quinta-feira, novembro 11, 2010

A ética republicana e socialista - versão minha alegre casinha


Post com cheiro a castanhas

Hoje é dia de vinho novo, de castanhas assadas, do verão de S. Martinho:

A I Grande Guerra acabou há 92 anos

Uma pérola de humor (até pela presença do Mr. Bean e do Doctor House...):

Recordar o Martinho no dia do santo...

 São Martinho no Mosteiro de Tibães
Martinho nasceu na Hungria, antiga Panónia, por volta do ano 316 e pertencia a uma família pagã. Seu pai era comandante do exército romano. Por curiosidade começou a frequentar uma Igreja cristã, ainda criança, sendo instruído na doutrina cristã, porem sem receber o baptismo. Ao atingir a adolescência, para tê-lo mais à sua volta, seu pai o alistou na cavalaria do exército imperial. Mas se o intuito do pai era afasta-lo da Igreja, o resultado foi inverso, pois Martinho, continuava praticando os ensinamentos cristãos, principalmente a caridade. Depois, foi destinado a prestar serviço na Gália, hoje França.
Foi nessa época que ocorreu o famoso episódio do manto. Um dia um mendigo que tiritava de frio pediu-lhe esmola e, como não tinha, o cavaleiro cortou seu próprio manto com a espada, dando metade ao pedinte. Durante a noite o próprio Jesus lhe apareceu em sonho, usando o pedaço de manta que dera ao mendigo e agradeceu a Martinho por tê-lo aquecido no frio. Dessa noite em diante, ele decidiu que deixaria as fileiras militares para dedicar-se à religião.

Hoje é Dia da Papoila

Recordemos que se celebram hoje os 92 anos do terminus da I Grande Guerra e que  há uma tradição anglo-saxónica (no Reino Unido, Austrália e no Canadá, onde este é um dia muito especial, conhecido como o Remembrance Day) de celebrar-se tal facto recorrendo a papoilas de papel (que são vendidas para apoiar os antigos combatentes - desta e de outras guerras).

Isto deve-se a um poema do ex-combatente canadiano John McCrae (1872-1918), médico e tenente-coronel que, depois de enterrar um amigo, em 1915, escreveu o seguinte texto:

In Flanders’ Fields


In Flanders’ Fields the poppies blow
Between the crosses, row on row,
That mark our place; and in the sky
The larks, still bravely singing, fly
Scarce heard amid the guns below.

We are the dead. Short days ago
We lived, felt dawn, saw sunset glow,
Loved, and were loved, and now we lie
In Flanders’ Fields.

Take up our quarrel with the foe:
To you from failing hands we throw
The torch; be yours to hold it high.
If ye break faith with us who die
We shall not sleep, though poppies grow
In Flanders’ Fields.


NOS CAMPOS DE FLANDRES - Tradução livre

Nos campos de Flandres crescem as papoilas
E florescem entre as cruzes que, fila a fila,
Marcam o nosso lugar; e, no céu,
Voam as cotovias, que continuam corajosamente a cantar,
Embora mal se ouça seu canto, por causa dos canhões.

Estamos mortos... Ainda há poucos dias, vivos,
sim, nós amávamos, nós éramos amados;
sentíamos a aurora e víamos o poente
a rebrilhar, e agora eis-nos, todos deitados
nos campos de Flandres.

Continuai a nossa luta contra o inimigo;
A nossa mão vacilante atira-vos o facho:
mantende-o bem alto. Que, se a nossa vontade trairdes,
nós, que morremos, não poderemos dormir,
ainda mesmo que floresçam as papoilas
nos campos de Flandres.

Tradução/adaptação de Pedro Luna



Recordemos então os mortos, incluindo o autor do poema (que faleceu de pneumónica e meningite, quase no final da Guerra) e o seu camarada de armas a quem dedicou a poesia, até porque é honrando os que lutaram (às vezes ingloriamente e, por vezes, sem ser ser por uma justa causa) que iremos recordar que a Guerra é sempre má. E lembremos também a americana Moira Michael, que escreveu uma réplica ao poema e ajudou a perpetuar a celebração da data - Remembrance Day, Veterans Day, Poppy Day ou Armistice Day, consoante o país - o nosso Dia do Armistício:

Oh! You who sleep in Flanders’ fields,
Sleep sweet – to rise anew;
We caught the torch you threw;
And holding high we kept
The faith with those who died.
We cherish, too, the Poppy red
That grows on fields where valour led.
It seems to signal to the skies
That blood of heroes never dies,
But lends a lustre to the red
Of the flower that blooms above the dead
In Flanders’ Fields.
And now the torch and poppy red
Wear in honour of our dead
Fear not that ye have died for naught
We’ve learned the lesson that ye taught
In Flanders’ Fields.

quarta-feira, novembro 10, 2010

Jornadas Quercus de borla em Fátima


XX Jornadas de Ambiente da Quercus

12 de Novembro de 2010 - Fátima

A Quercus vai realizar, no próximo dia 12 de Novembro, as suas XX Jornadas de Ambiente, este ano dedicadas ao tema do “Valorizar os Serviços dos Ecossistemas”. As Jornadas terão lugar no Dom Gonçalo - Hotel & SPA, em Fátima.


