O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Thomas Campion (por vezes Campian; Londres, 12 de fevereiro de 1567 – Londres, 1 de março de 1620) foi um compositor, poeta e médico inglês.
Tornou-se teórico, poeta e músico diletante. Foi o mais prolífico
dos compositores para alaúde, com mais de cem obras em seu nome, cujas
letras eram literariamente excecionais. Formou-se em Cambridge, estudou Direito em Gray's Inn e Medicina em Caen, mas optou por atividades sociais e culturais. Escreveu masques,
poemas e cinco livros de canções - alguns publicados por conta própria
com amigos - e foi muito requisitado para escrever texto e música para
entretenimento na corte do rei Jaime I.
Uma das mais influentes personagens do século XVII em termos de política e oratória, destacou-se como missionário em terras brasileiras. Nesta qualidade, defendeu infatigavelmente os direitos dos povos indígenas combatendo a sua exploração e escravização e fazendo a sua evangelização. Era por eles chamado de "Paiaçu" (Grande Padre/Pai, em tupi).
António Vieira defendeu também os judeus, a abolição da distinção entre cristãos-novos (judeus convertidos, perseguidos na época pela Inquisição) e cristãos-velhos (os católicos tradicionais) e a abolição da escravatura. Criticou ainda severamente os sacerdotes da sua época e a própria Inquisição.
Filho de um rico fabricante de papel, não pensava em seguir a carreira
artística e muito menos em ganhar dinheiro com ela. Recusou-se a gerir a
herança do pai e dedicou-se a compor para violino, passando a responsabilidade da fábrica para os seus dois irmãos mais novos. Estreou em Munique, em 1722, com muito sucesso.
Música e influência
Albinoni foi um dos primeiros compositores a escrever concertos para violino solo. A sua música instrumental atraiu a atenção de Johann Sebastian Bach, que escreveu pelo menos duas fugas sobre temas de Albinoni (Fuga sobre um tema de Albinoni em lá, BWV950, Fuga sobre um tema de Albinoni em si menor, BWV951) e constantemente usava os seus baixos como exercícios de harmonia para seus pupilos.
Quanto ao famoso "Adágio de Albinoni" (Adágio em sol menor para violino, cordas e órgão,
T. Mi 26), que tornou Albinoni conhecido do grande público,
aparentemente não foi escrito por ele. Trata-se de uma "reconstrução" de
1945, feita por Remo Giazotto, musicólogo e autor de uma biografia do compositor. Pouco depois da Segunda Guerra, Giazotto alegou ter recebido da Biblioteca Estadual da Saxônia, em Dresden, um fragmento manuscrito, que fora encontrado entre as ruínas do prédio, e que, segundo o musicólogo, seria parte do movimento adagio de uma sonata da chiesa (possivelmente a Op.4), composta por Albinoni por volta de 1708. Giazotto, que afirmava ter reconstituído a obra, registou-a posteriormente em seu nome, para efeito de direitos de autor, publicando-a em 1958. Porém, ele nunca publicou o tal fragmento de Albinoni. A composição integra a banda sonora do premiado filme Gallipoli, de 1981, sobre a campanha de mesmo nome, empreendida na Turquia, durante a Primeira Guerra Mundial.
Obras
Albinoni compôs cerca de oitenta óperas, das quais 28 foram produzidas em Veneza entre 1723 e 1740, das quais não resta quase nada. Aproximadamente setenta dessas partituras
foram destruídas durante o bombardeamento a Dresden. Sabe-se
entretanto que, no decénio de 1720, as suas óperas eram frequentemente
representadas fora da Itália, principalmente em Munique. Além de trinta cantatas, das quais só uma foi publicada (Amesterdão, c.1701), o que chegou até a nossa época foi a sua obra instrumental, que havia sido impressa, e na qual se destacam os seus concertos para oboé.
Pouco se sabe sobre a sua vida. Recebeu formação em Bolonha e Roma e nesta última cidade desenvolveu a maior parte de sua carreira, sendo patrocinado por grandes mecenas
aristocratas e eclesiásticos. Embora a sua produção integral se resuma
a somente seis coleções de obras publicadas - cinco delas de sonatas para trio ou solo e uma de concertos grossos,
com doze peças em cada -, o seu reduzido número e os poucos géneros a
que se dedicou estão em proporção radicalmente inversa com a vasta fama
que elas lhe trouxeram, cristalizando modelos de larga influência em
toda a Europa. Das seis coleções, a sexta e última, dos concertos
grossos, é a que ganhou o mais duradouro favor da crítica, embora a
quinta também seja altamente apreciada.
