sexta-feira, maio 07, 2021

O navio Lusitania foi afundado há 106 anos

    
O RMS Lusitania foi um navio da companhia Cunard Line, lançado em 1907. O seu nome era uma homenagem à província romana da Lusitânia, que hoje é parte do território de Portugal.
Foi construído, juntamente com o RMS Mauretania, para competir com outros navios transatlânticos alemães. O Lusitania e o Mauretania foram, durante alguns anos após o final de sua construção, os maiores navios do mundo. Superados apenas depois em 1912 pelo RMS Titanic navio da White Star Line, o Titanic fazia parte dos navios da Classe Olympic ou seja, era igual a seus irmãos RMS Olympic e HMHS Britannic. A sua viagem inaugural, partindo do porto de Liverpool com destino a cidade de Nova Iorque, teve início em 7 de setembro de 1907.
O Lusitania foi torpedeado por um submarino alemão a 7 de maio de 1915, durante a Primeira Guerra Mundial, afundou e deixou quase 2.102 mortos. Este acontecimento provocou grande consternação na opinião pública dos Estados Unidos, que era à data uma nação neutral no conflito, e de onde era originária a maior parte dos passageiros, o que desencadeou um processo que veio a culminar, dois anos mais tarde, na entrada dos Estados Unidos na guerra, após a descodificação do Telegrama Zimmermann.
   

Evita nasceu há 102 anos

Retrato oficial do Presidente Juan Domingo Perón com a sua esposa Eva
   
María Eva Duarte de Perón, conhecida como Evita, (província de Buenos Aires, 7 de maio de 1919 - Buenos Aires, 26 de julho de 1952) foi uma atriz e líder política argentina. Tornou-se primeira-dama da Argentina quando o general Juan Domingo Perón foi eleito presidente.
  
(...)
  
O mais impressionante na história da vida de Eva foi o caminho meteórico que ela percorreu na vida pública. Entre a total obscuridade ao mais absoluto resplendor pessoal e político da vida e em seguida a morte, tudo ocorreu em apenas 7 anos. Nesse curto período ela saiu do anonimato para se tornar uma das mulheres mais importantes e poderosas do mundo. Na breve existência (morreu aos 33 anos de idade) há muitos mistérios, muitos factos obscuros mas há, principalmente, uma personalidade tragicamente marcante.
Figura chave de um regime ancorado no paternalismo e na demagogia, Evita resiste, no entanto, como uma imagem ao mesmo tempo alheia e superior ao mesmo. Mais do que uma estadista, mais do que um pivô ou um esteio sobre o qual o governo de Perón se apoia, Evita ganha voz própria porque ela encarnou em si uma série de ambições e de pretensões sociais. A sua transcendência está consubstanciada na sua fantástica ascensão sócio-política. Uma bela mulher, que venceu na vida através dos mecanismos próprios de uma mulher, só poderia espelhar um sistema de poder centrado na sedução. É só através da sedução coletiva das massas, e do fascínio, da ascese que esta sedução acarreta, que pode firmar-se um regime deste tipo.
      

İbrahim Gökçek, músico do banda Grup Yorum, morreu de greve de fome há um ano...

 
İbrahim Gökçek est un musicien du groupe folk révolutionnaire turc Grup Yorum. Né en à Kayseri, il meurt le après une grève de la faim de 323 jours. 

 

 Biographie

İbrahim Gökçek, né en 1980 à Kayseri, est bassiste dans le groupe révolutionnaire turc Grup Yorum. Il est marié à Sultan Gökçek, une autre membre de Grup Yorum, détenue en 2020 à la prison de Silivri.

Il est arrêté le 1er mai 2019 et inculpé de «création et direction d'une organisation». En juin, il rejoint la grève de la faim engagée par d'autres membres de Grup Yorum: ceux-ci revendiquent que le gouvernement turc mette fin à la répression contre le groupe, libère ses membres emprisonnés et leur permette de donner des concerts. Le 4 janvier 2020, Helin Bölek et lui annoncent leur décision de prolonger leur jeûne jusqu'à la mort. Le 14, le parquet requiert l'emprisonnement à perpétuité contre Ibrahim Gökçek. Libéré malgré tout en février 2020, il s'installe avec Helin Bölek dans une maison à Küçükarmutlu à Istanbul pour y poursuivre leur grève de la faim.

Le 5 mai 2020, il recommence à s'alimenter - les principaux partis d'opposition lui ont promis de se mobiliser - et est transféré dans un hôpital. Il meurt le 7 mai 2020. 

Le lendemain, la police arrête ou disperse aux gaz lacrymogènes les participants à une cérémonie à sa mémoire dans un cemevi du quartier de Sultangazi, et saisit son cercueil. Il est finalement inhumé dans le cimetière de Kayseri, au cours d'une cérémonie qui donne lieu à de nouvelles échauffourées avec la police.

Des membres du Parti d'action nationaliste (MHP) manifestent et menacent de déterrer Ibrahim Gökçek et de brûler sa dépouille, au motif qu'ils le considèrent comme un terroriste. Ces manifestations ont poussé le MHP à fermer les bureaux des Loups gris pendant un certain temps et à licencier son président local.

