domingo, julho 11, 2010

Acabou o Mundial Africano de Futebol


Recordemos o primeiro Mundial de Futebol em África, onde a Europa foi rainha, com uma música de Miriam Makeba sobre o pôr-do-sol nesse continente:

Para que não falte nada aos nossos leitores...

...aqui fica um vídeo da música "Afurada", de Rui Veloso, do seu primeiro álbum (Ar de Rock), que não tinha nenhuma versão no YouTube e para a qual fizemos o seguinte filme:

O massacre de Srebrenica foi há 15 anos


The Srebrenica Massacre, also known as the Srebrenica Genocide, refers to the July 1995 killing of more than 8,000 Muslim Bosniak men and boys, as well as the ethnic cleansing of 25,000–30,000 refugees in the area of Srebrenica in Bosnia and Herzegovina, by units of the Army of Republika Srpska (VRS) under the command of General Ratko Mladić during the Bosnian War. A paramilitary unit from Serbia known as the Scorpions, officially part of the Serbian Interior Ministry until 1991, also participated in the massacre. In 1993 the United Nations had declared Srebrenica a "safe area" under UN protection but its Protection Force (UNPROFOR), represented on the ground by a 400-strong contingent of armed Dutch peacekeepers, failed to prevent the massacre.

(...)
Late in the afternoon of 11 July General Mladić, accompanied by General Živanović (then Commander of the Drina Corps), General Krstić (then Deputy Commander and Chief of Staff of the Drina Corps) and other Serb Army officers, took a triumphant walk through the empty streets of Srebrenica town. The moment was captured on film by Serbian journalist, Zoran Petrović.

The Dutch soldiers operating under the auspices of the UN have been criticised for their part in failing to protect the Bosniak refugees in the safe haven. Lieutenant-Colonel Karremans was filmed drinking a toast with genocide suspect and Serb general Ratko Mladić during the bungled negotiations on the fate of civilian population grouped in Potočari.

30 anos do album Ar de rock - XI


Afurada
Murmura a maré no casco
Os pescadores conversam
À porta do tasco
Fumando um cigarro forte

As velhas cosem as redes
Cheirando o vento norte
E vão sentido pela espinha
Uma nevralgia de morte
Há um jovem pescador
A trincar dedos cortados
Pela sediela fina
Segura na mão a amarra
E despede-se da mulher varina
Que lhe abotoa a samarra

Diz com a mão no puxo a afagar
Nunca tires a aliança
Tem o luto sempre à mão
Fico contigo na lembrança
E no esmalte do teu casacão

NOTA: não há sequer uma versão na Internet desta bonita música de Rui Veloso...

sábado, julho 10, 2010

Passaram ontem 12 anos sobre o último grande sismo açoreano

Fez ontem 12 anos (foi em 9 de Julho de 1998) que ocorreu o último sismo com vítimas mortais nos Açores.

Para recordar a data, de que ontem não pudemos aqui falar pelo muito trabalho (reunião de Departamento, acção de formação e Jantar de Agrupamento...) aqui ficam dois links:






Há 465 anos Miranda do Douro foi elevada a cidade


Miranda do Douro (em mirandês Miranda de l Douro) é uma cidade portuguesa, pertencente ao Distrito de Bragança, Região Norte e subregião do Alto Trás-os-Montes, Terra de Miranda, com cerca de 2 100 habitantes.

É sede de um município com 488,36 km² de área e 8 048 habitantes (2001), subdividido em 17 freguesias. O município é limitado a nordeste e sueste pela Espanha, a sudoeste pelo município de Mogadouro e a noroeste por Vimioso.

Nesta região, além do português, fala-se sua própria língua: a língua mirandesa.


