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quinta-feira, janeiro 26, 2012

Paul Newman nasceu há 87 anos

(imagem daqui)

Paul Leonard Newman (Shaker Heights, 26 de janeiro de 1925Westport, 26 de setembro de 2008) foi um ator e diretor cinematográfico norteamericano.
Filho de um bem sucedido comerciante de artigos desportivos, Newman começou a carreira em peças do colégio e, após obter a dispensa da marinha americana em 1946, foi estudar no Kenyon College. Após a formatura, ele passou um ano na Yale Drama School indo depois para Nova Iorque, onde entrou para a renomada escola de formação de atores Actors Studio, dirigida por Lee Strasberg.
Depois de sua primeira aparição na Broadway em Picnic (1953), foi-lhe oferecido um contrato pela Warner Bros. Seu primeiro filme, The Silver Chalice, de 1954, foi quase o seu último: considerou sua atuação muito má e publicou um anúncio de página inteira num jornal pedindo desculpas a quem tivesse visto o filme.
Saiu-se muito melhor na sua segunda tentativa, em Marcado pela Sarjeta (1956), no Brasil, onde deu vida ao boxer Rocky Graziano e foi aclamado pela crítica por sua grande atuação.
Com Cat on a Hot Tin Roof (Gata em Telhado de Zinco Quente) e The Long Hot Summer, cuja atuação lhe valeu o prémio de melhor ator no Festival de Cannes, estabelecendo-o como novo astro de Hollywood no fim da década de 1950, Paul tornou-se um líder de bilheteiras da década seguinte estrelando filmes como The Hustler (1961), The Prize (1963), Hud (1963), Cool Hand Luke (1967) e Hombre (1967), fechando os anos 1960 com o mega sucesso de crítica e bilheteira mundial Butch Cassidy and the Sundance Kid (Dois Homens e um Destino, 1969), ao lado de Robert Redford.
A dupla trabalharia junta quatro anos depois em Golpe de Mestre / A Golpada de George Roy Hill, outro grande sucesso de Newman e vencedor do Óscar de melhor filme de 1973.
Também produziu e dirigiu muitos filmes de qualidade, incluindo Rachel, Rachel (1968), estrelado pela esposa Joanne Woodward e com o qual foi premiado com o Globo de Ouro de melhor diretor. Indicado dez vezes pela Academia como melhor ator, finalmente venceu por sua atuação em The Color of Money (A Cor do Dinheiro, 1986). Por curiosidade, no ano anterior havia recebido um Óscar especial pelo conjunto da carreira.
Outros filmes importantes de Paul Newman são: Cat on a Hot Tin Roof (Gata em Telhado de Zinco Quente, 1958), The Long Hot Summer (1958), Exodus (1960), Sweet Bird of Youth, onde refez no cinema o mesmo papel que já havia feito na Broadway (1962), Torn Curtain (1966), The Towering Inferno (Torre do Inferno, 1974), Absence of Malice e The Verdict (1982).
Fazendo menos filmes na década de 1990, e se dedicando mais à sua fábrica de molhos e condimentos, Newman's Own (com a qual ganhou mais dinheiro que no cinema, porém dedicou quase todo o lucro à caridade e à sua equipe de corridas), Paul reapareceu em grande estilo, já aos 77 anos, em Road to Perdition, trabalhando com Tom Hanks e o futuro James Bond, Daniel Craig, e foi novamente indicado para um Óscar, desta vez como ator coadjuvante. Em 1995, ganhou o Urso de Prata no Festival de Berlim como o prémio de melhor ator no filme Nobody's Fool.
Newman também foi conhecido por seu apoio a causas políticas liberais nos EUA. Nos anos 1960, esteve bastante envolvido na campanha de candidatos democratas à Presidência. Seu forte apoio à Eugene McCarthy em 1968, estrelando diversos comerciais de televisão a favor do candidato democrata, fez Richard Nixon, o adversário de McCarthy e que acabou sendo eleito, colocá-lo em 19º lugar numa lista de seus piores inimigos, o que fez Newman declarar que esta seria uma das maiores honras de sua vida.
Sua paixão pelo automobilismo e pela velocidade foram famosas. Apesar de daltónico, dos anos 1970 aos 1990 Newman se destacou como piloto amador, correndo em carros de corridas nos USA e na Europa, onde chegou a conseguir um segundo lugar nas 24 Horas de Le Mans com um Porsche 935. Nos anos 1980 se envolveu com a Fórmula Indy, onde se tornou sócio-proprietário da equipa Newman-Haas Racing, equipe vencedora dos quatro últimos títulos da Champ Car. Aos setenta anos, foi o mais velho piloto a vencer uma corrida de prestígio, ao fazer parte da equipa de pilotos do carro que venceu as 24 Horas de Daytona de 1995.

