quarta-feira, junho 17, 2009

Stravinski nasceu há 127 anos


Hoje o Google inicia-se com a imagem anterior (mais um Google Doodle...), em homenagem ao compositor russo Igor Stravinski.

Recordemos a data com um pequeno filme sobre uma reconstituição da coreografia original para a dança feita com base na peça musical A Sagração da Primavera:




segunda-feira, junho 15, 2009

Música dos meus 18 anos

Aqui fica uma música, de 1985, ano em que fiz dezoito anos - sim que isto de fazer anos dá direito a prenda...




Kayleigh

Do you remember chalk hearts melting on a playground wall
Do you remember dawn escapes from moon washed college halls
Do you remember the cherry blossom in the market square
Do you remember I thought it was confetti in our hair
By the way didnt I break your heart?
Please excuse me, I never meant to break your heart
So sorry, I never meant to break your heart
But you broke mine

Kayleigh is it too late to say Im sorry?
And kayleigh could we get it together again?
I just cant go on pretending that it came to a natural end

Kayleigh, oh I never thought Id miss you
And kayleigh I thought that wed always be friends
We said our love would last forever
So how did it come to this bitter end?

Do you remember barefoot on the lawn with shooting stars
Do you remember loving on the floor in belsize park
Do you remember dancing in stilettoes in the snow
Do you remember you never understood I had to go
By the way, didnt I break your heart?
Please excuse me, I never meant to break your heart
So sorry, I never meant to break your heart
But you broke mine

Kayleigh I just wanna say Im sorry
But kayleigh Im too scared to pick up the phone
To hear youve found another lover to patch up our broken home

Kayleigh Im still trying to write that love song
Kayleigh its more important to me now youre gone
Maybe it will prove that we were right
Or ever prove that I was wrong

Música para blogger aniversariante...

Há 42 anos era a música do momento em Inglaterra, número um do UK Chart, quando nasceu o Fernando João... Parabéns!



We skipped the light fandango
Turned cartwheels cross the floor
I was feeling kinda seasick
But the crowd called out for more
The room was humming harder
As the ceiling flew away
When we called out for another drink
The waiter brought a tray

And so it was that later
As the miller told his tale
That her face, at first just ghostly,
Turned a whiter shade of pale
She said, there is no reason
And the truth is plain to see.
But I wandered through my playing cards
And would not let her be
One of sixteen vestal virgins
Who were leaving for the coast
And although my eyes were open
They might have just as wellve been closed
She said, Im home on shore leave,
Though in truth we were at sea
So I took her by the looking glass
And forced her to agree
Saying, you must be the mermaid
Who took neptune for a ride.
But she smiled at me so sadly
That my anger straightway died

If music be the food of love
Then laughter is its queen
And likewise if behind is in front
Then dirt in truth is clean
My mouth by then like cardboard
Seemed to slip straight through my head
So we crash-dived straightway quickly
And attacked the ocean bed

domingo, junho 14, 2009

Música actual

The Ting Tings - That's Not My Name



Four letter word just to get me along
It's a difficulty and I'm biting on my tongue and I
I keep stalling, keeping me together
People around gotta find something to say now

Holding back, everyday the same
Don't wanna be a loner
Listen to me, oh no
I never say anything at all
But with nothing to consider they forget my name
(ame, ame, ame)

They call me 'hell'
They call me 'Stacey'
They call me 'her'
They call me 'Jane'
That's not my name
That's not my name
That's not my name
That's not my name

They call me 'quiet'
But I'm a riot
Mary-Jo-Lisa
Always the same
That's not my name
That's not my name
That's not my name
That's not my name

I miss the catch if they through me the ball
I'm the last kid standing up against the wall
Keep up, falling, these heels they keep me boring
Getting glammed up and sitting on the fence now

So alone all the time at night
Lock myself away
Listen to me, I'm not
Although I'm dressed up, out and all with
Everything considered they forget my name
(ame, ame, ame)

They call me 'hell'
They call me 'Stacey'
They call me 'her'
They call me 'Jane'
That's not my name
That's not my name
That's not my name
That's not my name

They call me 'quiet'
But I'm a riot
Mary-Jo-Lisa
Always the same
That's not my name
That's not my name
That's not my name
That's not my name

Are you calling me darling?
Are you calling me bird?
Are you calling me darling?
Are you calling me bird?

sábado, junho 13, 2009

Poesia adequada à época


Faz daqui a pouco 1 semana que o povo português votou para o Parlamento Europeu e, curiosamente, o Ministério da Justiça, no seu site com resultados de eleições - http://www.europeias2009.mj.pt/index.html - ainda não estão os resultados finais, pois faltam contar umas dezenas de votos de dois consulados...

Será birra? Será falta de anti-ácido? Será apenas a proverbial falta de sentido de humor de algum político e da sua trupe...?

Para eles (e também para os escrutinadores...) um poema, de Pablo Neruda, do seu póstumo Livro de Perguntas:


III

Diz-me, a rosa está nua,
ou só tem esse vestido?

Porque é que as árvores escondem
o esplendor de suas raízes?

Quem ouve os remorsos
do automóvel criminoso?

Há no mundo alguma coisa mais triste
que um comboio parado na chuva?


NOTA: para os hispanohablantes, o original:

Dime, la rosa está desnuda
o sólo tiene ese vestido?

Por qué los árboles esconden
el esplendor de sus raíces?

Quién oye los remordimientos

del automóvil criminal?

Hay algo más triste en el mundo

que un tren inmóvil en la lluvia?

Variações sobre Variações






António Variações morreu há 25 anos

Foi uma estrela cadente, rápida e fugaz, que deixou marcas na música portuguesa...

Morreu há 25 anos, no Dia de S.º António, no Dia Feriado da Cidade de Lisboa que tanto amava, ele que era um minhoto de nascimento. Morreu sendo já um assumido homossexual e provavelmente de SIDA, numa altura em que ainda não se falava na doença.

Eu, que assisti ao seu último espectáculo, já bastante doente, na Queima das Fitas de Coimbra de 1984, em 17 de Maio (se a memória não me atraiçoa...) não era grande apreciador dele em vida, mas agora gosto imenso de algumas coisas suas.

Para o recordar, uma música do António Variações:




Não consigo dominar
Este estado de ansiedade
A pressa de chegar
P'ra não chegar tarde

Não sei de que é que eu fujo
Será desta solidão
Mas porque é que eu recuso
Quem quer dar-me a mão

Vou continuar a procurar
A quem eu me quero dar
Porque até aqui eu só:
Quero quem quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi

Esta insatisfação
Não consigo compreender
Sempre esta sensação
Que estou a perder

Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
Vontade de partir
P'ra outro lugar

Vou continuar a procurar
A minha forma
O meu lugar
Porque até aqui eu só:
Estou bem aonde eu não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde eu não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou
Estou bem aonde eu não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde eu não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde eu não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou

Sophia e Pessoa

Desenho retirado daqui


Fernando Pessoa

Teu canto justo que desdenha as sombras
Limpo de vida viúvo de pessoa
Teu corajoso ousar não ser ninguém
Tua navegação com bússola e sem astros
No mar indefinido
Teu exacto conhecimento impossessivo.