30 anos do album Ar de rock - X


NOTA: mais uma versão, de 2000, desta vez dos belle chase hotel, no álbum comemorativo dos 20 anos do Ar de Rock. A letra é a seguinte:

Andas aí no ataque
Nas boites da moda
A dançar o disco
Como ninguém


Longe vai o tempo
Do whisky com soda
És coisa de luxo
Gastas bem aos cem


Vê lá bem
Donzela diesel
Vê lá bem
Que a vida nem
Sempre é super
Vê lá bem
Donzela diesel


Dão-te uma jóia
Pela noite de gozo
Uma dose tua
Acelera os sentidos
Paga-te a renda
Um cavalheiro idoso
Outros cavalheiros
Compram-te vestidos


Vê lá bem
Donzela diesel
Vê lá bem
Que a vida nem
Sempre é super
Vê lá bem
Donzela diesel
A vida é bem mais fácil
De ganhar assim
Um corpo espantoso
Um palmo de cara
Quando tudo isso
Tiver o seu fim
Iremos saber
Quem é que te ampara


Vê lá bem
Donzela diesel
Vê lá bem
Que avida nem
Sempre é super
Vê lá bem
Donzela diesel

sexta-feira, julho 09, 2010

Já se podem inscrever na Geologia no Verão...

Ciência Viva no Verão

Edição de 2010 (15 de Julho a 15 de Setembro)

Neste Verão, leve a Ciência na bagagem. Visite o interior de uma barragem, siga os trilhos do lobo ibérico, desça a uma mina e fique a ver estrelas com os amigos e a família. São milhares de acções gratuitas em todo o país, sempre na companhia de especialistas. Uma iniciativa da Ciência Viva, em colaboração com instituições científicas, museus, Centros Ciência Viva, associações, autarquias e empresas.

E sabia que Portugal integra uma das 25 regiões, a nível mundial onde a conservação do património natural é essencial para preservar a biodiversidade do planeta? No Ano internacional da Biodiversidade a Ciência Viva no Verão dá-lhe a conhecer a fauna, a flora e os habitats do nosso país.

Nestas férias, a Ciência vai consigo.


NOTA: mais logo iremos sugerir algumas acções, como a da Mina de Sal Gema de Loulé ou da Arriba Fóssil da Serra dos Candeeiros...

30 anos do album Ar de rock - IX



Saiu decidida para a rua
Com a carteira castanha
E o saia-casaco escuro
Tantos anos tantas noites
Sem sequer uma loucura

Ele saiu sem dizer nada
Talvez fosse ao teatro chino
Vai regressar de madrugada
E acordá-la cheio de vinho

Tantos anos tantas noites
Sem nunca sentir a paixão
Foram já as bodas de prata
Comemoradas em solidão

Pôs um pouco de bâton
E um leve toque de pintura
Tirou do cabelo o travessão
E devolveu ao rosto a candura

Saiu para a rua insegura
Vagueou sem direcção
Sorriu a um homem com tremura
E sentiu escorrer do coração
A humidade quente da loucura

quinta-feira, julho 08, 2010

30 anos do album Ar de rock - VIII


Nota: versão dos Da Weasel no álbum Ar de Rock - Tributo 20 Anos Depois - 2000. A versão original, muito superior, tinha esta letra:

Primeiro deste-me sorte
Saímos os dois por aí
Cinemas uns bares e dançamos
Perdemos sul e norte
Ficámos partimos daqui
Quisemos achar a achámos

Depois tu de repente já diferente
Percebi que alguma coisa se passava
Procurei-te e miúda achei-te ausente
E era a primeira vez que assim te achava

Aí miúda
Já não posso passar sem ti
Aí miúda
Tu pões-me completamente
Fora de mim

Agora estou sempre à espera
Feito um idiota
Pelo que me diz de ti quem nos via
E vivo como uma fera
Na paranóia da noite
Fumo e bebo até ser dia

Aí miúda
Já não posso passar sem ti
Aí miúda
Tu pões-me completamente
Fora de mim

Continuo a acreditar que irás voltar
Virás por aí pelo ar num repente
Só tu miúda me poderás levantar
Deste sonho medonho que abraço consciente

Aí miúda
Já não posso passar sem ti
Aí miúda
Tu pões-me completamente
Fora de mim


quarta-feira, julho 07, 2010

Barbárie e pena de morte no Irão do século XXI

Sem comentários...


