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segunda-feira, março 04, 2024

Lucio Dalla nasceu há oitenta e um anos...

Era também teclista e clarinetista, sendo um dos mais célebres cantautores italianos, considerando que a sua carreira ultrapassou 50 anos de atividade artística.
Músico cuja formação foi ao som de jazz, reconhecido então como autor de suas canções já numa fase madura, toca como clarinetista e saxofonista, e às vezes como teclista. A sua produção musical atravessou muitas fases, desde a estação beat à experimentação rítmica e musical, até à canção de autor, indo além do limite das letras e canções italianas.
Morreu aos 68 anos, vítima de um enfarte.
  

 

 

NOTA: esta é uma data importante na minha família - comemoramos no 4 de março o nascimento do meu mano novo e o meu casamento (que linda festa de 19 anos dei ao meu irmão...!). Tinha mesmo de gostar desta canção...

Umberto Tozzi faz hoje setenta e dois anos


Umberto Tozzi (Turim, 4 de março de 1952) é um cantor, compositor, filosofo, poeta, dramaturgo e produtor musical italiano de Rock Opera. Com mais de 80 milhões de álbuns vendidos, é um dos cantores italianos mais famosos de todo o mundo juntamente com seu maior parceiro musical, Marco Masini.
  

 


Vivaldi nasceu há 346 anos...


 

Antonio Lucio Vivaldi (Veneza, 4 de março de 1678 - Viena, 28 de julho de 1741) foi um grande compositor e músico italiano do estilo barroco tardio. Tinha a alcunha de il prete rosso ("o padre ruivo") por ser um sacerdote católico de cabelos ruivos. Compôs 770 obras, entre as quais 477 concertos e 46 óperas. É sobretudo reconhecido popularmente como o autor da série de concertos para violino e orquestra Le quattro stagioni ("As Quatro Estações").
Filho de Camilla Calicchio e Giovanni Battista Vivaldi, era o mais velho de sete irmãos. O seu pai, um barbeiro, mas também um talentoso violinista (alguns chegam a considerá-lo como um virtuoso), ajudou-o a iniciar uma carreira no mundo da música, matriculando-o ainda pequeno, na Capela Ducal de São Marcos para aperfeiçoar os seus conhecimentos musicais e foi responsável pela sua admissão na orquestra da Basílica de São Marcos, onde se tornou o maior violinista do seu tempo. Em 1703, Vivaldi tornou-se padre. Em 1704, foi-lhe dada dispensa da celebração da Santa Eucaristia devido à sua saúde frágil (aparentemente sofreria de asma), tendo-se voltado para o ensino de violino num orfanato de raparigas chamado Ospedale della Pietà em Veneza. Pouco tempo após a sua iniciação nestas novas funções, as crianças ganharam-lhe apreço e estima; Vivaldi compôs para elas a maioria dos seus concertos, cantatas e músicas sagradas. Em 1705 a primeira coleção (raccolta) dos seus trabalhos foi publicada. Muitos outros se lhe seguiram. No orfanato, desempenhou diversos cargos interrompidos apenas pelas suas muitas viagens. Em 1712 compôs o "Estro armonico", uma coleção de 12 concertos que repercutiu em toda a Europa e mais tarde teve seis obras transcritas por Bach, em 1713, tornou-se responsável pelas atividades musicais da instituição. Em paralelo com as suas atividades sacras, Vivaldi obteve permissão para apresentar no teatro de Santo Ângelo as suas primeiras óperas e alguns concertos: "Outtone in villa" e "Orlando Furioso" e entre outros concertos, "La Stravaganza". Em 1723 publicou o Opus 8, que contém "As Quatro Estações", a sua obra mais conhecida.
Apesar do seu estatuto de sacerdote teve vários casos amorosos, um dos quais com uma de suas alunas, a cantora Anna Giraud, com quem Vivaldi era suspeito de manter uma menos clara atividade comercial nas velhas óperas venezianas, adaptando-as apenas ligeiramente às capacidades vocais da sua amante. Este negócio causou-lhe alguns dissabores com outros músicos, como Benedetto Marcello, que terá escrito um panfleto contra ele.
Vivaldi, tal como muitos outros compositores da época, terminou a sua vida em pobreza. As suas composições já não suscitavam a alta estima que uma vez tiveram em Veneza; gostos musicais em mudança rapidamente o colocaram fora de moda, e Vivaldi terá decidido vender um avultado número dos seus manuscritos a preços irrisórios, por forma a financiar uma migração para Viena. As razões da partida de Vivaldi para essa cidade não são claras, mas parece provável que terá querido conhecer Carlos VI, que adorava as suas composições (Vivaldi dedicou La Cetra a Carlos em 1727), e assumiu a posição de compositor real na Corte Imperial. Contudo, pouco depois da sua chegada a Viena, Carlos VI viria a morrer. Este trágico golpe de azar deixou o compositor desprovido da proteção real e de fonte de rendimentos. Vivaldi teve que vender mais manuscritos para sobreviver. Faleceu, pouco tempo depois, no dia 28 de julho de 1741. Encontra-se sepultado na Universidade Tecnológica de Viena, em Viena, na Áustria. Foi-lhe dada sepultura anónima de pobre (a missa de Requiem na qual o jovem Joseph Haydn terá cantado, no coro). Igualmente desafortunada, a sua música viria a cair na obscuridade até ao início do século XX.
     