Criaram teu poema arquitectura
E és semelhante a um deus de quatro rostos
E és semelhante a um deus de muitos nomes
Cariátide de ausência isento de destinos
Invocando a presença já perdida
E dizendo sobre a fuga dos caminhos
Que foste como as ervas não colhidas.

in Livro Sexto (1962) - Sophia de Mello Breyner Andresen

Pessoa nasceu há 121 anos

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“Custa-me imaginar que alguém possa um dia falar melhor de Fernando Pessoa que ele mesmo. Pela simples razão de que foi Pessoa quem descobriu o modo de falar de si tomando-se sempre por um outro. E como os deuses lhe concederam um olhar imparcial como a neve, o retrato que nos devolve do fundo do seu próprio espelho brilha no escuro como uma lâmina”.

Eduardo Lourenço

sexta-feira, junho 12, 2009

Poesia


Nestes dias de Poesia, mais um poema de um pouco conhecido autor, de que Sophia apreciou os precoces dotes. Morreu, fez em 9 de Junho 10 anos, o Daniel Faria, com apenas 28 anos... Chamou-o o Senhor que ele amava, estando quase no fim do noviciado no Mosteiro Beneditino de Singeverga, pois morrem muitas vezes jovens aqueles que Deus ama.


O nome parece a infância

O nome parece a infância.
Quando na velhice é termos vindo
Sem pressa

Para dentro
Do nome se esvazia o corpo quando o corpo cai
É um fruto.

O nome é ainda
O modo como chamas.

O nome é a arma contra mim. O maior perigo.
Com os teus lábios podes destruir-me.



Daniel Faria
Do Inexplicável
in Explicação das Árvores e de Outros Animais

Música dos anos 60 para desanuviar

Dave Dee, Dozy, Beaky, Mick & Tich - The Legend Of Xanadu



Esta es la leyenda de Xanadu

You'll hear my voice, on the wind, 'cross the sand
If you should return, to that black barren land that bears the name of Xanadu

Cursed without hope, was the love that I sought
Lost from the start, was the duel that was s'possed to win her heart in Xanadu

And the foot prints leave no traces
Only shadows move in places where we used to go
And the buildings open to the sky
All echo in the vultures cry as if to show
Our love was for a day
Then doomed to pass away
In Xanadu, in Xanadu, in Xanadu

In Xanadu, in Xanadu, in Xanadu

What was it to you that a man laid down his life for your love
Were those clear eyes of yours ever filled with the pain and the tears and the grief
Did you ever give your self to any one man in this whole wide world
Or did you love me and will you find your way back one day to Xanadu

You'll hear my voice, on the wind, 'cross the sand
If you should return, to that black barren land that bears the name of Xanadu

Xanadu, in Xanadu, in Xanadu, in Xanadu

quinta-feira, junho 11, 2009

Mensagem subliminar...

Queríamos dedicar estas músicas ao Doutor António Luís de Almeida Saraiva (ilustre geólogo e nosso Mestre, professor da Universidade de Coimbra, não confundir com uma nova categoria de professores da vetusta Universidade: um-professor-da-Universidade-de-Coimbra-meu-deus), ao senhores que organizam a Geologia no Verão da Unidade Ciência Viva e à minha irmã Maria João - vai em diversas versões para todos perceberem bem:








A propósito do Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil de amanhã

Denúncia da Confederação Nacional de Acção Sobre o Trabalho Infantil
Trabalho Infantil: fenómeno tem novas formas em Portugal e inspecção não funciona como deveria
11.06.2009 - 12h05

A fiscalização sobre o trabalho de crianças em Portugal não funciona "tão bem como deveria", principalmente em relação às novas formas de exploração infantil, como é o caso do chamado "trabalho artístico", considera a Confederação Nacional de Acção Sobre o Trabalho Infantil.

Em declarações à Lusa a propósito do Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, que se assinala amanhã, a presidente da Confederação (CNASTI), Ana Maria Mesquita, explicou que o número de casos e as condições em que este fenómeno ocorre em Portugal são "substancialmente diferentes" do que acontecia até aos anos de 1990, altura em que ainda correspondia a uma "chaga".

"Não podemos dizer que esse trabalho se extinguiu. Encontramos o trabalho infantil no meio artístico e há também muitas crianças que trabalham na agricultura familiar, mas não pondo em causa a escola. O esforço é maior, mas acho que a escola não sofre com isso", afirmou.

Para esta alteração do fenómeno em Portugal contribuiu o Programa para a Prevenção e Eliminação da Exploração do Trabalho Infantil (PETI), um plano governamental iniciado em 1998 e actualmente numa situação "pouco clara em termos de organização".

"Devia ser clarificada, porque o PETI permitiu um trabalho importantíssimo para combater o trabalho infantil e fazer voltar à escola crianças que a tinham abandonado. Há necessidade de se continuar a fazer este trabalho nos próximos anos, mesmo nesta situação de uma nova escolaridade, até ao 12º", defendeu Ana Maria Mesquita.

Segundo a responsável, as mudanças registadas desde há cinco anos, quando o insucesso escolar ainda "causava alguma preocupação, também não devem motivar o abandono da fiscalização".

Embora com pouca frequência, a CNASTI recebe denúncias de situações em que a legislação não é respeitada, como o número de horas de trabalho dos mais novos, e reporta-as de imediato ao Ministério do Trabalho.

Questionada sobre a eficácia da fiscalização no mundo do espectáculo, Ana Maria Mesquita diz que o controlo "não funciona tão bem como deveria" e é por vezes condicionado pela dimensão e pela "grande influência" das empresas que contratam os mais novos.

Ainda assim, a presidente da confederação sublinha que "os pais continuam a ser os grandes educadores" e, por isso, devem estar atentos para evitar que os filhos sejam vítimas de qualquer abuso profissional.

Além disso, é fundamental que meçam as consequências da exposição dos filhos e não esqueçam que o mediatismo não é o mais importante, até porque pode ser muito efémero.

"Ninguém ama mais os filhos do que os pais, mas às vezes estes não pensam em todas as dimensões deste tipo de trabalho, entusiasmam-se com o aparecimento nas revistas e na televisão e é preciso não esquecer a outra vertente, a das consequências que isso pode ter para as crianças quando assim não for", referiu a responsável.

A CNASTI vai assinalar o Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil mais tarde, no dia 27, com a organização de uma assembleia de crianças e jovens em Barcelos, onde serão discutidos os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio das Nações Unidas.


200 milhões de crianças exploradas no mundo

Mais de 200 milhões de crianças continuam a ser forçadas a trabalhar diariamente no Mundo, alerta a Organização Internacional do Trabalho, salientando que "três em cada quatro desses menores estão expostos às piores formas de exploração laboral".

Numa mensagem divulgada no âmbito do Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, que se assinala amanhã, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que mais de 200 milhões de rapazes e raparigas estejam envolvidos em alguma forma de trabalho.

O Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil é sempre assinalado a 12 de Junho. Este ano, as comemorações marcam também a adopção da simbólica Convenção nº 182 da OIT sobre a proibição das piores formas de trabalho infantil.

