Mostrar mensagens com a etiqueta Camboja. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Camboja. Mostrar todas as mensagens

sábado, novembro 09, 2024

quinta-feira, outubro 31, 2024

Norodom Sihanouk, rei do Camboja, nasceu há cento e dois anos...

   
Norodom Sihanouk (Phnom Penh, 31 de outubro de 1922 - Pequim, 15 de outubro de 2012) foi um político cambojano. Foi o rei do Camboja em dois períodos: de 1941 a 1955 e de 1993 a 2004, quando renunciou ao trono em favor do filho, o rei Norodom Sihamoni. Desde então ficou conhecido como o "Rei-Pai do Camboja".
Filho do Rei Norodom Suramarit e da Rainha Sisowath Kossamak, tentou em 1954 fazer que a sua nação se tornasse independente da França, liderando um movimento de libertação.
Por várias vezes, exerceu também o cargo de primeiro-ministro do Camboja. Foi a pessoa que mais ocupou altos cargos políticos, segundo o Guinness Book.
   
  
in Wikipédia

domingo, maio 19, 2024

O genocida Pol Pot nasceu há 99 anos

    
Saloth Sar, também conhecido como Pol Pot ou Minh Hai (19 de maio de 192515 de abril de 1998), foi um revolucionário comunista que liderou os Khmer Vermelhos, governante do Camboja, mais conhecido por ser responsável pelo genocídio cambodjano.
   
Biografia
Nascido numa família rica, Saloth Sar estudou em França, de 1949 a 1952, numa escola particular. Fazia parte então de um grupo de estudantes cambojanos que se opunha ao poder do rei Norodom Sihanouk e que, por essa razão, perderam a sua bolsa de estudo e se sentiram atraídos pelo leninismo (paralelamente a Ho Chi Min, que luta contra a ocupação francesa no Vietname). Nesse período, lê A Grande Revolução de P. Kropotkin, obra que descreve a Revolução Francesa como uma revolta camponesa que precederia a Revolução Russa.
No início de 1953, retorna ao Camboja sem ter terminado os seus estudos. Após a independência do país, ocorrida nesse mesmo ano, junta-se ao Partido Comunista Indochinês, que possui poucos quadros cambojanos. Em 1960 foi fundado o Partido dos Trabalhadores Khmers, no qual Saloth Sar se filia, mudando o seu nome para Pol Pot (nome bastante comum no campo). Em 1963, torna-se chefe do partido, que em 1966 muda sua denominação para Partido Comunista Khmer.
Em 1966, faz uma viagem a Pequim. Atraído pelo maoísmo, irritado pela dominação vietnamita sobre o seu partido, recebe apoio chinês. Em 1970, o general Lon Nol derruba Norodom Sihanouk. É o início da guerra civil. Os monárquicos aliam-se aos Khmer vermelhos contra o novo governo. Em abril de 1975, Phnom Penh é tomada pelos comunistas, que tomam o poder e renomeiam o país como «Kampuchéa democrática». Tem início aí o genocídio cambojano: uma grande parte da população é massacrada, de acordo com as ordens de Pol Pot.
Em 1979, o Vietname invade o Camboja e destitui os Khmer vermelhos. Pol Pot lidera a resistência e em 1985, deixa de ocupar qualquer função oficial mas continua como figura de proa dos Khmer vermelhos. Em 1989 o Vietname retira-se do Camboja e Pol Pot recusa-se a cooperar com o processo de paz, continuando a lutar contra o novo governo de coligação. Os Khmer vermelhos conseguem então manter as tropas do governo afastadas até 1996, ano em que as tropas dos Khmer, desmoralizadas, começam a desertar. Vários líderes importantes dos Khmer vermelhos também desertam e Pol Pot ordena a execução do seu braço direito, Son Sen, e onze membros da sua família, em 10 de junho de 1997, por supostamente Son Sen querer fazer um acordo com o governo. Pol Pot fugiu então da sua fortaleza mas, depois, foi preso pelo chefe militar dos Khmer vermelho, Ta Mok e sentenciado à prisão domiciliar perpétua, algemado a uma coluna. Em abril de 1998, Ta Mok, foge para a floresta após novo ataque do governo e leva Pol Pot consigo. Alguns dias depois, em 15 de abril de 1998, Pol Pot morreu, oficialmente de ataque cardíaco. O seu corpo foi queimado na área rural do Camboja, com várias centenas de ex-Khmer vermelhos presentes.
Durante a revolução do Camboja, Pol Pot rebatizou o país como República Democrática do Kampuchea, e após a invasão de Phnom Penh, os pagodes, teatros e museus da cidade viraram pocilgas para porcos. Ele defendia uma sociedade 100% agrária, ordenou a destruição de qualquer rastro de tecnologia. No campo, o trabalho começava às 04.00 horas da manhã e terminava às 22.00 horas da noite. Os camponeses recebiam 1 xícara de arroz a cada 2 dias. mais de 90% da classe artística foi exterminada.
    
