O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Filho de Paulo Leminski II e Áurea Pereira Mendes, mestiço de pai polaco e mãe negra,
Paulo Leminski foi um filho que sempre chamou a atenção pela sua
intelectualidade, cultura e genialidade. Estava sempre à beira de uma
explosão e assim produziu muito. É dono de uma extensa e relevante obra.
Desde muito cedo, Leminski inventou um jeito próprio de escrever
poesia, preferindo poemas breves, muitas vezes fazendo haicais, trocadilhos, ou brincando com ditados franceses.
Em 1958, aos catorze anos, foi para o Mosteiro de São Bento em São Paulo e ficou lá o ano inteiro. Participou do I Congresso Brasileiro de Poesia de Vanguarda, em Belo Horizonte, onde conheceu Haroldo de Campos,
amigo e parceiro em várias obras. Leminski casou-se, aos dezassete
anos, com a desenhadora e artista plástica Neiva Maria de Sousa (da qual
se separou em 1968). Estreou em 1964 com cinco poemas na revista Invenção, dirigida por Décio Pignatari, em São Paulo, porta-voz da poesia concreta paulista. Em 1965 tornou-se professor de História e de Redação
em cursos pré-vestibulares, e também era professor de judo.
Classificado em 1966 em primeiro lugar no II Concurso Popular de Poesia
Moderna.
Casou-se em 1968 com a também poetisa Alice Ruiz,
com quem viveu durante vinte anos. Algum tempo depois de começarem a
namorar, Leminski e Alice foram morar com a primeira mulher do poeta e
o seu namorado, numa espécie de comunidade hippie. Ficaram lá por
mais de um ano, e só saíram com a chegada do primeiro de seus três
filhos: Miguel Ângelo (que morreu com dez anos de idade, vítima de um
linfoma). Eles também tiveram duas meninas, Áurea (homenagem à sua
mãe) e Estrela Ruiz Leminski. De 1969 a 1970 decidiu morar no Rio de Janeiro, retornando a Curitiba para se tornar diretor de criação e redator publicitário.
Dentre suas atividades, criou habilidade de letrista e músico. Verdura, de 1981, foi gravada por Caetano Veloso no disco Outras Palavras. A própria bossa nova resulta, em partes iguais, da evolução normal da MPB
e do feliz acidente de ter o modernismo criado uma linguagem poética,
capaz de se associar com suas letras mais maleáveis e enganadoramente
ingénuas às tendências de então da música popular internacional. A jovem guarda e o tropicalismo,
à sua maneira, atualizariam esse processo ao operar com outras
correntes musicais e poéticas. Por sua formação intelectual, Leminski é
visto por muitos como um poeta de vanguarda, todavia por ter aderido à
contracultura e ter publicado em revistas alternativas, muitos o
aproximam da geração de poetas marginais, embora ele jamais tenha sido próximo de poetas como Francisco Alvim, Ana Cristina César ou Cacaso. Por sua vez, em muitas ocasiões declarou sua admiração por Torquato Neto, poeta tropicalista e que antecipou muito da estética da década de 1970.
Na década de 1970, teve poemas e textos publicados em diversas revistas - como Corpo Estranho, Muda Código (editadas por Régis Bonvicino) e Raposa. Em 1975 - e lançou o seu ousado Catatau,
que denominou "prosa experimental", em edição particular. Além de
poeta e prosista, Leminski era também tradutor (traduziu para o
castelhano e o inglês alguns trechos de sua obra Catatau, a qual foi traduzida na íntegra para o castelhano).
Na poesia de Paulo Leminski, por exemplo, a influência da MPB é tão
clara que o poeta paranaense só poderia mesmo tê-la reconhecido
escrevendo belas letras de música, como Verdura.
Paulo Leminski foi um estudioso da língua e cultura japonesas e publicou, em 1983, uma biografia do poeta nipónico Bashô. Além de escritor, Leminski era também cinturão-preto de judo. A sua obra literária tem exercido marcante influência em todos os movimentos poéticos dos últimos 20 anos.