A OIT destaca que três em cada quatro das crianças e adolescentes que trabalham estão expostas às piores formas de exploração laboral infantil (tráfico humano, conflitos armados, escravatura, exploração sexual e trabalhos de risco, entre outros), actividades que "prejudicam de forma irreversível o seu desenvolvimentos físico, psicológico e emocional".

Segundo a OIT, as comemorações deste ano vão procurar salientar os desafios que ainda restam no combate ao trabalho infantil, sobretudo aquele tipo de trabalho que envolve raparigas, discutir o impacto que a crise económica mundial pode ter no agravamento deste flagelo, bem como enfatizar o papel fundamental da educação na solução do problema.

No entender da OIT, a "abolição efectiva" da exploração laboral das crianças - que "são privadas de direitos básicos, como educação, saúde, lazer e liberdades individuais" - é um "dos maiores e mais urgentes desafios do nosso tempo".

A expansão do acesso ao ensino básico, com muitos países a eliminaram as propinas escolares, a implementação de programas de transferência social e uma maior participação dos Governos, que estão agora a ratificar as convenções da OIT sobre o trabalho infantil, são alguns dos progressos mundiais mencionados pela organização.

Por ocasião desta efeméride, a OIT divulga um novo relatório com o título: "Dar às raparigas uma possibilidade: Enfrentar o trabalho infantil, uma chave para o futuro". O documento refere que a crise económica mundial pode levar mais raparigas a abandonarem a escola para trabalhar.




NOTA: Já trabalhei com o PETI e já tive funções complicadas em turmas de PIEF. Sei a importância do PETI e dos PIEF's (antes de se saber muitas coisas do Processo Casa Pia eu tinha um aluno que conhecia o Doutor Ferrari...). Sei que o PETI, em especial com a Doutora Catalina Pestana, foi muito importante no nosso país, mas, agora que estamos em crise, mais importante é continuar com o trabalho e decidir rapidamente o que fazer com o PETI...

quarta-feira, junho 10, 2009

Para os dias da Poesia

Nestes dias em que se celebra a morte e nascimento dos nossos maiores poetas (os melhores entre nós, puros e solitários, desconcertantes mas autênticos), um poema para celebrar as datas:

À POESIA

Vou de comboio...
Vou
Mecanizado e duro como sou
Neste dia;
– E mesmo assim tu vens, tu me visitas!
Tu ranges nestes ferros e palpitas
Dentro de mim, Poesia!

Vão homens a meu lado distraídos
Da sua condição de almas penadas;
Vão outros à janela, diluídos
Nas paisagens passadas...
E porque hei-de ter eu nos meus sentidos
As tuas formas brancas e aladas?

Os campos, imprecisos, nos meus olhos,
Vão de braços abertos às montanhas;
O mar protesta contra não sei quê;
E eu, movido por ti, por tuas manhas,
A sonhar um painel que se não vê!
Porque me tocas? Porque me destinas
Este cilício vivo de cantar?
Porque hei-de eu padecer e ter matinas
Sem sequer acordar?

Porque há-de a tua voz chamar a estrela
Onde descansa e dorme a minha lira?
Que razão te dei eu
Para que a um gesto teu
A harmonia me fira?

Poeta sou e a ti me escravizei,
Incapaz de fugir ao meu destino.
Mas, se todo me dei,
Porque não há-de haver na tua lei
O lugar do menino
Que a fazer versos e a crescer fiquei?

Tanto me apetecia agora ser
Alguém que não cantasse nem sentisse!
Alguém que visse padecer,
E não visse...
Alguém que fosse pelo dia fora
Neutro como um rapaz
Que come e bebe a cada hora
Sem saber o que faz...

Alguém que não tivesse sentimentos,
Pressentimentos,
E coisas de escrever e de exprimir...
Alguém que se deitasse
No banco mais comprido que vagasse,
E pudesse dormir...

Mas eu sei que não posso.
Sei que sou todo vosso,
Ritmos, imagens, emoções!
Sei que serve quem ama,
E que eu jurei amor à minha dama,
À mágica senhora das paixões.

Musa bela, terrível e sagrada,
Imaculada Deusa do condão:
Aqui vou de longada;
Mas aqui estou, e aqui serás louvada,
Se aqui mesmo me obriga a tua mão!

in Odes (1946), Miguel Torga

Portugal

A Europa jaz, posta nos cotovelos:

De Oriente a Ocidente jaz, fitando,
E toldam-lhe românticos cabelos
Olhos gregos, lembrando.

O cotovelo esquerdo é recuado;
O direito é em ângulo disposto.
Aquele diz Itália onde é pousado;
Este diz Inglaterra onde, afastado,
A mão sustenta, em que se apoia o rosto.

Fita, com olhar 'sfíngico e fatal,
O Ocidente, futuro do passado.

O rosto com que fita é Portugal.

in Mensagem, Fernando Pessoa (1ª Parte: Brasão - Os Campos - O dos Castelos)

Dia de Portugal

Neste dia que é o nosso, recordemos com uma bela voz da Galiza, da nossa nação irmã querida, o poeta que morreu nesta data:

Uxia - Verdes são os campos




Verdes são os campos,
De cor de limão:
Assim são os olhos
Do meu coração.

Campo, que te estendes
Com verdura bela;
Ovelhas, que nela
Vosso pasto tendes,
De ervas vos mantendes
Que traz o Verão,
E eu das lembranças
Do meu coração.

Gados que pasceis
Com contentamento,
Vosso mantimento
Não no entendereis;
Isso que comeis
Não são ervas, não:
São graças dos olhos
Do meu coração.

Os Lusíadas em música

terça-feira, junho 09, 2009

Um novo génio musical português

Às vezes aparece um Carlos Paredes num ignoto país - mas logo dois em tão pouco tempo...!?!



NOTA: o Senhor chama-se Norberto Lobo, o instrumento é a guitarra clássica (vulgo viola) e a música é Mudar de Bina...Para saber mais ler este texto da Ýpsilon do Público.

segunda-feira, junho 08, 2009

Àcerca dos resultados de ontem...

...que foram o princípio de qualquer coisa - e esperemos que o PS (que acho que ainda é o Partido Socialista...) perceba o que o povo disse.

Uma música inesquecível para celebrar o acontecimento:



I can see clearly now, the rain is gone
I can see all obstacles in my way
Gone are the dark clouds that had me blind
It's gonna be a bright (bright), bright (bright), sun shiny day
It's gonna be a bright (bright), bright (bright), sun shiny day

I think I can make it now, the pain is gone
All of the bad feelings have disappeared
Here is that rainbow I've been praying for
It's gonna be a bright (bright), bright (bright), sun shiny day

Look all around, there's nothing but blue skies
Look straight ahead, there's nothing but blue skies

I can see clearly now, the rain is gone
I can see all obstacles in my way
Gone are the dark clouds that had me blind
It's gonna be a bright (bright), bright (bright), sun shiny day
It's gonna be a bright (bright), bright (bright), sun shiny day
It's gonna be a bright (bright), bright (bright), sun shiny day
It's gonna be a bright (bright), bright (bright), sun shiny day

O Teatro português nasceu há 507 anos


Foi há 507 anos, quando se celebrava o nascimento do príncipe D. João (futuro El-Rei D. João III) que a primeira verdadeira peça de teatro foi representada: o Auto da Visitação ou Monólogo do Vaqueiro.

