sábado, março 19, 2011

Um patético estertor de um governo já em decomposição

(imagem daqui)




É preciso abrir as janelas para deixar sair o ar contaminado


Ao fim de seis anos o país não está só economicamente arruinado, começa também a estar moralmente corrompido

Primeiro que tudo é bom sabermos onde estamos. E onde estamos é simples de definir: não há memória de um governo ter conduzido o país a uma situação tão desesperada. Nunca, nos últimos 160 anos, a dívida pública, em percentagem do PIB, foi tão elevada. E a dívida externa é a maior dos últimos 120 anos, isto é, a maior desde que o país declarou bancarrota em 1892. Nunca, nos últimos 80 anos, o crescimento potencial da economia foi tão baixo (temos de regressar aos anos da I Guerra para vermos números tão maus). Nunca o desemprego foi tão elevado, nunca houve tantos desempregados de longa duração, nem tantos desempregados qualificados. E desde o início da década de 1970 que não se emigrava tanto, e só o rápido aumento do número dos que abandonam Portugal tem evitado uma taxa de desemprego ainda mais estrastrosférica. Tudo isto sucede depois de vários anos a divergir, de novo, da Europa e de, na “década perdida” de 2000-2010, Portugal ter sido o terceiro país do mundo crescer menos.

Convém ter estes dados bem presentes sempre que nos vêm com a ladainha da “crise internacional”: esta só agravou o que já estava muito mal, esta só permitiu a acumulação de novos erros (como os dos orçamentos eleitoralistas de 2008 e 2009). É por isso que, ao contrário do que sugere José Sócrates (repetiu-o na entrevista à SIC), não é verdade que “o que se passa no nosso país passa-se nos outros países europeus”, pois não há dificuldades semelhantes na Alemanha, na Holanda, na Áustria, na Dinamarca, na Suécia. A situação de Portugal só tem comparação com a da Grécia, em parte com a da Irlanda, e lá, como cá, tem a mesma justificação: governos irresponsáveis que fragilizaram os respectivos países ao ponto de estes ficarem à beira da bancarrota, quando estalou a crise internacional. Mas se esta não tivesse chegado, as crises grega, irlandesa e portuguesa não deixariam de ocorrer: estavam escritas nas estrelas da desgovernação.

O facto de existirem governos maus ou muito maus não é, em democracia, razão suficiente para se interromperem ciclos políticos. Mas já é se esses governos colocarem em causa aquilo que a nossa Constituição define como “regular funcionamento das instituições”. Ora Portugal foi conduzido a um desses impasses por obra e graça da actual maioria e do seu chefe, um José Sócrates que tem da democracia uma visão instrumental em tudo semelhante à dos líderes autoritários. Isso voltou a ficar patente nos últimos dias, em que construiu mais uma teia de mentiras e de logros que um PS amestrado se tem apressado a repetir.

A primeira mentira é que Portugal não precisa de ajuda externa. Não só precisa, como já está a recebê-la. Se não fosse o Banco Central Europeu a emprestar aos bancos portugueses, estes já teriam secado. Se o mesmo BCE não tivesse andado a comprar títulos da dívida portuguesa no mercado secundário, esta não estaria entre os sete e os oito por cento, mas muito acima, talvez acima da Irlanda.

A segunda mentira é que Portugal não negociou o apoio externo, porque não o pediu. Na verdade, foi exactamente isso que o Governo português esteve a fazer nas últimas semanas, e, se não chegaram a Lisboa os senhores do FMI, estiveram por aí técnicos da Comissão Europeia e do BCE. Foram-se esses técnicos que se foram embora poucas horas antes de Teixeira dos Santos anunciar o PEC IV.

