o álbum a faixa-título, parceria com Lenine. O repertório passa pela balada "Benditas", parceria com Mart'nália. Zélia inicialmente planejava um samba quando enviou a letra para a parceira musicar. O inverso aconteceu ao enviar a letra de "Quisera Eu" a Lulu Santos, recebendo de volta um alegre samba. Em "Inclemência" Zélia adicionou letra a uma canção de Guerra Peixe. Gravou quatro parcerias de Itamar Assumpção: Vi Não Vivi (Christiaan Oyens), Tudo ou Nada e Milágrimas (Alice Ruiz) e Dor Elegante (Paulo Leminski). Também em 2005 foi convidada por Simone para participar da gravação de seu dvd Ao Vivo cantando “Não Vá Ainda” e “A Idade do Céu”.
Em 2006, além de continuar com a turnê de divulgação do álbum “Pré-Pós-Tudo-Bossa-Band”, Zélia passou a se apresentar com Os Mutantes na reunião do grupo. O histórico show no Barbican Theater, em Londres foi registrado em CD e DVD. Zélia foi bem recebida pelos fãs do grupo e elogiada pela crítica. Sobre a entrada de Zélia na banda, Sérgio Dias disse:
“A gente se conhece há pouco tempo, mas foi como se fossem 50 encarnações juntas”, contou Sérgio. “Quando sugeri a Zélia para cantar com a gente, todo mundo comentou que a voz dela é muito diferente, é grave, mas eu disse que botava fé. No fim, quando ela veio tocar, foi maravilhoso.” Zélia, de seu lado, comentou a emoção, mas deixou claro que não quer comparações com Rita Lee: “Não sou uma substituta, isso seria ridículo e perigoso para mim. Me sinto uma representante”. Contou também que, logo depois do primeiro ensaio, ligou para Rita. “Ela tinha de ser a primeira a saber e é de quem realmente me importa a opinião. Eu lhe disse o quanto aquilo foi forte para mim, justamente por sentir tanto a presença dela, e Rita abençoou geral e só comentários positivos foram feitos. Os Mutantes me chamaram, Rita Lee abençoou. Quem não aceitar, que atire a primeira pedra! Da qual eu vou desviar, claro.”
Em 2007 Zélia lançou o DVD ao vivo de Pré-Pós-Tudo-Bossa-Band e no segundo semestre anunciou a sua saída d’Os Mutantes num comunicado oficial. Além disso “Carne e Osso” (sua parceria com Paulinho Moska) não apenas entrou para a banda sonora da novela da Rede Globo “Sete Pecados”, como era a música de abertura. No mesmo ano o show virou DVD, pelo selo Duncan Discos.
2007-2008: Amigo É Casa
Zélia também estava se apresentando com Simone, shows que culminariam na gravação nesse mesmo ano do CD/DVD ao vivo intitulado “Amigo é Casa”, (lançado no ano seguinte pela Biscoito Fino) que trazia uma série de canções importantes nas trajetórias de ambas, mas que nunca tinham sido cantadas por elas antes. O show é marcado pela forte parceria das duas que ficam juntas no palco na maior parte do tempo dividindo versos e holofotes com suavidade e sutileza. A turnê, além de percorrer todo o Brasil, passou também por Portugal e foi um sucesso de público e crítica.
Em 2008 Zélia encerrou a bem sucedida turnê do álbum “Pré-Pós-Tudo-Bossa-Band” no SESC Pinheiros em São Paulo. Nessa época já trabalhava no reportório do álbum “Pelo Sabor do Gesto” (2009).
2009-2010: Pelo Sabor do Gesto
"Pelo Sabor do Gesto" foi lançado pela gravadora Universal Music com produção musical de John Ulhoa e Beto Villares. Chegou às lojas em junho do mesmo ano. As aquarelas e design da capa do disco são obras de Brígida Baltar. As fotos têm como cenário Santa Tereza, e são da autoria de Emmanuelle Bernard. Luiza Marcier assina o figurino, de ambos, CD e show.