Gil Vicente, para além de escrever a peça, foi ainda o actor de serviço. Usando os aposentos da Rainha D. Maria, esposa do afortunado El-Rei D. Manuel I, o sucesso foi tal que ainda hoje é recordado...

domingo, junho 07, 2009

Falta de recursos ameaça testemunhos da História da Terra


Informação recebida do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra (na foto Museu de Geologia de Barcelona, um exemplo aqui difícil de seguir):

O alerta é do investigador Pedro Callapez e surge na semana em que especialistas portugueses e estrangeiros se reúnem no Museu da Ciência da UC para a primeira conferência internacional realizada em Portugal sobre a gestão de museus de geociências

São testemunhos únicos da história do nosso planeta e estão em risco. A escassez de recursos humanos está a ameaçar as colecções dos museus das Ciências da Terra, adverte o investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra (UC), Pedro Callapez. O alerta surge nas vésperas da primeira conferência internacional realizada em Portugal sobre a gestão de museus de geociências, que decorre nos dias 5 e 6 de Junho no Museu da Ciência da UC.

Para Pedro Callapez, do Museu Mineralógico da UC, um dos problemas mais graves das geociências é "a inexistência de museus com equipas suficientemente numerosas, capazes de integrar conservadores especializados em Ciências da Terra e de gerarem uma escola para que esse conhecimento e experiências se transmitam à geração seguinte".

De acordo com o mesmo investigador, "as colecções de história natural, e as geológicas em particular têm sofrido vicissitudes várias na sua conservação, por força de conjecturas e jogos de interesse variados, a que não é estranho um certo alheamento da sua importância como repositório do mundo natural". As consequências, sublinha, são "simples": a incúria e os acidentes, fomentados e aliados à inexistência de técnicos especializados, ameaça os testemunhos da história da Terra.

E como se pode fazer frente a esta ameaça? "O futuro estará numa gestão aberta e integrada das geocolecções, reconhecendo a sua importância histórica, científica, didáctica e estética, de forma a que os museus que as integram recorram facilmente à colaboração de técnicos ou especialistas exteriores à unidade, facultando, em troca, portas abertas ao estudo e à divulgação dos seus acervos", avança Pedro Callapez. E em Portugal essa postura é fulcral, na medida em que o país "contém um acervo considerável e uma história notável para contar" na área das geociências, sublinha.

Integrada nas comemorações do Ano Internacional do Planeta Terra, a conferência internacional "Colecções e Museus de Geociências: Missão e Gestão" é organizada pelo Centro de Estudos de História e Filosofia da Ciência e pelo Museu Mineralógico da UC.

in Blog De Rerum Natura - ler post

sábado, junho 06, 2009

Dia D - 65 anos

Omaha - Desembarque no Dia D

Foi há 65 anos que o III Reich, que Hitler dizia que iria durar mil anos, começou a tremer. Os aliados lançavam-se contra as praias da Normandia para libertar a Europa e preparar o assalto a Berlim, o que conseguiram em menos de um ano.

O Dia D foi um daqueles dias especiais - eu amanhã espero o mesmo da data: que as eleições sejam o começo de algo especial e que se comece rapidamente a varrer a porcaria que assolou o nosso país.

Todos os dias podem ser Dia D - esperemos que o de amanhã seja memorável ... Recordemos apenas que o cabeça de lista do partido do primeiro ministro, nas eleições para o Conselho Científico da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra foi o único candidato a receber zero votos - Coimbra ainda dá lições nestas coisas da Democracia...!

Coisas em que pensar antes de votar amanhã

"Fernanda Câncio a Escrever Crónica contra Manuela Moura Guedes" vai a leilão

Valores de licitação podem bater recordes.

Uma fotografia da namorada do primeiro-ministro português promete atrair todas as atenções num leilão que terá lugar no final da próxima semana, em Lisboa, à hora do "Jornal Nacional 6.ª Feira" da TVI. A imagem mostra a jornalista Fernanda Câncio sentada à secretária, escrevendo uma crónica em que denuncia a participação da pivot televisiva Manuela Moura Guedes numa 'campanha negra' contra José Sócrates.

«Foi uma fotografia que fiz quando era mais nova, dois meses mais nova para ser exacta, mas não me arrependo minimamente», revelou Câncio, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, acrescentando: «O José deu-me todo o apoio, ele sabe que aquela é a minha profissão e ele sabe perfeitamente viver com a liberdade de imprensa... desde que não escrevam mal dele».

Foto de Câncio já está a ser preparada para o leilão [foto E. Calhau]

A fotografia em causa, a preto e branco e intitulada "Fernanda Câncio a Escrever Crónica contra Manuela Moura Guedes", foi tirada por João Marcelino na redacção do Diário de Notícias. No mundo, existem apenas três cópias deste retrato: uma no gabinete de José Sócrates, outra no de Pedro Silva Pereira e uma outra no de Marinho Pinto. Segundo os especialistas, a imagem poderá atingir o mais elevado preço para uma peça do género leiloada em Portugal, estando entre os esperados licitadores Charles Smith, Júlio Monteiro e o seu filho Hugo e um antigo professor de Inglês Técnico do primeiro-ministro.

in Blog Jornal do Fundinho - post de Lucília Gralha

His master's voice...

Educação
Confap quer lançar TV online para pais no próximo ano lectivo
05.06.2009 - 18h26 Lusa

A Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) prevê lançar um canal televisivo na Internet já no próximo ano lectivo, revelou hoje o presidente da estrutura. "Vamos tentar que a estação funcione já no próximo ano lectivo", disse Albino Almeida.

O dirigente referiu que a "TV Pais" servirá essencialmente para fazer a "capacitação parental" dos encarregados de educação, ou seja, para os ajudar a acompanhar melhor o processo educativo dos seus filhos. "Pessoas com provas dadas na Educação" serão convidadas a animar algumas emissões, segundo o presidente da Confap, que não adiantou nomes.

Para Albino Almeida, será desejável que os pais vejam a emissão de TV online nos computadores dos filhos, em "partilha". A selecção dos conteúdos e a orientação editorial do canal serão da responsabilidade directa da Confap, mas a instalação e manutenção técnica dos equipamentos, a montagem e execução dos programas, bem como a formação dos colaboradores do futuro canal de televisão ficam a cargo do Instituto Superior de Línguas e Administração de Gaia.

Um protocolo alusivo foi assinado sábado entre as duas partes. Na altura, o Instituto Superior de Gaia e a Confap acordaram também parcerias em pós-graduações, acções de formação, qualificação e reciclagem.

in Público - ler notícia

NOTA: o moço de recados da Ministra da Educação, pago a peso de ouro por todos nós, volta a atacar.

O quarto cavaleiro do Apocalipse, o homem que é a voz dócil e domesticada da corrente facilitista da educação, quer agora educar também os pais.

Já estou a ver a coisa, com a ministra a dar ordens ao bichano: "Rebola, cãozinho. Agora dá a patinha... Agora fala em Inglês Técnico. E agora ladra...!".