    
Crânios de vítimas dos Khmer Vermelhos 
   
O Genocídio cambojano é como ficou conhecido o processo de assassinato em massa promovido no Camboja pelo regime dos Khmer Vermelhos, liderado por Pol Pot, entre 1975 e 1979. Estima-se que, em quatro anos, foram executados cerca de 1,7 a 2 milhões de pessoas - cerca de 25% da população da época - alguns sendo membros do governo anterior (de Lon Nol), servidores públicos, militares, policiais, professores, vietnamitas, líderes cristãos e muçulmanos, pessoas da classe média e com boa formação escolar.
Surgido por volta de 1969, o Khmer Vermelho era uma pequena guerrilha comunista composta por cerca de 4 mil membros e atacava postos militares isolados. Posteriormente, em 1975, os aliados de Pol Pot tomaram Phnom Penh, a capital cambojana, e expulsando Lon Nol, o primeiro-ministro do país. Pol Pot e os Khmer Vermelhos uniram-se à China e invadiram o Vietname. Em represália, o regime só teve o seu fim no começo de 1979, com a invasão de forças vietnamitas aliadas aos dissidentes de Pol Pot.
Desde 1997, o governo do Camboja e a ONU negociam a criação de um tribunal para o julgamento dos membros do regime de Pol Pot, os Khmer Vermelhos. Em junho de 2000, a ONU e o governo do Camboja apresentam um memorando de acordo em que de delineava "tribunal nacional com presença internacional". Em 1996, sob assédio das forças de coligação de governo, os guerrilheiros começaram a desertar e o grupo dividiu-se. Son Sen, o substituto de Pol Pot, ensaiou negociar a paz - e, por isso, acabou executado, juntamente com toda a sua família. No meio da desordem, Pol Port fugiu, acompanhado por fiéis seguidores, mas logo foi capturado por Ta Mok, um antigo líder dos Khmer Vermelhos, submetido a um julgamento-espetáculo na selva e condenado a prisão perpétua. Na noite de 16 de abril de 1998, Pol Pot foi encontrado misteriosamente morto, quando estava prestes a ser entregue para um julgamento num Tribunal.
   

terça-feira, maio 14, 2024

Norodom Sihamoni, o Rei do Camboja, comemora hoje setenta e um anos

    
Norodom Sihamoni (Phnom Penh, 14 de maio de 1953) é o atual rei do Camboja. Ele é o filho mais velho de Norodom Sihanouk e de Norodom Sihanouk Monineath. Anteriormente, exercia o papel de embaixador do Camboja na UNESCO, sendo nomeado para se tornar o próximo rei, após o seu pai, Norodom Sihanouk, ter abdicado em 2004. Antes de ascender ao trono, Sihamoni ficou conhecido pelo seu trabalho como embaixador cultural na Europa e como instrutor de dança clássica.

Brasão do Rei do Camboja
  

quarta-feira, abril 17, 2024

Os Khmer Vermelhos tomaram o poder no Camboja há 49 anos - genocídios e limpezas étnicas nunca mais...

     
Khmer Vermelhos foi o nome dado aos seguidores do Partido Comunista da Kampuchea, partido governante no Camboja de 1975 a 1979, liderado por Pol Pot, Nuon Chea, Ieng Sary, Son Sen e Khieu Samphan. O regime liderado pelos Khmer Vermelhos, de 1975 a 1979, foi conhecido como Kampuchea Democrático.
Esta organização é lembrada principalmente por suas políticas de engenharia social, que resultaram em um genocídio. As suas tentativas de reforma agrária levaram à fome generalizada, enquanto a sua insistência na autossuficiência, até mesmo nos serviços médicos, levou à morte de milhares de pessoas em consequência de doenças tratáveis (tais como malária). Execuções brutais e arbitrárias e tortura praticadas pelos seus oficiais contra elementos considerados subversivos, ou durante purgas nas suas próprias fileiras, entre 1976 e 1978, são consideradas como tendo constituído um genocídio.
   
(...)
   
A relação entre o bombardeamento maciço do Camboja pelos Estados Unidos e o crescimento dos Khmer Vermelhos, em termos de recrutamento e apoio popular, tem sido um assunto de interesse de historiadores. Em 1984, Craig Etcheson, do Centro de Documentação do Camboja, argumentou que é “insustentável” afirmar que os Khmer Vermelhos não teria vencido senão pela intervenção dos EUA e que mesmo que os bombardeamentos tenham auxiliado o recrutamento dos Khmer Vermelhos, eles “teriam vencido de qualquer maneira.”
De modo oposto, alguns historiadores citaram a intervenção dos EUA e a sua campanha de bombardeamentos (1965-1973) como um fator significativo que levou ao aumento do apoio dos Khmer Vermelhos entre os camponeses cambojanos. Os historiadores Ben Kiernan e Taylor Owen utilizaram uma combinação de sofisticado mapeamento por satélite, dados recentes não-catalogados sobre a extensão dos bombardeamentos e depoimentos de camponeses para afirmar que houve uma correlação entre os pequenos lugares atingidos pelos bombardeamentos dos EUA e o recrutamento de camponeses pelos Khmer Vermelhos.
No seu estudo, de 1996, sobre a ascensão de Pol Pot ao poder, Kiernan afirma que a intervenção estrangeira “foi provavelmente o fator mais significativo na ascensão de Pol Pot”.
Em 1975, com o governo de Lon Nol a ficar sem munições, estava claro que era apenas uma questão de tempo até que o governo entrasse em colapso. No dia 17 de abril de 1975, os Khmer Vermelhos capturaram a capital, Phnom Penh.
     
