O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Intrigante: descoberto em Marte antigo ambiente habitável, parecido com o da Terra
A sonda norte-americana Curiosity
A sonda Curiosity foi essencial para encontrar manganésio em
rochas. É um ambiente em Marte que sugere que tinha condições
habitáveis, noutros tempos.
A sonda Curiosity da NASA encontrou altos níveis de manganésio em rochas do leito de um antigo lago dentro da Cratera Gale em Marte.
Esta nova descoberta sugere que, em Marte, houve ambiente semelhante ao da Terra, com condições habitáveis.
“É difícil para o óxido de manganésio se formar na superfície de Marte,
por isso não esperávamos encontrá-lo em concentrações tão altas num
depósito da costa”, diz o autor principal do estudo, Patrick Gasda.
Na Terra é habitual encontrar estes depósitos, porque há muito oxigénio
na atmosfera, produzido pela vida fotossintética e por micróbios, que
contribuem para acelerar as reações de oxidação do manganésio.
Essa substância foi uma fonte útil de energia - se
houve vida no planeta. “Em Marte, não temos evidências de vida, e o
mecanismo para produzir oxigénio na antiga atmosfera do planeta não está
claro”.
“Por isso, é realmente intrigante ver que o óxido de manganésio foi formado e concentrado aqui”, comentou Gasda, citado no EurekAlert!.
Esta descoberta sugere que houve “processos maiores a ocorrer na
atmosfera de Marte ou na água da superfície, e mostra que é preciso mais
trabalho para entender a oxidação em Marte”.
Esta descoberta foi conseguida pela ChemCam da sonda Curiosity. A
câmara usa um laser para formar um plasma na superfície de uma rocha e
recolhe essa luz para quantificar a sua composição elementar.
Ao analisarem as rochas sedimentares, os cientistas encontraram uma mistura de areias, limos e lamas.
Como as rochas arenosas são mais porosas, a água subterrânea flui mais facilmente do que nas lamas.
Os investigadores acreditam que o manganésio concentrou-se naquelas
areias devido à infiltração da água ao longo da costa do lago ou na
entrada de um delta.
A ExoMars Trace Gas Orbiter, da Agência Espacial Europeia (ESA), detetou aquilo a que os astrónomos chamaram de “sinal de aranhas de Marte”.
As imagens, da região polar sul do Planeta Vermelho, mostram o que
parecem ser aranhas gigantes na superfície do planeta. Não são animais,
mas são características criadas no gelo à medida que o inverno marciano
se transforma em primavera.
“Estas características pequenas e escuras formam-se quando a luz do sol da primavera incide sobre camadas de dióxido de carbono depositadas durante os meses escuros de inverno”, explicou a Agência Espacial Europeia (ESA), em comunicado.
“A luz solar faz com que o gelo de dióxido de carbono na parte inferior
da camada se transforme em gás, que subsequentemente se acumula e parte
as placas de gelo sobrejacentes. O gás liberta-se na primavera marciana,
arrastando material escuro para a superfície à medida que avança e
parte as camadas de gelo, que chegam a ter até um metro de espessura.”
À medida que o gás emerge, empurrando poeira e areia para cima, cria
fontes gigantes que depois caem de volta para o planeta. Este fenómeno
faz com que surjam as manchas escuras observadas na imagem, que se
estendem entre 45 metros e 1 quilómetro de diâmetro.
Mas porque é que vemos “aranhas”? A resposta está na pareidolia, um fenómeno cognitivo enraizado na perceção humana.
Em termos evolutivos, a sobrevivência dos nossos ancestrais dependia da identificação rápida de ameaças. Esta tendência em discernir padrões reconhecíveis, mesmo em estímulos aleatórios, era um garante de sobrevivência.
É por isso que a inclinação para perceber formas familiares em
contextos desconhecidos persiste como um vestígio do nosso passado
evolutivo.
Jess Taubert, da Universidade de Queensland, corroborou essa evidência ao IFLScience, acrescentando que esta característica predispõe os humanos a interpretar erroneamente estímulos aleatórios, como os padrões de “aranha” em Marte.
Rover da NASA encontra possíveis sinais de fósseis em Marte
Ao assinalar o seu milésimo dia marciano no Planeta Vermelho,
o rover Perseverance da NASA completou recentemente a sua exploração do
antigo delta de um rio que contém evidências de um lago que encheu a
cratera Jezero há milhares de milhões de anos.
Até à data, o cientista de seis rodas recolheu um total de 23 amostras, revelando a história geológica desta região de Marte.
Uma amostra chamada “Lefroy Bay” contém uma grande quantidade de grãos finos de sílica, um material conhecido por preservar fósseis antigos na Terra.
Outra, “Otis Peak“, contém uma quantidade significativa de fosfato, que está frequentemente associado à vida tal como a conhecemos.
Ambas as amostras são também ricas em carbonato, que pode preservar um registo das condições ambientais de quando a rocha se formou.
As descobertas foram partilhadas na terça-feira, 12 de dezembro, na
reunião de outono da União Geofísica Americana, em São Francisco.
