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sábado, julho 18, 2020

O atentado contra a AMIA em Buenos Aires foi há 26 anos


O atentado da AMIA foi um ataque ao prédio da Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA). Ocorreu em Buenos Aires em 18 de julho de 1994, matando 85 pessoas e ferindo centenas. Foi o atentado mais mortal da Argentina. O país é o lar de uma comunidade judaica de 230.000 pessoas, a maior da América Latina e sexta do mundo fora de Israel.
Ao longo dos anos, o caso foi marcado por acusações de encobrimentos. Todos os suspeitos da "conexão local" (entre eles, muitos membros da Polícia Provincial de Buenos Aires) não foram considerados culpados em setembro de 2004. Em agosto de 2005, o juiz federal Juan José Galeano, encarregado do caso, foi acusado e retirado de seu cargo por uma acusação de irregularidades "graves" devido à manipulação incorreta da investigação. Em 2005, o cardeal Jorge Mario Bergoglio, que mais tarde se tornou o Papa Francisco, foi a primeira personalidade pública a assinar uma petição de justiça no caso de atentado da AMIA. Ele foi um dos signatários em um documento chamado "85 vítimas, 85 assinaturas" como parte do 11º aniversário do atentado.
Em 25 de outubro de 2006, os procuradores argentinos Alberto Nisman e Marcelo Martínez Burgos acusaram formalmente o governo do Irão de planear o atentado e a milícia do Hezbollah de realizá-lo. De acordo com os pedidos da promotoria em 2006, a Argentina foi alvo do Irão após a decisão de Buenos Aires de suspender um contrato de transferência de tecnologia nuclear para Teerão. Isso foi contestado porque o contrato nunca foi encerrado e o Irão e a Argentina estavam negociando o restabelecimento da plena cooperação em todos os acordos desde o início de 1992 até 1994, quando ocorreu o atentado.
O décimo terceiro aniversário do atentado foi recordado em 18 de julho de 2007. Além das exposições e cerimónias nacionais, estações de rádio e televisão e carros de polícia em toda a Argentina fizeram soar as sirenes às 09.53 da manhã, hora do atentado.
 

domingo, janeiro 05, 2020

Dreyfus foi degredado há 125 anos

Em 1894, Alfred Dreyfus foi acusado de ter vendido segredos militares aos alemães. Foi preso a 15 de outubro de 1894 e, em 5 de janeiro do 1895, foi degredado, sendo-lhe retirados os galões de oficial numa cerimónia humilhante. Inicialmente condenado à prisão perpétua na Ilha do Diabo, na Guiana Francesa, foi novamente julgado por um tribunal militar, em 1899, e, de novo, condenado.
(...)
Em 13 de janeiro de 1898, no jornal L'Aurore, Émile Zola escreveu a famosa carta aberta ao presidente, com o título J'accuse! (Eu Acuso!), denunciando o Alto Comando Militar francês, os tribunais, enfim, todos os que condenaram Dreyfus, incendiando a opinião pública nacional. O escritor se apoiava no trabalho do chefe do serviço secreto francês, coronel Georges Picquart, que concluía que os documentos contra Dreyfus haviam sido falsificados.
Amnistiado por ordem do Executivo, deixou a prisão e foi viver com uma das suas irmãs, em Carpentras, e, mais tarde, em Cologny.
Foi oficialmente reabilitado em 1906. Em 15 de outubro do mesmo ano, foi-lhe dado o comando da unidade de artilharia de Saint-Denis. Contudo o exército continuou sustentando a acusação contra Dreyfus, de ser um traidor ou pelo menos suspeito de traição.
Em 4 de junho de 1908, sofreu um atentado a bala durante a cerimónia da transferência das cinzas de Émile Zola para o Panteão de Paris, ficando ferido apenas num braço. O autor do atentado Louis-Anthelme Grégori, foi absolvido da acusação de tentativa de homicídio. Foi sepultado no Cemitério do Montparnasse, em Paris.
     

sábado, novembro 09, 2019

A infame Noite dos Cristais foi há 81 anos

Uma loja judaica saqueada durante a Noite dos Cristais
   
A Noite dos Cristais (alemão Reichskristallnacht ou simplesmente Kristallnacht) é o nome popularmente dado aos atos de violência que ocorreram na noite de 9 de novembro de 1938 em diversos locais da Alemanha e da Áustria, então sob o domínio nazi ou Terceiro Reich. Tratou-se de Pogroms, de destruição de sinagogas, de lojas, de habitações e de agressões contra as pessoas identificadas como judias.
Para o regime foi a resposta ao assassinato de Ernst von Rath, um diplomata alemão em Paris, por Herschel Grynszpan, um judeu polaco, condenado múltiplas vezes a deportação da França.
A pedido de Adolf Hitler, Goebbels instiga os dirigentes do NSDAP (Partido Nazi) e os SA a atacarem os judeus. Heydrich organiza as violências que deviam visar as lojas de judeus e as sinagogas. Numa única noite, 91 judeus foram mortos e cerca de 25.000 a 30.000 foram presos e levados para campos de concentração. Cerca de 7.500 lojas judaicas e 267 sinagogas foram reduzidas a escombros.
As ordens determinavam que os SA deviam estar vestidos à paisana, a fim que o movimento parecesse ser um movimento espontâneo de uma população furiosa contra os judeus. Os incêndios também chocaram uma parte da população, mas não o facto de que os judeus tivessem sido atacados fisicamente.
A alta autoridade nazi cobrou uma multa aos judeus de mil milhões de marcos, pelas desordens e prejuízos dos quais eles foram as vítimas.
O nome Kristallnacht deriva dos cacos de vidro (vitrinas das lojas, vitrais das sinagogas, entre outros) resultantes deste episódio de violência racista.
 
