domingo, fevereiro 27, 2011

Poesia dedicada ao momento que vivemos e ao líder que nos guia

Discurso do filho da puta

O pequeno filho da puta
é sempre
um pequeno filho da puta;
mas não há filho da puta,
por pequeno que seja,
que não tenha
a sua própria
grandeza,
diz o pequeno filho da puta.
no entanto, há
filhos-da-puta que nascem
grandes e filhos da puta
que nascem pequenos,
diz o pequeno filho da puta.
de resto,
os filhos da puta
não se medem aos
palmos,diz ainda
o pequeno filho da puta.
o pequeno
filho da puta
tem uma pequena
visão das coisas
e mostra em
tudo quanto faz
e diz
que é mesmo
o pequeno
filho da puta.
no entanto,
o pequeno filho da puta
tem orgulho
em ser
o pequeno filho da puta.
todos os grandes
filhos da puta
são reproduções em
ponto grande
do pequeno
filho da puta,
diz o pequeno filho da puta.
dentro do
pequeno filho da puta
estão em ideia
todos os grandes filhos da puta,
diz o
pequeno filho da puta.
tudo o que é mau
para o pequeno
é mau
para o grande filho da puta,
diz o pequeno filho da puta.
o pequeno filho da puta
foi concebido
pelo pequeno senhor
à sua imagem
e semelhança,
diz o pequeno filho da puta.

é o pequeno filho da puta
que dá ao grande
tudo aquilo de que
ele precisa
para ser o grande filho da puta,
diz o
pequeno filho da puta.
de resto,
o pequeno filho da puta vê
com bons olhos
o engrandecimento
do grande filho da puta:
o pequeno filho da puta
o pequeno senhor
Sujeito Serviçal
Simples Sobejo
ou seja,
o pequeno filho da puta.

II

o grande filho da puta
também em certos casos começa
por ser
um pequeno filho da puta,
e não há filho da puta,
por pequeno que seja,
que não possa
vir a ser
um grande filho da puta,
diz o grande filho da puta.
no entanto,
há filhos da puta
que já nascem grandes
e filhos da puta
que nascem pequenos,
diz o grande filho da puta.
de resto,
os filhos-da-puta
não se medem aos
palmos, diz ainda
o grande filho-da-puta.
o grande filho da puta
tem uma grande
visão das coisas
e mostra em
tudo quanto faz
e diz
que é mesmo
o grande filho da puta.
por isso
o grande filho da puta
tem orgulho em ser
o grande filho da puta.
todos
os pequenos filhos da puta
são reproduções em
ponto pequeno
do grande filho da puta,
diz o grande filho da puta.
dentro do
grande filho da puta
estão em ideia
todos os
pequenos filhos da puta,
diz o
grande filho da puta.
tudo o que é bom
para o grande
não pode
deixar de ser igualmente bom
para os pequenos filhos da puta,
diz
o grande filho da puta.
o grande filho da puta
foi concebido
pelo grande senhor
à sua imagem e
semelhança,
diz o grande filho da puta.

é o grande filho da puta
que dá ao pequeno
tudo aquilo de que ele
precisa para ser
o pequeno filho da puta,
diz o
grande filho da puta.
de resto,
o grande filho da puta
vê com bons olhos
a multiplicação
do pequeno filho da puta:
o grande filho da puta
o grande senhor
Santo e Senha
Símbolo Supremo
ou seja,
o grande filho da puta.

Alberto Pimenta

Borodin morreu há 124 anos


Aleksandr Porfirevich Borodin (São Petersburgo, 12 de Novembro de 1833 - 27 de Fevereiro de 1887), compositor e químico russo de origem georgiana. Foi membro do nacionalista Grupo dos Cinco, ao lado de Mily Balakirev, César Cui, Modest Mussorgsky e Nikolai Rimsky-Korsakov.

sábado, fevereiro 26, 2011

Walking to New Orleans - hoje é dia de Fats Domino

Ring of fire - recordar o verdadeiro MIB


Johnny Cash - Ring of Fire


Love is a burning thing
and it makes a firery ring
bound by wild desire
I fell in to a ring of fire...