 
 

domingo, março 03, 2024

Nicola Porpora morreu há 256 anos

   
Nicola Antonio Giacinto Porpora (Nápoles, 17 de agosto de 1686  - Nápoles, 3 de março de 1768) foi um compositor italiano de óperas do barroco e professor de canto, tendo como estudantes mais famosos Farinelli e Haydn.
Foi um dos principais professores de canto italianos no século XVIII e compositor notável de óperas de estilo lírico napolitano.
   

   


Giovanni Battista Viotti morreu há dois séculos...

   

Giovanni Battista Viotti (Fontanetto Po, 12 de maio de 1755Londres, 3 de março de 1824) foi um compositor, maestro e violinista da Itália.
Revelando talento musical desde cedo, foi recebido pelo príncipe Alfonso dal Pozzo della Cisterna em Turim para estudar, aperfeiçoando-se mais tarde com Gaetano Pugnani. Serviu na corte de Saboia e deu concertos itinerantes como virtuoso do violino pela Itália, até se mudar para Paris. Ali sua primeira aparição pública foi nos Concerts Spirituels de 1782, conhecendo sucesso imediato, sendo contratado pela corte de Versalhes. Depois entrou no serviço do conde de Artois, irmão do rei, para quem trabalhou como diretor do teatro de ópera, onde montou várias obras de Luigi Cherubini.
Com a Revolução Francesa as suas ligações com a casa real tornaram perigosa a sua permanência na França, e ele foi para a Inglaterra em 1792, onde o seu sucesso foi ainda maior, dando concertos e recitais como solista e atuando como empresário de óperas. Quando as relações entre a Inglaterra e a França se deterioraram, foi acusado de jacobinismo e expulso do país. Mais tarde foi-lhe permitido voltar, mas então abandonou a carreira de solista para se dedicar aos negócios. Foi um dos fundadores da Royal Philharmonic Society, mas os seus negócios faliram, e ele voltou para Paris, trabalhando ente 1819 e 1821 como diretor musical da Académie Royale de Musique. Voltando a Londres para visitar amigos, ali faleceu.
Viotti foi um grande violinista, mas deixou poucos alunos, entre eles Pierre Rode, August Duranowski e Pierre Baillot, e foi uma influência para Rodolphe Kreutzer. Tocava num violino Stradivarius, hoje conhecido como Stradivarius Viotti. Entre as suas composições mais notáveis estão os concertos para o seu instrumento, que influenciaram Beethoven. Também deixou quartetos de cordas, canções, sonatas e música de câmara em várias formações.

 


sábado, março 02, 2024

Charles Ponzi, o inventor dos esquemas em pirâmide, nasceu há 142 anos

    
Charles Ponzi, nascido Carlo Pietro Giovanni Guglielmo Tebaldo Ponzi (Lugo, Itália, 3 de março de 1882 - Rio de Janeiro, 19 de janeiro de 1949), o inspirador da maior fraude do século, foi um burlão italiano que emigrou para os Estados Unidos em 1903 depois de abandonar os estudos na Universidade La Sapienza, em Roma. Mudou-se para o Canadá, onde foi condenado a três anos de prisão por falsificação de cheques bancários. Regressou aos Estados Unidos onde se tornou um dos maiores aldrabões de toda a história.
Usou diversos nomes durante suas vida de burlas: Carlo Ponzi, Charles Ponei, Charles P. Bianchi e Carl.
      