Morreu em 7 de junho de 1989, em consequência do agravamento de uma cirrose hepática que o acompanhou durante vários anos.
Escrevia no espaço.
Hoje, grafo no tempo,
na pele, na palma, na pétala,
luz do momento.
Soo na dúvida que separa
o silêncio de quem grita
do escândalo que cala,
no tempo, distância, praça,
que a pausa, asa, leva
para ir do percalço ao espasmo.
Eis a voz, eis o deus, eis a fala,
eis que a luz se acendeu na casa
e não cabe mais na sala.
Verdura - Caetano Veloso Letra e música de Paulo Leminski
De repente me lembro do verde Da cor verde a mais verde que existe A cor mais alegre, a cor mais triste Verde que veste, verde que vestiste No dia em que te vi No dia em que me viste De repente vendi meus filhos Pra uma família americana Eles tem carro, eles tem grana Eles tem casa e a grama é bacana Só assim eles podem voltar E pegar um sol em Copacabana Pegar um sol em Copacabana
Compôs inspirado pelos hábitos, costumes e as tradições do povo baiano.
Tendo como forte influência a música negra, desenvolveu um estilo
pessoal de compor e cantar, demonstrando espontaneidade nos versos, sensualidade e riqueza melódica. Morreu em 16 de agosto de 2008, aos 94 anos, em casa, às seis horas da manhã, por conta de insuficiência renal
e falência múltipla dos órgãos, em consequência de um cancro renal
que possuía há 9 anos e o mantinha doente em casa desde dezembro de
2007. Poeta popular, compôs obras como Saudade de Bahia, Samba da minha Terra, Doralice, Marina, Modinha para Gabriela, Maracangalha, Saudade de Itapuã, O Dengo que a Nega Tem ou Rosa Morena.
Filho de Durval Henrique Caymmi e Aurelina Soares Caymmi, era casado com Adelaide Tostes, a cantora Stella Maris. Todos os seus três filhos são também cantores: Dori Caymmi, Danilo Caymmi e Nana Caymmi.
Vida
Caymmi era descendente de italianos pelo lado paterno, as gerações da Bahia começaram com o seu bisavô, que chegou ao Brasil para trabalhar no reparo do Elevador Lacerda e cujo nome era grafado Caimmi.
Ainda criança, iniciou a sua atividade como músico, ouvindo parentes
ao piano. O seu pai era funcionário público e músico amador, tocava,
além de piano, violão e bandolim. A mãe, dona de casa, mestiça de
portugueses e africanos, cantava apenas no lar. Ouvindo o fonógrafo e depois a vitrola,
cresceu a sua vontade de compor. Cantava, ainda menino, num coro de
igreja, como baixo-cantante. Com treze anos, interrompe os estudos e
começa a trabalhar numa redação de jornal O Imparcial, como auxiliar. Com o encerramento do jornal, em 1929, torna-se vendedor de bebidas. Em 1930
escreveu a sua primeira música: 'No Sertão", e aos vinte anos
estreou-se como cantor e guitarrista em programas da Rádio Clube da
Bahia. Já em 1935, passou a apresentar o musical Caymmi e Suas Canções Praieiras. Com 22 anos, venceu, como compositor, o concurso de músicas de carnaval com o samba A Bahia também dá.
Gilberto Martins, um diretor da Rádio Clube da Bahia, o incentiva a
seguir uma carreira no sul do país. Em abril de 1938, aos 23 anos,
Dorival, viaja de Ita (navio que cruza o Brasil do norte até o
sul) para cidade do Rio de Janeiro, para conseguir um emprego como
jornalista e realizar o curso preparatório de Direito. Com a ajuda de parentes e amigos, fez alguns pequenos trabalhos na imprensa, exercendo a profissão em O Jornal, do grupo Diários Associados, ainda assim, continuava a compor e a cantar. Conheceu, nessa época, Carlos Lacerda e Samuel Wainer.