 

 

 (imagem daqui)

 


Tchaikovsky nasceu há 181 anos

   
Piotr Ilitch Tchaikovsky (Kamsko-Wotkinski Sawod, actual Tchaikovsky, 7 de maio de 1840 - São Petersburgo, 6 de novembro de 1893) foi um compositor romântico russo que compôs géneros como sinfonias, concertos, óperas, ballets, para música de câmara e obras para coro para liturgias da Igreja Ortodoxa Russa. Algumas das suas obras encontram-se entre as mais populares do repertório erudito. Este foi o primeiro compositor russo a conquistar fama internacional, tendo sido maestro convidado no final da sua carreira pelos Estados Unidos e Europa. Como exemplo pode considerar-se o concerto inaugural do Carnegie Hall de Nova Iorque, em 1891. Tchaikovsky foi honrado em 1884 com uma pensão vitalícia pelo Imperador Alexandre III.
Tchaikovsky foi educado para ter uma carreira como funcionário público. Na sua época as oportunidades para se ter uma carreira musical (na Rússia) eram escassas e não existia um sistema público de educação musical. Quando surgiu a oportunidade, ingressou no Conservatório de São Petersburgo, onde se graduou em 1865.
A sua vida foi preenchida por crises pessoais e depressões. Estas crises advém do facto de a sua mãe ter falecido prematuramente e do colapso da sua relação com a viúva Nadezhda von Meck. A sua homossexualidade foi sempre mantida em segredo. A sua morte prematura aos 53 anos de idade é atribuída à cólera, mas especula-se um possível suicídio.
Embora não faça parte do chamado Grupo dos Cinco (Mussorgsky, César Cui, Rimsky-Korsakov, Balakirev e Borodin) composto por compositores nacionalistas russos, a sua música tornou-se conhecida e admirada pelo seu carácter distintamente russo, bem como pelas suas ricas harmonias e vivas melodias. As suas obras, no entanto, foram muito mais ocidentalizadas que as de seus compatriotas, uma vez que utilizava elementos internacionais em simultâneo com melodias populares nacionalistas russas. Tchaikovsky, assim como Mozart, é um dos poucos compositores aclamados que se sentia igualmente confortável escrevendo óperas, sinfonias, concertos e obras para piano.
   

 


A Nona Sinfonia foi executada pela primeira vez há 197 anos

   
A Sinfonia n.º 9 em ré menor, op. 125, "Coral", é a última sinfonia completa composta por Ludwig van Beethoven. Completada em 1824, a sinfonia coral mais conhecida como Nona Sinfonia é uma das obras mais conhecidas do repertório ocidental, considerada tanto ícone quanto predecessora da música romântica, e uma das grandes obras-primas de Beethoven.
A nona sinfonia de Beethoven incorpora parte do poema An die Freude ("À Alegria"), uma ode escrita por Friedrich Schiller, com o texto cantado por solistas e um coro em seu último movimento. Foi o primeiro exemplo de um compositor importante que tenha utilizado a voz humana com o mesmo destaque que a dos instrumentos, numa sinfonia, criando assim uma obra de grande alcance, que deu o tom para a forma sinfônica que viria a ser adotada pelos compositores românticos.
A sinfonia n.º 9 tem um papel cultural de extrema relevância no mundo atual. Em especial, a música do último movimento, chamado informalmente de "Ode à Alegria", foi rearranjada por Herbert von Karajan para se tornar o hino da União Europeia. Outra prova de sua importância na cultura atual foi o valor de 3,3 milhões de dólares atingido pela venda de um dos seus manuscritos originais, feita em 2003 pela Sotheby's, de Londres. Segundo o chefe do departamento de manuscritos da Sotheby's à época, Stephen Roe, a sinfonia "é um dos maiores feitos do homem, ao lado do Hamlet e do Rei Lear de Shakespeare".
Foi apresentada pela primeira vez a 7 de maio de 1824, no Kärntnertortheater, em Viena, na Áustria. O regente foi Michael Umlauf, diretor musical do teatro, e Beethoven - dissuadido da regência, pelo estágio avançado de sua surdez - teve direito a um lugar especial no palco, junto ao maestro.
   

 


Brahms nasceu há 188 anos

    
Johannes Brahms (Hamburgo, 7 de maio de 1833 - Viena, 3 de abril de 1897) foi um compositor alemão, uma das mais importantes figuras do romantismo musical europeu do século XIX.
Hans von Bülow faz referência de Brahms como um dos "três Bs da música", apelidando sua primeira sinfonia como décima, fazendo referência à sua sucessão a Beethoven.
   

 


Luiz Pacheco nasceu há 96 anos

(imagem daqui)
    