   

domingo, março 31, 2019

Os Reis Católicos expulsaram os Judeus há 527 anos

Cópia assinada do édito de expulsão
O Decreto de Alhambra foi um decreto régio promulgado pelos Reis Católicos (Isabel I de Castela e o rei Fernando II de Aragão), ordenando a expulsão ou conversão forçada da população judaica da Espanha, e levando à fuga e dispersão dos sefarditas (judeus ibéricos) pelo Magrebe, Médio Oriente e sudeste da Europa. Foi escrito por Juan de Coloma, o secretário real, e assinado em Alhambra, Granada, a 31 de Março de 1492.
Aceite com resignação por grande parte da comunidade judaica, uma notável excepção foi o rabino D. Isaac Abravanel. Um documento fictício, atribuído a Abravanel, que seria uma resposta escrita a esse decreto, foi na verdade parte de um romance de David Rafael de 1988. No seguimento do seu falhanço em convencer os reis católicos a cancelar o decreto, teria escrito uma resposta pungente e profética ao decreto, nas vésperas da sua partida. A origem real do documento encontra-se numa obra de ficção publicada em 1988, intitulada Alhambra Decree do autor David Raphael.
   



quinta-feira, março 14, 2019

Os nazis criaram o estado fantoche da Eslováquia há oitenta anos

Mudanças territoriais da República Eslovaca (1938-1947) sem as mudanças na fronteira com a Polónia 
1 - Bratislava bridgehead, part of Hungary until 15 October 1947
2 - Southern Slovakia, from 2 November 1938 until 1945 to Hungary, due to the First Vienna Award
3 - Strip of land in eastern Slovakia around the cities of Stakčín & Sobrance, part of Hungary from 4 April 1939 (following the Slovak–Hungarian War) until 1945
4 - Devín and Petržalka (now parts of the city of Bratislava), from 1938 until 1945 part of Germany
5 - German “Protection Zone”, military occupation as a result of the protection treaty with Slovakia

  
A República Eslovaca, também conhecido como Primeira República Eslovaca ou Estado Eslovaco , foi um estado nacional eslovaco, sendo, porém, um Estado fantoche clerofascista da Alemanha nazi durante a Segunda Guerra Mundial, ocupando o território da atual Eslováquia, exceto a parte sul, posteriormente recuperada da Hungria. Foi criado em 1939 sob o nome de Estado Eslovaco, quando a Alemanha estabeleceu o protectorado de Boémia e Morávia. Posteriormente, em julho do mesmo ano, foi proclamada uma república independente. Era governado pelo Monsenhor Jozef Tiso. Além da Boémia e Morávia, limitava com a Alemanha, Polónia e Hungria. A República Eslovaca deixou de existir, de facto, em 4 de abril de 1945, quando tropas soviéticas ocuparam Bratislava.
Embora às vezes chamada de Primeira República Eslovaca, a República Eslovaca moderna recusa considerar esse Estado como o seu antecessor, principalmente devido à implementação de medidas antissemitas e por realmente faltar autonomia ao seu governo. Durante a Guerra Fria, os livros de história da Checoslováquia referiam-se a esta nação como o Estado Eslovaco. Esta breve república só foi reconhecida pelas nações que faziam parte da esfera de influência das Potências do Eixo como a Alemanha e em vários outros estados, incluindo o Governo Provisório da República da China, o Estado Independente da Croácia, Estónia, Itália fascista, Hungria, Império do Japão, Lituânia, Manchukuo, Mengjiang, Reino da Roménia, Espanha franquista, além da União Soviética, assim como El Salvador, Suíça e Vaticano.

A República da Eslováquia: as planícies do sul, de maioria magiar tiveram de ser transferidas para a Hungria pela Primeira Arbitragem de Viena, a Ruténia foi ocupada pela Hungria; ao participar do ataque alemão à Polónia em 1939 ganhou dois territórios no norte
   