Cancro e morte
Newman, ex-fumador inveterado, padeceu por muito tempo de cancro do pulmão. Em maio de 2008, foi afastado da direção de uma versão de Ratos e Homens, baseada no livro de John Steinbeck. A doença havia sido diagnosticada pelo hospital Sloan-Kettering Cancer Centre, em Nova York.
Em março de 2008, Newman negou boatos de que estaria com cancro, depois de ter faltado a um evento beneficente da instituição infantil Hole in The Wall Gang, criada por ele. No mesmo mês, ele cancelou uma aparição no talk show The Late Show with David Letterman. Seu porta-voz, Warren Cowan, despistou sua hospitalização, insistindo que o ator estava "recebendo tratamento para pé-de-atleta e queda de cabelo". O jornal New York Post divulgou que um paciente de cancro disse ter visto Newman em março de 2008 no oncologista regularmente.
Em agosto, após encerrar as sessões de quimioterapia contra o cancro, o ator Paul Newman foi informado de que teria poucas semanas de vida e pediu aos médicos e a seus familiares para deixar o hospital e ser levado à sua casa, em Westport, no estado americano de Connecticut, onde morreu em 26 de setembro de 2008.

quinta-feira, janeiro 19, 2012

Nara Leão morreu há 23 anos

Nara Lofego Leão Diegues (Vitória, 19 de janeiro de 1942 - Rio de Janeiro, 7 de junho de 1989) foi uma cantora brasileira.

História
Filha mais nova do casal Jairo Leão e Altina Lofego (em italiano Lofiego), descendente de imigrantes da Basilicata que imigraram para o Espírito Santo no século XIX (famílias D'Amico e Lofiego), Nara nasceu em Vitória e mudou-se para a Cidade do Rio de Janeiro quando tinha apenas um ano de idade, com os pais e a irmã, a jornalista Danuza Leão. Durante a infância, Nara teve aulas de violão com Solon Ayala e Patrício Teixeira, ex-integrante do grupo "Os Oito Batutas" de Pixinguinha. Aos 14 anos, em 1956, resolveu estudar violão na academia de Carlos Lyra e Roberto Menescal, que funcionava em um quarto-e-sala na rua Sá Ferreira, em Copacabana. Mais tarde, Nara tornou-se professora da academia.

Musa da Bossa Nova
A Bossa Nova nasceu em reuniões no apartamento dos pais da cantora, em Copacabana, das quais participavam nomes que seriam consagrados no género, como Roberto Menescal, Carlos Lyra, Sérgio Mendes e seu então namorado, Ronaldo Bôscoli. No fim dos anos 1950, Nara foi repórter do jornal "Última Hora", onde Bôscoli também trabalhava, e que pertencia a Samuel Wainer, casado com a irmã de Nara, Danuza Leão. O namoro com Bôscoli terminou quando ele a traiu e iniciou um caso com a cantora Maysa, durante uma tournée em Buenos Aires, em 1961. Daí em diante, Nara se reaproxima de Carlos Lyra, que rompeu a parceria musical com Bôscoli em 1960, e de ideias mais à esquerda. Inicia um namoro com o cineasta Ruy Guerra e se casa com ele um tempo depois. Nessa época passa a se interessar pelo samba de morro.
A estreia profissional se deu quando da participação, ao lado de Vinícius de Moraes e Carlos Lyra, na comédia Pobre Menina Rica (1963). O título de musa da Bossa Nova foi a ela creditado pelo cronista Sérgio Porto. Mas a consagração efetiva ocorre após o movimento militar de 1964, com a apresentação do espetáculo Opinião, ao lado de João do Vale e Zé Keti, um espetáculo de crítica social à dura repressão imposta pelo regime militar. Maria Bethânia, por sua vez, a substituiria no ano seguinte, interpretando Carcará, pois Nara precisara se afastar por estar afónica. Nota-se que Nara Leão vai mudando suas preferências musicais ao longo dos anos 1960. De musa da Bossa Nova, passa a ser cantora de protesto e simpatizante das atividades dos Centros Populares de Cultura da UNE. Embora os CPC's já tivessem sido extintos pela ditadura, em 1964, o espetáculo Opinião tem forte influência do espírito cepecista. Em 1966, interpretou a canção A Banda, de Chico Buarque no Festival de Música Popular Brasileira (TV Record), que ganhou o festival e público brasileiro.
Dentre as suas interpretações mais conhecidas, destacam-se O barquinho, A Banda e Com Açúcar e com Afeto - feita a seu pedido por Chico Buarque, cantor e compositor a quem homenagearia nesse disco homónimo, lançado em 1980.