Luiz José Gomes Machado Guerreiro Pacheco (Lisboa, 7 de maio de 1925 - Montijo, 5 de janeiro de 2008) foi um escritor, editor, polemista, epistológrafo e crítico de literatura português.
Nasceu em 1925, na freguesia de São Sebastião da Pedreira, numa velha casa da Rua da Estefânia, filho único, no seio de uma família da classe média, de origem alentejana, com alguns antepassados militares. O pai era funcionário público e músico amador. Na juventude, Luiz Pacheco teve alguns envolvimentos amorosos com raparigas, menores como ele, que haveriam de o levar por duas vezes à prisão.
Desde cedo teve a biblioteca do seu pai à sua inteira disposição e depressa manifestou enorme talento para a escrita. Estudou no Liceu Camões e chegou a frequentar o primeiro ano do curso de Filologia Românica da Faculdade de Letras de Lisboa, onde foi óptimo aluno, mas optou por abandonar os estudos. A partir de 1946 trabalhou como agente fiscal da Inspecção Geral dos Espectáculos, acabando um dia por se demitir dessas funções, por se ter fartado do emprego. Desde então teve uma vida atribulada, sem meio de subsistência regular e seguro para sustentar a família crescente (oito filhos, de três mães adolescentes), chegando por vezes a viver na maior das misérias, à custa de esmolas e donativos, hospedando-se em quartos alugados e albergues, indo à Sopa dos Pobres. Esse período difícil da vida inspirou-lhe o conto Comunidade, considerado por muitos a sua obra-prima. Nos anos 60 e 70, por vezes, viveu fora de Lisboa, nas Caldas da Rainha e em Setúbal.
Começa a publicar a partir de 1945 diversos artigos em vários jornais e revistas, como O Globo, Bloco, Afinidades, O Volante, Diário Ilustrado, Diário Popular e Seara Nova. Em 1950, funda a editora Contraponto, onde publica escritores como Raul Leal, Vergílio Ferreira, José Cardoso Pires, Mário Cesariny, António Maria Lisboa, Natália Correia, Herberto Hélder, etc., tendo sido amigo de muitos deles. Dedicou-se à crítica literária e cultural, tornando-se famoso (e temido) pelas suas críticas sarcásticas, irreverentes e polémicas. Denunciou a desonestidade intelectual e a censura imposta pelo regime salazarista. Denunciou, de igual modo, plágios, entre os quais o cometido por Fernando Namora, em Domingo à Tarde, sobre o romance Aparição de Vergílio Ferreira - "O caso do sonâmbulo chupista" (Contraponto).
A sua obra literária, constituída por pequenas narrativas e relatos (nunca se dedicou ao romance ou ao conto) tem um forte pendor autobiográfico e libertino, inserindo-se naquilo a que ele próprio chamou de corrente "neo-abjeccionista". Em O Libertino Passeia por Braga, a Idolátrica, o Seu Esplendor (escrito em 1961), texto emblemático dessa corrente e que muito escândalo causou na época da sua publicação (1970), narra um dia passado numa Braga fantasmática e lúbrica, e a sua libertinagem mais imaginária do que carnal, que termina de modo frustrantemente solitário.
Alto, magro e escanzelado, calvo, usando óculos com lentes muito grossas devido a uma forte miopia, vestindo roupas usadas (por vezes andrajosas e abaixo do seu tamanho), hipersensível ao álcool (gostava de vinho tinto e de cerveja), hipocondríaco sempre à beira da morte (devido à asma e a um coração fraco), impenitentemente cínico e honesto, paradoxal e desconcertante, é sem dúvida, como pícaro personagem literário, um digno herdeiro de Luís de Camões, Bocage, Gomes Leal ou Fernando Pessoa.
Debilitado fisicamente e quase cego devido às cataratas, mas ainda a dar entrevistas aos jornais, nos últimos anos passou por três lares de idosos, tendo mudado em 2006 para casa do seu filho João Miguel Pacheco, no Montijo e daí para um lar, na mesma cidade.
Um ano após a morte de Mário Cesariny, a 26 de novembro de 2007, em jeito de homenagem ao poeta, Comunidade foi editada em serigrafia/texto com pinturas de Artur do Cruzeiro Seixas pela Galeria Perve. Nessa efeméride, Luiz Pacheco foi entrevistado pela RTP, no seu quarto e último lar de idosos.
Morreria algumas semanas depois, a 5 de janeiro de 2008, de doença súbita, a caminho do Hospital do Montijo, onde declararam o óbito, às 22.17 horas.
   

quinta-feira, maio 06, 2021

O selo postal faz hoje 181 anos

One Penny Black, o primeiro selo
  
O primeiro selo postal foi o Penny Black, (one penny black), surgido na Inglaterra em 6 de maio de 1840. A ideia foi de Sir Rowland Hill, membro do Parlamento do Reino Unido, para que fosse o remetente a pagar a tarifa, pois antes da criação do selo, o destinatário é que a pagava, criando um enorme número de devoluções.

Alexander von Humboldt morreu há 162 anos

 
Friedrich Heinrich Alexander, o barão de Humboldt (Berlim, 14 de setembro de 1769 - Berlim, 6 de maio de 1859), mais conhecido como Alexander von Humboldt, foi um geógrafo, naturalista e explorador alemão. Foi o irmão mais jovem do ministro e linguista prussiano Wilhelm von Humboldt.

Biografia
Alexander von Humboldt foi um cientista de uma polivalência que poucas vezes se observou e, haja visto como a ciência se desenvolveu e especializou, certamente nunca mais será vista. Ele desenvolveu e especializou-se em diversas áreas: foi etnógrafo, antropólogo, físico, geógrafo, geólogo, mineralogista, botânico, vulcanólogo e humanista, tendo lançado as bases de ciências como a Geografia, Geologia, Climatologia e Oceanografia. Apesar de ter pesquisado diversas coisas nos seus mínimos detalhes, sempre o fez com uma visão geral e imparcial.
Com catorze anos de idade, fixou-se em Berlim para continuar os seus estudos e, mais tarde, frequentou as universidades de Frankfurt (Oder) e Göttingen, onde estudou Filosofia, História e Ciências Naturais.
Em 1789, com apenas vinte anos de idade, fez a sua primeira viagem de caráter científico, passando pelos Países Baixos, Alemanha e Inglaterra, e principalmente ao longo das margens do rio Reno, seguindo Georg Forster, um naturalista que acompanhou o Capitão Cook na sua viagem ao redor do mundo. O resultado de toda essa exploração científica foi uma obra intitulada Observações Sobre os Basaltos do Reno.
A sua viagem exploratória pela América Central e América do Sul (1799-1804) e pela Ásia Central (1829) tornaram-no mundialmente conhecido ainda antes da sua morte. A sua principal obra é o Kosmos, uma condensação do conhecimento científico da sua época. A sua obra Ansichten der Natur também foi bastante popular.
A sua correspondência científica com colegas cientistas compõe-se de 35 mil cartas, das quais aproximadamente 12.500 estão arquivadas.
Além das ciências naturais, foi também um influente mecenas da Literatura. Humboldt apoiou os poetas e escritores Heinrich Heine, Ludwig Tieck e Klaus Groth. Entre os seus amigos e conhecidos estavam Matthias Claudius, Carl Friedrich Gauss, Jacob e Wilhelm Grimm, August Wilhelm Schlegel, assim como Johann Wolfgang von Goethe e Friedrich Schiller.