in Wikipédia

terça-feira, março 05, 2019

Estaline morreu (finalmemente...!) há 66 anos

Josef Vissarionovitch Stalin, em português Estaline (Gori, 18 de dezembro de 1879 - Moscovo, 5 de março de 1953), nascido Iossif Vissarionovitch Djugashvili, foi secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética e do Comité Central a partir de 1922 até à sua morte em 1953, sendo assim o líder da União Soviética.
Sob a liderança de Estaline, a União Soviética desempenhou um papel decisivo na derrota da Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945) e passou a atingir o estatuto de superpotência, após rápida industrialização e melhoras nas condições sociais do povo soviético, durante esse período, o país também expandiu seu território para um tamanho semelhante ao do antigo Império Russo.
Durante o XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética, em 1956, o sucessor de Estaline, Nikita Khrushchov, apresentou o seu Discurso Secreto, oficialmente chamado "Do culto à personalidade e suas consequências", a partir do qual se iniciou um processo de "desestalinização" da União Soviética. Ainda hoje existem diversas perspectivas ao redor de Estaline e seu governo, alguns o vendo como ditador tirano e outros como líder habilidoso.
(...)
Na manhã de 1 de março de 1953, depois de um jantar que durou a noite toda e ter visto um filme, Stalin chegou à sua casa em Kuntsevo, a 15 km a oeste do centro de Moscovo com o Ministro do Interior, Lavrentiy Beria, e os futuros líderes Georgy Malenkov, Nikolai Bulganin e Nikita Khrushchev, retirando-se para o quarto para dormir. À tarde, Estaline não saiu do quarto.
Embora os seus guardas estranhassem que ele não se levantasse à hora usual, eles tinhas ordens estritas para não o perturbar e deixaram-no sozinho o dia inteiro. Cerca das 22.00 horas, Peter Lozgachev, o Comandante de Kuntsevo, entrou no quarto e viu Stalin caído de costas no chão, perto da cama, com o pijama e ensopado em urina. Um assustado Lozgachev perguntou a Estaline o que aconteceu, mas só obteve respostas ininteligíveis. Lozgachev usou o telefone do quarto enquanto chamava oficiais, dizendo-lhes que Estaline tinha tido um ataque e pedia que mandassem doutores para a residência de Kuntsevo imediatamente. Lavrentiy Beria foi informado e chegou algumas horas depois, mas os doutores só chegaram no início da manhã de 2 de março, mudando as roupas da cama e deitando-o. O acamado líder morreu quatro dias depois, em 5 de março de 1953, Estaline morreu de hemorragia cerebral (derrame), em circunstâncias ainda hoje pouco esclarecidas, com 74 anos de idade, sendo embalsamado a 9 de março. Avtorkhanov desenvolveu uma detalhada teoria, publicada inicialmente em 1976, apontando Beria como o principal suspeito de tê-lo envenenado. Todavia, outros historiadores ainda consideram que Estaline morreu de causas naturais.
Nikita Khrushchov escreveu nas suas memórias que, imediatamente após a morte de Estaline, Lavrenty Beria teria começado a "vomitar seu ódio (contra Estaline) e a zombar dele", e que quando Estaline demonstrou sinais de consciência, Beria teria se colocado de joelhos e beijado as mãos de Estaline. No entanto, assim que Estaline ficou novamente inconsciente, Beria imediatamente teria se levantado e cuspido com nojo.
Em 2003, um grupo de historiadores russos e americanos anunciaram a sua conclusão de que Estaline ingeriu varfarina, um poderoso veneno de rato que inibe a coagulação sanguínea e predispõe a vítima à hemorragia cerebral (derrame). Como a varfarina é insípida ela provavelmente teria sido o veneno utilizado. No entanto, os factos exatos envolvendo a morte de Estaline provavelmente nunca serão conhecidos.
O período imediatamente anterior ao seu falecimento, nos meses de fevereiro-março de 1953, foi marcado por uma atividade febril de Estaline nos preparativos de uma nova onda de perseguições e campanhas repressivas, exceção até para os padrões da era estalinista. Tratava-se do conhecido complô dos médicos: em 3 de janeiro de 1953, foi anunciado que nove catedráticos de medicina, quase todos judeus e que tratavam dos membros da liderança soviética, tinham sido "desmascarados" como agentes da espionagem americana e britânica, membros de uma organização judaica internacional, e assassinos de importantes líderes soviéticos.
Tratava-se da preparação de um novo julgamento-espetáculo, desta vez com claros traços de anti-semitismo, que certamente levaria a um pogrom nacional, e que implicaria, segundo Isaac Deutscher, na auto-destruição das próprias raízes ideológicas do regime, razão pela qual a morte de Estaline pareceu a muitos ter sido provocada pelos seus seguidores imediatos, claramente alarmados diante da iminente fascistização promovida por Estaline. O facto de que Beria estivesse alheio à preparação deste novo expurgo fez com que ele fosse apresentado como possível autor intelectual do suposto assassinato de Estaline; o facto é, no entanto, que Estaline era idoso e que sua saúde, desde o final da Segunda Guerra Mundial, era precária; aqueles que tiveram contato pessoal com ele nos seus últimos anos lembram-se do contraste entre a sua imagem pública de ente semi-divino e a sua aparência real, devastada pela idade. Simon Sebag Montefiore considera que, apesar de Estaline haver recebido assistência atrasada para o derrame que o vitimaria, a tecnologia médica da época nada poderia fazer por ele em termos terapêuticos.
   

domingo, abril 01, 2018

O martírio dos judeus começou na Alemanhã nazi há 85 anos...

1 de abril de 1933 - os nazis, recém-eleitos, organizam, sob a batuta de Julius Streicher, um boicote de um dia a todas as lojas e negócios pertencentes a judeus na Alemanha, a preparação do Holocausto. Neste cartaz, afixado por um membro da milícia para-militar SA (os camisas castanhas), lê-se a seguinte propaganda anti-semita: 
Alemães, defendam-se! Não comprem aos judeus!

