quarta-feira, outubro 14, 2015
Cliff Richard faz hoje 75 anos
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Dan McCafferty, o vocalista dos Nazareth, faz hoje 69 anos
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Usher faz hoje 37 anos
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Sebastião Alba já morreu há 15 anos...
- Poesias, Quelimane, Edição do Autor, 1965.
- O Ritmo do Presságio, Maputo, Livraria Académica, 1974.
- O Ritmo do Presságio, Lisboa, Edições 70, 1981.
- A Noite Dividida, Lisboa, Edições 70, 1982.
- A Noite Dividida (O Ritmo do Presságio / A Noite Dividida / O Limite Diáfano), Lisboa, Assírio e Alvim, 1996.
- Uma Pedra Ao Lado Da Evidência, (Antologia: O Ritmo do Presságio / A Noite Dividida / O Limite Diáfano + inédito), Porto, Campo das Letras, 2000.
- Albas, Quasi Edições, 2003
Na sua primordial inocência
Na sua primordial inocência
a poesia deixar-me-á da ternura
só o que é defensável
e à margem do papel em que escrevi
as cidades e os campos
através dos quais me acenou
apartará do meu paladar
o sabor do sagrado
com que ainda a nomeie
já não a buscarei nos ensaios que cerco lhe moviam!
e nos ideais por que alheada
roçagou
que da janela eu não deslinde
de um cão em paz
a visagem ancestral
e a minha emoção seja enfim sedentária
e recém-chegada a noite finde
sem dar acordo de si.
in Uma Pedra ao Lado da Evidência (2000) - Sebastião Alba
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e. e. cummings nasceu há 121 anos
defunct
who used to
ride a watersmooth-silver
stallion
and break onetwothreefourfive pigeonsjustlikethat
Jesus
he was a handsome man
and what i want to know is
how do you like your blueeyed boy
Mister Death
in "Buffalo Bill's" (1920)
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terça-feira, outubro 13, 2015
A Dama de Ferro nasceu há 90 anos
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Cristovam Pavia e Manuel Bandeira partiram há 47 anos
In memoriam
Todos os anos são anos de morte
Os anos morrem por partes dia a dia
O poeta pode ser fraco ou ser forte
Por vezes vai dar uma volta e demora
A treze do mês de outubro foram-se embora
manuel bandeira e cristovam pavia
Todas as mortes nos matam um pouco
Seja a de um santo seja a de um louco
Na irmã morte vive a poesia:
Viva bandeira viva pavia
in Homem de Palavra(s) (1969) - Ruy Belo
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Notícia sobre a mina de Jales (II)
O período de concessão de prospecção e pesquisa nas minas de ouro Jales/Gralheira, em Vila Pouca de Aguiar, atribuído por três anos ao consórcio Almada Mining/Empresa de Desenvolvimento Mineiro, terminou em julho sem que as obrigações do consórcio tivessem sido integralmente cumpridas. Mesmo assim, ao invés de resgatar a concessão, quer pelo fim do prazo do período experimental, quer por incumprimento das obrigações contratualizadas, a Direcção Geral de Energia e Geologia activou o período de prorrogação previsto no contrato. Com isso, deu mais dois anos, e aceitou o pedido do consórcio para este alienar a outra empresa a sua posição de 85% do capital.
A Almada Mining (AM), detida pela canadiana Petaquilla Gold, tinha na altura da atribuição do contrato, em agosto de 2012, a exploração activa de uma mina de ouro no Panamá, bem como projectos de prospecção e exploração, semelhantes aos de Jales, em Salamanca.
No início de 2013 arrancou com a primeira fase da campanha de sondagens de prospecção (estavam previstos mais de 17 mil metros de perfuração que, após análise, iriam confirmar a viabilidade económica da mina), mas, apurou o PÚBLICO, desde setembro desse ano que não foi feito nenhum trabalho, e não chegaram a ser pagas as sondagens efectuadas (as dívidas a fornecedores, consultou o PÚBLICO nas contas reportadas em 2014, ascendem a 1,6 milhões), nem sequer foram enviadas para análise as sondagens entretanto efectuadas.
