terça-feira, junho 08, 2010

Sobre a nova estapafúrdia ideia de passar os cábulas do 8º para o 10º Ano


O "estudo"

A ministra da Educação, Isabel Alçada, está na SIC-Notícias a explicar a medida fantástica que é a de permitir a passagem, administrativa ( mas com exames que isto não é só facilidades no M.E...), de alunos que tenham mais de 15 anos e ainda repitam o 8º ano, recalcitrando na cabulice ou na incapacidade.

Disse agora mesmo que "o esforço é essencial. O estudo."

Esta ideia de "estudo" já foi apresentada pelo próprio primeiro-ministro, um estudioso de Domingo e é uma ideia que se contrapõe a "saber". Saber não é preciso. O que importa é o "estudo".

E Isabel Alçada uma improvável ministra da Educação acabou por dizer, depois disto que " Isto não é qualquer facilitismo". E comprova-o: haverá exames. Difíceis, pela certa e nada para cábulas ou incapazes.

Facilitismo no M.E.? Olha que coisa! Quem se lembraria de tal ...

in portadaloja - post de José

Umas pequenas dúvidas legais sobre o post anterior...

Mais uma dúvida chata a juntar ao par do vizinho


O Paulo Guinote deixou duas dúvidas mas, como diz o ditado, não há duas sem três:

Será que o Governo vai ouvir o Conselho das Escolas sobre o encerramento das 500 escolas primárias e sobre os mega-agrupamentos?

É que o nº3 do art.º 2.º do Decreto-lei nº 32/2007 a isso obriga.
3—O CE deve ainda ser obrigatoriamente ouvido sobre tudo quanto diga respeito à reestruturação da rede pública de estabelecimentos de educação, sendo chamado a pronunciar-se, designadamente, sobre a sua criação, integração, modificação e extinção.
Aguardo ansiosamente o parecer do Conselho das Escolas (deve ser como as actas do acordo sindical... está a ser negociado).

Já agora, o CE havia de mostrar a todas as escolas e ao país os outros 2.500 pareceres que deu sobre o encerramento das 2.500 escolas de que tanto se gabam os nossos medíocres governantes.

in Educação SA - post de Reitor

Ministério da Anarquia

Governo não esperou pelo parecer do Conselho de Escolas sobre a reorganização da rede escolar

O Governo não esperou pelo parecer do Conselho de Escolas para aprovar a resolução sobre a reorganização da rede escolar. O diploma foi votado na semana passada, quando já se sabia que a reunião do CE, um órgão consultivo do Ministério da Educação constituído por 60 directores de estabelecimentos escolares, estava convocada para ontem. A reunião acabou por ser desconvocada no domingo.


"O que tínhamos hoje [ontem] para analisar já foi aprovado pelo Conselho de Ministros", confirmou ao PÚBLICO o presidente do Conselho de Escolas, Álvaro dos Santos, que se escusou a comentar o facto. O parecer foi pedido pelo secretário de Estado da Educação, João Trocado da Mata, que enviou para o efeito o projecto de resolução com "a definição de um conjunto de princípios e de orientações para a reorganização da rede escolar", nomeadamente no que respeita ao encerramento de todas as escolas com menos de 21 alunos e à extinção dos agrupamentos constituídos apenas por escolas do mesmo nível.

Dando seguimento ao pedido do governante, Álvaro dos Santos convocou, no dia 31 de Maio, uma reunião de urgência para 7 de Junho para o CE se pronunciar. Foi esta a reunião que ficou sem efeito. Em vez de dar parecer sobre os fundamentos e os princípios da reorganização, o Conselho de Escolas irá agora pronunciar-se sobre o projecto de portaria regulamentadora que os irá pôr em prática, confirmou. Num e-mail enviado domingo à noite aos outros directores, indicou que, por isso, e ditado "por razões de economia de esforço", a reunião voltará a ser convocada apenas quando o secretário de Estado enviar o projecto de portaria. O presidente do CE não sabe quando é que tal acontecerá.