Foi apresentado ao diretor da Rádio Tupi, e, em 24 de junho de 1938, estreou na rádio cantando duas composições, embora ainda sem contrato. Saiu-se bem como caloiro e iniciou a cantar dois dias por semana, além de participar do programa Dragão da Rua Larga. Neste programa, interpretou O Que é Que a Baiana Tem, composta em 1938. Com a canção, fez com que Carmen Miranda tivesse uma carreira no exterior, a partir do filme Banana da Terra, de 1938.
A sua obra invoca principalmente a tragédia de negros e pescadores da
Bahia: O Mar, História de Pescadores, É Doce Morrer no Mar, A Jangada
Voltou Só, Canoeiro, Pescaria, entre outras. Filho de santo de Mãe Menininha do Gantois, para quem escreveu em 1972 a canção em sua homenagem: "Oração de Mãe Menininha", gravado por grandes nomes como Gal Costa e Maria Bethânia.
Obra
O Dorival é um génio.
Se eu pensar em música brasileira, eu vou sempre pensar em Dorival
Caymmi. Ele é uma pessoa incrivelmente sensível, uma criação incrível.
Isso sem falar no pintor, porque o Dorival também é um grande pintor.
Nas composições de Caymmi (Maracangalha - 1956; Saudade de Bahia - 1957), a Bahia surge como um local exótico com um discurso típico que estabelecera-se nas primeiras décadas do século XX. Referências à cultura africana, à comida, às danças, à roupa, e, principalmente à religião. Com a Primeira Guerra Mundial, um lundu de autoria anónima, com o nome de "A Farofa", trata não tão somente do conflito como também de dendê e vatapá, na canção "O Vatapá". O compositor José Luís de Moraes, chamado Caninha, utilizou, ainda em 1921, o vocábulo balangandã, no samba "Quem vem atrás fecha a porta". A culinária baiana foi consagrada no maxixe "Cristo nasceu na Bahia", lançado em 1926. No final da década de 20,
é associado à Bahia a mulher que ginga, rebola, requebra, remexe e
mexe as cadeiras quando está sambando, o que surpreende na linguística,
tendo em vista que o autor não era nativo do Brasil. O primeiro grande sucesso O que é que a baiana tem?
cantada por Carmen Miranda em 1939 não só marca o começo da carreira
internacional da Pequena Notável vestida de baiana, mas influenciou
também a música popular dentro do Brasil, tornou-se conhecida a ponto
de ser imitada e parodiada, como no choro "O que é que tem a baiana" de Pedro Caetano e Joel de Almeida ou na canção "A baiana diz que tem" de Raul Torres. Apesar das produções anteriores, as composições de Caymmi são as mais lembradas sobre a cultura baiana.
Eu escrevi 400 canções e Dorival Caymmi 70. Mas ele tem 70 canções perfeitas e eu não.
Caetano Emanuel Viana Teles Veloso (Santo Amaro, 7 de agosto de 1942) é um músico, produtor, arranjador e escritorbrasileiro.
Com uma carreira que ultrapassa cinco décadas, Caetano construiu uma
obra musical marcada pela releitura e renovação e considerada amplamente
como possuidora de grande valor intelectual e poético. Embora desde
cedo tivesse aprendido a tocar violão em Salvador, escrito entre os anos de 1960 e 1962 críticas de cinema para o Diário de Notícias e conhecido o trabalho dos cantores de rádios e dos músicos de bossa nova (notavelmente João Gilberto, seu "mestre supremo"
e com quem dividiria o palco anos mais tarde), Caetano iniciou o seu
trabalho profissionalmente apenas em 1965, com o compacto
"Cavaleiro/Samba em Paz", enquanto acompanhava a irmã mais nova, Maria Bethânia, nas suas apresentações nacionais do espetáculo Opinião, no Rio de Janeiro.