O humor eleitoral de Antero

manif5a


in anterozóide - cartoon de Antero

Canção para votantes e Homens ou Mulheres com dignidade


Cantiga De Alevantar ("Leva-Leva") - José Mário Branco

Canção para preparar um dia de reflexão



Numa ruela de má fama
faz negócio um charlatão
vende perfumes de lama
anéis de ouro a um tostão
enriquece o charlatão

No beco mal afamado
as mulheres não têm marido
um está preso, outro é soldado
um está morto e outro f´rido
e outro em França anda perdido

É entrar, senhorias
a ver o que cá se lavra
sete ratos, três enguias
uma cabra abracadabra

Na ruela de má fama
o charlatão vive à larga
chegam-lhe toda a semana
em camionetas de carga
rezas doces, paga amarga

No beco dos mal-fadados
os catraios passam fome
têm os dentes enterrados
no pão que ninguém mais come
os catraios passam fome

É entrar, senhorias
a ver o que cá se lavra
sete ratos, três enguias
uma cabra abracadabra

Na travessa dos defuntos
charlatões e charlatonas
discutem dos seus assuntos
repartem-se em quatro zonas
instalados em poltronas

P´rá rua saem toupeiras
entra o frio nos buracos
dorme a gente nas soleiras
das casas feitas em cacos
em troca de alguns patacos

É entrar, senhorias
a ver o que cá se lavra
sete ratos, três enguias
uma cabra abracadabra

Entre a rua e o país
vai o passo de um anão
vai o rei que ninguém quis
vai o tiro dum canhão
e o trono é do charlatão

Entre a rua e o país
vai o passo de um anão
vai o rei que ninguém quis
vai o tiro dum canhão
e o trono é do charlatão

É entrar, senhorias
a ver o que cá se lavra
sete ratos, três enguias
uma cabra abracadabra

Música para entendedores

Men at work - Land down under



Travelling in a fried-out combie
On a hippie trail, head full of zombie
I met a strange lady, she made me nervous
She took me in and gave me breakfast
And she said,

Do you come from a land down under?
Where women glow and men plunder?
Can't you hear, can't you hear the thunder?
You better run, you better take cover.

Buying bread from a man in brussels
He was six foot four and full of muscles
I said, do you speak-a my language?
He just smiled and gave me a vegemite sandwich
And he said,

I come from a land down under
Where beer does flow and men chunder
Can't you hear, can't you hear the thunder?
You better run, you better take cover.

Lying in a den in bombay
With a slack jaw, and not much to say
I said to the man, are you trying to tempt me
Because I come from the land of plenty?
And he said,

Oh! Do you come from a land down under? (oh yeah yeah)
Where women glow and men plunder?
Can't you hear, can't you hear the thunder?
You better run, you better take cover.

Eleições...

Amanhã é dia de pôr a cruzinha no papelinho e dar uma lição a quem nos tramou durante quatro anos.

Amanhã é dia de votar num partido qualquer, de preferência daqueles que elegem deputados, lembrando que há um que mentiu, humilhou, espoliou, enganou durante demasiado tempo, comandado por um chico-esperto qualquer.

Como geólogo e professor não posso esquecer o que uma certa corja fez durante uma legislatura à Escola Pública e à Geologia. Não posso esquecer o enxovalho do ICN(B), do INETI, do ex-IGM. Terei de recordar os insultos feitos aos professores, as mentiras sobre a nossa Escola, os maus tratos, os colegas mortos em serviço, os erros, o facilitismo.

Amanhã irei votar com um sorriso - sei que uma simples cruz irá derrotar as pseudo-sondagens, os jornalistas amordaçados, os capachos do costume e as nuvens negras que povoaram o nosso país demasiado tempo.

Faça sol ou faça chuva, digam o que disserem, lá estarei para a resposta por que ansiava há muito - ALDRABÕES NUNCA MAIS...!

NUNCA...!

Este é o tempo

Este é o tempo
Da selva mais obscura

Até o ar azul se tornou grades
E a luz do sol se tornou impura

Esta é a noite
Densa de chacais
Pesada de amargura

Este é o tempo em que os homens renunciam.

in Mar Novo (1958) - Sophia de Mello Breyner Andresen

sexta-feira, junho 05, 2009

Dia do Ambiente

Do Blog Profundezas... publicamos o seguinte post:



Como se pode comprar ou vender o firmamento, ou ainda o calor da terra? Tal ideia é-nos desconhecida. Se não somos donos da frescura do ar nem do fulgor das águas, como poderão vocês comprá-los?

Cada parcela desta terra é sagrada para o meu povo.
Cada brilhante mata de pinheiros, cada grão de areia nas praias, cada gota de orvalho nos escuros bosques, cada outeiro e até o zumbido de cada insecto é sagrado para a memória e para o Passado do meu povo. A seiva que circula nas veias das árvores leva consigo a memória dos Peles Vermelhas.

Os mortos do homem branco esquecem-se do seu país de origem quando empreendem as suas viagens no meio das estrelas; ao contrário os nossos mortos nunca podem esquecer-se desta bondosa terra, pois ela é a mãe dos Peles Vermelhas.

Somos parte da terra e do mesmo modo ela é parte de nós próprios.
As flores perfumadas são nossas irmãs, o veado, o cavalo, a grande águia são nossos irmãos; as rochas escarpadas, os húmidos prados, o calor do corpo do cavalo e do homem, todos pertencemos à mesma família.
Por tudo isto, quando o Grande Chefe de Washington nos envia a mensagem de que quer comprar as nossas terras, está a pedir-nos demasiado. Também o Grande Chefe nos diz que nos reservará um lugar em que todos possamos viver confortavelmente uns com os outros. Ele se converterá, então, em nosso pai e nós em seus filhos. Por esta razão consideraremos a sua oferta de comprar as nossas terras. Isto não é fácil, já que esta terra é sagrada para nós.

A água cristalina que corre nos rios e ribeiros não é somente água: representa também o sangue dos nossos antepassados.
Se lhes vendermos a terra, deverão recordar-se que ela é sagrada e, ao mesmo tempo ensinar, aos vossos filhos que ela é sagrada e que cada reflexo nas claras águas dos lagos conta acontecimentos e memórias das vidas das nossas gentes.
O murmúrio da água é a voz do pai do meu pai.
Os rios são nossos irmãos e saciam a nossa sede; são sulcados pelas nossas canoas e alimentam os nossos filhos. Se lhes vendermos a nossa terra, deverão recordar-se e ensinar aos vossos filhos que os rios são vossos irmãos e também o são deles, e que, portanto, devem tratá-los com a mesma doçura com que se trata um irmão.

Sabemos que o Homem Branco não compreende o nosso modo de vida. Ele não sabe distinguir um pedaço de terra de outro, porque ele é um estranho que chega de noite e tira da terra o que necessita.

A terra não é sua irmã, mas sim sua inimiga e, uma vez conquistada, ele segue o seu caminho, deixando atrás de si a sepultura dos seus pais, sem se importar com isso!

Rouba a terra aos seus filhos: também não se importa! Tanto a sepultura dos seus pais como o património dos seus filhos são esquecidos. Trata a sua Mãe, a Terra, e o seu irmão, o Firmamento, como objectos que se compram, se exploram e se vendem como ovelhas ou contas coloridas. O seu apetite devorará a terra deixando atrás de si só o deserto.