Confrontada pelo PÚBLICO, fonte do gabinete do secretário de Estado da Energia, Artur Trindade, referiu que a estatal EDM, que tem uma posição minoritária de 15% no consórcio, “tem vindo a cumprir escrupulosamente as suas obrigações nos termos do consórcio” e que as reportadas dificuldades económicas da AM, “à qual não é alheia a situação geral internacional do sector mineiro, com a queda generalizada das commodities e dos mercados de capitais”, é que colocaram em risco o cumprimento dos contratos em vigor.
O investimento anunciado na concessão das minas de Jales/Gralheira ascendia a 66 milhões de euros e foi feito numa altura em que a cotação do ouro se situava nos 1600 dólares por onça (isto depois de ter havido um pico, em 2011, que atingiu os 1800 dólares). Actualmente, a cotação ronda os 1100 dólares.
Considerado como como um dos projectos com maior potencial geológico no país, a tutela optou por aceitar o pedido formal do consórcio de fazer a transmissão dos 85% do capital que ainda detém.
Questionada acerca da possibilidade de a EDM ter um papel mais activo no consórcio, nomeadamente através da sua posição no mesmo, a mesma fonte do gabinete do secretário de estado da Energia respondeu que a tutela não entendeu essa solução como viável “dados os montantes de investimento que estão em causa e o risco inerente ao mesmos, tendo aqui presente um princípio de racionalidade económica em face dos recursos financeiros públicos disponíveis”.
Ricardo Oliveira Pinto, vice-presidente da EDM, afirmou que essa não poderia ser, também, a vocação da empresa pública que, enquanto tal, estaria no sector a fazer concorrência às empresas privadas. É, antes, “um garante da estabilidade do projecto”, e um fiel depositário “dos muitos anos de informação que existem relativos à exploração prévia da mina”.
A autorização administrativa para cedência da posição contratual foi dada pelo Estado ao mesmo tempo que entendeu activar a prorrogação do prazo que estava previsto no contrato inicial. Esta opção sobrepôs-se a outra que poderia ter estado em cima da mesa e que, segundo algumas fontes do sector ouvidas pelo PÚBLICO, seria a que mais adequada em termos legais: optar pelo resgate da concessão, e voltar a lançar a concessão no mercado, fomentando a concorrência.
Segunda a tutela, o processo de administrativo de cedência da posição contratual encontra-se ainda “em curso”, depois da empresa inicialmente indicada pela AM não ter garantido os pressupostos financeiros acordados para a transmissão. Actualmente, a EDM e a AM encontram-se “em conversações adiantadas com vários interessados no sentido de garantir a posição da AM e a continuidade do projecto nos moldes previamente acordados”.
Conhecedora da situação de impasse em que se encontra o consórcio, fonte oficial da Câmara Municipal de Vila Pouca de Aguiar disse ter “esperança” que seja rapidamente resolvido. “O processo não é da responsabilidade da autarquia, no entanto, há a expectativa que venha a resolver-se e que o cronograma dos trabalhos seja retomado”.
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Hoje é um dia duplamente triste para a Poesia...
Assim eu quereria meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.
Manuel Bandeira
Cristovam Pavia, ou Cristóvam Pavia, pseudónimo de Francisco António Lahmeyer Flores Bugalho (Lisboa, 7 de outubro de 1933 - Lisboa, 13 de outubro de 1968) foi um poeta português, filho do também poeta Francisco Bugalho (da geração da revista Presença), oriundo de Castelo de Vide.
Além do pseudónimo Cristovam Pavia, António Flores Bugalho assinou composições com os pseudónimos Sisto Esfudo, Marcos Trigo e Dr. Geraldo Menezes da Cunha Ferreira.
Para José Bento, "A poesia de Cristovam Pavia é a revelação de si próprio, de uma personalidade em conflito com o mundo em que vive e que procura uma fuga pela recuperação da infância morta, pela aceitação do seu conhecer-se diferente e despojado do que lhe é mais caro (a infância, o amor, o espaço e o tempo em que ambos se situavam), a transformação do seu próprio ser pelo sofrimento, num movimento de ascese e de autodestruição, quando o poeta atinge a consciência de si próprio e da sua voz."
Cristovam Pavia é o pseudónimo de Francisco António Lahmeyer Flores Bugalho, que nasceu em Lisboa em 1932.
Frequenta o curso de Direito, que não conclui, e vem a licenciar-se em Filologia Germânica. A sua precoce maturidade poética antes de atingir os 20 anos fará com que logo no início dos anos 50 veja os seus poemas publicados pelas duas revistas mais importantes desse período, a Távola Redonda e a Árvore.
