quarta-feira, janeiro 11, 2012

Steno nasceu há 374 anos


Nicolaus Steno (em dinamarquês: Niels Steensen ou Niels Stensen; latinizado como Nicolaus Stenonis) (Copenhaga, 11 de Janeiro de 1638 - Schwerin, 25 de Novembro de 1686) foi um dinamarquês pioneiro nos campos da anatomia e geologia .
No dia 11 de janeiro de 2012, o Google preparou um doodle especial para Nicolaus Steno.

Estudos iniciais
Após completar a sua educação universitária em Copenhaga, a sua cidade natal, viajou pela Europa; de facto, manter-se-ia em viagem durante o resto da sua vida. Na França, Itália e Países Baixos entrou em contacto com vários cientistas e médicos proeminentes, e graças à sua grande capacidade de observação em breve fez importantes descobertas. Numa altura em que os estudos científicos consistiam na leitura dos autores antigos, Steno foi suficientemente audaz como para confiar nas suas observações, mesmo quando estas diferiam das doutrinas tradicionalmente aceitas.
Inicialmente dedicou-se ao estudo da anatomia, focando o seu trabalho sobre o sistema muscular e na natureza da contracção muscular. Utilizou a geometria para mostrar que um músculo em contracção altera a sua forma mas não o seu volume.

Geologia
No entanto, em Outubro de 1666, dois pescadores capturaram um enorme tubarão, próximo da cidade de Livorno e o grão-duque Fernando mandou enviar a cabeça do animal a Steno. Este dissecou-a e publicou as suas descobertas em 1667. O exame dos dentes do tubarão mostrou que estes eram muito semelhantes a certos objectos chamados glossopetrae, ou pedras língua, encontrados em algumas rochas. Os autores antigos, como Plínio, o Velho, haviam sugerido que estas pedras haviam caído do céu ou da Lua. Outros eram da opinião, também ela antiga, de que os fósseis cresciam naturalmente nas rochas. Um contemporâneo de Steno, Athanasius Kircher, por exemplo, atribuía a existência de fósseis a uma virtude lapidificante dispersa por todo o corpo do geocosmo.
Por seu lado, Steno argumentou que os glossopetrae pareciam-se com dentes de tubarão, porque eram dentes de tubarão, provenientes das bocas de antigos tubarões, que haviam sido enterrados em lodo e areia que eram agora terra seca. Existiam diferenças de composição entre os glossopetrae e os dentes dos tubarões actuais, mas Steno argumentou que os fósseis podiam ter a sua composição química alterada sem que a sua forma se alterasse, através da teoria corpuscular da matéria.
O trabalho de Steno sobre os dentes de tubarão levou-o a questionar-se sobre a forma como um objecto sólido poderia se encontrado dentro de outro objecto sólido, como rocha ou uma camada rochosa. Os "corpos sólidos dentro de sólidos" que atraíram o interesse de Steno incluíam não apenas fósseis como hoje os definimos, mas também minerais, cristais, incrustações, veios, e mesmo camadas completas de rocha ou estratos. Os seus estudos geológicos foram publicados na obra Discurso prévio a uma dissertação sobre um corpo sólido contido naturalmente num sólido em 1669. Este trabalho seria aprofundado em 1772 por Jean-Baptiste Romé de l’Isle.
Steno não foi o primeiro a identificar os fósseis como sendo de organismos vivos. Os seus contemporâneos Robert Hooke e John Ray também defenderam este ponto de vista.
A Steno atribui-se definição da lei de sobreposição, e dos princípios de horizontalidade original, continuidade lateral: os três princípios básicos da estratigrafia.
Outro princípio, conhecido simplesmente por lei de Steno, diz que os ângulos entre faces correspondentes em cristais da mesma substância são os mesmos para todos os exemplares desta.

Religião
O seu modo de pensar era também importante no modo como via a religião. Criado na fé luterana, ainda assim não deixou de questionar os ensinamentos que recebeu, algo que se tornou importante quando contactou com o catolicismo enquanto estudava em Florença. Após estudos teológicos, decidiu que a Igreja Católica, e não a Igreja Luterana, era a autêntica igreja, e como consequência converteu-se ao catolicismo.
A sua conversão fez com que gradualmente Steno pusesse de lado os seus estudos científicos. Foi ordenado padre, e mais tarde bispo e enviado em trabalho de missão para o norte da Alemanha, região luterana. Trabalhou inicialmente na cidade de Hanover onde conheceu Gottfried Leibniz, mudando-se mais tarde para Hamburgo. Após vários anos de preenchidos com tarefas difíceis, morreria após muito sofrimento em Schwerin em 1686.
A sua vida e trabalho têm sido intensamente estudados, em particular desde finais do século XIX, e especialmente a sua piedade e virtude têm sido avaliadas com vista a uma eventual canonização. Em 1987 foi beatificado pelo Papa João Paulo II.

Hoje a Google homenageia o pai da Estratigrafia!


Google Doodle de 11.01.2012 - 374º aniversário de Nicolau Steno

terça-feira, janeiro 10, 2012

Downtown Train...


