segunda-feira, outubro 17, 2011
O sismo de Loma Prieta foi há 22 anos
Postado por Fernando Martins às 00:22 0 bocas
Marcadores: Califórnia, falha de Santo André, Loma Prieta, sismo, sismologia, USA
Chopin morreu há 162 anos
Há 80 anos Al Capone foi condenado por evasão fiscal
António Ramos Rosa nasceu há 87 anos
António Víctor Ramos Rosa (Faro, 17 de Outubro de 1924), é um poeta português, ainda reconhecido como desenhador.
Poeta e ensaísta português, natural de Faro. Quando a Segunda Guerra Mundial terminou, Ramos Rosa tomou o rumo para Lisboa, depois de ter passado a juventude em Faro. Na capital, vivendo intensamente a vitória dos Aliados, trabalhou no comércio, actividade que logo abandonou para se dedicar à poesia.Nos anos cinquenta, um dos directores das revistas Árvore, Cassiopeia e Cadernos do Meio-Dia. Colaborou ainda com textos de crítica literária na Seara Nova e na Colóquio Letras, entre outras publicações periódicas.Como poeta, estreou-se na colectânea O Grito Claro (1958). Estava criado o movimento da moderna poesia portuguesa. Ramos Rosa era o poeta do presente absoluto, da «liberdade livre» e sobe todos os degraus da admiração europeia. Em Portugal é comparado com os grandes escritores nacionais. Urbano Tavares Rodrigues considerou-o como o empolgante poeta da coisas primordiais, da luz, da pedra e da água.Em meados dos anos sessenta, Ramos Rosa radicou-se em Lisboa, onde publicou Viagem Através Duma Nebulosa (1960). Um dos mais fecundos poetas portugueses da contemporaneidade, a sua produção reflecte uma evolução do subjectivismo, em relação à objectividade. Reflectem-se nela variadas tendências, desde certas formas experimentais até a um neobarroquismo. A sua escrita, caracterizada por uma grande originalidade e riqueza de imagens tácteis e visuais, testemunha muitas vezes uma fusão com a natureza, uma busca de unidade universal em que o humano participa e se integra no mundo, estabelecendo uma linha de continuidade entre si e os objectos materiais, numa afirmação de vida e sensualidade. Nos seus textos, está frequentemente presente uma reflexão sobre o próprio acto da escrita e a natureza da criação poética, a questão do dizível e do indizível.Ramos Rosa, também tradutor, escreveu dezenas de volumes de poesia, entre os quais Voz Inicial (1960), Sobre o Rosto da Terra (1961), Terrear (1964), A Constituição do Corpo (1969), A Pedra Nua (1972), Ciclo do Cavalo (1975), Incêndio dos Aspectos (1980), Volante Verde (1986, Grande Prémio de Poesia Inasset), Acordes (1989, Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores), Clamores (1992), Dezassete Poemas (1992), Lâmpadas Com Alguns Insectos (1993), O Teu Rosto (1994), O Navio da Matéria (1994), Três (1995), As Armas Imprecisas (1992, Delta, Pela Primeira Vez (1996) e A Mesa do Vento (1997, primeiramente editado em França), Pátria Soberana e Nova Ficção (2000).Entre os seus ensaios, contam-se Poesia, Liberdade Livre (1962), A Poesia Moderna e a Interrogação do Real (1979), Incisões Oblíquas (1987), A Parede Azul (1991) e As Palavras (2001).Tem recebido numerosos prémios nacionais e estrangeiros, entre os quais o Prémio Pessoa, em 1988. É geralmente tido como um dos grandes poetas portugueses contemporâneos.Para Ramos Rosa, escrever é, sempre, a necessidade de respirar as palavras e de às palavras fornecer o frémito do ser, os pulmões do sonho, e, com elas, criar a dádiva do poeta.Em 2001, o poeta lançou Antologia Poética, com prefácio e selecção de Ana Paula Coutinho Mendes.