sábado, janeiro 13, 2018

Há 65 anos foi "descoberto" um complot para matar Estaline

O complot dos médicos judeus foi, segundo a versão oficial do Estado Soviético, uma conspiração dos médicos judeus, sob ordens da inteligência norte-americana, que teriam como objetivo assassinar os principais quadros do Partido Comunista da União Soviética, inclusive o próprio Estaline.
"Prendam os Médicos Assassinos" - alardeava a manchete do Pravda a 13 de Janeiro de 1953. "Os médicos do Kremlim, judeus na sua maioria, assassinaram os maiores líderes soviéticos, e tramaram contra outros, talvez até contra o próprio Estaline".
Depois da morte de Estaline, em março de 1953, os líderes da União Soviética assumiram que o caso foi fabricado com o objetivo de prender e executar líderes comunistas que se opunham a Estaline. Em abril do mesmo ano, o mesmo Pravda dizia que "os médicos tinham sido presos sem nenhuma base legal" e acrescentava que os "investigadores super zelosos haviam-se esquecido de que estavam ao serviço do povo e que a sua missão era salvaguardar a lei soviética".
Todos os médicos acusados foram inocentados (com exceção de dois, que morreram na prisão...) e reconduzidos aos seus antigos cargos.

domingo, julho 19, 2015

Aristides de Sousa Mendes nasceu há 130 anos

Aristides de Sousa Mendes do Amaral e Abranches (Carregal do Sal, Cabanas de Viriato, 19 de julho de 1885 - Lisboa, 3 de abril de 1954) foi um cônsul Português.
Cônsul de Portugal em Bordéus no ano da invasão da França pela Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial, Sousa Mendes desafiou ordens expressas do ditador António de Oliveira Salazar,  que acumulava com o cargo de primeiro ministro a função de ministro dos Negócios Estrangeiros, e durante cinco dias concedeu milhares vistos de entrada em Portugal a refugiados de várias nacionalidades que desejavam fugir da França em 1940.
Por muitos considerado um herói, Aristides de Sousa Mendes terá salvado dezenas de milhares de pessoas do Holocausto. Apelidado de "o Schindler português", Sousa Mendes também teve a sua lista e salvou a vida de milhares de pessoas, das quais cerca de 10 mil judeus. Mas segundo, Avraham Milgram historiador da Yad Vashem num estudo publicado em 1999 pelo Shoah Resource Center, International School for Holocaust Studies, a diferença entre o mito dos 30 mil vistos e a realidade é grande.
 

segunda-feira, janeiro 05, 2015

Há 120 anos Dreyfus foi degredado para a Ilha do Diabo

Em 1894, Alfred Dreyfus foi acusado de ter vendido segredos militares aos alemães. Foi preso a 15 de outubro de 1894 e, em 5 de janeiro do 1895, foi degredado, sendo-lhe retirados os galões de oficial numa cerimónia humilhante. Inicialmente condenado à prisão perpétua na Ilha do Diabo, na Guiana Francesa, foi novamente julgado por um tribunal militar, em 1899, e, de novo, condenado.

domingo, novembro 09, 2014

A Noite dos Cristais foi há 76 anos

A Noite dos Cristais (alemão Reichskristallnacht ou simplesmente Kristallnacht) é o nome popularmente dado aos atos de violência que ocorreram na noite de 9 de novembro de 1938 em diversos locais da Alemanha e da Áustria, então sob o domínio nazi ou Terceiro Reich. Tratou-se de pogroms, com a destruição de sinagogas, lojas, habitações e de agressões contra as pessoas identificadas como judias.
Para o regime foi a resposta ao assassinato de Ernst von Rath, um diplomata alemão em Paris, por Herschel Grynszpan, um judeu polaco, condenado múltiplas vezes a deportação da França.
A pedido de Adolf Hitler, Goebbels instiga os dirigentes do NSDAP (Partido Nazi) e os SA a atacarem os judeus. Heydrich organiza a violência que devia visar as lojas de judeus e as sinagogas. Numa única noite, 91 judeus foram mortos e cerca de 25.000 a 30.000 foram presos e levados para campos de concentração. 7.500 lojas judaicas e 267 sinagogas foram reduzidas a escombros.
As ordens determinavam que os SA deviam estar vestidos à paisana, a fim que o movimento parecesse ser um movimento espontâneo de uma população furiosa contra os judeus. Os incêndios também chocaram uma parte da população, mas não o facto de que os judeus tivessem sido atacados fisicamente.
A alta autoridade nazi cobrou uma multa aos judeus de mil milhõesde marcos pelas desordens e prejuízos dos quais eles foram as vítimas.
O nome Kristallnacht deriva dos cacos de vidro (vitrinas das lojas, vitrais das sinagogas, entre outros) resultantes deste episódio de violência racista.

segunda-feira, março 31, 2014

Há 522 anos os Reis Católicos (Isabel I de Castela e Fernando II de Aragão) expulsaram os judeus dos seus territórios

Cópia assinada do édito de expulsão

O Decreto de Alhambra foi um decreto régio promulgado pelos Reis Católicos (Isabel I de Castela e o rei Fernando II de Aragão), ordenando a expulsão ou conversão forçada da população judaica da Espanha, e levando à fuga e dispersão dos sefarditas (judeus ibéricos) pelo Magrebe, Médio Oriente e sudeste da Europa. Foi escrito por Juan de Coloma, o secretário real, e assinado em Alhambra, Granada, a 31 de Março de 1492.
Aceite com resignação por grande parte da comunidade judaica, uma notável excepção foi o rabino D. Isaac Abravanel. Um documento fictício, atribuído a Abravanel, que seria uma resposta escrita a esse decreto, foi na verdade parte de um romance de David Rafael de 1988. No seguimento do seu falhanço em convencer os reis católicos a cancelar o decreto, teria escrito uma resposta pungente e profética ao decreto, nas vésperas da sua partida. A origem real do documento encontra-se numa obra de ficção publicada em 1988, intitulada Alhambra Decree do autor David Raphael.