Tropicalismo
Nara também aderiu ao movimento tropicalista, tendo participado do disco-manifesto do movimento - Tropicália ou Panis et Circensis, lançado pela Philips em 1968 e disponível hoje em CD.


Vida pessoal

Já separada alguns anos do marido Ruy, de quem não teve filhos, Nara casa-se novamente, dessa vez com o cineasta Cacá Diegues, com quem teve dois filhos: Isabel e Francisco. No fim dos anos 1960, se muda para a Europa com o marido, permanecendo lá por dois anos, tendo morado na França, na cidade de Paris, onde nasceu Isabel, primeira filha do casal.
No começo dos anos 1970, ela volta para o Brasil grávida e nasce na Cidade do Rio de Janeiro o segundo filho do casal, Francisco. Nessa época, decide estudar Psicologia na PUC-RJ. De fato, Nara planejava abandonar a música mas não chegou a deixar a profissão de cantora, apenas diminuindo o ritmo de trabalho e modificando o estilo dos espetáculos, pois era muito cansativa a vida de uma cantora, já que ela agora era mãe e casada, tinha que se dedicar mais aos filhos e ao marido do que a música, apesar de Nara amar cantar, teve que fazer essa difícil escolha.

Morte
Morreu na manhã de 7 de junho de 1989 vítima de um tumor cerebral inoperável aos 47 anos de idade. Ela já sabia do tumor, e sofria com esse problema há 10 anos. O tumor estava numa área muito delicada do cérebro, por isso ela não podia ser operada, sentia fortes dores e tonturas, e isso também foi um contribuinte para ela tentar largar carreira musical. O último disco foi My foolish heart, lançado naquele mesmo ano, interpretando versões de clássicos americanos.

Após a morte
Em 2002, seus discos lançados anteriormente em LPs foram relançados em duas caixas separadas - uma com o período 1964-1975 e a outra 1977-1989 - trazendo também faixas-bônus e um livreto sobre sua biografia. Mesmo depois de ter morrido há anos, suas músicas ainda eram sucesso, como até hoje são.
Em 2007, a cantora Fernanda Takai gravou o disco Onde Brilhem os Olhos Seus, onde interpreta canções típicas do repertório de Nara Leão, fazendo assim uma homenagem. Em janeiro de 2012, seu acervo de fotografias, músicas e documentos foi digitalizado e aberto para consulta.

quarta-feira, janeiro 18, 2012

João Aguardela partiu há 3 anos

(imagem daqui)

João Aguardela (02.02.1969 - 18.01.2009) foi um cantor, músico e compositor português, conhecido por fazer parte das bandas Sitiados, Linha da Frente, Megafone e A Naifa.
Cedo mostrou apetência musical, tendo-se destacado como líder da banda Sitiados, que apareceu num dos concursos do Rock Rendez-Vous e que logo no início dos anos 1990 registou inúmeros êxitos musicais. Frequentou a escola de artes António Arroio, em Lisboa.
Foi uma pessoa activista em muitas causas. Manifestou o seu repúdio pela extrema-direita - mais concretamente pela morte do partidário do PSR José Carvalho - tendo participado em inúmeras manifestações sociais e políticas. A quando da invasão do Iraque por parte dos EUA, também mostrara o seu total descontentamento.
João Aguardela foi distinguido em 1994 com o Prémio Revelação da Sociedade Portuguesa de Autores.
Depois do fim dos Sitiados fez parte dos projectos Linha da Frente e A Naifa. Tinha ainda o seu projecto mais pessoal: Megafone, com quatro discos.
Faleceu no Hospital da Luz, em Lisboa, a 18 de Janeiro de 2009, vítima de cancro do estômago, aos 39 anos de idade.