Nessa década, conheceu Gilberto Gil, Gal Costa e Tom Zé, participou dos festivais de música popular da Rede Record e compôs bandas sonoras de filmes. Em 1967, saiu seu primeiro LP, Domingo, com Gal Costa, e, no ano seguinte, liderou o movimento chamado Tropicalismo, que renovou o cenário musical brasileiro e os modos de se apresentar e criar música no Brasil, através do disco Tropicalia ou Panis et Circencis, ao lado de vários músicos. Em 1968, face ao endurecimento do regime militar no Brasil,
compôs o hino "É Proibido Proibir", que foi desclassificado e
amplamente vaiado durante o III Festival Internacional da Canção. Em
1969, foi preso pelo regime militar e partiu para exílio político em Londres, onde lançou o disco Caetano Veloso (1971), disco com temática melancólica e com canções compostas em inglês e endereçadas aos que ficaram no Brasil. O disco Transa (1972) representou seu retorno ao país e seu experimento com compassos de reggae. Em 1976, uniu-se a Gal Costa, Gilberto Gil e Maria Bethânia para formar os Doces Bárbaros, grupo influenciado pela temática hippie dos anos 1970, lançando um disco, Doces Bárbaros, e saindo em turnê. Na década de 80, mais sóbrio, apadrinhou e se inspirou nos grupos de rock brasileiros, aventurou-se na produções dos discos Outras Palavras, Cores, Nomes, Uns e Velô, e, em 1986, participou de um programa de televisão com Chico Buarque. Na década de 90, escreveu o livro Verdade Tropical (1997) e o disco Livro (1998). Ganhou o Prémio Grammy em 2000, na categoria World Music. Com o disco A Foreign Sound, cantou clássicos norte-americanos. Em 2006, lançou o álbum Cê, fruto de sua experimentação com o rock e o underground. Unindo estes géneros ao samba, Zii e Zie, de 2009, manteve a parceria com a Banda Cê, que encerrou-se no disco Abraçaço, de 2012.
Caetano Veloso é considerado um dos artistas brasileiros mais influentes desde a década de 1960, tendo já sido chamado de "aedo pós-moderno".
Em 2004, foi considerado um dos mais respeitados e produtivos músicos
latino-americanos do mundo, tendo mais de cinquenta discos lançados e
canções em bandas sonoras de filmes como Hable con Ella, de Pedro Almodovar e Frida, de Julie Taymor.
Ao longo de sua carreira, também se converteu numa das personalidades
mais polémicas no Brasil. É uma das figuras mais importantes da música popular brasileira e considerado internacionalmente um dos melhores compositores do século XX, sendo comparado a nomes como Bob Dylan, Bob Marley, John Lennon e Paul McCartney.
Foi eleito pela revista Rolling Stone,
o 4º maior artista da música brasileira de todos os tempos pelo
conjunto da obra, e pela mesma revista, o 8º maior cantor brasileiro de
todos os tempos.
No decorrer de um tratamento contra um cancro do pulmão, que já durava seis anos, Dominguinhos teve problemas com arritmia cardíaca e infeção respiratória e foi internado no Recife em dezembro de 2012. Um mês depois foi transferido para o Hospital Sírio-Libanês em São Paulo.
No decorrer dos meses seguintes seu quadro se agravou, tendo sofrido
várias paragens cardíacas. Em março o seu filho Mauro declarou à
imprensa que o cantor não deveria mais sair do coma
em que se encontrava, informação não confirmada pelos médicos, que,
segundo os boletins divulgados, afirmavam que Dominguinhos estava
minimamente consciente e apresentava leve melhoria.
Em 13 de julho, o cantor deixou a UTI, mas ainda permaneceu internado, com quadro considerado estável.
Com um novo agravamento no seu quadro, voltou para a UTI, onde morreu ,
às dezoito horas do dia 23 de julho de 2013, após sofrer complicações
infecciosas e cardíacas.
Devido a uma disputa judicial entre os seus familiares, quanto ao local
do sepultamento, o corpo de Dominguinhos teve dois sepultamentos. O
primeiro foi no Cemitério Morada da Paz em Paulista, Região Metropolitana do Recife, no dia 25 de julho de 2013.
Dois meses depois, em 26 de setembro, o seu corpo foi transferido para Garanhuns, onde houve um novo sepultamento no mesmo dia, no Cemitério São Miguel. O desejo de Dominguinhos era ser sepultado na sua terra natal.