sexta-feira, março 14, 2014

Há 75 anos os nazis criaram o estado fantoche da Eslováquia

Mudanças territoriais da República Eslovaca (1938-1947) sem as mudanças na fronteira com a Polónia 
1 - Bratislava bridgehead, part of Hungary until 15 October 1947
2 - Southern Slovakia, from 2 November 1938 until 1945 to Hungary, due to the First Vienna Award
3 - Strip of land in eastern Slovakia around the cities of Stakčín & Sobrance, part of Hungary from 4 April 1939 (following the Slovak–Hungarian War) until 1945
4 - Devín and Petržalka (now parts of the city of Bratislava), from 1938 until 1945 part of Germany
5 - German “Protection Zone”, military occupation as a result of the protection treaty with Slovakia


A República Eslovaca, também conhecido como Primeira República Eslovaca ou Estado Eslovaco , foi um estado nacional eslovaco, porém um Estado fantoche clerofascista da Alemanha nazi durante a Segunda Guerra Mundial, ocupando o território da atual Eslováquia, exceto a parte sul, posteriormente recuperada da Hungria. Foi criado em 1939 sob o nome de Estado Eslovaco, quando a Alemanha estabeleceu o protectorado de Boémia e Morávia. Posteriormente, em julho do mesmo ano, foi proclamada uma república independente. Era governado pelo Monsenhor Jozef Tiso. Além da Boémia e Morávia, limitava com a Alemanha, Polónia e Hungria. A República Eslovaca deixou de existir, de facto, em 4 de abril de 1945, quando tropas soviéticas ocuparam Bratislava.
Embora às vezes chamada de Primeira República Eslovaca, a República Eslovaca moderna recusa considerar esse Estado como o seu antecessor, principalmente devido à implementação de medidas antissemitas e por realmente faltar autonomia ao seu governo. Durante a Guerra Fria, os livros de história da Checoslováquia referiam-se a esta nação como o Estado Eslovaco. Esta breve república só foi reconhecida pelas nações que faziam parte da esfera de influência das Potências do Eixo como a Alemanha e em vários outros estados, incluindo o Governo Provisório da República da China, o Estado Independente da Croácia, Estónia, Itália fascista, Hungria, Império do Japão, Lituânia, Manchukuo, Mengjiang, Reino da Roménia, Espanha franquista, além da União Soviética, assim como El Salvador, Suíça e Vaticano.

A República da Eslováquia: as planícies do sul, de maioria magiar tiveram de ser transferidas para a Hungria pela Primeira Arbitragem de Viena, a Ruténia foi ocupada pela Hungria; ao participar do ataque alemão à Polónia em 1939 ganhou dois territórios no norte

quarta-feira, março 05, 2014

Estaline morreu há 61 anos

Josef Vissarionovitch Stalin, em português Estaline (Gori, 18 de dezembro de 1879 - Moscovo, 5 de março de 1953), nascido Iossif Vissarionovitch Djugashvili, foi secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética e do Comité Central a partir de 1922 até à sua morte em 1953, sendo assim o líder da União Soviética.
Sob a liderança de Estaline, a União Soviética desempenhou um papel decisivo na derrota da Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945) e passou a atingir o estatuto de superpotência, após rápida industrialização e melhoras nas condições sociais do povo soviético, durante esse período, o país também expandiu seu território para um tamanho semelhante ao do antigo Império Russo.
Durante o XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética, em 1956, o sucessor de Estaline, Nikita Khrushchov, apresentou o seu Discurso Secreto, oficialmente chamado "Do culto à personalidade e suas consequências", a partir do qual se iniciou um processo de "desestalinização" da União Soviética. Ainda hoje existem diversas perspectivas ao redor de Estaline e seu governo, alguns o vendo como ditador tirano e outros como líder habilidoso.

(...)

