(imagem daqui)
Paul Leonard Newman (Shaker Heights, 26 de janeiro de 1925 – Westport, 26 de setembro de 2008) foi um ator e diretor cinematográfico norteamericano.
Filho de um bem sucedido comerciante de artigos desportivos, Newman começou a carreira em peças do colégio e, após obter a dispensa da marinha americana em 1946, foi estudar no Kenyon College. Após a formatura, ele passou um ano na Yale Drama School indo depois para Nova Iorque, onde entrou para a renomada escola de formação de atores Actors Studio, dirigida por Lee Strasberg.
Depois de sua primeira aparição na Broadway em Picnic (1953), foi-lhe oferecido um contrato pela Warner Bros. Seu primeiro filme, The Silver Chalice, de 1954, foi quase o seu último: considerou sua atuação muito má e publicou um anúncio de página inteira num jornal pedindo desculpas a quem tivesse visto o filme.
Saiu-se muito melhor na sua segunda tentativa, em Marcado pela Sarjeta (1956), no Brasil, onde deu vida ao boxer Rocky Graziano e foi aclamado pela crítica por sua grande atuação.
Com Cat on a Hot Tin Roof (Gata em Telhado de Zinco Quente) e The Long Hot Summer, cuja atuação lhe valeu o prémio de melhor ator no Festival de Cannes, estabelecendo-o como novo astro de Hollywood no fim da década de 1950, Paul tornou-se um líder de bilheteiras da década seguinte estrelando filmes como The Hustler (1961), The Prize (1963), Hud (1963), Cool Hand Luke (1967) e Hombre (1967), fechando os anos 1960 com o mega sucesso de crítica e bilheteira mundial Butch Cassidy and the Sundance Kid (Dois Homens e um Destino, 1969), ao lado de Robert Redford.
A dupla trabalharia junta quatro anos depois em Golpe de Mestre / A Golpada de George Roy Hill, outro grande sucesso de Newman e vencedor do Óscar de melhor filme de 1973.
Também produziu e dirigiu muitos filmes de qualidade, incluindo Rachel, Rachel (1968), estrelado pela esposa Joanne Woodward e com o qual foi premiado com o Globo de Ouro de melhor diretor. Indicado dez vezes pela Academia como melhor ator, finalmente venceu por sua atuação em The Color of Money (A Cor do Dinheiro, 1986). Por curiosidade, no ano anterior havia recebido um Óscar especial pelo conjunto da carreira.
Outros filmes importantes de Paul Newman são: Cat on a Hot Tin Roof (Gata em Telhado de Zinco Quente, 1958), The Long Hot Summer (1958), Exodus (1960), Sweet Bird of Youth, onde refez no cinema o mesmo papel que já havia feito na Broadway (1962), Torn Curtain (1966), The Towering Inferno (Torre do Inferno, 1974), Absence of Malice e The Verdict (1982).
Fazendo menos filmes na década de 1990, e se dedicando mais à sua fábrica de molhos e condimentos, Newman's Own (com a qual ganhou mais dinheiro que no cinema, porém dedicou quase todo o lucro à caridade e à sua equipe de corridas), Paul reapareceu em grande estilo, já aos 77 anos, em Road to Perdition, trabalhando com Tom Hanks e o futuro James Bond, Daniel Craig, e foi novamente indicado para um Óscar, desta vez como ator coadjuvante. Em 1995, ganhou o Urso de Prata no Festival de Berlim como o prémio de melhor ator no filme Nobody's Fool.
Newman também foi conhecido por seu apoio a causas políticas liberais nos EUA. Nos anos 1960, esteve bastante envolvido na campanha de candidatos democratas à Presidência. Seu forte apoio à Eugene McCarthy em 1968, estrelando diversos comerciais de televisão a favor do candidato democrata, fez Richard Nixon, o adversário de McCarthy e que acabou sendo eleito, colocá-lo em 19º lugar numa lista de seus piores inimigos, o que fez Newman declarar que esta seria uma das maiores honras de sua vida.
Sua paixão pelo automobilismo e pela velocidade foram famosas. Apesar de daltónico, dos anos 1970 aos 1990 Newman se destacou como piloto amador, correndo em carros de corridas nos USA e na Europa, onde chegou a conseguir um segundo lugar nas 24 Horas de Le Mans com um Porsche 935. Nos anos 1980 se envolveu com a Fórmula Indy, onde se tornou sócio-proprietário da equipa Newman-Haas Racing, equipe vencedora dos quatro últimos títulos da Champ Car. Aos setenta anos, foi o mais velho piloto a vencer uma corrida de prestígio, ao fazer parte da equipa de pilotos do carro que venceu as 24 Horas de Daytona de 1995.
Cancro e morte
Newman, ex-fumador inveterado, padeceu por muito tempo de cancro do pulmão. Em maio de 2008, foi afastado da direção de uma versão de Ratos e Homens, baseada no livro de John Steinbeck. A doença havia sido diagnosticada pelo hospital Sloan-Kettering Cancer Centre, em Nova York.
Em março de 2008, Newman negou boatos de que estaria com cancro, depois de ter faltado a um evento beneficente da instituição infantil Hole in The Wall Gang, criada por ele. No mesmo mês, ele cancelou uma aparição no talk show The Late Show with David Letterman. Seu porta-voz, Warren Cowan, despistou sua hospitalização, insistindo que o ator estava "recebendo tratamento para pé-de-atleta e queda de cabelo". O jornal New York Post divulgou que um paciente de cancro disse ter visto Newman em março de 2008 no oncologista regularmente.
Em agosto, após encerrar as sessões de quimioterapia contra o cancro, o ator Paul Newman foi informado de que teria poucas semanas de vida e pediu aos médicos e a seus familiares para deixar o hospital e ser levado à sua casa, em Westport, no estado americano de Connecticut, onde morreu em 26 de setembro de 2008.
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