“Escolhemos a cratera Jezero como local de aterragem porque as
imagens de órbita mostravam um delta – uma evidência clara de que um
grande lago encheu a cratera”, disse Ken Farley investigador do Caltech e cientista do projeto Perseverance.
“Um lago é um ambiente potencialmente habitável e as rochas do delta são um ótimo ambiente para enterrar sinais de vida antiga como fósseis
no registo geológico. Depois de uma exploração minuciosa, reunimos a
história geológica da cratera, traçando a sua fase de lago e rio do
princípio ao fim”, acrescenta Farley.
Jezero formou-se a partir do impacto de um asteroide há quase 4 mil milhões de anos. Após o pouso do Perseverance em fevereiro de 2021, a equipa da missão descobriu que o chão da cratera é feito de rocha ígnea formada a partir de magma subterrâneo ou de atividade vulcânica à superfície.
Desde então, encontraram arenito e lamito, sinalizando a chegada do primeiro rio à cratera centenas de milhões de anos mais tarde.
Por cima destas rochas encontram-se lamitos ricos em sal, indicando a
presença de um lago pouco profundo que sofreu evaporação. A equipa
pensa que o lago acabou por crescer até 35 quilómetros de diâmetro e 30 metros de profundidade.
Mais tarde, a água de fluxo rápido transportou pedras do exterior de Jezero, distribuindo-as no topo do delta e noutros pontos da cratera.
“Conseguimos ver um esboço geral destes capítulos da história de
Jezero em imagens de órbita, mas foi necessário aproximarmo-nos com o
Perseverance para compreender realmente a linha temporal em pormenor”,
disse Libby Ives, pós-doutoranda no JPL da NASA no sul da Califórnia, que gere a missão.
Esta
imagem da cratera Jezero de Marte é sobreposta com dados de minerais
detetados a partir de órbita. A cor verde representa carbonatos –
minerais que se formam em ambientes aquosos com condições que podem ser
favoráveis à preservação de sinais de vida antiga. O Perseverance da
NASA está atualmente a explorar a área verde acima do leque de Jezero
(centro).
Amostras sedutoras
As amostras recolhidas pelo Perseverance têm o tamanho de um pedaço de giz
de sala de aula e são armazenadas em tubos metálicos especiais como
parte da campanha MSR (Mars Sample Return), um esforço conjunto da NASA e
da ESA.
Trazer os tubos para a Terra permitiria aos cientistas estudar as
amostras com equipamento de laboratório potente, demasiado grande para
ser levado para Marte.
Para decidir quais as amostras a recolher, o
Perseverance começa por usar uma ferramenta de abrasão para desgastar um
pedaço de uma prospetiva rocha e depois estuda a química da rocha
usando instrumentos científicos de precisão, incluindo o PIXL (Planetary
Instrument for X-ray Lithochemistry), construído pelo JPL.
Num alvo a que a equipa chama “Bills Bay“, o PIXL
detetou carbonatos – minerais que se formam em ambientes aquosos com
condições que podem ser favoráveis à preservação de moléculas orgânicas
(as moléculas orgânicas formam-se tanto por processos geológicos como
por processos biológicos).
Estas rochas também tinham sílica em abundância, um material que é excelente para preservar moléculas orgânicas, incluindo as relacionadas com a vida.
“Na Terra, esta sílica de grão fino é o que se encontra frequentemente num local que já foi arenoso“, disse Morgan Cable,
investigador do JPL e investigador principal adjunto do PIXL. “É o tipo
de ambiente onde, na Terra, os restos de vida antiga podem ser
preservados e encontrados mais tarde”.
Os instrumentos do Perseverance são capazes de detetar tanto
estruturas microscópicas, semelhantes a fósseis, como alterações
químicas que podem ter sido deixadas por micróbios antigos, mas ainda
não viram evidências de nenhuma delas.
Num outro alvo que o PIXL examinou, chamado “Ouzel Falls“,
o instrumento detetou a presença de ferro associado a fosfato. O
fosfato é um componente do ADN e das membranas celulares de toda a vida
terrestre conhecida e faz parte de uma molécula que ajuda as células a
transportar energia.
Depois de avaliar as descobertas do PIXL em cada uma destas manchas
de abrasão, a equipa enviou comandos para o rover recolher amostras de
rocha nas proximidades: “Lefroy Bay” foi recolhida junto a Bills Bay e “Otis Peak” em Ouzel Falls.
“Temos condições ideais para encontrar sinais de vida antiga,
onde encontramos carbonatos e fosfatos, que apontam para um ambiente
aquoso e habitável, bem como sílica, que é ótima para a preservação”,
disse Cable.
O trabalho do Perseverance está, naturalmente, longe de estar
terminado. A quarta campanha científica da missão vai explorar a margem
da cratera Jezero, perto da entrada do desfiladeiro onde um rio inundou o
fundo da cratera.
Foram detetados ricos depósitos de carbonato ao longo da margem, que
se destaca nas imagens orbitais como um anel dentro de uma banheira.