Na manhã de 1 de março de 1953, depois de um jantar que durou a noite toda e ter visto um filme, Stalin chegou à sua casa em Kuntsevo, a 15 km a oeste do centro de Moscovo com o Ministro do Interior, Lavrentiy Beria, e os futuros líderes Georgy Malenkov, Nikolai Bulganin e Nikita Khrushchev, retirando-se para o quarto para dormir. À tarde, Estaline não saiu do quarto.
Embora os seus guardas estranhassem que ele não se levantasse à hora usual, eles tinhas ordens estritas para não o perturbar e deixaram-no sozinho o dia inteiro. Cerca das 22.00 horas, Peter Lozgachev, o Comandante de Kuntsevo, entrou no quarto e viu Stalin caído de costas no chão, perto da cama, com o pijama e ensopado em urina. Um assustado Lozgachev perguntou a Estaline o que aconteceu, mas só obteve respostas ininteligíveis. Lozgachev usou o telefone do quarto enquanto chamava oficiais, dizendo-lhes que Estaline tinha tido um ataque e pedia que mandassem doutores para a residência de Kuntsevo imediatamente. Lavrentiy Beria foi informado e chegou algumas horas depois, mas os doutores só chegaram no início da manhã de 2 de março, mudando as roupas da cama e deitando-o. O acamado líder morreu quatro dias depois, em 5 de março de 1953, Estaline morreu de hemorragia cerebral (derrame), em circunstâncias ainda hoje pouco esclarecidas, com 74 anos de idade, sendo embalsamado a 9 de março. Avtorkhanov desenvolveu uma detalhada teoria, publicada inicialmente em 1976, apontando Beria como o principal suspeito de tê-lo envenenado. Todavia, outros historiadores ainda consideram que Estaline morreu de causas naturais.
Nikita Khrushchov escreveu nas suas memórias que, imediatamente após a morte de Estaline, Lavrenty Beria teria começado a "vomitar seu ódio (contra Estaline) e a zombar dele", e que quando Estaline demonstrou sinais de consciência, Beria teria se colocado de joelhos e beijado as mãos de Estaline. No entanto, assim que Estaline ficou novamente inconsciente, Beria imediatamente teria se levantado e cuspido com nojo.
Em 2003, um grupo de historiadores russos e americanos anunciaram a sua conclusão de que Estaline ingeriu varfarina, um poderoso veneno de rato que inibe a coagulação sanguínea e predispõe a vítima à hemorragia cerebral (derrame). Como a varfarina é insípida ela provavelmente teria sido o veneno utilizado. No entanto, os factos exatos envolvendo a morte de Estaline provavelmente nunca serão conhecidos.
O período imediatamente anterior ao seu falecimento, nos meses de fevereiro-março de 1953, foi marcado por uma atividade febril de Estaline nos preparativos de uma nova onda de perseguições e campanhas repressivas, exceção até para os padrões da era estalinista. Tratava-se do conhecido complô dos médicos: em 3 de janeiro de 1953, foi anunciado que nove catedráticos de medicina, quase todos judeus e que tratavam dos membros da liderança soviética, tinham sido "desmascarados" como agentes da espionagem americana e britânica, membros de uma organização judaica internacional, e assassinos de importantes líderes soviéticos.
Tratava-se da preparação de um novo julgamento-espetáculo, desta vez com claros traços de anti-semitismo, que certamente levaria a um pogrom nacional, e que implicaria, segundo Isaac Deutscher, na auto-destruição das próprias raízes ideológicas do regime, razão pela qual a morte de Estaline pareceu a muitos ter sido provocada pelos seus seguidores imediatos, claramente alarmados diante da iminente fascistização promovida por Estaline. O facto de que Beria estivesse alheio à preparação deste novo expurgo fez com que ele fosse apresentado como possível autor intelectual do suposto assassinato de Estaline; o facto é, no entanto, que Estaline era idoso e que sua saúde, desde o final da Segunda Guerra Mundial, era precária; aqueles que tiveram contato pessoal com ele nos seus últimos anos lembram-se do contraste entre a sua imagem pública de ente semi-divino e sua aparência real, devastada pela idade. Simon Sebag Montefiore considera que, apesar de Estaline haver recebido assistência atrasada para o derrame que o vitimaria, a tecnologia médica da época nada poderia fazer por ele em termos terapêuticos.

sábado, março 01, 2014

Estaline teve um AVC há 61 anos que, em conjunto com a perseguição aos melhores médicos da União Soviética, o iria vitimar

Josef Vissarionovitch Stalin (Estaline em português) (Gori, 18 de dezembro de 1879 - Moscovo, 5 de março de 1953), nascido Iossif Vissarionovitch Djugashvili, foi secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética e do Comité Central desde 1922 até à sua morte, em 1953, sendo assim o líder da União Soviética neste período.
Sob a liderança de Estaline, a União Soviética desempenhou um papel decisivo na derrota da Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945) e atingiu o estatuto de superpotência, após rápida industrialização e melhoras nas condições sociais do povo soviético, durante esse período, o país também expandiu seu território para um tamanho quase igual ao do antigo Império Russo.
Durante o XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética, em 1956, o sucessor de Estaline, Nikita Khrushchov, apresentou o seu Discurso Secreto, oficialmente chamado "Do culto à personalidade e suas consequências", a partir do qual iniciou-se um processo de "desestalinização" da União Soviética. Ainda hoje existem diversas perspectivas ao redor de Estaline e seu governo, alguns o vendo como ditador tirano e outros como líder habilidoso.

(...)

