terça-feira, dezembro 07, 2010

O país dos comprados e o jornal dos ruispedros e rangéis

MUITAS FELICIDADES E MUITAS PROPRIEDADES


Seria fastidiosa e longa a lista de putativos colaboradores deste jornal anunciado. Só nas televisões, o recrutamento exauria-se - Delgado, Metello, a prestigiada D. Fátima, o ainda mais prestigiado Marques Lopes, etc., etc. Depois era só tirar à concorrência as câncios, os ferreira fernandes, os abreu amorim e os "baptista-bastos dos últimos dias" e juntar, para o "cultural" e "gastronómico", o Eduado Pitta. De quinze em quinze dias, o sr. Bava podia alternar numa coluna de opinião com o dr. Jorge Coelho, a dra. Canavilhas com o comendador Berardo, o eng. Lino com o dr. Pinho, correspondente nos EUA, e o dr. Mexia, por direito próprio, ficava com uma página inteira. A "coluna social" ficaria a cargo da dra. Edite Estrela que acumulava com a Europa, Manuel Alegre e o "livro de estilo". Da astrologia encarregavam-se os drs. Amado, Santos Silva e Assis e Jorge Lacão assegurava a banda desenhada. O espaço para os mais novos ficaria a cargo da sorridente Alçada, pelo lado literato, e de Sousa Pinto pelo lado das crianças propriamente ditas. Periodicamente Moita Flores, Rodrigues dos Santos e Júlio Magalhães, entretanto substituído na direcção de informação da tvi pelo segundo, pelo Zé Alberto ou pela dra. Cunha e Sá, editam livros a 1 euro mais o jornal. O consultório jurídico será partilhado entre o dr. Vital Moreira e o conselheiro Pinto Monteiro e o dr. Mota Amaral, por consenso, fornecerá conselhos matrimoniais. O 1º número, nas cartas ao director, incluiria uma da Manuela Moura Guedes, lavada em lágrimas de alegria e de credulidade, a dizer qualquer coisa como isto: «Sinto-me mais apaziguada com o ‘mundo’ porque diminuiu também o sentimento de injustiça, sabendo que há realmente uma estação de televisão independente do poder político, que não teme e não se deixa dobrar: a SIC.» Como se dizia lá das bandas da guerra colonial, na saudosa RTP a preto e branco, muitas felicidades e muitas propriedades.

in Portugal dos Pequeninos - post de João Gonçalves

Humor só cretino

(imagem daqui)


(imagem daqui)

NOTA: sugiro que a encomenda, paga com dinheiro do PSOE espanhol (do PM Zapatero), se chame Os Aldrabões, O Socas, Jobs for the Boys ou O Berbequim. Desejamos ainda felicidades para os moços de recados que irão fazer os cerca de 10 números que serão publicados.

A ética republicana e socialista - versão caciques do PS

Até quando?



As eleições internas nos partidos são uma pouca-vergonha que ninguém cuida disfarçar. As única comparações possíveis, na actualidade, sobrevivem na lisura reconhecida a algumas repúblicas das bananas, sul-americanas ou africanas, bem como com o que se passa no Myanmar ou afins. Se este País ostentasse uma réstia de Estado de Direito aquilo que a revista Sábado revela acerca das pantominices na Distrital do PS de Coimbra teria graves consequências – a começar pelos governantes e deputados envolvidos. Claro que com a desgraça de PGR que temos tudo ficará na mesma. Para pior…


NOTA: porque não queremos que falte nada aos nossos leitores, aqui fica o texto e filme da revista Sábado:


Exclusivo
A história dos votos pagos no PS em 6m30
06-12-2010

Por Vítor Matos e montagem de Joana Mouta

As eleições contestadas, as rivalidades, as quotas pagas em massa, os militantes que se queixam, os socialistas derrotados, as desculpas dos que ganharam. Em 6m30, veja a história sobre os esquemas para ganhar eleições internas no PS.

Mário Ruivo, vencedor por dois votos em Coimbra, assume que apoiantes seus pagaram quotas a terceiros. Renato Sampaio, vencedor no Porto, diz que as quotas são uma questão individual. Um cheque terá entrado no Largo do Rato para pagar 700 quotas de Coimbra. O advogado do derrotado denuncia o caso e acusa André Figueiredo, chefe de gabinete de José Sócrates e que manda no aparelho. Um militante mostra os papéis de quotas pagas duas vezes. Uma confusão. José Sócrates resume que os socialistas têm de saber ganhar e perder.