O gigantesco terramoto que abalou Marte durante horas teve uma origem surpreendente
Ilustração artística de Marte, com as trajetórias das ondas sísmicas de dois tremores de terra distintos em 2021
O InSight, da NASA, captou o evento sísmico de magnitude 4,7 em 2022. Agora, cientistas descobriram a sua origem.
O enorme evento sísmico que abalou o Planeta Vermelho no ano passado – o “marsquake”
– teve uma origem inesperada, surpreendendo astrofísicos de todo o
mundo que pensavam que tinha sido desencadeado por um meteorito.
O módulo de aterragem InSight, da NASA, registou o terramoto de magnitude 4,7
no dia 4 de maio de 2022, um evento a que os cientistas chamaram de
S1222a. O seu sinal sísmico era semelhante ao de terramotos anteriores
causados por impactos de meteoritos, pelo que a equipa começou a
procurar uma cratera de impacto.
Neste novo estudo, uma equipa da Universidade de Oxford colaborou com
a Agência Espacial Europeia, a Agência Espacial Nacional Chinesa, a
Organização de Investigação Espacial Indiana e a Agência Espacial dos
Emirados Árabes Unidos na análise dos dados provenientes dos seus
próprios satélites para procurar uma cratera, uma nuvem de poeira ou
outra assinatura de um impacto de meteorito.
Como a busca foi em vão, os cientistas acreditam que o S1222a terá sido causado pela libertação de enormes forças tectónicas do interior do planeta.
Ainda assim, o indício não significa que as placas tectónicas de Marte se moveram. “Continuamos a pensar que Marte não tem atualmente nenhuma placa tectónica ativa,
por isso este evento foi provavelmente causado pela libertação de
tensões na crosta de Marte”, disse o coautor do estudo e geofísico
planetário da Universidade de Oxford, Benjamin Fernando, em comunicado.
“Estas tensões são o resultado de milhares de milhões de anos de
evolução, incluindo o arrefecimento e a contração de diferentes partes
do planeta a ritmos diferentes”, acrescentou ainda.
Embora os investigadores não compreendam totalmente porque é que
algumas partes de Marte parecem ter mais tensão do que outras, estes
resultados podem ajudá-los a investigar o assunto. “Um dia, esta
informação pode ajudar-nos a compreender onde seria seguro para os
humanos viverem em Marte.”
O artigo científico foi publicado, este mês, na Geophysical Research Letters.
S1222a foi um dos últimos eventos registados pela missão InSight da
NASA. O módulo de aterragem foi lançado em maio de 2018 e sobreviveu a
“sete minutos de terror” para aterrar em Marte, onde estudou o interior
do planeta e a sismologia durante alguns anos.
Os últimos dados da nave espacial foram recolhidos em dezembro de
2022, depois de uma acumulação de poeira nos painéis solares ter
provocado a perda de energia do instrumento.
Giovanni Virginio Schiaparelli (Savigliano, 14 de março de 1835 - Milão, 4 de julho de 1910) foi um astrónomoitaliano, que, inadvertidamente, popularizou a falsa ideia de haver canais artificiais na superfície de Marte. Foi o primeiro a criar um mapa daquele planeta.
Dentre as contribuições de Schiaparelli estão as suas observações
telescópicas de Marte. Nas suas observações iniciais, ele nomeou os
"mares" e "continentes" de Marte. Ele observou uma densa rede de
estruturas lineares sobre a superfície de Marte, que ele chamava de
"canali", em italiano "canais". O termo indica tanto uma construção
artificial como uma configuração natural do terreno. A partir disto,
diversas hipóteses sobre a vida em Marte derivados dos "canais" logo se
tornaram famosas, dando origem a ondas de hipóteses, especulação e
folclore sobre a possibilidade de haver vida lá. Entre os mais
fervorosos apoiantes dos canais artificiais estava o célebre astrónomo
americano Percival Lowell,
que passou grande parte de sua vida tentando provar a existência de
vida inteligente no planeta vermelho. Mais tarde, porém, graças às
observações do astrónomo italiano Vicenzo Cerulli, foi possível determinar que os famosos canais eram realmente simples ilusões óticas.
No seu livro Vida em Marte, Schiaparelli escreve: "Ao invés de
canais de verdade, uma forma familiar para nós, temos de imaginar
depressões no solo que não são muito profundas, prorrogadas numa
direção reta de milhares de quilómetros, mais uma largura de 100, 200 km
e talvez mais. Eu já assinalei que, na ausência de chuva em Marte,
estes canais são provavelmente o principal mecanismo pelo qual a água (e
com ela a vida orgânica) podem se espalhar sobre a superfície seca do
planeta".
O Spirit (MER-A) foi um veículo de exploração espacial não tripulado, cuja missão era estudar o planeta Marte, permanecendo ativo de 2004 a 2010. Foi um dos veículos projetados pela NASA para o Programa Mars Exploration Rovers. Pousou com sucesso em Marte em 3 de janeiro de 2004, três semanas antes do outro veículo, Opportunity (MER-B). O seu nome foi escolhido numa competição estudantil promovida pela
NASA. O robot ficou preso durante o seu trajeto em 2009 e perdeu contacto
com o Centro de Controle da missão em 22 de março de 2010.
