O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Dois anos depois de deixar o conservatório, ele escreveu a sua primeira ópera - baseada no grande livro de Alessandro ManzoniI promessi sposi - e foi um compositor de ópera que, eventualmente, encontrou a fama.
La Gioconda,
Milão 1876; criada por Julian Gayarre; versões revistas em 1876 e 1880. A
parte mais conhecida desta ópera é a "Dança das Horas", um curto balé romântico.
Il figliuol prodigo, Milan 1880; criada por Francesco Tamagno
Marion Delorme, Milão 1885; criada por Francesco Tamagno; revisada Brescia, 1885.
I Mori di Valenza (deixada imcompleta; finalizada por Arturo Cadore e estreada em Monte Carlo Mar. 17, 1914); criada por Giovanni Martinelli
Na
biografia Otelo, o Revolucionário, o cérebro do 25 de abril assume a sua
bigamia. De segunda a quinta-feira, vive com Filomena. De sexta a
domingo, mora com Dina. As múltiplas facetas de um ícone.
Figura proeminente do Movimento dos Capitães, cérebro do plano
operacional do 25 de Abril, importante chefe militar no período do PREC,
todo poderoso comandante do Comando Operacional do Continente (COPCON)
nesse período, duas vezes candidato à Presidência da República, duas
vezes preso, uma das quais por envolvimento na rede terrorista Forças
Populares 25 de abril (FP-25), idolatrado por uns, odiado por outros,
Otelo Saraiva de Carvalho, 75 anos, é o grande ícone vivo da revolução
portuguesa.
Para figurar nas t-shirts das gerações do pós-revolução, falta-lhe,
talvez, apenas, uma foto tão feliz como a que Alberto Korda captou de
Che Guevara. E, depois, algum espírito empreendedor de uma qualquer
marca comercial de vestuário... Mas a maior surpresa da sua biografia,
agora dada à estampa, em livro, pela pena do jornalista Paulo Moura
(Otelo, o Revolucionário, da D. Quixote, a lançar no próximo dia 25) é,
afinal, uma história de amor.
Excessivo, inconvencional, indisciplinado, romântico, Otelo levou para a
vida pessoal a transgressão que, nos anos da Revolução, o tornaram
célebre. Na página 13 do livro de Paulo Moura, logo a abrir, o autor
revela-nos a outra faceta do revolucionário: "Sente-se bem em família.
Tanto, que tem duas. Casou cedo, com uma colega de liceu. Mais tarde, na
prisão, teve outro amor. Não foi capaz de abandonar a primeira mulher,
nem a segunda. (...) Otelo assume as suas duas mulheres. Aparece em
público com elas, não mente a nenhuma, trata-as por igual. Também nisso é
organizado. De segunda a quinta vive numa casa; sexta, sábado e domingo
passa-os na outra."
Boca do Inferno - Ricardo Araújo Pereira 'Otelo, o Revolucionário': recensão crítica da primeira página
A higiene pessoal desvenda a personalidade do biografado. Na de Otelo, reconhecemos o ímpeto transformador do revolucionário
Só li ainda a primeira página da nova biografia Otelo, o
Revolucionário, de Paulo Moura. Não por falta de tempo, mas porque a
primeira página do livro oferece tanto material para reflexão que ainda
não me sinto preparado para avançar na leitura. A primeira frase é
esta: "Otelo demora, todos os dias, cerca de duas horas na casa de
banho, a tratar da higiene pessoal." Sou um velho apreciador de
biografias que investigam os hábitos de higiene do biografado. Gostei
de saber, por Walter Isaacson, que Steve Jobs cheirava tão mal que foi
colocado no turno da noite, quando trabalhava na Atari, para incomodar
menos. Ou que gostava de andar descalço e enfiar os pés na sanita da
casa de banho privada do seu gabinete, para refrescar. É natural que
uma pessoa desenvolva capacidades especiais para inventar aparelhos que
permitem comunicar à distância quando percebe que os outros evitam
aproximar-se. Era tomar banho ou inventar o iPhone. Jobs optou pela
segunda. Também descobri com interesse que os dentes de Mao Tse Tung,
de tão sujos, se revestiam de uma película verde e as suas gengivas
vertiam pus. Percebi então que a autocrítica maoísta não abrangia a
higiene oral, facto que nenhum manual de ciência política ensina.
Otelo rompe com esta tradição de biografados badalhocos - e de que
maneira. De acordo com o relato de Paulo Moura, que exibe marcas
extremamente inquietantes de testemunho ocular, Otelo começa por tomar
um "duche demorado e meticuloso. Depois limpa-se, com igual minúcia, e
dá início ao tratamento capilar integral. Com um curto ancinho de
plástico, uma pequena carda adequada, remove as pilosidades corporais
que vão caindo. A seguir escova os abundantes pelos do peito, costas,
pernas, etc. Usa uma vassourinha própria (...). Após esta operação,
certas zonas da pele podem estar a precisar de uma limpeza adicional.
