domingo, outubro 24, 2010

... e ele só queria voltar ao tempo do último andar recuado...


(imagem daqui)

«Ofereceram-me sete presidências de empresas públicas»

Narciso Miranda lança duras críticas a José Sócrates, que acusa de promover o laxismo e novo-riquismo no PS e no país

O antigo presidente da Câmara de Matosinhos revela que lhe ofereceram sete cargos de empresas públicas para se calar. «Ofereceram-me o cargo de presidente da Metro do Porto, presidente dos transportes públicos do Porto, presidente das Águas do Rio Douro e Paiva, presidente do ex-Instituto Nacional de Habitação e para uma eventual holding para gerir as infra-estruturas marítimo-portuárias...», enumera .

Em entrevista à revista Sábado, Narciso Miranda lança duras críticas a José Sòcrates. Diz que este «tem sido um excelente chefe, com paus-mandados no terreno que fazem o que ele manda». E afirma que Pedro Silva Pereira e Rui Pedro Soares são «paus-mandados» do líder do PS.

Considerando a influência de Sócrates no PS «muito maior do que seria aceitável», Narciso lança critica a visão de Sócrates para o país. «Acho que o país idealizado ou construído por José Sócrates é perturbador. É o país do laxismo, do facilitismo, do favor, da ficção, do discurso fantasmagórico e... das cunhas descaradas».

«Esta nova cultura política de novo-riquismo, do facilitismo, da balda provoca-me angústia».

O agora vereador da Câmara de Matosinhos garante que ainda não é altura de se retirar. «Sou novo demais para calçar pantufas. Tenho ainda muito caminho para percorrer».

E confessa ter esperanças numa mudança. «Isto vai mudar e espero que depressa. Espero que, ultrapassados os prazos constitucionais, se arranjem novos protagonistas para tomarem conta do País». 

in TVI 24 - ler notícia

Pacheco Pereira, as Novas Oportunidades e os Magalhães

Pacheco Pereira, no seu blog Abrupto, debruça-se com muita clareza sobre a brutal quantidade de dinheiro gasto para a fotografia com o nosso PM (e para alguns meterem ao bolso...) e para falsificar miseravelmente as estatísticas das habilitações literárias da nossa população:

Sete palmos de abrigo?!?

Abrigo

Orçamento abrigo de tempestades

Novas Oportunidades - a voz do chefe e as mentiras desmascaradas

(imagem daqui)

Parece que o cappo máximo das Novas Oportunidades está em plena campanha a vender o seu peixe (que, na sua maioria, está podre e intragável):




É claro que repetir uma mentira muitas vezes não a torna verdade - uma aldrabice é sempre uma aldrabice, por muito que a doirem. Para perceberem como isto bateu no fundo sugere-se as seguintes leituras:





(imagem daqui)

NOTA: sabiam que é quase impossível hoje, a alguém que parou de estudar, voltar, de facto, a aprender as matérias que precisa para ir para a Universidade? E que há hoje cursos universitários, da área de Ciências, que têm caloiros provenientes das novas oportunidades que, das bases de Química e Matemática que precisam, têm o que aprenderam no 9º Ano ou menos?!?...

The end is near... - Nov@s Oportunydadz

(clicar para aumentar)

Sábado, 21 de Outubro de 2010 - via A Educação do meu Umbigo

Vertigem - música adequada à situação económica do país

A ética republicana e socialista - versão generosas ofertas a Narciso Miranda

(imagem daqui)

Cosa nostra

PS: Já ouviram isto?

in Blasfémias - post de Helena F. Matos

sábado, outubro 23, 2010

Hoje o Rei faz 70 anos!

