O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
No dia 22 de dezembro de 2018 um tsunami causado por uma erupção do vulcão Anak Krakatoa no Estreito de Sunda atingiu a região costeira de Banten e Lampung, Indonésia. Pelo menos 437 pessoas morreram, mais de 14000 ficaram feridas e 24 ainda estão desaparecidas. A Agência Meteorológica, Climatológica e Geofísica da Indonésia (BMKG), atribuiu o tsunami à maré alta e a um deslizamento submarino de terra causado por uma erupção vulcânica.
Mega-tsunami vai atingir Portugal e Espanha (e pode ser já amanhã)
A pergunta não é se, mas quando é que um tsunami de
grandes proporções vai abalar as costas de Portugal e Espanha. É assim
que começa o documentário “La Gran Ola” (“A Grande Onda”) que pretende
alertar para o facto de não haver planos de emergência para lidar com o
que é uma certeza científica.
Realizado pelo espanhol Fernando Arroyo, o documentário, que estreou na
semana passada nas salas de cinema, em Espanha, conta com a colaboração
de vários testemunhos de cientistas portugueses e tem como objetivo
alertar as pessoas e os políticos para a necessidade de se tomarem
medidas para uma terrível certeza.
A Península Ibérica vai ser assolada por um tsunami de grandes dimensões. Apenas não se sabe quando.
As possibilidades de um mega-tsunami se abater sobre as costas ibéricas amanhã ou daqui a 100 anos “são exactamente as mesmas“, avisa Fernando Arroyo, em declarações ao site espanhol 20minutos.es. E quando isso acontecer, as consequências vão depender muito “do que avancemos na prevenção”.
Mas para já, “está quase tudo por fazer”, avisa o realizador.
Filmado entre Portugal e em Espanha, com a colaboração de cientistas
dos dois países, e com efeitos visuais criados pelos mesmos
profissionais que fizeram os filmes “Gravidade”, “Harry Potter” e “A
vida de Pi”, o documentário faz referência ao terramoto de 1755 que teve epicentro próximo de Lisboa.
Esse terramoto de 9 graus na escala de Richter originou um tsunami de grandes proporções que assolou a capital portuguesa e também, as costas espanholas de Huelva e Cádiz. As ondas gigantes que terão atingido os 16 metros chegaram a Huelva, a cerca de 250 quilómetros de Lisboa, em apenas 30 minutos.
Esse é o cenário que os cientistas estão certos que vai acontecer, tarde ou cedo, e é a verdade que “dá medo de escutar”, conforme frisa Arroyo.
“Uma das maiores catástrofes da história”
“Se o que prevê a comunidade científica ocorrer, estaremos perante uma das maiores catástrofes da história: um tsunami com ondas de entre cinco e 15 metros que, em apenas um quarto de hora, chegará às costas ibéricas”, alerta o realizador através do 20minutos.es.
Perante essa possibilidade, “o tsunami penetraria quilómetros, nas costas desde Lisboa até ao Cabo de Trafalgar, onde não houvesse obstáculos, em apenas 20 minutos“, destaca Arroyo, sublinhando que “afectaria centenas de milhares de pessoas e geraria perdas económicas elevadíssimas.
“Durante dias, amplas zonas não poderiam ser evacuadas,
não haveria luz elétrica, nem comunicações, nem água potável, nem rede
de esgotos, e seria preciso evacuar cidades completas”, explica o
realizador.
O documentário lembra que o Golfo de Cádis assenta na falha Açores-Gibraltar, uma fronteira tectónica que transforma a zona numa área sensível a sismos no mar que, por seu turno, podem provocar um tsunami.
Mas “não se faz nada ainda que se conheça o risco”, lamenta Arroyo, passando a mensagem que o documentário pretende vincar.
Críticas à inércia dos governos
“Nenhum governo faz nada”, embora os políticos
saibam “que há risco sísmico e que pode ser reduzido”, lamenta em “La
Gran Ola” o professor do Instituto Superior Técnico de Lisboa, Mário
Lopes.
O investigador já tinha alertado que Lisboa está “em cima de um barril de pólvora” sísmico, considerando que um terramoto como o de 1755, deixaria um terço da capital portuguesa completamente destruído.
“Espanha é o único país que não aplicou dinheiro para financiar um
sistema de alerta”, queixa-se, por seu turno, o diretor do Grupo de
Engenharia de Costa de Cantabria, Mauricio González.
O documentário pretende assim, abordar “uma realidade de que, até
agora, ninguém quis falar, com excepção de alguns cientistas ou
instituições”, conforme repara Arroyo.
O realizador sublinha a importância de criar planos de emergência e de alerta, bem como “consciencializar as pessoas” de que o facto de um tsunami “não ter ocorrido num passado recente, é uma mera casualidade”.
