sexta-feira, junho 17, 2011

Escher nasceu há 113 anos

 
Auto-retrato (retirado daqui)

Maurits Cornelis Escher (Leeuwarden, 17 de Junho de 1898 - Hilversum, 27 de Março de 1972) foi um artista gráfico holandês conhecido pelas suas xilogravuras, litografias e meios-tons (mezzotints), que tendem a representar construções impossíveis, preenchimento regular do plano, explorações do infinito e as metamorfoses - padrões geométricos entrecruzados que se transformam gradualmente para formas completamente diferentes.
in Wikipédia

(imagem daqui)

Stravinski nasceu há 129 anos


Ígor Fiódorovitch Stravinski (Oranienbaum, 17 de Junho de 1882Nova Iorque, 6 de Abril de 1971) foi um compositor, pianista e maestro russo, considerado por muitos um dos compositores mais importantes e influentes do século XX. Foi o arquétipo do russo cosmopolita, escolhido pela revista Time como uma das 100 pessoas mais influentes do século. Além do reconhecimento que obteve pelas suas composições, ficou ainda famoso como pianista e maestro, estando nessa condição muitas vezes na estreias das suas obras.


José Calvário morreu há dois anos

(imagem daqui)

José Carlos Calvário (Porto, 1951 - Oeiras, 17 de junho de 2009) foi um maestro português. É considerado um dos melhores orquestradores e arranjadores de Portugal. Foi ainda compositor, destacando-se clássicos da música portuguesa como "E Depois do Adeus" e "Flor Sem Tempo".


Música actual para geopedrados


The Shield And The Sword - Clare Maguire

You and I
Felt so good to begin with didn’t we?
Well now it seems there’s far too many adverts in between
And we don’t speak
So we’re left in constant silence
It’s haunting me
So I’m ready now to fight this

You have the shield
I’ll take the sword
I no longer love you
No longer love you
I’m not afraid of danger in the dark
I no longer love you
No longer love you

You and I aren’t working
Burning on the bridges now
We’re trapped inside
Screaming won’t somebody get me out

You have the shield
I’ll take the sword
I no longer love you
No longer love you
I’m not afraid of danger in the dark
I no longer love you
No longer love you

I no longer love you
No longer love you
No longer love you
No longer love you

And we don’t speak
So we’re left in constant silence
And it’s haunting me
So I’m ready now to fight this

You have the shield
I’ll take the sword
I no longer love you
No longer love you
I’m not afraid of danger in the dark
I no longer love you
No longer love you

You and I
Felt so good to begin with didn’t we?
But now it seems these shields and swords are haunting me

Ivan Lins - 66 anos


Ivan Guimarães Lins (Rio de Janeiro, 16 de Junho de 1945) é um músico e compositor brasileiro, e um dos artistas brasileiros de maior sucesso no mundo.