Em 1999, foi eleita pela Rádio BBC de Londres como a cantora brasileira do milénio. A escolha teve origem no projeto The Millennium Concerts, da rádio inglesa, criado para comemorar a chegada do ano 2000. Além disso, Soares aparece na 16ª posição da lista das 100 maiores vozes da música brasileira elaborada pela revista Rolling Stone Brasil.
Além da notabilidade como músico, desenvolveu ao longo dos anos uma
carreira literária, sendo autor de peças teatrais e romances. Foi
vencedor de três Prémios Jabuti: o de melhor romance em 1992 com Estorvo e o de Livro do Ano, tanto pelo livro Budapeste, lançado em 2004, como por Leite Derramado, em 2010. Em 2019, foi distinguido com o Prémio Camões, o principal troféu literário da língua portuguesa, pelo conjunto da obra.
Desde o lançamento do compacto que continha Chega de Saudade e Bim Bom,
munido apenas da voz e do violão, começou uma revolução na música
brasileira e na música mundial. Dono de uma sonoridade original e
moderna até hoje, João Gilberto foi o artista que levou a música
popular brasileira ao mundo, principalmente para os Estados Unidos,
Europa e Japão. Tido como um dos maiores influenciadores do jazz americano
no século XX, ganhou prémios importantes nos Estados Unidos e na
Europa, como o Grammy, no meio da beatlemania.
Filho de Paulo Leminski II e Áurea Pereira Mendes, um mestiço de pai polaco e mãe negra,
Paulo Leminski foi um filho que sempre chamou a atenção pela sua
intelectualidade, cultura e genialidade. Estava sempre à beira de uma
explosão e assim produziu muito. É dono de uma extensa e relevante obra.
Desde muito cedo, Leminski inventou um jeito próprio de escrever
poesia, preferindo poemas breves, muitas vezes fazendo haicais, trocadilhos, ou brincando com ditados franceses.
Em 1958, aos catorze anos, foi para o Mosteiro de São Bento em São Paulo e lá ficou um ano inteiro. Participou do I Congresso Brasileiro de Poesia de Vanguarda, em Belo Horizonte, onde conheceu Haroldo de Campos,
amigo e parceiro em várias obras. Leminski casou-se, aos dezassete
anos, com a desenhadora e artista plástica Neiva Maria de Sousa (da qual
se separou em 1968). Estreou-se em 1964 com cinco poemas na revista Invenção, dirigida por Décio Pignatari, em São Paulo, porta-voz da poesia concreta paulista. Em 1965 tornou-se professor de História e de Redação
em cursos pré-vestibulares, e também era professor de judo. Obteve, em
1966, o primeiro lugar no II Concurso Popular de Poesia Moderna.
Casou-se em 1968 com a também poetisa Alice Ruiz,
com quem viveu durante vinte anos. Algum tempo depois de começarem a
namorar, Leminski e Alice foram morar com a primeira mulher do poeta e o
seu namorado, numa espécie de comunidade hippie. Ficaram lá por mais
de um ano, e só saíram com a chegada do primeiro dos seus três filhos:
Miguel Ângelo (que morreu com dez anos de idade, vítima de um
linfoma). Eles também tiveram duas meninas, Áurea (em homenagem a sua
mãe) e Estrela Ruiz Leminski. De 1969 a 1970 decidiu morar no Rio de Janeiro, retornando a Curitiba para se tornar diretor de criação e redator publicitário.
De entre as suas atividades, criou habilidade de letrista e músico. Verdura, de 1981, foi gravada por Caetano Veloso no disco Outras Palavras. A própria bossa nova resulta, em partes iguais, da evolução normal da MPB
e do feliz acidente de ter o modernismo criado uma linguagem poética,
capaz de se associar com as suas letras mais maleáveis e
enganadoramente ingénuas, às tendências de então da música popular
internacional. A jovem guarda e o tropicalismo,
à sua maneira, atualizariam esse processo ao operar com outras
correntes musicais e poéticas. Por sua formação intelectual, Leminski é
visto por muitos como um poeta de vanguarda, todavia por ter aderido à
contracultura e ter publicado em revistas alternativas, muitos o
aproximam da geração de poetas marginais, embora ele jamais tenha sido próximo de poetas como Francisco Alvim, Ana Cristina César ou Cacaso. Por sua vez, em muitas ocasiões declarou a sua admiração por Torquato Neto, poeta tropicalista e que antecipou muito da estética da década de 1970.
Na década de 1970, teve poemas e textos publicados em diversas revistas - como Corpo Estranho, Muda Código (editadas por Régis Bonvicino) e Raposa. Em 1975 lançou o seu ousado Catatau,
que denominou "prosa experimental", em edição particular. Além de
poeta e prosista, Leminski era também tradutor (traduziu para o
castelhano e o inglês alguns trechos de sua obra Catatau, a qual foi
traduzida na íntegra para o castelhano).
Na poesia de Paulo Leminski, por exemplo, a influência da MPB é tão
clara que o poeta paranaense só poderia mesmo tê-la reconhecido
escrevendo belas letras de música, como Verdura.
Paulo Leminski foi um estudioso da língua e cultura japonesas e publicou em 1983 uma biografia de Bashô. Além de escritor, Leminski também era cinturão preto de judo. A sua obra literária tem exercido marcante influência em todos os movimentos poéticos dos últimos 20 anos no Brasil.
Morreu a 7 de junho de 1989, em consequência do agravamento de uma cirrose hepática que o acompanhou por vários anos.
Poetas Velhos Bom dia, poetas velhos. Me deixem na boca o gosto dos versos mais fortes que não farei. Dia vai vir que os saiba tão bem que vos cite como quem tê-los um tanto feito também, acredite.
Em 1979,
tendo muito sucesso, Nara sentiu-se muito mal, com dores fortes de
cabeça, tonturas e desmaio, e ficou internada. A cantora descobre
possuir um tumor inoperável no cérebro. Ele surgiu de um coágulo e
jamais poderia ser operado, pois estava numa área delicada do cérebro.
Caso fosse operada, a cantora faleceria na cirurgia e caso
sobrevivesse, teria sequelas, como ficar cega ou paralítica.
Apavorada, a partir daí entrou em depressão e começou a tomar remédios
fortíssimos para tentar diminuir o tumor, que era benigno. A
descoberta desta doença contribuiu para Nara abandonar a carreira
musical, mas voltou atrás e, no ano seguinte, regressou com muito
sucesso.
Apesar de seu emocional abalado, isso não a fez se entregar a depressão: nos anos 80
fez muito sucesso, viajando o Brasil e o mundo, lançando novos
discos, gravando canções, atuando em musicais no teatro e fazendo
parcerias musicais. Nesta época viajou para o Japão,
onde divulgou a Música Popular Brasileira. De vez e quando passava
mal em algum show, mas logo se restabelecia. Começa a fazer shows
sozinha com seu violão, e também volta a se interessar por política,
participando de eventos públicos a favor da eleição direta para
presidente no Brasil.
Em 1986 a
sua saúde piora, passando a ter dores mais fortes de cabeça e
esquecimento das coisas que fazia. A sua dose de remédios fora aumentada e
descobriu-se que o seu tumor inicialmente cresceu, mas depois
diminuiu, porém não desaparecia. Nara passa a maior parte do ano em
repouso e internada, apesar de ainda fazer pequenos shows pela Zona Sul
do Rio.
Em 1987 e 1988,
tem uma considerável melhora de saúde e passa a fazer temporadas de
shows em casas noturnas do Rio com alguns integrantes de seu grupo de
bossa nova da adolescência.
Em 1989 faz sua última apresentação no Pará.
Ao voltar para o Rio, a sua saúde piorou e precisou ficar internada
por meses, quando o seu tumor cerebral rompeu, ocasionando uma
hemorragia. A cantora faleceu na Casa de Saúde São José, no dia 7 de
junho.
De entre as suas canções mais famosas podem citar-se "Maria Ninguém", "Minha Namorada", "Ciúme", "Lobo bobo", "Menina", "Maria Moita" e "Se é tarde me perdoa".