A parte do disco dirigida por John Ulhoa foi gravada no estúdio localizado na própria casa de John e Fernanda Takai (casados, integram a banda Pato Fu), 128 Japs em Janeiro de 2009. Fernanda participa cantando em “Boas Razões”. Na versão original de Alex Beaupain, (parte da trilha sonora do filme Les Chansons d’Amour) a canção é a primeira parte de um diálogo entre Ismael (Louis Garrel) e Julie (Ludivine Sagnier). Nessa parte Ismael fala sobre como se sente e a participação de Ludivine se limita a alguns comentários e respostas curtas. No filme a música emenda em “Inventaire” onde a situação se inverte e é a vez de Julie expressar o que sente. Zélia, em sua versão converte o diálogo em monólogo-poesia e Fernanda canta alguns versos, fazendo a canção soar como uma bela homenagem à obra original. Beto Villares produziu as faixas "Todos os Verbos", "Sinto Encanto", "Esporte Fino Confortável", "Os Dentes Brancos do Mundo", "Se Eu Fosse", "Se Um Dia Me Quiseres" e "Duas Namoradas". A gravação foi em março de 2009 no estúdio Estúdio Ambulante (mixagem de Evaldo Luna).
O show estreou em Julho no Teatro Municipal de Niterói (direção de Ana Beatriz Nogueira, figurino de Luiza Marcier, cenário de Analu Prestes e Luiz Martins). A banda que acompanha Zélia é formada por Ézio Filho (direção musical e contrabaixo), Webster Santos (guitarra, violão e bandolim), Léo Brandão (teclado e acordeão) e Jadna Zimmermann (percussão e bateria). No repertório todas as canções do disco, "Intimidade e Flores", canções que Zélia não cantava ao vivo já há algum tempo. Uma homenagem a Roberto Carlos com a brincalhona “I Love You”, "Cedotardar", de Tom Zé, e Luiz Tatit também se mostra presente com “Felicidade”.
"Pelo Sabor do Gesto" foi indicado a melhor álbum de MPB no Grammy Latino de 2009. Em dezembro, Zélia cantou na Sala Funarte Sidney Miller (Rio de Janeiro) e recordou do primeiro show da carreira na Sala Funarte de Brasília. Em 2010 prosseguiu na turnê de divulgação do álbum pelo país e cantou no Quênia, no festival Sawa Sawa e em Toronto, Canadá, em outubro na semana do “Brazil Film Fest”. Em agosto foi premiada “Melhor Cantora” no XXI Prêmio da Música Brasileira, no Teatro Municipal (Rio de janeiro).
2011: Totatiando, Posse de Dilma Rousseff e "Em Cena"
Em setembro de 2011, mesmo ano onde completou seus 30 anos de carreira, Duncan iniciou uma turnê de concertos musico-teatrais chamada "Tô Tatiando" (estilizada como Totatiando), em homenagem ao músico Luiz Tatit. A turnê continuou até o final de 2012, quando Zélia estava empenhada na gravação e lançamentos de seus novos projetos: na época o DVD Pelo sabor do gesto - Em cena e o CD Tudo Esclarecido.
O DVD de Totatiando foi lançado no final de 2013.
Foi confirmado em novembro de 2012 que a artista irá lançar um CD e um DVD ao vivo das apresentações do espetáculo.
Cantou na festa da posse da primeira presidenta do Brasil, Dilma Rousseff na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, no dia 1 de Janeiro de 2011. Elba Ramalho, Fernanda Takai, Mart'nália e Gaby Amarantos também se apresentaram. Cada uma cantou cinco canções e se reuniram para cantar mais uma música ao final do show "Cinco Ritmos do Brasil".
Uma das escolhas de Zélia para o repertório do show foi sua parceria com Rita Lee, "Pagu":
“Incluí no repertório Pagu, que compus com Rita Lee, que fala de outra grande mulher brasileira, a poeta Patrícia Galvão, nome de destaque do Movimento Modernista de 1922.”
No dia 28 de janeiro anunciou no Twitter que a gravação do DVD ao Vivo de Pelo Sabor do Gesto seria no Teatro Municipal de Niterói, em março.
Bons dias! Niterói, meu povo, o DVD vai ser em Niterói! A data será confirmada, vamos devagar , que eu tenho pressa! :-) Venham nessa, vai ser no Municipal de Niterói, onde ele nasceu. Ele e eu! :-) Estou aqui, recheando o bolo com mil motivos e carinhos!