The main earthquake struck at 16:58 GMT (04:58 local time) on November
4, 1952. Initially assigned a magnitude of 8.2, the quake was revised
to 9.0 Mw in later years. A large tsunami resulted,
causing destruction and loss of life around the Kamchatka peninsula
and the Kuril Islands. Hawaii was also struck, with estimated damages
of up to US$1 million and livestock losses, but no human casualties
were recorded. Japan reported no casualties or damage. The tsunami
reached as far as Alaska, Chile, and New Zealand.
The hypocentre was located at 52.75°N 159.5°E,
at a depth of 30 km. The length of the subduction zone fracture was
600 km. Aftershocks were recorded in an area of approximately 247,000 km2, at depths of between 40 and 60 km.
A recent analysis of the tsunami runup distribution based on
historical and geological records give some indication as to the slip
distribution of the rupture.
View of the Severo-Kurilsk port. In 1952 a whole settlement was located there. The modern town was rebuilt in another place.
1952 Severo-Kurilsk Tsunami was a major tsunami that hit Severo-Kurilsk, Kuril Islands, Sakhalin Oblast, Russian SFSR, USSR, which occurred on 5 November 1952 at about 5 a.m. It led to the destruction of many settlements in Sakhalin Oblast and Kamchatka Oblast, while the main impact struck the town of Severo-Kurilsk. The tsunami was generated by a major earthquake in the Pacific Ocean, 130 km from the shore of Kamchatka,
with an estimated magnitude of 9.0. There were three waves about 15-18
m high. After the earthquake the majority of the Severo-Kurilsk
citizens fled to the surrounding hills, where they escaped the first
wave. However, most of them returned to the town and were killed by the
second wave. The third wave was minor. According to the authorities,
out of a population of 6,000 people, 2,336 died.
The remaining survivors were evacuated to continental Russia. The settlement was then rebuilt in another location.
NOTA: embora provocando poucos mortos, dada a sua magnitude, este sismo é
considerado atualmente o 12º com mais elevada magnitude, segundo a Wikipédia:
Risco de tsunami como o de 1755 é real. “Não é uma questão de ‘se’, mas de ‘quando'”
O risco de um tsunami como o que dizimou Lisboa em 1755 é
real. A secretária de Estado da Proteção Civil avisa que “nenhum país
está 100% preparado”.
O terramoto de 1755 resultou na destruição quase
completa da cidade de Lisboa, afetando ainda grande parte do litoral do
Algarve e Setúbal. O sismo foi seguido por um tsunami — que se acredita
ter atingido 20 metros de altura — e por múltiplos incêndios, tendo
feito mais de 10 mil mortos. Foi um dos sismos mais mortíferos da História.
Em paralelo com a Conferência dos Oceanos, decorreu a sessão “Alerta costeiro”, na qual especialistas discutiram a prevenção deste tipo de eventos catastróficos.
“Os tsunamis são eventos raros, mas podem ser extremamente mortíferos.
Nos últimos cem anos, 58 tsunamis causaram mais de 260 mil mortes, uma
média de 4600 por desastre, superando qualquer outro perigo natural”,
alerta Mami Mizutori, especialista do Escritório das Nações Unidas para a
Redução dos Riscos de Desastres, citada pelo Expresso.
A secretária de Estado da Proteção Civil diz que “não é uma questão de ‘se’, mas de ‘quando'”.
Portugal é um país com risco de tsunami e sismo, sendo que a costa
algarvia e oeste até Peniche são consideradas “zonas mais críticas”.
O tsunami de 2004 no Sudeste Asiático foi “efetivamente uma chamada de atenção para todo o mundo”, realça a governante. Desde então, vários países, incluindo Portugal, têm feito esforços para fazer a possível prevenção.
O objetivo da ONU é alargar o programa “Tsunami Ready” a 100% das
comunidades costeiras até 2030. Atualmente apenas 48% dos países em
desenvolvimento estão cobertos por este sistema internacional de alerta
de tsunamis.
Em entrevista ao Expresso, Patrícia Gaspar desenvolveu mais a questão do risco de tsunami em Portugal.
“Um evento sísmico da magnitude do que aconteceu em 1755 é um evento para o qual nenhum país está 100% preparado. Não há forma de garantir que perante um evento destes não há danos. É impossível”, atirou.
O impacto seria gigante, com várias “vítimas” e “danos”. Apesar de tudo, estamos hoje “garantidamente mais preparados e mais capazes de reagir a uma situação destas do que estávamos há 10, 20 ou 30 anos atrás”, argumenta a secretária de Estado.
“Não vai existir um dia em que alguém possa dizer que estamos 100%
preparados. Isso é um conceito que não existe em Proteção Civil”,
acrescentou.
O aviso não chegará com horas ou dias de antecedência, mas sim uma antecipação de minutos “que pode permitir salvar vidas”.
Uma vez identificado o risco, a Proteção Civil alerta a população através do sistema de SMS e, dependendo do município, vão-se ouvir sirenes.
