segunda-feira, junho 21, 2010

Música para celebrar a chegada do Verão

Porque o Solstício de Verão é exactamente às 12.28 horas locais de Portugal Continental (11.28 dos Açores e, simultaneamente, UTC - Tempo Universal), uma música de 1970 para celebrar o momento:


Mungo Jerry - In The Summertime

Chh chh-chh, uh, chh chh-chh, uh
Chh chh-chh, uh, chh chh-chh, uh...

In the summertime when the weather is high
You can stretch right up and touch the sky
When the weather's fine
You got women, you got women on your mind
Have a drink, have a drive
Go out and see what you can find

If her daddy's rich, take her out for a meal
If her daddy's poor, just do what you feel
Speed along the lane
Do a ton, or a ton and twenty-five
When the sun goes down, you can make it
Make it good in a lay-by

We're no threat, people, we're not dirty, we're not mean
We love everybody, but we do as we please
When the weather's fine
We go fishing or go swimming in the sea
We're always happy
Life's for living, yeah, that's our philosophy

Sing along with us, dee-dee-dee-dee-dee
Da-da-da-da-da, yeah, we're hap-happy
Da-da-da-da-dah....

Chh chh-chh, uh, chh chh-chh, uh
Chh chh-chh, uh, chh chh-chh, uh...

When the winter's here, yeah it's party time
Bring a bottle
Wear your bright clothes, it'll soon be summertime
And we'll sing again
We'll go drivin' or maybe we'll settle down
If she's rich, if she's nice
Bring your friends and we'll all go into town

domingo, junho 20, 2010

Xanana nasceu há 64 anos


Alexandre Kay Rala "Xanana" Gusmão (Manatuto, 20 de Junho de 1946) é um político timorense e um dos principais activistas pela independência de seu país, tendo sido durante largos anos chefe da resistência timorense, durante a ocupação indonésia. Foi o primeiro presidente da República de Timor-Leste, ocupando actualmente o cargo de primeiro-ministro.

sábado, junho 19, 2010

Faz hoje 44 anos...

... que Portugal derrotou o Brasil, num célebre jogo no Mundial de 1966 na Inglaterra. Para celebrar a data um filme com os grandes momentos do encontro:

sexta-feira, junho 18, 2010

Mísia canta Saramago

Waterloo - há 195 anos o imperador corso perdeu a guerra e a coroa


Morreu José Saramago


Jose-Saramago-1
(imagem daqui)

Morreu o senhor que trouxe o Prémio Nobel à Língua Portuguesa. Não era o meu escritor favorito nem nunca será (dele apenas gostei e consegui ler os livros Viagem a Portugal, de 1981, e de O Ano da Morte de Ricardo Reis, de 1984) mas deu um relevo à nossa língua que há muito merecia. Pessoalmente tinha preferido que, muito antes, Miguel Torga ou Jorge Amado tivessem ganho a medalha, mas a Academia Sueca assim não quis.

Não era nenhum santo, mas não iremos aqui falar mal de quem morreu - recordemos apenas o que a Wikipédia dizia deste escritor:


Foi galardoado com o Nobel de Literatura de 1998. Também ganhou o Prémio Camões, o mais importante prémio literário da língua portuguesa. Saramago é considerado o responsável pelo efectivo reconhecimento internacional da prosa em língua portuguesa.

O seu livro Ensaio Sobre a Cegueira foi adaptado para o cinema e lançado em 2008, produzido no Japão, Brasil e Canadá, dirigido por Fernando Meirelles (realizador de O Jardineiro Fiel e Cidade de Deus). Em 2010 o realizador português António Ferreira adapta um conto retirado do livro Objecto Quase, conto esse que viria dar nome ao filme Embargo, uma produção portuguesa em co-produção com o Brasil e Espanha.

Nasceu na província do Ribatejo, no dia 16 de Novembro, embora o registo oficial apresente o dia 18 como o do seu nascimento. Saramago, conhecido pelo seu ateísmo e iberismo, é membro do Partido Comunista Português e foi director do Diário de Notícias. Juntamente com Luiz Francisco Rebello, Armindo Magalhães, Manuel da Fonseca e Urbano Tavares Rodrigues foi, em 1992, um dos fundadores da Frente Nacional para a Defesa da Cultura (FNDC). Casado com a espanhola Pilar del Río, Saramago viveu em Lanzarote, nas Ilhas Canárias.

(...)