Nos anos 20, arrecadou aproximadamente 20 milhões de dólares de investidores interessados no seu modelo de negócios, que, basicamente, prometia lucros altos decorrentes da arbitragem com cupões postais de resposta intencionais.
        
A insustentável progressão geométrica de um esquema em pirâmide clássico
     
A fraude por ele inventada, o "esquema Ponzi", continua a ser aplicada, em versões ligeiramente alteradas, como, por exemplo, o esquema Telexfree, o "ganhe dinheiro rápido na Internet", "ganhe dinheiro com imóveis na planta", "ganhe dinheiro lendo e-mails", etc.
Em Portugal, o caso Dona Branca foi o mais famoso exemplo deste esquema, com múltiplas vítimas.
No Brasil, três casos famosos foram: Avestruz Master, de 1998, Fazendas Reunidas Boi Gordo, de 2004 e TelexFree de 2013.
Depois de ser deportado para a Itália, Ponzi emigrou novamente, desta vez para o Brasil, onde terminou os seus dias na miséria.
  

sexta-feira, março 01, 2024

Música para recordar Lucio Dala...

O poeta Gabriele d’Annunzio morreu há 86 anos...

  
Gabriele d’Annunzio (Pescara, 12 de março de 1863  - Gardone Riviera, 1 de março de 1938) foi um poeta e dramaturgo italiano, símbolo do decadentismo e herói de guerra. Além de sua carreira literária, teve também uma excêntrica carreira política.
  
Vida

Gabriele D'Annunzio era de origem dálmata. Nasceu em Pescara, região dos Abruzos, filho de um rico proprietário de terras cujo nome era originalmente Francesco Rapagnetta, ao qual legalmente adicionou D'Annunzio. O seu talento precoce foi logo reconhecido, e foi enviado à escola no Liceo Cicognini em Prato, Toscana.

Em 1883 D'Annunzio casou-se com Maria Hardouin di Gallese e teve três filhos, mas o casamento acabou em 1891. Em 1894 começou um célebre caso de amor com a famosa atriz Eleonora Duse. Conseguiu papéis importantes para ela nas suas peças, tais como La Città morta ("A cidade morta") (1898) e Francesca da Rimini (1901), mas o tempestuoso relacionamento terminou em 1910.

Em 1897 D'Annunzio foi eleito para a Câmara dos Deputados para um mandato de três anos, onde atuou como independente de esquerda. Por volta de 1910 o seu estilo de vida dispendioso forçou-o a contrair dívidas e fugiu para a França, para escapar aos credores. Lá colaborou com o compositor Claude Debussy numa peça musical Le martyre de Saint Sébastien ("O martírio de São Sebastião"), 1911, escrito para Ida Rubinstein

Depois do início Primeira Guerra Mundial, D'Annunzio retornou à Itália e fez discursos públicos a favor do ingresso da Itália ao lado dos Aliados. Apresentou-se como voluntário, alcançou celebridade como piloto de caça, e perdeu a visão de um olho num acidente aéreo. Em fevereiro de 1918, tomou parte num ataque, militarmente irrelevante, ao porto de Bukar, hoje na Croácia (conhecido na Itália como La beffa di Buccari), ajudando assim a levantar o ânimo do público italiano, ainda abatido pelo desastre de Caporetto, hoje Kobarid, na Eslovénia. Em 9 de agosto de 1918, como comandante do 87º esquadrão de caça La Serenissima, organizou um dos grandes feitos da guerra, liderando 9 aviões em um voo de 700 milhas para lançar panfletos de propaganda sobre Viena. A guerra reforçou seu nacionalismo e o irredentismo italiano, e pregou ardorosamente para que a Itália assumisse um papel ao lado de seus Aliados, como uma potência europeia.  

Animado com a proposta de que a Itália assumisse o controle da cidade de Fiume (hoje Rijeka na Croácia) na Conferência de Paz de Paris, em 12 de setembro de 1919, liderou um exército nacionalista voluntário de 2.000 italianos e tomou a cidade, forçando a retirada das tropas aliadas americanas, britânicas e francesas que a ocupavam. O objetivo era forçar a Itália a anexar Fiume, mas, em vez disso, o governo italiano iniciou um bloqueio, exigindo a rendição dos golpistas.