O sismo de Sumatra de 2009 foi um sismo com violentas réplicas, de magnitude 7,6 que afetou Sumatra às 17.16.10, hora local, em 30 de setembro de 2009 e teve uma magnitude de momento de 7,6. O epicentro localizou-se 45 km a oeste-noroeste de Padang, na ilha de Samatra, e 220 km a sudoeste de Pekanbaru,
também em Sumatra. A estimativa do número de mortos varia de 770 a
1.100. Milhares de pessoas ficaram presas entre os escombros. Só em Sumatra Ocidental e Jambi foram confirmados 716 mortos.
O Sismo da Cidade do México de 1985, foi um violento sismo ocorrido às 07.19 horas da manhã do dia 19 de setembro de 1985,
tendo o seu epicentro no mar, na zona de Michoacán, no litoral do
México, alcançando a capital em aproximadamente 50 segundos e chegando à
magnitude de 8,1 a 8,3 na escala Richter. Deixou um rastro de
destruição e morte na Cidade do México, derrubando vários edifícios na
capital mexicana e outros estados. Foi classificado como um dos piores
sismos da história contemporânea e da América.
O evento causou entre três e quatro mil milhões de dólares em danos -
412 edifícios desmoronaram e 3124 outros foram seriamente danificados
na cidade. Enquanto os dados são contestados, o número mais citado de
mortes é estimado em 10 mil pessoas, mas os especialistas concordaram
que poderá ter sido de até 40.000 mortos.
O evento
Em 19 de setembro de 1985, uma quinta-feira, às 07.19, a Cidade do México foi abalada por um sismo de magnitude 8,1 na escala de Richter, com epicentro em 17.6 N e 102.5 W, no Oceano Pacífico, próximo de Lázaro Cárdenas, Michoacán.
Trinta seis horas depois ocorreria uma réplica de magnitude 7.3 na
escala de Richter. O primeiro sismo foi sentido em locais distantes
como Houston, Cidade da Guatemala e Chiapas e gerou um tsunami que causou alguns danos próximo de Lázaro Cárdenas, com uma altura máxima de 3 metros.
A Cidade do México, com 18 milhões de habitantes na época, teve a sua
energia elétrica, abastecimento de água e comunicações comprometidas.
Diversos tubos de gás explodiram, provocando incêndios e ampliando a
destruição.
Vítimas e danos causados
Estima-se que este sismo tenha afectado seriamente cerca de 825 000 km2
de território e sentido por cerca de 20 milhões de pessoas. Foram
contabilizadas 412 construções totalmente destruídas e 3124 seriamente
danificadas na Cidade do México (a maior parte das quais com uma altura
entre 8 e 18 pisos). Foram também registados danos significativos em
zonas dos estados de Jalisco, Michoacán, Colima, Guerrero, Morelos e Veracruz.
Toda a cidade foi abalada, mas as áreas mais afectadas foram aquelas situadas sobre o que em tempos foi o lago de Texcoco, na antiga Tenochtitlán.
Os sedimentos não consolidados, situados sob as construções afetadas, e
a negligência na construção dos edifícios foram os motivos principais
que levaram ao colapso de tantas estruturas.
Após mais de dois minutos, a terra deixou de tremer, e, por essa
altura, parte do centro da cidade estava em ruínas. Entre as construções
destruídas contam-se várias escolas, cerca de cem mil habitações, o
edifício da emissora Televisa,
vários edifícios governamentais e alguns hospitais. O número de
vítimas foi estimado em 9.500 mortos (havendo algumas fontes que
apontam até 35.000 mortos), 30.000
feridos, e 100.000 desalojados. As equipas de socorro terão salvo
cerca de 4000 pessoas, incluindo recém-nascidos de um hospital.
O governo foi criticado por ter se recusado a receber ajuda internacional e pela demora no início do socorro às vítimas.
A sucessão de erupções e explosões durou 22 horas e o saldo foi de
mais de 37 mil mortos. A sua explosão atirou piroclastos a aproximadamente
27 km de altitude e o som da última grande explosão foi ouvida a cinco mil quilómetros, na ilha de Rodrigues, tendo os habitantes ficado surpresos com o estrondo, supondo significar uma batalha naval. O barulho chegou também até à Austrália, Filipinas e Índia.
Os efeitos atmosféricos da catástrofe, como poeira e cinzas
circundando o globo, causaram estranhas transformações na Terra, como
súbita uma queda de temperatura e transformações no nascer e pôr do Sol durante aproximadamente 18 meses, levando anos até voltar ao normal.
Todas as formas de vida animal e vegetal da ilha foram destruídas. Por
causa das explosões, vários tsunamis ocorreram em diversos pontos do planeta. Perto das ilhas de Java e Sumatra, as ondas chegaram a mais de 40 metros de altura.
A cratera do vulcão era monstruosa, possuía aproximadamente 16 km de diâmetro. O vulcão não parou de cuspir lava
e houve ainda outras erupções durante todo o ano. Antes da erupção, a
ilha possuía quase dois mil metros de altitude, mas após a erupção a
ilha foi riscada do mapa, tendo-se um lago formado na cratera do vulcão, onde hoje vivem várias espécies de plantas e pássaros.