Downtown Train - Rod Stewart

Outside another yellow moon
has punched a hole in the night time mist
I climb through the window and down to the street
I'm shining like a new dime
The downtown trains are full
full of all them Brooklyn girls
They try so hard to break out of their little worlds

You wave your hand and they scatter like crows
They have nothing that'll ever capture your heart
They're just thorns without the rose
Be careful of them in the dark
Oh if I was the one you chose to be your only one
Oh baby can't you hear me now, can't you hear me now

Will I see you tonight on a downtown train
Every night, every night its just the same
On a downtown train

I know your window and I know its late
I know your stairs and your doorway
I walk down your street and past your gate
I stand by the light of the four way
and watch them as they fall, oh baby
They all having their heart attacks
They stay at the carnival
But they'll never win you back

Will I see you tonight on a downtown train
Every night, every night its just the same
You leave me lonely
Will I see you tonight on a downtown train
All my dreams, all my dreams fall like rain
On a downtown train

Will I see you tonight on a downtown train
Every night, every night its just the same

Will I see you tonight on a downtown train
All my dreams, all my dreams fall like rain
On a downtown train
On a downtown train
All my dreams fall like rain
On a downtown train

S. Gonçalo d'Amarante



Lineu morreu há 234 anos

Carolus Linnaeus, em português Carlos Lineu, e em sueco, após nobilitação Carl von Linné (Råshult, Kronoberg, 23 de maio de 1707 - Uppsala, 10 de janeiro de 1778) foi um botânico, zoólogo e médico sueco, criador da nomenclatura binomial e da classificação científica, sendo assim considerado o "pai da taxonomia moderna". Foi um dos fundadores da Academia Real das Ciências da Suécia. Lineu participou também no desenvolvimento da escala Celsius (então chamada centígrada) de temperatura, invertendo a escala que Anders Celsius havia proposto, que tinha 0° como ponto de ebulição da água e 100° como o ponto de fusão.
Lineu era o botânico mais reconhecido da sua época, sendo também conhecido pelos seus dotes literários. O filósofo suíço Jean-Jacques Rousseau enviou-lhe a mensagem: "Diga-lhe que não conheço maior homem no mundo"; o escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe escreveu: "Além de Shakespeare e Spinoza, não conheço ninguém entre os que já não se encontram entre nós que me tenha influenciado mais". O autor sueco August Strindberg escreveu: "Lineu era na realidade um poeta que por acaso se tornou um naturalista".
É ainda o cientista da área das ciências naturais mais famoso da Suécia e a sua figura pode ser encontrada nas actuais notas suecas de cem kronor.

Primeiros estudos
Lineu era o mais velho de cinco irmãos (três mulheres e um rapaz, Samuel) e o seu pai, Nils, era o vigário de Stenbrohult, em Kronoberg. Quando criança, Lineu foi criado para ser da Igreja, como seu pai e seu avô materno haviam sido, mas ele tinha muito pouco entusiasmo pela profissão. Nils passou, no entanto, o seu interesse em plantas para o seu filho. Em 1714, foi estudar para a escola primária em Växjö e passou para o ensino secundário em 1724. Os seus resultados escolares eram insuficientes para prosseguir estudos clérigos; no entanto, seu interesse em Botânica impressionou um médico de sua cidade, Johan Rothman, e Lineu foi então mandado para estudar Medicina na Universidade de Lund em 1727. Em Lund, instalou-se na casa do médico Kilian Stobaeus, de quem adquiriu conhecimentos em Medicina e ciências naturais.
Transferiu-se para a Universidade de Uppsala um ano depois. A sua estadia em Uppsala foi economicamente viável graças à intervenção do clérigo Olof Celsius (tio do cientista Anders Celsius), que o apresentou a Olof Rudbeck filho, professor de medicina na universidade; este acolheu Lineu na sua casa. Lineu tomou conhecimento também com o professor de medicina Lars Roberg.
Lineu passou os sete anos seguintes em Uppsala, interrompendo a estada apenas para as suas viagens à Lapónia (1732) e Dalarna (1734). Durante esse tempo, tomou contacto com uma obra de Sebastien Vaillant, Sermo de Structura Florum (Leiden, 1718), após o qual se convenceu que os estames e pistilos das flores seriam as bases para a classificação das plantas e ele escreveu um curto estudo sobre o assunto que lhe rendeu a posição de professor adjunto. Começou então a leccionar em 1730.
Em 1732, a Academia de Ciências de Uppsala cedeu todos os seus fundos para financiar a sua expedição para explorar a Lapónia, então praticamente desconhecida. O resultado dessa viagem foi o livro Flora lapponica, publicado em 1737. Durante sua viagem à Lapónia, Lineu conheceu e descreveu em seus diários um jogo tradicional da família tafl, o Tablut, sendo por esse motivo o Tablut o exemplo melhor documentado de toda essa família de jogos. Lineu iniciou a viagem, que durou cinco meses e em que percorreu mais de dois mil quilómetros, indo até Luleå e atravessando o sistema montanhoso interior até chegar à costa atlântica norueguesa, voltando depois pela mesma via e descendo pela costa do golfo da Bótnia na Finlândia; regressou então a Uppsala viajando através do arquipélago de Åland.
Tanto a viagem à Lapónia como a viagem a Dalarna, dois anos depois, tinham objectivos científicos, como o de inventariar recursos naturais de utilidade ao reino. Na viagem a Dalarna, Lineu fez-se acompanhar de um grupo de estudantes, que o assistiam nas suas saídas de campo e recebiam tutoria do seu professor.