(...)
Filho do militar Geraldo Lins, foi muito influenciado por diversos géneros musicais como jazz, bossa nova e soul e tem como principal instrumento o piano, que toca desde os dezoito anos. Formou-se em engenharia química no final dos anos 60, quando iniciou a carreira musical em festivais. A canção O Amor É O Meu País, erroneamente taxada de ufanista, foi classificada em segundo lugar consecutivo no V Festival Internacional da Canção. O primeiro sucesso como compositor foi com Madalena, gravada por Elis Regina.
Contratado pela gravadora Forma/Philips (que posteriormente transformou-se em Polygram até chegar ao nome actual Universal Music) pelo então produtor, o compositor Paulinho Tapajós, grava três discos pelo selo: Agora, Deixa o trem seguir e Quem sou eu?. Nesse período, compôs músicas com Ronaldo Monteiro de Souza, mas depois teve em Vítor Martins o mais frequente parceiro. A primeira composição entre ambos se deu quando do lançamento do quarto LP, Modo livre, pela RCA (depois BMG, em seguida Sony BMG e hoje Sony Music), gravadora esta que lançaria também o álbum subsequente, Chama acesa. Nessa mesma década lançou alguns discos que o projectaram nacionalmente.
Teve inúmeros sucessos como cantor como Abre Alas, Somos todos iguais nesta noite e Começar de novo - todas em parceria com Vítor Martins. Começar de novo foi gravada por Simone no mesmo ano em que foi composta. Na voz de Simone, Começar de novo foi tocada como tema oficial de abertura do seriado Malu Mulher, tonando-se um grande sucesso da época e um marco na história da MPB.
Lançou inúmeros discos, muitos deles de inúmero sucesso, tendo trocado de gravadoras por diversas vezes. No decorrer dos anos 70, a obra ganha grande temática política. A partir da segunda metade dos anos 80, começa a enfatizar a carreira internacional, principalmente nos EUA, onde foi regravado por inúmeros astros da música internacional, como Quincy Jones, George Benson, Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan, Carmen MacRae e Barbra Streisand.
Foi destacado compositor, tendo músicas gravadas por nomes consagrados como Elis Regina (Cartomante, Madalena, Aos Nossos Filhos), Simone (Começar de Novo), Quarteto Em Cy (Abre Alas), Gal Costa (Roda Baiana), Jane Duboc (De Alma e Corpo, Aos Nosso Filhos) Zizi Possi (Demónio de Guarda) e Emílio Santiago (Velas Içadas). Comandou um programa televisivo na Rede Globo ao lado de Gonzaguinha e Aldir Blanc, o Som Livre Exportação. Foi casado com a cantora e atriz Lucinha Lins, com quem teve um filho, o cantor e actor Cláudio Lins. Torce pelo Fluminense Football Club.
Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura, cantou, ainda que com uma participação individual diminuta, no coro da versão brasileira de We are the world, o hit americano que levantou fundos para a África ou USA for Africa. O procjeto Nordeste já (1985), abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes num compacto, de criação colectiva, com as canções Chega de mágoa e Seca d´água. Elogiado pela competência das interpretações individuais, foi no entanto criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes o enquadramento de cada uma delas no coro.
Em 1991, com o amigo e parceiro Vítor Martins, fundou a gravadora Velas. Essa gravadora, totalmente nacional e independente, foi mais uma tentativa de que se desse espaço para cantores brasileiros já conhecidos esquecidos em gravadoras multinacionais e para o surgimento de novos valores no cancioneiro popular. Nomes como Chico César, Lenine, Guinga tiveram grande respaldo dessa gravadora para poderem iniciar as carreiras artísticas. Essa gravadora também lançou discos de nomes já consagrados na música, como Zizi Possi (o elogiadíssimo Valsa Brasileira), Fátima Guedes (Coração de Louca, um dos pioneiros do selo, além de Grande Tempo, Pra bom entendedor… e Muito intensa), trabalhos póstumos de Elis Regina (Elis Regina no Fino da Bossa, Elis Vive, Elis Regina ao vivo), e outros. Em 1995, grava a música Lembra de Mim, tema da novela História de Amor, de Manoel Carlos, que faz um enorme sucesso.
Ivan Lins é autor da trilha sonora dos filmes Dois Córregos e Bens Confiscados de Carlos Reichenbach e ganhou Prémio de Melhor Trilha Sonora no terceiro Festival Luso-Brasileiro Santa Maria da Feira. Ele também é um dos compositores brasileiros mais gravados no exterior e já foi indicado ao prémio Grammy. Lançou também um tributo ao Poeta da Vila, Noel Rosa (Viva Noel, 1997), que contou com muitas participações especiais e também lançou Um novo tempo (1999), só com canções natalícias.
Cinco anos depois, veio o CD Cantando Histórias, que traz regravações dos antigos sucessos e contou com as participações especiais de Jorge Vercilo, Simone e Zizi Possi. Dois anos depois, veio Acariocando (2006), somente com canções inéditas. No fim no ano de 2007, Ivan Lins lançou o CD e DVD Saudades de Casa, com diversas colaborações, gravado em estúdio no Rio de Janeiro.

