quinta-feira, fevereiro 01, 2024
Saudades de Edmundo Bettencourt...
Postado por Pedro Luna às 05:10 0 bocas
Marcadores: Edmundo Bettencourt, Fado de Coimbra, música, poesia, Saudadinha, Universidade de Coimbra
Edmundo Bettencourt morreu há cinquenta e um anos...
Edmundo Alberto Bettencourt (Funchal, 7 de agosto de 1899 - Lisboa, 1 de fevereiro de 1973) foi um cantor e poeta português notavelmente conhecido por interpretar o Fado e a Canção de Coimbra e pelo seu papel determinante na introdução de temas populares neste género musical. Notabilizou-se pela composição musical "Saudades de Coimbra" a qual é ainda hoje uma referência da música portuguesa universitária.
Edmundo era neto de Júlio César de Bettencourt, Morgado da Calheta. Caso os morgadios não tivessem sido extintos, Edmundo teria sido o Morgado.
Frequentou a Faculdade de Direito de Coimbra, foi funcionário público, até ser despedido, por o seu nome figurar entre os milhares de signatários das listas do MUD, desenvolvendo, então, a atividade de delegado de propaganda médica. Integrou o grupo fundador de Presença, cujo título sugerira, e em cujas edições publica O Momento e a Legenda. Dissocia-se do grupo presencista em 1930, subscrevendo com Miguel Torga e Branquinho da Fonseca uma carta de dissensão, onde é acusado o risco em que a revista incorria de enquadrar o "artista em fórmulas rígidas", esquecendo o princípio de "ampla liberdade de criação" defendido nos primeiros tempos" (cf. "O Modernismo em Portugal", entrevista de João de Brito Câmara a Edmundo de Bettencourt, reproduzida in A Phala, n.° 70, maio de 1999, p. 114). A redação de Poemas Surdos, entre 1934 e 40, alguns dos quais publicados na revista lisboeta Momento, permite antedatar o surto do surrealismo em Portugal, enquanto adesão a um "sistema de pensamento, no que ele tem de fuga à chamada realidade, repúdio dos valores duma civilização e esperança de ação num domínio onde por tradição ela é quase sempre negada", embora não seja possível esclarecer com especificidade qual foi o conhecimento que Bettencourt teve da lição surrealista francesa.
Frequentou os cafés Royal e Gelo, onde se reuniu a segunda geração surrealista, vindo a publicar seis inéditos no n.° 3 da revista Pirâmide (1959-1960), em cujas páginas, entre 59 e 60, foram dadas à luz algumas das produções do grupo do Gelo. Publicou ainda esparsamente outros poemas em Momento, Vértice, Búzio. Depois de um silêncio, que deve ser compreendido não como desistência "mas sim [como] uma peculiar forma de revolta que o poeta defende carinhosamente", colige toda a sua produção, permitindo a edição, em 1963, dos Poemas de Edmundo de Bettencourt, prefaciados por Herberto Helder, poeta que, pela primeira vez, faz justiça à originalidade do autor de Poemas Surdos, considerando-o "uma das pouquíssimas vozes modernas entre o milagre do Orpheu e o breve momento surrealista português" (HELDER, Herberto - "Relance sobre a Poesia de Edmundo de Bettencourt", prefácio a Poemas de Edmundo de Bettencourt, Lisboa, Portugália, 1963, p. XXXII). Com efeito, o versilibrismo, o imagismo e certa atmosfera onírica e irreal conferem à sua poesia um lugar de destaque no segundo modernismo, estabelecendo, simultaneamente, a ponte com o vanguardismo de Orpheu e com tendências surrealistas e imagistas verificadas em gerações posteriores à Presença.
in Wikipédia
Postado por Fernando Martins às 00:51 0 bocas
Marcadores: Edmundo Bettencourt, Fado de Coimbra, Fado dos olhos claros, Funchal, Madeira, música, poesia, Universidade de Coimbra
segunda-feira, janeiro 29, 2024
O último grande concerto de Zeca Afonso foi há quarenta e um anos...