A sua escrita foi admirada pelo equilíbrio, pelo refinamento, pelas
sumptuosas e originais harmonias, pela riqueza das texturas, pelo
majestoso efeito dos conjuntos e pela sua polifonia clara e melodiosa, qualidades tidas como uma expressão perfeita dos ideais clássicos, mesmo vivendo na atmosfera barroca
e empregando recursos mais típicos desta escola, como a exploração de
contrastes dinâmicos e afetivos, mas sempre temperados por um grande
senso de moderação. Foi o primeiro a aplicar em plenitude, com
finalidade expressiva e estruturante, o novo sistema tonal
que acabava de ser consolidado depois de pelo menos duzentos anos de
ensaios preliminares. Era regularmente contratado como regente ou
violinista solista para apresentações de óperas, oratórios e outras obras, além de participar ativamente na evolução da orquestra
padrão. Como violinista virtuoso foi considerado um dos maiores de sua
geração, senão o maior de todos. Contribuiu para colocar o violino
entre os mais prestigiados instrumentos solistas e para o
desenvolvimento de técnicas modernas, além de fazer muitos discípulos.
Foi a personalidade dominante na vida musical romana até aos seus
últimos anos e muito estimado internacionalmente, foi disputado pelas
cortes e admitido na mais prestigiada sociedade artística e intelectual
de seu tempo, a Academia da Arcádia, sendo chamado de "o novo Orfeu", "o príncipe dos músicos" e outros adjetivos similares, gerando grande folclore.
A sua obra já foi objeto de volumosa bibliografia crítica, a
discografia cresce sem cessar e as suas sonatas ainda são usadas
largamente nas academias de música como material didático. A sua
posição na história da música ocidental está hoje firmemente estabelecida como um dos principais mestres da passagem do século XVII para o XVIII e como um dos primeiros e maiores músicos clássicos.
Bartolomé Esteban Murillo é, quiçá, o pintor que melhor define o barroco espanhol. Nasceu em Sevilha, onde passou a maior parte da sua vida. O dia exato do seu nascimento é desconhecido, mas terá, provavelmente, nascido em dezembro de 1617, já que foi batizado no dia 1 de janeiro de 1618, na Igreja da Madalena. Era costume nessa altura batizar as crianças somente alguns dias após o seu nascimento, como tal é normal que os especialistas façam tal afirmação.
São João Batista e o "Cordeiro", finais do século XVII
Michel Richard Delalande (também Lalande ou de Lalande, Paris, 15 de dezembro de 1657 - Versalhes, 18 de junho de 1726) foi um compositor e organista barroco francês a serviço do rei Luís XIV.
Foi um dos mais importantes compositores de grandes motetos. Ele também
escreveu suites orquestrais conhecidas como Simphonies pour les Soupers du Roy e ballets.
Es considerado uno de los más importantes representantes de la escuela de música para teclado del siglo XVIII, corriente impulsada en España por Domenico Scarlatti.
Étienne-Maurice Falconet (Paris, 1 de dezembro de 1716 - 4 de janeiro de 1791) é referido como um dos principais escultoresrococós da França.
Falconet nasceu numa família pobre e primeiro foi aprendiz de carpinteiro, mas algumas de suas figuras de barro, com que ocupava as suas horas de lazer, atraíram a atenção do escultor Jean-Baptiste Lemoyne, que fez dele seu pupilo. Uma de suas primeiras esculturas de sucesso foi a de Milo de Crotona, que garantiu seu ingresso na Academia de Belas Artes de Paris, em 1754.
Ele chamou a atenção do público nos Salões de 1755 e 1757 com os seus mármores L'Amour menaçant e Le Nymphe descendente au bain, que agora estão no Museu do Louvre. Em 1757 Falconet foi nomeado diretor do ateliê de escultura da Manufacture royale de porcelaine de Sèvres, onde ele trouxe nova vida ao fabrico de pequenas esculturas em porcelana que tinham sido uma especialidade na manufatura antecessora de Sèvres, em Vincennes.
A influência do pintor François Boucher
e do teatro e ballet são igualmente nítidas em suas formas doces,
elegantes e eróticas. Logo no início, Falconet criou um conjunto de mesa
em biscuit
branco, de meninos ilustrando as artes, destinado a complementar os
grandes serviços de jantar. A moda de pequenas esculturas para mesa de
jantar se espalhou para a maior parte das manufaturas de porcelana da Europa.