D'Annunzio então declarou Fiume um Estado independente, a Regência Italiana de Carnaro com uma constituição "social", D’Annunzio proclamando-se "Duce" (caudilho). Tentou organizar uma alternativa para a Liga das Nações para nações oprimidas selecionadas no mundo (tal como os italianos de Fiume), e começou a fazer alianças com vários grupos separatistas nos Balcãs (especialmente grupos de italianos, e também alguns grupos eslavos, embora sem muito sucesso). D'Annunzio ignorou o Tratado de Rapallo e declarou guerra à Itália. Finalmente, em 25 de dezembro de 1920, depois de um bombardeamento da cidade pela marinha italiana, ele e suas tropas renderam-se.

Depois do incidente de Fiume, D'Annunzio retirou-se para a sua casa no lago de Garda e passou os seus últimos anos escrevendo e fazendo campanhas. Embora tenha tido uma forte influência na ideologia de Benito Mussolini, nunca se envolveu diretamente com a política do governo fascista na Itália.

Em 1937 foi eleito presidente da Academia Real Italiana. D'Annunzio morreu, de um acidente vascular cerebral, na sua casa, a 1 de março de 1938. Benito Mussolini deu-lhe funeral de Estado.

Pode encontrar-se colaboração literária da sua autoria na revista Atlantida (1915-1920).

   
Política

D’Annunzio é considerado, um pouco indevidamente, um precursor dos ideais e técnicas do fascismo italiano. Seu ideário nasceu em Fiume (hoje Rijeka na Croácia) quando escreveu junto a Alceste de Ambris sua constituição (Carta del Carnaro). De Ambris se encarregou da parte legal enquanto que D’Annunzio contribuiu com suas habilidades como poeta. A constituição estabelecia um estado corporativista, com nove corporações para representar diferentes setores da economia (empregados, trabalhadores, profissionais), bem como uma "décima" (invento de D’Annunzio), representação dos "humanos superiores" (heróis, poetas, profetas, super-homens). A constituição declarava também que a música era o princípio fundamental do Estado.

Benito Mussolini imitou apenas alguns aspetos externos de D’Annunzio: o seu método de governo em Fiume, a economia do estado corporativo, grandes e emotivos rituais nacionalistas, a saudação romana. Contudo, D'Annunzio nunca proclamou respostas brutais e uma forte repressão contra a dissidência política interna ; também, a formula corporativa na Carta del Carnaro está internamente conectada com artigos de inspiração absolutamente socialistas.

  
   
      
  
 
As Mulheres
  
Houve mulheres serenas,
de olhos claros, infinitas
no seu silêncio,
como largas planícies
onde um rio ondeia;
houve mulheres alumiadas
de ouro, émulas do Estio
e do incêndio,
semelhantes a searas
luxuriantes
que a foice não tocou
nem o fogo devora,
sequer o dos astros sob um céu
inclemente;
houve mulheres tão frágeis
que uma só palavra
as tornava escravas,
como no bojo de uma taça
emborcada
se aprisiona uma abelha;
outras houve, de mãos incolores,
que todo o excesso extinguiam
sem rumor;
outras, de mãos subtis
e ágeis, cujo lento
passatempo
era o de insinuar-se entre as veias,
dividindo-as em fios de meada
e tingindo-as de azul marinho;
outras, pálidas, cansadas,
devastadas pelos beijos,
mas reacendendo-se de amor
até à medula,
com o rosto em chamas
entre os cabelos oculto,
as narinas como
asas inquietas,
os lábios como
palavras de festa,
as pálpebras como
violetas.
E houve outras ainda.
E maravilhosamente
eu as conheci.
  
  
Gabriele d’Annunzio

A batalha que manteve a Etiópia independente foi há 128 anos


A Batalha de Adwa, ou Adowa, ocorreu a 1 de março de 1896, entre a Etiópia e Itália, perto da cidade de Adwa, Etiópia.

 


História

A partir de 1870, a Abissínia passa a ser cobiçada pela Itália, que então procurava juntar-se às demais potências europeias na corrida desenfreada pela repartição da África.

No final do século XIX, todo continente africano estava sob o domínio europeu, com exceção da Etiópia e da Libéria. A Libéria havia-se tornado independente em 1847 e na Etiópia, a independência foi garantida depois da Conferência de Berlim, com a vitória do exército do imperador Menelik II sobre tropas italianas na batalha de Adwa.