O robot atingiu o tempo planeado para a missão, mas continuou em
atividade por mais de vinte vezes o tempo inicial, devido ao excelente
condicionamento de seus sistemas. Além disso, o robot percorreu cerca de
7,7 km, ao invés de um quilómetro, que era esperado no início da missão,
permitindo uma investigação geológica mais extensa e completa que o
previsto.
O Spirit continuou a realizar as suas tarefas até 22 de março de
2010, quando a comunicação foi interrompida. O JPL tentou restabelecer a
comunicação até 24 de maio de 2011, quando a NASA anunciou que os
esforços para se comunicar com o rover sem resposta tinham terminado. A
despedida formal foi planeada na sede da NASA após o feriado do
Memorial Day e foi transmitida pela NASA TV.
Rover chinês detetou estruturas poligonais a 35 metros sob a superfície de Marte
Uma equipa de investigadores da agência espacial chinesa
identificou, com a ajuda dos radares do rover Zhurong, estruturas
geométricas poligonais enterradas 35 metros abaixo da superfície do
Planeta Vermelho.
Cientistas da agência espacial chinesa CMSA identificaram misteriosas
estruturas poligonais a 35 metros abaixo da superfície marciana, na
região de Utopia Planitia do planeta.
Estas formações de grandes dimensões, cujas origens são atualmente desconhecidas,
foram detetadas com dados do sistema de radar de penetração no solo do
rover Zhurong, que chegou a Marte em maio de 2021 - tornando a China,
depois dos Estados Unidos, a segunda nação a chegar ao Planeta Vermelho.
A descoberta foi publicada a semana passada na revista Nature Astronomy.
O rover Zhurong, que faz parte da missão Tianwen-1 da China,
foi projetado para a exploração da superfície marciana. Até agora,
percorreu 1.921 metros através de Utopia Planitia, recolhendo dados
sobre a topografia e características subterrâneas desta vasta planície
localizada na maior cratera de impacto de asteroide conhecida no sistema solar.
Com um diâmetro estimado de 3.300 quilómetros, Utopia Planitia
oferece um potencial significativo para desvendar a história geológica e
climática de Marte.
O tamanho das estruturas poligonais subterrâneas reveladas pelo radar do Zhurong variam de alguns centímetros a dezenas de metros.
Foram detetadas em 16 locais ao longo do percurso do Zhurong, o que
sugere que pode haver mais estruturas semelhantes sob Utopia Planitia.
Mapa
topográfico de Utopia Planitia mostrando os locais de pouso do Zhurong,
do Perseverance e da Viking 2, e as estruturas poligonais agora
identificadas
Segundo o El Confidencial,
os investigadores acreditam que estes polígonos se formaram há cerca de
3,7 mil milhões de anos, durante períodos geológicos marcianos
conhecidos como Hesperiano Tardio e Amazónico Inicial.
Uma hipótese adiantada pelos investigadores sugere que estas estruturas poderão ter sido criadas por ciclos de congelamento e descongelamento, envolvendo potencialmente depósitos de água e gelo subterrâneos.
Em alternativa, dizem os investigadores, as estruturas poderiam ter uma origem vulcânica, resultante de fluxos de lava arrefecidos e cristalizados, sugerem os cientistas.
A profundidade a que estas estruturas estão enterradas sugere que Marte pode ter sofrido uma transformação climática significativa, com mudanças notáveis na atividade da água ou nas condições térmicas.
Marte, um planeta morto? Cientistas descobriram que está geologicamente mais ‘vivo’ do que se pensava
Investigadores identificaram uma zona com quatro mil quilómetros
de diâmetro, do tamanho de toda a Europa, que possui atividade
vulcânica
Marte é
frequentemente descrito como um planeta ‘morto’, por se pensar que está
desprovido de atividade geológica há milhares de milhões de anos, mas um
artigo publicado na revista científica “Nature Astronomy” aponta que o vulcanismo pode estar bem mais ‘vivo’ do que se julgava.
Os autores do
estudo, Adrien Broquet e Jeff Andrews-Hanna, investigadores do
Laboratório Lunar e Planetário da Universidade do Arizona, encontraram provas geofísicas de uma pluma ativa no manto do planeta vermelho.
“Ter uma pluma ativa no manto de Marte é uma mudança de paradigma para a nossa compreensão da evolução geológica do planeta”, enaltece Adrien Broquet.
Em
geologia, as plumas são grandes bolhas de rocha quente e flutuantes que
se erguem das profundezas de um planeta, atravessam o manto e atingem a
crosta. Este fenómeno é responsável por provocar terramotos, falhas
geológicas e erupções vulcânicas.
A
missão InSight, da NASA, já tinha detetado atividade sísmica em Marte,
quando captou registos de dezenas de terramotos numa planície marciana
conhecida como Elysium Planitia, uma região onde grandes erupções vulcânicas terão ocorrido ao longo dos últimos 200 milhões de anos.