Otelo procede então à lavagem localizada, servindo-se de várias águas.
Depois, nu, em frente ao espelho, com a porta aberta, faz a barba. Como é
espessa, exige várias passagens da lâmina, o que torna frequentes os
ferimentos".
Mais uma vez, a higiene pessoal desvenda a personalidade do biografado.
Na de Otelo, reconhecemos o ímpeto transformador do revolucionário,
aqui dedicado a modificar a paisagem corporal. Otelo mune-se de um
curto ancinho (utensílio próprio do campesinato) e de uma vassourinha
(ferramenta do operariado menos qualificado). Há um cheirinho a reforma
agrária no ato de desembaraçar a pelagem do corpo com um ancinho. E o
processo termina com derramamento de sangue, circunstância que um
revolucionário, por vezes, não consegue evitar. Por outro lado, a higiene pessoal de
Otelo revela-o também como um homem do seu tempo. Recordo que "escova
os abundantes pelos do peito, costas, pernas, etc." Ou seja, trata-se
de um homem sem tabus. Começa por dedicar a devida atenção aos pelos do
peito, costas e pernas, mas não deixa de escovar os pelos do etc. E
tudo isto é feito "com a porta aberta". Aberta para onde? Para o
futuro, digo eu.
Forças Populares 25 de Abril (FP-25) foram uma organização armada clandestina de extrema-esquerda que operou em Portugal entre 1980 e 1987.
Parte significativa dos seus militantes procediam das antigas Brigadas Revolucionárias e, ainda que em menor número, da LUAR e da ARA.
Entre 1980 e 1987, as FP 25 foram diretamente responsáveis por 13
mortes - às quais acrescem ainda as mortes de 4 dos seus operacionais -
dezenas de atentados a tiro e com explosivos e de assaltos a
bancos,viaturas de transporte de valores, tesourarias da fazenda pública
e empresas.
No plano legal o julgamento dos atos imputados à organização foi
incompleto, quer por prescrição de alguns dos processos, quer pela
dificuldade em identificar os autores materiais dos factos. A figura mais conhecida vinculada às FP-25 foi Otelo Saraiva de Carvalho. Cronologia das FP-25 Março de 1980 - formação da coligação Força de Unidade Popular; 20 de abril de 1980 -
apresentação pública da organização Forças Populares 25 de Abril com o
rebentamento por todo o país de dezenas de engenhos explosivos de fraca
potência contendo o documento “Manifesto ao Povo Trabalhador”; Maio de 1980 - assalto
simultâneo a dois bancos no Cacém que resulta na morte do soldado da
GNR Henrique Hipólito durante a confrontação com elementos da
organização; Maio de 1980 - morte do militar
da GNR Agostinho Francisco Ferreira durante a detenção de elementos de
um comando da organização em Martim Longo, Algarve; Maio de 1980 - atentado frustrado com explosivos em Bragança; Julho de 1980 - destruição por incêndio de viaturas da PSP; Julho de 1980 - assalto à Conservatória do Registo Civil de Vila Nova de Gaia para roubo de impressos para bilhetes de identidade; Setembro de 1980 - rebentamento de explosivos no consulado e na embaixada do Chile respetivamente no Porto e em Lisboa; Outubro de 1980 - rebentamento
de explosivos nas sedes dos ex-Comandos em Faro e Guimarães; esta
associação era considerada pelas FP-25 como a tropa de choque das
desocupações de terras no Alentejo; Outubro de 1980 - assalto
simultâneo a dois bancos na Malveira na sequência do qual são mortos
dois elementos da organização (Vítor David e Carlos Caldas) e um
cliente de um dos bancos (José Lobo dos Santos), ficando ainda feridos
dois elementos da população local; Inicio de 1981 - atentado com explosivos na filial do Banco do Brasil em Lisboa que causa um ferido; Março de 1981 - ferimentos
ligeiros num comerciante da Malveira (Fernando Rolo) acusado de ser o
autor dos disparos que causam a morte de um dos elementos da
organização aquando de um assalto frustrado naquela povoação em outubro
do ano anterior; Março de 1981 - disparos nas pernas de um dos administradores da empresa SAPEC, no Dafundo, na sequência de conflitos laborais na empresa; Março de 1981 - assalto a um banco na Trofa; Abril de 1981 - ação de
solidariedade para com o Exército Republicano Irlandês, cuja bandeira é
hasteada numa sucursal da British Airways no Porto; Maio de 1981 - disparo de um rocket no interior do Royal British Club em Lisboa, em solidariedade com o Exército Republicano Irlandês; Julho de 1981 - disparos sobre o
diretor-delegado da empresa Standard Eléctrica em Cascais
causando-lhe ferimentos ligeiros; na mesma ação é ferido o seu
motorista; a ação é justificada pela organização como uma resposta aos