Jornadas TICnológicas em Leiria

Participei hoje, em Leiria, nas Jornadas TICnológicas, organizadas pelo Grupo PTE do Agrupamento de Escolas Dr. Correia Mateus.

Para memória futura, aqui ficam dois ficheiros:

Passeio pedestre em Rio Seco no dia 11 de Julho


No dia 11 de Julho de 2010, domingo, haverá um Percurso Pedestre na zona de Rio Seco (freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha). Intitulado entre serras e nascentes, terá partida às 08.30 horas, da Fonte de Rio Seco, e levar-nos-á às Torrinhas, à Maunça (o ponto mais alto da região) e às Fontes (local onde nasce o Rio Lis), num percurso com cerca de 10 quilómetros organizado pela Associação Cultural Desportiva do Rio Seco.

Já com seguro incluído, a inscrição simples custará 2,50 euros, enquanto que já com almoço serão apenas 10,00 euros. Esta é feita através dos telefones 914 076 062 ou 910 295 731 ou ainda pelo e-mail acdrioseco@sapo.pt. Eu estarei lá e farei a explicação da Geologia da zona que iremos atravessar…

Participa!

ADENDA - link para o CARTAZ.

É oficial - o blog Geopedrados faz hoje meia dezena de anos!

Foram anos muito especiais para quem, há 5 anos, faz este nosso e vosso Blog Geopedrados...!

Aos nossos leitores, colaboradores e afins os nossos agradecimentos - sem vocês há muito que tínhamos desistido...

Para quem não sabe a origem do nome do Blog, aqui fica a capa da plaquete e a foto do carro de curso, levado pelos alunos da licenciatura em Geologia da Universidade de Coimbra ao Cortejo Académico da Queima das Fitas, em Maio de 1988...

30 anos do album Ar de rock - VII


Sei de uma camponesa
Sem campo sem quintal
Que canta debruçada
Ao sol da seara
O trigo na cara
De suor tão debulhada

Sei de uma camponesa
Que dança à noite na eira
Perfumada de avenca e feno
Enfeitada de tomilho
E canta com a expressão
De quem vai ter um filho
Mesmo pelo coração

Sei de uma camponesa
Que nunca enche esta cidade
Nunca se senta à minha mesa
Nunca me leva à sua herdade
Para ouvir um trocadilho
Para tornar realidade
Um sonho que perfilho

terça-feira, julho 06, 2010

Música para um poético e triste dia ...



NOTA: morreu uma poetisa de quem li, em garoto, muitas coisas. É um dia triste - mas, enquanto houver dentro de mim um vestígio do puto endiabrado que sossegava ao ler ou ouvir as suas poesias, ela nunca morrerá...


Loas à Chuva e ao Vento

Chuva, porque cais?
Vento, aonde vais?
Pingue...Pingue...Pingue...
Vu...Vu...Vu...

Chuva, porque cais?
Vento, aonde vais?
Pingue...Pingue...Pingue...
Vu...Vu...Vu...

Ó vento que vais,
Vai devagarinho.
Ó chuva que cais,
Mas cai de mansinho.
Pingue...Pingue...
Vu...Vu...

Muito de mansinho
Em meu coração.
Já não tenho lenha,
Nem tenho carvão...
Pingue...Pingue...
Vu...Vu...

Que canto tão frio
Que canto tão terno,
O canto da água,
O canto do Inverno...
Pingue...

Que triste lamento,
Embora tão terno,
O canto do vento,
O canto do Inverno...
Vu...