E foi precisamente na Elysium Planitia que os cientistas descobriram, no subsolo marciano, uma zona com 4 mil quilómetros de diâmetro, do tamanho de toda a Europa e que possui atualmente atividade vulcânica.
Essa
pluma gigantesca ativa no manto do planeta vermelho é suficiente para
afetar uma área equivalente ao território dos Estados Unidos.
As
novas provas geofísicas mostram que, nessa planície marciana, uma
erupção vulcânica terá ocorrido há apenas 53 mil anos, o que em termos
geológicos é bastante recente.
O
vulcanismo está intrinsecamente ligado ao surgimento da vida, uma vez
que os movimentos das placas tectónicas moldam a superfície de um
planeta e criam um interior dinâmico, o que origina erupções vulcânicas e
atividade sísmica.
Esses
processos podem derreter gelos de água em Marte e causar inundações na
superfície, desencadeando reações químicas que permitam sustentar vida
no subsolo. “Os micróbios na Terra florescem em ambientes assim, e isso também pode ser verdade em Marte”, observa Andrews-Hanna.
A partir deste sábado, Marte vai desaparecer do céu da Terra
durante duas semanas, devido a uma ocorrência celestial cativante
conhecida como conjunção solar.
Durante este período, o Sol atua como uma cortina cósmica, escondendo
temporariamente Marte e a Terra um do outro, de acordo com a NASA.
A conjunção solar é um evento recorrente que ocorre a
cada dois anos na dança cósmica entre a Terra e Marte. Normalmente, os
dois planetas mantêm uma distância média de 140 milhões de quilómetros
um do outro. No entanto, durante a conjunção solar, esta separação é
ampliada para cerca de 235 milhões de quilómetros, tornando Marte
praticamente invisível para os observadores na Terra.
A conjunção solar coloca desafios práticos às agências espaciais, em particular à NASA, afetando a comunicação com as naves espaciais em Marte.
A NASA explicou que a interferência causada pelas partículas carregadas
do Sol durante este período torna impossível prever uma potencial perda
de informação, o que pode pôr em risco a nave espacial.
Para atenuar estes riscos, os engenheiros adotam uma abordagem
cautelosa, enviando duas semanas de instruções à nave espacial que se
dirige a Marte antes do início do período de conjunção.
A conjunção solar de 2023, que afeta as capacidades de comunicação e comando, decorre de 11 a 25 de novembro.
Durante este período, a NASA abstém-se de enviar comandos para as naves
espaciais em Marte, assegurando que as instruções previamente enviadas
orientam as operações destes exploradores robóticos.
“Ainda vamos poder ter notícias delas e verificar o seu estado de
saúde nas próximas semanas”, disse Roy Gladden, diretor da Mars Relay
Network, referindo-se às missões espaciais em Marte.
The Viking 2 mission was part of the American Viking program to Mars, and consisted of an orbiter and a lander essentially identical to that of the Viking 1 mission.
The Viking 2 lander operated on the surface for 1316 days, or 1281
sols, and was turned off on April 11, 1980 when its batteries failed.
The orbiter worked until July 25, 1978, returning almost 16,000 images in 706 orbits around Mars.
Mission profile
The craft was launched on September 9, 1975. Following launch using a Titan/Centaur launch vehicle and a 333-day cruise to Mars, the Viking 2 Orbiter began returning global images of Mars prior to orbit insertion. The orbiter was inserted into a 1500 x 33,000 km, 24.6 h Mars orbit on August 7, 1976 and trimmed to a 27.3 h site certification orbit with a periapsis
of 1499 km and an inclination of 55.2 degrees on 9 August. Imaging of
candidate sites was begun and the landing site was selected based on
these pictures and the images returned by the Viking 1 Orbiter.
The lander separated from the orbiter on September 3, 1976 at 22:37:50 UT and landed at Utopia Planitia.
Normal operations called for the structure connecting the orbiter and
lander (the bioshield) to be ejected after separation, but because of
problems with the separation the bioshield was left attached to the
orbiter. The orbit inclination was raised to 75 degrees on 30 September
1976.
Orbiter
The
orbiter primary mission ended at the beginning of solar conjunction on
October 5, 1976. The extended mission commenced on 14 December 1976
after solar conjunction. On 20 December 1976 the periapsis was lowered
to 778 km and the inclination raised to 80 degrees.
Operations included close approaches to Deimos
in October 1977 and the periapsis was lowered to 300 km and the period
changed to 24 hours on 23 October 1977. The orbiter developed a leak in
its propulsion system that vented its attitude control
gas. It was placed in a 302 × 33,176 km orbit and turned off on 25 July
1978 after returning almost 16,000 images in about 700–706 orbits
around Mars.
Lander
The lander and its aeroshell
separated from the orbiter on 3 September 19:39:59 UT. At the time of
separation, the lander was orbiting at about 4 km/s. After separation,
rockets fired to begin lander deorbit. After a few hours, at about 300 km attitude, the lander was reoriented for entry. The aeroshell with its ablative heat shield slowed the craft as it plunged through the atmosphere.