Não posso adiar o amor para outro século
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob as montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas
Não posso adiar este braço
que é uma arma de dois gumes amor e ódio
Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação
Não posso adiar o coração.
António Ramos Rosa
Postado por Fernando Martins às 00:08 0 bocas
Marcadores: António Ramos Rosa, Não posso adiar o amor para outro século, poesia
domingo, outubro 16, 2011
Adriano canta poesia de Manuel Alegre e música de António Portugal
Canção Tão Simples - Adriano Correia de Oliveira
(Música de António Portugal e letra de Manuel Alegre)
Quem poderá domar os cavalos do vento
Quem poderá domar este tropel
Do pensamento à flor da pele?
Quem poderá calar a voz do sino triste
Que diz por dentro do que não se diz
A fúria em riste do meu país?
Quem poderá proibir estas letras de chuva
Que gota a gota escrevem nas vidraças
Pátria viúva a dor que passas?
Pátria viúva a dor que passas?
Quem poderá prender os dedos farpas
Que dentro da canção fazem das brisas
As armas harpas que são precisas?
As armas harpas que são precisas?
Quem poderá domar os cavalos do vento
Quem poderá domar este tropel
Do pensamento à flor da pele?
Quem poderá calar a voz do sino triste
Que diz por dentro do que não se diz
A fúria em riste do meu país?
Quem poderá proibir estas letras de chuva
Que gota a gota escrevem nas vidraças
Pátria viúva a dor que passas?
Pátria viúva a dor que passas?
Quem poderá prender os dedos farpas
Que dentro da canção fazem das brisas
As armas harpas que são precisas?
As armas harpas que são precisas?
Postado por Geopedrados às 23:00 0 bocas
Marcadores: Adriano Correia de Oliveira, António Portugal, Manuel Alegre, música, poesia
Canção do Soldado
Canção do Soldado (no cerco do Porto) - Adriano Correia de Oliveira
(Letra de Urbano Tavares Rodrigues e música de Adriano Correia de Oliveira)
Sete balas só na mão
Já começa amanhecer.
Sete flores de limão
Pra lutar até vencer.
Sete flores de limão
Pra lutar até morrer.
Já estremece a tirania
Já o sol amanheceu.
Mil olhos tem o dragão
Há chamas d'oiro no céu.
Mil olhos tem o dragão
Há chamas d'oiro no céu.
Abre no peito o luar
Companheiros acercai-vos.
Arde em nós a luz do dia
Companheiros revezai-vos.
Arde em nós a luz do dia
Companheiros revezai-vos.
Já o rouxinol cantou
Tomai o nosso estandarte.
No seu sangue misturado
Já não há desigualdade.
No seu sangue misturado
Já não há desigualdade.
Sete balas só na mão
Já começa a amanhecer.
Sete flores de limão
Para lutar até vencer.
Postado por Pedro Luna às 19:01 0 bocas
Marcadores: Adriano Correia de Oliveira, Canção do Soldado, música, Urbano Tavares Rodrigues
Adriano canta canção tradicional do Minho
Postado por Adelaide Martins às 18:37 0 bocas
Marcadores: Adriano Correia de Oliveira, Minho, música, música popular, Rosinha
Adriano cantando canção tradicional das Beiras
Era ainda pequenino
Era ainda pequenino
Acabado de nascer
Acabado de nascer.
'Inda mal abria os olhos
'Inda mal abria os olhos
Já era para te ver...
...acabado de nascer.
'Inda mal abria os olhos
'Inda mal abria os olhos
Já era para te ver...
...acabado de nascer.
Quando eu já for velhinho
Quando eu já for velhinho
Acabado de morrer
Acabado de morrer.
Olha bem para os meus olhos
Olha bem para os meus olhos
Sem vida são p'ra te ver...
...acabados de morrer.
Olha bem para os meus olhos
Olha bem para os meus olhos
Sem vida são p'ra te ver...
...acabados de morrer.
Era ainda pequenino
Era ainda pequenino
Acabado de nascer
Acabado de nascer.