A terceira mentira é que Portugal decidiu “antecipar-se” e apresentar o PEC IV na cimeira de sexta-feira. Não foi isso que aconteceu. O que aconteceu foi que a missão da Comissão e do BCE detectaram um buraco nas contas de 2011 e preparavam-se para o reportar ao Eurogrupo. Foi para evitar que isso sucedesse que Sócrates se precipitou. Tudo porque, como reconheceu na SIC, os cenários macroeconómicos do Banco de Portugal, do BCE e da Comissão “não eram tão bons” como os do Governo. Pois não: eram apenas realistas.

A quarta mentira é que o Governo está disposto a negociar as medidas, tal como esteve disposto a negociar uma coligação em 2009. Só que o que então foi uma farsa encenada é agora uma tragédia pontuada por proclamações grandiloquentes. Sócrates não quis negociar nessa altura, como tentou sabotar a negociação do Orçamento do Estado, como não quer negociar agora. Primeiro porque, como se assinala nos telegramas do WikiLeaks, não sabe partilhar o poder, nem sabe negociar. Depois, porque não suportaria ter de voltar a ceder ao PSD e ver este partido reivindicar pequenas vitórias. Finalmente, porque teme que por cada semana que passe seja maior a irritação do eleitorado e maior o futuro desastre eleitoral. Como sempre, é calculista.

A quinta mentira é que Portugal ficaria pior, se recorresse formalmente à ajuda externa. Porém, não ficaria pior nos juros que é obrigado a pagar, pois tanto a Grécia como a Irlanda já estão a pagar juros mais baixos. Também não é certo que ficasse pior nas medidas a tomar, pois Portugal já adoptou um ritmo de consolidação orçamental mais rápido do que o exigido a esses países. Por fim é até provável que ficasse melhor, pois não andaria de PEC em PEC e teria uma política mais coerente e não feita de ilusões entremeadas com sobressaltos.

A sexta e maior mentira de todas é a de que o nosso problema é a confiança dos mercados. Não é: o nosso maior problema é a incapacidade da nossa economia de crescer. Os mercados pedem juros mais elevados porque sabem que, continuando a crescer ao ritmo anémico da última década, Portugal não terá qualquer hipótese de pagar os juros da dívida, quanto mais de começar a amortizá-la. Os mercados sabem que emprestar a Portugal é muito mais arriscado do que emprestar à Alemanha, ou à Holanda, ou à República Checa, e não custa perceber porquê.



Pode-se viver muito tempo com mentiras destas, se elas não significarem o sistemático torpedear do funcionamento da democracia. Ora sucede que, para José Sócrates, a democracia não é o que devia ser – “regras que estabelecem como chegar à decisão política e não o que decidir”, como escreveu Norberto Bobbio -, antes uma formalidade com que o seu formidável ego tem de transigir. As manobras dos últimos dias são apenas os mais recentes atropelos ao normal convívio institucional e tão-somente mais uma demonstração de que, nele, nunca é possível confiar. Não é possível selar um acordo com um aperto de mão, porque no minuto seguinte já o está a trair. Não é possível estabelecer princípios comuns, porque não tem princípios. Não é possível conversar porque só sabe gritar, uma sua especialidade parlamentar.

Nas últimas semanas têm-se sucedido situações que, só por si, teriam feito cair ministros, desde o episódio dos cartões únicos no dia das eleições até às condições em que a mulher do ministro da Justiça viu serem-lhe pagos, pelo ministério, 72 mil euros, passando por uma demissão por razões de perseguição política numa direcção regional do Ministério da Educação. Mas com Sócrates nada se passa. Há muito que, fiéis seguidores do “chefe”, os seus ajudantes perderam qualquer noção de ética. E o pior é que esta degradação dos costumes políticos parece contaminar o país, onde já ninguém se indigna ou sobressalta.

Ao fim de seis anos o país não está só economicamente de pantanas – começa a estar moralmente corroído, começa a achar normal o que é anormal, começa a tolerar, ou mesmo a compreender e a justificar, comportamentos que qualquer democracia adulta rejeitaria com indignação. O estilo de Sócrates, a sua “combatividade” sem regras nem princípios, é a projecção no terreno da política dos métodos do projectista da Guarda, do licenciado da Independente e do ministro do Freeport. É um estilo que contamina tudo em redor e reduz a discussão pública às dicotomias tipicamente caudilhistas do “ou eu ou o caos”.