quinta-feira, junho 16, 2011

O Estica nasceu há 121 anos

(imagem daqui)

Stan Laurel, nascido Arthur Stanley Jefferson, (Ulverston, Lancashire, Inglaterra, 16 de Junho de 1890 - Santa Mónica, Califórnia, EUA, 23 de Fevereiro de 1965) foi um actor cómico, escritor e director norte-americano, nascido na Inglaterra. Tornou-se famoso principalmente por seu trabalho com Oliver Hardy, com o qual formou a dupla cómica O Bucha e Estica (O Gordo e o Magro).

O reformador hungaro Imre Nagy foi assassinado há 53 anos

(imagem daqui)

Imre Nagy (Kaposvár, 7 de Junho de 1896 - 16 de Junho de 1958) foi um líder comunista húngaro.
Combateu pelo exército da Áustria-Hungria na Primeira Guerra Mundial. Trabalhou depois na secção húngara do Comintern.
Depois da ocupação da Hungria pelos soviéticos em 1945 na sequência da Segunda Guerra Mundial, Nagy tornou-se ministro da agricultura e ministro da justiça durante o perigo de expurgo (1948-1953), mas pertenceu à liderança da ala reformista do Partido Comunista Húngaro após a morte de Estaline.
Em outubro de 1956, tornou-se primeiro-ministro durante a revolução e concordou com medidas radicais anti-soviéticas. Depois de as tropas soviéticas ocuparem a Hungria e esmagado pela força a Revolução Húngara de 1956, Nagy foi executado e enterrado secretamente em 1958.




Revolution

Nagy became Chairman of the Council of Ministers of the People's Republic of Hungary again, this time by popular demand, during the anti-Soviet revolution in 1956. Soon he moved toward a multiparty political system.
On 1 November, he announced Hungary's withdrawal from the Warsaw Pact and appealed through the UN for the great powers, such as the United States and the United Kingdom, to recognize Hungary's status as a neutral state. Throughout this period, Nagy remained steadfastly committed to Marxism; but his conception of Marxism was as "a science that cannot remain static", and he railed against the "rigid dogmatism" of "the Stalinist monopoly".
When the revolution was crushed by the Soviet invasion of Hungary, Nagy, with a few others, was given sanctuary in the Yugoslav Embassy. In spite of a written safe conduct of free passage by János Kádár, on 22 November, Nagy was arrested by the Soviet forces as he was leaving the Yugoslav Embassy, and taken to Snagov, Romania.

Secret trial and execution

Subsequently, the Soviets returned him to Hungary, where he was secretly charged with organizing to overthrow the Hungarian people's democratic state and with treason. Nagy was secretly tried, found guilty, sentenced to death and executed by hanging in June 1958. His trial and execution were made public only after the sentence was carried out. According to Fedor Burlatsky, a Kremlin insider, Nikita Khrushchev had Nagy executed, "as a lesson to all other leaders in socialist countries."
He was buried along with his co-defendants in the prison yard where the executions were carried out and years later moved to a distant corner (section 301) of the Municipal Cemetery of Budapest, face-down, and with his hands and feet tied with a barbed wire. Next to his grave stands a memorial bell inscribed in Latin, Hungarian, German and English. The Latin reads: "Vivos voco / Mortuos plango / Fulgura frango," which is translated as: "I call the living, I mourn the dead, I master (lit. "break") the lightning.

Gerónimo!