I fell in to a burning ring of fire
I went down,down,down
and the flames went higher.
And it burns,burns,burns
the ring of fire
the ring of fire.


The taste of love is sweet
when hearts like our's meet
I fell for you like a child
oh, but the fire went wild..


I fell in to a burning ring of fire...

Paco Bandeira faz concorrência a Deolinda - cheira a fim de regime...

Fats Domino nasceu há 83 anos


Antoine Dominique "Fats" Domino Jr. (born February 26, 1928) is an American R&B and rock and roll pianist and singer-songwriter. He was born and raised in Vacherie, Louisiana.


Johnny Cash nasceu há 79 anos



John R. Cash, mais conhecido como Johnny Cash, (Kingsland, 26 de Fevereiro de 1932Nashville12 de Setembro de 2003) foi um cantor e compositor  norte-americano de música country, conhecido por seus fãs como "O Homem de  Preto". Em uma carreira que durou quase cinco décadas ele foi para  muitas pessoas a personificação do country. Sua voz sepulcral e o  distintivo som "boom chicka boom" de sua banda de apoio "Tennessee Two"  são algumas de suas "marcas registadas".

sexta-feira, fevereiro 25, 2011

Música de Júlio Pereira para geopedrados


Diz que diz - Júlio Pereira /Sara Tavares (Graffiti)

Diz quem sabe que o calor vai aumentar
diz quem pode que os impostos vão subir
e a gente a duvidar
se foi isto que Deus quis
ou é o refrão que ao chegar
diz que diz


Fala quem fala e quem sempre falou
fala quem gosta de falar
e a vizinha que jamais se calou
diz que me viu a namorar
que o sol se apagou
o tempo mudou
o mundo acabou


Diz o povo que o futuro vai chegar
diz a sorte que o senão vem a seguir
e a gente a perguntar
se não dá pra ser feliz
ou é o refrão que ao chegar
pede bis


Fala quem fala e quem sempre falou
fala quem gosta de falar
e a vizinha que jamais se calou
diz que me viu a namorar
o dia voltou
o tempo passou
o mundo girou

Sócrates lava mais branco

(imagem daqui)

Juiz Carlos Alexandre perde «grandes processos»
Governo, com base em estatísticas falsas, vai nomear um segundo juiz para o Tribunal Central de Instrução Criminal

O Governo quer retirar ao juiz Carlos Alexandre metade dos grandes processos de corrupção e grande criminalidade no Estado, com base em estatísticas falsas, que criam a necessidade artificial de nomear um segundo juiz.

O titular do Tribunal Central, nos últimos anos, foi o responsável pela maioria das buscas e ordens para julgar políticos, banqueiros e grandes empresários. Carlos Alexandre foi o juiz que autorizou buscas para apurar suspeitas de corrupção no processo Freeport, que permitiu ao Ministério Público invadir os maiores bancos e grupos económicos no Processo Furacão, que prendeu Oliveira e Costa e pronunciou todos os arguidos dos processos Portucale e das contrapartidas pela compra dos submarinos.


Agora, o magistrado vai deixar de ser o titular exclusivo do Tribunal Central de Instrução Criminal. Este projecto do Governo, que visa reorganizar os tribunais de Lisboa, propõe a redução de 63 juízes na nova comarca da capital mas, contra a corrente, a nomeação de mais um para o Tribunal Central.

A proposta de decreto-lei de Alberto Martins assenta num estudo estatístico do Ministério da Justiça, que está recheado de dados falsos. O número de processos pendentes no tribunal de Carlos Alexandre aparece multiplicado por dez, o que justifica a nomeação de outro juiz.

O relatório afirma que, em 2010, entraram 17 processos no Tribunal Central e esse é o dado que mais se aproxima da realidade, porque foram 18. Mas acrescenta que só três processos estão concluídos por Carlos Alexandre, quando na realidade foram 15, cinco vezes mais.

O dado mais grave refere-se aos processos pendentes: 23, declara o Ministério da Justiça, mas neste momento, são apenas três, cerca de oito vezes menos.