Saramago é conhecido por utilizar frases e períodos compridos, usando a pontuação de uma maneira não convencional. Os diálogos das personagens são inseridos nos próprios parágrafos que os antecedem, de forma que não existem travessões nos seus livros: este tipo de marcação das falas propicia uma forte sensação de fluxo de consciência, a ponto do leitor chegar a confundir-se se um certo diálogo foi real ou apenas um pensamento. Muitas das suas frases (i.e. orações) ocupam mais de uma página, usando vírgulas onde a maioria dos escritores usaria pontos finais. Da mesma forma, muitos dos seus parágrafos ocupariam capítulos inteiros de outros autores. Apesar disso o seu estilo não torna a leitura mais difícil, se os seus leitores se habituarem facilmente ao seu ritmo próprio.

Estas características tornam o estilo de Saramago único na literatura contemporânea: é considerado por muitos críticos um mestre no tratamento da língua portuguesa. Em 2003, o crítico norte-americano Harold Bloom, no seu livro Genius: A Mosaic of One Hundred Exemplary Creative Minds ("Génio: Um Mosaico de Cem Exemplares Mentes Criativas"), considerou José Saramago "o mais talentoso romancista vivo nos dias de hoje" (tradução livre de the most gifted novelist alive in the world today), referindo-se a ele como "o Mestre". Declarou ainda que Saramago é "um dos últimos titãs de um género literário que se está a desvanecer".

quinta-feira, junho 17, 2010

Música dos anos oitenta para geopedrados

Hoje estou de plantão na Feira da Ciência da minha Escola e não dará para mais... Assim aqui fica uma música de um dos meus grupos favoritos dos anos oitenta:



Souvenir -OMD

It's my direction, it's my proposal, it's so hard, it's leading me astray
My obsession, it's my creation, you'll understand, it's not important now
All I need is coordination, I can't imagine my destination
My intention, ask my opinion, with no excuse, my feelings still remain
My feelings still remain

terça-feira, junho 15, 2010

A política da verdade


Já estamos pouco habituados, mas ainda há políticos que assumem erros antigos e aceitar falar a verdade:

Homenageemos as vítimas do Domingo Sangrento (e ainda os políticos que finalmente limparam o seu nome) com duas músicas, uma de John Lennon (cantor inglês com raízes familiares irlandesas) e outra dos U2:




O rodrigues dos gravadores ataca outra vez

(imagem daqui)

Este homem é imparável: depois do caso Farfalha, da burla em Vila Franca do Campo e do roubo dos gravadores a jornalistas, ainda insiste na asneira e na provocação...



PS - sugere-se que políticos inimputáveis não leiam O Triunfo dos Porcos - dá-lhes ideias estranhas...

Observação astronómica em Barreiros - Amor (Leiria)

Post roubado ao Blog AstroLeiria:

No próximo dia 18 de Junho de 2010, 6ª-feira, entre as 21.00 e as 24.00 horas, vou fazer uma observação astronómica, com prévia apresentação do livro "O Mistério da Estrelinha Curiosa", na Escola do 1º Ciclo de Barreiros, Amor.

Estão todos convidados - para quem não sabe onde é, aqui fica o mapa:


View Larger Map

Quando a natureza imita a arte

Paleontologia
Descobertos pêlos de mamífero conservados em âmbar com 100 milhões de anos

 Um pêlo com 100 milhões de anos (Romain Vullo)


Os pêlos de mamífero a três dimensões mais antigos foram encontrados num fóssil de âmbar. Com 100 milhões de anos, estes pêlos pertenceram a uma espécie que viveu ao lado dos dinossauros.


A descoberta foi feita no sudoeste de França, no âmbar, juntamente com os pêlos, ficou também preservado uma pupa de moscas. O âmbar foi produzido no período Cretácico, que decorreu entre os 145 milhões de anos e 65 milhões de anos, quando os dinossauros foram pulverizados da Terra.

Conhecem-se pêlos fossilizados do Jurássico, o período anterior. “Temos impressões de pêlo a duas dimensões, tão antigas como o Jurássico Médio”, disse citado pela BBC News Romain Vullo, da Universidade de Rennes, em França, que estudou os pêlos. “No entanto, os pêlos carbonizados dão muito menos informação sobre a estrutura do que os pêlos a três dimensões, preservados em âmbar”, explicou Vullo.

Os fragmentos são mínimos, um tem 2,4 milímetros de comprimento e 32 até 48 micrómetros de largura. O outro tem 0,6 milímetros de comprimento e 49 a 78 micrómetros de largura.