Crânios das vítimas dos Khmer Vermelhos
  

segunda-feira, abril 15, 2024

Pol Pot, um dos maiores genocidas comunistas do século XX, morreu há 26 anos


 

Saloth Sar, também conhecido como Pol Pot ou Minh Hai (Prek Sbauv, 19 de maio de 1928Anlong Veng, Camboja, 15 de abril de 1998) foi um revolucionário comunista que liderou os Khmer Vermelhos, governante do Cambodja mais conhecido por ser responsável pelo genocídio cambojano.
  
Nascido numa família rica, Saloth Sar estudou na França, de 1949 a 1952, numa escola particular. Fazia parte então de um grupo de estudantes cambojanos que se opunha ao poder do rei Norodom Sihanouk e que por essa razão perderam sua bolsa de estudo e se sentiram atraídos pelo leninismo (paralelamente a Ho Chi Min, que luta contra a ocupação francesa no Vietname). Nesse período, lê A Grande Revolução de P. Kropotkin, obra que descreve a Revolução Francesa como uma revolta camponesa que precederia a Revolução Russa.
No início de 1953, retorna ao Cambodja sem ter terminado os seus estudos. Após a independência do país, ocorrida nesse mesmo ano, junta-se ao Partido Comunista Indochinês, que possui poucos quadros cambojanos. Em 1960 foi fundado o Partido dos Trabalhadores Khmers, ao qual Saloth Sar se filia, mudando seu nome para Pol Pot (nome bastante comum no campo). Em 1963, torna-se chefe do partido, que, em 1966, muda sua denominação para Partido Comunista Khmer.
Em 1966, faz uma viagem a Pequim. Atraído pelo maoísmo, irritado pela dominação vietnamita sobre o seu partido, recebe apoio chinês. Em 1970, o general Lon Nol derruba Norodom Sihanouk. É o início da guerra civil. Os monárquicos aliam-se aos Khmer Vermelhos contra o novo governo. Em abril de 1975, Phnom Penh é tomada pelos comunistas, que tomam o poder e renomeiam o país como «Kampuchéa Democrática». Tem início aí o genocídio cambojano: uma grande parte da população é massacrada, de acordo com as ordens de Pol Pot.
Em 1979, o Vietname invade o Cambodja e destitui os Khmer Vermelhos. Pol Pot lidera a resistência e em 1985, deixa de ocupar qualquer função oficial mas continua como figura de proa do Khmer vermelho. Em 1989 o Vietname retira-se do Cambodja e Pol Pot recusa-se a cooperar com o processo de paz continuando a lutar contra o novo governo de coligação. Os Khmer Vermelhos conseguem então manter as tropas do governo afastadas até 1996, ano em que as tropas dos Khmer, desmoralizadas, começam a desertar. Vários líderes importantes dos Khmer Vermelhos também desertam e Pol Pot ordena a execução do seu braço direito, Son Sen, e onze membros da sua família em 10 de junho de 1997, por supostamente Son Sen querer fazer um acordo com o governo. Pol Pot fugiu então da sua fortaleza mas depois foi preso pelo chefe militar dos Khmer Vermelhos, Ta Mok e sentenciado à prisão domiciliar perpétua, algemado a uma coluna. Em abril de 1998, Ta Mok, foge para a floresta após novo ataque do governo e leva Pol Pot consigo. Alguns dias depois, em 15 de abril de 1998, Pol Pot morreu, oficialmente, de ataque cardíaco. O seu corpo foi queimado numa área rural do Cambodja, com várias centenas de ex-Khmer Vermelhos presentes.
   
    
    
Mapa do país feito com crânios das vítimas do regime, exibido no Museu Tuol Sleng
     
O Genocídio cambojano é como ficou conhecido o processo de assassinato em massa promovido na Camboja pelo regime comunista dos Khmer Vermelhos, liderado por Pol Pot, entre 1975 e 1979.
Estima-se que, em quatro anos, foram executados cerca de 2 milhões de pessoas - cerca de 25% da população da época - alguns sendo membros do governo anterior (de Lon Nol), funcionários públicos, militares, polícias, professores, vietnamitas, líderes cristãos e muçulmanos, pessoas da classe média e com boa formação escolar.
   

quinta-feira, novembro 09, 2023

Porque hoje é o Dia da Independência do Camboja...

  

Hoje é do Dia da Independência deste belo e mártir país... Lembremos a data, com uma música dos anos oitenta, de que ainda nos lembramos:

 


terça-feira, outubro 31, 2023

O rei Norodom Sihanouk nasceu há cento e um anos...