Na manhã de 1 de março de 1953, depois de um jantar que durou a noite toda e ter visto um filme, Stalin chegou à sua casa em Kuntsevo, a 15 km a oeste do centro de Moscovo com o Ministro do Interior, Lavrentiy Beria, e os futuros líderes Georgy Malenkov, Nikolai Bulganin e Nikita Khrushchev, retirando-se para o quarto para dormir. À tarde, Estaline não saiu do quarto.
Embora os seus guardas estranhassem que ele não se levantasse à hora usual, eles tinhas ordens estritas para não o perturbar e deixaram-no sozinho o dia inteiro. Cerca das 22.00 horas, Peter Lozgachev, o Comandante de Kuntsevo, entrou no quarto e viu Stalin caído de costas no chão, perto da cama, com o pijama e ensopado em urina. Um assustado Lozgachev perguntou a Estaline o que aconteceu, mas só obteve respostas ininteligíveis. Lozgachev usou o telefone do quarto enquanto chamava oficiais, dizendo-lhes que Estaline tinha tido um ataque e pedia que mandassem doutores para a residência de Kuntsevo imediatamente. Lavrentiy Beria foi informado e chegou algumas horas depois, mas os doutores só chegaram no início da manhã de 2 de março, mudando as roupas da cama e deitando-o. O acamado líder morreu quatro dias depois, em 5 de março de 1953, Estaline morreu de hemorragia cerebral (derrame), em circunstâncias ainda hoje pouco esclarecidas, com 74 anos de idade, sendo embalsamado a 9 de março. Avtorkhanov desenvolveu uma detalhada teoria, publicada inicialmente em 1976, apontando Beria como o principal suspeito de tê-lo envenenado. Todavia, outros historiadores ainda consideram que Estaline morreu de causas naturais.
Nikita Khrushchov escreveu nas suas memórias que, imediatamente após a morte de Estaline, Lavrenty Beria teria começado a "vomitar seu ódio (contra Estaline) e a zombar dele", e que quando Estaline demonstrou sinais de consciência, Beria teria se colocado de joelhos e beijado as mãos de Estaline. No entanto, assim que Estaline ficou novamente inconsciente, Beria imediatamente teria se levantado e cuspido com nojo.
Em 2003, um grupo de historiadores russos e americanos anunciaram a sua conclusão de que Estaline ingeriu varfarina, um poderoso veneno de rato que inibe a coagulação sanguínea e predispõe a vítima à hemorragia cerebral (derrame). Como a varfarina é insípida ela provavelmente teria sido o veneno utilizado. No entanto, os factos exatos envolvendo a morte de Estaline provavelmente nunca serão conhecidos.
O período imediatamente anterior ao seu falecimento, nos meses de fevereiro-março de 1953, foi marcado por uma atividade febril de Estaline nos preparativos de uma nova onda de perseguições e campanhas repressivas, exceção até para os padrões da era estalinista. Tratava-se do conhecido complô dos médicos: em 3 de janeiro de 1953, foi anunciado que nove catedráticos de medicina, quase todos judeus e que tratavam dos membros da liderança soviética, tinham sido "desmascarados" como agentes da espionagem americana e britânica, membros de uma organização judaica internacional, e assassinos de importantes líderes soviéticos.
Tratava-se da preparação de um novo julgamento-espetáculo, desta vez com claros traços de anti-semitismo, que certamente levaria a um pogrom nacional, e que implicaria, segundo Isaac Deutscher, na auto-destruição das próprias raízes ideológicas do regime, razão pela qual a morte de Estaline pareceu a muitos ter sido provocada pelos seus seguidores imediatos, claramente alarmados diante da iminente fascistização promovida por Estaline. O facto de que Beria estivesse alheio à preparação deste novo expurgo fez com que ele fosse apresentado como possível autor intelectual do suposto assassinato de Estaline; o facto é, no entanto, que Estaline era idoso e que sua saúde, desde o final da Segunda Guerra Mundial, era precária; aqueles que tiveram contato pessoal com ele nos seus últimos anos lembram-se do contraste entre a sua imagem pública de ente semi-divino e sua aparência real, devastada pela idade. Simon Sebag Montefiore considera que, apesar de Estaline haver recebido assistência atrasada para o derrame que o vitimaria, a tecnologia médica da época nada poderia fazer por ele em termos terapêuticos.

sábado, novembro 09, 2013

Como é póssivel, 75 anos depois da Noite de Cristal?

Anti-semitismo está a crescer na Europa


A Internet é onde 76% dos judeus europeus mais esperam encontrar agressões, revela novo inquérito. Conflito do Médio Oriente faz crescer anti-semitismo.

O anti-semitismo cresceu na União Europeia nos últimos cinco anos, sobretudo através da Internet, dizem 76% dos cerca de 6000 judeus que participaram num inquérito da Agência Europeia dos Direitos Fundamentais, divulgado esta sexta-feira. E o conflito israelo-árabe está a alimentar o sentimento antijudaico.
O inquérito foi realizado em 2012, através da Internet, em oito países que reúnem cerca de 90% da actual população europeia que partilha esta fé religiosa: Alemanha, Bélgica, França, Hungria, Itália, Letónia, Suécia e Reino Unido. Foi divulgado nesta altura para coincidir com os 75 anos da Noite de Cristal, o dia 9 de Novembro de 1938, em que o regime nazi enviou as suas forças especiais – vestidas à civil – para as ruas para destruir as casas, lojas e sinagogas dos judeus na Alemanha e também na Áustria recém-anexada. Os homens jovens e saudáveis foram enviados para campos de concentração.
Duas em cada quatro pessoas inquiridas consideram o anti-semitismo como um verdadeiro problema. Esse sentimento é mais forte na Hungria (91%), em França e na Bélgica (ambas com 88%). Quase metade dos inquiridos teme ser alvo de uma agressão verbal por ser judeu num lugar público, e um terço receia um ataque físico.
Em França, 78% dos participantes relatam que o anti-semitismo se expressa frequentemente em actos de vandalismo contra edifícios, cemitérios, locais de culto. “Dizem-nos para nos dispersarmos rapidamente à saída da sinagoga, que tem um serviço de segurança imponente, que não é necessário à saída das igrejas, nem das mesquitas”, lamentou uma participante francesa, citada pela AFP.
Mas é ao navegar pela Internet que mais esperam encontrar ataques à sua religião ou à sua identidade. Os fóruns de discussão na Internet, os comentários no YouTube “estão cheios de mensagens anti-semitas”, diz outra participante francesa no inquérito, citada também pela AFP. Uma britânica de 50 anos, que a BBC cita, afirmou que tinha visto mais comentários anti-semitas desde que está no Facebook “do que em toda a [sua] vida”.
  