domingo, janeiro 08, 2012

O Monty Python Graham Chapman nasceu há 71 anos

Graham Arthur Chapman (Leicester, Leicestershire, 8 de janeiro de 1941 - Maidstone, 4 de outubro de 1989) foi um actor e escritor britânico e membro do grupo Monty Python.
Graham Chapman nasceu enquanto acontecia um ataque aéreo alemão. O pai de Graham, Walter, era inspector-chefe da polícia e provavelmente inspirou as múltiplas vezes que Graham representou figuras autoritárias. A profissão do seu pai obrigava a sua família a mudar-se constantemente, dependendo de onde o seu pai era colocado. Assim Chapman e o seu irmão mais velho, John, passaram por várias escolas, um pouco por toda a Inglaterra, durante a sua infância. Aquela que parece ter tido uma maior influência em Graham foi a Melton Mowbray Grammar, onde este ficou apaixonado pelo teatro ao envolver-se em várias peças que a escola organizava. Foi também nesta altura que Chapman viu um vídeo do clube humorístico de Cambridge, os Footlights. A descoberta deste grupo influenciou mais tarde a escolha de Cambridge para estudar. Durante a sua infância, Chapman, à semelhança dos restantes membros dos Monty Python, era fã do programa de rádio The Goons, que influenciou muito o seu trabalho.
Quando chegou a altura de escolher a universidade onde queria prosseguir os seus estudos, Graham foi aconselhado pelo director da escola a candidatar-se a Universidade de Cambridge. Chapman estava aberto à ideia, até porque o Footlights o atraía. A escolha do curso de medicina foi feita devido ao facto de o seu irmão já se encontrar na universidade a estudar o mesmo. Em 1959, Graham foi admitido em Cambridge depois de ter passado nos exames sem grandes dificuldades.
Assim que conseguiu um lugar em Cambridge, Chapman procurou um lugar no Footlights, no entanto foi-lhe barrada a entrada na primeira tentativa. Chapman não desistiu e em conjunto com o amigo Anthony Branch escreveu um "smoker" (uma espécie de peça que servia de pré-audição para os Footlights). Os dois convidaram membros do grupo para assistir à peça que tinham escrito. Estes ficaram impressionados e decidiram convidar os dois para as audições. Foi nestas audições que Graham Chapman conheceu John Cleese, que viria a se tornar o seu principal colega de escrita nos anos posteriores.
A sua participação no Footlights foi o principal motivo que o fez decidir o queria fazer no futuro. Uma das produções do grupo, uma revista intitulada A Clump Of Pliths, foi exibida no Edinburgh Fringe Festival com um sucesso enorme, o que levou o grupo a fazer uma digressão que os levou ao West End de Londres, à Nova Zelândia, à Broadway e até no The Ed Sullivan Show em Outubro de 1964. Os pais de Chapman não aprovaram a ida do seu filho em digressão, uma vez que isso implicava ter de interromper os seus estudos durante algum tempo. No entanto, Chapman teve a oportunidade de conhecer a Rainha Mãe, a quem perguntou se deveria fazer a digressão com os Footlights ou ficar em Cambridge a estudar. A Rainha Mãe disse que ele devia fazer a digressão. Quando Graham contou isto aos seus pais, eles deixaram-no ir.
Quando regressou da digressão, Chapman retomou os estudos e conseguiu terminar o curso em Cambridge entre os melhores alunos. Depois de Cambridge, Graham foi para o Barts Hospital Medical College, onde começou a estudar a parte prática mais prática da medicina. Também aqui Graham se formou com distinção. No entanto nunca chegou a exercer medicina profissionalmente uma vez que, na altura já escrevia para a BBC.