'Inda mal abria os olhos
'Inda mal abria os olhos
Já era para te ver...
...acabado de nascer.
'Inda mal abria os olhos
'Inda mal abria os olhos
Já era para te ver...
...acabado de nascer.
Postado por Fernando Martins às 18:30 0 bocas
Marcadores: Adriano Correia de Oliveira, Beira Baixa, Canção da Beira Baixa, música, música popular
Ben-Gurion, o primeiro chefe do governo do Estado de Israel, nasceu há 125 anos
Postado por Fernando Martins às 01:25 0 bocas
Marcadores: Ben-Gurion, Israel
Moshe Dayan morreu há 30 anos
Postado por Fernando Martins às 01:22 0 bocas
Marcadores: Israel, Moshe Dayan
Flea, o baixista dos Red Hot Chili Peppers, faz hoje anos
Postado por Fernando Martins às 01:18 0 bocas
Marcadores: Austrália, Californication, Flea, guitarra, música, Red Hot Chili Peppers, USA
O último Rei do Afganistão nasceu há 97 anos
Postado por Fernando Martins às 01:11 0 bocas
Marcadores: Afeganistão, Al Qaeda, Mohammed Zahir Xá, paz, Rei
Adriano morreu, nos braços de sua mãe, há 29 anos
Adriano Maria Correia Gomes de Oliveira (Avintes, 9 de abril de 1942 - Avintes, 16 de outubro de 1982), foi um músico português.(...)Cresceu no seio de uma família tradicionalista católica. Concluído o ensino liceal no Porto foi para Coimbra em 1959, estudando Direito. Foi repúblico na Real Repúbica Ras-Teparta, solista no Orfeon Académico de Coimbra, fez parte do Grupo Universitário de Danças e Cantares e do Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra e tocou guitarra no Conjunto Ligeiro da Tuna Académica de Coimbra.Militante do Partido Comunista Português, a partir da década de 1960, envolveu-se nas greves académicas de 1962 e concorreu à Direcção da Associação Académica de Coimbra, numa lista apoiada pelo Movimento de Unidade Democrática (MUD).Em 1963 editava o primeiro EP, acompanhado por António Portugal e Rui Pato, "Fados de Coimbra", que continha "Trova do vento que passa", balada fundamental da sua carreira, com poema de Manuel Alegre, transformado numa espécie de hino do movimento estudantil de contestação ao regime.Em 1967 gravou o álbum "Adriano Correia de Oliveira", que entre outras canções tinha Canção com lágrimas.Quando lhe faltava uma disciplina para terminar o curso de Direito, trocou Coimbra por Lisboa, trabalhando no Gabinete de Imprensa da Feira Industrial de Lisboa e como produtor da Editora Orfeu. Em 1969 editou "O Canto e as Armas" tendo todas as canções poesia de Manuel Alegre. Nesse mesmo ano ganhou o Prémio Pozal Domingues.Após o fim do serviço militar lança, em 1970, o álbum "Cantaremos".Em 1971 é editado o disco "Gente d'Aqui e de Agora", que marca o primeiro arranjo, como maestro, do ainda jovem José Calvário, que tinha vinte anos. José Niza foi o principal compositor neste disco que precedeu um silêncio de quatro anos, recusando-se Adriano a enviar os textos à Censura.Em 1975 lançou "Que Nunca Mais", com direcção musical de Fausto e textos de Manuel da Fonseca. Este álbum levou a revista inglesa Music Week a elegê-lo como Artista do Ano.Foi um dos fundadores da Cooperativa Cantabril. Publicou o seu último álbum, "Cantigas Portuguesas", em 1980. No ano seguinte, numa altura em que a sua saúde já se encontrava degradada, rompeu com a direcção da CantAbril e ingressou na Cooperativa Era Nova.Em 1982, com quarenta anos, num sábado, dia 16 de outubro, morreu em Avintes, nos braços da mãe, vitimado por uma hemorragia esofágica.in Wikipédia
Postado por Pedro Luna às 00:42 0 bocas
Marcadores: Adriano Correia de Oliveira, António Gedeão, Fala do Homem nascido, música, poesia
No ano dos três papas, o papa João Paulo II foi eleito há 33 anos
Postado por Pedro Luna às 00:33 0 bocas
Marcadores: beato, Igreja Católica, João Paulo I, João Paulo II, Papa, Polónia
O percursor da estratigrafia Giovanni Arduino nasceu há 297 anos
Postado por Fernando Martins às 00:29 0 bocas
Marcadores: estratigrafia, Giovanni Arduino, Itália
Hoje é o Dia Mundial da Alimentação
Postado por Fernando Martins às 00:01 0 bocas
Marcadores: Dia Mundial da Alimentação, FAO, fome
sábado, outubro 15, 2011
Com 60 anos, definitivamente a pílula entrou na menopausa...