Teixeira dos Santos avaliado pelo Financial Times

 (imagem daqui)
O brilharete do 16º lugar (em 19)

Há meio século, numa das suas visitas às Nações Unidas, o então líder soviético, Khrushchev, desafiou o presidente dos EUA, John Kennedy, para uma corrida de 100 metros. Naturalmente que Kennedy venceu aquela corrida a dois, o que não impediu o Pravda do dia seguinte de escrever: “Khrushchev com brilhante segundo lugar numa corrida em que Kennedy foi penúltimo”.

Lembrei-me desta velha anedota ao ler (e ouvir) as notícias sobre a avaliação do Financial Times a 19 ministros das Finanças da União Europeia. Para uns, Teixeira dos Santos estava a subir na classificação, para outros estava entre os melhores. Tudo para alegria dos abrantes. Vá lá que, desta vez, o Público soube ir ler à fonte e titulou como devia titular: Teixeira dos Santos relegado quase para o final do “ranking” do “Financial Times”.

Ou seja, temos os Pravda que merecemos.

in Blasfémias - post de jmf

Música triste para um momento difícil...


And I'd give up forever to touch you
'Cause I know that you feel me somehow
You're the closest to heaven that I'll ever be
And I don't want to go home right now
And all I can taste is this moment
And all I can breathe is your life
And sooner or later it's over
I just don't want to miss you tonight


And I don't want the world to see me
'Cause I don't think that they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am


And you can't fight the tears that ain't coming
Or the moment of truth in your lies
When everything feels like the movies
Yeah you bleed just to know you're alive


And I don't want the world to see me
'Cause I don't think that they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am


And I don't want the world to see me
'Cause I don't think that they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am


And I don't want the world to see me
'Cause I don't think that they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am
I just want you to know who I am
I just want you to know who I am
I just want you to know who I am

Música para geopedrada hoje muito triste...


domingo, dezembro 05, 2010

Poema de José Régio bem actual

Soneto

Surge Janeiro frio e pardacento,
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São Bento
E o Decreto da fome é publicado.

Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.

E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,

Também faz o pequeno "sacrifício"
De trinta contos - só! - por seu ofício
Receber, a bem dele... e da nação.


José Régio (1969)

sábado, dezembro 04, 2010

Hoje é dia de Santa Bárbara e dos Mineiros

Há 30 anos morreram dois políticos que hoje fazem muita falta...

Dia da Padroeira dos Mineiros

Santa Bárbara - Mina de Sal Gema de Campina de Cima - Loulé (foto pessoal)

Santa Bárbara - Padroeira dos Mineiros


Para compreender a devoção dos mineiros por Santa Bárbara importa entrar um pouco no conhecimento da história da respectiva vida lendária. Sobre esta história existem numerosas versões, a mais difundida das quais considera Bárbara nascida no início do Séc. IV em Nicomédia, actual Ismite, cidade da antiga Bitínia, na Ásia Menor, junto ao Mar de Mármara; era então Imperador Romano Maximiano Hércules.

Segundo esta versão, Bárbara era uma jovem invulgarmente bela, filha de Dióscoro, homem rico e poderoso, adorador dos deuses grego-romanos. Este, desejando destinar sua filha a um bom casamento, que também constituísse para ele uma vantajosa aliança, e por ter de partir em viagem, encerrou-a numa torre, mandando construir ali um balneário com duas janelas.

No seu isolamento, Bárbara terá entrado em profunda meditação, acabando por se converter à fé cristã, então seriamente proibida no país e já motivadora de perseguições. Na ausência do seu pai, Bárbara mandou abrir no seu balneário uma terceira janela para que assim, segundo ela, recebesse uma luz que representasse a Santíssima Trindade. Também iluminada pela Santíssima Trindade terá desenhado uma cruz com o dedo, no mármore da balneário, que ali ficou profundamente gravada e que, conforme vários relatos, teve efeitos milagrosos para os que, mais tarde, a tocaram. Além disso mandou destruir os ídolos pagãos que seu pai ali tinha.