Chapman e Cleese começaram a escrever profissionalmente para a BBC durante os anos 60, no princípio para David Frost, mas também para Marty Feldman. Chapman também contribuiu com sketches para a série de rádio da BBC, I’m Sorry, I’ll Read That Again e para programas televisivos como The Ilustrated Weekly Hudd (com Roy Hudd como protagonista), Cilla Black, This Is Petula Clarck e This Is Tom Jones. Chapman, Cleese e Tim Brooke-Taylor juntaram-se mais tarde a Martin Feldman na sua série televisiva de comédia, At Last the 1948 Show. Chapman e por vezes Cleese também escreveram para a série Doctor in the House. Chapman também foi um dos escritores de vários episódios com Bernard McKenna e David Sherlock.
Em 1969, Chapman e Cleese juntaram-se a Michael Palin, Eric Idle, Terry Jones e Terry Gilliam (os quatro tinham feito o programa infantil Do Not Adjust Your Set) e juntos formaram os Monty Python. O programa do grupo, Monty Python's Flying Circus, foi transmitido pela primeira vez pela BBC a 5 de outubro de 1969 e, apesar de os primeiros programas não terem sido um sucesso na altura, o grupo acabou por revolucionar o humor.
Os sketches clássicos da dupla Chapman\Cleese incluem o Raymond Luxury Yacht (o especialista em pele com um nariz enorme) e o Dead Parrot (O Papagaio Morto). Os seus papeis em Flying Circus aproximaram-se mais da sua própria personalidade: personagens calmas, figuras autoritárias e imprevisíveis.
No livro de David Morgan, Monty Python Speaks de 1999, Cleese afirmou que Chapman, embora fosse o seu colega de escrita oficial em muitos dos seus sketches, contribuía relativamente pouco na escrita directa. Segundo os restantes Pythons, a sua maior contribuição na escrita era a sua intuição incomparável para o que era engraçado. Apesar de pequenas, as suas contribuições eram muitas vezes o “tempero” que dava aos sketches o seu sabor. No clássico Dead Parrot, escrito maioritariamente por Cleese, o cliente frustrado estava inicialmente a tentar devolver uma torradeira defeituosa. Chapman perguntou como poderiam fazê-lo mais furioso, e pensou que a devolução de um papagaio morto a uma loja de animais seria mais interessante do que uma torradeira.
Durante os anos dos Monty Python, os problemas de alcoolismo de Chapman, que na altura se encontravam no seu pico, afectaram em muito o seu desempenho. Os seus piores momentos foram vividos durante as filmagens de Monty Python e o Cálice Sagrado. Muitas das vezes, Graham não se lembrava das suas deixas ou não conseguia executar algumas partes mais físicas do seu papel, como foi o caso da cena da Ponte da Morte. Graham não conseguiu ultrapassar a ponte por se encontrar embriagado. Um dos maiores desafios para Chapman durante as filmagens aconteceu no primeiro dia. Como o grupo se encontrava a filmar numa zona remota da Escócia, era quase impossível comprar álcool. Apesar de ter perguntado a quase toda a equipa se tinha álcool, Graham não o encontrou e começou a sofrer efeitos secundários da sua dependência.
Na altura de A Vida de Brian, Chapman já tinha ultrapassado os seus problemas relacionados com o álcool e os restantes Pythons ficaram surpreendidos e diziam que ele se tinha tornado num "santo" uma vez que, todos os dias, depois das filmagens, este dava consultas e fazia pequenas cirugias a qualquer membro da equipa e aos figurantes.
Chapman era em muitos aspectos o estereótipo da respeitabilidade do ensino público britânico; era alto (1,88 m), um ávido fumador de cachimbo que gostava de montanhismo e de jogar rugby. Ao mesmo tempo, era um homossexual orgulhoso e muito excêntrico.