É também por isso que, esgotada qualquer legitimidade, cortadas por vontade própria todas as pontes, a política portuguesa necessita de abrir as janelas e permitir a renovação do ar contaminado. Ao contrário do que parece conveniente dizer, nem todos são iguais e nem Sócrates é apenas mais um “entre eles”. Tem de se regressar a uma política mais respirável, a um espaço público menos condicionado por jogadas baixas e jogos de spin, mas os tempos de crispação que vivemos só se ultrapassam removendo a infecção. Como no PS só Mário Soares parece ainda vivo, o acto higiénico passa por dar a voz aos eleitores. Todo o tempo que passar até lá é tempo perdido. 

in Blasfémias - post de jmf  (originalmente no Público)

A Lua Cheia (só) um bocadinho maior...

Astronomia
Lua cheia de sábado à noite vai ser a maior dos últimos 18 anos

A Lua vais estar 30 por cento mais brilhante

A Lua cheia de sábado à noite vai estar especialmente grande. Tão grande que se pode chamar de uma super Lua. Uma conjugação de acontecimentos astronómicos, que não ocorriam desde Março de 1993, vão proporcionar uma Lua 14 por cento maior e 30 por cento mais brilhante.

“A última Lua cheia tão grande e próxima da Terra foi em Março de 1993”, disse à NASA Geoff Chester, do Observatório Naval dos Estados Unidos, em Washington DC. “Eu diria que vale a pena dar uma olhadela.”

A explicação para este fenómeno deve-se à órbita da Lua à volta da Terra. Este movimento é elíptico. Ao longo desta órbita o satélite não está sempre à mesma distância do nosso planeta.

Em média, quando a Lua está mais próxima da Terra está a cerca de 363 mil quilómetros. Este ponto chama-se perigeu. Quando está mais longe, está a cerca de 405 mil quilómetros, o apogeu da Lua. No perigeu, o astro está mais próximo de nós cerca de 42 mil quilómetros. Visto da Terra parece 14 por cento maior.

A Lua completa a sua órbita mais ou menos a cada mês. Amanhã a Lua vai estar no seu perigeu ao mesmo tempo que é Lua cheia. O que é raro, acontece uma vez em cada 18 anos. A distância exacta da Terra à Lua durante a madrugada de domingo será de apenas 356 mil quilómetros.

A única consequência desta aproximação vai ser um aumento de centímetros das marés cheias e uma diminuição de alguns centímetros durante as marés baixas. Não há mais nenhum risco acrescido.

A NASA recomenda as pessoas a olharem para o astro durante o nascer da Lua. Por motivos que ainda não são totalmente compreendidos pelos astrónomos, mas que envolvem algum tipo de ilusão visual, durante o nascimento a Lua parece especialmente maior.

Amanhã, em Portugal continental, o satélite vai nascer às 18h52, cerca de 40 minutos depois de ter atingido a Lua cheia. Vai pôr-se na madrugada de domingo, às 6h39.



Nota: a diferença é tão pouca quem não se vai notar NADA...

Arthur C. Clarke morreu há 3 anos

 Sir Arthur Charles Clarke, mais conhecido como Arthur C. Clarke (Minehead, 16 de Dezembro de 1917 - Colombo, 19 de Março de 2008) foi um escritor e inventor britânico, autor de obras de divulgação científica e de ficção científica como o conto The Sentinel, que deu origem ao filme 2001: Uma Odisséia no Espaço e o premiado Encontro com Rama.

(...)