Desses três processo, dois tem já conclusão marcada: o dos CTT, para segunda-feira, e o Processo face Oculta, para 14 de Março. Nessas datas vai saber-se se Armando Vara, José Penedos, Carlos Horta e Costa e outros arguidos influentes vão ou não a julgamento.

O Tribunal Central, daqui a três semanas, ficará apenas com um, um único, processo pendente e de muito menor complexidade, resultante da separação de alguns factos menores do Processo Face Oculta, mas, por vontade do Governo, receberá em breve um segundo juiz.

O director-geral da Administração da Justiça, Juiz Desembargador Pedro Lima Gonçalves, informou a TVI de que os dados que os autores do relatório recolheram do sistema informático Habilus são praticamente iguais aos reais, que hoje apresentamos. Só que esses dados foram depois «cruzados» com estatísticas, não consolidadas, da Direcção-Geral de Política de Justiça. Desse cruzamento terá nascido o erro. 

in TVI 24

NOTA: para memória futura, não se vá dar o azar de algum moço de avental mandar apagar tudo, aqui fica a versão da notícia em vídeo:

Recordar Alfredo Marceneiro

Alfredo Marceneiro nasceu há 120 anos

Alfredo Rodrigo Duarte ComIH (n. Lisboa, 25 de Fevereiro de 1891 - m. Lisboa, 26 de Junho de 1982) mais conhecido como Alfredo Marceneiro devido a sua profissão, foi um fadista Português que marcou uma época, detentor de uma voz inconfundível tornando-se um marco deste género da canção em Portugal.




Cesário Verde nasceu há 156 anos




(imagem daqui)

José Joaquim Cesário Verde (Lisboa, 25 de Fevereiro de 1855Lumiar, 19 de Julho de 1886) foi um poeta português, sendo considerado um dos precursores da poesia que seria feita em Portugal no século XX.
Filho do lavrador e comerciante José Anastácio Verde e de Maria da Piedade dos Santos Verde, Cesário matriculou-se no Curso Superior de Letras em 1873, mas apenas o frequentou alguns meses. Ali conheceu Silva Pinto, que ficou seu amigo para o resto da vida. Dividia-se entre a produção de poesias (publicadas em jornais) e as actividades de comerciante herdadas do pai.
Em 1877 começou a ter sintomas de tuberculose, doença que já lhe tirara o irmão e a irmã. Estas mortes inspiraram contudo um de seus principais poemas, Nós (1884).
Tenta curar-se da tuberculose, mas sem sucesso, vem a falecer no dia 19 de Julho de 1886. No ano seguinte Silva Pinto organiza O Livro de Cesário Verde, compilação da sua poesia publicada em 1901.
No seu estilo delicado, Cesário empregou técnicas impressionistas, com extrema sensibilidade ao retratar a Cidade e o Campo, que são os seus cenários predilectos. Evitou o lirismo tradicional, expressando-se de uma forma mais natural.

in Wikipédia

DESLUMBRAMENTOS

Milady, é perigoso contemplá-la,
Quando passa aromática e normal,
Com seu tipo tão nobre e tão de sala,
Com seus gestos de neve e de metal.

Sem que nisso a desgoste ou desenfade,
Quantas vezes, seguindo-lhe as passadas,
Eu vejo-a, com real solenidade,
Ir impondo toilettes complicadas!…

Em si tudo me atrai como um tesoiro:
O seu ar pensativo e senhoril,
A sua voz que tem um timbre de oiro
E o seu nevado e lúcido perfil!

Ah! Como me estonteia e me fascina…
E é, na graça distinta do seu porte,
Como a Moda supérflua e feminina,
E tão alta e serena como a Morte!…

Eu ontem encontrei-a, quando vinha,
Britânica, e fazendo-me assombrar;
Grande dama fatal, sempre sozinha,
E com firmeza e música no andar!

O seu olhar possui, num jogo ardente,
Um arcanjo e um demónio a iluminá-lo;
Como um florete, fere agudamente,
E afaga como o pêlo dum regalo!

Pois bem. Conserve o gelo por esposo,
E mostre, se eu beijar-lhe as brancas mãos,
O modo diplomático e orgulhoso
Que Ana de Áustria mostrava aos cortesãos.