Espécies e lugares denominados em homenagem a Humboldt
Entre 1799 e 1804, von Humboldt viajou pela América do Sul, explorando-a e descrevendo-a pela primeira vez sob um ponto de vista científico. Nos cinco volumes da sua obra Kosmos, ele tentou elaborar uma descrição física do mundo. Humboldt apoiou (e colaborou com) outros cientistas, entre os quais Justus von Liebig e Louis Agassiz.
Como resultado de suas explorações, von Humboldt descreveu diversos aspectos geográficos e espécies que eram até então desconhecidos dos europeus. Espécies denominadas em sua homenagem incluem:
Aspectos e acidentes geográficos denominados em sua homenagem incluem a corrente de Humboldt, o rio Humboldt, a cadeia de montanhas East and West Humboldt Range, os condados norte-americanos de Humboldt County, na Califórnia, e Humboldt County, no Iowa e o parque Humboldt no lado oeste de Chicago. Além disso, o mar lunar Mare Humboldtianum foi assim denominado em sua homenagem, bem como o asteroide 54 Alexandra.


A Fundação Alexander von Humboldt
Após a sua morte, seus amigos e colegas criaram a Fundação Alexander von Humboldt (Stiftung em alemão) para manter o generoso apoio de Humboldt a jovens cientistas. Apesar de a dotação inicial ter sido perdida durante a hiperinflação alemã dos anos vinte, e novamente após a Segunda Guerra Mundial, a fundação tem recebido apoio do governo alemão e tem um papel importante na atração de pesquisadores estrangeiros à Alemanha, possibilitando também a pesquisadores alemães trabalharem no estrangeiro por um determinado período.

Vida e viagens de Humboldt
Com nove anos de idade, após a morte de seu pai, Alexander e seu irmão Wilhelm, dois anos mais velho, são criados pela mãe, Maria Elizabeth von Colomb, no castelo de Tegel, nos arredores de Berlim.
O segundo tutor dos Humboldt, Gottlob Christian Kunth, tem um papel importante na vida de Alexander. Ele transmite aos irmãos Humboldt sólidas bases de História, Matemática e línguas. Alexander demonstra grande interesse pela História Natural.
Enquanto Wilhelm demonstra uma robusta constituição, grande facilidade de aprendizagem e se orienta para a alta função pública, Alexander aprende com dificuldade, orientando-se para uma formação em Economia, que ele estuda durante seis meses na universidade de Frankfurt (Oder). Um ano mais tarde, em 25 de abril de 1789, ele matricula-se na universidade de Göttingen.
Em Göttingen tem aulas de Física e Química com G. C. Lichtenberg, C. G. Heyne e J. C. Blumenbach. Durante as suas férias de 1789 ele deu uma demonstração das suas proezas posteriores numa excursão científica que subiu o Reno, que originou o estudo Mineralogische Beobachtungen über einige Basalte am Rhein (Brunswick, 1790) (Observações mineralógicas sobre alguns basaltos do Reno).
Alexander von Humboldt estudou ainda o Comércio e línguas estrangeiras em Hamburgo, Geologia em Freiberga com A. G. Werner, Anatomia em Jena com J. C. Loder, Astronomia e o uso de instrumentos científicos com F. X. von Zach e J. G. Köhler. As suas pesquisas sobre a vegetação das minas de Freiberg levaram à publicação, em 1793, do seu Florae Fribergensis Specimen; e os resultados de uma prolongada série de experiências sobre o fenómeno da irritabilidade muscular, então recém descoberta por Galvani, foram condensados no seu Versuche über die gereizte Muskel- und Nervenfaser (Berlin, 1797), enriquecido de uma tradução francesa com notas de Blumenbach.

Em 1794, ele foi admitido na intimidade da famosa sociedade de Weimar, e desde junho de 1795 contribuiu para o novo periódico de Schiller, Die Horen, uma alegoria filosófica intitulada Die Lebenskraft, oder der rhodische Genius. No verão de 1790 fez uma visita rápida à Inglaterra em companhia de Forster. Em 1792 e 1797, esteve em Viena; em 1795, realizou uma viagem de caráter geológico e botânico na Suíça e na Itália. Durante este tempo, obteve um posto público como assessor de Minas em Berlim, em 29 de fevereiro de 1792.
Diante da ignorância dos mineradores, que não sabem distinguir um mineral de uma rocha sem valor, Humboldt abre uma escola de formação de mineradores, que ele financia com seu próprio dinheiro. Ele recusará o dinheiro que o Ministro von Heinitz lhe enviará para reembolsar as suas despesas. Humboldt realiza também pesquisas para melhorar a segurança das minas.
Apesar de o serviço público ser por ele considerado como um aprendizado ao serviço da ciência, ele cumpriu as suas tarefas com tanta habilidade e zelo que não somente foi promovido a postos superiores no seu departamento, como também recebeu diversas missões diplomáticas importantes.
Em 1795, von Heinitz propõe a Humboldt o cobiçado posto de Diretor de Minas da Silésia, no sudeste da Prússia. Humboldt recusa e abandona o serviço público.
A morte de sua mãe, em 19 de novembro de 1796, deixa-o livre para seguir o seu destino, no que aguarda uma oportunidade de pôr em prática os seus planos de viagem.