Ele permaneceu nesse posto em Sèvres até que foi convidado para a Rússia por Catarina, a Grande, em setembro de 1766. Em São Petersburgo executou uma estátua colossal de Pedro, o Grande, em bronze, conhecida como o Cavaleiro de Bronze, juntamente com a sua aluna e enteada de Anne-Marie Collot.
Em 1788 voltou a Paris e se tornou diretor da Academia. Muitas das
obras religiosas de Falconet, encomendadas por igrejas, foram destruídas
na Revolução Francesa. Os seus trabalhos profanos tiveram melhor sorte.
Ele encontrou tempo para estudar grego e latim, e também escreveu várias brochuras sobre a arte. Denis Diderot confiou-lhe o capítulo sobre "Escultura" na Encyclopédie, publicado separadamente por Falconet em 1768 como Réflexions sur la sculpture. Três anos depois ele publicou Observations sur la statue de Marc-Aurèle,
que pode ser interpretado como o programa artístico para a sua estátua
de Pedro, o Grande. Os escritos reunidos sobre arte de Falconet, Oeuvres littéraires, veio à luz em seis volumes que foram publicados pela primeira vez em Lausanne, em 1781-1782.
Jean-Baptiste de Lully, nascido Giovanni Battista Lulli (Florença, 28 de novembro de 1632 – Paris, 22 de março de 1687), foi um compositor italiano naturalizado francês. Passou a maior parte da vida trabalhando na corte de Luís XIV. Compositor prolixo, o seu estilo foi largamente imitado na Europa. Casou-se com Madeleine Lambert, filha do compositor Michel Lambert. Considerado mestre do barroco francês, tornou-se súbdito francês em 1661.
Henry Purcell (Londres, 10 de setembro de 1659 – Londres, 21 de novembro de 1695) foi um compositorbritânico.
Apesar de uma vida relativamente breve, Henry Purcell permanece um dos
mais importantes compositores ingleses. A sua facilidade em compor
para todos os géneros e públicos, a sua popularidade na corte durante o
reinado de três monarcas e a sua vasta produção de odes cortesãs,
música cénica, anthems' sacros, canções e catches' seculares, música de câmara e voluntaries para órgão são uma prova clara de seu prodigioso talento.
Pouco se sabe com certeza sobre sua biografia, que permanece até hoje
envolta em cerrado véu de lenda e controvérsia, tornando muito árduo o
trabalho de pesquisa sobre ele e ao mesmo tempo transformando-o em uma
espécie de herói nacional. A principal fonte documental sobre o
Aleijadinho é uma nota biográfica escrita cerca de quarenta anos
depois da sua morte. A sua trajetória é reconstituída principalmente
através das obras que deixou, embora mesmo neste âmbito a sua contribuição
seja controversa, já que a atribuição da autoria da maior parte das
mais de quatrocentas criações, que hoje existem associadas ao seu nome,
foi feita sem qualquer comprovação documental, baseando-se apenas em
critérios de semelhança estilística com peças documentadas.
Christoph Willibald Gluck (Berching, 2 de julho de 1714 – Viena, 15 de novembro de 1787) foi um compositor musical alemão. Juntamente com o seu principal libretista, Ranieri de' Calzabigi
(1714–1795), Gluck foi responsável pela “segunda reforma da ópera”. O
impacto dessa reforma ecoou durante muito tempo na história da música.
Por conta disso, durante mais de um século a obra de Gluck representou
uma fronteira intransponível. Nenhuma ópera séria anterior à sua
reforma era representada de forma regular.
François Couperin (Paris, 10 de novembro de 1668 – Paris, 11 de setembro de 1733) foi um apreciado compositor, organista e cravista barrocofrancês. François Couperin era conhecido como Couperin le Grand (Couperin o Grande) para diferenciá-lo de outros membros da talentosa família Couperin.
Vermeer viveu toda a sua vida na sua terra natal, onde está sepultado, na Igreja Velha de Delft.