Viagens na Europa
Depois disso, Lineu se mudou para os Países Baixos, em 1735, de modo a obter a qualificação necessária para a obtenção do grau de doutor. Era usual a ida de suecos para os Países Baixos desde meados do século XVII para obter doutoramentos, devido à influência cultural deste país na Suécia dessa época. Após apenas alguns dias na pequena universidade de Harderwijk, obteve o grau de doutor em medicina, com um trabalho sobre a malária. Conheceu Jan Frederick Gronovius e mostrou-lhe o rascunho de seu trabalho em Taxonomia, o "Systema Naturae". Nele, as desajeitadas descrições usadas anteriormente - physalis amno ramosissime ramis angulosis glabris foliis dentoserratis - haviam sido substituídas pelos concisos e hoje familiares nomes "Género-espécie" - Physalis angulata - e níveis superiores eram construídos de uma maneira simples e ordenada. Embora esse sistema, a nomenclatura binomial, tenha sido criado pelos irmãos Johann e Gaspard Bauhin, Lineu ficou a fama, por tê-la popularizado.
Lineu nomeou os taxa em formas que lhe pareciam pessoalmente do senso-comum, por exemplo, seres humanos são Homo sapiens (de "sapiência"), mas ele também descreveu uma segunda espécie humana, Homo troglodytes ("homem das cavernas", nome dado por ele ao chimpanzé, hoje em dia mais commumente colocado em outro género, Pan). A classe Mammalia foi nomeada por suas glândulas mamárias porque uma das definições de mamíferos é que eles amamentam seus filhotes.
Lineu permaneceu nos Países Baixos durante um ano, tendo ido então a Londres em 1736. Visitou a Universidade de Oxford e conheceu diversas personalidades da comunidade científica, como o médico Hans Sloane e os botânicos Philip Miller e Johann Jacob Dillenius. Após alguns meses, Lineu voltou a Amesterdão, onde continuou a impressão do seu livro Genera Plantarum, o ponto de partida para o seu sistema de taxonomia.
Em 1737, começou a trabalhar e estudar no jardim de George Clifford em Heemstede, na Holanda do Norte. Clifford coleccionou plantas de todo o mundo graças às suas ligações comerciais com mercadores holandeses e o seu jardim era famoso. Lineu descreveu o jardim na obra Hortus Cliffortianus. No ano seguinte, tendo concluído este trabalho, Lineu iniciou a sua viagem de regresso à Suécia: permaneceu em Leiden durante um ano, enquanto imprimiu a sua obra Classes Plantarum; viajou então até Paris, antes de navegar até Estocolmo.
Regresso à Suécia
Voltou à Suécia em 1738, onde praticou medicina (especializando-se no tratamento da sífilis) e leccionou em Estocolmo até ser nomeado professor em Uppsala em 1741. No jardim botânico da Universidade de Uppsala, Lineu organizou as plantas de acordo com o seu sistema de classificação, com a ajuda do arquitecto Carl Hårleman. O jardim botânico original de Lineu ainda pode ser visto em Uppsala. Ele também originou a prática de se usar os símbolos de ♂ - (lança e escudo - símbolo de Marte) e ♀ - (espelho de mão - símbolo de Vénus) como símbolos de macho e fêmea.
Fez depois mais três expedições a diversas partes da Suécia, pagas pelo Parlamento: em 1741 foi a Stora Alvaret, em Öland e a Gotland; em 1746 a Västergötland; e em 1749 à Escânia. Estas viagens tinham como motivação "a necessidade de explorar o próprio país" e as suas descrições seriam publicadas em sueco. O seu trabalho Systema naturae continuou a sofrer revisões que o fizeram crescer de uma pequena obra a um trabalho com vários volumes, à medida que as suas ideias se desenvolviam e ele recebia mais e mais espécimens animais e vegetais de diversos lugares do mundo. O seu orgulho no seu trabalho levou-a a afirmar "Deus creavit, Linnaeus disposuit" ("Deus criou, Lineu organizou", em latim). Essa sua percepção pessoal é evidente na capa do Systema naturae, em que é representado um homem dando nomes do sistema de Lineu a novas criaturas do Jardim do Éden.
Em 1739, Lineu se casou com Sara Lisa Moraea, filha de um médico, com quem havia noivado cinco anos. Do casamento nasceram sete filhos: Carolus, Elisabeth, Sara Magdalena, Lovisa, Sara Christina, Johannes e Sophie. Destes, só cinco chegaram à idade adulta, quatro raparigas e Carolus, o único a quem foi permitido estudar e formar-se em botânica. Nesse mesmo ano, Lineu co-fundou a Academia Real das Ciências da Suécia (Kungliga vetenskapsakademien). Ele conseguiu a cadeira de Medicina em Uppsala dois anos depois, logo a trocando pela cadeira de Botânica. Ele continuou a trabalhar em suas classificações, estendendo-as para o reino dos animais e dos minerais. A teoria da evolução ainda não existia, e Lineu estava apenas tentando categorizar o mundo natural de uma forma conveniente. Durante este período, Lineu tomou conta dos jardins botânicos da Universidade e foi por diversas vezes vice-chanceler desta, além de presidente da Academia Real que havia ajudado a fundar.
Em 1745, Lineu decidiu inverter a escala de Celsius, desenhando o termómetro da forma como é conhecido na actualidade: 0° correspondendo ao ponto de fusão do gelo e 100° ao ponto de ebulição da água (Anders Celsius havia inventado a escala, mas de forma invertida, com o ponto de ebulição mais baixo que o de fusão).
O rei Adolfo Frederico concedeu um título nobiliárquico a Lineu em 1757, tendo Lineu tomado o nome von Linné em 1761, e assinando frequentemente Carl Linné.