O almirante Louis Antoine de Bougainville, célebre navegador e explorador, propõe a Humboldt participar de uma expedição pela América do Sul, México, Califórnia, através do Pacífico, e depois ao pólo Sul. Bougainville será substituído por Baudin. Uma guerra com a Áustria leva o Diretório a anular a expedição.
O botanista Aimé Bonpland deveria, como Humboldt, participar da expedição de Baudin. Eles tornam-se amigos e decidem se juntar à expedição científica que segue as tropas de Napoleão no Egito. O barco que deveriam tomar jamais aportou em Marselha, aonde eles tinham ido para esperá-lo. Decidem, então, ir para a Espanha para embarcar num navio para Esmirna. Durante as seis semanas de viagem, Humboldt realiza meticulosas medidas geográficas.
Humboldt é apresentado ao rei e à rainha da Espanha, obtendo um passaporte com o selo real, que garante aos viajantes a assistência das autoridades que eles encontrarem. Bonpland torna-se oficialmente secretário de Humboldt. Os dois são os primeiros a efetuar uma exploração científica digna deste nome. A ambição de Humboldt durante essa viagem às Américas é descobrir a interação das forças da Natureza e as influências que o ambiente geográfico exerce sobre a vida vegetal e animal. Com essas poderosas recomendações, eles embarcam no Pizarro na Corunha em 5 de junho de 1799.
Durante a navegação, Humboldt efetua medidas astronómicas, meteorológicas, de magnetismo, de temperatura e de composição química do mar.
Fazem uma escala de seis dias em Tenerife para a ascensão do pico do Teide e aterram em Cumaná (Venezuela) em 16 de julho. Lá, na noite de 11-12 de novembro, Humboldt observa uma extraordinária chuva de meteoros (as Leónidas), que constitui o ponto inicial da nossa percepção da periodicidade do fenómeno; depois disso, ele segue com Bonpland para Caracas. Na América, sente uma revolta pela maneira com que se vendem e se avaliam os escravos, mesmo sendo mais bem tratados nas possessões espanholas.
Em fevereiro de 1800 ele deixa a costa com o intuito de explorar o curso do rio Orinoco. Essa viagem, que durou quatro meses e cobriu mais de 2.750 km de uma terra inabitada, selvagem e inóspita, teve como resultado a descoberta da existência de uma comunicação entre os sistemas hidrográficos do Orinoco e do rio Amazonas, (o canal Casiquiare, que liga o Orinoco ao Amazonas), e a determinação exata do ponto de bifurcação. Humboldt e Bonpland não são os primeiros europeus a tomar essa rota, mas o rigor dos seus dados e das descrições que realizaram fez com que não existissem mais dúvidas sobre a existência de uma passagem navegável entre os dois rios.
Recolhem diversos espécimens de animais e plantas desconhecidos, e Humboldt anota meticulosamente a temperatura do rio, do solo e do ar, assim como a pressão atmosférica, a inclinação magnética, a longitude e a latitude. Em Calabozo, algumas enguias elétricas foram capturadas por Alexander von Humboldt (com Aimé Bonpland) por volta de 19 de março de 1800. Os pesquisadores receberam choques elétricos violentos durante as suas experiências.
Em 24 de novembro os dois amigos partem para Cuba, e depois de uma estadia de alguns meses retornam a Cartagena.
Humboldt descobre que Baudin deixou a França e deve chegar em Lima, no Peru. Para evitar a ausência dos alíseos, Humboldt e Bonpland decidem continuar por via terrestre ao longo dos Andes, passando doze meses em altitude através dos vulcões. Eles têm os pés em sangue, mas recusam fazer como a aristocracia local: serem transportados em cadeiras fixas nas costas de índios.
Subindo o curso do Magdalena, e atravessando os picos gelados dos Andes, chegam em Quito depois de um dia difícil em 6 de janeiro de 1802. Durante essa estada, escalaram o Pichincha e o Chimborazo, e terminaram numa expedição às fontes do Amazonas a caminho de Lima, onde chegam em 22 de outubro de 1802.
Humboldt ganha um renome mundial ao escalar o Chimborazo, pico considerado na época como o mais alto do mundo.
Em Callao, Humboldt observa o trânsito de Mercúrio em 9 de novembro, e estuda as propriedades fertilizantes do guano, cuja introdução na Europa muito se deveu às suas obras. Uma viagem tumultuada, sob uma tempestade, levou-os para o México, onde residiram durante um ano.
Humboldt e seus companheiros passaram o ano de 1803 a percorrer o México. Humboldt escreverá seu Ensaio político sobre o reino da Nova Espanha, o primeiro ensaio geográfico regional, no qual ele relata sumariamente suas viagens. No México, estuda o calendário azteca.
Ele embarca em seguida para a Havana, a fim de recuperar suas coleções lá depositadas havia mais de três anos.

Estimando ser seu dever saudar o presidente Thomas Jefferson, Humboldt prolonga a sua viagem e vai para Filadélfia, até à pouco capital do país, onde é acolhido pela Sociedade Americana de Filosofia, criada sobre o modelo da Royal Society de Londres. Humboldt passa a maior parte do seu tempo com os membros da sociedade. Bonpland e Montufar, não falando o inglês, têm um papel de figurantes. Humboldt encontra Jefferson, com quem discute sobre história natural, costumes diferentes de acordo com o país e as maneiras de melhorar o nível de vida. Os dois homens entendem-se tão bem que Jefferson convida Humboldt a passar sua estadia na Filadélfia na casa dele.
Eles zarparam para a Europa na embocadura do Delaware, chegando em Bordéus em 3 de agosto de 1804.