(imagem daqui)
Foi no dia 29 de janeiro de 1983 - passam hoje exatamente 41 anos sobre o último grande concerto de Zeca Afonso, já fortemente debilitado pela doença degenerativa que o matou, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa. Com todos os amigos a ajudar (os manos Salomé, Fausto, Júlio Pereira, Sérgio Godinho e muitos outros...) fez história nessa noite.
Balada do Outono - José Afonso
Meu sono vazio
Não vão acordar
Águas das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
Deixem meus olhos secar
Águas das fontes calai
Óh, ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
Óh, ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
Óh, ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
Poentes morrendo
P'ras bandas do mar
Águas das fontes calai
Óh, ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
Deixem meus olhos secar
Águas das fontes calai
Óh, ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
Óh, ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
Óh, ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
Postado por Fernando Martins às 00:41 0 bocas
Marcadores: Balada do Outono, Coliseu dos Recreios, Fado de Coimbra, José Afonso, Zeca Afonso
domingo, janeiro 21, 2024
Hoje é dia de ouvir fado de Coimbra...
Postado por Pedro Luna às 03:00 0 bocas
Marcadores: AAC, Académica, Algarve, Barros Madeira, Fado de Coimbra, Fado de Santa Clara, música, Orfeon Académico, TAUC, Universidade de Coimbra
Saudades de Barros Madeira...
Fado da Ansiedade - João Barros Madeira
O mundo dá tanta volta
Quem dera que fora assim
E se numa dessas voltas
Tu viesses para mim
Depois de Deus só é grande
O teu amor para mim
Não é Deus por ter princípio
Quase Deus por não ter fim
Postado por Fernando Martins às 00:30 0 bocas
Marcadores: AAC, Académica, Algarve, Ansiedade (O Mundo Da Tanta Volta), Barros Madeira, Fado de Coimbra, música, Orfeon Académico, TAUC, Universidade de Coimbra
Barros Madeira morreu há três anos...
Chega-nos a notícia do falecimento do Dr. JOÃO BARROS MADEIRA (Loulé, 03.08.1934 - 21.01.2021), filho de David Mendes Madeira e de Joana d'Aragão Barros, associado que foi do Orfeon Académico e da TAUC, dirigente associativo em Coimbra e reputado cantor-serenateiro na década de 50 e nos inícios dos anos sessenta. Deixou discos gravados com os grupos de Jorge Tuna e António Portugal.
Frequentou a FM da UC entre 1953-1962, com passagem prévia pelo Liceu João de Deus (Faro). Concluído curso, exerceu medicina no Algarve, teve militância política e dedicou-se à criação, treino e venda de pombos correios.
Foi autor de pelo menos duas composições coimbrãs famosas e teve uma gravação censurada pela moral da época por conta de um verso onde se dizia que Nossa Senhora tivera inveja de uma moça sortuda.
Tem uma pequena biografia em Niza (1999: I, 94), com erros na datação dos registos fonográficos.
Barros Madeira foi, no vulto e na voz, uma espécie de Luciano Pavarotti da Academia de Coimbra, tenor dotado de pontentíssimo registo que em 1962 fez um sucesso estrondoso na digressão do Orfeon Académico aos USA com o tema Fado de Santa Clara (em cuja gravação faz umas lentificações curiosas).
Deixa amigos, admiradores e muitas saudades.
Divulgação de uma fotografia tirada em 1959 junto da República Boa-Bay-Ela, onde também figura o popular "Teixeira" que vendia o Poney, https://www.facebook.com/photo/?fbid=3603026223067804&set=a.101096153260846
in Guitarra de Coimbra V (Cithara Conimbrigensis)
Postado por Fernando Martins às 00:03 0 bocas
Marcadores: AAC, Académica, Algarve, Barros Madeira, Fado de Coimbra, Joam Roiz de Castel-Branco, música, Orfeon Académico, Senhora partem tão tristes, TAUC, Universidade de Coimbra
sexta-feira, janeiro 05, 2024
Música adequada à data...
Asas Brancas - Luiz Goes
Letra e Música: Afonso de Sousa
Quando era pequenino a desventura
Trazia-me saudoso e triste o rosto,
Assim como quem sofre algum desgosto,
Assim como quem chora d'amargura.