Segundo o investigador este é o fóssil de pêlo mais antigo em que se pode observar a estrutura cuticular – a parte mais externa dos pêlos feito de células mortas. A estrutura é parecida com os pêlos dos mamíferos de hoje, mas a identidade do animal ainda é desconhecida.

Quatro dentes do mamífero marsupial conhecido Arcantiodelphys foram encontrados no mesmo local. “A hipótese mais parcimoniosa é considerar que os pêlos no âmbar pertencem a este animal ou a uma espécie parecida”, disse o investigador.

Existem três hipóteses que podem explicar a forma como os pêlos ficaram agarrados à resina que depois fossilizou em âmbar. Ou a resina caiu em cima do animal morto, e a pupa é o resultado de ovos que foram postos na carcaça. Ou o animal encostou-se à resina quando estava a passar e os pêlos ficaram agarrados ao material. A terceira hipótese é o animal ter-se aproximado da árvore para alimentar-se de insectos que estavam presos na resina.

O PS lava mais branco



Portugal tem de ser qualquer coisa de asseado

O final do célebre "Manifesto Anti-Dantas", de José de Almada Negreiros, dito por Mário Viegas - reparem como está ainda tão actual, com os alarves que nos governam neste momento...


Mais um ano...

Sim, hoje faço anos - um rol deles que, qualquer dia, deixo de comemorar... E, embora seja eu quem devia receber as prendas, aqui fica uma para a minha mãe, que é quem mais mérito tem no feito, e para os meus leitores:


Nasci para ser ignorante...

Nasci para ser ignorante
mas os parentes teimaram
(e dali não arrancaram)
em fazer de mim estudante.

Que remédio? Obedeci.
Há já três lustros que estudo.
Aprender, aprendi tudo,
mas tudo desaprendi.

Perdi o nome às Estrelas,
aos nossos rios e aos de fora.
Confundo fauna com flora.
Atrapalham-me as parcelas.

Mas passo dias inteiros
a ver um rio passar.
Com aves e ondas do Mar
tenho amores verdadeiros.

Rebrilha sempre uma Estrela
por sobre o meu parapeito;
pois não sou eu que me deito
sem ter falado com ela.

Conheço mais de mil flores.
Elas conhecem-me a mim.
Só não sei como em latim
as crismaram os doutores.

No entanto sou promovido,
mal haja lugar aberto,
a mestre: julgam-me esperto,
inteligente e sabido.

O pior é se um director
espreita p'la fechadura:
lá se vai licenciatura
se ouve as lições do doutor.

Lá se vai o ordenado
de tuta-e-meia por mês.
Lá fico eu de uma vez
um Poeta desempregado.

Se me não lograr o fado
porém, com tais directores,
e de rios, aves e flores
somente for vigiado,

enquanto as aulas correrem
não sentirei calafrios,
que flores, aves e rios
ignorante é que me querem.


Sebastião da Gama

Música para geopedrado que faz hoje anos

Almada Negreiros morreu há 40 anos



José Sobral de Almada Negreiros (Trindade, S. Tomé, 7 de Abril de 1893Lisboa, 15 de Junho de 1970) foi um artista multidisciplinar, pintor, escritor, poeta, ensaísta, dramaturgo e romancista português ligado ao grupo modernista.
Também foi um dos principais colaboradores da Revista Orpheu.

Almada Negreiros morre em 15 de Junho de 1970, de falha cardíaca, no mesmo quarto do Hospital de São Luís dos Franceses em que também tinha morrido Fernando Pessoa.



segunda-feira, junho 14, 2010

A asneira habitual e os recuos do Ministério da Educação

Ministério da Educação "vai ter de recuar" no fecho das escolas
Decisão viola cartas educativas que foram pedidas, subsidiadas e aprovadas pelo Governo

A decisão do Ministério da Educação de fechar as escolas primárias com menos de 21 alunos faz tábua rasa das Cartas Educativas que pediu às autarquias, subsidiou e aprovou. E chega sem alternativas no terreno: poucos dos centros escolares previstos estão de pé.


Ninguém acredita nos números, apesar de a ministra Isabel Alçada garantir que já tem acordo com autarquias para encerrar muitas das perto de mil escolas do 1º ciclo com menos de 21 alunos. Dessas, 400 já tinham fecho decretado e só por especial favor funcionaram este ano. Do total, 500 não deverão reabrir em Setembro, determinou o Governo.

"Eles sabem que não vão conseguir", diz Francisco Almeida, da Federação Nacional dos Professores (Fenprof). E José António Ganhão, da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), não acredita mesmo. O Ministério "vai ter de recuar", pelo simples facto de que não há, no terreno, condições para realojar as crianças. "Haverá casos em que será possível, mas não são a maioria", diz o autarca de Benavente, que lamenta o desrespeito pelas autarquias e pelas famílias.