Desde pequeno mostrou sua fascinação pela astronomia, a ponto de, utilizando um telescópio caseiro, desenhar um mapa da Lua. Durante a Segunda Guerra Mundial, serviu na Royal Air Force (Força Aérea Real britânica) como especialista em radares, envolvendo-se no desenvolvimento de um sistema de defesa por radar, sendo uma peça importante do êxito na batalha da Inglaterra. Depois, estudou Física e Matemática no King's College de Londres.
Talvez sua contribuição de maior importância seja o conceito de satélite geoestacionário como futura ferramenta para desenvolver as telecomunicações. Ele propôs essa ideia em um artigo científico intitulado "Can Rocket Stations Give Worldwide Radio Coverage?", publicado na revista Wireless World em Outubro de 1945. A órbita geoestacionária também é conhecida, desde então, como órbita Clarke.
Em 1956 mudou a sua residência para Colombo, no Sri Lanka (antigo Ceilão), em parte devido a seu interesse pela fotografia e exploração submarina, onde permaneceu até à sua morte em 2008.
Teve dois de seus romances levados ao cinema, 2001: Odisseia no Espaço dirigido por Stanley Kubrick (1968) e 2010: O Ano do Contacto dirigido por Peter Hyams (1984), sendo o primeiro considerado um ícone tão importante da ficção científica mundial que especialistas lhe atribuem forte influência sobre a maioria dos filmes do género que lhe sucederam.
Também em reconhecimento a Clarke, o asteróide 4923 foi batizado com seu nome, assim como uma espécie de dinossauro Ceratopsiano, o Serendipaceratops arthurclarkei, descoberto em Inverloch, Austrália.

Um poema para um melhor país - VII


(imagem daqui)


Sonâmbulo


XXXVI

Vive em cada minuto
a tua eternidade
- sem luto
nem saudade.

Vive-a, pleno e forte,
num frenesim
de arremesso.

Para que a tua morte
seja sempre um fim
e nunca um começo.

in Poesia II - José Gomes Ferreira

sexta-feira, março 18, 2011

O último Grande Mestre dos Templários foi queimado há 697 anos


Jacques de Molay (Vitrey, 1243/1244 ou 1249/1250 - Paris, 18 de Março de 1314) nasceu no Condado da Borgonha e pertencia a uma família da pequena nobreza franca.

(...)
Aos seus 21 anos de idade, Jacques de Molay entrou para a Ordem dos Cavaleiros Templários. Estes eram uma organização sancionada pela Igreja Católica Romana de 1128, para proteger e guardar as estradas entre Jerusalém e Acre, um importante porto da cidade no Mar Mediterrâneo. A Ordem dos Cavaleiros Templários participou das Cruzadas, e conquistou um nome de valor e heroísmo.


(...)


Em 1298, Jacques de Molay foi nomeado Grande Mestre dos Cavaleiros, uma posição de poder e prestígio. Jacques de Molay assumiu o cargo após a morte de seu antecessor Teobaldo Gaudini no mesmo ano (1298).
Como Grande Mestre, Jacques de Molay passou por uma difícil posição pois as cruzadas não estavam atingindo seus objectivos. O anticristianismo sarraceno derrotou as Cruzadas em batalhas capturando algumas cidades e portos vitais dos Cavaleiros Templários e os Hospitaleiros (outra ordem de cavalaria), restaram apenas um único grupo do confronto contra os Sarracenos.