Após a Conferência de Berlim, em 26 de fevereiro de 1885, ingleses, franceses, alemães, belgas, italianos, espanhóis e portugueses já haviam conquistado e repartido entre si 90% da África.

Em 1895, a Etiópia foi invadida pela Itália, que pretendia anexar o país ao seu protetorado. Em 1896, os italianos subjugaram a parte oriental da região, estabelecendo a colónia da Eritreia. No entanto, neste mesmo ano, em 1896, o exército etíope (com 110.000 homens), sob a liderança de Menelik II da Abissínia, um dos grandes estadistas de história africana, que acompanhado da sua esposa, a imperatriz Taitu Bitul, derrotaram os italianos (20.800), na famosa batalha de Adwa – a primeira vitória militar de uma nação africana sobre o colonizador europeu – mantendo o país livre e independente.

 

Saudades de Lucio Dalla...

Botticelli nasceu há 579 anos

Provável autorretrato de Botticelli, na Adoração dos Magos (Uffizi, Florença)
      
Alessandro di Mariano di Vanni Filipepi ou Sandro Botticelli (Florença, 1 de março de 144517 de maio de 1510), estudou na Escola Florentina do Renascimento. Igualmente recetivo às aquisições introduzidas por Masaccio na pintura do Quattrocento e às tendências do gótico tardio, seguiu os preceitos da perspetiva central e estudou as esculturas da Antiguidade, evoluindo posteriormente para a acentuação das formas decorativas e da atenção dispensada à harmonia linear do traçado e ao vigor e pureza do colorido. As suas obras tardias revelariam ainda um expressionismo trágico, de agitação visionária, fruto certamente da pregação de Savonarola.
Sandro Botticelli usava todas as cores, em especial cores frias.
Protegido dos Médici, para os quais executou preciosos registos da pintura de cunho mitológico, era bem relacionado no círculo florentino, trabalhando também para o Vaticano, produzindo afrescos para a Capela Sistina. Foi ainda destacado retratista e seu talento excecional de transpor para a linguagem formal as conceções dos seus clientes tornou-o um dos pintores mais disputados de seu tempo. A sua reputação, alvo de um curto reavivar de interesse no século XVI, logo se esvaiu, e somente com o reaparecimento de uma crescente curiosidade pelo Renascimento, registada no século XIX, e, em particular, pela interpretação filosófica das suas obras, é que a sua arte volta a adquirir o êxito e a fama que mantém até hoje.
  
   
        

Frescobaldi morreu há 381 anos

  
Girolamo Frescobaldi (Ferrara, 9 de setembro de 1583 - Roma, 1 de março de 1643) é considerado um dos maiores compositores de música para cravo do século XVII. Foi também um organista reconhecido.
Foi cantor e virtuoso de diversos instrumentos, entre os quais o órgão. São famosos os seus livros de tocatas publicados entre 1615 e 1627, em cujo prefácio antecipa a maneira de tocar com efeitos cantáveis que será, depois, típica do subsequente melodrama.

 


Lucio Dalla morreu há doze anos...

   
Era também teclista e clarinetista, sendo um dos mais célebres cantautores italianos, considerando que a sua carreira ultrapassou 50 anos de atividade artística.
Músico cuja formação foi ao som de jazz, reconhecido então como autor de suas canções já numa fase madura, toca como clarinetista e saxofonista, e às vezes como teclista. A sua produção musical atravessou muitas fases, desde a estação beat à experimentação rítmica e musical, até a canção de autor, indo além do limite das letras e canções italianas.
Morreu aos 68 anos, vítima de um enfarte.
  
Lucio Dalla no Festival di Sanremo 1971

 


quinta-feira, fevereiro 29, 2024

Hoje é dia de ouvir Ópera...

Rossini nasceu há duzentos e trinta e dois anos

Gioachino Rossini, circa 1817 (por Vincenzo Camuccini)
        
Gioachino Antonio Rossini (Pésaro, 29 de fevereiro de 1792 - Passy, Paris, 13 de novembro de 1868) foi um compositor erudito italiano, muito popular no seu tempo, que criou 39 óperas, assim como diversos trabalhos para música sacra e música de câmara. Entre os seus trabalhos mais conhecidos estão Il barbiere di Siviglia ("O Barbeiro de Sevilha"), La Cenerentola ("A Cinderela") e Guillaume Tell ("Guilherme Tell").
   