despedimentos e conflitos laborais que afetavam a empresa; Julho de 1981 - roubo de explosivos de uma empresa de construção, nos arredores de Coimbra; Julho de 1981 - assalto a um banco de Vila da Feira; Meados de 1981 - assalto a um banco de Leça do Balio; Outubro de 1981 - disparos nas
pernas de um administrador da empresa Carides, em Vila Nova de
Famalicão; a ação é justificada como uma resposta aos salários em
atraso e aos despedimentos efetuados na empresa; Outubro de 1981 - morte de dois
militares (Adolfo Dias e Evaristo Ouvidor da Silva) da GNR vitimas da
explosão de um carro armadilhado em Alcaínça, arredores da Malveira; a
acção inseria-se ainda no processo de retaliação relativo às mortes de
dois elementos (Vítor David e Carlos Caldas) da organização num assalto
a um banco desta localidade; Outubro de 1981 - morte de um
elemento da organização (António Guerreiro) na sequência de um assalto a
um banco na Póvoa de Santo Adrião; no mesmo assalto é morto um
transeunte (Fernando de Abreu) que, armado de pistola, faz frente aos
elementos da organização; Dezembro de 1981 - atentado com explosivos ao posto da GNR de Alcácer do Sal; Finais de 1981 - atentados com explosivos nos postos da GNR do Fundão e da Covilhã; Janeiro de 1982 - atentado com explosivos ao posto da GNR do Cacém; Janeiro de 1982 - atentado com explosivos à residência de um industrial no Cacém; Janeiro de 1982 - assalto a uma carrinha de transporte de valores; Abril de 1982- atentados com explosivos sobre o automóvel e a residência de dois administradores da empresa SAPEC; Junho de 1982 - disparos sobre a viatura onde se deslocavam dirigentes da cooperativa “Boa Hora”; Agosto de 1982 - atentado com explosivos colocados numa viatura, em Montemor-o-Novo; Outubro de 1982 - assalto a um banco em Pataias; Outubro de 1982 - assalto a um banco em Cruz da Légua; Outubro de 1982 - assalto a uma empresa de Vila Nova de Gaia; Dezembro de 1982 - um militante da organização evade-se da cadeia de Pinheiro da Cruz, em Grândola; Dezembro de 1982 - atentado
mortal sobre o administrador da Fábrica de Louças de Sacavém,
Diamantino Monteiro Pereira, em Almada; a organização justifica a ação
como uma resposta aos graves conflitos laborais e despedimentos
verificados na empresa; Janeiro de 1983 - elementos da organização libertam da prisão um militante das FP-25, em Coimbra; Fevereiro de 1983 - assalto a um banco em Espinho; Fevereiro de 1983 - assalto a um banco no Carregado; Abril de 1983 - assalto a um banco no Tramagal; Junho de 1983 - assalto a uma empresa; Agosto de 1983 - assalto a um banco de Matosinhos; Setembro de 1983 - assalto a uma empresa, em Pereiró; Novembro de 1983 - atentado com explosivos ao posto da GNR de Leiria; Novembro de 1983 - atentado com explosivos visando um administrador da empresa Cometna; Novembro de 1983 - atentados com explosivos em residências de empresários na Cruz de Pau e Seixal; Dezembro de 1983 - atentado com explosivos a instalações bancárias em Leiria e Caldas da Rainha; Dezembro de 1983 - rebentamento de engenhos explosivos com difusão de panfletos em Setúbal; Janeiro de 1984 - assalto a um banco em Caneças; Janeiro de 1984 - atentado com explosivos visando administradores das empresas Entreposto, Tecnosado e Tecnitool; Janeiro de 1984 - atentado a tiro contra a residência do administrador da empresa Ivima, na Marinha Grande; Janeiro de 1984 - assalto a uma
viatura de transporte de valores na Marinha Grande que resulta em
ferimentos graves (paraplegia num dos casos) em dois dos seus
ocupantes; Fevereiro de 1984 - atentados com explosivos visando empresários na Covilhã e Castelo Branco; Fevereiro de 1984 - assalto a uma carrinha de transporte de valores que resulta no roubo de 108.000 contos, em Lisboa; Abril de 1984 - atentado com explosivos em Évora; Abril de 1984 - atentado com
explosivos na residência de um agricultor em S. Manços, Alentejo; os
efeitos da explosão provocam a morte de uma criança de 4 meses de idade
(Nuno Dionísio); Maio de 1984 - sabotagem da Estrada Nacional nº1 através do lançamento de pregos na via; Maio de 1984 - atentado mortal
contra o administrador da empresa Gelmar, Rogério Canha e Sá, em Santo
António dos Cavaleiros; a ação é justificada pela organização como uma
resposta aos sucessivos despedimentos e falências registados não só na
Gelmar como em outras unidades fabris onde o referido administrador
havia exercido funções; Junho de 1984 - atentado a