E enfim prossiga altiva como a Fama,
Sem sorrisos, dramática, cortante;
Que eu procuro fundir na minha chama
Seu ermo coração, como a um brilhante.

Mas cuidado, milady, não se afoite,
Que hão-de acabar os bárbaros reais;
E os povos humilhados, pela noite,
Para a vingança aguçam os punhais.

E um dia, ó flor do Luxo, nas estradas,
Sob o cetim do Azul e as andorinhas,
Eu hei-de ver errar, alucinadas,
E arrastando farrapos - as rainhas!

Renoir nasceu há 170 anos

Auto-retrato - retirado daqui

Pierre-Auguste Renoir (Limoges, 25 de Fevereiro de 1841Cagnes-sur-Mer, 3 de Dezembro de 1919) foi um dos mais célebres pintores franceses e um dos mais importantes nomes do movimento impressionista.
Desde o princípio sua obra foi influenciada pelo sensualismo e pela elegância do rococó, embora não faltasse um pouco da delicadeza de seu ofício anterior como decorador de porcelana. Seu principal objetivo, como ele próprio afirmava, era conseguir realizar uma obra agradável aos olhos. Apesar de sua técnica ser essencialmente impressionista, Renoir nunca deixou de dar importância à forma - de fato, teve um período de rebeldia diante das obras de seus amigos, no qual se voltou para uma pintura mais figurativa, evidente na longa série Banhistas. Mais tarde retomaria a plenitude da cor e recuperaria sua pincelada enérgica e ligeira, com motivos que lembram o mestre Ingres, por sua beleza e sensualidade.

Le Moulin de la Galette

O imortal Caruso nasceu há 138 anos


Enrico Caruso (Nápoles, 25 de Fevereiro de 1873 — Nápoles, 2 de Agosto de 1921) foi um tenor italiano, considerado, inclusive pelo ilustre Luciano Pavarotti, o maior intérprete da música erudita de todos os tempos.

quinta-feira, fevereiro 24, 2011

Actualização sobre o sismo de Christchurch

Número de mortos em Christchurch sobe para 98

As equipas de resgate continuam à procura de sobreviventes

O balanço oficial de mortos do sismo em Christchurch é já de 98 mas as autoridades daquela que é a segunda cidade da Nova Zelândia temem que os mais de 200 desaparecidos possam aumentar este número.

As equipas de resgate estão concentradas no edifício da televisão local, a Canterbury Television (CTV), que ficou totalmente destruído e onde muitas pessoas, incluindo um grupo de 30 estudantes japoneses, eram dados como desaparecidos. Foram retirados alguns corpos dos destroços, nas últimas horas, aumentando o balanço oficial de baixas.

Dois dias depois do sismo que atingiu uma magnitude de 6.3 na escala de Richter, as autoridades de Christchurch contam com equipas cinotécnicas japonesas e norte-americanas e aparelhos de detecção de som em escombros para procurar sobreviventes.

“Vivemos dias terríveis. Todas as pessoas das equipas de salvamento estão cheias de esperança de encontrar alguém vivo”, disse o mayor de Christchurch, Bob Parker numa altura em que já não aparecem pessoas vivas nos escombros. Só do edifício da CTV foram retirados 47 corpos nas últimas horas.

Entre as poucas histórias de sobreviventes resgatados dos escombros está a da australiana Ann Voss, que estava num dos mais danificados edifícios, o Pine Gould, um prédio de empresas, quando ocorreu o sismo. Refugiou-se debaixo de uma mesa. E ali ficou mais de 24 horas, durante as quais foi usando o telemóvel para falar com os filhos e até com duas cadeias de televisão. E nunca pensou que ia salvar-se. “Telefonei aos meus filhos para me despedir. Chorávamos todos, mas eu tinha de dizer adeus”. Acabou por ser encontrada.

“De hora a hora paramos com a remoção de escombros e fazemos uma vistoria técnica, mas para ser realista, com base no que vimos até agora, não acredito que se vá encontrar alguém vivo naquele edifício”, disse à Reuters Jim Stuart Black, responsável dos bombeiros no local.

“Estamos muito preocupados com o facto do balanço de mortes poder crescer mais do que podíamos esperar. A cidade parece uma zona de guerra, vista de cima. Edifício atrás de edifício, tudo colapsou”.