A pílula contraceptiva oral combinada, também conhecida como pílula anticoncepcional, ou simplesmente "a pílula", é uma combinação de estrogénio e progestágeno administrada oralmente para inibir a fertilidade normal da mulher. Os contraceptivos orais foram aprovados para o uso inicialmente nos Estados Unidos em 1960, e são uma forma muito popular de controle de natalidade. São usadas actualmente por mais de 100 milhões de mulheres em todo o mundo e por quase 12 milhões de mulheres nos Estados Unidos. Os usos variam amplamente entre os países, idades, educação e estado matrimonial: um quarto das mulheres entre 16 e 49 anos na Grã-Bretanha actualmente usam a pílula (pílula combinada ou mini-pílula), em comparação a somente 1% das mulheres no Japão.
(...)A síntese da Noretindrona, composto base do primeiro contraceptivo oral, foi realizada no dia 15 de Outubro de 1951, pelo químico mexicano Luis E. Miramontes quando ele tinha somente 26 anos de idade. Miramontes recebeu a patente do composto junto com Carl Djerassi e Jorge Rosenkranz, da companhia química mexicana Syntex S.A.
in Wikipédia
A ética republicana e socialista e o ensino dos futuros Juízes
Postado por Pedro Luna às 15:58 0 bocas
Marcadores: aldrabões, bancarrota, CEJ, Juízes, ladrões, pedófilos, Ricardo Rodrigues
The Road To Freedom
Postado por Adelaide Martins às 15:18 0 bocas
Marcadores: Chris de Burgh, Irlanda, música, The Road To Freedom
Tejo que levas as águas
Tejo que levas as águas
(Manuel da Fonseca/Adriano Correia de Oliveira)
Tejo que levas as águas
correndo de par em par
lava a cidade de mágoas
leva as mágoas para o mar
Lava-a de crimes espantos
de roubos, fomes, terrores,
lava a cidade de quantos
do ódio fingem amores
Leva nas águas as grades
de aço e silêncio forjadas
deixa soltar-se a verdade
das bocas amordaçadas
Lava bancos e empresas
dos comedores de dinheiro
que dos salários de tristeza
arrecadam lucro inteiro
Lava palácios vivendas
casebres bairros da lata
leva negócios e rendas
que a uns farta e a outros mata
Tejo que levas as águas
correndo de par em par
lava a cidade de mágoas
leva as mágoas para o mar
Lava avenidas de vícios
vielas de amores venais
lava albergues e hospícios
cadeias e hospitais
Afoga empenhos favores
vãs glórias, ocas palmas
leva o poder dos senhores
que compram corpos e almas
Leva nas águas as grades ...
Das camas de amor comprado
desata abraços de lodo
rostos corpos destroçados
lava-os com sal e iodo
Tejo que levas as águas
correndo de par em par
lava a cidade de mágoas
leva as mágoas para o mar.
Postado por Adelaide Martins às 14:00 0 bocas
Marcadores: Adriano Correia de Oliveira, Manuel da Fonseca, música, poesia, Tejo que levas as águas