A expedição de Humboldt e Bonpland, com uma duração de cinco anos, custou a Humboldt um terço de suas economias. Foi uma das mais notáveis expedições científicas de todos os tempos, com uma massa de dados de um valor científico inestimável, ainda mais valiosa que os espécimens que eles puderam recolher.
Humboldt e Bonpland percorreram, durante sua expedição através das Américas, um total de 9.650 km, tanto a pé, como a cavalo ou em canoas. A expedição atravessou as terras dos atuais Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Cuba e México (foi impedido de permanecer no Brasil, pois os portugueses consideraram-no um possível espião alemão, após encontrarem-no em terras brasileiras perto da fronteira venezuelana). A característica que torna essa expedição absolutamente excepcional é que ela foi levada a cabo sem nenhum interesse comercial; a sua única motivação foi o desejo de conhecimento e a curiosidade.
Durante a sua expedição pelas Américas de 1799 a 1804, ele precisou latitudes e longitudes, melhorou mapas, identificou 60.000 plantas, das quais 6.300 eram até então desconhecidas, desenvolveu a geografia das plantas e descreveu a corrente que levou mais tarde seu nome (corrente de Humboldt).
Graças à sua excepcional expedição, Humboldt pode ser considerado como tendo lançado as bases das ciências físicas da geografia e da meteorologia. Pelo seu estudo (em 1817) das isotermas, ele sugeriu a ideia e entreviu os métodos de comparação das condições climáticas de vários países. Ele primeiramente investigou a taxa de decaimento da temperatura média com o aumento da altitude acima do nível do mar, e forneceu, pelas suas questões e pesquisas sobre a origem das tempestades tropicais, a primeira pista para a detecção da lei, mais complicada, governando as perturbações atmosféricas em altas latitudes. O seu ensaio sobre a geografia das plantas foi baseado na (então) recente ideia de estudar como as condições físicas variadas alteram a distribuição da vida. A sua descoberta da diminuição da intensidade do campo magnético terrestre dos pólos ao equador foi comunicada ao Instituto de Paris numa dissertação por ele lida em 7 de dezembro de 1804 e a sua importância foi atestada pelo rápido surgimento de reivindicações rivais. Os seus serviços à Geologia basearam-se principalmente no seu atento estudo dos vulcões do Novo Mundo. Ele mostrou que eles se classificavam naturalmente em grupos lineares, presumidamente correspondendo a vastas fissuras subterrâneas; e, pela sua demonstração da origem ígnea de rochas cuja origem era anteriormente considerada aquosa, ele contribuiu imensamente para a eliminação dessas hipóteses falsas.
A condensação e a publicação da massa enciclopédica de materiais - científicos, políticos e arqueológicos - coletados por ele durante a sua ausência da Europa eram a sua preocupação mais urgente. Antes de atacar essa tarefa gigantesca, no entanto, fez uma rápida visita à Itália com Gay-Lussac com o intuito de investigar a lei da declinação magnética, e uma estadia de dois anos e meio na sua cidade natal.

Com exceção de Napoleão Bonaparte, Humboldt era então o homem mais famoso da Europa. Aplausos acolhiam-no em todos os lugares aonde ia. Academias, nacionais e estrangeiras, estavam ansiosas para tê-lo entre seus membros.
Em janeiro de 1808, Humboldt é enviado a Paris pelo rei da Prússia, acompanhado pelo príncipe Wilhelm, para tentar negociar uma diminuição o valor das indemnizações de guerra. Desde que a França invadiu a Prússia, Humboldt não recebe mais as rendas dos seus domínios. Ele vive em Paris num quarto mobilado, que divide com Gay-Lussac, não dormindo mais do que três ou quatro horas por dia. Em Paris, ele tem a firme intenção de assegurar a cooperação científica necessária para publicar seu grande trabalho. Essa tarefa colossal, que ele inicialmente estimou em dois anos, acabou durando 22 anos, e ainda assim ficou incompleta.
Ele é espionado pela polícia francesa, pois é alemão e a sua correspondência privada reflete as opiniões políticas dos salões parisienses. Humboldt escreve entre mil a duas mil cartas por ano. Acaba passando dezoito anos em Paris, durante os quais publica seu Voyage interminable sur l'Amérique du Sud (Viagem interminável pela América do Sul).
Em 1826 recebe uma carta do rei da Prússia, ordenando-lhe que deixasse Paris. Ele pode somente passar 4 meses de férias por ano na cidade-luz. Em Berlim, Humboldt é aparentemente detestado por suas ideias liberais.
Em 1828 obtém bastante sucesso ao dar cursos na universidade e, mais tarde, conferências diante de um público mais vasto. Em Berlim, a comunidade científica não costumava realizar reuniões científicas, como era o caso de Paris, para a confrontação e discussão de ideias. Humboldt organiza uma reunião da Associação Científica em Berlim na qual participam 600 dos mais importantes cientistas.