Atualmente, na região da cratera, há uma nova formação rochosa em andamento chamada Anak Krakatau
(Anak Krakatoa, filho de Krakatoa ou Krakatau), que já possui mais de
800 metros de altura, pois que em cada ano aumenta em média cinco metros, podendo haver mudanças.
Efeitos
Provavelmente o tsunami
mais destrutiva registada na história, até ao sismo de 26 de dezembro de 2004, originou-se da explosão do
vulcão Krakatoa, em uma série de quatro explosões que espalharam cinzas
pelo mundo e geraram uma onda sentida nos oceanos Atlântico e Pacífico.
O escritor Simon Winchester descreveu o evento como "O dia em que o mundo explodiu". Livros de história contam como uma série de grandes ondas - tsunamis -
algumas com alturas de quase 40 metros acima do nível do mar, mataram
mais de 36 mil pessoas em cidades e aldeias costeiras ao longo do estreito de Sunda.
A maioria das vítimas foi morta pela tsunami e não pela erupção que
destruiu dois terços da ilha. Ondas tsunami geradas pela erupção foram
observadas em todo o oceano Índico, no Pacífico, na costa oeste dos EUA, na América do Sul e até no canal da Mancha.
Elas destruíram tudo em seu caminho e levaram para a costa blocos de corais de até 600 toneladas.
Um navio que se encontrava na área, de seu nome Berouw, foi arrastado terra adentro, tendo toda a tripulação morta. De acordo com Winchester, corpos apareceram em Zanzibar e o som da destruição da ilha foi ouvido na Austrália e na Índia.
As ondas da tsunami foram sentidas em Liverpool, na Inglaterra, em alguns territórios africanos e também em parte do Canadá e, segundo a Revista Veja, a temperatura global mundial baixou, em média, cerca de 1 °C.
Evolução das ilhas à volta do Krakatoa de 1880 a 2005 - note-se o contínuo crescimento de Anak Krakatoa desde 1883
Anak Krakatoa - o filho de Krakatoa
Cientistas afirmam que a nova formação (vulcão) Anak Krakatoa
pode ser ainda muito mais poderosa que o antigo Krakatoa. Com a antiga
explosão, os três montes foram transformados em um só, criando uma
caldeira que chega a 50 km subterrâneos - um gigantesco depósito de lava.
Acredita-se que se Anak Krakatoa atingir altura próxima à de seu progenitor e
se uma nova grande erupção daquela dimensão acontecer, parte da
população mundial e grande parte de toda a fauna e flora pode morrer.
Anak Krakatoa é um vulcão extremamente ativo e quase sempre é
colocado em estado de alerta nível 2. Os cientistas não sabem afirmar
quando ele vai entrar em erupção crítica, mas já disseram que vai
acontecer.
No dia 22 de dezembro de 2018, o colapso e deslizamento de 2/3 do vulcão Anak Krakatoa no mar causou um tsunami no estreito de Sunda, na Indonésia. Foram contabilizados 429 vítimas, 128 desaparecidos e 1.459 feridos causados pelas ondas gigantes. O evento não foi precedido por terremoto.
Na manhã de 10 de abril de 2020, o Anak Krakatoa começou a entrar
em erupção novamente. A primeira erupção pôde ser ouvida na cidade de Jacarta (capital da Indonésia), a mais de 150 quilómetros de distância, lançando uma coluna de cinza vulcânica
e fumo de 200 metros de altura, para o relatório de
atividade vulcânica do magma do The Center for Volcanology and
Geological Disaster Mitigation’s (PVMBG) da Indonésia, disse que a primeira erupção durou um minuto e 12 segundos começando às 21.58. A erupção expeliu cinzas vulcânicas
a cerca de 14 quilómetros e uma pluma secundária de cinzas
atingiu cerca de 11 quilómetros. A erupção foi em grande
parte magmática com fontes de lava visíveis. Nenhum dano generalizado foi relatado, e a erupção terminou várias horas depois.
Erupção de Tonga vista do espaço: onda equivalente a um prédio de 30 andares (crédito - NOAA)
Onda criada por erupção de vulcão em Tonga atingiu 90 metros de altura
A onda inicial do tsunami criada pela erupção do vulcão submarino Hunga Tonga Há’apai em Tonga em janeiro de 2022 atingiu 90 metros de altura, o equivalente a um prédio de 30 andares. Isso significa que ela foi cerca de nove vezes mais alta do que a do altamente destrutivo tsunami de 2011 no Japão, segundo uma nova pesquisa publicada na revista Ocean Engineering.
Segundo a equipe de pesquisa internacional que realizou o estudo, a erupção deve servir como um alerta para grupos internacionais que procuram proteger as pessoas de eventos semelhantes no futuro, pois os sistemas de deteção e monitorização de tsunamis baseados em vulcões estão 30 anos atrás de ferramentas comparáveis usadas para detetar eventos baseados em terremotos.