(imagem daqui)

O futebolista Pelé, o melhor jogador de sempre e em todo o mundo, faz hoje 70 anos. Celebremos a data com uma música que cantou com a saudosa Elis Regina:

Seminário em Évora - II


RAZÕES ISOTÓPICAS DE HE E NE AO LONGO DO RIFT DA TERCEIRA: IMPLICAÇÕES PARA A FONTE MANTÉLICA DOS AÇORES

HE AND NE ISOTOPIC RATIOS ALONG THE TERCEIRA RIFT: IMPLICATIONS FOR THE AZORES MANTLE SOURCE

Pedro Madureira

Universidade de Évora

Departamento de Geociências e Centro de Geofísica de Évora


Hora: 14.30 horas

Data: 27 de Outubro de 2010 (4ª feira)
Local: Anfiteatro 1 – Colégio Luís António Verney

Promove: CGE/UE


Resumo:

Ao longo das últimas décadas, a análise sistemática de gases nobres tem demonstrado a existência de uma heterogeneidade significativamente maior da fonte mantélica dos basaltos das ilhas oceânicas do que aquela que fornece os magmas extruídos ao longo das cristas médias oceânicas. A maior parte dos locais amostrados no presente trabalho situam-se ao longo da fronteira de placas que constitui o bordo N do Plateau vulcânico dos Açores, conhecida como Rift da Terceira. Esta estrutura é caracterizada pela alternância de ilhas oceânicas com bacias de profundidades superiores a 3000 m. Com base na análises isotópicas de He e Ne obtidas a partir de fenocristais de olivina será discutida a natureza da fonte mantélica que alimenta o magmatismo associado à dinâmica deste sistema de alastramento ultra-lento.

Seminário em Évora


MICROSSISMICIDADE NA REGIÃO DE ARRAIOLOS:
PISTAS PARA A SUA INTERPRETAÇÃO OU PURA ESPECULAÇÃO?

Alexandre Araújo

Universidade de Évora

Departamento de Geociências e Centro de Geofísica de Évora


Hora: 14.30 horas

Data: 27 de Outubro de 2010 (4ª feira)
Local: Anfiteatro 1 – Colégio Luís António Verney

Promove: CGE/UE


Abstract:
A região a NW de Évora, concretamente área envolvente à povoação de Arraiolos, caracteriza-se por uma microssismicidade persistente, relativamente difusa. No VIII Congresso de Gelogia, em Junho de 2010, foi apresentada uma comunicação intitulada “A elevação de Aldeia da Serra (Arraiolos): um “push up” activo associado à falha de Ciborro e ao lineamento de S. Gregório?”, em co-autoria com António Martins e João Matos. Nesse trabalho apresentou-se um modelo interpretativo para a actividade tectónica da região, com base em dados de Geologia de Campo, Geomorfológicos, análise de imagens de satélite e na distribuição da sismicidade da região.

Nesta palestra pretende-se apresentar um resumo desse trabalho, ainda preliminar, e discutir hipóteses de trabalho futuras, que envolvam novas abordagens, eventualmente em colaboração com colegas do Grupo de Geofísica Interna/Sismologia.

Música tropical com sabor a basófias


Nota: não sei quem canta - alguém me pode confirmar a minha suposição?

sexta-feira, outubro 22, 2010

Sismo nos Açores - actualização


Segundo o IM, aqui ficam os dados do sismo de hoje:


Arquipélago dos Açores (Data de actualização 2010-10-22 15:41)


Data(TU) Lat. Lon. Prof. Mag. Ref. Grau Local
2010-10-22 15:41 38,53 -29,45 3 3,7 W Faial II Feteira


ADENDA: o CVARG, no seu site, divulga também os dados e localização do epicentro:

Sismo nos Açores

Recebido do IM via e-mail:

O Instituto de Meteorologia informa que no dia 22-10-2010 pelas 15:41 (hora local) foi registado nas estações da Rede Sísmica do Arquipélago dos Açores, um sismo de magnitude 3.6 (Richter) e cujo epicentro se localizou a cerca de 50 km a Oeste do Capelo (Faial).

De acordo com a informação disponível, este sismo foi sentido, devendo em breve ser emitido novo comunicado com informação instrumental e macrossísmica actualizada.

Se a situação o justificar serão emitidos novos comunicados. Sugere-se o acompanhamento da evolução da situação através da página do IM na Internet (http://www.meteo.pt/) e a obtenção de eventuais recomendações junto do Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros (http://www.srpcba.pt/).