Um anjo de asas brancas muito finas,
Sabendo-me infeliz mas inocente,
Cedeu-me as suas asas pequeninas,
Para me ver voar e ser contente.
E as asas de criança, meu tesoiro
Ao ver-me assim tão triste, iam ao céu
Tão brandas, tão macias, penas d'oiro
Tão leves como a aragem, como eu!
Cresci, cresceram culpas juntamente,
Já grandes são as mágoas mais pequenas!
As asas brancas vão-se e ficam penas!
Não mais subi ao céu, nem fui contente.
Postado por Pedro Luna às 00:09 0 bocas
Marcadores: Asas Brancas, Coimbra Quintet, Fado de Coimbra, Luiz Goes, música, saudades, Universidade de Coimbra
quarta-feira, dezembro 20, 2023
Hoje é dia de ouvir guitarra de Coimbra...
Postado por Pedro Luna às 04:30 0 bocas
Marcadores: Artur Paredes, Carlos Paredes, dança, Fado de Coimbra, Gonçalo Paredes, Guitarra de Coimbra, música
Artur Paredes morreu há quarenta e três anos...
Postado por Fernando Martins às 00:43 0 bocas
Marcadores: Artur Paredes, Carlos Paredes, Fado de Coimbra, Gonçalo Paredes, Guitarra de Coimbra, música, Variações em Mi Menor
segunda-feira, novembro 27, 2023
A UNESCO declarou o Fado Património Cultural Imaterial da Humanidade há doze anos...!
in Wikipédia
Postado por Fernando Martins às 00:12 0 bocas
Marcadores: Amália, Canção pagã, Coimbra, Fado, Fado de Coimbra, Lisboa, Luiz Goes, MPP, música, Património Cultural Imaterial da Humanidade, world music
quinta-feira, novembro 16, 2023
Hoje houve eleições na Associação Académica de Coimbra...
...celebremos as escolhas e decisões dos atuais estudantes, de vetusta Universidade, com a música da Academia, com um excelente fado:
PS - parabéns à nova Presidente da Mesa da Assembleia Magna, Carolina Nobre, e ao novo Presidente da Direção-Geral, Renato Simões, candidatos da Lista P - Por ti. Pela Académica.
Postado por Fernando Martins às 21:20 0 bocas
Marcadores: AAC, Académica, Associação Académica de Coimbra, associação de estudantes, Fado da Promessa, Fado de Coimbra, saudades, Universidade de Coimbra
sexta-feira, novembro 03, 2023
Música para celebrar o aniversário do mais antigo clube ativo português e da maior e mais antiga associação de estudantes...!
Como é bonito ver uma associação de estudantes (e clube...!) chegar à proveta idade de 136 anos, sem precisar de falsificar a data de nascimento. Parabéns BRIOSA!
Postado por Pedro Luna às 13:06 0 bocas
Marcadores: AAC, Associação Académica de Coimbra, associação de estudantes, Balada da Despedida do 5º Ano Jurídico 88/89, Fado de Coimbra, Universidade de Coimbra
A Académica faz hoje 136 anos
A Associação Académica de Coimbra (sigla: AAC), fundada a 3 de novembro de 1887, é a mais antiga associação de estudantes de Portugal. Representa os mais de vinte cinco mil e quinhentos estudantes da Universidade de Coimbra, que são automaticamente considerados seus sócios enquanto se encontrem inscritos nesta Universidade. Existem também 3055 associados seccionistas, 17 associados extraordinários e 25 associados honorários.
A AAC é dirigida pela Direção Geral (DG), composta por estudantes, e eleita anualmente entre novembro e dezembro, em eleições abertas a todos os sócios, tanto estudantes como os sócios seccionistas. À DG compete a administração da AAC bem como a representação política dos estudantes. Em termos políticos, é ainda de referir a importância das Assembleias Magnas, assembleias sobretudo de discussão da política da Academia, abertas a todos os sócios, cujas decisões têm de ser obrigatoriamente cumpridas, independentemente da opinião da DG. Este poder decisório da Assembleia Magna torna-a no palco de discussões acesas, sobretudo entre os estudantes politizados. O atual edifício da AAC foi inaugurado em 1961 e alberga praticamente todas as secções da AAC, estando integrado num quarteirão que inclui ainda uma sala de espetáculos (Teatro Académico de Gil Vicente) e um complexo de cantinas.