tiro, causando ferimentos graves, contra o administrador Arnaldo
Freitas de Oliveira, da empresa Manuel Pereira Roldão, em Benfica; a
organização justifica a ação, que deveria resultar na morte do
referido administrador, como uma punição pelas alegadas irregularidades
e despedimentos verificados na referida empresa; Junho de 1984 - operação
policial ‘Orion’ destinada a desmantelar a organização e da qual
resultaria a detenção de cerca de quarenta pessoas a maior parte das
quais militantes e dirigentes da Frente de Unidade Popular; Agosto de 1984 - atentado
frustrado com explosivos numa serração de Proença-a-Nova resultando em
ferimentos graves no elemento da organização que se preparava para os
colocar; Setembro de 1984 - disparos
sobre o posto da GNR de Barcelos na sequência de uma carga desta força
policial sobre populares que se manifestavam contra a poluição emitida
por uma fábrica de barros contígua;
Setembro de 1984 - disparos nas
pernas do proprietário da empresa Cerâmica Modelar, António Liquito,
em Barcelos; a organização justifica a ação como uma punição pela
recusa do empresário em regularizar uma situação de emissão de resíduos
que afetava a população local;
Setembro de 1984 - atentado com explosivos na residência de um agrário, no Alentejo; Setembro de 1984 - atentados com explosivos em residências de agrários em Montemor-o-Novo; Setembro de 1984 - atentado com explosivos na Penitenciária de Coimbra; Janeiro de 1985 - ataque falhado com granadas de morteiro contra navios da NATO ancorados no rio Tejo, em Lisboa; Março de 1985 - atentado mortal
sobre o empresário da Marinha Grande, Alexandre Souto, levado a cabo
no recinto da Feira Internacional de Lisboa; a organização justifica a
acção como uma resposta à morte de um sindicalista da Marinha Grande
alegadamente morto pelo empresário na sequência de uma disputa pessoal; Abril de 1985 - na sequência de
uma operação da Polícia Judiciária perto da Maia, são detidos três
operacionais da organização e um quarto (Luís Amado) é morto a tiro; Julho de 1985 - atentado mortal sobre um dos ‘arrependidos’ da organização (José Barradas), no Monte da Caparica, Almada; Setembro de 1985 - fuga do Estabelecimento Prisional de Lisboa de um grupo de presos da organização; Fevereiro de 1986 - atentado
mortal sobre o Diretor-geral dos Serviços Prisionais, Gaspar Castelo
Branco, em Lisboa; a ação é justificada pela organização como uma
resposta às duras condições de detenção dos seus militantes e à alegada
intransigência dos Serviços Prisionais na pessoa do seu
Diretor-geral; Abril de 1986 - disparos sobre a
esquadra da PSP dos Olivais em retaliação pelos alegados maus tratos
aí sofridos por um elemento da organização aquando da sua detenção;
desta acção resulta um ferido ligeiro; Setembro de 1986 - atentado com
explosivos a um empreendimento turístico no Algarve; esta ação é
reivindicada pela ORA (Organização Revolucionária Armada) um grupo
formado por dissidentes das Forças Populares 25 de Abril; Agosto de 1987 - morte do agente da Polícia Judiciária Álvaro Militão durante a detenção de elementos da organização, em Lisboa; Meados de 1992 - detenção dos últimos militantes ainda clandestinos; 1996 - É aprovada pela Assembleia da República e promulgada por Mário Soares, então Presidente da República, uma amnistia relativa ao caso FUP-FP-25, amnistia que exclui os chamados "crimes de sangue".
A Força de Unidade Popular (FUP), foi um partido políticoportuguês, fundado em 1980 e extinto em 2004.
Fundado pelo major Otelo Saraiva de Carvalho
na área do "socialismo participado", defendia nos seus estatutos,
"promover a unidade popular no seio do povo português para a construção
do Socialismo" e "praticar a solidariedade com todos os povos do mundo
que lutam pela sua libertação e pelo Socialismo".
Nunca concorreu a eleições, tendo apoiado Otelo Saraiva de Carvalho às eleições presidenciais de 1980, onde este obteve um resultado desastroso, com somente 85.896 votos (1,49%).
O Óscar fez uma revolução. Houve quem
pensasse que o fazia pelo País. Engano. Rapidamente se tornou conhecido
por emitir mandatos de captura em branco, discricionários e sem
critério. O País generoso, perdoou-lhe as loucuras do PREC, mas logo
Óscar achou que o poder era seu por direito e voltou a aterrorizar.
Desta vez contra a democracia, com mais sangue e cobardia. Com o seu
gang de revolucionários, Óscar assaltou bancos, e assassinou 17 pessoas
e chantageou o Estado de direito.