Programa

09.30 - Sessão de Abertura
  • Anabela Trindade (Sub-Directora Geral da APA - Agência Portuguesa de Ambiente)
  • Tito Rosa (Presidente do ICNB – Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade)
  • José Alho (Vice-Presidente do Município de Ourém)*
  • Susana Fonseca (Presidente da Quercus)
  • Representantes das empresas Mecenas das Jornadas

Entrega do Prémio "Valorização e Sustentabilidade do Sobreiro e da Biodiversidade Associada” ao Centro de Ecologia Aplicada Baeta Neves do Instituto Superior de Agronomia (ISA), que concorreu com o trabalho “Exclusão de pastoreio e biodiversidade dos montados: fundamentos para utilização do pastoreio rotacional”, Este prémio surge no âmbito da iniciativa europeia Business & Biodiversity, em resultado de um acordo celebrado em Outubro de 2007 entre a CORTICEIRA AMORIM, o ICNB, a AFN, a WWF e a QUERCUS, com vista à defesa do montado de sobro e à preservação da biodiversidade

Manhã
Moderadora: Susana Fonseca (Presidente da Quercus)

10.00 - Avaliação para Portugal do Millennium Ecosystem Assessment - Henrique Miguel Pereira (Centro de Biologia Ambiental Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa)

11.00 - O estado dos serviços de ecossistemas em Portugal. Que opções para responder aos seus problemas? - Tiago Domingos (Instituto Superior Técnico)

Tarde
Moderador: Henrique Miguel Pereira

14.00 - Avaliação dos Ecossistemas de Portugal: Montanha - Estudo de caso - Carlos Aguiar (Instituto Politécnico de Bragança)

15:00 - Como valorizar economicamente os serviços prestados pelos Ecossistemas? - Américo Carvalho Mendes (Universidade Católica Portuguesa do Porto)*

16.00 - O caso de estudo dos serviços ambientais da Machouqueira do Grou - João Gomes Ferreira (CE Liège).

* a confirmar

Informações e Inscrições
Secretariado das Jornadas de Ambiente da Quercus
Apartado 112
2494-909 OURÉM
Telefone 249 544 500
Fax 249 543 243

Elementos necessários para efectuar a inscrição via e-mail:
Nome, Empresa/Entidade (se aplicável), Profissão, Morada, Código Postal, Telefone de contacto, E-mail

Destinatários
Gestores de empresas, directores de ambiente, engenheiros do ambiente, juristas, quadros da Administração Central e Local, profissionais da área de ambiente, público em geral.

As inscrições são gratuitas.
Será disponibilizado um certificado de participação.

O site das áreas protegidas de todo o mundo

Site da ONU convida a um passeio virtual por 150 mil áreas protegidas do mundo

O Parque Natural Sintra-Cascais está no mapa do Pnua (Rui Gaudêncio)
Dos fiordes da Noruega aos vulcões da Austrália, a ONU convida a um passeio virtual por 150 mil áreas protegidas do planeta. O site ProtectedPlanet.net, lançado ontem, inclui também informação sobre 216 locais em Portugal.

O site interactivo, com informação sobre cada área protegida, resulta de uma parceria entre o Programa da ONU para o Ambiente (Pnua) e da UICN (União Mundial de Conservação da Natureza). Entre os pontos marcados no mapa mundial encontramos a Ria de Alvor, o Parque Natural Sintra-Cascais, a Serra do Açor, o Sítio Classificado Rocha da Pena, as Berlengas e a Albufeira do Azibo. Ao todo são 216 locais.

Através das mais recentes imagens de satélite, os utilizadores podem seleccionar uma determinada área protegida e, ao aproximar-se mais, podem obter informações sobre as espécies ameaçadas ou as plantas nativas.

O site oferece ainda a oportunidade para os visitantes descarregarem para o mapa mundial as fotografias das suas próprias viagens às áreas protegidas, escrever diários com as suas experiências e recomendar outras áreas. O projecto quer ajudar a explicar a razão pela qual os recursos naturais estão a ser conservados.