As autoridades avançaram ontem com a primeira lista oficial de nomes de vítimas mortais, entre elas dois bebés com menos de um ano.

“Sabemos que é uma espera agonizante para as famílias, desesperadas por saber sobre os seus, mas há requisitos legais que têm de ser cumpridos”, adiantou ao New Zealand Herald Mike Wright, chefe da equipa de identificação das vítimas. Está a ser feita identificação por impressão digital, ADN, registo dentário e informação pessoal transmitida pela família.

Humor de uma personagem inventada por Maria de Lurdes Rodrigues e José Sócrates




NOTA: tem toda a razão - muitos já não são educáveis - pais, filhos e políticos... Obrigado, Bino, obrigado, Milu, obrigado, Sócrates.

Divulgação científica - o contributo de uma minha ex-aluna da Universidade de Aveiro (UA)

Em prol da alfabetização científica
Estudante de Biologia da UA dá contributo para levar ciência a todos os públicos


Vera Ferreira, 23 anos, é aluna da Universidade de Aveiro e está a realizar um estágio profissionalizante (4º ano opcional da licenciatura em Biologia) na área da comunicação de ciência, no Parque de Las Ciencias, em Granada. O gosto por comunicar ciência levou-a a querer saber mais sobre a iniciativa «Jovem Jornalista de Ciência», promovida pelo «Ciência Hoje» mas o contacto com este jornal online português de ciência resultou num compromisso mais sério: a colaboração regular numa secção criada à sua medida.


@ua_online - Como surgiu o convite para ser colaboradora do Ciência Hoje?
Vera Ferreira (VF) - Após ter pedido informações sobre a nova iniciativa Jovem «Jornalista» de Ciência, promovida pelo jornal. A iniciativa não se adequava à minha faixa etária mas foi-me proposto pelo director do jornal, Jorge Massada, que escrevesse um pequeno artigo sobre a minha experiência no mundo da comunicação de ciência. O convite foi uma surpresa, ainda mais pelo facto de o director ter visto nesta participação a oportunidade de criar uma secção no jornal dedicada a colaboradores externos.

@ua_online - O que a levou a aceitar o desafio?
VF - Do meu ponto de vista, o Ciência Hoje desempenha um papel muito importante na divulgação da actividade científica desenvolvida em Portugal e no estrangeiro. Para alguém que está a começar a trilhar os caminhos da divulgação científica, a oportunidade que me foi dada não poderia ser recusada.

@ua_online - Que reflexo espera venha a ter esta colaboração?
VF - Espero vir a aumentar a minha (ainda pouca) experiência na área com o apoio de uma equipa qualificada, desenvolver não só as minhas capacidades comunicativas mas também contribuir para a alfabetização científica, levando a ciência a todos os públicos.


Biologia: uma formação atractiva

@ua_online - Quais os motivos que a levaram a estudar Biologia na Universidade de Aveiro?
VF - Foi a minha primeira opção. Dentro do conjunto de universidades que oferecem o curso de Biologia, o programa da UA era o mais atractivo, por ser muito diverso e com forte ligação à investigação. A disciplina de Pesquisa (3º ano) e o Estágio (4º ano opcional) proporcionam uma integração no mundo da investigação e até funcionam, de uma forma transitória e acompanhada, como uma via para o mercado de trabalho; uma mais valia do curso, sem dúvida!

@ua_online - O curso e a UA corresponderam às suas expectativas?
VF - O Departamento de Biologia é bastante acessível. Os professores são muito cooperantes e interessados no bom desempenho dos seus alunos. Os laboratórios de aulas proporcionam todas as condições para uma boa aprendizagem, com todas as condições e equipamentos necessários. A Biologia é um campo muito amplo e o curso faz um apanhado de todas as áreas. O facto de termos muitas cadeiras de opção permite que os alunos delineiem o seu próprio percurso consoante as suas preferências.
A UA é uma universidade jovem, moderna, com um ambiente informal e com um grande espírito académico. Bastante informatizada e com elevadas preocupações em termos de acessibilidade. Não poderia estar mais satisfeita com as condições que nos são dadas.