Não sei mas a nossa maneira de viver é diferente da vossa. Só de ver as vossas cidades entristecem-se os olhos do Pele Vermelha. Mas talvez seja porque o Pele Vermelha é um selvagem e não compreende nada.

Não existe um lugar tranquilo nas cidades do Homem Branco, não há sítio onde escutar como desabrocham as folhas das árvores na Primavera ou como esvoaçam os insectos.

Mas talvez isto seja porque sou um selvagem que não compreende nada. Basta o ruído para insultar os nossos ouvidos.
Depois de tudo, para que serve a vida se o homem não puder escutar o grito solitário do noitibó nem as discussões nocturnas das rãs nas margens de um charco? Sou Pele Vermelha e nada entendo.

Nós preferimos o suave sussurrar do vento sobre a superfície dum charco, assim como o cheiro deste mesmo vento purificado pela chuva do meio-dia ou perfumado com o aroma dos pinheiros.
O ar tem um valor inestimável para o Pele Vermelha, uma vez que todos os seres partilham um mesmo alento - O animal, a árvore, o homem, todos respiramos o mesmo ar.

O Homem Branco não parece estar consciente do ar que respira; como um moribundo que agoniza durante muitos dias e é insensível ao mau cheiro. Mas se lhes vendermos as nossas terras, deverão recordar-se que o ar é, para nós, inestimável, que partilha o seu espírito com a vida que mantém. O vento, que deu aos nossos avós o primeiro sopro de vida, também recebe os seus últimos. E, se lhes vendermos as nossas terras, deverão conservá-las como coisa à parte e sagrada, como um lugar onde até o Homem Branco poderá saborear o vento perfumado pelas flores das pradarias.

Por tudo isso, consideraremos a vossa oferta de comprar as nossas terras. Se decidirmos aceitá-la, eu porei uma condição: o Homem
Branco deverá tratar os animais desta terra como seus irmãos.
Sou um selvagem e não compreendo outro modo de vida. Tenho visto milhares de bisontes apodrecendo nas pradarias, mortos a tiro pelo Homem Branco, da janela de um comboio em andamento.

Sou um selvagem e não compreendo como é que uma máquina fumegante pode ser mais importante que um bisonte que nós só matamos para sobreviver.

Que seria dos homens sem os animais? Se todos fossem exterminados, o homem também morreria de uma grande solidão espiritual. Porque o que suceder aos animais também sucederá aos homens. Tudo está ligado.

Devem ensinar aos vossos filhos que o solo que pisam, são as cinzas dos nossos avós. Ensinem aos vossos filhos que a terra está enriquecida com as vidas dos nossos semelhantes, para que saibam respeitá-la. Ensinem aos vossos filhos aquilo que nós temos ensinado aos nossos, que a terra é nossa Mãe. Tudo quanto acontecer à terra acontecerá aos filhos da terra. Se os homens cospem no solo, cospem em si próprios.

Isto sabemos: a terra não pertence ao homem; o homem pertence à terra. Isto sabemos. Tudo está ligado. Tudo o que acontece à terra acontecerá aos filhos da terra. O homem não teceu a rede da vida, ele é só um dos seus fios. Aquilo que ele fizer à rede da vida ele o faz a si próprio.
Nem mesmo o Homem Branco, cujo Deus passeia e fala com ele de amigo para amigo, fica isento do destino comum. POR FIM TALVEZ SEJAMOS IRMÃOS.
Veremos isso. Sabemos uma coisa que talvez o Homem Branco descubra um dia: o nosso Deus é o mesmo Deus.
Vocês podem pensar nesta altura que Ele vos pertence, do mesmo modo como desejam que as nossas terras vos pertençam; Porém não é assim. Ele é o Deus dos homens e a sua compaixão reparte-se por igual entre o Pele Vermelha e o Homem Branco. Esta terra tem um valor inestimável para Ele, e, se a estragarmos, isso provocará a ira do Criador. Também os Brancos acabarão um dia, talvez antes das demais tribos. Contaminem os vossos leitos e uma noite morrerão afogados nos vossos próprios detritos.

Contudo caminharão para a vossa destruição cheios de glória, inspirados pela força do Deus que vos trouxe a esta terra e que, por algum desígnio especial, vos deu o domínio sobre ela e sobre os
Peles Vermelhas.

Esse destino é um mistério para nós, pois não percebemos porque se exterminam os bisontes, se domam os cavalos selvagens, se saturam os mais escondidos recantos dos bosques com a respiração de tantos homens e se mancha a paisagem das exuberantes colinas com os fios do telégrafo. Onde se encontra o matagal? Destruído! Onde está a águia? Desapareceu!”





Declaração do Chefe Índio Seattle
O texto que se segue foi divulgado pelas Nações Unidas em 1976, quando das comemorações do Dia Mundial do Ambiente. Em 1854, Washington fez uma oferta de compra de uma grande extensão de terras índias, prometendo criar uma "reserva" para o povo indígena. Eis a resposta do Chefe Seattle, aqui publicada na sua totalidade.

Notícia no Público sobre Paleontologia

O fóssil foi um caso de ciência pop
Era uma vez Ida, a maior descoberta de todos os tempos...
Nicolau Ferreira

Nem o Google escapou à histeria. Quinta-feira de manhã, o logótipo da empresa tinha-se transformado numa paisagem do Eocénico com o mais recente "elo perdido" da evolução humana estampado no centro.

Ida ou Darwinius masillae - para celebrar os 200 anos do nascimento de Charles Darwin -, o fóssil de uma primata com 47 milhões de anos, tinha sido dada a conhecer ao mundo no dia anterior, a 19 de Maio, e veio embrulhada num pacote irresistível, com o laçarote "a oitava maravilha do mundo" ou "a Mona Lisa" de Oslo, à escolha do freguês. Nessa quarta-feira o estudo foi publicado na revista científica online "Public Library of Science One" (PLoS One), ao mesmo tempo que em muitas redacções do mundo algum jornalista ou editor recebia um comunicado de imprensa intitulado The link.

Poucos órgãos de comunicação sabiam o que estava para acontecer. O comunicado da PLoS One explicava que aquela informação era "para publicação imediata, não há embargo associado a este artigo", por isso os jornais estavam livres para publicar a notícia quando quisessem. Resultado, a descoberta tem 763 ligações no Google Notícias UK e 62 no português. No mesmo dia o fóssil foi apresentado numa exposição em Nova Iorque pelo mayor da cidade. Foi também disponibilizado um site, lançado um livro e a BBC e o Canal História, que seguiram os vários passos da pesquisa do fóssil, tinham documentários televisivos prontos para serem apresentados. Era difícil conseguir mais imediatismo à volta do fóssil, mas a máquina que lançou Ida pôs ainda David Attenborough à frente do esqueleto. "Ela representa a semente de onde vieram a diversidade dos macacos, os macacos antropóides e em última análise todas as pessoas do planeta", disse o famoso comunicador de ciência britânico ao jornal "Guardian", que já tinha preparado duas páginas de jornal para contar toda a história.