O discurso dos políticos
Nos media, 59% estão também habituados a verem-se confrontados com afirmações que os agridem. Na Hungria, 84% dos inquiridos reconhecem a presença do discurso anti-semita no discurso político – é um dos cavalos-de-batalha do partido de extrema-direita Jobbik, que dispõe de 43 deputados no Parlamento de 386 eleitos e é abertamente antijudaico.
A média europeia da constatação do anti-semitismo no discurso político europeu é de 44%, abaixo dos valores da Hungria.
Mas há um cambiante no que é o discurso anti-semita entre a Europa de Leste e a Europa Ocidental, marcado pela percepção do conflito israelo-árabe.
Na Letónia, apenas 8% da população judaica disse que a disputa pela Palestina tinha um grande impacto na forma como a comunidade em que estavam inseridos a via. Mas na Alemanha, 28% disseram que o conflito entre Israel e a Palestina influía na sua própria segurança, e em França 78% disseram o mesmo.
No Reino Unido, os comentários mais frequentes feitos por pessoas não judias, segundo o inquérito, são: “Os israelitas comportam-se ‘como nazis’ com os palestinianos” e “os judeus exploram a vitimização do Holocausto para os seus próprios fins”. Isto dá uma ideia de como velhos preconceitos se misturam com a política actual, para dar novo fôlego a uma intolerância muito antiga.
“Em toda a Europa há uma forma tradicional de anti-semitismo que remonta há muito tempo”, comentou Morten Kjaerum, director da Agência Europeia dos Direitos Fundamentais, citado pela BBC. “Mas estamos também a ver uma forma específica de anti-semitismo, que está a ser relatada pelos participantes no inquérito, que resulta do conflito no Médio Oriente. E aqui temos de ser muito cuidadosos: onde é que pára uma crítica legítima que se pode ter sobre sobre esse conflito e começa uma afirmação anti-semita?”

in Público - ler notícia

quinta-feira, julho 18, 2013

O infame livro Mein Kampf foi publicado inicialmente há 88 anos

Mein Kampf é o título do livro de dois volumes de autoria de Adolf Hitler, no qual ele expressou suas ideias anti-semitas, racistas e nacional-socialistas então adotadas pelo partido nazi. O primeiro volume foi escrito na prisão e editado em 18 de julho de 1925, o segundo foi escrito por Hitler fora da prisão e editado em 1926. Mein Kampf tornou-se um guia ideológico e de ação para os nazis, e ainda hoje influencia os neonazis, sendo chamado por alguns de "Bíblia Nazi".
É importante ressaltar que as ideias propostas em Mein Kampf não surgiram com Hitler, mas são oriundas de teorias e argumentos então correntes na Europa. Na Alemanha nazi, era uma exigência não oficial possuir o livro. Era comum presentear o livro a crianças recém-nascidas, ou como presente de casamento. Todos os estudantes o recebiam na sua formatura.
 

Há 19 anos um ataque bombista contra uma associação judaica chocou a Argentina e o Mundo

The AMIA bombing was an attack on the Asociación Mutual Israelita Argentina (AMIA; Argentine Israelite Mutual Association) building. It occurred in Buenos Aires on July 18, 1994, killing 85 people and injuring hundreds. It was Argentina's deadliest bombing ever. Argentina is home to a Jewish community of 200,000, among the largest in Latin America (around 2% of the population).
Over the years, the case has been marked by incompetence and accusations of cover-ups. All suspects in the "local connection" (among them, many members of the Buenos Aires Provincial Police) were found to be "not guilty" in September 2004. In August 2005, federal judge Juan José Galeano, in charge of the case, was impeached and removed from his post on a charge of "serious" irregularities due to mishandling of the investigation. In 2005, Cardinal Jorge Mario Bergoglio, who would later become Pope Francis, was the first public personality to sign a petition for justice in the AMIA bombing case. He was one of the signatories on a document called “85 victims, 85 signatures” as part of the bombing’s 11th anniversary.
On October 25, 2006, Argentine prosecutors Alberto Nisman and Marcelo Martínez Burgos formally accused the government of Iran of directing the bombing, and the Hezbollah militia of carrying it out. According to the prosecution's claims in 2006, Argentina had been targeted by Iran after Buenos Aires' decision to suspend a nuclear technology transfer contract to Tehran. This however, has been disputed, because this contract was never terminated, and Iran and Argentina were negotiating on restoration of full cooperation on all agreements from early 1992 until 1994, when the bombing occurred.
The thirteenth anniversary of the bombing was commemorated on July 18, 2007. In addition to nationwide exhibitions and ceremonies, radio and television stations and police cars all across Argentina sounded sirens at 9:53 am, the time of the bombing.

segunda-feira, abril 01, 2013

O martírio dos judeus começou na Alemanhã nazi há 80 anos...

1 de abril de 1933 - os nazis, recém-eleitos, organizam, sob a batuta de Julius Streicher, um boicote de um dia a todas as lojas e negócios pertencentes a judeus na Alemanha, a preparação do Holocausto. Neste cartaz, afixado por um membro da milícia para-militar SA (os camisas castanhas), lê-se a seguinte propaganda anti-semita: 

Alemães, defendam-se! Não comprem aos judeus!