@ua_online - Que competências adquiriu ao longo do curso e que adequabilidade entende terem para o bom desempenho da sua profissão?
VF - A apresentação de trabalhos é uma parte importante da avaliação das disciplinas e há uma grande preocupação por parte dos professores do Departamento em desenvolver as capacidades de comunicação dos seu alunos. Somos constantemente solicitados a expor oralmente trabalhos de investigação/pesquisa, o que fez com que a minha capacidade de comunicação oral e o à vontade com a assistência se desenvolvessem.
Depois, a licenciatura em Biologia conjuga outras áreas como a química e a física, competências que agora me permitem colaborar em projectos multidisciplinares.

@ua_online - É uma formação que o mercado de trabalho precisa/procura?
VF - Há cada vez mais cientistas a fazerem parte de equipas multidisciplinares de comunicação ou consultadoria. É importante que não só pedagogos ou comunicadores sociais façam parte destes grupos, mas que haja uma colaboração próxima com os investigadores para que se mantenha uma das características principais da ciência: o rigor.
Portugal está no bom caminho para a promoção da cultura científica pois o programa Ciência Viva tem-na fomentado de forma correcta. E a procura deste tipo de equipas vem dos mais diversos tipos de instituições: universidades, centros de ócio e museus de educação informal de ciência, câmaras municipais...


Estágio no Parque de las Ciencias

@ua_online - O que a levou ao exercício da sua actual actividade no Parque de las Ciencias
VF - Tudo aconteceu porque, no ano lectivo passado (2009-2010), estava apenas a fazer a Pesquisa do 3º ano da licenciatura (24 ECTS) e, por isso, pude preencher os restantes créditos com disciplinas de mestrado. Fiz, então, a disciplina de Exposição, Divulgação e Comunicação em Biociências.
Este ano lectivo decidi fazer o estágio profissionalizante (4º ano opcional) na área da comunicação de ciência. Queria dar os primeiros passos nesta área mas desconhecia a existência do Parque. A escolha do local para a realização do estágio foi da responsabilidade ao meu actual orientador da UA, Prof. Paulo Trincão, que já conhecia de perto o trabalho que o Parque desenvolve.
O Parque de las Ciencias oferece um conjunto de actividades educativas a escolas e professores contribuindo para o ensino não-formal da ciência através de ateliês, formação, guias e cadernos didácticos. Em Novembro do ano passado fui integrar o Departamento de Educação e Actividades. O meu compromisso era o de conhecer os espaços museológicos e aprender o máximo sobre as actividades desenvolvidas no Departamento para que, numa segunda fase, possa desenvolver o meu próprio projecto.

@ua_online - Como pode descrever exactamente o seu trabalho e o seu dia a dia
VF - O meu estágio está dividido em duas fases: na primeira tomei conhecimento da estrutura interna do Parque e das actividades que se promovem dentro e fora do museu. Neste momento, na segunda fase, o dia-a-dia é passado entre dois trabalhos paralelos: a participação activa na construção, desenvolvimento e acompanhamento de actividades educativas e o desenvolvimento do meu próprio projecto de estágio. Sempre que há oportunidade é-me dada a possibilidade de assistir aos ateliers educativos, às conferências ou outra actividade que seja promovida no/pelo Parque.

@ua_online - Como está a decorrer a experiência em Granada. As relações profissionais e hábitos diários são muito diferentes?
VF - Em relação à rotina diária há duas diferenças bastante grandes, uma das quais requereu (e ainda requer) grande esforço adaptativo: a hora de almoço começa às três da tarde! A cultura desportiva dos granadinos é muito marcante pois não se acomodam só com as inúmeras actividades culturais que a cidade oferece, mas também passam, muito tempo a passear e a fazer desporto.
As relações profissionais são muito pouco burocratas e muito agradáveis. Todos os colegas do Departamento de Educação (na maioria professores) contribuíram para a minha rápida integração. Não me foram impostas quaisquer restrições na utilização das ferramentas que o museu possui e a interacção com outros departamentos (Comunicação, Infografia, etc.) é muito acessível. Pela semelhança com a nossa, também a língua não se revelou uma dificuldade: basta conhecer as palavras que são efectivamente diferentes.