E os pássaros cantam
E as nuvens levantam!

in O Livro da Tila - Matilde Rosa Araújo

Hoje é um frio e triste dia de Outono




BALADA DAS VINTE MENINAS FRIORENTAS

Vinte meninas, não mais,
Eu via ali no beiral:
Tinham cabecinha preta
E branquinho o avental.

Vinte meninas, não mais,
Eu via naquele muro:
Tinham cabecinha preta,
Vestidinho azul escuro.

As minhas vinte meninas,
Capinhas dizendo adeus,
Chegaram na Primavera
E acenaram lá dos céus.

As minhas vinte meninas
Dormiam quentes num ninho
Feito de amor e de terra,
Feito de lama e carinho.

As minhas vinte meninas
Para o almoço e o jantar
Tinham coisas pequeninas,
Que apanhavam pelo ar.

Já passou a Primavera
Suas horas pequeninas:
E houve um milagre nos ninhos.
Pois foram mães, as meninas!

Eram ovos redondinhos
Que apetecia beijar:
Ovos que continham vidas
E asinhas para voar.

Já não são vinte meninas
Que a luz do Sol acalenta.
São muitas mais! muitas mais!
Não são vinte, são oitenta!

Depois oitenta meninas
Eu via ali no beiral:
Tinham cabecinha preta
E branquinho o avental.

Mas as oitenta meninas,
Capinhas dizendo adeus,
Em certo dia de Outono
Perderam-se pelos céus.

Matilde Rosa Araújo

Matilde Rosa Araújo deixou-nos...



A escritora Matilde Rosa Araújo morreu hoje de madrugada, na sua casa, em Lisboa, aos 89 anos, disse à agência Lusa fonte da família. De acordo com fonte da Editorial Caminho o corpo de Matilde Rosa Araújo será velado hoje na sede da Sociedade Portuguesa de Autores, em Lisboa.

HISTÓRIA DO SR. MAR

Deixa contar...
Era uma vez
O senhor Mar
Com uma onda...
Com muita onda...


E depois?
E depois...
Ondinha vai...
Ondinha vem...
Ondinha vai...
Ondinha vem...
E depois...


A menina adormeceu
Nos braços da sua Mãe...

in O Livro da Tila - Matilde Rosa Araújo

30 anos do album Ar de rock - VI


Gingando pela rua
Ao som do Lou Reed
Sempre na sua
Sempre cheio de speed
Segue o seu caminho
Com merda na algibeira
O Chico Fininho
O freak da Cantareira

Chico Fininho
Uuuuuuh uuuuuuh

Aos esses pela rua acima
Depois de mais um shoot nas retretes
Curtindo uma trip de heroína
Sapato bicudo e joanetes

A noite vem j e mal atina
Ele o maior da Cantareira
Patchuli borbulhas e brilhantina
Cólicas escorbuto e caganeira

Chico Fininho
Uuuuuuh uuuuuuh

Sempre a domar a cena
Fareja a judite em cada esquina
A vida só tem um problema
O ácido com muita estricnina

Da Cantareira à Baixa
Da Baixa à Cantareira
Conhece os flipados
Todos de gingeira

Chico Fininho
Uuuuuuh uuuuuuh

segunda-feira, julho 05, 2010

30 anos do album Ar de rock - V


Tenho à janela
uma velha cornucópia
cheia de alfazema
e orquídeas da Etiópia

Tenho um transístor ao pé da cama
con sons de harpas e oboés
e cantigas de outras terras
que percorri de lés-a-lés

Tenho uma lamparina
que trouxe das arábias
para te amar à luz do azeite
num kamasutra de noites sábias

Tenho junto ao psyché
um grande cachimbo d'água
que sentados no canapé
fumamos ao cair da mágoa

Tenho um astrolábio
que me deram beduínos
para medir no firmamento
os teus olhos astralinos

Vem, vem à minha casa
rebolar na cama e no jardim
acender a ignomínia
e a má língua do código pasquim
que nos condena numa alínea
a ter sexo de querubim