The Viking 2 Lander touched down about 200 km west of the crater Mie in Utopia Planitia.
Approximately 22 kg (49 lb) of propellants were left at landing. Due
to radar misidentification of a rock or highly reflective surface, the
thrusters fired an extra time 0.4 second before landing, cracking the
surface and raising dust. The lander settled down with one leg on a
rock, tilted at 8.2 degrees. The cameras began taking images immediately
after landing.
The Viking 2 lander was powered by radioisotope generators and
operated on the surface until April 11, 1980, when its batteries failed.
First color image (Viking Lander 2 Camera 2 sol 2, September 5, 1976) 14:36
Observando o planeta Marte, identificou os seus dois satélites naturais: Deimos, em 12 de agosto de 1877, e Fobos, em 18 de agosto de 1877, usando o telescópio refrator de 26" do U. S. Naval Observatory.
Fobos é uma das duas luas de Marte, sendo a maior e a mais próxima lua de Marte. Fobos foi descoberto por Asaph Hall em 18 de agosto de 1877, justamente seis dias após a descoberta de seu parceiro Deimos.
Fobos é, em todo o Sistema Solar, o satélite que orbita mais próximo do
planeta-mãe: menos de seis mil quilómetros acima da superfície
marciana. Encontra-se, por isso, abaixo da órbita síncrona para Marte.
Por esse motivo, a sua órbita vai descendo a um ritmo de 1,8 m por
século. Assim, dentro de 50 milhões de anos pode ocorrer uma de duas
coisas: ou Fobos se despenha sobre Marte ou, o que é mais provável,
antes que isso aconteça as forças gravitacionais destruirão o satélite
criando um anel à volta de Marte.
Os astrónomos supõem que o satélite era provavelmente um asteroide que
foi capturado pela força de gravidade do planeta. A outra lua de Marte, Deimos, e
também algumas luas de Neptuno, acreditam-se também que eram asteroides que foram capturados.
As formações geológicas em Fobos recebem o nome de astrónomos que estudaram Fobos e pessoas e lugares fictícios da obra de Jonathan Swift - As Viagens de Gulliver. Apenas um regio recebeu nome, Laputa Regio, e apenas uma planitia, Lagado Planitia; ambos receberam nomes de lugares de As Viagens de Gulliver. O único tergo que recebeu nome em Fobos é Kepler Dorsum, em honra ao astrónomo Johannes Kepler. A várias crateras já foi atribuído nome.
Durante uma maior aproximação, de Marte, em 1877, Hall foi encorajado
por Angeline Stickney, a sua esposa, a procurar as luas marcianas. Os seus
cálculos mostraram que a órbita deve ser muito próxima do planeta. Hall
escreveu: "A chance de encontrar um satélite parecia muito pequena, de
modo que eu poderia ter abandonado a busca se não fosse pelo
encorajamento de minha esposa."
Asaph Hall descobriu Deimos em 12 de agosto de 1877, por volta das 07.48 UTC, e Phobos
em 18 de agosto de 1877, no Observatório Naval dos Estados Unidos em
Washington, DC, por volta das 09.14 GMT (fontes contemporâneas, usando a
convenção astronómica pré-1925 que começou o dia ao meio-dia, dá a hora
da descoberta como 11 de agosto 14.40 e 17 de agosto 16.06 (hora média
de Washington,
respetivamente). Na época, ele estava deliberadamente procurando por
luas marcianas. Hall já tinha visto o que parecia ser uma lua marciana
em 10 de agosto, mas devido ao mau tempo, ele não pôde identificá-los
definitivamente até mais tarde.
Hall registou a sua descoberta de Fobos em seu caderno da seguinte forma:
"Repeti
o exame na parte inicial da noite de 11 [de agosto de 1877], e
novamente não encontrei nada, mas tentando novamente algumas horas
depois, encontrei um objeto tênue no lado seguinte e um pouco ao norte
do planeta. hora de garantir uma observação da sua posição quando o
nevoeiro do Rio interrompeu os trabalhos, isto foi às duas e meia da
noite do dia 11. O tempo nublado interveio durante vários dias.
"Em 15 de agosto o tempo parecia mais promissor, dormi no
Observatório. O céu clareou com uma tempestade às 11 horas e a busca foi
retomada. A atmosfera, entretanto, estava em muito mau estado e Marte
estava tão escaldante e instável que nada podia ser visto do objeto, que
agora sabemos que estava naquela época tão perto do planeta que era
invisível.