“Isto pode inspirar outras pessoas a fazerem a viagem, levando assim receitas para as comunidades locais, muitas vezes pobres e em zonas remotas do globo”, explica o Pnua em comunicado.

De acordo com a ONU, a indústria do ecoturismo está a crescer rapidamente, representando 77 mil milhões de dólares (55,6 mil milhões de euros) no mercado global do turismo. “À medida que aumenta a preocupação com as alterações climáticas, cada vez mais turistas estão a escolher fazer férias amigas do Ambiente, incluindo visitas a áreas protegidas”, constata o Pnua. Segundo a revista “Travel Weekly”, em 2012 o turismo sustentável poderá crescer até representar 25 por cento do mercado mundial, elevando o valor do sector para cerca de 473 mil milhões de dólares (341 mil milhões de euros) por ano.

“Os parques nacionais e as áreas protegidas representam uma resposta chave e eficaz para conservar e gerir estes bens naturais do planeta”, comentou Achim Steiner, director-executivo do Pnua. Além disso, pode “gerar receitas e modos de vida para as comunidades locais”, acrescentou.


NOTA: sugestão de uma colega (Ana Couto) - o site referenciado (ProtectedPlanet.net) vale a pena ser visitado e o registo:

O abismo - cá vamos, cantando e rindo...

(imagem daqui)





A ética republicana e socialista - versão jobs for the boys na eminente saída



A Mama Africa morreu há dois anos...

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Zenzile Miriam Makeba (Joanesburgo, 4 de Março de 1932Castel Volturno, 10 de Novembro de 2008) foi uma cantora sul-africana também conhecida como "Mama África" e grande activista pelos direitos humanos e contra o apartheid na sua terra natal.



terça-feira, novembro 09, 2010

A poucas horas do ponto de não retorno?

7% the real thing


É claro? O «FMI» não se anuncia para quando, se. Chama-se.

Curso de Astronomia em Leiria

Post em estereofonia com o Blog AstroLeiria, com uma actividade que recomendamos:

Curso de Astronomia – Origens do Universo

Desde a aurora da civilização que observamos o céu e que tentamos compreender o seu mistério. Por que razão existem estrelas? Por que brilham? De que é feito o Cosmos? Como apareceu tudo isto? Como é que estamos aqui? A procura destas respostas tem sido a essência da astronomia. E a busca leva-nos ao princípio de tudo, ao começo das nossas origens. é uma busca antiga aquela que vamos fazer. Vamos tentar compreender as nossas origens, viajando até ao início do universo, aos primeiros átomos, às primeiras estrelas, à formação do sistema solar e ao princípio da vida. Uma longa jornada para tentar compreender alguns dos mistérios mais profundos do Universo, desde as partículas elementares até aos grandes enxames de Galáxias, desde a formação da Terra até à vida.


Assuntos a abordar
  • A origem do Universo e da matéria;
  • O lado escuro do Universo;
  • A formação de estrelas e galáxias;
  • A formação da Terra e do Sistema Solar;
  • A vida no Universo.
Calendarização
20 e 27 de Novembro de 2010, das 15.00 às 20.00 horas

Formador
Astrónomo José Augusto Matos (FISUA – Associação de Física da Universidade), formador e divulgador na área da Astronomia.

Inscrições - Nº mínimo 16 e máximo 30

Público-alvo: Maiores de 14 anos. Não são necessários requisitos mínimos para frequentar a formação.

Custo de inscrição
€25,00/participante

Inscrições:
No Centro de Interpretação Ambiental de Leira, até ao dia 17 de Novembro de 2010.

Centro de Interpretação Ambiental de Leiria
cia@cm-leiria.pt
Contacto telefónico: 244 845 651

Ficheiros de Apoio

Júpiter, GMV & MVJ

Post roubado ao Blog AstroLeiria, com nossos agradecimentos ao João Cruz por mais uma bela foto:

Apesar de as condições atmosféricas não serem as melhores (neblina típica leiriense...) ainda foi possível fazer um boneco do Rei dos Planetas, com a Grande Mancha Vermelha - tempestade onde cabem 3 planetas Terra no seu eixo longitudinal - e a Mancha Vermelha Júnior, com aproximadamente metade do tamanho da GMV. Esta MVJ, originalmente denominada Oval BA desenvolveu-se através das "colisões" de 3 tempestades jovianas, no ano de 2000. Esta Oval BA tinha uma cor branca mas, a partir de Novembro de 2005, houve alterações que culminaram na cor que hoje apresenta, idêntica à GMV.