O dr. Mohammad Heidarzadeh, secretário-geral da Comissão Internacional de Tsunami e professor catedrático do Departamento de Arquitetura e Engenharia Civil da Universidade de Bath (Reino Unido), foi o autor principal da pesquisa, trabalhando ao lado de colegas baseados no Japão, na Nova Zelândia, no Reino Unido e na Croácia. Proximidade do litoral
Em comparação, as maiores ondas de tsunami devido a terremotos antes do evento de Tonga foram registadas após o terremoto de Tohoku perto do Japão em 2011 e o terremoto chileno de 1960, atingindo 10 metros de altura inicial. Essas foram mais destrutivas porque aconteceram mais perto da terra, com ondas mais largas.
De acordo com Heidarzadeh, o tsunami de Tonga deve servir como um alerta para mais preparação e compreensão das causas e sinais de tsunamis causados por erupções vulcânicas. Ele disse: “O tsunami de Tonga matou tragicamente cinco pessoas e causou destruição em grande escala, mas seus efeitos poderiam ter sido ainda maiores se o vulcão estivesse localizado mais perto das comunidades humanas. O vulcão está localizado a aproximadamente 70 km da capital tonganesa. Nuku’alofa – essa distância minimizou significativamente o seu poder destrutivo”.
Heidarzadeh prosseguiu: “Este foi um evento gigantesco, único e que destaca que internacionalmente devemos investir na melhoria dos sistemas para detetar tsunamis vulcânicos, pois atualmente eles estão cerca de 30 anos atrás dos sistemas que usamos para monitorizar terremotos. Estamos pouco preparados para tsunamis vulcânicos”.
Tsunami de mecanismo duplo
A pesquisa foi realizada analisando-se registos de dados de observação oceânica de mudanças de pressão atmosférica e oscilações do nível do mar, em combinação com simulações de computador validadas com dados do mundo real.
A equipe descobriu que o tsunami foi único, pois as ondas foram criadas não apenas pela água deslocada pela erupção do vulcão, mas também por enormes ondas de pressão atmosférica, que circularam ao redor do globo várias vezes. Esse “mecanismo duplo” criou um tsunami de duas partes – em que as ondas oceânicas iniciais criadas pelas ondas de pressão atmosférica foram seguidas mais de uma hora depois por uma segunda onda criada pelo deslocamento da água da erupção.
Essa combinação significou que os centros de alerta de tsunami não detetaram a onda inicial, pois são programados para detetar tsunamis com base em deslocamentos de água em vez de ondas de pressão atmosférica.
A equipe de pesquisa também descobriu que o evento de janeiro foi um dos poucos tsunamis poderosos o suficiente para viajar ao redor do globo – foi registado em todos os oceanos e grandes mares do mundo, desde o Japão e a costa oeste dos Estados Unidos, no Oceano Pacífico Norte, até as costas do Mar Mediterrâneo.
Monitorização necessária
Aditya Gusman, modelador de tsunamis no GNS Science da Nova Zelândia, disse: “As erupções do vulcão Anak Krakatau de 2018 e do vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha’apai de 2022 nos mostraram claramente que as áreas costeiras ao redor das ilhas vulcânicas correm o risco de serem atingidas por tsunamis destrutivos. Embora possa ser preferível ter áreas costeiras baixas completamente livres de edifícios residenciais, tal política pode não ser prática para alguns lugares, pois tsunamis vulcânicos podem ser considerados eventos pouco frequentes”.
A coautora drª Jadranka Šepić, da Universidade de Split (Croácia), acrescentou: “O importante é ter sistemas de alerta eficientes, que incluam alertas em tempo real e educação sobre o que fazer em caso de tsunami ou alerta – tais sistemas salvam vidas. Além disso, em áreas vulcânicas, o monitoramento da atividade vulcânica deve ser organizado, e mais pesquisas de alta qualidade sobre erupções vulcânicas e áreas em risco são sempre uma boa ideia”.
Pesquisas separadas lideradas pelo dr. Corwin Wright, físico atmosférico da Universidade de Bath, e publicadas em junho descobriram que a erupção de Tonga desencadeou ondas de gravidade atmosférica que atingiram a borda do espaço.
O sismo de İzmit de 1999, também chamado sismo de Kocaeli ou sismo de Gölcük, foi um sismo de magnitude 7,6 ou 7,5 que atingiu o noroeste da Turquia a 17 de agosto de 1999 às 03.02 horas locais. O evento durou 37 segundos, provocou a morte de cerca de 17.000
pessoas (dados oficiais) e deixou cerca de meio milhão de pessoas sem
casa. Fontes não oficiais referem um número de vítimas muito superior -
35 ou 45 mil mortos e um número semelhante de feridos. A cidade de İzmit ficou severamente danificada, mas também houve estragos significativos em Istambul, onde se registaram cerca de mil mortos.