“Em 16 de agosto o objeto foi encontrado novamente no lado seguinte do
planeta, e as observações daquela noite mostraram que ele estava se
movendo com o planeta, e se um satélite, estava perto de um de seus
alongamentos. Até este momento eu não havia dito nada a ninguém no
Observatório da minha busca por um satélite de Marte, mas ao deixar o
observatório após as observações do dia 16, por volta das três da manhã,
contei ao meu assistente, George Anderson, a quem havia mostrado o
objeto, que pensei ter descoberto um satélite de Marte. Disse-lhe também
para ficar calado, pois não queria que nada fosse dito até que o
assunto estivesse fora de dúvida. Ele não disse nada, mas a coisa era
boa demais para se guardar. Em 17 de agosto, entre a uma
e as duas horas, enquanto eu reduzia minhas observações, o Professor
Newcomb entrou em meu quarto para almoçar e eu mostrei a ele as minhas
medidas do objeto fraco perto de Marte, o que provou que ele estava se
movendo com o planeta.
"Em 17 de agosto, enquanto esperava e observava a lua externa, a interna
foi descoberta. As observações dos dias 17 e 18 colocaram fora de
dúvida o caráter desses objetos e a descoberta foi anunciada
publicamente pelo almirante Rodgers."
Deimos (em grego: terror), é o menor e mais afastado dos dois satélites naturais de Marte. É, também, uma das mais pequenas luas do Sistema Solar.
Deimos tem um raio médio de 6.2 km e uma velocidade de escape de 5.6
m/s (20 km/h). Além disso, a lua leva 30.3 horas para girar em torno de
Marte, com uma velocidade orbital de 1.35 km/s.
Deimos demora o mesmo tempo a completar uma volta ao redor de Marte e
uma volta sobre si próprio. Como consequência disso, Deimos tem sempre a
mesma face voltado para Marte.
A lua foi descoberta a 12 de agosto de 1877 – juntamente com Fobos, o outro satélite de Marte, seis dias depois – por Asaph Hall e fotografado pela Viking 1 em 1977. Deimos tem um formato bastante irregular e acredita-se que se trate de um asteroide
que foi perturbado de sua órbita por Júpiter e que acabou por ser
capturado pela gravidade de Marte, passando a ser seu satélite.
O nome Deimos (pânico) vem de uma figura mitologia grega e é um dos três filhos de Ares (Marte na mitologia romana) e Afrodite.
Características principais
Por ser pequeno, Deimos não apresenta uma forma esférica, possuindo dimensões muito irregulares. É composto por rochas ricas em carbono, tal como muitos asteroides, e gelo. A sua superfície apresenta um número razoável de crateras mas, relativamente a Fobos,
é muito mais lisa, consequência do preenchimento parcial das crateras
com rególito (rochas decompostas). As maiores crateras deste satélite
são Swift e Voltaire que medem, aproximadamente, 3 km de diâmetro.
Visto de Deimos, Marte surge no céu como um objeto 1000 vezes maior e 400 vezes mais brilhante do que a Lua cheia, como é observada da Terra.
Visto de Marte, Deimos surge como um pequeno ponto no céu, difícil de distinguir dos outros astros embora, no seu máximo brilho, possua um brilho equivalente a Vénus (tal como é visto da Terra).
Geologia
Apenas duas formações geológicas em Deimos receberam nomes. As crateras
Swift e Voltaire receberam nomes de autores que especularam a existência
de luas marcianas antes da descoberta das mesmas.
Exploração
A exploração de Deimos é similar à exploração de Marte e de Fobos.
Entretanto, nenhuma aterragem foi realizado e nenhuma amostra analisada.
O satélite foi apenas fotografado pela sonda Viking 1.
Uma missão de retorno de amostras chamada "Gulliver" foi
conceptualizada. Basicamente, um quilograma de material de Deimos seria
trazido para a Terra nessa missão.
Novo mapa interativo de Marte permite ver crateras e “demónios de poeira”
Um novo mapa de Marte traz crateras de impacto, rastos das
tempestades do tipo “demónios de poeira” e várias outras formações do
Planeta Vermelho, prontas para serem exploradas por cientistas e pelo
público.
Chamado “Mosaico Global CTX de Marte”, o mapa foi produzido com 110 mil imagens
capturadas pela sonda da NASA Mars Reconnaissance Orbiter que, juntas,
formam uma imagem global do planeta na mais alta resolução já alcançada.
O mapa foi produzido ao longo de seis anos e tem resolução de 5,7 terapixels.
Ele contém imagens capturadas pela câmara CTX, que equipa a MRO e
oferece visão mais ampla da área à volta das formações observadas em
preto e branco, ajudando os cientistas a entender como se relacionam.
A câmara está ativa desde que a MRO entrou na órbita de Marte, em
2006, e já conseguiu documentar praticamente todas as características do
planeta. Para criar o mosaico, Jay Dickson, cientista de processamento
de imagens que liderou o projeto, desenvolveu um algoritmo para combinar
imagens com base nas formações capturadas nelas.
Após aplicá-lo, sobraram 13 mil imagens sem formações correspondentes
identificáveis pelo algoritmo, e Dickson uniu-as manualmente. Já as
lacunas que restaram no mapa representam partes do planeta que ainda não
foram observadas quando Dickson começou a trabalhar no projeto, ou que
estavam escondidas por nuvens e poeira.