No dia 7 de fevereiro assinou com a gravadora Biscoito Fino para o lançamento do DVD, numa parceria com o Canal Brasil.
A gravação do DVD foi dirigida por Hugo Prata e Zélia seguiu o roteiro original do show com algumas adições, cantando as 14 faixas do álbum "Pelo Sabor do Gesto", "Flores" e "Intimidade" de trabalhos pregressos, "Cedotardar" de Tom Zé, "Felicidade" de Luiz Tatit e "I Love You" de Roberto Carlos.
Abriu o show com "Boas Razões" com a participação de Fernanda Takai e John Ulhoa, co-produtor do disco. Paulinho Moska e Christiaan Oyens foram convidados para "O Tom do Amor", parceria dela com Paulinho, tendo ele lançado essa faixa em seu disco "Muito Pouco" (2010). Marcelo Jeneci, que compôs "Todos os Verbos" com Zélia e tocou em todas as canções do disco, participou cantando "Borboleta" em dueto com ela, uma parceria dos dois com Arnaldo Antunes e Alice Ruiz. O show foi dirigido por Ana Beatriz Nogueira, o figurino de Zélia e da banda foi assinado por Ronaldo Fraga.
2012 - 2013: Tudo esclarecido, nova turnê e prémios
O lançamento do álbum foi antecipado pelo single "Tua boca".
Em janeiro de 2013, Zélia começou uma turnê em São Paulo a fim de promover o álbum. Em abril de 2013 a turnê chegou ao Rio de Janeiro, com um show no Circo Voador, onde Zélia conheceu Itamar.
Em junho de 2013, Zélia apresentou, ao lado de Adriana Calcanhotto a edição daquele ano do Prêmio da Música Brasileira, no qual ganhou em duas categorias: Melhor Álbum Pop/Rock/Reggae/Hip Hop/Funk e Melhor Cantora. Fez um show em Campos dos Goytacazes.
Em outubro de 2014, a Rede Globo escolheu seu single "Alma", lançado em 2001, para ser o tema oficial de abertura da novela das dezanove horas, "Alto Astral". A música já esteve presente na banda sonora de outras novelas, como "Caminho das Índias" em 2009 e "O Clone" em 2001, ambas da escritora Glória Perez.
Em janeiro de 2015 a cantora casou com a atriz Claudia Netto.O casamento durou apenas um ano e a cantora e a atriz terminaram relacionamento em março de 2016.
2015-presente: O disco de sambas
O novo álbum da cantora começou a ser gravado no dia 15 de junho de 2015, data confirmada pela cantora com uma foto em seu perfil oficial no Facebook.
Dedicado ao samba, Antes do mundo acabar foi lançado no início de outubro de 2015, sendo produzido por Bia Paes Leme e contando com algumas faixas inéditas, escritas por Zélia e alguns parceiros, entre eles: Arlindo Cruz, Zeca Baleiro e Xande de Pilares. No mesmo ano, a sua regravação de "Decadence Avec Elegance", canção de Lobão, fez parte da banda sonora da telenovela Cúmplices de um Resgate.
Em 2015, participou na canção "Trono de Estudar", composta por Dani Black em apoio aos estudantes que se articularam contra o projeto de reorganização escolar do governo estadual de São Paulo. A faixa teve a participação de outros 17 artistas brasileiros: Chico Buarque, Arnaldo Antunes (ex-Titãs), Tiê, Dado Villa-Lobos (Legião Urbana), Paulo Miklos (Titãs), Tiago Iorc, Lucas Silveira (Fresno), Filipe Catto, Pedro Luís (Pedro Luís & A Parede), Fernando Anitelli (O Teatro Mágico), André Whoong, Lucas Santtana, Miranda Kassin, Tetê Espíndola, Helio Flanders (Vanguart), Felipe Roseno e Xuxa Levy. Em junho de 2016, Zélia foi a grande vencedora da edição daquele ano do Prémio da Música Brasileira, no qual ganhou em três categorias: Melhor Álbum de Samba ,Melhor Cantora de Samba e Melhor Canção por "Antes do Mundo Acabar" com Zeca Balero.