Quando Dióscoro regressou da viagem, interrogou sua filha, que explicou o que tinha feito e informou seu pai que recusava qualquer casamento, pois já se tinha destinado a Jesus Cristo. Aquele, furioso, desembainhou a espada para a castigar, o que fez com que Bárbara fugisse e se ocultasse no interior de um rochedo que, segundo a lenda, se terá aberto para a esconder. Numa versão da Idade Média, que situa a história lendária de Bárbara perto de Atenas, a jovem terá sido protegida por mineiros de Laurio que a esconderam na sua mina. Denunciada por um pastor, Bárbara terá sido entregue ao seu pai que a levou a Marciano, máxima autoridade romana da cidade, acusando-a de professar o Cristianismo. Marciano quis perdoá-la, se Bárbara aceitasse os deuses de Roma, mas a jovem terminantemente recusou.

Por várias vezes açoitada cruelmente, Bárbara terá pedido sempre o auxílio a Deus, tendo Jesus aparecido assegurando-lhe que estaria sempre a seu lado, de modo que as crueldades dos tiranos nada pudessem contra ela. Nesse momento, Bárbara ter-se-á sentido curada e terá dado muitas graças a Jesus, assegurando-lhe que o seguiria para sempre.

Não conseguindo demovê-la da sua fé em Jesus, Marciano, no cúmulo do furor, tê-la-á mandado decapitar. Dióscoro, seu pai, que terá solicitado ser ele o executor, terá levado Bárbara ao alto de um monte onde esta se terá ajoelhado e pedido a Jesus que, na hora da sua iminente morte, a absolvesse de todos os seus pecados. Levada pela sua bondade, terá pedido também que a mesma graça fosse concedida a todos os que, em situações de morte iminente, por seu intermédio implorassem a Extrema Unção. Tendo recebido de Jesus a garantia da satisfação destes pedidos, Bárbara terá sido decapitada pelo seu cruel pai. Isto ter-se-á passado no dia 4 de Dezembro, dia de futuro dedicado à Santa. Continua a lenda que, entretanto, o céu escurecera, se tornara tempestuoso e que, quando Dióscoro encetou o regresso do monte, um raio o fulminou, reduzindo-o a cinzas. E assim, enquanto Bárbara terá subido ao Céu levada por anjos, Dióscoro terá descido ao Inferno para ser atormentado para sempre pelos demónios.

A adoração da Santa Bárbara por parte do mineiros, ao ponto de a elegerem como Padroeira, poderá encontrar-se na sua história lendária. Para além de relações possíveis, que podem ser consideradas menores, do refúgio de Bárbara no interior da terra , quando primeiramente perseguida pelo pai, parece fora de dúvida que o motivo essencial da adoração se encontre na súplica, feita pela Santa a Jesus, para que, quando em situações de morte iminente, todos os que implorassem a Deus, por seu intermédio, a Extrema Unção, a obtivessem, ficando absolvidos de todos os seus pecados. Tais situações de morte iminente tê-las-iam sempre os mineiros diante dos olhos quando no seu trabalho no subsolo.

Este também é o motivo pelo qual Santa Bárbara é também venerada, como Padroeira, por outras profissões (artilheiros, pirotécnicos, bombeiros, etc.); outras profissões, relacionáveis com a torre, tanto quanto à respectiva construção (cabouqueiros, pedreiros, arquitectos) como quanto à respectiva utilização como prisão (presidiários, se tal se pode considerar uma profissão, e guardas de prisão), têm igualmente a Santa como Padroeira. No mundo inteiro, Santa Bárbara mantém-se Padroeira dos Mineiros.

Prof. F. Mello Mendes - 1as Jornadas de Comemoração do Dia de Santa Bárbara - 04.12.2003

sexta-feira, dezembro 03, 2010

E anda um povo a poupar para pagar autoestradas, pontes, TGV's, aeroportos, consultadorias e, vai-se a ver...




Fábula da Fábula


Era uma vez
uma fábula famosa,
Alimentícia
E moralizadora,
Que, em verso e prosa,
Toda a gente
Inteligente
Prudente
E sabedora
Repetia
Aos filhos,
Aos netos
E aos bisnetos.
À base duns insectos
De que não vale a pena fixar o nome,
A fábula garantia
Que quem cantava
Morria
De fome.