Em causa estão as Cartas Educativas. Aprovadas há dois ou três anos, são fruto de estudos aprofundados que custaram dinheiro ao erário público. E previam encerramentos combinando a criação de centros escolares para reunir alunos de várias escolas com as especificidades de cada concelho. Incluindo coisas tão simples como o clima e as condições das estradas. Porque as distâncias até podem ser curtas, mas, a não ser que seja directo de cada localidade, um transporte vai ter de correr muitas capelinhas para apanhar todos os alunos. E transformar um percurso curto em mais de uma hora de estrada.

"As cartas são instrumentos de planeamento para o presente e o futuro. Mas, de uma forma inesperada, somos surpreendidos com um decreto-lei à margem de qualquer acordo com a ANMP", reage António José Ganhão. Sem compreender a necessidade nem a pressa de um decreto-lei quando as ditas cartas já previam o encerramento de escolas.

A determinação viola "a única regra existente" - a das cartas -, completa Francisco Almeida, que pertence ao sindicato de professores da região mais afectada pela medida, o Centro. Só em Viseu há 86 escolas a cumprir o critério numérico do Ministério. Em Coimbra, uma contagem provisória aponta 60, na Guarda são 54.

Mais uma nota de incompreensão: "O actual secretário de Estado da Educação, João Trocado da Mata, era o director do Gabinete de Estudos e Planeamento do Ministério, cujo parecer era obrigatório na homologação das Cartas Educativas". A conclusão que o sindicalista tem ouvido de vários autarcas é a de que se está perante "uma brincadeira". "Assim ninguém consegue governar nada".

A reorganização, alerta do seu lado Albino Almeida, da Confederação de Associações de Pais, foi desenhada como "um caminho a percorrer", que "não precisa de ser atabalhoado. E pede compreensão. As condições para um fecho são as de todos: oferecer escolas melhores (com cantina, desporto e música), que não podem passar mais de meia hora num autocarro.

in JN - ler notícia

Sobre as últimas asneiras do Ministério da Educação


Penso que será nas respostas a esta pergunta que se encontrarão os responsáveis por mais um crime contra a pátria.

A quem interessa o encerramento de escolas primárias e a constituição de mega (e giga, segundo se diz) agrupamentos escolares?

O povo não é interessado.
Pelo que vemos e lemos nos órgãos de comunicação social, às populações não interessa nem uma coisa nem outra: nem lhes interessa que os filhos percorram dezenas de quilómetros por dia para irem à escola, nem lhe interessa que os filhos frequentem uma maravilhosa escola com milhares de alunos e milhares de problemas. Todos preferem a proximidade de uma escola, todos preferem a calma e a paz de uma escola pequena ou média.

Nem os professores, nem os funcionários.
Todos percebem que a uma extinção ou fusão de de escolas há-de corresponder um decréscimo das necessidades de pessoal docente e não docente: pura e simplesmente, os professores e os funcionários perderão os lugares que hoje ocupam.

Aos alunos também não interessa tal coisa.
Os alunos que frequentam as escolas que agora se querem encerrar ou agregar podem ter acesso e dispor de todas as boas condições existentes nos novos centros escolares: podem dispor de quadros intereactivos, de computadores e de todas as modernidades introduzidas por este Governo, entregando as encomendas às empresas amigas, digo, às empresas sem concurso. Que ganham os alunos em se deslocar 30 km para as escolas modernas? Ganharão cansaço e, mais cedo que o costume, o epíteto e o estigma de provincianos e aldeões.

Nem interessará aos directores das actuais escolas.
Porque, pura e simplesmente, deixarão de o ser.

Só pode interessar ao Governo
Os governantes pensam - e pensam mal - que o encerramento de escolas e a junção de várias escolas numa só reduzirá os custos com a educação. Como se enganam. Já deviam ter aprendido que as revoluções só trazem mais despesas. Esta trará custos sociais: mais indisciplina, mais conflitualdiade, maior criminalidade, maior desenraizamento, maior afastamento da família, desertificação do interior.

Também interessa aos autarcas.
Especialmente aos asnos que vão na cantiga do Governo e aos lambões da parvónia que, para justificarem a existência do próprio concelho como tal, querem mais poderes, mais atribuições, mais pessoal para gerir.

Pronto, já sabemos a quem apontar a artilharia.
Post do Reitor - Blog Educação S.A.