@ua_online - Regressar a Portugal continua nos seus planos? Quando?
VF - Voltarei ainda antes do final do ano lectivo para terminar a parte escrita do projecto de estágio, sendo que ainda não está definido o local da sua apresentação. Regressar definitivamente é uma incerteza. Em grande parte dependerá do local onde venha a realizar a tese de mestrado, algo que também não está definido. 


NOTA:  já tinhamos aqui falado desta experiência da Vera - ler AQUI.

Continua a procura de hidrcarbonetos na zona de Aljubarrota e Alcobaça

Empresa quer fazer ‘ecografia’ ao subsolo
Petróleo ou gás sob o Mosteiro de Alcobaça

Nesta fase, os trabalhos de prospecção estão a decorrer nas zonas de Aljubarrota e Alpedriz

A empresa norte-americana Mohave Oil & Gas Corporation, que está a fazer prospecção de petróleo e gás natural na região de Alcobaça, já tem autorização da autarquia local para fazer testes sísmicos a 500 metros do Mosteiro, classificado pela UNESCO como Património da Humanidade. O avanço dos trabalhos está no entanto dependente de autorização do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR).

A Câmara de Alcobaça autorizou os trabalhos na cidade, com a salvaguarda de "haver uma área de protecção ao Mosteiro e ao centro histórico, autorizada pelo IGESPAR", revelou ontem o presidente, Paulo Inácio, adiantando que a operação se justifica "para bem da Nação". Os trabalhos deverão prolongar-se por uma semana e constam de "uma ‘ecografia' ao subsolo, para traçar a cartografia da sua superfície e identificar a existência de petróleo ou gás natural", explicou ao Correio da Manhã Rui Vieira, geólogo da Mohave Oil & Gas.

Actualmente, os trabalhos decorrem nas zonas de Aljubarrota e Alpedriz, que estão a ser alvo de "varrimentos" para detectar indícios de existência de petróleo ou gás natural, de forma a depois serem feitas sondagens que permitam avaliar a qualidade da jazida e a rentabilidade da sua exploração.

O projecto global da petrolífera já está cumprido a trinta por cento, e envolve a colocação, ao longo de 160 quilómetros quadrados, de 8500 estações de emissão e dez mil de recepção da informação do sinal sísmico gerado por máquinas que fazem vibrar o solo. "É uma grande agitação de máquinas", conta Américo Ribeiro, morador em Alpedriz. "Não sei se seria bom encontrarem alguma coisa. É uma localidade muito tranquila, a população não ia gostar de muito barulho com as movimentações, mas também podia ser bom para a economia."

As equipas que fazem os testes sísmicos são acompanhadas por militares da GNR, que garantem a realização dos trabalhos em segurança e sem condicionar o trânsito.

PROPRIETÁRIOS DOS TERRENOS TÊM COLABORADO

"Começámos por pedir permissão a todos os proprietários de terrenos onde temos de colocar as caixas para onde é transmitida a informação destas vibrações. Os ‘vibradores' têm placas que encostam ao chão quatro vezes, 12 segundos cada, a terra treme e a informação é recolhida. Tudo é registado, medido e monitorizado, para o caso de haver reclamações", disse ontem uma fonte ligada às operações, adiantando que tem havido boa colaboração dos proprietários, que se mostram "interessados" no projecto. 

in CM - ler notícia

Como um governo pode obter imprensa amiga em situação de crise




(imagem daqui)


Descontentamento
Salários milionários na RTP

Presidente da RTP vai ser chamado ao Parlamento pelo BE para explicar “ajustamentos de remunerações” a alguns cargos de chefia.

El-Rei D. José morreu há 234 anos


D. José I de Portugal (nome completo: José Francisco António Inácio Norberto Agostinho de Bragança; 6 de Junho de 1714 - 24 de Fevereiro de 1777), cognominado O Reformador devido às reformas que empreendeu durante o seu reinado, foi Rei de Portugal da Dinastia de Bragança desde 1750 até à sua morte. Casou em 1729 com Mariana Vitória de Bourbon.