Segundo Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional de Professores, vários directores comunicaram à Fenprof que em reuniões distritais, realizadas na semana passada para preparar a reunião do CE agendada para ontem, muitos responsáveis opuseram-se ao projecto que entretanto acabou por ser aprovado pelo Governo. Álvaro dos Santos escusou-se a avançar indicações sobre esta matéria antes do CE adoptar uma posição.

"Agravar erro"

A Fenprof deu entretanto conta de outro e-mail que seguiu no domingo à noite para os directores das escolas, mas este enviado pelo Ministério da Educação. Por esta via foram informados de um despacho que, segundo os sindicatos, dá 24 horas às escolas para avaliarem os professores através do recurso à plataforma informática que lhes foi disponibilizada o ano passado.

Vários estabelecimentos não utilizaram este meio por se tratar de um instrumento "impreciso" que "arredondava as classificações", transformando Bons em Muito Bons e Muito Bons em Excelentes. A Fenprof acrescenta ainda que, com este despacho, o que o ME fez foi dar "um dia às escolas para agravarem erro na avaliação", apesar das recomendações em contrário da Assembleia da República, da Provedoria de Justiça e do Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja. O ministério recusou-se a comentar.

Sobre a parvoeira do exame para levar alguns alunos do 8º para o 10º Ano


O Despacho que permite a alunos que frequentem o 8.º ano transitarem para o 10.º, desde que tenham mais de 15 anos e que passem em exames (de âmbito nacional e de escola), viola duplamente a nossa Constituição, pois põe em causa não um, mas dois princípios da mesma: o da igualdade e o da obrigatoriedade do ensino básico para todos. A opinião é de Bacelar Gouveia e de Guilherme da Fonseca, especialistas em Direito Constitucional.

O primeiro aponta uma dúvida crucial do nosso sistema educativo: "a escolaridade obrigatória é apenas em termos de aprovação dos exames ou é-o também de presença nas aulas?"

O segundo aponta um problema que se levantou no De Rerum Natura: "um bom aluno do 8º ano, ao transitar para o 9º, vê-se discriminado porque tem que frequentar o ano lectivo, ao contrário daqueles que se submeterem a exames."

Vale a pena ler aqui ou ouvir aqui.

in Blog De Rerum Natura - ler post

sábado, junho 05, 2010

O Dia do Ambiente em música

Caldeirada - Amália Rodrigues

sexta-feira, junho 04, 2010

Porque certos cantores não envelhecem...

Jorge Palma - 60 anos!

Um presente para os nossos leitores, no dia em que o Palma faz 60 aninhos...!

quinta-feira, junho 03, 2010

Os Kraft morreram há 19 anos

Katia Krafft (Mulhouse, 17 April 19423 June 1991) and her husband, Maurice Krafft (Guebwiller, 25 March 19463 June 1991) were French volcanologists who died in a pyroclastic flow on Mount Unzen, in Japan, on June 3, 1991. Their obituary appeared in the Bulletin of Volcanology, (vol. 54, pp 613–614).
Maurice and Katia were known for being pioneers in filming, photographing and recording volcanoes, often getting within feet of lava flows. They met at Strasbourg University, and their career as volcano observers began soon after. With little money, they saved up for a trip to Stromboli and photographed the eruption. Finding that people were interested in this documentation of eruptions, they soon made a career out of this, which afforded them the ability to travel the globe.
The Kraffts were often the first to arrive at an active volcano, and were respected and envied by many volcanologists. Their footage of the effects of volcanic eruptions was a considerable factor in gaining the cooperation of local authorities faced with volcanic threats. One notable example of this was after the onset of activity at Mount Pinatubo in 1991, where their video of the effects of the eruption of Nevado del Ruiz in Colombia was shown to large numbers of people, including Philippine President Cory Aquino, and convinced many skeptics that evacuation of the area would be necessary.
In June 1991, while filming eruptions at Mount Unzen, they were caught in a pyroclastic flow which unexpectedly swept out of a channel others had been flowing down and onto the ridge they were standing on. They were killed instantly, along with 40 journalists also covering the eruptions.
The work of the Kraffts was highlighted in a video issue of National Geographic, which contained a large amount of their film footage and photographs as well as interviews with both. Maurice is famous for saying in the video that "I am never afraid because I have seen so much eruptions in 23 years that even if I die tomorrow, I don't care," coincidentally on the day before his death. Volcano: Nature's Inferno. [videorecording]. Washington, DC: National Geographic Society. 2003.