Explicação ecológica para a situação de quatro países


NOTA: na base, naturalmente, os PIGS (acrónimo baseado nos nomes de quatro países: Portugal, Italy, Grece & Spain).

Etnobotânica e Biodiversidade em Ourém


Jornadas da Etnobotânica e Biodiversidade 

27 e 28 de Novembro de 2010

Inscrições Gratuitas (Inclui documentação e diploma, a todos os participantes)

Auditório da Câmara Municipal de Ourém
39º 39’ 31.61’’ N
08º 34’ 41.74’’ O


Programa

27 de Novembro (Sábado)

09.30 Recepção dos participantes e entrega da documentação

10.00 – Painel: Biodiversidade

- Fernando Catarino - Universidade de Lisboa

11.30 – Pausa com chá e bolinhos locais

12.00 – Pedro Cortes – Engenheiro Agro-florestal

12.45 – Espaço debate

13.30 – Almoço regional (pago; local e ementa a definir, mediante inscrição prévia)

15.00 – Painel: Etnobotânica

- Amélia Frazão Moreira - Departamento Antropologia da FCSH (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa) e CRIA (Centro em Rede de Investigação em Antropologia).

- António Flor – Botânico

16.30 – Pausa com Castanhas e abafado

17.00 – Jorge Paiva – Universidade de Coimbra

17.45 – Espaço debate

18.30 – Projecção do filme ‘Em nome da terra’ comentada pela realizadora Rita Saldanha (a confirmar)

20.00 – Jantar regional e animação musical (pago; local e ementa a definir, mediante inscrição prévia).


28 de Novembro (Domingo)

10.00 – Saída de campo no Agroal para observação da flora e fauna

13.00 – Almoço regional (pago; local e ementa a definir, mediante inscrição prévia)

14.30 – Conclusões e encerramento dos trabalhos




quinta-feira, outubro 21, 2010

Poema para depois de uma aula de música do filhote

(imagem daqui)

Moto Contínuo

Por onde passo sem cantar, já canto
Com a voz que hei-de ter.
O meu silêncio é sempre
O avesso de um verso
Ainda condenado
Ao purgatório do indefinido...
Só quando ali estiver purificado
Poderá ser ouvido.

Ouvido por alheias criaturas.
Eu,
Vítima, algoz e tronco de tortura,
Ouço o trovão
Antes da trovoada...
E arrasto, portanto,
A cruz futura do futuro canto,
Mesmo quando parece muda a caminhada.


in Diário VIII (1959) - Miguel Torga

O país das aldrabices

(imagem daqui)
Mais aldrabices

Segundo o Público de hoje, o Secretário de Estado Emanuel dos Santos anunciou ontem que o valor orçamentado este ano para despesas de "consultadoria" elaboradas por entidades externas desceu muito em relação ao ano anterior. Este ano não vai chegar sequer a 30 milhões de euros e o ano passado rondou os 50 milhões. Aqui fala-se em mais de 90 milhões. Ou seja, cheira a aldrabice. Com esta gente estamos frequentemente no campo da aldrabice e das meias-verdades, porque as coisas nunca são claras e os esclarecimentos não aparecem quando pedidos.

E ainda tem a distinta desfaçatez em dizer que "seria mais oneroso para os contribuintes dispor de especialistas em todas as matérias a tempo inteiro".
Ai seria? Então para que servem os gabinetes jurídicos dos ministérios? E para que serviam as auditorias nesses mesmos ministérios, lugares por onde passou o tempo todo, o ex-vice-PGR Gomes Dias e que segundo consta deu um parecer verbal num caso mediático?

Mais: só os advogados da Sérvulo e outros que tais ( as três grandes, como dizia o Júdice) é que sabem de direito administrativo, de ambiente, comercial e assim?
Então se é assim, poderiam recrutar especialistas na magistratura e pagá-los a uma fracção do custo dos pareceres. A tempo inteiro e com maior proveito profissional. Porque quem sabe dessas matérias é quem lida com elas todos os dias, como profissão.
Aliás, para que serve um tribunal de Contas?