Na segunda metade dos anos 50, com Pedro Tamen, Nuno de Bragança, Alberto Vaz da Silva, João Benard da Costa e António Alçada Baptista faz parte do núcleo central da revista O Tempo e o Modo.
Em 1959 publica 35 poemas, o seu único livro publicado em vida e que o confirma como uma das vozes mais originais da poesia.
Com o agravamento da sua condição psíquica, procura ajuda num programa de psicoterapia na Alemanha, em Heidelberg, que seguiu até 1962. Suicidou-se, em 1968, na cidade de Lisboa.
Requiem
A tarde declina com uma luz ténue.
Estou grave e calmo.
E não preciso de ninguém
Nem a luz da tarde me comove: entendo-a.
Até as imagens me são inúteis porque contemplo tudo.
Os ventos rodam, rodam, gemem e cantam
E voltam. São os mesmos.
Como os conheço desde a infância!
E a terra húmida das tapadas da quinta...
O estrume da égua morta quando eu tinha seis anos
Gira transparente nesta brisa fria...
(Na noite gotas de orvalho sumiam-se sob as folhas das ervas)
Oh, não há solidão, nas neblinas de inverno
Pela erma planície...
E foi engano julgar-te morto e tão só nas tapadas em silêncio...
Agora sei que vives mais
Porque começo a sentir a tua presença, grande como o silêncio...
Já me não vem a vaga tristeza do teu chamamento longínquo
Já me confundo contigo.
Cristovam Pavia
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Ashanti - 35 anos
segunda-feira, outubro 12, 2015
O Milagre do Sol foi há 98 anos
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Há vinte anos um pastor da IURD fez estremecer o Brasil
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Notícia sobre a mina de Jales (I)
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O Atentado ao USS Cole foi há 15 anos
Luciano Pavarotti nasceu há 80 anos
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O Homem a quem o Brasil chamou Imperador e Portugal de Rei nasceu há 217 anos
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Aleister Crowley, o ocultista amigo de Fernando Pessoa, nasceu há 140 anos
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Manuel da Fonseca nasceu há 104 anos
Não era noite nem dia.
Eram campos campos campos
abertos num sonho quieto.
Eram cabeços redondos
de estevas adormecidas.
E barrancos entre encostas
cheias de azul e silêncio.
Silêncio que se derrama
pela terra escalavrada
e chega no horizonte
suando nuvens de sangue.
Era hora do poente.
Quase noite e quase dia.
E nos campos campos campos
abertos num sonho quieto
sequer os passos de Nena
na branca estrada se ouviam.
Passavam árvores serenas,
nem as ramagens mexiam,
e Nena, pra lá do morro,
na curva desaparecia.
Já de noite que avançava
os longes escureciam.
Já estranhos rumores de folhas
entre as esteveiras andavam,
quando, saindo um atalho,
veio à estrada um vulto esguio.
Tremeram os seios de Nena
sob o corpete justinho.
E uma oliveira amarela
debruçou-se da encosta
com os cabelos caídos!
Não era ladrão de estradas,
nem caminheiro pedinte,
nem nenhum maltês errante.
Era António Valmorim
que estava na sua frente.
— Ó nena de Montes Velhos,
se te quisessem matar
quem te haverá de acudir?
Sob este corpete justinho
uniram-se os seios de Nena.
— Vai te António Valmorim.
Não tenho medo da morte,
só tenho medo de ti.
Mas já noite fechava
a saída dos caminhos.
Já do corpete bordado
os seios de Nena saíam
— como duas flores abertas
por escuras mãos amparadas!
Aí que perfume se eleva
do campo de rosmaninho!
Aí como a boca de Nena
se entreabre fria fria!
Caiu-lhe da mão o saco
junto ao atalho das silvas
e sobre a sua cabeça
o céu de estrelas se abriu!
Ao longe subiu a lua
como um sol inda menino
passeando na charneca…
Caminhos iluminados
eram fios correndo cerros.
Era um grito agudo e alto
que uma estrela cintilou.
Eram cabeços redondos
de estevas surpreendidas.
Eram campos campos campos
abertos de espanto e sonho…
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domingo, outubro 11, 2015
Renato Russo morreu há 19 anos
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sábado, outubro 10, 2015
Gabriella Cilmi - 24 anos
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