Em 1827, o ministro russo das finanças pede a Humboldt sua opinião sobre a emissão de moedas de platina. Como o preço da platina era instável, Humboldt se mostra desfavorável à ideia e sugere ir estudar as minas dos Urais. Em março de 1829, ano em que chega aos 60 anos, Humboldt viaja para a Rússia, com as despesas pagas pelo Imperador, com Gustave Rose, professor de química e de mineralogia, C.G Ehrenberg, naturalista e zoólogo, e um empregado doméstico. Na Rússia, ele é acolhido como uma importante personalidade oficial. Ele tem suas refeições com a família do czar. Ao deixar Moscovo, juntam-se à expedição responsáveis da indústria mineira e burocratas das autoridades locais.
Humboldt passa um mês estudando as minas dos Urais. Graças à presença de filões de platina e de areias auríferas, ele prediz a existência de diamantes nos Urais. Humboldt e Rose investigam cada jazida de ouro que encontram no microscópio. Foi o conde Polier, proprietário de tais jazidas, e a quem Humboldt explicou sua teoria, que encontrou o primeiro diamante dos Urais.
A expedição atravessa a Sibéria até o Altai. Como de hábito, Humboldt realiza medições barométricas. Humboldt e seus companheiros retornam após seis meses de expedição e após terem percorrido aproximadamente 17.000 km. Humboldt estudou e simulou a colocação de uma rede de estações magnéticas e meteorológicas fazendo observações regulares e funcionando com aparelhos idênticos. Ele deixa aos cuidados de Rose e Ehrenberg a publicação dos resultados da expedição. Será somente anos mais tarde que será publicado o seu livro Ásia Central (em três volumes).

Entre 1830 e 1848, Humboldt foi frequentemente empregado em missões diplomáticas na corte de Luís Filipe I, com quem mantinha relações pessoais cordiais. A morte de seu irmão, Wilhelm von Humboldt, que morreu nos seus braços em 8 de abril de 1836, entristeceu os últimos anos de sua vida. Ao perder o irmão, Alexander lamentou ter "perdido uma metade de si mesmo." A acessão ao trono do príncipe Frederico Guilherme IV, após a morte do seu pai em junho de 1840, aumentou o seu favoritismo na corte. O novo rei solicitava-o frequentemente como conselheiro da corte. Humboldt utiliza a sua função de conselheiro privado do rei para militar pela emancipação dos judeus e pela abolição do servilismo na Prússia, enquanto que o rei o utiliza como enciclopédia ambulante. A popularidade de Humboldt permanece grande, apesar das inimizades que ele adquire junto dos políticos reacionários próximos do rei. Em 1857, a loucura que afeta o rei permite a Humboldt ter mais tempo para os seus trabalhos.
Em 1852, Humboldt recebe a medalha Copley da Royal Society de Londres.

Não é frequente que um homem adie, aos seus 76 anos, e então execute com sucesso, a coroação da obra da sua vida. No entanto, foi este o caso de Humboldt. Os primeiros dois volumes do Kosmos foram publicados, e basicamente elaborados, entre os anos 1845 e 1847.
A ideia de um trabalho que deveria comunicar não somente uma descrição gráfica, mas principalmente uma concepção engenhosa do mundo físico que pudesse ser generalizada por detalhes e ressaltar detalhes através da generalização preenchia o seu espírito havia mais de meio século. Tomou uma forma definida pela primeira vez numa série de conferências por ele proferidas na universidade de Berlim, no inverno de 1827-1828. Essas conferências constituíram, como nota o seu último biógrafo, "o esboço para o grande afresco do Kosmos". O objetivo desta obra notável pode ser brevemente descrito como sendo a representação da unidade no meio da complexidade da Natureza. Nessa obra, os grandes e vagos ideais do século XVIII são recuperados e combinados com as necessidades científicas do século XIX. Apesar de inevitáveis imperfeições, a tentativa foi eminentemente bem-sucedida. Um estilo um pouco pesado e um tratamento às vezes pitoresco demais tornam a obra mais imponente que atraente ao leitor casual. Mas seu valor supremo consiste no fato de representar fielmente o reflexo da mente de um grande homem. Não existe maior elogio que possa ser feito a Alexander von Humboldt do que dizer que, ao tentar, e não em vão, representar o universo, ele conseguiu de maneira ainda mais perfeita representar a sua própria inteligência compreensiva.
A última década da sua longa vida - os seus anos "improváveis", como ele costumava chamá-los - foi dedicada à continuação da sua obra, cujos terceiro e quarto volumes foram publicados em 1850-1858, e um fragmento de um quinto postumamente em 1862. Nestes volumes, ele procurou detalhar de acordo com os ramos das ciências o que expusera de maneira geral no primeiro volume. Não obstante o seu alto valor individual, é preciso admitir que, de um ponto de vista artístico, essas adições foram deformações. A ideia característica da obra, na medida em que uma ideia tão gigantesca pudesse ser transposta em forma literária, havia sido completamente desenvolvida nas suas partes iniciais, e a tentativa de transformá-la em uma enciclopédia científica foi na verdade uma negação da sua motivação inicial.
O trabalho e a precisão de Humboldt nunca foram mais visíveis do que durante a concepção deste último troféu à sua genialidade. Tampouco apoiou-se somente em seus próprios trabalhos; deveu grande parte do que conseguiu à sua rara capacidade de assimilar ideias e aproveitar a cooperação de terceiros. Humboldt estava tão pronto a receber reconhecimento quanto a dá-lo. As notas do Kosmos são repletas de citações loquazes onde ele, de certa maneira, reconhece suas "dívidas" intelectuais.