Perdida no tempo

Ida teve um pontapé de saída explosivo, dirigido com ângulo certo para ser apanhado por todos os meios de comunicação. "A ciência já está muito permeável às técnicas jornalísticas", esclareceu ao P2 Helena Mendonça, jornalista e bolseira da Fundação para a Ciência e Tecnologia, apontando como exemplo a técnica do lead - o primeiro parágrafo com que os artigos no jornalismo arrancam, onde se responde ao quê, quando, como, onde e porquê da notícia - que já é utilizada em todos os comunicados na ciência.

A crítica principal feita aos autores foi a forma como apresentaram Ida ao público, transmitindo a ideia de que as ossadas eram a maior descoberta de sempre de um elo perdido e que iriam revolucionar tudo o que se sabia até aqui sobre a evolução do Homem, o que estava bastante distante da informação patente no artigo científico. Se mais nada fosse dito, e se ninguém estivesse atento, Darwinius masillae ficava na História como nosso antepassado directo com 47 milhões de anos, na altura em que os primatas ainda se estavam a diversificar.

Só por si Ida é impressionante. Está preservada em 95 por cento, raríssimo se olharmos para outros fósseis de primatas da mesma altura que chegam às nossas mãos só com uma mandíbula ou outro osso. A primata teria nove meses quando caiu no lago Messel, que fica na região que hoje é a Alemanha, quando a Terra tinha um clima mais quente, com florestas tropicais a alcançarem a latitude actual do Sul de França e florestas temperadas a tocarem nos pólos, uma verdadeira estufa - foi na época do Eocénico, há 56 a 34 milhões de anos.

O lago Messel manteve a primata preservada em sedimentos finos. Quando em 1983 um coleccionador privado encontrou as ossadas na cova de Messel - que é Património da Humanidade classificada pela UNESCO devido aos inúmeros fósseis desta época que guarda em condições extraordinárias -, não só era possível ver o contorno dos pêlos da primata, alguns até estavam conservados, como a última refeição vegetariana ainda não tinha sido comida pelo tempo.

O fóssil teve uma vida atribulada até 2002. As ossadas foram divididas em duas metades, tendo uma sido restaurada e vendida como se estivesse completa. Em 1991, o Dinosaur Center at Thermopolis, no Wyoming, EUA, adquiriu-a. Mas em 2000, Jens Franzen, primeiro autor do novo artigo sobre Ida, estudou e compreendeu que o restauro era um logro, só com uma pequena parte verdadeira. A outra metade, que era maior, foi adquirida só há dois anos pelo Museu de Oslo, numa bem sucedida aventura de Jorn Hurum, o show man norueguês da paleontologia, grande responsável pela exposição mediática de Ida.

"O meu coração começou a bater muito depressa", disse o investigador do Museu de Oslo aos jornalistas há duas semanas, referindo-se à compra do fóssil. "Eu sabia que o vendedor tinha nas mãos um acontecimento mundial. Não consegui dormir durante duas noites." Há poucos dias, Hurum revelou que adquiriu a segunda parte do fóssil por mais de 500 mil euros. Depois, o paleontólogo contactou vários investigadores para analisar o fóssil.

Mas antes de reunir aquilo que chamou a sua "equipa de sonho", o norueguês apresentou Ida a Anthony Geffen, o director executivo da Atlantic Productions, uma produtora sediada em Londres. Os dois já estavam envolvidos num programa sobre o Predador X - o fóssil de um réptil e carnívoro aquático do tempo dos dinossauros que Hurum estava a investigar. O monstro foi dado a conhecer em Março, na mesma altura em que o documentário foi exibido pelo Canal História, com a frase-anúncio "Faz o Tyranossaurus rex parecer um cachorrinho".

Geffen ficou imediatamente interessado em Ida. "Na realidade, é raro alguém que faz televisão compreender a importância de um pequeno animal com o tamanho de um gato", explicou o norueguês à revista "Seed". Durante dois anos, enquanto a investigação sobre o fóssil prosseguiu, a campanha mediática foi crescendo.

Entre teorias

"É provável que pudesse ter sido publicada uma pesquisa mais detalhada", disse por email ao P2 o paleontólogo Christophe Soligo, referindo-se ao resultado dos dois anos de estudo de Ida. "E pelo menos um dos autores (Phil Gingerich) parece admitir que estiveram sob pressão para coordenar o artigo com os planos de publicidade", referiu o investigador do London College.

O artigo científico publicado na PLoS One foi comparar várias características entre as novas ossadas e os esqueletos de primatas da mesma época. O Darwinius masillae pertence aos adapiformes, um grupo de primatas extinto que se pensa estar mais próximo dos primatas inferiores como os lémures e mais distante dos grupos de primatas superiores que incluem os társios e os verdadeiros símios - macacos dos velho e novo mundo, antropóides e o Homem.

Mas Ida, que não tem mais do que 66 centímetros de comprimento, apresenta características que a afastam dos lémures e aproximam-na dos macacos superiores: não tem uma garra no segundo dedo do pé, nem dentes fundidos, os polegares dos pés são oponíveis e já apresenta o talus, um osso do tornozelo que aparece mais desenvolvido nos humanos. Estas características dão força a uma teoria que defende que os adapiformes estão incluídos no ramo que deu origem aos primatas superiores, levemente sustentada pelo artigo.

"Isto não é uma hipótese nova", explica Christophe Soligo. "Os Cercamoniinae (a subfamília dos adapiformes a que Darwinius pertence) tem sido durante muito tempo um dos grupos dos primatas do Eocénico que se teoriza ter estado na origem da evolução dos antropóides, apesar de esta hipótese se ter tornado menos popular nos últimos anos."
Assumir o espectáculo

Embora haja no meio científico quem considere que o estudo tem lacunas quanto ao número de características que se compararam entre Ida e os outros fósseis, tanto o paleontólogo como Adam Rutherford, jornalista da "Nature" que escreveu um artigo de opinião a criticar a campanha mediática, defendem que o estudo apresentado na PLoS One é cauteloso.

"Houve coisas ditas sobre Ida que não estavam no artigo, que sofreu peer review [o processo de revisão dos artigos que é feito por outros especialistas na área e é fundamental no processo de produção científica]: quando dito pelos media, isso é mau jornalismo. Quando dito pelos cientistas, isso é perigoso e desrespeita o processo de revisão", explicou ao P2 por email o jornalista, que também edita os podcasts da Nature.

"O que neste caso parece ser paradigmático", aponta por outro lado Helena Mendonça, "é que fez-se o artigo o melhor possível, mas agora para a imprensa vai-se tornar isto numa grande bomba", refere a jornalista, que está a tirar o doutoramento sobre a relação entre o jornalismo e a ciência.

Em resposta a acusações parecidas, Jorn Hurum atenuou o significado do elo perdido. "Nós não estamos a alegar que [a Ida] é o nosso ancestral directo. Isso é de mais. Nós só existimos há poucos milhões de anos e a Ida esteve viva há 47 milhões de anos." Mas o cientista assume o espectáculo, que aliás, já tinha sido utilizado no Predador X, que segundo o paleontólogo é a melhor forma de pôr os miúdos interessados em paleontologia. "Qualquer banda pop ou atleta faz o mesmo tipo de coisas. Nós, na ciência, temos que começar a pensar da mesma forma", disse, citado pela "Times Online".