 


segunda-feira, fevereiro 26, 2024

Stefano Landi nasceu há 437 anos

  
Stefano Landi (Roma, 26 de fevereiro de 1587 - Roma, 28 de outubro de 1639) foi um italiano compositor barroco.  
  

 


Tartini morreu há 254 anos...

        
Formou uma famosa escola de violino – a Escola das Nações – de onde saíram eminentes violinistas, entre os quais Nardini.
Tartini afirmou que o sonhou com o Diabo e que este pegou no seu violino e tocou-lhe aquela que seria a sua Sonata do Diabo, a sua obra mais conhecida, O trinado do diabo, publicada após a sua morte. Escreveu tratados de violino e expôs a sua conceção harmónica do modo menor.
Desde cedo recebeu lições de música e violino, mais até aos vinte anos pouco se interessou, dedicando-se ao direito na Universidade de Pádua, até se casar, secretamente, com a sobrinha de um cardeal, tendo recebido ordem de prisão. Disfarçando de frade, Tartini conseguiu fugir, encontrando refugio no convento dos franciscanos de Assis.
Perdoado pelo cardeal, Tartini voltou para Pádua, para a companhia da esposa, iniciando então a carreira de concertista. O sucesso enorme atraiu-lhe inúmeros discípulos de vários países, fundando uma escola de violino em Pádua (1728), logo denominada Escola das Nações. Adquiriu grande reputação como virtuoso e professor, onde teve Nardini com aluno. Tartini morreu em Pádua, a 26 de fevereiro de 1770.
    

 


domingo, fevereiro 25, 2024

Hoje é dia de ouvir Ópera...

Caruso nasceu há 151 anos...

     
Enrico Caruso (Nápoles, 25 de fevereiro de 1873 - Nápoles, 2 de agosto de 1921) foi um tenor italiano, considerado, inclusive por Luciano Pavarotti, o maior intérprete da música erudita de todos os tempos. Com vasto reportório, Caruso foi o primeiro cantor clássico a atrair grandes plateias em todo o mundo e ainda hoje figura entre os maiores intérpretes clássicos da história. A sua interpretação de Vesti la giubba, da ópera Pagliacci, foi a primeira gravação na história a vender 1 milhão de cópias.
   

 


sábado, fevereiro 24, 2024

Um corrupto chamado Bettino Craxi nasceu há noventa anos...

Benedetto "Bettino" Craxi
       
Bettino Craxi (Milão, 24 de fevereiro de 1934 - Hammamet, 19 de janeiro de 2000) foi um político italiano. Foi líder do Partido Socialista Italiano (PSI) de 1976 a 1993 e ocupou o cargo de primeiro-ministro da Itália de 1983 a 1987. Foi o primeiro socialista, na história da república Italiana a ocupar o cargo de primeiro-ministro.
     
Mário Soares visitando Craxi, depois de condenado a prisão por corrupção
      
Permaneceu durante a maior parte de sua vida no PSI. Ascendeu rapidamente no partido. Em 1968 foi eleito deputado e imediatamente foi nomeado vice-secretário nacional.
Em 1976, em plena crise interna, foi eleito secretário-geral em substituição de Francesco De Martino. Inicia assim a sua longa liderança do PSI, embora inicialmente fosse considerado um "secretário de transição" pela velha guarda socialista.
Em 1983 foi eleito primeiro-ministro com o apoio da aliança formada pelo PSI, DC, PSDI, PRI e PLI. Entre as suas principais políticas destacaram-se a assinatura de uma nova concordata com a Santa Sé, em 1984, em que o catolicismo deixou de ser a religião oficial de Itália, e ainda a entrada de Itália no G7 e uma nova política de impostos.
A corrente política de Craxi dominava completamente o PSI, havendo uma pequena corrente mais esquerdista do PSI, dirigida por Riccardo Lombardi, que o acusava de ser de direita. Este domínio quase absoluto permitiu a Craxi levar o partido às suas posições moderadas dentro da social-democracia.
A sua queda ocorreu em 1992, com a iniciativa judicial denominada Operação Mãos Limpas, que tentou acabar com a corrupção que imperava na política italiana. Craxi, apontado entre os corruptos, teve que se demitir de seu cargo, num PSI que não demoraria a desaparecer.
Craxi muda-se para a Tunísia, fugindo da justiça italiana, morrendo em 2000, numa cidade junto ao mar, Hammamet.