Gerónimo (Goyaałé (traduzindo da língua apache, "O Que Boceja"); frequentemente soletrado Goyathlay em inglês), (16 de Junho de 182917 de Fevereiro de 1909) foi um importante líder indígena da América do Norte, comandando os apaches chiricahua que, durante muitos anos, guerrearam contra a imposição pelos brancos de reservas tribais aos povos indígenas dos Estados Unidos da América .
Gerónimo era guerreiro de Cochise e depois se opôs a ele quando dos acordos com os norte-americanos. Tornou-se o mais famoso dos chamados "índios renegados". Resistiu heroicamente, mas se rendeu ao ter uma visão de um trem passando em suas terras. Foi preso e passou 22 anos prisioneiro, até a data de sua morte.

(...)
Goyaałé (Geronimo) nasceu em Bedonkohe, próximo a Turkey Creek, atual Novo México (EUA), mas na época parte do México.
O pai de Gerónimo era chamado de Tablishim, Juana era o nome da mãe. Ele foi educado de acordo com a tradição Apache. Casou com uma mulher Chiricauhua e teve três filhos. Em 5 de Março de 1851, uma companhia de 400 soldados de Sonora, liderados pelo Coronel José Maria Carrasco atacou o acampamento de Gerónimo. No ataque foram mortos a esposa de Gerónimo, Alope, seus filhos e mãe. O chefe da tribo, Mangas Coloradas, juntou-se à tribo de Cochise, que estava em guerra contra os mexicanos. Foi nessa época que se acredita ter Gerónimo ganhado seu apelido, que seria uma referência dos mexicanos a São Jerónimo, depois de ele matar vários soldados à faca em uma batalha.
Antes dos mexicanos, os apaches da região de Sonora lutaram contra os espanhóis em defesa de suas terras. Em 1835, o México estabeleceu recompensas pelos escalpos dos Apaches. Mangas Coloradas começou a liderar os ataques aos mexicanos, dois anos depois. Na sua luta com ele, Gerônimo agia como um líder militar, sem ser chefe da tribo. Ele se casou novamente, com Chee-hash-kish e teve mais dois filhos, Chappo e Dohn-say. Teve uma segunda esposa, Nana-tha-thtith, e ganhou outro filho. Depois teria mais esposas: Zi-yeh,She-gha, Shtsha-she e Ih-tedda. Algumas foram capturadas, como Ih-tedda. Estava com Gerónimo quando ele se rendeu.
Durante 1858 a 1886, Gerónimo atacou tropas mexicanas e norte-americanos, e escapou de diversas capturas. No final da sua carreira guerreira, seu bando contava com apenas 38 homens, mulheres e crianças. Seu bando tinha sido uma das maiores forças de índios renegados, ou seja, aqueles que recusaram os acordos com o Governo Americano. Gerónimo se rendeu em 4 de Setembro de 1886 às tropas do General Nelson A. Miles, em Skeleton Canyon, Arizona, colocando um fim no episódio chamado de Guerras Apache.
Gerónimo e outros guerreiros foram prisioneiros em Fort Pickens, Flórida, e suas famílias enviadas para o Fort Marion. Reuniram-se em 1887, quando foram transferidos para Mount Vernon Barracks, Alabama. Em 1894, mudaram para Fort Sill, Oklahoma. No fim da vida, Gerónimo havia se tornado uma celebridade, aparecendo em eventos populares tais como a Feira Mundial de 1904 em St. Louis, vendendo souvenirs e fotografias dele mesmo. Em 1905 Gerónimo contou sua história a S. M. Barrett, Superintendente de Educação de Lawton, Oklahoma. Barrett apelou ao Presidente Roosevelt para publicar o livro.
Gerónimo nunca retornou à terra onde nasceu; morreu de pneumonia em Fort Sill, em 1909, e foi enterrado como prisioneiro de guerra.
Nos Estados Unidos os paraquedistas gritam "Gerónimo!" antes de saltar dos aviões.

Amália cantando Mourão-Ferreira


 Barco Negro

De manhã, que medo, que me achasses feia!
Acordei, tremendo, deitada n'areia
Mas logo os teus olhos disseram que não,
E o sol penetrou no meu coração.

Vi depois, numa rocha, uma cruz,
E o teu barco negro dançava na luz
Vi teu braço acenando, entre as velas já soltas
Dizem as velhas da praia, que não voltas:
São loucas! São loucas!

Eu sei, meu amor,
Que nem chegaste a partir,
Pois tudo, em meu redor,
Me diz qu'estás sempre comigo.

No vento que lança areia nos vidros;
Na água que canta, no fogo mortiço;
No calor do leito, nos bancos vazios;
Dentro do meu peito, estás sempre comigo.

David Mourão-Ferreira morreu há 15 anos

(imagem daqui)

David de Jesus Mourão-Ferreira (24 de Fevereiro de 192716 de Junho de 1996) foi um escritor e poeta lisboeta licenciado em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em 1951, onde mais tarde em 1957 foi professor, tendo-se destacado como um dos grandes poetas contemporâneos do Século XX.
Na sua obra, são famosos alguns dos poemas que compôs para a voz de Amália Rodrigues, como Sombra, Maria Lisboa, Nome de Rua, Fado Peniche e sobretudo Barco Negro, entre outros.[carece de fontes?][1]
Mourão-Ferreira trabalhou para vários periódicos, dos quais se destacam a Seara Nova e o Diário Popular, para além de ter sido um dos fundadores da revista Távola Redonda. Entre 1963 e 1973 foi secretário-geral da Sociedade Portuguesa de Autores. No pós-25 de Abril, foi director do jornal A Capital e director-adjunto do O Dia.
No governo, desempenhou o cargo de Secretário de Estado da Cultura (de 1976 a Janeiro de 1978, e em 1979). Foi por ele assinado, em 1977, o despacho que criou a Companhia Nacional de Bailado.
Foi autor de alguns programas de televisão de que se destacam "Imagens da Poesia Europeia", para a RTP.
Em 1981 é condecorado com o grau de Grande Oficial da Ordem de Santiago da Espada. Em 1996 recebe o Prémio de Carreira da Sociedade Portuguesa de Autores e, no mesmo ano, recebe a Grã-Cruz da Ordem de Santiago da Espada.

quarta-feira, junho 15, 2011

Música dos anos oitenta para um geopedrado

Recordar Ella

O pai de Corto Maltese nasceu há 84 anos


Hugo Eugenio Pratt (Rímini, 15 de Junho de 1927Grandvaux, Suíça, 20 de Agosto de 1995) foi um autor de banda desenhada italiano, criador da personagem Corto Maltese.
Em 1945 conhece o desenhador Mario Faustinelli, e inicia-se na BD, faz parte do "grupo de Veneza", com Alberto Ongaro, Damiano e Dino Battaglia, entre outros. A sua colaboração na revista Asso di Picche, vale-lhe um convite para trabalhar na Argentina, para onde viaja em 1949, regressando em 1962. Em 1967, apôs cinco anos difíceis, conhece Florenzo Ivaldi, um empresário genovês que adora BD. Decidem lançar uma nova revista mensal, Sgt. Kirk, onde aparecem as primeiras pranchas de Una Ballata del Mare Salato (A Balada do Mar Salgado), com um personagem, Corto Maltese, na altura ainda um personagem secundário. A publicação da revista seria interrompida 30 números depois em Dezembro de 1969.
Entre Abril de 1970 e Abril de 1973 publica 21 episódios, (hoje agrupados nos ciclos Sob o Signo do Capricórnio, Corto sempre um pouco mais longe, As Célticas e As Etiópicas), a convite de George Rieu, chefe de redacção da revista francesa Pif. Desenvolve também a série os Escorpiões do Deserto.
A partir da segunda metade dos anos 70 e nos anos 80, Hugo Pratt desenvolve novas aventuras de Corto Maltese, que o consolidam como um dos grandes criadores do século XX.
Para além das aventuras de Corto, Pratt desenvolveu outros personagens e histórias, como os Escorpiões do Deserto ou El Gaucho, este último em colaboração com Manara.

A música favorita de um geopedrado que hoje faz anos...




NOTA: como prenda adicional ao aniversariante, os votos de que o Zé Pedro, a restabelecer-se de um transplante de fígado (isto de Sex and Drugs and Rock and Roll dá cabo dum gajo...) volte rapidamente aos palcos!

Just Can't Get Enough ...!


NOTA: um rapaz quando faz anos pode colocar no blogue os seus grupos e/ou músicas favoritas...

Demis Roussos - 65 anos!


Demis Roussos, nome artístico de Artemios Ventouris Roussos, (Alexandria, 15 de Junho de 1946) é um cantor grego, nascido no Egipto. Artemios acabou sendo abreviado para Demis.

Johnny Hallyday - 68 anos


Johnny Hallyday, de son vrai nom Jean-Philippe Smet, né le 15 juin 1943 à Paris, est un chanteur, compositeur, interprète et acteur français.
Après plus de 50 ans de carrière, Johnny Hallyday reste un des plus célèbres chanteurs francophones. Sa discographie officielle compte 47 albums studio et 26 albums live. Il a vendu plus de 100 millions de disques, obtenu 40 disques d’or, 22 de platine, 3 de diamant et 8 Victoires de la musique.

E vão 44...

Minha Mãe

Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo
Tenho medo da vida, minha mãe.
Canta a doce cantiga que cantavas
Quando eu corria doido ao teu regaço
Com medo dos fantasmas do telhado.
Nina o meu sono cheio de inquietude
Batendo de levinho no meu braço
Que estou com muito medo, minha mãe.
Repousa a luz amiga dos teus olhos
Nos meus olhos sem luz e sem repouso
Dize à dor que me espera eternamente
Para ir embora. Expulsa a angústia imensa
Do meu ser que não quer e que não pode
Dá-me um beijo na fonte dolorida
Que ela arde de febre, minha mãe.

Aninha-me em teu colo como outrora
Dize-me bem baixo assim: — Filho, não temas
Dorme em sossego, que tua mãe não dorme.
Dorme. Os que de há muito te esperavam
Cansados já se foram para longe.
Perto de ti está tua mãezinha
Teu irmão. que o estudo adormeceu
Tuas irmãs pisando de levinho
Para não despertar o sono teu.
Dorme, meu filho, dorme no meu peito
Sonha a felicidade. Velo eu

Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo
Me apavora a renúncia. Dize que eu fique
Afugenta este espaço que me prende
Afugenta o infinito que me chama
Que eu estou com muito medo, minha mãe.

Vinicius de Moraes

Vida de Almada Negreiros



Era filho de António Lobo de Almada Negreiros Boff, um tenente de cavalaria que foi administrador do Concelho de São Tomé e fundador de diversos jornais. Uma parte da sua infância foi passada em São Tomé e Príncipe, terra natal da mãe, Elvira Freire Sobral Bristot.

Depois da morte da mãe, em 1896, foi viver em Portugal; nesta altura, em 1900, o pai é nomeado encarregado do Pavilhão das Colónias na Exposição Universal de Paris, deixando os filhos José e António ao cuidado dos jesuítas no Colégio de Campolide.

Em 1911, após a extinção do Colégio de Campolide dos Jesuítas e uma breve passagem pelo Liceu de Coimbra, José entra para a Escola Internacional de Lisboa. Nesta escola, consegue um espaço onde irá desenvolver o seu trabalho, publicando, ainda nesse ano, o seu primeiro desenho na revista A Sátira. Publica também o jornal manuscrito A Paródia, onde é o único redactor e ilustrador.

Em 1913, apresenta, na Escola Internacional de Lisboa, a sua primeira exposição individual, composta de 90 desenhos; aqui trava conhecimento com Fernando Pessoa, com quem edita a Revista Orpheu, juntamente com Mário de Sá Carneiro.

Júlio Dantas, médico, poeta, jornalista e dramaturgo, é a maior figura da intelectualidade da época e afirma que a revista é feita por gente sem juízo. Irónico, mordaz, provocador mesmo, Almada responde com o Manifesto Anti-Dantas, onde escreve: "…uma geração que consente deixar-se representar por um Dantas é uma geração que nunca o foi. É um coio d’indigentes, d’indignos e de cegos, e só pode parir abaixo de zero! Abaixo a geração! Morra o Dantas, morra! Pim!"

O manifesto teve algum impacto no meio artístico; é tempo de mudar as mentalidades e a sociedade, e Almada fá-lo como poucos, atacando a cultura burguesa instituída e os seus representantes ao mais alto nível.

Em 1917, escreve a novela A Engomadeira.

Em 1919, vai viver para Paris, onde exerce diversas actividades e escreve a Histoire du Portugal par coeur. Em Paris, fica apenas cerca de um ano e, quando regressa, vai colaborar com António Ferro, tendo inclusivamente desenhado a capa do livro deste, Arte de Bem Morrer. Faz também as capas da revista Presença, números 47 e 54.

Em 1927, volta a deixar Portugal, desta vez para Espanha, onde, além de colaborar com diversas revistas, escreve El Uno, Tragédia de la Unidad, obra dedicada à pintora Sarah Afonso, com quem viria a casar em 1934, já após o seu regresso a Portugal.

Em Portugal, vigora já o Estado Novo, e Almada, apoiante das ideias fascistas por influência do Futurismo italiano, começa a ser solicitado para colaborar com as grandes obras do Estado. O Secretariado da Propaganda Nacional – SPN, encomenda-lhe o cartaz de apelo ao voto na nova constituição; o mesmo SPN irá organizar mais tarde a exposição Almada – Trinta Anos de Desenho, convidando-o para se apresentar na exposição Artistas Portugueses, no Rio de Janeiro, em 1942.

O SPN viria ainda a atribuir a Almada Negreiros o Prémio Columbano pela sua tela intitulada Mulher.

A partir daqui, Almada dedica-se principalmente ao desenho e à pintura: pinta os vitrais da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, que o público, agarrado às tradições, não aprecia; pinta o conhecido retrato de Fernando Pessoa, os painéis das gares marítimas de Alcântara e da Rocha Conde de Óbidos, pelas quais recebe o Prémio Domingos Sequeira; pinta o Edifício da Águas Livres e frescos na Escola Patrício Prazeres; pinta as fachadas dos edifícios da Cidade Universitária e faz tapeçarias para o Tribunal de Contas e para o Palácio da Justiça de Aveiro, entre muitos outros.

Tendo colaborado tanto com o Estado Novo que a muita gente causou estranheza, Almada não deixaria de escrever: "As construções do Estado multiplicam-se, porém, as paredes estão nuas como os seus muros, como um livro aberto sem nenhuma história para o povo ver e fixar".

Em 1954, pinta o célebre retrato de Fernando Pessoa.

Os seus últimos trabalhos, já com 75 anos, são o Painel Começar na Fundação Calouste Gulbenkian e os frescos da Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra.

Almada Negreiros morre em 15 de Junho de 1970, de falha cardíaca, no mesmo quarto do Hospital de São Luís dos Franceses em que também tinha morrido Fernando Pessoa.

Ella Fitzgerald morreu há 15 anos


Ella Jane Fitzgerald (Newport News, 25 de Abril de 1917 - Beverly Hills, 15 de Junho de 1996) também conhecida como a "Primeira Dama da Canção" (em inglês: First Lady of Song) e "Lady Ella", foi uma popular cantora de jazz norte-americana. Com uma extensão vocal que abrangia três oitavas, era notória pela pureza de sua tonalidade, sua dicção, fraseado e entoação impecáveis, bem como uma habilidade de improviso "semelhante a um instrumento de sopro", particularmente no scat.