Em 24 de fevereiro de 1857 Humboldt teve uma crise de apoplexia leve, que não deixou traços perceptíveis. Foi somente durante o inverno de 1858-1859 que suas forças começaram a diminuir, e, em 6 de maio, ele morreu tranquilamente, seis meses antes de completar seus noventa anos.
As honras que lhe foram reservadas durante sua vida seguiram-no após sua morte. Os seus restos mortais, antes de serem enterrados no mausoléu familiar de Tegel, foram transportados em funerais nacionais pelas ruas de Berlim, e recebidos pelo príncipe regente, a cabeça descoberta, na porta da catedral. O primeiro centenário do seu nascimento foi celebrado em 14 de setembro de 1869, com igual entusiasmo no Novo e Velho Mundo, e os numerosos monumentos erigidos e as novas regiões descobertas denominadas em sua honra testemunham a difusão universal de sua fama e popularidade.

Os textos sul-americanos de Humboldt compreendem trinta volumes publicados em trinta anos. Compõem-se de livros científicos, atlas, tratados de geografia e economia sobre Cuba e o México, uma narrativa de suas viagens e um Examen critique de l'histoire de la géographie du Nouveau Continent (Exame crítico da história e da geografia do novo continente). Humboldt escreveu os seus textos científicos em colaboração com outros cientistas. Dedicou o volume consagrado à Geologia a seu amigo Goethe. Em seu Kosmos, cujo objetivo era de comunicar a excitação intelectual e a necessidade prática da pesquisa científica, ele descreve em cinco volumes todos os conhecimentos da época sobre os fenómenos terrestres e celestes.
Atribui-se a Humboldt a invenção de novas expressões como isodinâmicas, isotermas, isóclinas, jurássico e tempestade magnética. Ele lançou as bases da geografia física e da geofísica, nomeadamente da sismologia. Ele demonstra que não pode haver conhecimento sem experimentação verificável.
   

O desastre do dirigível Hindenburg foi há 84 anos

   
O LZ 129 Hindenburg, ou simplesmente Hindenburg, foi um dirigível construído pela empresa Luftschiffbau-Zeppelin GmbH, na Alemanha. O dirigível, até aos dias atuais, retém o título da maior nave a voar, foi um ícone da indústria alemã, amplamente empregado como tal na propaganda nazi. O seu primeiro voo foi em 1936 e foi usado em 63 voos, durante 14 meses, até ao seu fim trágico, a 6 de maio de 1937.
   
Características
Conhecido como Zeppelin, o dirigível, com 245 metros de comprimento e sustentado no ar por 200 mil metros cúbicos de hidrogénio, reteve o título de maior dirigível em operação de 1935 até 1937 e ainda detém o de maior nave que já voou, mesmo nos dias atuais. Era impulsionado por quatro motores Mercedes-Benz de 1200 HP cada, que moviam hélices de mais de 6 metros de altura. O dirigível tinha autonomia de voo de 16.000 km quando completamente abastecido.
O dirigível era inflado com hidrogénio, ao invés de hélio, principalmente devido ao preço, que era mais barato, também o uso do hidrogénio diminuía a dependência do hélio, que era na sua maior parte importado dos Estados Unidos.
  
Funcionamento
O Hindenburg voou pela primeira vez em 4 de março de 1936, num voo de teste em Friedrichshafen com 87 pessoas a bordo. A pintura inicial continha os anéis olímpicos numa forma de promover os Jogos Olímpicos de 1936, fazendo um voo de demonstração durante a cerimónia de abertura.
O primeiro voo comercial foi a 31 de março de 1936 numa viagem de quatro dias de Friedrichshafen para o Rio de Janeiro, um dos quatro motores avariou e o dirigível teve de fazer um aterragem em Recife. Na viagem de volta, outro motor avariou no deserto do Saara forçando aterragens não programadas em Marrocos e na França.
No total, o Hindenburg cruzou 17 vezes o oceano Atlântico, sendo 10 viagens para os Estados Unidos e 7 para o Brasil, uma viagem da Alemanha para os Estados Unidos custava 400 dólares.
Na sua última viagem saiu de Hamburgo e cruzou o Atlântico a 110 km/h, chegando à costa leste norte-americana em 6 de maio de 1937.
  
Desastre
A 6 de maio de 1937 ao preparar-se para aportar ao campo de pouso da base naval de Lakehurst (Lakehurst Naval Air Station), em Nova Jersey, nos Estados Unidos, o gigantesco dirigível Hindenburg contava com 97 ocupantes a bordo, sendo 36 passageiros e 61 tripulantes, vindos da Alemanha. Durante as manobras de aterragem, às 19.30 horas, um incêndio tomou conta da aeronave e o saldo de mortos foi de 13 passageiros e 22 tripulantes mortos e um técnico do solo, no total de 36 pessoas. O gás de hidrogénio usado para mantê-lo no ar, altamente inflamável, foi inicialmente responsabilizado pelo enorme incêndio que tomou conta da aeronave e durou exatos 30 segundos. Logo após o evento, o governo alemão também sugeriu, de imediato, que uma sabotagem derrubara o grandioso zeppelin, que representava a superioridade tecnológica daquele país. Ambas as afirmações iam-se mostrar, contudo, essencialmente incorretas após as investigações.
O locutor da rádio WLS Chicago Herbert Morrison narrou o acidente, que foi ao ar no dia seguinte. O sistema de gravação acelerou as suas falas, dando um tom dramático, com a expressão "Oh, a humanidade", entrando para a cultura popular norte-americana.
O incêndio do Hindenburg encerrou a era dos dirigíveis na aviação comercial de passageiros.
   

A saudosa Maria José Valério nasceu há 88 anos

 

(imagem daqui)
    
Maria José Valério Dourado (Amadora, 6 de maio de 1933 - Lisboa, Alvalade, 3 de março de 2021) foi uma cantora portuguesa, bem conhecida pelo seu amor ao Sporting Clube de Portugal e por ser a intérprete da "Marcha do Sporting", adotada como hino do clube.