(...)
O ano de 1307 viu o começo da perseguição aos Cavaleiros. Apesar de possuir um exército com cerca de 15 mil homens, Jacques de Molay havia ido a França para o funeral de uma Princesa da casa Real Francesa e havia levado consigo poucos homens, sendo esses todos nobres. Na madrugada de 13 de Outubro Jacques de Molay, juntamente a seus amigos, foram capturados e lançados nas masmorras pelo chefe real Guilherme de Nogaret (este era um de seus conselheiros) .
Durante sete anos, Jacques de Molay e os Cavaleiros sofreram torturas e viveram em condições sub-humanas. Enquanto os Cavaleiros não se dobravam, Filipe IV gerenciava as forças do Papa Clement para condenar os Templários. Suas riquezas e propriedades foram confiscadas e dadas a protecção de Filipe.
Após três julgamentos, Jacques de Molay continuou sendo leal para com seus amigos e Cavaleiros. Ele se recusou a revelar o local das riquezas da Ordem, e recusou-se a denunciar seus companheiros. Em 18 de Março de 1314, ele foi levado à Corte Especial. Como evidências, a Corte dependia de confissões forjadas, supostamente assinadas por Jacques de Molay. Ele desmentiu as confissões forjadas. Sob as leis da época, a pena por desmentir uma confissão, era a morte. Jacques de Molay foi julgado pelo Papa Clemente, e assim como Jacques de Molay, outro Cavaleiro, Guy D'Auvergne, desmentiu sua confissão e ambos foram condenados. O Rei Filipe ordenou que ambos fossem queimados naquele mesmo dia, e deste modo a história de Jacques de Molay se tornou um testemunho de lealdade e companheirismo. Jacques de Molay veio a falecer aos seus 70 anos de idade no dia 18 de Março de 1314.

Pequenos contributos para entender a anarquia no partido do governo






Penela - CISED apresenta agenda de actividade para 2011

Centro de Interpretação quer valorizar-se ao nível da investigação e sensibilização ambiental

O Centro Interpretativo do Sistema Espeleológico do Dueça (CISED), no concelho de Penela, apresenta no próximo domingo, dia 20, a sua Agenda de Actividade para 2011, com uma calendarização de actividades para todo o ano, fruto de algumas parcerias realizadas. A apresentação será acompanhada do visionamento de um filme sobre as Grutas do Carso de Sicó.

Segundo o CISED, a Agenda de Actividades permitirá valorizar o Centro Interpretativo enquanto local de investigação para os investigadores, profissionais e interessados nas áreas da espeleologia, geologia e afins, mas também na sua vertente de sensibilização ambiental, com actividades que visam esclarecer os cidadãos para a responsabilidade de cada um de nós zelar pelo bom estado de saúde dos seus recursos hídricos e património natural.

O CISED é uma infra-estrutura pensada e criada para promover e valorizar o território através da preservação e salvaguarda do ambiente enquanto principal riqueza social e económica. Os seus objectivos fundamentais passam por apoiar a exploração espeleológica no território; estimular a investigação científica; incentivar a cooperação entre as diferentes entidades que trabalham nos vários domínios disciplinares do território envolvente; divulgar nos meios científicos, técnicos e administrativos os conhecimentos entretanto adquiridos sobre o território; implementar a realização de acções de Educação Ambiental; organizar reuniões científicas para apresentação, discussão e divulgação do conhecimento adquirido; promover o turismo ambiental; e contribuir para uma atitude crítica das populações e agentes regionais e para uma visão ambientalmente sustentável do desenvolvimento regional.

 
NOTA: site do CISED - AQUI

Formação sobre aromaterapia e óleos de massagem em Leiria


(clicar para aumentar)

No dia 9 de Abril de 2011, realizar-se-á no Centro de Interpretação Ambiental (CIA) de Leiria, uma formação intitulada “Abordagem à aromaterapia e óleos de massagem”.


Ficheiros de Apoio:

Localização do CIA de Leiria:


Ver mapa maior

Finalmente uma boa notícia



Plano de austeridade entregue na próxima semana




Um poema para um melhor país - VI


(imagem daqui)

LXII

Que significa persistir
na azinhaga da morte?

Como se pode florir
no deserto do sal?

No mar do nada acontece
há roupa para morrer?

Quando os ossos já se foram
quem vive no pó final?

in Livro das Perguntas - Pablo Neruda

quinta-feira, março 17, 2011

Que saudades de Elis Regina...

Viva a Irlanda!