Estragos
A estimativa oficial publicada em 19 de outubro de 1999 menciona 17.127 mortos e 43.959 feridos. Os relatórios de setembro de 1999 mostravam que 120 000 casas de construção deficiente tinham sido destruídas a ponto de não serem recuperáveis, 54 000 tinha ficado severamente danificadas, 2 000 colapsaram. Cerca de 600 000 pessoas ficaram sem casa em consequência do terramoto.
Segundo estimativas de 2000 do Observatório Sismológico de Kandilli, da Universidade do Bósforo, os danos materiais causados pelo terramoto ascenderam a 16 mil milhões de dólares,
muito acima das estimativas oficiais divulgadas um mês depois da
tragédia, que apontavam para valores entre 3 e 6,5 mil milhões de
dólares.
O terramoto afetou gravemente a área urbana e industrializada com
grande densidade populacional de İzmit, provocando estragos em refinarias e fábricas de automóveis, além do quartel-general e arsenal da Marinha da Turquia em Gölcük, o que fez aumentar a gravidade das perdas em vidas e propriedades. Numa refinaria da TÜPRAS (Türkiye Petrol Rafinerileri), o terramoto provocou um incêndio de grandes proporções devido ao colapso de uma torre. A refinaria tinha 700 000
toneladas de petróleo armazenada e forma precisos vários dias para
controlar o incêndio. O terramoto também provocou danos consideráveis em
Istambul, distante cerca de 70 km do epicentro.
O soldados turcos foram autorizados a ter 45 dias de licença para
ajudarem no resgate dos seus familiares. Os corpos forma rapidamente
enterrados em valas comuns, para evitar o risco de doenças.
Geologia
O terramoto de İzmit provocou uma rutura de 150 km, estendendo-se desde a cidade de Düzce até ao Mar de Mármara, ao longo do Golfo de İzmit. Os deslocamentos ao longo da rutura chegaram aos 5,7 metros. O sismo provocou um tsunami no mar de Mármara com três metros de altura.
A destruição em Istambul deu-se principalmente no distrito de Avcılar, situado na linha de falha que se estende ao longo do Mar de Mármara. Avcılar assenta sobre solos de composição marinha, o que torna a área especialmente vulnerável a sismos.
Passados poucos meses (em 12 de novembro de 1999) ocorreu novo sismo na NAFZ, com epicentro em Düzce,
a cerca de 100 km de distância do epicentro deste sismo, com magnitude
similar (7,2), que provocou 894 mortos. A ajuda internacional foi
massiva, tendo as primeiras equipas de resgate chegado ao terreno
passadas 24 horas do acidente. Vários países enviaram ajuda, que
incluiu, entre outros, equipas de busca, tendas, helicópteros e
fornecimentos médicos.
The 1896 Sanriku earthquake was one of the most destructive seismic events in Japanese history. The 8.5 magnitude earthquake occurred at 19:32 (local time) on June 15, 1896, approximately 166 kilometres (103 mi) off the coast of Iwate Prefecture, Honshu. It resulted in two tsunamis
which destroyed about 9,000 homes and caused at least 22,000 deaths.
The waves reached a then-record height of 38.2 metres (125 ft); this
would remain the highest on record until waves from the 2011 Tōhoku earthquake exceeded that height by more than 2 metres (6 ft 7 in).
Seismologists have discovered the tsunami's magnitude (Mt = 8.2)
was much greater than expected for the estimated seismic magnitude.
This earthquake is now regarded as being part of a distinct class of
seismic events, the tsunami earthquake.
Vista de uma rua no centro de Valdivia após o sismo
O Sismo de Valdivia de 1960, também conhecido como Grande Sismo do Chile, foi o mais violento sismo já registado cientificamente. Ocorreu no dia 22 de maio de 1960, no Chile.
Atingiu todo centro-sul do Chile, incluindo as cidades de Valdivia e Concepción, tendo o valor de 9,5 na escala de magnitude de momento, o que o tornou o mais forte já registado cientificamente na história da Humanidade.
O sismo foi sentido em diferentes partes da Terra e produziu um tsunami que afetou diversas localidades ao largo do Oceano Pacífico, como Havaí e Japão e a erupção do vulcão Puyehue.
Cerca de 5.700 pessoas faleceram e mais de 2 milhões ficaram feridas
por causa desta catástrofe. Tsunamis causados pelo tremor causaram 62
mortes no Havai e 31 nas Filipinas nas horas seguintes e réplicas do
primeiro abalo puderam ser sentidas durante mais de um ano. Os
estragos chegaram a ameaçar seriamente a realização do Campeonato do Mundo de Futebol de 1962, já programada para ocorrer no país.
O número de vítimas e os prejuízos deste desastre nunca foram
conhecidos com precisão. Diversas estimativas quanto ao número total de
mortes diretamente associadas ao sismo e tsunamis foram publicadas,
com a USGS
a citar estudos e números de 2.231, 3.000, ou 5.700 mortes, enquanto
outras fontes usam estimativas de 6.000 mortes. Várias fontes estimam o
custo monetário entre 400 milhões e 800 milhões de dólares
norte-americanos (equivalentes a 2,9 e 5,8 mil milhões de dólares a
custos de 2010, corrigidos pelo efeito da inflação). Cerca de 965
pessoas morreram de um a três dias depois do terremoto, por doenças
causadas por contaminações e esgotos a céu aberto, entre outros, ou por
hemorragia ocorrida nos ferimentos.