O norueguês defende ainda que o público deve ser o principal crítico da ciência, justificando desta forma a escolha da PLoS para publicar o artigo em detrimento de uma Nature ou Science, mais reputadas, mas com acesso limitado a assinantes ou a quem queira pagar pelo artigo, o que não acontece com a PLoS One que tem os conteúdos disponíveis gratuitamente.

"É difícil porque não há público que possa legitimar uma coisa destas", referiu Helena Mendonça em relação a esta posição do norueguês. "Nem acredito que outros antropólogos cá [em Portugal] possam olhar para o artigo e dizer que 'é verdade' ou 'não' o facto do elo perdido. Quem somos nós para dizer que isto é mau, no máximo poder-se-á dizer 'isto cheira mal'."

Rutherford põe no factor tempo a decisão final sobre o que representa o fóssil Ida. "Com o tempo, vamos compreender o que Ida é na realidade, e isso vai ser feito por cientistas motivados não por horários televisivos ou vendas de livros, mas pela procura do conhecimento, puro e simples", defendeu o jornalista, que apontou os blogues - e não os meios de comunicação tradicionais - como os locais de informação onde "mais uma vez" saíram as melhores notícias sobre o assunto.

"O problema com a apresentação da Ida é que foi demasiado grande em magnitude", desabafou o jornalista. "Algumas das declarações feitas pela equipa foram um absurdo, como compará-la à ida à Lua, à Mona Lisa ou ao Cálice Sagrado. Ela não é nada disso, mas é um fóssil verdadeiramente notável. Pessoalmente, acho que ela não precisa de nenhuma hipérbole, porque é impressionante."



ADENDA: o Google Doodle (de 20.05.2009) referido na notícia era o seguinte:

Ida foi anunciada como o "elo perdido" do Homem

quinta-feira, junho 04, 2009

Raúl Indipwo morreu há 3 anos

Raúl José Aires Corte Peres Cruz (Angola; 1933 - 4 de Junho de 2006; Portugal), conhecido como Raul Indipwo foi um cantor e pintor angolano.

O último sobrevivente do Duo Ouro Negro morreu faz hoje 3 anos. Para recordar o Raul (e o Milo...) e este fantástico grupo luso-angolano, apenas uma canção:


Muxima - Duo Ouro Negro

Vou levar-te comigo - Raul Indipwo

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Parabéns Jorge Palma!


Faz hoje 59 anos o cantor (e letrista, músico, orquestrador e compositor, entre muitas outras coisas...) Jorge Palma. Uma data para recordar o formidável Homem e a sua importância na música nacional.

Para celebrar a data, uma sua música:


Dá-me Lume - Jorge Palma

quarta-feira, junho 03, 2009

DIA DA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES, 2ª-feira do Espírito Santo

Do Blog Geocrusoe, com os nossos cumprimentos, publicamos o seguinte post, que nos fala do Feriado Regional e do Hino da Autonomia, de autoria da grande poetisa açoriana Natália Correia:

O dia da Região Autónoma dos Açores, não tem data fixa, segue-se à maior festividade religiosa de todas as comunidades Açorianas: a Festa ao Divino Espírito Santo, Domingo de Pentecostes, 50 dias após a Páscoa e... no Quinquagésimo-Primeiro Dia, sempre na Segunda-Feira, chega o Feriado Regional: o DIA DOS AÇORES

Após no ano anterior ter lembrado este dia com o brasão e a bandeira, este ano Geocrusoe junta-se às comemorações através do Hino dos Açores e da sua Letra.

A música e as ilhas...



A Música e a Letra...

Hino Açores.wma -

A Letra...

Deram frutos a fé e a firmeza
No esplendor de um cântico novo:
Os Açores são a nossa certeza
De traçar a glória de um povo.

Para a frente! Em comunhão,
Pela nossa autonomia.
Liberdade, justiça e razão
Estão acesas no alto clarão
Da bandeira que nos guia

Para a frente! Lutar, batalhar
Pelo passado, imortal.
No futuro a luz semear,
De um povo triunfal.

De um destino com brio alcançado
Colheremos mais frutos e flores,
Porque é este o sentido sagrado
Das estrelas que coroam os Açores.

Para a frente, açorianos!
Pela paz à terra unida.
Largos voos, com ardor firmamos,
Para que mais floresçam os ramos
Da vitória merecida.

Para a frente! Lutar, batalhar
Pelo passado imortal,
No futuro a luz semear,
De um povo triunfal.

terça-feira, junho 02, 2009

Música celta para animar a malta



I wish I was on yonder hill
'Tis there I'd sit and cry my fill,
And every tear would turn a mill,
Is go dte tu mo mhuirnin slan

Siuil, siuil, siuil a run,
Siuil go sochair agus siuil go ciuin.
Siuil go doras agus ealeaigh liom.
Is go dte tu mo mhuirnin slan

I'll sell my rock, I'll sell my reel,
I'll sell my only spinning wheel,
To buy my love a sword of steel
Iss guh day thoo avorneen slawn.

Siuil, siuil, siuil a run,
Siuil go sochair agus siuil go ciuin.
Siuil go doras agus ealeaigh liom.
Is go dte tu mo mhuirnin slan

I'll dye my petticoats, I'll dye them red,
And 'round the world I'll beg my bread,
Until my parents shall wish me dead,
Is go dte tu mo mhuirnin slan

Siuil, siuil, siuil a run,
Siuil go sochair agus siuil go ciuin.
Siuil go doras agus ealeaigh liom.
Is go dte tu mo mhuirnin slan

I wish, I wish, I wish in vain,
I wish I had my heart again,
And vainly think I'd not complain,
Is go dte tu mo mhuirnin slan

Siuil, siuil, siuil a run,
Siuil go sochair agus siuil go ciuin.
Siuil go doras agus ealeaigh liom.
Is go dte tu mo mhuirnin slan

But now my love has gone to France,
To try his fortune to advance;
If he e'er come back, 'tis but a chance,
Is go dte tu mo mhuirnin slan

Siuil, siuil, siuil a run,
Siuil go sochair agus siuil go ciuin.
Siuil go doras agus ealeaigh liom.
Is go dte tu mo mhuirnin slan

NOTA: Tradução do coro de gaélico irlandês (ou, simplesmente, irlandês) para inglês:

Come, come, come, o love,
Quickly come to me, softly move;
Come to the door, and away we'll flee,
And safe for aye may my darling be!

segunda-feira, junho 01, 2009

DMC - II

Do mesmo espectáculo (que eu só vi parcialmente, pois estive a trabalhar das 09.00 às 17.00 horas desse dia, na Escola...), outro filme, desta vez com netos e avós:




PS - faz hoje anos que morreu o meu avô Joaquim, o meu padrinho de baptismo. Morreu num dia bonito, ele que amava todas crianças como eu amo. Passaram 28 anos mas nunca o esqueci ou esquecerei - e é também a sua lembrança que o torna para mim o dia tão especial...

DMC

A pedido do meu filhote, porque é o seu Dia, uma canção do Coro do Jardim Escola João de Deus de Leiria, do qual ele é orgulhoso membro:



NOTA: espectáculo da 10º ANIVERSÁRIO DA ACADEMIA DE CULTURA E COOPERAÇÃO DE LEIRIA, em 09-05-2009, no Teatro Miguel Franco, na Cidade do Lis.