Chapman era alcoólico desde os tempos em que estudava medicina. A bebida afectava os seus desempenhos nos estúdios televisivos e também em filmes. Ele finalmente parou de beber no Boxing Day em 1977, depois de ter irritado os restantes Pythons com uma entrevista sem tabus (e muito regada) com o New Musical Express.
Chapman manteve a sua homossexualidade em segredo até aos anos 70, altura em que revelou publicamente durante uma entrevista num talk show. Chapman foi uma das primeiras celebridades a admitir a sua homossexualidade e na altura provocou alguma polémica. Alguns dias após a famosa entrevista, Graham organizou uma festa na sua casa onde revelou aos seus amigos que era gay, e para apresentar oficialmente David Sherlock como seu companheiro. A sua relação com Sherlock foi descrita pelo próprio como sendo um verdadeiro casamento. Os dois estiveram juntos durante vinte anos, até à morte de Chapman. e adoptaram um rapaz, John Tomiczek, em 1971. Depois de assumir a sua orientação sexual, Chapman passou a defender publicamente os direitos dos homossexuais, sendo também o fundador da revista Gay News, que apoiava financeira e editorialmente.
Mais tarde, nas suas digressões por universidades, Chapman disse que quando anunciou publicamente a sua homossexualidade, uma espectadora escreveu para os Monty Python a queixar-se que tinha ouvido dizer que um dos membros do grupo, que segundo ela não se tinha dignado a revelar a identidade, era gay. Juntamente com a carta, a espectadora enviou cerca de 20 páginas de orações que, se fossem repetidas todos os dias, poderiam salvar o membro em questão do inferno. Eric Idle, ciente da orientação sexual do amigo, enviou uma carta à espectadora onde dizia “Descobrimos quem era e matámo-lo.” Mais tarde, no seu livro, A Liar's Autobiography, Chapman escreveu, em tom de brincadeira, que como John Cleese não entrou na temporada seguinte de Flying Circus, a mulher deve ter levado a carta a sério.
Em 1988, a saúde de Graham começou a deteriorar-se. Os seus anos de alcoolismo tinham deixado a sua marca e este tinha o fígado danificado. No entanto foi algo diferente que o matou. Em novembro desse ano, durante uma consulta de rotina no seu dentista, este reparou que as suas amígdalas estavam estranhamente grandes. Mais tarde descobriu-se um tumor maligno nas amígdalas, que teve de remover. Depois de uma consulta com o seu médico, Chapman descobriu que o problema nas amígdalas derivava de um cancro na coluna. Ele foi operado e removeu o tumor, mas ficou confinado a uma cadeira de rodas. Durante o ano de 1989 submeteu-se a várias operações e a tratamentos de radioterapia, mas sempre retirava um tumor, aparecia-lhe outro ou na coluna ou na garganta. Foi na sua cadeira de rodas que gravou algum material para a celebração dos vinte anos dos Monty Python. Mas, a 1 de outubro foi hospitalizado em Maidstone, depois de um ataque cardíaco grave que se tornou numa hemorragia.
Na noite da sua morte, a 4 de outubro, estavam presentes John Cleese, Michael Palin, o seu companheiro David Sherlock, o seu irmão John e a sua cunhada, no entanto John Cleese teve de ser levado para lidar com a dor e o choque de ver o seu amigo a morrer. Terry Jones e Peter Cook também o tinham visitado nesse dia. A morte de Chapman ocorreu na véspera do 20º aniversário da primeira transmissão do Monty Python's Flying Circus, algo a que Terry Jones chamou o "pior caso de festa perdida da História".