É o segundo pintor holandês mais famoso e importante do século XVII. Pouco se sabe da sua vida. Era filho de Reynier Jansz e Dingenum Baltens. Casou-se em 1653 com Catharina Bolenes
e teve 15 filhos. No mesmo ano juntou-se à guilda
de pintores de São Lucas. Mais tarde, foi escolhido para presidir a
guilda. Sabe-se que vivia com poucos rendimentos como comerciante de
arte, e não pela venda dos seus quadros. Por vezes até foi obrigado a
pagar com quadros dívidas nas lojas de comida locais. Morreu muito
pobre. A sua viúva teve de vender todos os quadros que ainda estavam na
sua posse ao conselho municipal, em troca de uma pequena pensão (uma
fonte diz que foi só um quadro: a última obra de Vermeer, intitulada Clio). Depois
da sua morte, Vermeer foi esquecido. Muitas vezes, os seus quadros
foram vendidos com a assinatura de outro pintor, para lhe aumentar o
valor. Foi só muito recentemente que a grandeza de Vermeer foi
reconhecida pelo historiador de arte Théophile Thoré, que
fez uma declaração, atribuindo 76 pinturas a Vermeer, número esse que
foi em breve reduzido por outros estudiosos. No princípio do século XX havia muitos rumores de que ainda existiriam quadros de Vermeer para descobrir.
Filho do também músico e compositor Alessandro Scarlatti,
as suas maiores contribuições para a música foram as suas sonatas para
teclado num único movimento, em que empreendeu abordagens harmónicas
bastante inovadoras, apesar de ter composto também obras para orquestra
e voz. Embora tenha vivido no período que corresponde ao auge da música barroca europeia, suas composições, mais leves e homofónicas, têm estilo mais próximo daquele do início do período clássico.
Domenico Scarlatti nasceu no mesmo ano em que nasceram dois outros grandes mestres do barroco, Johann Sebastian Bach e Georg Friedrich Händel. Foi o sexto de dez filhos e o irmão mais novo de Pietro Filippo Scarlatti,
também músico. O mais provável é que tenha recebido as primeiras
lições de música com seu pai. Outros compositores que também podem ter
sido seus professores foram: Gaetano Greco, Francesco Gasparini e Bernardo Pasquini, que parecem ter influenciado seu estilo musical.
Scarlatti se tornou compositor e organista na capela real de Nápoles em 1701. Em 1704, ele fez uma revisão à ópera Irene de Carlo Francesco Pollarolo para ser apresentada em Nápoles. Pouco depois seu pai o mandou para Veneza. Não existem registos a seu respeito nos próximos quatro anos. Em 1709, ele foi a Roma a serviço da rainha polaca, então no exílio, Marie Casimire, onde ele encontrou Thomas Roseingrave que liderou em Londres uma entusiástica recepção às sonatas do compositor. Já um cravista renomado, há uma história de que numa competição com Georg Friedrich Händel, no palácio do cardeal Ottoboni, em Roma, ele talvez tenha sido julgado superior a Händel naquele instrumento, embora inferior com relação ao órgão. Mais tarde, Scarlatti ficou conhecido pela veneração com que se referia às habilidades de Händel.
Também, enquanto em Roma, Scarlatti compôs várias óperas para o teatro particular da Rainha Casimire. Ele foi maestro di cappella em São Pedro, de 1715 a 1719 e, neste último ano, foi a Londres para dirigir sua ópera Narciso no King's Theatre.
Em 1720, ou 1721, Scarlatti foi para Lisboa, onde ensinou música à princesa portuguesa Maria Magdalena Bárbara (Maria Bárbara de Bragança).
Esteve novamente em Nápoles, em 1725. Durante uma visita a Roma, em
1728, casou-se com Maria Caterina Gentili. Em 1729 mudou-se para Sevilha onde permaneceu por quatro anos. Ali veio a conhecer o flamenco. Em 1733, foi a Madrid para assumir o cargo de maestro de música da princesa Maria Bárbara, que se casara com o Príncipe Herdeiro de Espanha. D. Maria Bárbara
tornou-se rainha da Espanha e ele permaneceu no país por cerca de
vinte e cinco anos, tendo, ali, sido pai de cinco filhos. Depois da
morte de sua esposa, em 1742, desposou uma espanhola, Anastasia Maxarti
Ximenes. Durante o período que permaneceu na Espanha, Scarlatti
compôs mais de quinhentas sonatas para teclado e é por esses trabalhos que ele hoje é lembrado.
Scarlatti foi amigo do cantor castratiFarinelli, um napolitano que estava sendo patrocinado pela casa real, em Madrid. O musicólogo Ralph Kirkpatrick
reconhece que a correspondência de Scarlatti com Farinelli fornece "a
informação mais direta sobre [o compositor] que foi deixada para os
nossos dias".
Domenico Scarlatti faleceu em Madrid, com 71 anos. A sua casa na Calle Leganitos é identificada com uma placa histórica e seus descendentes ainda vivem naquela cidade.