Mapa mostrando o tempo de passagem do tsunami desde Valdivia (vermelho) ao longo do Oceano Pacífico
O Sismo das Ilhas Aleutas de 1946 ocorreu próximo das Ilhas Aleutas, um arquipélago do estado do Alasca formado pelos vulcões de um arco insular associado à zona de subdução da placa do Pacífico sobre a placa norte-americana. Foi a 1 de abril de 1946, às 12.28 horas (UTC), com uma magnitude de 7,8MW, tendo o epicentro as coordenadas 52.8°N, 163.5°W e o hipocentro a 25 km de profundidade, sendo seguido por um tsunami. Este último resultou em 165 mortes: 159 no Havai e seis no próprio Alasca (e em prejuízos de 26 milhões de dólares - dados da época). No Alasca a onda do tsunami teve uma altura de pelo menos 35 metros e no Havai, na Big Island, teve uma altura máxima de 8,1 metros e seis ou sete ondas, com intervalos de 15/20 minutos.
O tsunami foi estranhamente forte para o tamanho do terramoto; foi a
última vez que um sismo abaixo de magnitude 9,0 causou mortes através de
um tsunami longe da área do sismo. Vários cientistas acreditam que o tsunami pode ter sido causado por um deslizamento de terras submarino causado pelo sismo. O tamanho e efeitos do tsunami levou, em 1949, à criação do Pacific Tsunami Warning Center, tendo este poupado, ao longo da sua existência, imensas vidas com os seus alertas.
Consequências do tsunami proveniente do terramoto que atingiu o Chile, em 27 de fevereiro de 2010
O sismo do Chile de 2010 ocorreu ao longo da costa da Região de Maule, no Chile, em 27 de fevereiro de 2010, às 03.34 horas na hora local (06.34 horas UTC), atingindo uma magnitude de 8,8 na escala de magnitude de momento e durando três minutos. O terramoto foi sentido na capital Santiago com intensidade VIII na escala de Mercalli (ruinoso). O sismo foi sentido em muitas cidades argentinas, incluindo Buenos Aires, Córdoba, Mendoza e La Rioja. Também foi sentido mais a norte, como na cidade de Ica, no sul do Peru. Alertas de tsunami foram emitidos para 53 países e um tsunami foi registado, com ondas superiores a 2,6 metros, no mar de Valparaíso, Chile. A presidente Michelle Bachelet
declarou "estado de calamidade". Ela também confirmou a morte de pelo
menos 723 pessoas e muitos outros foram registados como desaparecidos.
Sismólogos estimam que o terramoto tenha sido tão poderoso que este
teria encurtado a duração do dia em 1,26 microssegundos e deslocado o eixo terrestre em 8 cm.
O epicentro do sismo foi no mar da região de Maule, aproximadamente 8 km a oeste de Curanipe e 115 km a norte-nordeste da segunda maior cidade do Chile, Concepción. O terramoto também causou seichas que ocorreram no Lago Pontchartrain, ao norte de Nova Orleães, Estados Unidos, localizadas a cerca de 7.600 km do epicentro do terramoto.
O Sismo de Canterbury de 2011 (também conhecido como sismo de Christchurch) foi um sismo de 6,3 de magnitude que atingiu a Ilha do Sul da Nova Zelândia às 12.51 horas de 22 de fevereiro de 2011 (hora local), que corresponde às 23.51 horas de 21 de fevereiroUTC. O número de mortes provocadas pelo sismo foi inicialmente estimado em 159 (em 2 de março de 2011), passando depois para 185.
Restos de la Catedral de Concepción tras el terremoto
El Terremoto de Concepción de 1835 fue un terremoto de 8,5 MS que azotó a la ciudad de Concepción, Chile, a las 11.30 del día 20 de febrero de 1835. El maremoto posterior arrasó la zona centro-sur del país, específicamente entre los ríos Cachapoal y Valdivia. Destruyó totalmente la ciudad de Concepción.
Es famoso por haber sido documentado por Charles Darwin y aportar una cuota sobre el efecto de los cambios geológicos a las teorías de este científico. Si bien afectó fuertemente la actual Región del Biobío, probablemente se sintió en todo el territorio de Chile centro-sur, ya que Darwin lo percibió estando en la ciudad de Valdivia.
Yo estaba en tierra
firme descansando en un césped. (El terremoto) vino de repente y duró
dos minutos (aunque pareció mucho más). El sismo era muy notable; a mí y
a mi sirviente nos pareció que la ondulación venía del este (…) Un
terremoto como este destruye las asociaciones más antiguas, el mundo, el
emblema de todo aquello que es sólido.
Darwin recoge datos de pobladores que afirman que el territorio se
había levantado dejando al descubierto rocas antes sumergidas.
Afortunadamente el terremoto fue en una hora benigna (11:00 de la
mañana), cuando pocas personas estaban al interior de las casas y el
territorio afectado tenía poca densidad de población. Respecto a la
cantidad de víctimas, los informes son incompletos y contradictorios
entre 30 y 120 muertos, pero cientos de heridos.
El maremoto fue advertido por la población al percatarse que se había retirado el mar, estando fresco el recuerdo del terremoto de 1751,
la gente huyó de la costa. El maremoto dejó muchas embarcaciones al
interior del territorio y miles de peces como es usual. Aunque es
interesante la descripción que las aguas marinas se pusieron negras con
un olor sulfuroso. Además de producirse un chorro vertical de agua similar a la columna que levanta una ballena en el centro de la bahía de San Vicente.
O equivalente a “1000 bombas de Hiroshima”. Rasto de destruição em Tonga após erupção submarina
Um tsunami atingiu, este sábado, a costa da ilha do Pacífico Sul de Tonga, após uma erupção de um vulcão submarino.
O vulcão Hunga-Tonga-Hunga-Ha’apai, ao largo de Tonga, entrou em erupção na sexta-feira, um dia antes da erupção de sábado que originou um tsunami que afetou o Pacífico, do Japão ao Peru e aos Estados Unidos.
“O tsunami teve um enorme impacto no litoral norte de Nuku’alofa”, a
capital de Tonga, mas não há registo de vítimas no arquipélago, afirmou
no domingo a primeira-ministra neozelandesa, Jacinda Ardern.
Já este domingo, uma nova “grande erupção” foi detetada
num vulcão em Tonga, segundo revelou o Centro Australiano de Observação
de Cinzas Vulcânicas. Este centro de monitorização referiu que a mais
recente erupção do vulcão foi registada às 22h10 (hora de Lisboa).
A informação é corroborada pelo Centro de Alerta de Tsunami do
Pacífico, que revelou ter registado “grandes ondas” na região,
presumivelmente relacionadas com a atividade do vulcão no Pacífico sul.
À BBC, a Federação Internacional de Cruz Vermelha e Crescente Vermelho calcula que pelo menos 80.000 pessoas tenham sido afetadas
no arquipélago. O tsunami deixou um rasto de destruição, com centenas
de casas e hotéis inundados e muitas plantações agrícolas arruinadas.
A atmosfera na região está coberta de cinzas vulcânicas, foram
registados cortes de energia e falhas nas comunicações, pelo que a Nova
Zelândia anunciou o envio de uma avião para avaliar os estragos.
O impacto da erupção e do tsunami fez-se sentir a nível global, com diferentes escalas de intensidade. De acordo com a agência France-Presse,
no Peru, duas mulheres morreram numa praia, por causa de “ondas
anormais” provocadas pelo vulcão, a mais de 10.000 quilómetros.
Segundo o The Age,
a erupção do vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha’apai pode não corresponder à
do Krakatoa – de 1883, na Indonésia –, mas a energia da explosão pode
equivaler a 1000 bombas de Hiroshima.
Quando forem disponibilizadas as medições por satélite da pluma de
cinzas, será possível estimar as quantidades de gases expelidas durante a
erupção, nomeadamente dióxido de enxofre.
Portugal registou alterações no nível do mar
O tsunami desencadeado pela erupção de um vulcão em Tonga, no Oceano Pacífico, provocou em Portugal alterações no nível do mar nos Açores, na Madeira e na zona de Peniche, informou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
“O sinal de maior amplitude, cerca de 40 cm, foi registado em Ponta Delgada, Açores, tendo o fenómeno sido observado na ilha da Madeira (20 cm medidos no Funchal) e no Continente“, tendo os valores, aqui, sido genericamente “inferiores a 20 [centímetros], com exceção de Peniche, onde foram medidos 39 [centímetros]”, refere o IPMA, numa nota publicada no seu site.
A nota explica que “a origem destes registos está relacionada com a onda de choque atmosférica
resultante da explosão no vulcão, a qual se propagou pelo globo,
gerando condições particulares sobre os oceanos que potenciam a geração
de um tsunami, neste caso designado por meteo-tsunami de origem
vulcânica”.
“Este tsunami, gerado no oceano Pacifico, propagou-se pelos vários oceanos,
incluindo o Atlântico, tendo-se observado variações do nível do mar em
praticamente todas as estações maregráficas em operação na costa
portuguesa, variações essas com amplitudes inferiores a meio metro”,
informa o IPMA, acrescentando que “está a acompanhar o desenvolvimento
da situação”.
A erupção de Hunga Tonga-Hunga Ha’apai, na sexta-feira, numa das
ilhas desabitadas de Tonga, despoletou um tsunami que afetou o Pacífico,
do Japão ao Peru e aos Estados Unidos, tendo sido emitidos vários alertas no sábado.