terça-feira, dezembro 20, 2011

Sagan morreu há 15 anos

Sagan e o modelo da sonda Viking enviada a Marte

Carl Edward Sagan (Nova Iorque, 9 de novembro de 1934 - Seattle, 20 de dezembro de 1996) foi um cientista e astrónomo dos Estados Unidos.
Em 1960, obteve o título de doutor pela Universidade de Chicago. Dedicou-se à pesquisa e à divulgação da astronomia, como também ao estudo da chamada exobiologia. Morreu aos 62 anos, de cancro, no Centro de Pesquisas do Câncer Fred Hutchinson, depois de uma batalha de dois anos com uma rara e grave doença na medula óssea (mielodisplasia).

Com sua formação multidisciplinar, Sagan foi o autor de obras como Cosmos (que foi transformada em uma premiada série de televisão), Os Dragões do Éden (pelo qual recebeu o prémio Pulitzer de Literatura), O Romance da Ciência, Pálido Ponto Azul e Um Mundo Infestado de Demónios.
Escreveu ainda o romance de ficção científica Contato, que foi levado para as telas de cinema, posteriormente a sua morte. Sua última obra, Biliões e Biliões, foi publicada postumamente por sua esposa e colaboradora Ann Druyan e consiste, fundamentalmente, numa compilação de artigos inéditos escritos por Sagan, tendo um capítulo sido escrito por ele enquanto se encontrava no hospital. Recentemente foi publicado no Brasil mais um livro sobre Sagan, Variedades da experiência científica: Uma visão pessoal da busca por Deus, que é uma coletânea de suas palestras sobre teologia natural.
Isaac Asimov descreveu Sagan como uma das duas pessoas que ele encontrou cujo intelecto ultrapassava o dele próprio. O outro, disse ele, foi o cientista de computadores e perito em inteligência artificial Marvin Minsky.
Foi professor de astronomia e ciências espaciais na Cornell University e professor visitante no Laboratório de Propulsão a Jato do Instituto de Tecnologia da Califórnia. Criou a Sociedade Planetária e promoveu o SETI.

Carl Sagan teve um papel significativo no programa espacial americano desde o seu início. Foi consultor e conselheiro da NASA desde os anos 1950, trabalhou com os astronautas do Projeto Apollo antes de suas idas à Lua, e chefiou os projetos da Mariner e Viking, pioneiras na exploração do sistema solar que permitiram obter importantes informações sobre Vénus e Marte. Participou também das missões Voyager e da sonda Galileu. Foi decisivo na explicação do efeito estufa em Vénus e o descobrimento das altas temperaturas do planeta, na explicação das mudanças sazonais da atmosfera de Marte e na descoberta das moléculas orgânicas em Titã, satélite de Saturno. Ele também foi um dos maiores divulgadores da ciência de todos os tempos ao apresentar a série Cosmos em 1980.

Recebeu diversos prémios e homenagens de diversos centros de pesquisas e entidades ligadas à astronomia, inclusive o maior prémio científico das Américas, o prémio da Academia Nacional de Ciências (no caso, o Public Welfare Medal). Recebeu também 22 títulos honoris causa de universidades americanas, medalhas da NASA por Excepcionais Feitos Científicos, por Feitos no Programa Apollo e duas vezes a Distinção por Serviços Públicos, o Prémio de Astronáutica John F. Kennedy da Sociedade Astronáutica Norte-Americana, o Prémio de Beneficência Pública por “distintas contribuições para o bem estar da humanidade”, a Medalha Tsiolkovsky da Federação Cosmonáutica Soviética, o Prémio Masursky da Sociedade Astronómica Norte-Americana, o prémio Pulitzer de literatura, em 1978, por seu livro Os Dragões do Éden e o prémio Emmy, por sua série Cosmos. Em sua homenagem, o asteróide 2709 Sagan tem o seu nome.

quarta-feira, novembro 09, 2011

Carl Sagan nasceu há 77 anos

Em 1960, obteve o título de doutor pela Universidade de Chicago. Dedicou-se à pesquisa e à divulgação da astronomia, como também ao estudo da chamada exobiologia. Morreu aos 62 anos, de cancro, no Centro de Pesquisas do Câncer Fred Hutchinson, depois de uma batalha de dois anos com uma rara e grave doença na medula óssea (mielodisplasia).

Com sua formação multidisciplinar, Sagan foi o autor de obras como Cosmos (que foi transformada em uma premiada série de televisão), Os Dragões do Éden (pelo qual recebeu o prémio Pulitzer de Literatura), O Romance da Ciência, Pálido Ponto Azul e Um Mundo Infestado de Demónios.
Escreveu ainda o romance de ficção científica Contato, que foi levado para as telas de cinema, posteriormente a sua morte. Sua última obra, Biliões e Biliões, foi publicada postumamente por sua esposa e colaboradora Ann Druyan e consiste, fundamentalmente, numa compilação de artigos inéditos escritos por Sagan, tendo um capítulo sido escrito por ele enquanto se encontrava no hospital. Recentemente foi publicado no Brasil mais um livro sobre Sagan, Variedades da experiência científica: Uma visão pessoal da busca por Deus, que é uma coletânea de suas palestras sobre teologia natural.
Isaac Asimov descreveu Sagan como uma das duas pessoas que ele encontrou cujo intelecto ultrapassava o dele próprio. O outro, disse ele, foi o cientista de computadores e perito em inteligência artificial Marvin Minsky.
Foi professor de astronomia e ciências espaciais na Cornell University e professor visitante no Laboratório de Propulsão a Jato do Instituto de Tecnologia da Califórnia. Criou a Sociedade Planetária e promoveu o SETI.