Os animais são todos iguais, mas uns têm mais sorte e pedigree

(imagem daqui)

Finalmente um dinossáurio angolano

Fóssil pertencia a um saurópode primitivo
Primeiro dinossauro de Angola recebe o apelido Adamastor

África poderá ter servido de refúgio a este grupo de dinossauros

Em latim, o seu nome científico quer dizer Titã de Angola, a que se juntou o apelido Adamastor, numa referência à figura mitológica de Os Lusíadas, que representava os perigos que os portugueses enfrentaram nas viagens de descoberta pela costa africana. O Angolatitan adamastor, o primeiro dinossauro encontrado em Angola, e até agora único, é hoje descrito numa revista científica brasileira como sendo de um género e uma espécie novos para a ciência.

Tinha 13 metros de comprimento e era um herbívoro quadrúpede, ou saurópode, como dizem os paleontólogos. Viveu há 90 milhões de anos, no Cretácico Superior, quando Angola era bastante diferente de hoje. África e a América do Sul já se tinham separado e entre as duas estava a nascer o Atlântico Sul, embora pouco desenvolvido. A Antárctida encontrava-se ainda colada ao continente africano.

A 25 de Maio de 2005, o paleontólogo Octávio Mateus, do Museu da Lourinhã e do Centro de Estudos Geológicos da Universidade Nova de Lisboa, andava sozinho em prospecção de fósseis pelas arribas do Ambriz, na província de Bengo, 70 quilómetros a norte de Luanda. E foi assim que localizou ossos do dinossauro - embora estivesse em Angola numa expedição com o norte-americano Louis Jacobs, paleontólogo da Universidade Metodista do Sul, no Texas. Era o início do Projecto PaleoAngola, que pretende descobrir, estudar e mostrar fósseis de vertebrados, envolvendo cientistas portugueses, angolanos, norte-americanos, entre outros.

Naquela expedição, Octávio Mateus e Louis Jacobs visitavam locais identificados com fósseis, nos anos 60, pelo paleontólogo Miguel Telles Antunes. A guerra naquela antiga colónia portuguesa interrompeu os seus trabalhos e depois os geólogos angolanos centraram as atenções nos diamantes e no petróleo. Ainda no mês da descoberta, e depois no ano seguinte, a equipa retirou das arribas vários ossos do dinossauro, todos de uma pata dianteira. Parte encontra-se agora na Universidade Agostinho Neto, em Luanda, e outra parte no Museu da Lourinhã, até que seja feito um molde.

Hoje, a equipa, que inclui Telles Antunes, da Academia de Ciências de Lisboa, além de cientistas angolanos, entre outros, publica a descrição do animal na revista Anais da Academia Brasileira de Ciências.

Há 90 milhões de anos, a região angolana onde se encontrou o dinossauro era árida. Apesar disso, o Angolatitan adamastor adaptou-se a essas condições, tal como acontece actualmente com os elefantes.

Do ponto de vista evolutivo, era já uma relíquia, explica Octávio Mateus. "Era relativamente primitivo." Encontrava-se num ramo tão baixo da árvore evolutiva dos dinossauros que era o único representante desse ramo no Cretácico Superior. "Isto mostra que, de alguma forma, África serviu como refúgio a este grupo de dinossauros."


Observação Astronómica - Santa Catarina da Serra (Leiria)

 

Observação Astronómica - 18.03.2011

Santa Catarina da Serra

UMA NOITE DIFERENTE, UMA NOITE MÁGICA

Actividade: Observação astronómica da Lua, Saturno e de outros astros;
Local: AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE SANTA CATARINA DA SERRA;
Data: Noite de 18/03/2011 (6ª para sábado);
Horário: 20.30 – 23.30 horas.


Convidam-se todas as pessoas para um olhar diferente sobre o Universo:
  • Narração da história “O MISTÉRIO DA ESTRELINHA CURIOSA” pela autora, Leonor Lourenço;
  • Observação astronómica, com telescópio, da LUA, SATURNO, NEBULOSA DE ÓRION e outros astros e constelações sob orientação de astrónomos amadores.
    Nota - Caso o tempo não esteja favorável à observação astronómica, será projectado uma apresentação multimédia.