Todo este trabalho resultou num mapa acessível para todos
que estiverem interessados em conhecer um pouco mais de Marte, sejam
cientistas ou não. “Crianças na escola podem usar isso, a minha mãe, que
acabou de completar 78 anos, também pode. O objetivo era diminuir as
barreiras para as pessoas interessadas em explorar Marte”, disse
Dickson.
Dentre as contribuições de Schiaparelli estão as suas observações
telescópicas de Marte. Nas suas observações iniciais, ele nomeou os
"mares" e "continentes" de Marte. Ele observou uma densa rede de
estruturas lineares sobre a superfície de Marte, que ele chamava de
"canali", em italiano "canais". O termo indica tanto uma construção
artificial como uma configuração natural do terreno. A partir disto,
diversas hipóteses sobre a vida em Marte derivados dos "canais" logo se
tornaram famosas, dando origem a ondas de hipóteses, especulação e
folclore sobre a possibilidade de haver vida lá. Entre os mais
fervorosos apoiantes dos canais artificiais estava o célebre astrónomo
americano Percival Lowell,
que passou grande parte de sua vida tentando provar a existência de
vida inteligente no planeta vermelho. Mais tarde, porém, graças às
observações do astrónomo italiano Vicenzo Cerulli, foi possível determinar que os famosos canais eram realmente simples ilusões óticas.
No seu livro Vida em Marte, Schiaparelli escreve: "Ao invés de
canais de verdade, uma forma familiar para nós, temos de imaginar
depressões no solo que não são muito profundas, prorrogadas numa
direção reta de milhares de quilómetros, mais uma largura de 100, 200 km
e talvez mais. Eu já assinalei que, na ausência de chuva em Marte,
estes canais são provavelmente o principal mecanismo pelo qual a água (e
com ela a vida orgânica) podem se espalhar sobre a superfície seca do
planeta".
Perseverance, também referido como Percy, é um rover planetário baseado nas configurações do rover Curiosity do Mars Science Laboratory. Desenvolvido pela NASA, foi lançado em 30 de julho de 2020 com destino a Marte. Investigará a astrobiologia, geologia e história de Marte, incluindo a possibilidade do planeta ter sido habitável no passado. Foi anunciado pela agência americana em 4 de dezembro de 2012, na União de Geofísica dos Estados Unidos, em São Francisco.
O rover é do tamanho de um carro, com cerca de 3 metros de comprimento
(sem incluir o braço), 2,7 metros de largura, 2,2 metros de altura e 1
050 kg. O veículo era conhecido pelo nome genérico do veículo da missão
Mars 2020, mas, em 5 de março de 2020, a NASA revelou o nome escolhido
para o veículo espacial. O veículo espacial foi renomeado como
Perseverance (literalmente Perseverança).
Perseverance possui uma broca capaz de perfurar o solo marciano
para recolher amostras e deixá-las na superfície de Marte. Uma missão
futura poderia recolher essas amostras e trazer de volta para a Terra para serem estudadas. O lançamento ocorreu em 30 de julho de 2020, na base de lançamentos Cabo Canaveral, num foguete Atlas V.
Àquela data, Terra e Marte estavam em boas posições em relação um ao
outro. Para manter os custos e riscos da missão mais baixos possíveis, o
projeto foi baseado na missão do Mars Science Laboratory, que pôs o Curiosity em Marte.
A missão também oferece oportunidade de adquirir informações e
desenvolvimento das tecnologias que poderão ser usadas futuramente para
expedições humanas no planeta vermelho.
Foto da placa no Perseverance que mostra a família dos rovers marcianos da NASA
Perseverance
Esta imagem estática é parte de um vídeo gravado por várias câmaras quando o rover Perseverance da NASA pousou em Marte em 18 de fevereiro de 2021. Uma câmara a bordo do estágio de descida capturou a imagem.
O Spirit (MER-A) foi um veículo de exploração espacial não tripulado, cuja missão era estudar o planeta Marte, permanecendo ativo de 2004 a 2010. Foi um dos veículos projetados pela NASA para o Programa Mars Exploration Rovers. Pousou com sucesso em Marte em 3 de janeiro de 2004, três semanas antes do outro veículo, Opportunity (MER-B). O seu nome foi escolhido numa competição estudantil promovida pela
NASA. O robot ficou preso durante o seu trajeto em 2009 e perdeu contacto
com o Centro de Controle da missão em 22 de março de 2010.
O robot atingiu o tempo planeado para a missão, mas continuou em
atividade por mais de vinte vezes o tempo inicial, devido ao excelente
condicionamento de seus sistemas. Além disso, o robot percorreu cerca de
7,7 km, ao invés de um quilómetro, que era esperado no início da missão,
permitindo uma investigação geológica mais extensa e completa que o
previsto.
O Spirit continuou a realizar as suas tarefas até 22 de março de
2010, quando a comunicação foi interrompida. O JPL tentou restabelecer a
comunicação até 24 de maio de 2011, quando a NASA anunciou que os
esforços para se comunicar com o rover sem resposta tinham terminado. A
despedida formal foi planeada na sede da NASA após o feriado do
Memorial Day e foi transmitida pela NASA TV.