Carl Sagan teve um papel significativo no programa espacial americano desde o seu início. Foi consultor e conselheiro da NASA desde os anos 1950, trabalhou com os astronautas do Projeto Apollo antes de suas idas à Lua, e chefiou os projetos da Mariner e Viking, pioneiras na exploração do sistema solar que permitiram obter importantes informações sobre Vénus e Marte. Participou também das missões Voyager e da sonda Galileu. Foi decisivo na explicação do efeito estufa em Vénus e o descobrimento das altas temperaturas do planeta, na explicação das mudanças sazonais da atmosfera de Marte e na descoberta das moléculas orgânicas em Titã, satélite de Saturno. Ele também foi um dos maiores divulgadores da ciência de todos os tempos ao apresentar a série Cosmos em 1980.

Recebeu diversos prémios e homenagens de diversos centros de pesquisas e entidades ligadas à astronomia, inclusive o maior prémio científico das Américas, o prémio da Academia Nacional de Ciências (no caso, o Public Welfare Medal). Recebeu também 22 títulos honoris causa de universidades americanas, medalhas da NASA por Excepcionais Feitos Científicos, por Feitos no Programa Apollo e duas vezes a Distinção por Serviços Públicos, o Prémio de Astronáutica John F. Kennedy da Sociedade Astronáutica Norte-Americana, o Prémio de Beneficência Pública por “distintas contribuições para o bem estar da humanidade”, a Medalha Tsiolkovsky da Federação Cosmonáutica Soviética, o Prémio Masursky da Sociedade Astronómica Norte-Americana, o prémio Pulitzer de literatura, em 1978, por seu livro Os Dragões do Éden e o prémio Emmy, por sua série Cosmos. Em sua homenagem, o asteróide 2709 Sagan tem o seu nome.

terça-feira, junho 28, 2011

Terry Fox partiu há 30 anos


Terrance Stanley "Terry" Fox (Winnipeg, 28 de Julho de 1958 - Thunder Bay, 28 de Junho de 1981) foi um atleta e, mais notavelmente, um activista para o tratamento de cancro, do Canadá. Nascido em Manitoba, foi criado na cidade de Port Coquitlam, na Colúmbia Britânica.
Depois de perder uma de suas pernas para um osteossarcoma, Terry Fox decidiu cruzar o país de costa a costa, para arrecadar fundos para pesquisas do tratamento de cancro. Ele começou sua jornada em St. John's, em Terra Nova e Labrador, na costa atlântica, em 12 de Abril de 1980, e pretendia ir até Vancouver, Colúmbia Britânica, na costa pacífica, numa jornada que acabou conhecida como Marathon of Hope (Maratona da Esperança, em português).
Terry Fox correu durante a Marathon of Hope, em média, o equivalente à uma maratona - 42 quilómetros - por dia. Após 143 dias consecutivos, e de ter percorrido aproximadamente 5 300 quilómetros, Fox foi obrigado a parar sua jornada, quando soube que seu cancro havia-se espalhado para seus pulmões. Fox acabou morrendo alguns meses depois, aos 22 anos de idade, um mês antes de completar 23 anos.
Terry Fox foi proclamado como um herói nacional, tendo recebido várias honras nacionais. A Maratona da Esperança arrecadou um total de 360 milhões de dólares canadianos para pesquisa sobre o tratamento de cancro. Além disso, foi escolhido, numa pesquisa de opinião pública no Canadá, como o canadiano mais famoso do século XX, bem como segundo na lista dos Maiores Canadianos.