PS - um casal unido em vida (e na morte...) pelo amor aos vulcões, foi homenageado por este site:

http://www.imagesdevolcans.fr/


ADENDA: o vulcanólogo Harry Glicken morreu também neste mesmo dia - curiosamente era quem estava escalado para observar a erupção do Monte de Santa Helena, em 18 de Maio de 1980, data em que se libertou a nuvem ardente que matou o seu substituto, o vulcanólogo David A. Johnston. A morte adiou-lhe a sentença por 11 anos e 16 dias...

O Papa da Bondade morreu há 47 anos

Para João XXIII

Porque não sei de Deus não trago preces.
Sou apenas um homem de boa vontade.
Creio nos homens que acreditam como tu nos homens
creio no teu sorriso fraternal
e no teu jeito de dizer
quase como quem semeia
as palavras que são
trigo da vida.
Creio na paz e na justiça
creio na liberdade
e creio nesse coração terreno e alto
com raízes no céu e em Sotto il Monte
De Deus não sei. Mas quase creio
que Deus poisou nas mãos cheias de terra
dum jovem camponês de Sotto il Monte.

Por isso mando à Praça de S. Pedro
não uma prece
mas a minha canção fraterna e livre
esta canção
que vai pedir-te a humana bênção
João XXIII: avô do século.

in A PRAÇA DA CANÇÃO (1975) - Manuel Alegre

Música para um certo estado de espírito




B Fachada - O Desamor

Fomos à Escócia e voltámos, loucos por ficar a sós
fomos mas nunca chegámos, a sair do meio de nós
Mas a Escócia que gostámos, Capadócia que cavámos
Não nos deu o que esperámos quando pensámos ser avós.

Fomos à Escócia e deixámos, três amores cada um
E o que da Escócia tirámos, foi 'tar sem amor nenhum
Ir e vir foi um regalo, o desamor sem forçá-lo
Mas se tão longe o buscámos, é que já tinha havido algum

Não me leves tu a mal
Não me tentes convencer
que o que havia em Portugal não chegava para saber
Dei-te um mês da minha vida e um mês é de valor
e tu podes ser bastante querida mas não é preciso dor
para provar o desamor

Por desamarmos deixámos, seis amores sem ter dó
e agora que regressámos, não sei se nos sobram só
É que havia certa esperança que podia ser só dança
Mas afinal a bonança era apenas beijo em pó

Não me leves tu a mal
Não me tentes convencer
que o que havia em Portugal não chegava para saber
Dei-te um mês da minha vida e um mês é de valor
e tu podes ser bastante querida mas não é preciso dor
para provar o desamor

quarta-feira, junho 02, 2010

Tudo está bem quando acaba bem...!

Homenagem (de Chico Buarque) ao nosso Primeiro Malandro






NOTA: Naturalmente ficaria bem também, neste post, uma outra música do cantor que queria tanto ver o nosso PM:


Para saudosistas da música dos anos 80...


O fio da navalha

Tu és completa e perfeita
Ela não é sequer bem feita
Tu pões-me à noite a sonhar
Ela tem a núpcia no olhar
Tu és do tipo cerebral
Ela é apenas emocional

Entre ficar e partir
Nem sempre é fácil decidir
O fio da navalha
O fio da navalha

Tu és submissa nas tuas atitudes
Ela diz sempre palavras rudes

Entre ficar e partir
Nem sempre é fácil decidir
O fio da navalha
O fio da navalha

terça-feira, junho 01, 2010

Dia da Criança...


A pedido do meu filho, pois hoje é o dia dele e de todas as crianças, aqui fica a imagem seu Invizimal favorito: o Tigershark.

Hoje o dia é das Crianças...!

Celebremos a data com uma música de um coro infantil, do Jardim Escola João de Deus - Leiria (onde canta um filho e um sobrinho de Geopedrados):

segunda-feira, maio 31, 2010

Compre, freguês, enquanto pode...


PM - Primeiro Mentiroso

 

A propaganda rasca de Sócrates

A história que o Gabriel Silva refere aqui resume bem o nível desta gente. Depois do próprio Sócrates pedir um encontro com Chico Buarque, o gabinete do Primeiro-ministro tratou de espalhar pelos jornais portugueses que o famoso músico brasileiro é que tinha pedido a Lula da Silva o encontro. Segundo as notícias fabricadas, porque Chico Buarque "queria muito conhecer José Sócrates". Definitivamente não há vergonha neste Governo.
in O Cachimbo de Magritte - post de Nuno Gouveia

largo dos ratos

Com a devida vénia publicamos, ipsis verbis, um post do Blog portadaloja, do Magistrado do Ministério Público que assina simplesmente José:


Ratos por todo o lado


Um dos fenómenos constantes e preocupantes ligados a este governo de José S. é a quantidade inusitada de coisas que desaparecem, sempre que poderiam esclarecer acontecimentos noticiados. Devido ao relativamente elevado número desses fenómenos, sem autor conhecido, poderão ser atribuídos a ratos metafóricos que os retiram da atenção pública sempre a favor dos mesmos.

Quanto a documentos desaparecidos é uma catástrofe a sucessão de azares que foram acontecendo a este primeiro-ministro, cuja credibilidade, devida à erosão decorrente, se assemelha a uma metáfora da mentira.

Tudo começou mediaticamente com os problemas da licenciatura na Independente, denunciados publicamente por um blog e depois os jornais, a reboque.

Os documentos nunca fizeram bater a bota com a perdigota e tudo por causa de infelizes desaparecimentos de originais que deveriam estar arquivados e nunca estiveram. Em vez dos devidos originais apareceram apócrifos justificativos e alguns notoriamente falseados. Pouca gente se importou a sério e ninguém com responsabilidades políticas de pôr cobro a tal situação ( Parlamento e Presidente da República).

Depois, surgiram casos isolados que atestam um ambiente deletério de ocultação. O processo registral do prédio onde habita uma familiar directa, desapareceu do notário que fez a escritura e o processo camarário do anterior prédio, desapareceu igualmente.

Quando se procurava a ficha biográfica do visado, como deputado na A.R. apenas se encontraram dois exemplares fotocopiados e apócrifos. A original desaparecera misteriosamente e sem deixar rasto sequencial. Pouca gente se importou verdadeiramente e nem o MP investigou devidamente tal fenómeno grave, cujo rato ficou por descobrir.

No caso Freeport os desaparecidos em combate foram as testemunhas de factos contraditórios. Fugidos ou ausentes, desapareceram da ribalta durante o tempo precioso das notícias da TVI.

Mais recentemente, os desaparecimentos foram alargando a outros indivíduos da mesma área de fenómenos estranhos. O deputado Ricardo Rodrigues não encontrou melhor maneira de evitar perguntas incómodas de jornalistas, do que fazer desaparecer os corpos de delito, ou seja, os gravadores que registavam a conversa inoportuna. E os gravadores, eles mesmos, desapareceram depois.

As escutas do Face Oculta, depois de desaparecerem por ordem discutível do poder judicial, desapareceram em forma de resumo, da atenção pública, no Parlamento, por ordem do presidente de uma comissão de inquérito.

Mais recentemente, foi notícia o desaparecimento de documentos de contrapartidas importantes no negócios dos submarinos. Desapareceram, pelos vistos, de uma firma de advogados ligada a estes governos e já na altura em que o presente governo sabia onde estavam.

Quantos mais desaparecimentos vão ainda ser precisos para se restabelecer a normalidade democrática da transparência governativa e política?

O país do faz de conta


PS - quanto professores ou alunos têm de se suicidar para que quem manda veja que o rei vai nu? Quantas mais agressões a professores ou funcionário terão de ocorrer até dizermos basta?