O País foi novamente magnânimo e
perdoou-lhe por algo, do qual ele nunca se arrependeu. Até o promoveu.
Passou-lhe um salvo conduto vitalício, o que lhe permite dizer as
maiores atrocidades, ter eco na imprensa, sem que haja alguém a lembrar
o seu cadastro.
Óscar não foi generoso nem tão pouco
corajoso, foi muito pouco inteligente e nunca se retratou. Óscar
continua a achar-se acima da lei. Já o Estado, não pode permitir que
haja cidadãos, mesmo que intelectualmente indigentes, mas não
inimputáveis, digam atrocidades e incitem a motins e revoluções.
Um Estado pequeno não implica que seja
fraco. Mas, se a justiça não reage e não funciona, deixa fragilidades
com marcas profundas e difíceis de curar.
Dias contados Uma anedota chamada Otelo por ALBERTO GONÇALVES - 13 novembro 2011
Antes de 1974, o capitão Otelo Saraiva de Carvalho serviu
diligentemente a ditadura salazarista. Após o 25 de Abril, de que ele
próprio foi operacional destacado, ajudou a impor uma ditadura
comunista. Derrotada esta no 25 de Novembro de 1975, prosseguiu a
defesa dos macaquinhos que lhe habitam o sótão quase sozinho e
literalmente à bomba até ser preso. Hoje, seria de esperar que duas
tiranias, um golpe de Estado e uma apreciável incursão pelo terrorismo,
satisfizessem as ambições profissionais do major Otelo Saraiva de
Carvalho, que aproveitaria o Outono da vida para contemplar o passado
heroico e gozar de uma reforma pacífica. Evidentemente, não satisfazem.
Há homens que não sossegam enquanto um único dos seus semelhantes
estiver privado de exercer o direito de voto. O tenente-coronel Otelo
Saraiva de Carvalho não é desses. O que o aflige é justamente a
possibilidade de os semelhantes escolherem os respetivos destinos em
liberdade. Parafraseando As Vinhas da Ira, onde houver o vestígio de um
sistema democrático, o coronel Otelo Saraiva de Carvalho lá irá tentar
acabar com ele. Ou pelo menos fica no sofá de casa a pedir a outros
que o façam.
A última do brigadeiro Otelo Saraiva de Carvalho é aquela espécie de
entrevista na qual explica que "os militares têm a tendência para
estabelecer um determinado limite à atuação da classe política", que o
poder político "está próximo de exceder os limites aceitáveis", que,
"ultrapassados os limites", os militares devem "fazer uma operação
militar e derrubar o Governo", e que "bastam 800 homens".
Em troca, alguém de bom senso deveria explicar ao general Otelo Saraiva
de Carvalho que, grosso modo, a coisa funciona ao contrário. Os
limites da política são decididos pela Constituição e pela lei. O poder
militar está submetido ao político. O poder político, tontinho que
seja, está submetido ao voto dos cidadãos e não aos apetites de 800
hipotéticos valentes. As sugestões em causa configuram o crime de
incitação à violência. Etc.
Pensando melhor, não vale a pena. Há muito, provavelmente desde sempre,
que o marechal Otelo Saraiva de Carvalho se encontra além da
racionalidade, da imputabilidade e da paciência. Evangelizá-lo na
exata democracia que lhe permite ostentar os delírios seria tão inútil
quanto pregar o feminismo aos aiatolas. Mais do que um déspota falhado
e arcaico, o sr. Otelo é uma anedota, só perigosa na medida em que
alguns ainda a ouvem sem se rir.
Começou os seus estudos musicais na Academia de Amadores de Música de
Lisboa mas, sem perspetivas de progressão e por ser opositor do regime, prosseguiu os estudos musicais na Alemanha e na França (mestres: Francine Benoît e Fernando Lopes Graça em Portugal, nos Darmstädter Ferienkurse com Pierre Boulez, e na Hochschule für Musik Köln com Henri Pousseur, Jaap Spek, Georg Heike e Karlheinz Stockhausen). Defendeu na Sorbonne uma tese de musicologia sobre Anton Webern.
Utilizava nas suas composições as mais variadas técnicas, mantendo-se
próximo da linguagem atonal. Foi professor de composição e de música
de câmara em Paris no Conservatório Nacional Superior de Música e Dança de Paris, entre 1992 e 2006, tendo antes ocupado um lugar de professor de composição no Institut für Neue Musik da Hochschule für Musik Freiburg (1986-1992), dando também cursos na Fundação Calouste Gulbenkian, na Universidade de Harvard, e em Darmstadt.
Obteve vários prémios, dos quais se destaca o 1.º prémio de Estética
Musical (classe de Marcel Beaufils) do Conservatório Nacional Superior
de Música de Paris, em 1971, e o Prémio do International Music Council (UNESCO) para compositores, em 1999.
Foi capitão em Angola de 1961 a 1963 e também na Guiné entre 1970 e 1973, sendo um dos principais dinamizadores do movimento de contestação ao Decreto Lei nº 353/73, que deu origem ao Movimento dos Capitães e ao MFA. Entre 1964 a cerca de 1968, foi professor na "Escola Central de Sargentos" em Águeda.
Era o responsável pelo sector operacional da Comissão Coordenadora do MFA e foi ele quem dirigiu as operações do 25 de Abril, a partir do posto de comando clandestino instalado no Quartel da Pontinha.
Graduado em brigadeiro, foi nomeado comandante-adjunto do COPCON e comandante da região militar de Lisboa a 13 de julho de 1974, tendo passado a ser comandante do COPCON
a 23 de junho de 1975 (cargo que na prática já exercia desde setembro
de 1974). Foi afastado destes cargos após os acontecimentos de 25 de
novembro de 1975, por realizar de ânimo leve uma série de ordens de
prisão e de maus tratos de elementos moderados.
Fez parte do Conselho da Revolução desde que este foi criado, a 14 de março de 1975, até dezembro de 1975. A partir de 30 de julho do mesmo ano integra, com Costa Gomes e Vasco Gonçalves, o Diretório, estrutura política de cúpula durante o V Governos Provisório, na qual os restantes membros do Conselho da Revolução delegaram
temporariamente os seus poderes (mas sem abandonarem o exercício das
suas funções).
Conotado com a ala mais radical do MFA, viria a ser preso em consequência dos acontecimentos do 25 de novembro. Solto três meses mais tarde, foi candidato às eleições presidenciais de 1976.
Na década de 80 foi acusado de liderar a organização terrorista FP-25, responsável pelo assassinato de 17 pessoas. Foi detido em 1984.
Em 1985 foi julgado e condenado, em tribunal, pelo seu papel na liderança das FP-25
de Abril. Após ter apresentado recurso da sentença condenatória, ficou
em prisão preventiva cinco anos, passando a aguardar julgamento em
liberdade provisória. Mais tarde acusou o PCP de ter estado por trás da
sua detenção e de ter feito com que ficasse em prisão preventiva tanto
tempo. Acusou ainda alguns nomes então na Polícia Judiciária, como a
antiga diretora do Departamento Central de Investigação e Ação Penal,
Cândida Almeida, então na PJ, de, devido à militância no PCP, ter
estado por trás da sua detenção.
Como autor, compositor e cantor,
personifica perfeitamente a sua música “O Homem dos Sete
Instrumentos”. Multifacetado, representou já em filmes, séries
televisivas e peças teatrais. A dramaturgia surge com a assinatura de algumas peças de teatro assumindo-se também como realizador.
Biografia
Sérgio Godinho nasceu em 1945, no Porto. Com apenas 18 anos de idade parte para o estrangeiro. Primeiro destino: Suíça, onde estuda Psicologia durante dois anos. Mais tarde muda-se para França. Vive o Maio de 68 na capital francesa. No ano seguinte integra a produção francesa do musical "Hair", onde se mantém por dois anos. Em Paris priva com outros músicos portugueses, como Luís Cília e José Mário Branco. Sérgio Godinho ensaiava então as suas primeiras composições, na altura em francês.
Em 1971 participa no álbum de estreia a solo de José Mário Branco,
"Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades", como músico e como autor de
quatro das letras. Em 1971 faz a sua estreia discográfica com a edição
do EP "Romance de Um Dia na Estrada" e do seu primeiro longa-duração,
"Os Sobreviventes". Três dias após a sua edição é interditado, depois
autorizado, depois novamente interditado. O disco é eleito "Melhor
Disco do Ano" e Godinho recebe o prémio da Imprensa para "Melhor Autor
do Ano".
Em 1972, Sérgio apresenta um novo álbum, "Pré-Histórias", que inclui um dos temas mais emblemáticos da sua carreira: "A Noite Passada". Colabora como letrista no álbum "Margem de Certa Maneira" de José Mário Branco.
Em 1973 muda-se para o Canadá, onde casa com Shila, colega na companhia de teatro The Living Theatre. Integra a companhia de teatro Génesis. Estabelece-se numa comunidade hippie em Vancouver, e é aqui que recebe a notícia da revolução do 25 de abril, que o leva a regressar a Portugal. Já em terras lusitanas, edita o álbum À queima-roupa (1974) um sucesso que o faz correr o país, atuando em manifestações populares, frequentes no pós 25 de abril.
Tendo regressado a Portugal após a revolução democrática do 25 de abril
de 1974, Sérgio Godinho tornou-se autor de algumas das canções mais
unanimemente aclamadas da música portuguesa - "Com Um Brilhozinho Nos Olhos", "O Primeiro Dia", "É Terça-Feira", apenas para citar três.
Em 1975 participa, com José Mário Branco e Fausto, na banda sonora do filme de Luís Galvão Teles, "A Confederação". No ano seguinte escreve a canção-tema do filme de José Fonseca e Costa "Os Demónios de Alcácer Quibir", onde participa como ator. O tema viria a ser incluído no seu novo álbum, "De Pequenino se Torce o Destino" (1976).
Em 1977 colabora em dois temas da banda sonora do filme "Nós Por Cá Todos Bem", realizado por Fernando Lopes. O seu quinto álbum de originais, "Pano-cru",
é editado no ano seguinte. Em 1979 é editado o álbum "Campolide". O
disco viria a ser premiado com o "Prémio da Crítica Música & Som"
para melhor álbum de música portuguesa desse ano.
Em 1980 volta a colaborar com o realizador José Fonseca e Costa, desta vez no clássico do cinema português, "Kilas, o Mau da Fita". O álbum com a banda sonora do filme é editado nesse mesmo ano. "Canto da Boca", novo álbum de originais, é também editado em 80, tendo recebido o prémio de "Melhor Disco Português do Ano", atribuído pela Casa da Imprensa e, ainda, o Sete de Ouro para o "Melhor Cantor Português do Ano".
Em 1983, no seu álbum "Coincidências", incluiu temas compostos em
parceria com alguns dos mais reputados músicos brasileiros - nomes como Chico Buarque, Ivan Lins ou Milton Nascimento - algo até então inédito na produção musical portuguesa.
Nos seis anos que se seguiram, Sérgio Godinho gravou mais três álbuns
de originais - "Salão de Festas", "Na Vida Real" e "Aos Amores". Foi
também editada a coletânea "Era Uma Vez Um Rapaz" (1985) e o álbum para
crianças "Sérgio Godinho Canta com os Amigos do Gaspar" (1988).
Em 1990 apresentou o espetáculo "Sérgio Godinho, Escritor de Canções",
onde revisitou as suas músicas sob uma nova perspetiva - apenas dois
músicos acompanhantes e num auditório mais pequeno, neste caso o
Instituto Franco-Português, onde fez 20 espetáculos de grande êxito.
Desses espetáculos saiu o álbum ao vivo "Escritor de Canções".
Foi autor da série "Luz na Sombra", exibida pela RTP 2 no verão de
1991, onde abordou seis programas sobre algumas das profissões menos
conhecidas do mundo da música: letristas, técnicos de som, produtores,
etc. Em 1992 realizou três filmes de ficção, de meia hora cada, com
argumento e música igualmente seus. Estes filmes, com o título genérico
de "Ultimactos", foram produzidos para a RTP, que os exibiu em 1994.
Escreveu ainda "O Pequeno Livro dos Medos", obra infanto-juvenil, que também ilustrou.
Voltou à música em 1993 com o disco "Tinta Permanente" e o espetáculo
"A Face Visível", ambos merecedores dos maiores elogios da crítica e do
público.
Em novembro de 1995 é editado o disco "Noites Passadas", que foi
gravado ao vivo em três espetáculos realizados no Teatro S. Luiz, em
novembro de 1993, e no Coliseu de Lisboa, em novembro de 1994. Neste ano
de 1995, Sérgio Godinho é convidado por Manuel Faria a participar na compilação de Natal "Espanta Espíritos" com o tema original "Apenas um Irmão" em dueto com PacMan (vocalista da banda Da Weasel).
Em junho de 1997 é editado o disco "Domingo no Mundo",
disco que conta com a participação de músicos e arranjadores de
diferentes áreas musicais: (Pop, Rock, Popular, Erudita e Jazz). O disco
foi apresentado com enorme êxito no teatro Rivoli do Porto e no
Coliseu de Lisboa, nos espetáculos de nome "Godinho no mundo".
Em 1998 foi editado o álbum "Rivolitz", gravado ao vivo nos espetáculos do Teatro Rivoli e no Ritz Clube, em Lisboa.
Em 2000 Sérgio Godinho volta com o disco “Lupa”, com dez canções originais e produção de Hélder Gonçalves e Nuno Rafael.
O disco é apresentado ao vivo, em novembro desse ano, com dois
espetáculos em Lisboa, no Centro Cultural de Belém, e um no Coliseu do
Porto, tendo os três concertos obtido um grande sucesso.
2001 é o ano dos 30 anos de carreira. O aniversário é marcado pelo
lançamento em 2001 de “Biografias do Amor”, uma colectânea de canções de
amor, e de “Afinidades”, uma gravação dos espetáculos em conjunto com
os Clã. Em 2003 é lançado o disco “Irmão do Meio” onde Sérgio Godinho
junta alguns amigos com quem partilha 15 canções. Entre muitos outros
artistas participam neste disco Camané, Da Weasel, Jorge Palma, Teresa Salgueiro, Tito Paris, Xutos e Pontapés e alguns grandes nomes da música popular brasileira.