Atualmente a DG/AAC é presidida por João Pedro Caseiro, que se encontra no seu segundo mandato enquanto Presidente.
- Centro de Estudos Cinematográficos (CEC/AAC)
- Centro de Informática (CI/AAC)
- Grupo Ecológico (GE/AAC)
- Rádio Universidade de Coimbra (RUC)
- Secção de Astronomia, Astrofísica e Astronáutica (SAC)
- Secção de Culturas Lusófonas (SDCL/AAC)
- Secção de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH/AAC)
- Secção de Escrita e Leitura (SESLA)
- Secção de Fado www.seccaodefado.net
- Secção de Fotografia www.fotografiaaac.net
- Secção de Gastronomia (SG/AAC)
- Secção de Jornalismo (SJ/AAC)
- Secção Filatélica (SF/AAC)
- SOS Estudante
- Televisão da Associação Académica de Coimbra (tvAAC)
- Secção Experimental de Yoga (SEY/AAC)
- andebol
- atletismo
- badminton
- basebol
- basquetebol
- bilhar
- boxe
- cultura física
- desportos motorizados
- desportos náuticos
- futebol
- ginástica
- halterofilismo
- judo
- karaté
- luta
- natação
- patinagem (Hóquei em Patins e Patinagem Artística)
- pesca desportiva e alto mar
- radiomodelismo
- rugby
- taekwondo
- ténis
- tiro com arco
- voleibol
- xadrez
- yoga
- Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC)
- Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra (CITAC)
- Coro Misto da Universidade de Coimbra (CMUC)
- Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra (GEFAC)
- Orfeon Académico de Coimbra (OAC)
- Organismo Autónomo de Futebol (AAC-OAF)
- Tuna Académica da Universidade de Coimbra (TAUC)
- Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra (TEUC)
- Comendadora da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (14 de fevereiro de 1938)
- Comendadora da Ordem Militar de Cristo (5 de fevereiro de 1941)
- Membro-Honorário da Ordem do Infante D. Henrique (25 de janeiro de 1988)
- Membro-Honorário da Ordem da Liberdade (12 de abril de 1989)
- Medalha de Mérito Cultural (27 de outubro de 1987)
- Medalha de Ouro da Cidade de Coimbra
- Medalha Honorífica da Universidade de Coimbra (18 de dezembro de 2008)
- Troféu Olímpico Português
- Instituição de Utilidade Pública
Nota: a maior associação de estudantes da Europa (e um dos clubes com mais modalidade e secções) faz hoje anos, sem necessitar, como outros clubes fizeram, de falsificar a data de nascimento (até porque é a continuidade de outro clube que a antecedeu). A minha associação de estudantes, enquanto aluno da vetusta Universidade de Coimbra, merece tudo - Efe-Erre-Á...!
Postado por Fernando Martins às 01:36 0 bocas
Marcadores: AAC, Associação Académica de Coimbra, associação de estudantes, Fado de Coimbra, saudades, Universidade de Coimbra
Hoje é dia de ouvir Fado e Canção de Coimbra...!
Postado por Pedro Luna às 00:00 0 bocas
Marcadores: AAC, António Brojo, António Portugal, Associação Académica de Coimbra, associação de estudantes, Fado da Despedida, Fado de Coimbra, Luiz Goes, Rui Pato, saudades, Universidade de Coimbra
quarta-feira, novembro 01, 2023
Saudades de Napoleão Amorim...
Postado por Fernando Martins às 14:41 0 bocas
Marcadores: Fado de Coimbra, Napoleão Amorim, Santa Clara
Faleceu o decano dos cantores de Coimbra...
Napoleão Amorim o mais veterano dos intérpretes da canção de Coimbra faleceu aos 99 anos, confirmou a Associação dos Antigos Estudantes de Coimbra (AAEC), em comunicado. Nascido em 1924, Napoleão Amorim foi um dos fundadores da Associação Académica de Espinho, em 1938, quando tinha apenas 14 anos. Ali começou a cantar num pequeno orfeão, sendo escolhido para solista graças à qualidade da sua voz.