Portanto, para ver a aldrabice bem patente, basta ver o que o Governo gastou em pareceres no tal exercício de "consultadoria" apenas com um único escritório de advogados- a Sérvulo & Associados. Só em quatro contratos em 2009 foram mais de um milhão de euros. A firma desmente. E diz que é nada disso. Mas não diz quanto é e quanto recebeu ao certo e no total...

No entanto, parece que há mais e muito mais.

Este tipo de coisas está muito bem explicado aqui. É pena que os jornalistas não leiam destas coisas e as aproveitem.
Poderiam perceber melhor tudo isto se entendessem isto que ali se escreve:

O problema é óbvio para quem trabalha com o CCP: o Estado é apenas mais um cliente, as empreiteiras de obras públicas, fornecedores e prestadores também são clientes. E o Estado tem recorrido aos serviços de quem igualmente defende outros clientes.
Quando o Estado escolhe quem os seus oponentes escolhem, os conflitos de interesses vir a ser intransponíveis. E, desconhecendo-se que estes existam, é certo que, às vezes, coexiste alguma promiscuidade mal explicada.
Os quase 500 artigos do CCP são uma Torre de Babel para quem trabalha com contratos públicos.
É, porém, verdade o que diz SC: todos tiveram 6 meses para estudar o Código. Pela minha parte, chamei a atenção, por escrito, ainda como auditora do TC, para esta complexidade.
Não vi grandes preocupações por parte do Estado em formar técnicos nestes 6 meses.
Tudo continuou diletante, apático e alheado. Desde 2008 que o CCP é a minha Caixa de Pandora. Foi a arma para investir numa actividade livre e privada e abdicar do meu vínculo ao Estado.
A exoneração foi a minha libertação. Se o Código fosse uma amálgama reduzida à agregação do DL 59/99 e do 197/99, isso não seria possível.
A complexidade da obra obriga a requalificações profissionais e quem exerce funções públicas não está motivado nem disposto a isso.
A estrutura da Administração Pública é deficitária para manusear um monumento jurídico desta ordem. E a debandada das reformas não ajuda. Ficam os menos experientes. Vão-se os que têm mais traquejo e expediente.
Numa máquina que obstaculou a que os seus funcionários licenciados em Direito tirassem o estágio para exercer advocacia e inibiu a sua vocação para dirimir litígios, o problema é hoje evidente: não há predisposição nem há aptidão. Contratam-se advogados, juristas, investigadores, consultores e peritos.
O Estado não tem mão-de-obra qualificada para ter mão neste Código. E isto dá a mão aos que abdicaram do Estado em prol do estudo do CCP. Numa coisa dou razão ao Sérvulo Correia: não há aqui filhos e enteados. Há, talvez, digo eu, filhos legítimos e bastardos.

in portadaloja - post de José

The end is near... - como sair de um beco

(imagem daqui)

Helena Matos no Público:
O homem que todos querem ver pelas costas. Mas na verdade o homem de quem todos dependem. Falo de José Sócrates naturalmente. O PS vive na esperança que o PSD ou o PR façam aquilo que em devido tempo o PS não fez: criar uma situação que leva à saída de Sócrates de cena. Infelizmente para o PS agora é tarde: as alternativas à liderança de José Sócrates foram empalidecendo de cada vez que o PS se tornou cúmplice do indefensável e disse sim ao que bem sabe que devia ter dito não.

Sócrates é ignorantíssimo, fútil, não tem sentido de Estado e tomou decisões na sua vida académica, profissional e política que a maior parte dos portugueses, até o conhecerem como primeiro-ministro, repudiariam liminarmente. Mas tem uma noção agudíssima do poder. Enquanto o exerceu de facto transformou o aparelho de Estado na sua máquina e fez de cada português um dependente do Estado.

Continua a fazê-lo agora, quando já não se pode dizer que exerce o poder porque neste momento trata sim ou de arranjar uma situação que lhe permita sair condignamente ou de conseguir uma legitimidade reforçada no cargo de primeiro-ministro.

The end is near...

Vórtice de desespero engole o regime



Depois da reacção que o meu texto de ontem gerou - deixo, antes de mais, um sentido agradecimento ao Sapo, pelo destaque -, a sucessão vertiginosa de acontecimentos deixa as perspectivas quanto ao futuro do país cada vez mais incertas.

O ex-economista chefe do FMI, Kenneth Rogoff, afirmou que o FMI poderá vir a intervir em Portugal, quer o Orçamento do Estado seja aprovado ou não, afirmando também que a intervenção da organização não é necessariamente melhor do que entrar em incumprimento de dívida. Precisamente no seguimento do que dissemos ontem, tal como já havia sido apontado pelo LR no Blasfémias.

Depois da distinta lata de Jorge "Lacaio", no Prós e Contras de ontem, dizendo que este orçamento defende o Estado Social, e que a pobreza está a diminuir (quando o Presidente da Cáritas havia dito precisamente o contrário, e quando está à vista de todos aquilo que se passa), veio agora outro comensal do orçamento, do lado do PSD, Paulo Rangel, dizer que o PSD se deve abster por motivos patrióticos. Mas como é que esta gente tem a lata de falar em patriotismo? Esta gente deste regime que acabou com qualquer sentido de patriotismo e de comunidade, através do qual tantos têm servido os próprios bolsos à custa dos contribuintes?

Valha-nos, para já, Passos Coelho, que contra tantas pressões lá tem demonstrado nervos de aço, e que já esta noite impõs as suas condições para aprovar o orçamento: aumentar o IVA em apenas 1%, suspender todas as Parcerias Público-Privadas (PPP), nada de cortes nos sectores principais do Estado Social - saúde e educação - aceitar reembolsos fiscais por entrega de dívida pública, recusa de algumas mexidas nas tabelas do IVA e que a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) passe a ser uma agência independente de fiscalização da despesa e dívida pública que inclui o Estado, entidades públicas e privados que recebam subsídios públicos.

Contudo, não deve faltar muito para o governo cair. Depois dos trabalhadores da Direcção-Geral de Contribuições e Impostos se recusarem a trabalhar horas extra, ameaçando ainda com uma greve, agora é a vez dos juízes assumirem o seu poder de fiscalização. Não tenho dúvida alguma que, se forem para a frente com esta medida, muitas e diversas atitudes despesistas irão ser encontradas, e mais vale tarde que nunca: A Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) requereu acesso aos documentos que autorizaram e atestam os montantes gastos pelos membros dos gabinetes dos 16 ministérios e dos secretários de Estado da Presidência do Conselho de Ministros e do adjunto do primeiro-ministro. O pedido solicita informação sobre “a atribuição e utilização de cartões de crédito e uso pessoal de telefones, móveis ou fixos”, e também “cópia dos documentos de processamento e pagamento das despesas de representação aos membros do actual Governo”, bem como “de subsídios de residência”.

Esta é a hora da verdade para Sócrates. O PSD está aberto a negociar, agora sim sobre  um documento que já se conhece. E tanto PSD como CDS já sugeriram onde cortar quase 600 milhões de euros, em várias despesas supérfluas. Será José Sócrates capaz de, ao menos uma vez na vida, ter sentido de Estado e de responsabilidade, ter percepção do que se passa realmente e capacidade de verdadeiramente negociar a viabilização de um OE mais equilibrado, menos despesista e que estimule a economia?

Seja como for, este é um governo a prazo. Tem os dias contados. Falta apenas saber se o regime também. E se este tiver os dias contados, como muitos já receiam, há um real perigo: o do poder cair na rua. E é preciso evitar isto. O que acontecerá com uma de duas situações: tal como escrevi ontem, com uma ditadura do FMI em nossas casas, ou se decidirmos tomar em mãos a responsabilidade de tratar dos nossos assuntos. Portugal não é uma democracia liberal madura, responsável, e não vai ser com este enquadramento democrático, perpassado por uma imensa rede de sombrios interesses clientelares, que alguém vai ser capaz de reformar o Estado português. Das suas quase 14 mil entidades, aposto que a esmagadora maioria nada mais faz do que ser um sorvedouro de dinheiro dos contribuintes. Este é um sistema caduco, que está a tentar preservar-se por todas as formas, colocando uma brutal pressão sobre os seus contribuintes liquídos, de tal forma que este não é um Orçamento de Estado mas um Orçamento de Extorsão. Não seria melhor sermos nós a tratar dos nossos assuntos, a arrumar a casa de forma a que possamos ter uma democracia liberal digna dessa qualificação (que não temos agora)?

Mas, quantos estão dispostos a sair para a rua? E, ao contrário do que alguns julgam, não estou aqui a fazer nenhuma apelo às armas. O que é preciso é mostrar, o quanto antes, o descontentamento dos portugueses, que não apenas os que se associam à greve da CGTP. Protestos pacíficos mas incisivos, que demonstrem que os portugueses estão vigilantes em relação às trapalhadas deste governo, e que não mais vão aturar bovinamente os devaneios socretinos.

in Blog Estado Sentido - post de Samuel de Paiva Pires

quarta-feira, outubro 20, 2010

Jornadas da OIKOS de Leiria

XVI JORNADAS SOBRE AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO

“Biodiversidade – Herança de Futuro?

A Oikos vai realizar nos próximos dias 21 e 22 de Outubro de 2010, as XVI Jornadas sobre Ambiente e Desenvolvimento este ano subordinadas ao tema “Biodiversidade – Herança de Futuro?”. O evento terá lugar no auditório da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais de Leiria. Entrada será livre, mediante inscrição. 

PROGRAMA

Dia 21 de Outubro, Quinta-Feira

09.00 - Entrega de documentação
09.30 - Sessão de abertura
  • Presidente da Oikos
  • Vereadora do Ambiente da Câmara Municipal de Leiria
  • Governador Civil do Distrito de Leiria
10.00 - Painel A: Importância da Biodiversidade
”Origem e Evolução das Espécies”
José Teixeira - CIBIO - Universidade do Porto
11.00 - Intervalo
”Importância da Biodiversidade”
Jorge Paiva - Universidade de Coimbra
12.15 - Debate
Moderador: José Castro (Oikos)
13.00 - Almoço
14.30 - Painel B: Biodiversidade em Portugal
“O Mundo dos Invertebrados”
Isabel Abrantes - Universidade de Coimbra
“Aves de Portugal”
Gonçalo Elias - Projecto Aves de Portugal
16.00 - Intervalo
”Flora de Portugal”
João Honrado - Universidade do Porto
“Répteis e Anfíbios de Portugal”
José Teixeira - CIBIO - Universidade do Porto
17.30 - Debate
Moderador: Edgar Lameiras (ESECS/IPLeiria)
18.00 - Encerramento


Dia 22 de Outubro, Sexta-Feira

09.30 - Painel C: Ameaças à Biodiversidade
“Principais Ameaças à Biodiversidade em Portugal”
Eugénio Sequeira - Liga para a Protecção da Natureza
“Alterações Climáticas e Biodiversidade”
Maria João Cruz - Universidade de Lisboa
11.15 - Intervalo
“Espécies Invasoras”
Helena Freitas - Universidade de Coimbra
12.15 - Debate
Moderador: Rui Cordeiro (Vertigem)
13.00 - Almoço
14.30 - Painel D: Conservação da Biodiversidade
“Lobo Ibérico”
Francisco Petrucci - Fonseca - Universidade de Lisboa
“Biodiversidade Marinha”
Jorge Gonçalves - Universidade do Algarve
16.00 - Intervalo
“Conservação da Biodiversidade nas Áreas Classificadas
- Região de Leiria”
Luís António Ferreira - Instituto da Conservação da Natureza
e da Biodiversidade
17.00 - Debate
Moderador: Nuno Carvalho (Oikos)
17.30 - Encerramento das Jornadas

Local: Auditório da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais de Leiria

Entrada livre mediante inscrição