Últimos anos
Lineu continuou os seus estudos botânicos depois da obtenção do seu título nobre, tendo mantido correspondência com diversas personalidades de todo o mundo. Por exemplo, Catarina II da Rússia enviou-lhe sementes do seu país.
Os últimos anos de vida de Lineu foram afectados por problemas de saúde: sofria de gota e dores de dentes. Sofreu um primeiro acidente vascular cerebral em 1774 e um segundo um ano mais tarde, que inutilizou o lado direito do seu corpo. Faleceu em 10 de Janeiro de 1778, durante uma cerimónia religiosa na catedral de Uppsala, onde foi sepultado.
Após a sua morte, as colecções de Sinvaldo foram vendidas pela sua esposa a um inglês, Sir James Edward Smith, em 1784, sendo actualmente mantidas pela Linnean Society, em Londres.

Obras
Lineu escreveu as suas principais obras científicas em latim, mas os seus diários de viagem e cartas em sueco são considerados os seus melhores trabalhos do ponto de vista literário. Entre estes encontram-se os relatórios das viagens a Öland e Gotland (Öländska och Gothländska resor, 1745), a Västergötland (Wästgöta Resa, 1747) e à Escânia (Skånska resa, 1751).
Lineu enviou estudantes seus a diversos locais no mundo, incluíndo as Índias Orientais, China, Japão e Ártico; os jovens enviaram descrições de espécies animais e vegetais, além de amostras de espécimens, de volta. Alguns desses enviados não voltaram, tendo falecido de doenças ou em assaltos em zonas problemáticas, e sofrido problemas mentais e físicos que impossibilitaram o seu regresso à Suécia. No entanto, muitos dos relatórios chegaram a Lineu e este construiu e expandiu as suas principais obras científicas também com base nesses relatos.
No total, Lineu escreveu mais de setenta livros e trezentos artigos científicos. Algumas das suas obras científicas mais relevantes são:
Lineu concebeu a ideia de divisio et denominatio, "divisão e denominação", como forma de organizar os organismos vivos, algo que transparece na sua obra Systema naturae, considerado o ponto de partida da moderna nomenclatura binomial. Para as plantas, Lineu utilizou as características sexuais recentemente descobertas nestas. Os animais e minerais, os outros dois reinos do sistema "animal-vegetal-mineral" idealizado por Lineu, foram organizados pela sua aparência externa.
Orientou teses de estudantes na Universidade de Uppsala, supervisionando (e escrevendo grande parte de) 186 dissertações.
Lineu escreveu ainda quatro autobiografias, encaradas nessa época mais como curricula vitae do que como veículo de auto-elogio. O estilo descritivo poético de Lineu, em particular nos relatos das suas viagens, influenciou a literatura sueca do século XVIII, tendo este tipo de obra sido predominante na Suécia em particular na segunda metade do século. Os relatos das suas viagens são, por esta razão, os livros mais populares de Lineu na Suécia. Lineu empregou termos como "nicho" e "equilíbrio entre espécies" e descreveu a Natureza como "recheada de maravilhas e segredos", mostrando uma preocupação ecológica com alguns contornos modernos.

Hoje é dia de S. Gonçalo

São Gonçalo (O.P.) (também conhecido como São Gonçalo de Amarante; Arriconha, Tagilde, Vizela, 1187 - Amarante, 10 de Janeiro de 1259), eclesiástico português considerado beato pela Igreja Católica, gozando de grande devoção popular. Existem, em sua honra, as Festas de São Gonçalo. A forma correcta de o denominar é Beato Gonçalo de Amarante.
Nasceu Gonçalo de Amarante, da família dos Pereiras, no lugar de Arriconha, freguesia de Tagilde, próximo de Vizela, igualmente concelho de Vizela. Em Arriconha não falta, desde tempos imemoriais, a capela dedicada a São Gonçalo.
Os seus pais eram pessoas de nobre linhagem e deram ao seu filho uma esmerada educação cristã não só pela palavra como, sobretudo, pelos exemplos das suas virtudes cristãs.
Atingido o uso da razão, foi confiado a um douto e virtuoso sacerdote sob cuja direcção iniciou os seus estudos. Chamava a atenção a sua modéstia, a candura, o esforço em se aperfeiçoar na prática da vida cristã e os progressos que ia fazendo nos estudos. Entre outros foram estes os motivos principais que moveram o Arcebispo de Braga a admiti-lo, como seu familiar, e, sob os auspícios do Prelado, cursou as disciplinas eclesiásticas, vindo a ser ordenado sacerdote e nomeado Pároco da freguesia de São Paio (ou São Pelágio) de Riba-Vizela, apesar da sua humildade e resistência.
No desempenho do seu múnus pastoral começou a brilhar na prática das virtudes, sobressaindo no zelo apostólico, na castidade e na prática das obras de misericórdia para com os pobres, gastando a maior parte dos rendimentos da paróquia em aliviar as suas necessidades materiais, sem esquecer as necessidades espirituais do seu rebanho, prodigalizando a todos amor e consolação.
Alimentava, no seu coração, um desejo ardente de visitar os túmulos dos apóstolos São Pedro e São Paulo e os lugares santos da Palestina a fim de melhor viver as mistérios cristãos. Obtida a licença do seu bispo, deixou os seus paroquianos ao cuidado dum sobrinho sacerdote e peregrinou: primeiro, a Roma, donde passou a Jerusalém e demais terras da Palestina, onde se demorou catorze anos. Entretanto, começou a sentir certo remorso por tão longo abandono da sua paróquia, avivaram-se as saudades da pátria e dos seus filhos espirituais e veio-lhe, ao íntimo, o pressentimento dos males espirituais de que padeciam, provocados por tão longa ausência e possível falta de zelo de seu sobrinho. Foram motivos mais que suficientes para regressar, apesar dos inumeráveis incómodos e perigos que a viagem supunha.
O seu sobrinho, além de o não aceitar e não reconhecer como verdadeiro e legítimo pároco, escorraçou-o de casa e conseguiu, mediante documentos falsos, provar ao Arcebispo D. Silvestre Godinho que Gonçalo morrera e ser nomeado pároco da freguesia.
Resignado com semelhante atitude, deixou S. Paio de Riba-Vizela e foi-se pregando o Evangelho por aquelas terras até à margem do Tâmega, vindo a encontrar o lugar onde hoje é a cidade de Amarante, então sítio inculto e quase despovoado, mas apto para a vida eremítica. Construiu uma pequena ermida que dedicou a Nossa Senhora da Assunção, nela se recolheu, saindo, de vez em quando, a pregar nos arredores e consagrando o tempo que lhe sobrava à oração e à penitência.
Sentia, no entanto, necessidade de encontrar um caminho mais seguro em ordem a alcançar a glória eterna. Jejuou uma Quaresma inteira a pão e água e suplicou fervorosamente a Nossa Senhora lhe alcançasse do Senhor esta graça… Diz-se que a Virgem Maria lhe apareceu e lhe disse procurasse a Ordem em que iniciavam o seu Ofício com a Saudação angélica ou Ave-Maria. Essa Ordem era a dos Pregadores ou Dominicanos.
Encaminhou-se para o Convento de Guimarães da Ordem dos Pregadores, recentemente fundado por São Pedro González Telmo, grande apóstolo da região de Entre-Douro e Minho, o qual lhe deu o hábito e, uma vez feito o noviciado, ao modo daquele tempo, o admitiu à profissão religiosa e, depois de algum tempo lhe deu licença para, com um outro religioso, voltar para o seu eremitério de Amarante, continuando a sua vida evangélica e caritativa.
Com o seu ministério operou muitas conversões, levou o povo à prática duma autêntica vida cristã, sem esquecer de os promover socialmente em muitos aspectos. Sobressai neste particular a construção de uma ponte em granito sobre o rio Tâmega, angariando pessoalmente donativos em terras circunvizinhas e levando os moradores mais abastados a darem ajuda vultosa para assim pagarem aos operários.
O povo atribui-lhe muitos milagres, mesmo de ordem material, desde o começo até terminar a construção da referida ponte.
Concluída a ponte, S. Gonçalo viveu ainda alguns anos dedicado à pregação e à vida de oração, enriquecendo-se de virtudes e merecimentos. Reza a tradição que Nossa Senhora lhe revelou o dia da sua santa morte para a qual se preparou com a recepção dos Sacramentos da Igreja. Descansou santamente no Senhor, a 10 de Janeiro de 1262. O seu venerado corpo, após a celebração das solenes exéquias por sua alma, foi sepultado na referida ermida, continuando a efectuar-se muitos milagres, atribuídos à sua intercessão.
Mais tarde, a ermida primitiva construída por S. Gonçalo foi ampliada em igreja. Sobre esta, em 1540, D. João III mandou erguer o sumptuoso templo e convento que ainda hoje existem e que são monumento histórico da cidade de Amarante de que S. Gonçalo pode muito bem ser considerado segundo fundador.
Efectuaram-se três Processos canónicos em ordem à Beatificação e Canonização de S. Gonçalo, o último dos quais foi levado a cabo por D. Rodrigo Pinheiro, Bispo do Porto, por comissão do Papa Pio IV (1561). A instâncias de EI-Rei D. Sebastião, do Arcebispo de Braga, da Ordem dos Pregadores, do Cardeal D. Henrique e da população de Amarante, a sentença de Beatificação foi promulgada a 16 de Setembro de 1561 pelo representante da Sé Apostólica, confirmando-se a concessão de lhe tributar culto público permitido antes pelo Papa Júlio III (1551).
Mais tarde, o Papa Clemente X, em 10 de Julho de 1671, estendeu a toda a Ordem dos Pregadores e a todo o reino de Portugal a concessão de honrarem este glorioso Santo, um dos santos mais populares de Norte a Sul do País, especialmente no Norte, com Missa e Ofício litúrgicos próprios. O seu culto espalhou-se pelos domínios ultramarinos de Portugal, chegando à Índia e ao Brasil, como o confirma um longo e engenhoso sermão do Padre António Vieira sobre S. Gonçalo. É celebrado a 10 de Janeiro.
Tornou-se o santo patrono da cidade de Amarante, onde faleceu, e ainda das cidades de São Gonçalo do Amarante nos estados brasileiros do Rio Grande do Norte e do Ceará (nessas cidades homónimas também o padroeiro permaneceu idêntico).
É, no entanto, importante salientar que Gonçalo de Amarante, apesar de chamado Santo pelo povo, na verdade é apenas Beato, porque o processo de canonização nunca foi levado a bom termo, ao contrário da sua beatificação. Deste modo, a forma correcta de o denominar é Beato Gonçalo de Amarante, o que é atestado pelos calendários litúrgicos portugueses.
Os moradores do Bairro da Beira Mar, na freguesia da Vera Cruz, em Aveiro, tratam, carinhosamente, São Gonçalo de Amarante por São Gonçalinho. A capela existente neste bairro aveirense em honra deste santo é conhecida como Capela de São Gonçalinho.
Em várias cidades do Brasil, como Cajari, Matinha e Viana, no Maranhão, e Cuiabá, em Mato Grosso, também festejam com devoção São Gonçalo de Amarante, com uma dança folclórica, o Baile de São Gonçalo.

Spallanzani nasceu há 283 anos

Lazzaro Spallanzani, italiano (Scandiano, 10 de Janeiro de 1729 - Pavia, 12 de Fevereiro de 1799) foi um padre, fisiologista e um estudioso das ciências naturais. Educado num colégio de jesuítas, Spallanzani abandonou os seus estudos em Direito na Universidade de Bolonha para se dedicar à ciência. O seu trabalho centrou-se na investigação da teoria da geração espontânea. Com suas experiências, Spallanzani mostrou que os micróbios movem-se pelo ar e que podem ser eliminados por fervura.
Seu intuito era derrubar as ideias de John Needham, que, através de suas experiências, havia "comprovado" que a vida poderia surgir espontaneamente de um caldo nutritivo, colocado em um recipiente vedado e aquecido até sua fervura. O problema do experimento de Needham eram os recipientes, que não foram bem vedados, permitindo a entrada de microorganismos e a contaminação do caldo nutritivo, e uma fervura branda, que possivelmente não haveria matado todos os microrganismos que já estavam no caldo nutritivo. Spallanzani mostra que com os recipientes vedados de outra maneira mais eficiente e realizando a fervura por mais tempo, a vida não surge espontaneamente.
Porém Needham retorquiu afirmando que com aquela fervura Spallanzani havia acabado com o ar dos recipientes, impossibilitando o surgimento da vida. Realmente a experiência acabava com o oxigénio dos frascos. A controvérsia só veio a ser esclarecida mais tarde, com as descobertas de Louis Pasteur.
Além disso, aprofundou os estudos de René-Antoine Reaumur, ao demonstrar que o suco gástrico era um factor decisivo na digestão. Obteve suco gástrico fazendo um animal engolir um tubo atado a um fio para posteriormente o retirar cheio do suco digestivo. Com este suco realizava experiências sobre a digestão no estômago. Para assegurar as condições correctas de temperatura, mantinha os tubos de ensaio nas suas axilas, dispensando assim a necessidade de um termostato (que não existia na altura). Também fez experiências com animais, fazendo com que estes engolissem pedaços de carne presos por fios, que depois recuperava para observar a progressão da disgestão, assim como os fazia engolir objectos metálicos. Também estudou o fenómeno nele próprio, engolindo, numa das vezes, uma saqueta de tela contendo pão e carne. Deixou ficar a saqueta durante 2 dias, retirando-a repetidamente para verificar a evolução da digestão. Concluíu que, ao fim de 18 horas, a carne era completamente digerida mas o pão ficava intacto.

O astrónomo Simon Marius nasceu há 439 anos

Simon Marius (10 de janeiro de 1573 a 26 de dezembro de 1624) foi um astrónomo alemão.
Em 1614 Marius publicou a obra Mundus Iovalis, descrevendo o planeta Júpiter e suas luas. Na obra, afirmou ter descoberto as quatro maiores luas de Júpiter dias antes de Galileu. Tal afirmação deu início a uma disputa com Galileu. Considera-se possível que Marius tenha descoberto as luas de Júpiter independentemente, mas pelo menos alguns dias depois que Galileu; se tal afirmação for verdadeira, Marius seria a única pessoa que observou as luas no período anterior à publicação das observações de Galileu. Independente desta questão, os nomes mitológicos pelos quais estas luas são conhecidas atualmente (Io, Europa, Ganímedes e Calisto) são aqueles dados por Marius.
Simon Marius também afirmava ser o descobridor da Nebulosa de Andrómeda, que na realidade já era conhecida desde a Idade Média por astrónomos árabes.

O filme Metrópolis foi lançado há 85 anos

Metrópolis (título original: Metropolis) é um filme alemão de ficção científica produzido em 1927, realizado pelo cineasta austríaco Fritz Lang. Foi, à época, a mais cara produção até então filmada na Europa, e é considerado por especialistas um dos grandes expoentes do expressionismo alemão. O roteiro, baseado em romance de Thea von Harbou, foi escrito por ela, em parceria com Lang. Em 2008 foram reencontrados, na Argentina, 30 minutos de metragem deste clássico. Tal parte será restaurada e acrescentada à versão conhecida. Na Berlinale 2010, o filme teve, 83 anos depois, a sua segunda estreia mundial.

Curiosidades





Rod Stewart - 67 anos

Roderick David Stewart, conhecido como Rod Stewart, (Highgate, Londres, 10 de janeiro de 1945) é um cantor e compositor britânico, com ascendência escocesa.
Conhecido por sua voz áspera e rouca, Rod Stewart começou a ficar conhecido no final dos anos 60 quando participou da Jeff Beck Group e depois juntou-se ao The Faces, iniciando paralelamente sua carreira solo que já dura cinco décadas.
Ao longo de sua carreira, Rod atingiu várias vezes os tops de sucesso, principalmente no Reino Unido, onde ele atingiu o primeiro lugar com seis álbuns e por 24 vezes ficou entre o top 10 e seis vezes na posição número 1 entre as músicas mais executadas, e 9 vezes nº1 a nível mundial. É estimado que Rod Stewart tenha vendido mais de de 200 milhões de álbuns, embora haja outras fontes que afirmem 250 milhões de cópias. Tem hits como "Maggie May", "I Don't Want to Talk About it", "I Was Only Joking", "Sailling", "This old Heart of Mine", "Tonight The Night", "Hot Legs", "You're in My Heart", "Da Ya Think I'm Sexy?", "Tonight I'm Yours (Don't Hurt me)", "Young Turks", "Passion", "Baby Jane", "What Am I Gonna Do (I'm So In Love With you)", "Forever Young","My Heart Can´t Tell You No" e "Crazy About Her". Rod é o 23º na lista de melhores artistas da história e 17º na de mais bem sucedidos de todos os tempos. Com 2 Grammy vencidos tornou uma das figuras mais irreverentes do mundo.
Sua canção mais vendida foi o hit "Da Ya Think I'm Sexy?" de 1978 que atingiu o numero 1 em praticamente todos os países e vendeu mais de 4 milhões em todo mundo.


I don't want to talk about it - Rod Stewart

I can tell by your eyes that youve probbly been cryin forever,
And the stars in the sky don't mean nothin to you, they're a mirror.
I don't want to talk about it, how you broke my heart.
If I stay here just a little bit longer,
If I stay here, wont you listen to my heart, whoa, heart?

If I stand all alone, will the shadow hide the color of my heart;
Blue for the tears, black for the nights fears.
The star in the sky don't mean nothin to you, they're a mirror.
I don't want to talk about it, how you broke my heart.
If I stay here just a little bit longer,
If I stay here, wont you listen to my heart, whoa, heart?
I don't want to talk about it, how you broke this ol heart.

If I stay here just a little bit longer,
If I stay here, wont you listen to my heart, whoa, heart?
My heart, whoa, heart.

A poetisa Gabriela Mistral morreu há 55 anos

Gabriela Mistral, pseudónimo escolhido de Lucila de María del Perpetuo Socorro Godoy Alcayaga (Vicuña, 7 de abril de 1889 - Nova Iorque, 10 de janeiro de 1957), foi uma poetisa, educadora, diplomata e feminista chilena.
Foi agraciada com o Nobel de Literatura de 1945.
Os temas centrais nos seus poemas são o amor, o amor de mãe, memórias pessoais dolorosas e mágoa e recuperação. Lucíla nasceu na cidade de Vicuña, Chile, em 7 de abril de 1889. Seu pai abandonou a família quando Lucíla completou três anos de idade. A mãe de Lucila faleceu no ano de 1929 e a escritora lhe dedicou a primeira parte de seu livro Tala, a que chamou: Muerte de mi Madre. Educada em sua cidade natal, começou a trabalhar como professora primária (1904) e ganhou renome ao vencer os Juegos Florales de Santiago (1914) com Sonetos de La muerte, sob o pseudónimo de Gabriela Mistral, cuja escolha deu-se em homenagem aos seus poetas prediletos: o italiano Gabriele D'Annunzio e o provençal Frédéric Mistral.
Em 1922 é convidada pelo Ministério da Educação do México a trabalhar nos planos de reforma educacional daquele país. O Prémio Nobel transformou-a em figura de destaque na literatura internacional e a levou a viajar por todo o mundo e representar seu país em comissões culturais das Nações Unidas, até falecer em Hempstead, estado de Nova Iorque, nos Estados Unidos.
A notoriedade a obrigou a abandonar o ensino para desempenhar diversos cargos diplomáticos na Europa. Tida como um exemplo de honestidade moral e intelectual e movida por um profundo sentimento religioso, a tragédia do suicídio do noivo (1907) marcou toda a sua poesia com um forte sentimento de carinho maternal, principalmente nos seus poemas em relação às crianças. Em sua obra aparecem como temas recorrentes: o amor pelos humildes, um interesse mais amplo por toda a humanidade.

Balada


Él pasó con otra;
yo le vi pasar.
Siempre dulce el viento
y el camino en paz.
¡Y estos ojos míseros
le vieron pasar!


Él va amando a otra
por la tierra en flor.
Ha abierto el espino;
pasa una canción.
¡Y él va amando a otra
por la tierra en flor!


El besó a la otra
a orillas del mar;
resbaló en las olas
la luna de azahar.
¡Y no untó mi sangre
la extensión del mar!


El irá con otra
por la eternidad.
Habrá cielos dulces.
(Dios quiera callar.)
¡Y él irá con otra
por la eternidad!

Há 2060 anos César atravessou o Rubicão

Rubicão (Rubico, em latim; Rubicone, em italiano) é o antigo nome latino de um riacho no norte da Península Itálica. Na época romana, corria para o Mar Adriático entre Ariminum (atual Rimini) e Cesena. A identidade moderna do rio é discutida, mas alguns o identificam como o rio Pisciatello, na Província de Forlì-Cesena.
O rio ficou conhecido pelo fato de que o direito romano no período da República proibia qualquer general romano de atravessá-lo acompanhado de suas tropas, retornando de campanhas ao norte de Roma.
Tal medida visava impedir que os generais manobrassem grandes contigentes de tropas no núcleo do Império Romano, evitando riscos à estabilidade do poder central. O curso d´água marcava então a divisão entre a província da Gália Cisalpina e o território da cidade de Roma (posteriormente, a província da Itália).
Quando Júlio César atravessou o Rubicão, em 49 a.C., presumivelmente em 10 de janeiro do calendário romano, em perseguição a Pompeu, violou a lei e tornou inevitável o conflito armado. Segundo Suetônio, César teria então proferido a famosa frase Alea jacta est ("a sorte está lançada" ou "os dados estão lançados"). O mesmo autor também descreve como César parecia indeciso ao se aproximar do rio e atribui a decisão de atravessar a uma aparição sobrenatural.
A frase "atravessar o Rubicão" passou a ser usada para referir-se a qualquer pessoa que tome uma decisão arriscada de maneira irrevogável, sem volta.

Há 50 anos um grande deslizamento matou milhares de pessoas no Peru

(a) vista aérea de los depósitos de aluvión sobre los sitios de Yungay y Ranrahirca (zonas mas claras). (b) aluvión que afectó principalmente a Ranrahirca en 1962

10 de Enero de 1962: Se produjo un alud a las 06:05 p.m., por desprendimiento de una enorme cornisa de hielo desde el pico norte del Monte Huascarán. La masa de hielo recorrió 16 km a la velocidad de 120 km/h. Desaparecieron 4.000 habitantes y fueron borrados del mapa los pueblos de Ranrahirca, Shacsha, Huarascucho, Yanama Chico, Armapampa y Uchucoto. En esa oportunidad el alud pasó a un kilómetro y medio al sur de la antigua ciudad de Yungay y a un Km. al norte de la Ciudad de Mancos.
Antes de éste alud la Ciudad de Yungay era ya una metrópoli conformada por los Distritos de Mancos (al sur), Ranrahirca (al centro) y Yungay (al norte), unidos físicamente por una sola avenida de extremo a extremo, es decir se podía caminar por una calle desde el extremo sur de Mancos hasta el extremo Norte de Yungay, confluyendo a este eje, en forma transversal. los Distritos de Yanama, Quillo, Matacoto, Cascapara y Shupluy. Este cordón umbilical también unía a su gente y sus costumbres desarrollando en ellos, a través de cientos de años, un ideal común. Según el Censo de 1961 la Provincia tenia 36,063  habitantes, registrándose en Yungay 15,210 habitantes, Ranrahirca 2,456 habitantes y Mancos 4,500 habitantes.
Después del alud de 1962 una ola de cientos de inmigrantes llegaron a Yungay desde distintos pueblos y provincias cercanas porque lo consideraban "La ciudad mas segura del Callejón de Huaylas" . La Provincia realizo un enorme esfuerzo autofinanciando la ampliación de la infraestructura y servicios para los nuevos vecinos y cuando recién se reponía del alud del 1962, sucedió el sismo alud del 1970.

segunda-feira, janeiro 09, 2012

Luísa Todi nasceu há 259 anos

Luísa Rosa de Aguiar (Setúbal, 9 de Janeiro de 1753 - Lisboa, 1 de Outubro de 1833), Luísa Rosa de Aguiar Todi pelo casamento, foi uma cantora lírica portuguesa.
Filha de um professor de música e instrumentista, em 1765 já se encontrava a viver em Lisboa.
Luísa começou a sua carreira pelo teatro musical, aos catorze anos, no Teatro do Conde de Soure, no Tartufo, de Molière. Com a sua irmã, Cecília Rosa, cantou em óperas cómicas.
Casou, em 28 de Julho de 1769, com o violinista napolitano e seu grande admirador, Francesco Saverio Todi que lhe deu o apelido e a fez aprender canto com o compositor David Perez, muito conceituado mestre de capela da corte portuguesa. Ao marido deveu o aperfeiçoamento e a dimensão internacional que a levariam a todas as cortes da Europa, como cantora lírica.
Estreou-se em 1771 na corte portuguesa de D. Maria I e cantou no Porto entre 1772 e 1777.
Em 1777 parte para Londres para actuar no King's Theatre, sem particular aplauso por parte dos ingleses.
Em 1778 está em Paris e Versalhes. Em 1780 é aclamada em Turim, no Teatro Régio, tendo assinado um contrato como prima-dona, e em 1780 era já considerada pela crítica como uma das melhores vozes de sempre.
Brilhou na Áustria, na Alemanha e na Rússia. Veio a Portugal em 1783 para cantar na corte portuguesa. Regressou a Paris, tendo ficado célebre o «duelo» com outra cantora famosa, Gertrud Elisabeth Mara, que dividiu a crítica e o público entre todistas e maratistas.
Convidada, parte com o marido e filhos para a corte de Catarina II da Rússia, em São Petersburgo (1784 a 1788), que a presenteou com jóias fabulosas. Em agradecimento o casal Todi escreveu para a imperatriz a ópera Pollinia. Berlim aplaudiu-a quando ia a caminho da Rússia e, no regresso, Luísa Todi foi convidada por Frederico Guilherme II da Prússia, que lhe deu aposentos no palácio real, carruagem e os seus próprios cozinheiros, sem falar do principesco contrato, tendo ali permanecido de 1787 a 1789.
Diversas cidades alemãs a aplaudiram como Mogúncia, Hanôver e Bona, onde Beethoven a terá ouvido. Cantou ainda em Veneza, Génova, Pádua, Bérgamo e Turim.
De 1792 a 1796 encantou os madrilenos novamente.
Em 1793 vem à corte de Lisboa por ocasião do baptizado de mais uma filha do herdeiro do trono, o futuro D. João VI, casado com D. Carlota Joaquina. A cantora precisou de uma autorização especial para cantar em público, o que era então proibido às mulheres, numa corte pouco esclarecida como a de D. Maria I.
Em 1799 terminou a sua carreira internacional em Nápoles.