E, realmente…
Simplesmente,
Enquanto a fábula contava,
Um demónio secreto segredava
Ao ouvido secreto
De cada criatura
Que quem não cantava
Morria de fartura.

in Diário VIII (1959) - Miguel Torga

A ética republicana e socialista - versão os continentais que paguem a crise que os açorianos é que sabem

(imagem daqui)



Os animais são todos iguais, mas uns são mais do que os outros

Magnífico Título

Desavergonhados.

in Educação S.A. - post de Reitor

Jobs for the boys - ponto da situação

O Estado segundo o PS


Seria interessante um jornal pegar nestas informações do TC e averiguar o perfil das consultoras contratadas pelas empresas públicas e dos proprietários.

in O Cachimbo de Magritte - post de Maria João Marques

Sugestão de prendas de Natal

Recebido por e-mail, com interessantes sugestões de prendas de Natal em particular para os nossos leitores de Lisboa:
Com o primeiro fim-de-semana de Dezembro à porta, é tempo de pensar nas compras de Natal.

Visite a nova loja do Pavilhão do Conhecimento-Ciência Viva e deixe-se contagiar por um espírito de Natal científico.

Guarda-chuvas com constelações, malas com a espessura de uma folha de papel que suportam até 55 kg, kits científicos, robôs, livros, relógios com "pilhas" de fruta, árvores de Natal que crescem durante a noite com a ajuda da ciência, jogos de construção, puzzles matemáticos, origamis, dinossáurios que brilham no escuro. Na loja e na livraria do Pavilhão do Conhecimento encontrará artigos e livros científicos que surpreenderão os seus familiares e amigos nesta Consoada, qualquer que seja a idade. 

Descubra algumas das nossas sugestões em www.pavconhecimento.pt e visite-nos para conhecer toda a oferta.

A loja do Pavilhão do Conhecimento-Ciência Viva espera por si de terça a sexta-feira, entre as 10.00 e as 18.00 horas, e aos fins-de-semana e feriados, entre as 11.00 e as 19.00 horas.

Coloque a ciência no sapatinho dos seus familiares e amigos. Boas compras!


Para mais informações:
  • Loja - 21 891 71 05

Notícia astronómica no Público

Anãs vermelhas estarão subestimadas
Há três vezes mais estrelas no Universo do que se pensava

Andrómeda, uma galáxia em espiral, onde haverá mais anãs vermelhas do que na Via Láctea

Por causa das anãs vermelhas, estrelas pequenas e pouco brilhantes, se comparadas com o nosso Sol, o número de estrelas no Universo estava subestimado. Afinal, serão três vezes mais do que se pensava.

Estas estrelas só conseguiam detectar-se na nossa galáxia. Só graças aos poderosos instrumentos do Observatório Keck, no Hawai foi agora possível detectar as suas assinaturas em oito galáxias que ficam a distâncias entre 50 milhões e 300 milhões de anos-luz de distância.

Pieter van Dokkum, da Universidade de Yale (EUA), e Charlie Conroy, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, que publicaram as novas contas na revista Nature, concluíram que há 20 vezes mais anãs vermelhas nas galáxias elípticas do que na nossa Via Láctea, que é em espiral.

“Assume-se que as outras galáxias são parecidas com a nossa. Mas isto sugere que são possíveis outras condições. Esta descoberta pode ter um grande impacto na compreensão de como se formam e evoluem as galáxias”, disse Conroy, citado num comunicado de imprensa da Universidade de Yale.

“Podemos ter de abandonar a ideia de usar a Via Láctea como o modelo de medida para o resto do Universo”, comentou van Dokkum.

Se esta descoberta estiver correcta, os astrónomos subestimaram bastante a massa das galáxias. E isso quer dizer também que as galáxias se desenvolveram mais cedo e mais depressa do que os cientistas pensam.

O risco de motim e os boys do PS

(imagem daqui)

quinta-feira, dezembro 02, 2010

Vá roubar para a estrada

(imagem daqui)

A posição do Governo português é muito clara, não precisamos de ajuda nenhuma. Precisamos de confiança na economia.



Tenha paciência: ajuda ainda é como o outro. Agora confiança, vá roubar para a estrada.



in O Cachimbo de Magritte - post de Jorge Costa