ORGANIZAÇÃO:

- Equipa de BE/CRE do Agrupamento de Escolas de Santa Catarina da Serra;
- Leonor Lourenço (Professora Bibliotecária), Fernando Martins, Rosário Duarte, Paulo Simões e João Cruz (astrónomos amadores);
- Núcleo de Astronomia Galileu Galilei do Agrupamento de Escolas Dr. Correia Mateus;
- Núcleo de Astronomia do Agrupamento de Escolas D. Dinis;
- Blog AstroLeiria: http://astroleiria.blogspot.com/
- Ad Astra (Associação para a Divulgação da Astronomia de Amadores): http://www.ad-astra.pt/


Não esquecer de trazer:
  • Comida/bebidas para partilhar;
  • Mapas celestes ou livros;
  • Telescópio ou binóculos;
  • Amigos ou familiares;
  • Vontade de aprender e dúvidas.

Ver mapa maior

Actividade aberta a todas as pessoas, sem pré-inscrição, que durará enquanto houver interessados.
  
ACTIVIDADE DEPENDENTE DAS CONDIÇÕES CLIMATÉRICAS...
   
NOTA: link para Cartaz - AQUI.

Um poema para um melhor país - V

(imagem daqui)


Será possível

Será possível que nada se cumprisse?
Que o roseiral a brisa as folhas de hera
Fossem como palavras sem sentido
– Que nada sejam senão seu rosto ido
Sem regresso nem resposta - só perdido?

in
O nome das coisas - Sophia de Mello Breyner Andresen

Elis Regina nasceu há 66 anos

Elis Regina Carvalho Costa (Porto Alegre, 17 de março de 1945São Paulo, 19 de janeiro de 1982) foi uma cantora brasileira. De morte trágica e prematura, deixou vasta e brilhante obra na música popular brasileira. Era carinhosamente chamada a Pimentinha. Considerada por boa parcela de músicos e público como uma das maiores cantoras da MPB.



Recordar S. Patrício e a verde Irlanda...

Hoje sou celtibero e gosto de cerveja, de música celta e do verde...



quarta-feira, março 16, 2011

Ceia Comemorativa do Equinócio da Primavera – Conimbriga

Recebido dos Amigos de Conimbriga:




No prosseguimento da realização do ciclo de jantares romanos, invocando as festividades dos Solstícios e Equinócios, comemora-se o Equinócio da Primavera,  sob o reconhecimento da Dieta Mediterrânica como Património da Humanidade, pela UNESCO.

A Dieta Mediterrânica, tem a sua matriz histórica no livro de cozinha do império De re coquinaria, legado pelo nobre Apicius, que neste ciclo é homenageado e recriado pela arte de cozinha da chef  Sónia Neves.

A Liga de Amigos de Conimbriga promove, o Restaurante do Museu de Conimbriga, a empresa TCNGEST, Lda. colaboram na organização, que tem o apoio do Museu Monográfico de Conimbriga.

19 de Março de 2011, Sábado, pelas 20.00 horas


Ceia Romana de recriação da gastronomia clássica de Apicius



Chef Sónia Neves


Celebração do equinócio de Primavera




Gustatio
  • Salada à Moda de César

Fercula
  • Creme de cogumelos
  • Frango à Moda de Varda

Mensae Secundae
  • Bolo de maçã à Moda de      Apicius com gelado de alecrim

Música ambiente



Local: Restaurante do Museu Monográfico de Conimbriga

Preço: 14 € mais bebidas

Organização e promoção: Liga de Amigos de Conimbriga, TCNGEST-Turismo Cultural e de Natureza, Lda.

Apoio: Museu Monográfico de Conimbriga.
Reservas: Tel: 239 944764    Tel 239 941168    Tlm: 96 9279074



ADENDA: