O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Poster para uma apresentação no ano de 1908 em Cleveland
Aida é uma ópera em quatro atos com música de Giuseppe Verdi e libreto de Antonio Ghislazoni, com estreia mundial na Casa da Ópera, Cairo, em 24 de dezembro de 1871. Esta obra foi composta por encomenda do governo egípcio para a inauguração e comemoração da abertura do canal de Suez.
A obra, porém não foi acabada a tempo para a inauguração do Canal,
tendo sido substituída à última hora por outra ópera de Verdi, e tendo
sido "criada" no Cairo um ano mais tarde
Filho de família humilde, ficou órfão aos sete anos de idade. Foi educado numa escola para pobres mantida pelos fradesfranciscanos de Nápoles, onde um frade lhe deu as primeira lições de música e, em 1761, matriculou-o no conservatório de Santa Maria de Loreto, onde Cimarosa adquiriu sólidos conhecimentos de canto, violino e composição. Um de seus professores no conservatório foi Nicola Piccini, um compositor famoso na época. Em 1772 estreia com sucesso a sua primeira ópera.
Embora tenha composto 65 óperas ao todo, que fizeram tremendo sucesso
no seu tempo, tornando-o um compositor aclamado por toda a Europa, a única que a posteridade consagrou é Il Matrimonio Segreto. A respeito desta ópera, Verdi dizia: Quella è la vera commedia musicale, e lì è tutto quello che un'opera buffa deve avere (Esta é a verdadeira comédia musical, ela tem tudo aquilo que uma ópera cómica deve ter).
Em 1787, Cimarosa foi convidado pela Imperatriz da Rússia, Catarina II, para ser compositor da corte em São Petersburgo. Permaneceu a serviço da Czarina até 1791, quando voltou a Nápoles e participou de uma revolução contra os Bourbons que governavam a cidade. Preso e condenado à morte, obteve o perdão do rei Fernando IV,
segundo alguns por pressão diplomática do embaixador da Rússia. Pouco
após ser libertado, foi para Veneza, onde morreu, pouco após completar
51 anos de idade.
Charles-Camille Saint-Saëns (Paris, 9 de outubro de 1835 – Argel, 16 de dezembro de 1921) foi um compositor francês, organista, maestro e pianista da era romântica.
Vida
O seu pai morreu quando ele tinha apenas quatro meses de idade e Camille foi criado pela sua mãe e a sua tia.
Como tinham um piano
em casa, aos dois anos e meio de idade já gostava de brincar com as
teclas, e em pouquíssimo tempo já tocava pequenas melodias, sem ser
ensinado por ninguém. A sua mãe e a sua tia deram-lhe as primeiras
lições de teoria musical.
Aos 7 anos de idade, já escrevia pequenas peças. Recebeu lições de
piano de Camille Stamaty e Alexandre Boëly e de harmonia de Pierre
Maleden e, aos 10 anos, já conseguia tocar algumas das peças mais
difíceis de Mozart e Beethoven.
Apresentou-se em público pela primeira vez na Sala Pleyel, em Paris, a 6
de maio de 1846, sem ter completado ainda 11 anos de idade. Na
ocasião, tocou o 3° concerto de Beethoven e o n° 15 de Mozart, para o
qual escreveu a sua própria cadência. Aos 13 anos de idade, entrou para o
Conservatório de Paris, onde estudou Órgão como instrumento musical,
com Benoist, e contraponto e fuga com Jacques Fromental Halévy.
Para auxiliar a família, tocava órgão na Igreja de St. Merry, e em 1857
obteve o cargo de organista na Igreja da Madeleine, cargo esse que
ocuparia durante 20 anos. Aos 25 anos já era famoso na Europa inteira
como pianista e compositor, tendo escrito três sinfonias, um concerto
para violino, peças de música sacra.
Travou amizade com Liszt, que, ao vê-lo improvisando no órgão da Igreja
da Madeleine, classificou-o como "o maior organista do mundo".
Saint-Saens conhecia música profundamente, familiarizado com as obras dos grandes compositores europeus antigos e modernos.
Saint-Saens gostava muito de viajar. Movido por impulsos súbitos, fazia
excursões repentinas às partes mais distantes do planeta, dava-lhe
prazer conhecer lugares exóticos.
Visitou a Espanha, as Canárias, Ceilão, a Indochina, o Egito e esteve
várias vezes na América. Deu concertos no Rio de Janeiro e em São
Paulo, em 1899, com a colaboração de Luigi Chiafarelli, uma figura de
destaque no ambiente musical brasileiro. Visitou também San Francisco,
na Califórnia.
A morte veio colhê-lo numa cama de hotel em Argel, na Argélia, no dia 16
de dezembro de 1921. "Acredito que agora chegou mesmo o meu fim",
murmurou, e fechou os olhos para sempre. Já fazia tempo que este homem
feliz desejava a morte secretamente.
A obra de Camille Saint-Saens é imensa: sinfonias, concertos para
violoncelo, piano e violino, peças para órgão, música vocal e
instrumental, sacra e profana. Entre as peças mais conhecidas deste
compositor, podemos citar: o Concerto para violino nº3 em si menor (op.
61), a "Danse Macabre", Introdução e Rondò Capriccioso para violino e orquestra (uma peça extremamente brilhante para o violino), o Carnaval dos Animais.
Saint-Saens compôs várias óperas, mas somente uma delas é tida pela posteridade como uma obra prima imortal: Sansão e Dalila.
Uma amostra da riqueza das suas composições pode ser admirada no cinema: no primeiro dos filmes do porquinho Babe, o 4º e último movimento da Sinfonia nº3, Órgão,
serve de fundo para a cena do agricultor, que canta uma versão inglesa
para a belíssima melodia, chamada "If I Had Words".
Josep Carreras i Coll (Barcelona, 5 de dezembro de 1946), conhecido como José Carreras, é um tenor líricoespanhol conhecido, em especial, pelas suas performances em óperas de Giuseppe Verdi e Giacomo Puccini. Fez sua estreia operística com onze anos de idade, como Trujamán em El retablo de Maese Pedro de Manuel de Falla e, durante toda a sua carreira, cantou mais de sessenta papéis diferentes nos maiores e melhores teatros de óperas do mundo.
Maria Callas (Nova Iorque, 2 de dezembro de 1923 - Paris, 16 de setembro de 1977) foi uma cantora lírica americana de ascendênciagrega, considerada a maior celebridade da Ópera no século XX e a maior soprano e cantora
de todos os tempos. Apesar de também famosa pela sua vida pessoal, o
seu legado mais duradouro deve-se ao impulso a um novo estilo de atuação
nas produções operáticas, à raridade e diferença do seu tipo de voz e
ao resgate de óperas há muito esquecidas do bel canto, estreladas por ela.
Biografia
Nascida Maria Cecilia Sofia Anna Kalogeropoulou, Callas era filha de imigrantes gregos e, devido a dificuldades económicas, teve que regressar à Grécia, com a sua mãe, em 1937. Estudou canto no Conservatório de Atenas, com a soprano coloraturaElvira de Hidalgo.
Callas começou a despontar no cenário lírico em 1948, com uma interpretação bastante notável para a protagonista da ópera Norma, de Bellini, em Florença.
Todavia, sua carreira só viria a projetar-se à escala mundial no ano
seguinte, quando a cantora surpreendeu crítica e público ao alternar, na
mesma semana, récitas de I Puritani, de Bellini, e Die Walküre, de Wagner. Ela preparara o papel de Elvira
para a primeira ópera em apenas dois dias, a convite de Serafin, para
substituir quem realmente faria aquele papel. Para se ter ideia do seu
feito, é o mesmo que pedir para Birgit Nilsson, famosa soprano
dramático para cantar Violetta em La Traviata, e como Callas não teve
tempo para aprender o libretto completo, apenas a música, tanto que o
ponto lhe soprou o texto.
A partir dos anos 1950, Callas começou a apresentar-se regularmente nas mais importantes casas de espetáculo dedicadas à ópera, tais como La Scala, Covent Garden e Metropolitan.
São os seus anos áureos e, ao lado de sua fama como cantora
internacional, também vai sua fama de temperamental, muitas vezes
excessivamente por causa do seu perfecionismo. Famosa foi a sua
rivalidade com Renata Tebaldi
e as disputas públicas, através de declarações para jornais, que
várias vezes lhe renderam a primeira página, assim como seus triunfos
operáticos. Era uma figura extremamente pública e contribuiu para
reacender o estrelato da ópera e dos seus intérpretes. Alguns críticos
inclusive afirmam que até nas gravadoras havia uma divisão, para acirrar
as disputas entre Callas e Tebaldi, e para influenciar as comparações
entre gravações feitas por Tebaldi ao lado do tenor Del Monaco, e
Callas ao lado de Di Stefano. A sua voz começou a apresentar sinais de
declínio no final dessa década, e a cantora diminuiu consideravelmente
as suas participações em montagens de óperas completas, limitando sua
carreira a recitais e noites de gala e terminando por abandonar os
palcos em 1965. O seu abandono deveu-se em grande parte ao desequilíbrio emocional da cantora, que ao conhecer o magnata gregoAristóteles Onassis,
dedica-se integralmente ao seu amado, afirmando ter começado ali sua
vida de verdade. Foi quando ela parou de ensaiar, adiou e cancelou
apresentações, se tornou figura constante em noites de festa, bebendo
inclusive, coisas que contribuíram para o declínio de sua voz e o fim da
carreira. Em 1964, encorajada pelo cineastaitalianoFranco Zefirelli, volta aos palcos em sua maior criação, Tosca, no Convent Garden, tendo como seu parceiro o amigo de longa data Tito Gobbi. Essa versão da Tosca está disponível em DVD (apenas o segundo ato) e em CD (completa) e entrou para a história do mundo operático. A sua última apresentação em uma ópera completa foi como Norma,
em Paris, no ano de 1965, e, devido à sua saúde vocal debilitada, não
aguentou até ao fim, desmaiando ao cair da cortina no fim da terceira
parte.
No início dos anos 70 passou a dedicar-se ao ensino de música na Juilliard School. Em 1974, entretanto, retornou aos palcos, para realizar uma série de concertos pela Europa, Estados Unidos e Extremo Oriente ao lado do tenorGiuseppe di Stefano.
Com sucesso no público, o programa foi todavia massacrado pela crítica
especializada. A voz já não era a mesma, mas o que mantinha o público
firme nas apresentações era o amor. A sua atuação foi prejudicada, pois
uma vez que tinha que fazer muito mais esforço para manter a afinação, a
entrega à interpretação não foi tão subtil como no passado.
Cantou em público pela última vez, a 11 de novembro de 1974, no Japão.
Onassis, então casado com Mrs. Kennedy, tem sérios problemas de saúde e
vem a falecer. Callas começa agora um período de isolamento e, afastada
do mundo, passa a viver na Avenue Georges Mandel, em Paris, com a
companhia da governanta, Bruna, e do motorista, Ferruccio. Um possível
regresso é ensaiado e preparada pelo cineastaFranco Zefirelli,
mas Callas não tem mais a segurança do passado, pois faltava-lhe a
vontade. Tenta realmente outras funções, como professora, diretora
artística, mestre de coral, mas nada a satisfazia. Não sabia sequer
como deslocar um coro. Começa a impor exigências absurdas para que
aconteçam as apresentações. Essa é agora sua maneira de dizer não,
exigindo o impossível. Uma gravação da Traviata, com o tenor em
ascensão Luciano Pavarotti
é estudada, mas o projeto logo é abandonado por Maria. Amigos ainda a
visitam com frequência. Giulini (maestro), o crítico John Ardoin, mas
Callas ja está "morta" há muito tempo, e, em 16 de setembro de 1977, ela
simplesmente deixa de existir, pouco antes de completar 54 anos, no
seu apartamento em Paris, por causa de um ataque cardíaco.
As suas cinzas foram atiradas ao Mar Egeu, como era a sua vontade.
Vida pessoal
Maria Callas foi a mais controversa e possivelmente a mais dedicada
intérprete lírica. Com uma voz de considerável alcance, Callas encantou
nos teatros mundiais de maior destaque. Esta intérprete, senhora de
raros dotes vocais e interpretativos, revolucionou o mundo da Ópera,
trazendo-a novamente às origens. Para Maria Callas a expressão vocal era
primordial, em detrimento dos exageros vocais injustificados - tudo na
Ópera tem que fazer sentido visando a dar ao público algo que o mova,
algo credível.
Esta foi a mais destacada e famosa cantora lírica, e fez jus à sua
fama, pois interpretou várias dezenas de Óperas de diversíssimos
estilos. Callas perpetuou-se em papéis como Medea, Norma, Tosca, Violetta, Lucia, Gioconda, Amina, entre outros, continuando, nestes papéis, a não existir nenhuma artista que lhe faça sombra.
Um dos aspectos que certamente contribuiu para a lenda que se formou em
torno de Maria Callas diz respeito à sua conturbada vida pessoal. Dona
de um temperamento forte, que parecia a correlação perfeita para a
intensa carga dramática com que costumava abordar as suas personagens no
palco, tornou-se famosa por indispor-se com maestros e colegas em
nome de suas crenças estéticas.
Em 1958, após ter abandonado uma récita de Norma na Ópera de Roma
doente, foi fortemente atacada pela imprensa italiana, que julgou que a
soprano queria ofender o presidente italiano, presente na plateia. O
escândalo comprometeu a sua carreira na Itália e, no mesmo ano, entrou
em disputa com Antonio Ghiringhelli, responsável pelo La Scala, que não mais a queria no teatro. Somente voltou a apresentar-se no La Scala em 1960, na ópera Poliuto de Donizetti; ainda em 1958, foi sumariamente demitida do Metropolitan por Rudolf Bing, que desejava que ela alternasse apresentações de La Traviata e Macbeth, óperas de Verdi
com exigências vocais muito distintas para a soprano. À exigência de
Bing, Callas, numa réplica célebre, respondeu que a sua voz não era um
elevador.
Em 1959, rompeu um casamento de dez anos com seu empresário, G. B.
Meneghini, muito mais velho do que ela. Manteve, em seguida, uma tórrida
relação com o milionário grego Aristoteles Onassis, com quem não foi feliz e que rendeu variado material para jornais tabloides sensacionalistas.
Trabalhava intensamente e em mais de uma ocasião subiu aos palcos
contra a recomendação dos seus médicos. Com uma forte constipação,
escapou em 2 de janeiro de 1958 da Ópera de Roma pela porta dos fundos após um primeiro ato sofrível de Norma, de Bellini, numa récita prestigiada pelo então presidente da Itália, Giovanni Gronchi, o que gerou o escândalo acima referido. Em 29 de maio de 1965,
ao concluir a primeira cena do segundo ato de Norma, Callas desfaleceu
e a apresentação foi interrompida. Depois disso, ela só cantaria em
ópera mais uma vez, numa última apresentação de Tosca no Covent Garden de Londres, ao lado de Tito Gobbi.
Poucos sopranos podem rivalizar com Callas no que diz respeito à
capacidade de despertar reações intensas entre seus admiradores e
detratores. Elevada à categoria de "mito" e conhecida mesmo fora do
círculo de amantes de ópera,
ela criou em torno de si uma legião de entusiastas capazes de defender
a todo custo os méritos da cantora. Apesar da mútua amizade, as
disputas entre seus fãs e os de Renata Tebaldi tornaram-se célebres, chegando mesmo em alguns casos às vias de facto.
Apesar destas características, Callas entrou para a história da ópera
por suas inigualáveis habilidades cénicas. Levando à perfeição a
habilidade de alterar a "cor" da voz com o objetivo de expressar
emoções, e explorando cada oportunidade de representar no palco as
minúcias psicológicas de suas personagens, Callas mostrou que era
possível imprimir dramatismo mesmo em papéis que exigiam grande
virtuosismo vocal por parte do intérprete - o que usualmente
significava, entre as grandes divas da época, privilegiar o canto em
detrimento da cena.
Muitos consideram que seu estilo de interpretação imprimiu uma
revolução sem precedentes na ópera. Segundo este ponto de vista, Callas
seria tributária da importância que assumiram contemporaneamente os
aspetos cénicos das montagens. Em particular, é claramente percetível
desde a segunda metade do século XX
uma tendência entre os cantores em favor da valorização de sua
formação dramática e de sua figura cénica - que se traduz, por exemplo,
na constante preocupação em manter a forma física. Em última análise,
esta tendência foi responsável pelo surgimento de toda uma geração de
sopranos que, graças às suas habilidades de palco, poderiam ser
considerados legítimos herdeiros de Callas, tais como Joan Sutherland ou Renata Scotto.
Giacomo Antonio Domenico Michele Secondo Maria Puccini ou apenas Giacomo Puccini (Lucca, 22 de dezembro de 1858 - Bruxelas, 29 de novembro de 1924) foi um compositor de óperas italiano. As suas óperas estão entre as mais interpretadas atualmente e entre essas estão La Bohème, Tosca, Madame Butterfly e Turandot. Algumas das árias das suas óperas, como "O mio babbino caro" de Gianni Schicchi, "Che gelida manina" de La Bohème e "Nessun dorma" de Turandot tornaram-se parte da cultura popular.
Descrito pela Encyclopædia Britannica
como "um dos maiores expoentes das óperas realistas", ele é lembrado
como um dos últimos maiores compositores operísticos italianos. O seu
repertório é essencialmente feito pelo verismo, ou pela tradição
operística pós-romântica e estilo literário. Enquanto seu trabalho é
essencialmente baseado nas óperas italianas tradicionais do fim do
século XIX, a sua música mostra algumas influências dos compositores
contemporâneos e do movimento impressionista e de Igor Stravinsky. Os temas mais comuns nas suas óperas incluem um fim trágico, heroínas e o amor.
Nasceu numa família pobre sem tradições no mundo da música, mas em
1806, foi um dos primeiros alunos da escola caritativa de Bergamo.
Donizetti iniciou os seus estudos musicais com Simon Mayr, em Bérgamo, e, em seguida, com Mattei em Bolonha. Nas suas primeiras peças compõe apenas composições religiosas, num estilo restrito.
Em 1814 regressa a Bergamo, ficando responsável pela música na Igreja de Santa Maria Maggiore.
Em 1818 é representada a sua primeira ópera, Enrico di Borgogna, em Veneza. O seu primeiro grande sucesso foi com a ópera Esule di Roma, estreada em 1828 em Nápoles.
Donizetti é muito conhecido pelas suas óperas, mas também compôs outros
tipos de música, como quartetos de cordas, obras orquestrais e outras.
Christoph Willibald Gluck (Berching, 2 de julho de 1714 – Viena, 15 de novembro de 1787) foi um compositor musical alemão. Juntamente com o seu principal libretista, Ranieri de' Calzabigi
(1714–1795), Gluck foi responsável pela “segunda reforma da ópera”. O
impacto dessa reforma ecoou durante muito tempo na história da música.
Por conta disso, durante mais de um século a obra de Gluck representou
uma fronteira intransponível. Nenhuma ópera séria anterior à sua
reforma era representada de forma regular.
Gioachino Antonio Rossini nasceu numa família de músicos em Pesaro, cidade na costa do mar Adriático, na Itália. Seu pai, Giuseppe, era um trompista e inspector de matadouros, e sua mãe, Anna Guidarini, era uma cantora, filha de um padeiro. Os pais de Rossini começaram cedo sua educação musical, e aos seis anos de idade ele já tocava o triângulo na banda de seu pai.
O pai de Rossini simpatizava com a Revolução Francesa, e deu as boas-vindas às tropas de Napoleão quando elas invadiram o norte da Itália. Isto tornou-se um problema quando os austríacos restauraram o antigo regime, em 1796. O pai de Rossini foi preso, e sua mãe o levou a Bolonha, onde ela passou a ganhar a vida como cantora nos diversos teatros da região da Romanha,
onde seu pai eventualmente pode juntar-se a eles. Durante todo este
tempo, Rossini frequentemente foi deixado sob os cuidados de sua avó,
já idosa, que não podia controlar efetivamente o garoto.
Após o retorno de seu pai, Rossini permaneceu em Bolonha, sob os cuidados de um talhante de porcos, enquanto seu pai tocava a trompa nas orquestras dos mesmos teatros em que Anna cantava. O garoto teve aulas de cravo por três anos com Giuseppe Prinetti, de Novara;
este seu professor, que costumava tocar as escalas com apenas dois
dedos. Paralelamente à sua profissão musical tinha um emprego como
vendedor de bebidas alcoólicas, e uma propensão para adormecer de pé; tais qualidades tornaram-no objecto de ridicularização por parte de seu pupilo.
Aos catorze anos (idade que ele tinha no ano de 1806), Rossini inscreve-se no liceu musical da cidade e apaixona-se pelas composições de Haydn e Mozart, mostrando grande admiração pelas óperas de Cimarosa. Estuda violoncelo com Cavedagni no Conservatório de Bolonha. Em 1807 é admitido na classe de contraponto do padre Stanislao Mattei. Aprende a tocar violoncelo
com facilidade, mas a pedante gravidade de Mattei nas suas opiniões
sobre o contraponto só serviu para impulsionar o jovem compositor em
direcção a uma escola de composição mais liberal. Sua visão sobre
recursos orquestrais não é geralmente atribuída às regras de composição
estritas que ele aprendeu com Mattei, mas aos conhecimentos adquiridos
independentemente ao seguir as sinfonias e quartetos de Haydn e Mozart. Em Bolonha, ele era conhecido como "il tedeschino" ("o alemãozinho") por conta de sua devoção a Mozart.
Início da carreira
Através da amigável interposição do Marquês Cavalli, a sua primeira ópera, La cambiale di matrimonio, foi produzida em Veneza quando ele era um jovem de apenas 18 anos. No entanto, dois anos antes, já tinha recebido o prémio no Conservatório de Bolonha para sua cantata Il pianto de Armonia sulla morte de Orfeo.
Entre 1810 e 1813, em Bolonha, Roma, Veneza e Milão, Rossini seguiu produzindo óperas de sucesso variável. A memória destas obras foi suplantada pelo enorme sucesso de sua ópera Tancredi.
O libreto foi uma adaptação feita por Gaetano Rossi da tragédia Tancrède de Voltaire. Vestígios de Ferdinando Paër e Giovanni Paisiello
estão inegavelmente presentes em alguns fragmentos da música.
Contudo, qualquer sentimento crítico por parte do público foi afogado
pela apreciação de tais melodias como "Di tanti palpiti … Mi rivedrai, ti rivedrò", que se tornou tão popular que os italianos cantavam-na em multidões nos tribunais até que o juíz ordenasse que parassem.
Rossini continuou a escrever óperas para Veneza e Milão durante os anos
seguintes, mas a sua recepção era fria e, em alguns casos,
insatisfatória após o sucesso de Tancredi. Em 1815 retira-se para a sua casa em Bolonha, onde Domenico Barbaia, o empresário do teatro de Nápoles, concluiu um acordo com ele para a tomar a direcção musical do Teatro San Carlo e do Teatro Del Fondo em Nápoles, escrevendo para cada um deles uma ópera por ano. Seu vencimento deveria ser 200 ducados por mês; a este valor juntar-se-ia uma parte dos lucros das mesas de jogo instaladas no ridotto
do teatro, que se elevava a cerca de 1000 ducados por ano. Este era
um acordo extremamente lucrativo para qualquer músico profissional
nessa altura.
Alguns compositores mais velhos, em Nápoles, nomeadamente Zingarelli e Paisiello,
estavam inclinados à intriga contra o sucesso do jovem compositor,
mas toda essa hostilidade foi fútil face ao entusiasmo com que foi
recebida a execução na corte de Elisabetta, regina d'Inghilterra, na qual Isabella Colbran, que posteriormente se tornou a esposa do compositor, desempenhou um papel principal. O libreto da ópera feito por Giovanni Schmidt, foi em muitos aspectos uma antecipação do que seria apresentado ao mundo alguns anos mais tarde, em Kenilworth de Sir Walter Scott. Esta ópera foi a primeira em que Rossini escreveu os ornamentos das árias em vez de deixá-los a cargo dos cantores, e também a primeira em que o recitativo secco foi substituído por um recitativo acompanhado de um quarteto de cordas.
A sua mais famosa ópera foi apresentada em 20 de fevereiro de 1816, no Teatro Argentina, em Roma. O libreto de Cesare Sterbini, uma versão da polémica peça de Beaumarchais, Le Barbier de Séville, era o mesmo que havia sido utilizado por Giovanni Paisiello no seu próprio Barbiere,
uma ópera que tinha beneficiado de popularidade na Europa durante
mais de um quarto de século. Mais tarde, Rossini afirmou ter escrito a
ópera em apenas doze dias. Foi um estrondoso fracasso quando fez a
sua estreia como Almaviva;
os admiradores de Paisiello ficaram extremamente indignados,
sabotando a produção assobiando e gritando durante todo o primeiro
acto. Contudo, pouco tempo depois da segunda apresentação, a ópera
tornou-se tão bem sucedida que a fama da ópera de Paisiello foi
transferida para a de Rossini, para quem o título O Barbeiro de Sevilha passou como um património inalienável.
Casamento e fim de carreira
Entre 1815 e 1823 Rossini produziu 20 óperas. Destas, Otello
foi o clímax da sua reforma da ópera séria, e oferece um sugestivo
contraste com o tratamento do mesmo assunto numa altura semelhante de
desenvolvimento artístico pelo compositor Giuseppe Verdi.
No tempo de Rossini o desfecho trágico foi tão mal recebido pelo
público que tornou-se necessário inventar um final feliz para Otello.
As condições de produção em palco em 1817 são ilustradas pela aceitação por Rossini do tema da Cinderela para um libreto apenas na condição de que o elemento sobrenatural fosse omitido. A ópera La Cenerentola foi tão bem sucedida como Il Barbiere. A ausência de uma precaução semelhante na construção de sua Mosè in Egitto levou ao desastre na cena que retrata a passagem dos israelitas através do Mar Vermelho,
na qual os defeitos nos mecanismos de palco sempre suscitavam uma
gargalhada geral, de tal modo que, após algum tempo, o compositor foi
obrigado a introduzir o coro "Dal tuo stellato Soglio" para desviar a atenção da partição das ondas.
Em 1822, quatro anos após a elaboração deste trabalho, Rossini casou com a soprano Isabella Colbran. No mesmo ano, dirigiu a sua Cenerentola em Viena, onde Zelmira também foi apresentado. Após isto, voltou a Bolonha; contudo um convite do príncipe Metternich para ir a Verona
e "auxiliar no restabelecimento da harmonia" era muito tentador para
ser recusado; ele chegou ao Congresso em tempo útil para a sua
abertura em 20 de Outubro de 1822. Aqui fez amizade com Chateaubriand e Dorothea Lieven.
Em 1823, por sugestão do gerente do King's Theatre, em Londres, foi para Inglaterra, sendo muito festejado na sua passagem por Paris. Em Inglaterra, foi agraciado com um generoso acolhimento, que incluiu ser apresentado ao Rei Jorge IV e a recepção de £7000 após uma permanência de cinco meses. Em 1824 tornou-se director do Théâtre italien de Paris
em Paris, com um salário de £800 por ano, e quando o acordo chegou ao
fim, foi recompensado com o gabinete de Compositor Chefe do Rei e
Inspector-Geral da Canção em França, cargo a que foi anexado o mesmo
rendimento. Com a idade de 32, Rossini entrou em semi-aposentadoria, com
independência financeira.
A produção de seu Guilherme Tell em 1829 marca o final da sua carreira como escritor de óperas. O libreto foi escrito por Étienne Jouy e Hippolyte Bis, e posteriormente revisto por Armand Marrast.
A música é notável pela sua liberdade relativamente às convenções
descobertas e utilizadas por Rossini nas suas obras anteriores, e marca
uma fase de transição na história da ópera. Embora seja uma boa ópera,
hoje em dia raramente é ouvida na íntegra, pois a sua versão original
tem uma duração superior a quatro horas.
Em 1829 Rossini voltou para Bolonha. A sua mãe tinha morrido em 1827,
e ele estava ansioso por estar com seu o pai. Diligências com vista
ao seu regresso a Paris, com um novo acordo, foram afectadas pela
abdicação de Carlos X e pela Revolução de julho de 1830. Rossini, que considerava o tema de Fausto para uma nova ópera, regressou a Paris em novembro daquele ano.
Seis movimentos do seu Stabat Mater
foram escritos em 1832 e os restantes em 1839, o ano da morte de seu
pai. O sucesso desta obra é comparável com os seus sucessos em óperas;
mas seu comparativo silêncio durante o período de 1832 até sua morte
em 1868
faz a sua biografia parecer quase a narrativa de duas vidas - uma vida
de rápido triunfo, e a longa vida de reclusão, da qual os biógrafos nos
dão imagens na forma de histórias da sagacidade cínica do compositor,
as suas especulações na cultura de peixes, a sua máscara de humildade
e indiferença.
Fim da vida
A sua primeira esposa morreu em 1845, e em 16 de agosto de 1846, casou com Olympe Pélissier, que havia posado para Vernet no seu quadro de Judite e Holofernes. Distúrbios políticos levaram Rossini a abandonar Bolonha, em 1848. Depois de viver durante um tempo em Florença, instalou-se em Paris em 1855, onde a sua casa era um centro da sociedade artística. Ele morreu na sua casa de campo em Passy numa sexta-feira, 13 de novembro de 1868 e foi sepultado no cemitério Père Lachaise, em Paris, França. Em 1887, os seus restos mortais foram transferidos para a Basílica da Santa Cruz, em Florença, onde agora repousam.