   
Norodom Sihanouk (Phnom Penh, 31 de outubro de 1922 - Pequim, 15 de outubro de 2012) foi um político cambojano. Foi o rei do Camboja em dois períodos: de 1941 a 1955 e de 1993 a 2004, quando renunciou ao trono em favor do filho, Norodom Sihamoni. Desde então ficou conhecido como o "Rei-Pai do Camboja".
Filho do Rei Norodom Suramarit e da Rainha Sisowath Kossamak, tentou em 1954 fazer que a sua nação se tornasse independente da França, liderando um movimento de libertação.
Por várias vezes, exerceu também o cargo de primeiro-ministro do Camboja. Foi a pessoa que mais ocupou altos cargos políticos, segundo o Guinness Book.
   
  
in Wikipédia

sexta-feira, maio 19, 2023

Pol Pot nasceu há 98 anos

    
Saloth Sar, também conhecido como Pol Pot ou Minh Hai (19 de maio de 192515 de abril de 1998), foi um revolucionário comunista que liderou os Khmer Vermelhos, governante do Camboja, mais conhecido por ser responsável pelo genocídio cambodjano.
   
Biografia
Nascido numa família rica, Saloth Sar estudou em França, de 1949 a 1952, numa escola particular. Fazia parte então de um grupo de estudantes cambodjanos que se opunha ao poder do rei Norodom Sihanouk e que, por essa razão, perderam a sua bolsa de estudo e se sentiram atraídos pelo leninismo (paralelamente a Ho Chi Min, que luta contra a ocupação francesa no Vietname). Nesse período, lê A Grande Revolução de P. Kropotkin, obra que descreve a Revolução Francesa como uma revolta camponesa que precederia a Revolução Russa.
No início de 1953, retorna ao Cambodja sem ter terminado os seus estudos. Após a independência do país, ocorrida nesse mesmo ano, junta-se ao Partido Comunista Indochinês, que possui poucos quadros cambodjanos. Em 1960 foi fundado o Partido dos Trabalhadores Khmers, no qual Saloth Sar se filia, mudando o seu nome para Pol Pot (nome bastante comum no campo). Em 1963, torna-se chefe do partido, que em 1966 muda sua denominação para Partido Comunista Khmer.
Em 1966, faz uma viagem a Pequim. Atraído pelo maoísmo, irritado pela dominação vietnamita sobre o seu partido, recebe apoio chinês. Em 1970, o general Lon Nol derruba Norodom Sihanouk. É o início da guerra civil. Os monárquicos aliam-se aos Khmer vermelhos contra o novo governo. Em abril de 1975, Phnom Penh é tomada pelos comunistas, que tomam o poder e renomeiam o país como «Kampuchéa democrática». Tem início aí o genocídio cambojano: uma grande parte da população é massacrada, de acordo com as ordens de Pol Pot.
Em 1979, o Vietname invade o Cambodja e destitui os Khmer vermelhos. Pol Pot lidera a resistência e em 1985, deixa de ocupar qualquer função oficial mas continua como figura de proa dos Khmer vermelhos. Em 1989 o Vietname retira-se do Camboja e Pol Pot recusa-se a cooperar com o processo de paz, continuando a lutar contra o novo governo de coligação. Os Khmer vermelhos conseguem então manter as tropas do governo afastadas até 1996, ano em que as tropas dos Khmer, desmoralizadas, começam a desertar. Vários líderes importantes dos Khmer vermelhos também desertam e Pol Pot ordena a execução do seu braço direito, Son Sen, e onze membros da sua família em 10 de junho de 1997, por supostamente Son Sen querer fazer um acordo com o governo. Pol Pot fugiu então da sua fortaleza mas, depois, foi preso pelo chefe militar dos Khmer vermelho, Ta Mok e sentenciado à prisão domiciliar perpétua, algemado a uma coluna. Em abril de 1998, Ta Mok, foge para a floresta após novo ataque do governo e leva Pol Pot consigo. Alguns dias depois, em 15 de abril de 1998, Pol Pot morreu, oficialmente de ataque cardíaco. O seu corpo foi queimado na área rural do Camboja, com várias centenas de ex-Khmer vermelhos presentes.
Durante a revolução do Camboja, Pol Pot rebatizou o país como República Democrática do Kampuchea, e após a invasão de Phnom Penh, os pagodes, teatros e museus da cidade viraram pocilgas para porcos. Ele defendia uma sociedade 100% agrária, ordenou a destruição de qualquer rastro de tecnologia. No campo, o trabalho começava às 04.00 horas da manhã e terminava às 22.00 horas da noite. Os camponeses recebiam 1 xícara de arroz a cada 2 dias. mais de 90% da classe artística foi exterminada.
  
  
Crânios de vítimas dos Khmer Vermelhos 
   
O Genocídio cambojano é como ficou conhecido o processo de assassinato em massa promovido no Camboja pelo regime dos Khmer Vermelhos, liderado por Pol Pot, entre 1975 e 1979. Estima-se que, em quatro anos, foram executados cerca de 1,7 a 2 milhões de pessoas — cerca de 25% da população da época — alguns sendo membros do governo anterior (de Lon Nol), servidores públicos, militares, policiais, professores, vietnamitas, líderes cristãos e muçulmanos, pessoas da classe média e com boa formação escolar.
Surgido por volta de 1969, o Khmer Vermelho era uma pequena guerrilha comunista composta por cerca de 4 mil membros e atacava postos militares isolados. Posteriormente, em 1975, os aliados de Pol Pot tomaram Phnom Penh, a capital cambojana, e expulsando Lon Nol, o primeiro-ministro do país. Pol Pot e os Khmer Vermelhos uniram-se à China e invadiram o Vietname. Em represália, o regime só teve o seu fim no começo de 1979, com a invasão de forças vietnamitas aliadas aos dissidentes de Pol Pot.
Desde 1997, o governo do Camboja e a ONU negociam a criação de um tribunal para o julgamento dos membros do regime de Pol Pot, os Khmer Vermelhos. Em junho de 2000, a ONU e o governo do Camboja apresentam um memorando de acordo em que de delineava "tribunal nacional com presença internacional". Em 1996, sob assédio das forças de coligação de governo, os guerrilheiros começaram a desertar e o grupo dividiu-se. Son Sen, o substituto de Pol Pot, ensaiou negociar a paz - e, por isso, acabou executado, juntamente com toda a sua família. No meio da desordem, Pol Port fugiu, acompanhado por fiéis seguidores, mas logo foi capturado por Ta Mok, um antigo líder dos Khmer Vermelhos, submetido a um julgamento-espetáculo na selva e condenado a prisão perpétua. Na noite de 16 de abril de 1998, Pol Pot foi encontrado misteriosamente morto, quando estava prestes a ser entregue para um julgamento num Tribunal.
   

domingo, maio 14, 2023

Norodom Sihamoni, o Rei do Camboja, faz hoje setenta anos

    
Norodom Sihamoni (Phnom Penh, 14 de maio de 1953) é o atual rei do Camboja. Ele é o filho mais velho de Norodom Sihanouk e de Norodom Sihanouk Monineath. Anteriormente, exercia o papel de embaixador do Camboja na UNESCO, sendo nomeado para se tornar o próximo rei, após o seu pai, Norodom Sihanouk, ter abdicado em 2004. Antes de ascender ao trono, Sihamoni ficou conhecido pelo seu trabalho como embaixador cultural na Europa e como instrutor de dança clássica.

Brasão do Rei do Camboja
  

 

segunda-feira, abril 17, 2023

Os Khmer Vermelhos tomaram o poder no Camboja há 48 anos (genocídios e limpezas étnicas nunca mais...)

     
Khmer Vermelhos foi o nome dado aos seguidores do Partido Comunista da Kampuchea, partido governante no Camboja de 1975 a 1979, liderado por Pol Pot, Nuon Chea, Ieng Sary, Son Sen e Khieu Samphan. O regime liderado pelos Khmer Vermelhos, de 1975 a 1979, foi conhecido como Kampuchea Democrático.
Esta organização é lembrada principalmente por suas políticas de engenharia social, que resultaram em um genocídio. As suas tentativas de reforma agrária levaram à fome generalizada, enquanto a sua insistência na autossuficiência, até mesmo nos serviços médicos, levou à morte de milhares de pessoas em consequência de doenças tratáveis (tais como malária). Execuções brutais e arbitrárias e tortura praticadas pelos seus oficiais contra elementos considerados subversivos, ou durante purgas nas suas próprias fileiras, entre 1976 e 1978, são consideradas como tendo constituído um genocídio.
   
(...)
   
A relação entre o bombardeamento maciço do Camboja pelos Estados Unidos e o crescimento dos Khmer Vermelhos, em termos de recrutamento e apoio popular, tem sido um assunto de interesse de historiadores. Em 1984, Craig Etcheson, do Centro de Documentação do Camboja, argumentou que é “insustentável” afirmar que os Khmer Vermelhos não teria vencido senão pela intervenção dos EUA e que mesmo que os bombardeamentos tenham auxiliado o recrutamento dos Khmer Vermelhos, eles “teriam vencido de qualquer maneira.”
De modo oposto, alguns historiadores citaram a intervenção dos EUA e a sua campanha de bombardeamentos (1965-1973) como um fator significativo que levou ao aumento do apoio dos Khmer Vermelhos entre os camponeses cambojanos. Os historiadores Ben Kiernan e Taylor Owen utilizaram uma combinação de sofisticado mapeamento por satélite, dados recentes não-catalogados sobre a extensão dos bombardeamentos e depoimentos de camponeses para afirmar que houve uma correlação entre os pequenos lugares atingidos pelos bombardeamentos dos EUA e o recrutamento de camponeses pelos Khmer Vermelhos.
Em seu estudo de 1996 sobre a ascensão de Pol Pot ao poder, Kiernan afirma que a intervenção estrangeira “foi provavelmente o fator mais significativo na ascensão de Pol Pot”.
Em 1975, com o governo de Lon Nol a ficar sem munições, estava claro que era apenas uma questão de tempo até que o governo entrasse em colapso. No dia 17 de abril de 1975, os Khmer Vermelhos capturaram a capital, Phnom Penh.
     
Crânios das vítimas dos Khmer Vermelhos
  

sábado, abril 15, 2023

Pol Pot, um dos maiores genocidas comunistas do século XX, morreu há 25 anos


 

Saloth Sar, também conhecido como Pol Pot ou Minh Hai (Prek Sbauv, 19 de maio de 1928Anlong Veng, Camboja, 15 de abril de 1998) foi um revolucionário comunista que liderou os Khmer Vermelhos, governante do Cambodja mais conhecido por ser responsável pelo genocídio cambojano.
  