Ligação Directa foi o álbum de originais que se seguiu. Editado a
23 de outubro de 2006, pôs termo a um interregno de seis anos durante o
qual o cantautor não produziu novos discos de originais. O álbum é
composto por 10 temas, todos da autoria de Sérgio Godinho, com exceção
de "O big-one da verdade", cuja música é de Hélder Gonçalves (dos Clã),
e de "O Ás da Negação", cuja música é de Nuno Rafael, que também foi
responsável pela produção e direcção musical do álbum, que contou ainda
com a participação de Manuela Azevedo, Hélder Gonçalves, Joana Manuel, Tomás Pimentel, Nuno Cunha, Jorge Ribeiro e Jorge Teixeira como músicos convidados.
Junta-se a José Mário Branco e Fausto para os concertos Três Cantos Ao Vivo em 2009.
Doze de setembro de 2011 marcou o seu regresso aos discos de originais, com Mútuo Consentimento.
Com o habitual grupo de músicos que o acompanham há vários anos (Os
Assessores) gravou 12 novas canções, que resultaram do seu método
habitual de composição: "Olhar à volta e ver o que se passa".
Em 2013, gravou o disco Caríssimas Canções que resultou de uma série de crónicas para o jornal Expresso e que também foi editado em livro. 2014 foi o ano de "Liberdade ao Vivo" e do livro de contos "Vidadupla" (Quetzal, 2014).
Juntou-se a Jorge Palma para uma digressão em conjunto que também deu origem a um disco.
"Coração Mais que Perfeito" (Quetzal, 2017) foi o nome do seu primeiro romance.[4]
"Eu o que faço é tentar contar coisas, falar de coisas, fazer
interrogações à minha maneira e saber que há pessoas que são tocadas por
isso", sublinhou o cantautor, aos 66 anos.
Essas interrogações são "contos de um instante", como canta numa das
canções do novo disco, e tanto podem falar de amor
("Intermitentemente"), como da situação do país e das incertezas do
presente ("Acesso Bloqueado").
Em 2018, com 72 anos, regressou com o disco de originais "Nação
Valente". As letras são todas da sua autoria, mas em apenas duas é
também autor da música: as restantes composições resultam de
colaborações com José Mário Branco, Hélder Gonçalves, Nuno Rafael, Pedro da Silva Martins e Filipe Raposo.
É autor de Grão da Mesma Mó, uma das 150 canções, que constam na antologia As Palavras das Canções, organizada por João Calixto, editada com o apoio da Sociedade Portuguesa de Autores.
Sir George Ivan Morrison (Belfast, 31 August 1945), known professionally as Van Morrison, is a Northern Irish singer-songwriter and multi-instrumentalist whose recording career spans six decades. He has won two Grammy Awards.
Morrison began performing as a teenager in the late 1950s, playing a
variety of instruments including guitar, harmonica, keyboards and
saxophone for various Irish showbands,
covering the popular hits of that time. Known as "Van the Man" to his
fans, Morrison rose to prominence in the mid-1960s as the lead singer of
the Northern Irish R&B band Them, with whom he wrote and recorded "Gloria", which became a garage band staple. His solo career started under the pop-hit oriented guidance of Bert Berns with the release of the hit single "Brown Eyed Girl" in 1967. After Berns's death, Warner Bros. Records bought Morrison's contract and allowed him three sessions to record Astral Weeks (1968). While initially a poor seller, the album has become regarded as a classic. Moondance
(1970) established Morrison as a major artist, and he built on his
reputation throughout the 1970s with a series of acclaimed albums and
live performances.
Much of Morrison's music is structured around the conventions of soul music and early rhythm and blues.
An equal part of his catalogue consists of lengthy, spiritually
inspired musical journeys that show the influence of Celtic tradition,
jazz and stream of consciousness narrative, such as the album Astral Weeks.
The two strains together are sometimes referred to as "Celtic soul",
and his music has been described as attaining "a kind of violent
transcendence".
Morrison's albums have performed well in Ireland and the UK, with
more than 40 reaching the UK top 40. He has scored top ten albums in
the UK in four consecutive decades, following the success of 2021's Latest Record Project, Volume 1. Eighteen of his albums
have reached the top 40 in the United States, twelve of them between
1997 and 2017. Since turning 70 in 2015, he has released – on average –
more than an album a year. He has received two Grammy Awards, the 1994 Brit Award for Outstanding Contribution to Music, the 2017 Americana Music Lifetime Achievement Award for Songwriting and has been inducted into both the Rock and Roll Hall of Fame and the Songwriters Hall of Fame. In 2016, he was knighted for services to the music industry and to tourism in Northern Ireland.