Em 1942 entrou para o 1.º ano da Faculdade de Ciências do Porto, mas como a maior parte dos seus amigos vieram estudar para a Universidade de Coimbra, ele decidiu fazer o mesmo.
A verdade é que a excelência da sua voz levou a que o regente do Orfeon Académico de Coimbra, maestro Raposo Marques, continuasse a chamá-lo para as digressões do Orfeon. Espanha, Madeira, Cabo Verde, São Tomé, Angola, Moçambique, África do Sul, Brasil – eis algumas das paragens onde atuou com o grupo da Universidade de Coimbra. Já nos anos 80 fez parte de um grupo de músicos de Coimbra que foi atuar ao Japão. E passou a integrar o grupo de fados “Coimbra Eterna”, da Associação dos Antigos Estudantes de Coimbra no Porto.
Cantou em Coimbra há pouco mais de um ano, nas comemorações do 63.º aniversário da AAEC e dos 94 anos de Polybio Serra e Silva, de quem era grande amigo.
E demonstrou, na altura, que os seus então 98 anos não o impediam de continuar a ter uma voz excelente – como salientaram quantos o ouviram e aplaudiram na festa da AAEC, mas também os muitos milhares que em poucas horas viram as gravações colocadas nas redes sociais, e nelas deixaram centenas de comentários elogiosos.
Enfim, um exemplo para as novas gerações, não só pelo timbre da voz (pois esse é um dom que só a alguns é concedido), mas também pela gentileza, simplicidade e simpatia e pelo seu amor a Coimbra e à Academia.
«A AAEC, que há dois anos homenageou Napoleão Amorim, curva-se perante a sua memória e apresenta sentidas condolências a sua família», confirma a AAEC, em comunicado.
Postado por Pedro Luna às 11:07 0 bocas
Marcadores: AAC, AAEC, Associação dos Antigos Estudantes de Coimbra, Fado de Coimbra, música, Napoleão Amorim
segunda-feira, outubro 16, 2023
Saudades do Adriano...
Senhora, partem tão tristes
Senhora, partem tão tristes
meus olhos por vós, meu bem,
que nunca tão tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.
tão tristes, tão saudosos,
tão doentes da partida,
tão cansados, tão chorosos,
da morte mais desejosos
cem mil vezes que da vida.
partem tão tristes os tristes,
tão fora de esperar bem,
que nunca tão tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.
João Roiz de Castelo-Branco
Postado por Pedro Luna às 11:11 0 bocas
Marcadores: Adriano Correia de Oliveira, canção de intervenção, Fado de Coimbra, música, Senhora partem tão tristes
E, alegre, se fez triste, aquela clara madrugada...
E alegre se fez triste - Adriano Correia de Oliveira
Poema de Manuel Alegre e música de José Niza
viu lágrimas correrem no teu rosto
e alegre se fez triste como
chuva que viesse em pleno Agosto.
Ela só viu meus dedos nos teus dedos
meu nome no teu nome. E demorados
viu nossos olhos juntos nos segredos
que em silêncio dissemos separados.
A clara madrugada em que parti.
Só ela viu teu rosto olhando a estrada
por onde um automóvel se afastava.
E viu que a pátria estava toda em ti.
E ouviu dizer adeus: essa palavra
que fez tão triste a clara madrugada.
Postado por Pedro Luna às 04:10 0 bocas
Marcadores: Académica, Adriano Correia de Oliveira, Canção da Beira Baixa, canção de intervenção, E Alegre se Fez Triste, Fado de Coimbra, Universidade de Coimbra
Adriano Correia de Oliveira morreu há quarenta e um anos...
Postado por Fernando Martins às 00:41 0 bocas
Marcadores: Adriano Correia de Oliveira, canção de intervenção, Fado de Coimbra, Minha mãe, música
Música adequada à data...
Postado por Pedro Luna às 00:04 0 bocas
Marcadores: Adriano Correia de Oliveira, canção de intervenção, Fado de Coimbra, música, Trova do vento que passa