Camboja

Hoje é do Dia da Independência deste belo e mártir país... Lembremos a data com uma música dos anos oitenta:

segunda-feira, novembro 08, 2010

Sunday, blody sunday

No comment - oh Jesus...

domingo, novembro 07, 2010

Música da aniversariante condessa de Sabrosa

A vingança serve-se fria e doi como o caraças

socrates
O espectador
A vingança dos Mercados

Não sei se a leitora e o leitor conhecem a família Mercados. São discretos e não costumam aparecer nas revistas sociais, os Mercados da Silva. O pai da família, António, de seu nome, vive entre as bolsas de Nova Iorque, Londres e Tóquio, ainda que também venha a Portugal para visitar a congénere de Lisboa.


António Mercados está farto de ser insultado pelos políticos portugueses, a começar pelo primeiro-ministro e respectivo Governo. Os Mercados são acusados de todas as malfeitorias. Sobe o défice público ou o desemprego e a culpa é sempre dos Mercados. A economia teima em murchar e a bancarrota aproxima-se a passos largos – mas os bodes expiatórios são os Mercados. Ainda esta semana, voltaram ao palco da política nacional durante o debate e a votação das contas públicas no Parlamento.

O primeiro-ministro e o ministro das Finanças queixaram-se de que os Mercados insistem em subir os juros da dívida soberana – e que o Orçamento para 2011 seria a melhor forma de evitar que isso voltasse a acontecer.

Deste modo, Portugal poderia continuar a financiar-se, num círculo vicioso de endividamento do Estado. Claro que os Mercados se vingaram da difamação: no próprio dia da aprovação, os juros cresceram para nova marca, 6,45%. Um dia depois, já estavam em 6,81%, um valor recorde.

Os Mercados podiam ser uma família portuguesa. Desconfiam do primeiro-ministro por ter prometido na campanha eleitoral o que já sabia que não iria cumprir. Como a maioria dos portugueses, os Mercados percebem a extrema fragilidade do acordo entre o Governo e o PSD. Não acreditam num governo que garantiu a redução da dívida pública e a fez crescer todos os meses. Os Mercados também somos nós.

Maria Teresa de Noronha nasceu há 92 anos

(imagem daqui)

Maria Teresa do Carmo de Noronha Guimarães Serôdio (Lisboa, 7 de Novembro de 1918São Pedro de Penaferrim, 4 de Julho de 1993) foi uma fadista portuguesa.

Proveniente de uma família com raízes aristocratas, era bisneta de D. João Inácio Francisco de Paula de Noronha, 2º conde de Paraty e de D. Vasco António de Figueiredo Cabral da Camara, 3º conde de Belmonte, ambos do lado paterno, e descendente dos Condes dos Arcos, do lado materno. Tornou-se condessa de Sabrosa, pelo seu casamento com D. José António Barbosa de Guimarães Serôdio, grande admirador do Fado e guitarrista amador.

Mostrando desde cedo uma grande aptidão para interpretar o Fado, cantava em festas de família e de amigos. Com a sua visita aos retiros de Fado passa a ser conhecida a sua expressão artística, e a ganhar muitos admiradores autênticos, entre eles, vários conhecedores do Fado. Grava o seu o seu primeiro single com o título de O Fado dos Cinco Estilos em 1939. Um ano antes já a Emissora Nacional convidara Maria Teresa a actuar, tendo sido acompanhada pelo guitarrista Fernando Freitas e pelo violista Abel Negrão, e apresentada aos ouvintes pelo locutor D. João da Câmara. O êxito que obteve levou-a a iniciar o programa semanal Fados e Guitarradas, que esteve no ar vinte e três anos seguidos.

Fados como Fado da Verdade, Fado Hilário e Fado Anadia foram êxitos que muito agradaram ao grande público, assim como outros fados do seu repertório, entre os quais: Nosso Fado, Fado Menor e Maior, Minhas Penas, Pintadinho, Pombalinho ou Fado Rio Maior.
Em 1968 abandona a Emissora Nacional mas não deixa de cantar, continuando a fazê-lo em privado. De entre as suas actuações no estrangeiro, destaca-se em 1946 a sua deslocação a Espanha, por ocasião do Festival da Feira do Livro de Barcelona, e ainda Madrid, a convite do Governo espanhol, para actuar no Hotel Ritz, onde teve um êxito estrondoso. Ainda em 1946 vai ao Brasil e é igualmente muito apreciada. Actuou no Mónaco para Grace Kelly e Rainer III e em 1964 desloca-se a Londres para actuar na BBC.

A sua dicção, a sua maneira de se expressar, a forma como dominava as figurações intrincadas como os pianinhos e os roubados tornou-a criadora de um estilo muito próprio, que fez escola.