Nascido em uma família rica, Saloth Sar estudou na França, de 1949 a 1952, numa escola particular. Fazia parte então de um grupo de estudantes cambojanos que se opunha ao poder do rei Norodom Sihanouk e que por essa razão perderam sua bolsa de estudo e se sentiram atraídos pelo leninismo (paralelamente a Ho Chi Min, que luta contra a ocupação francesa no Vietname). Nesse período, lê A Grande Revolução de P. Kropotkin, obra que descreve a Revolução Francesa como uma revolta camponesa que precederia a Revolução Russa.
No início de 1953, retorna ao Cambodja sem ter terminado os seus estudos. Após a independência do país, ocorrida nesse mesmo ano, junta-se ao Partido Comunista Indochinês, que possui poucos quadros cambojanos. Em 1960 foi fundado o Partido dos Trabalhadores Khmers, ao qual Saloth Sar se filia, mudando seu nome para Pol Pot (nome bastante comum no campo). Em 1963, torna-se chefe do partido, que, em 1966, muda sua denominação para Partido Comunista Khmer.
Em 1966, faz uma viagem a Pequim. Atraído pelo maoísmo, irritado pela dominação vietnamita sobre o seu partido, recebe apoio chinês. Em 1970, o general Lon Nol derruba Norodom Sihanouk. É o início da guerra civil. Os monárquicos aliam-se aos Khmer Vermelhos contra o novo governo. Em abril de 1975, Phnom Penh é tomada pelos comunistas, que tomam o poder e renomeiam o país como «Kampuchéa Democrática». Tem início aí o genocídio cambojano: uma grande parte da população é massacrada, de acordo com as ordens de Pol Pot.
Em 1979, o Vietname invade o Cambodja e destitui os Khmer Vermelhos. Pol Pot lidera a resistência e em 1985, deixa de ocupar qualquer função oficial mas continua como figura de proa do Khmer vermelho. Em 1989 o Vietname retira-se do Cambodja e Pol Pot recusa-se a cooperar com o processo de paz continuando a lutar contra o novo governo de coligação. Os Khmer Vermelhos conseguem então manter as tropas do governo afastadas até 1996, ano em que as tropas dos Khmer, desmoralizadas, começam a desertar. Vários líderes importantes dos Khmer Vermelhos também desertam e Pol Pot ordena a execução do seu braço direito, Son Sen, e onze membros da sua família em 10 de junho de 1997, por supostamente Son Sen querer fazer um acordo com o governo. Pol Pot fugiu então da sua fortaleza mas depois foi preso pelo chefe militar dos Khmer Vermelhos, Ta Mok e sentenciado à prisão domiciliar perpétua, algemado a uma coluna. Em abril de 1998, Ta Mok, foge para a floresta após novo ataque do governo e leva Pol Pot consigo. Alguns dias depois, em 15 de abril de 1998, Pol Pot morreu, oficialmente, de ataque cardíaco. O seu corpo foi queimado numa área rural do Cambodja, com várias centenas de ex-Khmer Vermelhos presentes.
   
    
    
Mapa do país feito com crânios das vítimas do regime, exibido no Museu Tuol Sleng
     
O Genocídio cambojano é como ficou conhecido o processo de assassinato em massa promovido na Camboja pelo regime comunista dos Khmer Vermelhos, liderado por Pol Pot, entre 1975 e 1979.
Estima-se que, em quatro anos, foram executados cerca de 2 milhões de pessoas - cerca de 25% da população da época - alguns sendo membros do governo anterior (de Lon Nol), funcionários públicos, militares, polícias, professores, vietnamitas, líderes cristãos e muçulmanos, pessoas da classe média e com boa formação escolar.
   

 

quarta-feira, novembro 09, 2022

Hoje é o Dia da Independência do Camboja...!

  

Hoje é do Dia da Independência deste belo e mártir país... Lembremos a data com uma música dos anos oitenta de que (ainda) gosto muito:

 


segunda-feira, outubro 31, 2022

O Rei Norodom Sihanouk nasceu há um século...

   
Norodom Sihanouk (Phnom Penh, 31 de outubro de 1922 - Pequim, 15 de outubro de 2012) foi um político cambojano. Foi o rei do Camboja em dois períodos: de 1941 a 1955 e de 1993 a 2004, quando renunciou ao trono em favor do filho, Norodom Sihamoni. Desde então ficou conhecido como o "Rei-Pai do Camboja".
Filho do Rei Norodom Suramarit e da Rainha Sisowath Kossamak, tentou em 1954 fazer que a sua nação se tornasse independente da França, liderando um movimento de libertação.
Por várias vezes, exerceu também o cargo de primeiro-ministro do Camboja. Foi a pessoa que mais ocupou altos cargos políticos, segundo o Guinness Book.
   
  
in Wikipédia

quinta-feira, maio 19, 2022

Pol Pot nasceu há 97 anos

    
Saloth Sar, também conhecido como Pol Pot ou Minh Hai (19 de maio de 192515 de abril de 1998), foi um revolucionário comunista que liderou os Khmer Vermelhos, governante do Camboja, mais conhecido por ser responsável pelo genocídio cambodjano.
   
Biografia
Nascido numa família rica, Saloth Sar estudou em França, de 1949 a 1952, numa escola particular. Fazia parte então de um grupo de estudantes cambodjanos que se opunha ao poder do rei Norodom Sihanouk e que, por essa razão, perderam a sua bolsa de estudo e se sentiram atraídos pelo leninismo (paralelamente a Ho Chi Min, que luta contra a ocupação francesa no Vietname). Nesse período, lê A Grande Revolução de P. Kropotkin, obra que descreve a Revolução Francesa como uma revolta camponesa que precederia a Revolução Russa.
No início de 1953, retorna ao Cambodja sem ter terminado os seus estudos. Após a independência do país, ocorrida nesse mesmo ano, junta-se ao Partido Comunista Indochinês, que possui poucos quadros cambodjanos. Em 1960 foi fundado o Partido dos Trabalhadores Khmers, no qual Saloth Sar se filia, mudando o seu nome para Pol Pot (nome bastante comum no campo). Em 1963, torna-se chefe do partido, que em 1966 muda sua denominação para Partido Comunista Khmer.
Em 1966, faz uma viagem a Pequim. Atraído pelo maoísmo, irritado pela dominação vietnamita sobre o seu partido, recebe apoio chinês. Em 1970, o general Lon Nol derruba Norodom Sihanouk. É o início da guerra civil. Os monárquicos aliam-se aos Khmer vermelhos contra o novo governo. Em abril de 1975, Phnom Penh é tomada pelos comunistas, que tomam o poder e renomeiam o país como «Kampuchéa democrática». Tem início aí o genocídio cambojano: uma grande parte da população é massacrada, de acordo com as ordens de Pol Pot.
Em 1979, o Vietname invade o Cambodja e destitui os Khmer vermelhos. Pol Pot lidera a resistência e em 1985, deixa de ocupar qualquer função oficial mas continua como figura de proa dos Khmer vermelhos. Em 1989 o Vietname retira-se do Camboja e Pol Pot recusa-se a cooperar com o processo de paz, continuando a lutar contra o novo governo de coligação. Os Khmer vermelhos conseguem então manter as tropas do governo afastadas até 1996, ano em que as tropas dos Khmer, desmoralizadas, começam a desertar. Vários líderes importantes dos Khmer vermelhos também desertam e Pol Pot ordena a execução do seu braço direito, Son Sen, e onze membros da sua família em 10 de junho de 1997, por supostamente Son Sen querer fazer um acordo com o governo. Pol Pot fugiu então da sua fortaleza mas, depois, foi preso pelo chefe militar dos Khmer vermelho, Ta Mok e sentenciado à prisão domiciliar perpétua, algemado a uma coluna. Em abril de 1998, Ta Mok, foge para a floresta após novo ataque do governo e leva Pol Pot consigo. Alguns dias depois, em 15 de abril de 1998, Pol Pot morreu, oficialmente de ataque cardíaco. O seu corpo foi queimado na área rural do Camboja, com várias centenas de ex-Khmer vermelhos presentes.
Durante a revolução do Camboja, Pol Pot rebatizou o país como República Democrática do Kampuchea, e após a invasão de Phnom Penh, os pagodes, teatros e museus da cidade viraram pocilgas para porcos. Ele defendia uma sociedade 100% agrária, ordenou a destruição de qualquer rastro de tecnologia. No campo, o trabalho começava às 04.00 horas da manhã e terminava às 22.00 horas da noite. Os camponeses recebiam 1 xícara de arroz a cada 2 dias. mais de 90% da classe artística foi exterminada.
  
  
Crânios de vítimas dos Khmer Vermelhos 
   
O Genocídio cambojano é como ficou conhecido o processo de assassinato em massa promovido no Camboja pelo regime dos Khmer Vermelhos, liderado por Pol Pot, entre 1975 e 1979. Estima-se que, em quatro anos, foram executados cerca de 1,7 a 2 milhões de pessoas — cerca de 25% da população da época — alguns sendo membros do governo anterior (de Lon Nol), servidores públicos, militares, policiais, professores, vietnamitas, líderes cristãos e muçulmanos, pessoas da classe média e com boa formação escolar.
Surgido por volta de 1969, o Khmer Vermelho era uma pequena guerrilha comunista composta por cerca de 4 mil membros e atacava postos militares isolados. Posteriormente, em 1975, os aliados de Pol Pot tomaram Phnom Penh, a capital cambojana, e expulsando Lon Nol, o primeiro-ministro do país. Pol Pot e os Khmer Vermelhos uniram-se à China e invadiram o Vietname. Em represália, o regime só teve o seu fim no começo de 1979, com a invasão de forças vietnamitas aliadas aos dissidentes de Pol Pot.
Desde 1997, o governo do Camboja e a ONU negociam a criação de um tribunal para o julgamento dos membros do regime de Pol Pot, os Khmer Vermelhos. Em junho de 2000, a ONU e o governo do Camboja apresentam um memorando de acordo em que de delineava "tribunal nacional com presença internacional". Em 1996, sob assédio das forças de coligação de governo, os guerrilheiros começaram a desertar e o grupo dividiu-se. Son Sen, o substituto de Pol Pot, ensaiou negociar a paz - e, por isso, acabou executado, juntamente com toda a sua família. No meio da desordem, Pol Port fugiu, acompanhado por fiéis seguidores, mas logo foi capturado por Ta Mok, um antigo líder dos Khmer Vermelhos, submetido a um julgamento-espetáculo na selva e condenado a prisão perpétua. Na noite de 16 de abril de 1998, Pol Pot foi encontrado misteriosamente morto, quando estava prestes a ser entregue para um julgamento num Tribunal.
   

sábado, maio 14, 2022

Norodom Sihamoni, o atual Rei do Camboja, faz hoje 69 anos

    
Norodom Sihamoni (Phnom Penh, 14 de maio de 1953) é o atual rei do Camboja. Ele é o filho mais velho de Norodom Sihanouk e de Norodom Sihanouk Monineath. Anteriormente, exercia o papel de embaixador do Camboja na UNESCO, sendo nomeado para se tornar o próximo rei, após o seu pai, Norodom Sihanouk, ter abdicado em 2004. Antes de ascender ao trono, Sihamoni ficou conhecido pelo seu trabalho como embaixador cultural na Europa e como instrutor de dança clássica.
    
Brasão do Rei do Camboja
  

domingo, abril 17, 2022

Os Khmer Vermelhos tomaram o poder no Camboja há 47 anos - e genocídios nunca mais...

     
Khmer Vermelhos foi o nome dado aos seguidores do Partido Comunista da Kampuchea, partido governante no Camboja de 1975 a 1979, liderado por Pol Pot, Nuon Chea, Ieng Sary, Son Sen e Khieu Samphan. O regime liderado pelos Khmer Vermelhos, de 1975 a 1979, foi conhecido como Kampuchea Democrático.
Esta organização é lembrada principalmente por suas políticas de engenharia social, que resultaram em um genocídio. As suas tentativas de reforma agrária levaram à fome generalizada, enquanto a sua insistência na autossuficiência, até mesmo nos serviços médicos, levou à morte de milhares de pessoas em consequência de doenças tratáveis (tais como malária). Execuções brutais e arbitrárias e tortura praticadas pelos seus oficiais contra elementos considerados subversivos, ou durante purgas nas suas próprias fileiras, entre 1976 e 1978, são consideradas como tendo constituído um genocídio.
   
(...)
   
A relação entre o bombardeamento maciço do Camboja pelos Estados Unidos e o crescimento dos Khmer Vermelhos, em termos de recrutamento e apoio popular, tem sido um assunto de interesse de historiadores. Em 1984, Craig Etcheson, do Centro de Documentação do Camboja, argumentou que é “insustentável” afirmar que os Khmer Vermelhos não teria vencido senão pela intervenção dos EUA e que mesmo que os bombardeamentos tenham auxiliado o recrutamento dos Khmer Vermelhos, eles “teriam vencido de qualquer maneira.”
De modo oposto, alguns historiadores citaram a intervenção dos EUA e a sua campanha de bombardeamentos (1965-1973) como um fator significativo que levou ao aumento do apoio dos Khmer Vermelhos entre os camponeses cambojanos. Os historiadores Ben Kiernan e Taylor Owen utilizaram uma combinação de sofisticado mapeamento por satélite, dados recentes não-catalogados sobre a extensão dos bombardeamentos e depoimentos de camponeses para afirmar que houve uma correlação entre os pequenos lugares atingidos pelos bombardeamentos dos EUA e o recrutamento de camponeses pelos Khmer Vermelhos.
Em seu estudo de 1996 sobre a ascensão de Pol Pot ao poder, Kiernan afirma que a intervenção estrangeira “foi provavelmente o fator mais significativo na ascensão de Pol Pot”.
Em 1975, com o governo de Lon Nol a ficar sem munições, estava claro que era apenas uma questão de tempo até que o governo entrasse em colapso. No dia 17 de abril de 1975, os Khmer Vermelhos capturaram a capital, Phnom Penh.
     
Crânios das vítimas dos Khmer Vermelhos
  

terça-feira, novembro 09, 2021

Camboja...!

  

Hoje é do Dia da Independência deste belo e mártir país... Lembremos a data com uma música dos anos oitenta que nos é muito cara:

 


domingo, outubro 31, 2021

Norodom Sihanouk nasceu há 99 anos

   
Norodom Sihanouk (Phnom Penh, 31 de outubro de 1922 - Pequim, 15 de outubro de 2012) foi um político cambojano. Foi o rei do Camboja em dois períodos: de 1941 a 1955 e de 1993 a 2004, quando renunciou ao trono em favor do filho, Norodom Sihamoni. Desde então ficou conhecido como o "Rei-Pai do Camboja".
Filho do Rei Norodom Suramarit e da Rainha Sisowath Kossamak, tentou em 1954 fazer que a sua nação se tornasse independente da França, liderando um movimento de libertação.
Por várias vezes, exerceu também o cargo de primeiro-ministro do Camboja. Foi a pessoa que mais ocupou altos cargos políticos, segundo o Guinness Book.