quarta-feira, agosto 17, 2011

Uma das mais famosas vítimas do Muro de Berlim morreu há 49 anos

Peter Fechter (14 de Janeiro de 194417 de Agosto de 1962) era um pedreiro do Leste de Berlim, que, aos 18 anos, se tornou uma das primeiras e, provavelmente, a mais famosa vítima do Muro de Berlim. Ao tentar atravessar a fronteira entre as duas Alemanhas, na rua Zimmerstrasse, ele foi alvejado pelas costas e morreu de hemorragia, sem que os guardas de fronteira da parte ocidental pudessem socorrê-lo.

Carlos Drummond de Andrade morreu há 24 anos

Carlos Drummond de Andrade (Itabira, 31 de Outubro de 1902Rio de Janeiro, 17 de Agosto de 1987) foi um poeta, contista e cronista brasileiro.

in Wikipédia 

Os Velhos 

Todos nasceram velhos — desconfio.
Em casas mais velhas que a velhice,
em ruas que existiram sempre — sempre
assim como estão hoje
e não deixarão nunca de estar:
soturnas e paradas e indeléveis
mesmo no desmoronar do Juízo Final.
Os mais velhos têm 100, 200 anos
e lá se perde a conta.
Os mais novos dos novos,
não menos de 50 — enorm'idade.
Nenhum olha para mim.
A velhice o proíbe. Quem autorizou
existirem meninos neste largo municipal?
Quem infrigiu a lei da eternidade
que não permite recomeçar a vida?
Ignoram-me. Não sou. Tenho vontade
de ser também um velho desde sempre.
Assim conversarão
comigo sobre coisas
seladas em cofre de subentendidos
a conversa infindável de monossílabos, resmungos,
tosse conclusiva.
Nem me vêem passar. Não me dão confiança.
Confiança! Confiança!
Dádiva impensável
nos semblantes fechados,
nos felpudos redingotes,
nos chapéus autoritários,
nas barbas de milénios.
Sigo, seco e só, atravessando
a floresta de velhos.

in Boitempo - Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, agosto 16, 2011

Música triste para preparar o dia de amanhã


Gacela del amor desesperado - Amancio Prada

La noche no quiere venir
para que tú no vengas
ni yo pueda ir.

Pero yo iré
aunque un sol de alacranes me coma la sien.
Pero tú vendrás
con la lengua quemada por la lluvia de sal.

El día no quiere venir
para que tú no vengas
ni yo pueda ir.

Pero yo iré
entregando a los sapos mi mordido clavel.
Pero tú vendrás
por las turbias cloacas de la oscuridad.

Ni la noche ni el día quieren venir
para que por ti muera
y tú mueras por mí.

Federico Garcia Lorca

Federico García Lorca foi preso há 75 anos

Ódios de família na morte de Federico García Lorca 

75 anos depois, sabemos o nome dos executores e dos presumíveis mandantes do assassínio de Federico García Lorca 


O que teria acontecido se Lorca tivesse escolhido outro título para "A Casa de Bernarda Alba"? É uma especulação. Mas o seu assassínio, diz um historiador, terá mais a ver com uma guerra de famílias da Vega de Granada do que com razões políticas 

Federico García Lorca foi assassinado na madrugada de 17 de Agosto de 1936, junto de um posto militar improvisado em Víznar, arredores de Granada. Faz 75 anos na quarta-feira. É um dos episódios mais obscuros da Guerra Civil Espanhola. A novidade é que a investigação histórica começa prevalecer sobre as lendas. Sabemos agora os nomes dos executores, de presumíveis mandantes e parte das circunstâncias do crime. 

É uma história trágica e sórdida. "Para entender o assassinato de García Lorca temos de remontar aos seus antecedentes familiares no século XIX", escreve o historiador Miguel Caballero Pérez. "Não houve uma só razão. Foi uma concatenação de causas que deu lugar ao assassinato." Muitos dos crimes da Guerra Civil "tiveram a sua origem em desavenças privadas, estranhas a posicionamentos políticos, maceradas na cuba dos ódios e das vinganças familiares." 

A pista dos ódios entre clãs da Vega de Granada foi documentada por Manuel Caballero Pérez e Pilar Góngora em "Historia de una família: la verdad sobre el assassinato de García Lorca" (Ibersaf Editores, 2007). Em Junho passado, Caballero publicou "Las trece últimas horas en la vida de García Lorca" (Esfera de los Libros), em que reconstitui a morte do poeta. "Não nos baseámos nos relatos da tradição oral, que apresentam sempre pequenos erros, mas em documentos absolutamente autenticados", diz. 


Bernarda Alba 

Lorca era filho de Federico García Rodríguez. Os García, os Roldán e os Alba eram famílias rivais, unidas por complexos laços de parentesco. Eram rendeiros que, na viragem do século, começaram a comprar as terras aos latifundiários absentistas. A perda de Cuba, em 1898, lançou a Andaluzia na produção de açúcar, o que fez prosperar os novos proprietários. 

Os conflitos entre os García, por um lado, e os Roldán e os Alba, por outro, não decorriam apenas de rivalidades ou "canalhices" nos negócios. García Rodriguez e Alejandro Roldán Benevides eram também caciques políticos, o primeiro do Partido Liberal, o segundo do Partido Agrário. O advogado Horácio Roldán, filho de Alejandre, pertence à geração de Lorca e é o chefe do clã nos anos 30. 

"A Casa de Bernarda Alba", a última obra de Lorca, ilumina o conflito. A personagem Bernarda remete para Francisca Alba; e duas outras são facilmente identificáveis: o marido e o genro - este sob o nome de Pepe el Romano. Federico fez leituras da peça em Madrid e repetiu-as ao chegar a Granada. Tê-la-á mostrado ao seu primo Alejandro Rodriguez Alba - filho de Francisca Alba e cunhado de Horácio Roldán. A peça não é um retrato naturalista dos Alba. É um "drama rural" espanhol. A alusão aos Alba foi uma "vingança literária". A mãe e o irmão de Federico pediram-lhe insistentemente que retirasse o nome Alba. Ele recusou abdicar de um prazer. 


"Onde estás, Federico?" 

Durante três anos, Espanha esteve suspensa da "guerra" das exumações, desencadeada pela Lei da Memória Histórica (2007) e estimulada pelo juiz Baltasar Garzón. A "guerra" condensou-se em Lorca, "o mais célebre desaparecido da Guerra Civil". A família opôs-se - "Deixem os mortos em paz" -, mas acabou por ceder. As buscas criaram altíssimas expectativas. Mas as escavações de Novembro e Dezembro de 2009, em Alfacar, traduziram-se num retumbante fiasco. Os jornais passaram a perguntar: "Y ahora donde estás, Federico?" 

As buscas seguiram a pista indicada pelo biógrafo oficial de Lorca, Ian Gibson, e por um investigador hispano-americano já falecido, Agustín Peñon. Baseavam-se no testemunho do empregado de mesa granadino Manuel Castillo, "Manolillo el Comunista", que afirmava ter enterrado o poeta. Mostrou o lugar a Peñon em 1956, a Gibson em 1966 e aos dois em 1976. Castillo fora já denunciado como impostor por outros investigadores, como o francês Claude Couffon. Gibson defendeu o seu testemunho mesmo depois do fracasso: "Que tinha ele a ganhar? Não me pediu dinheiro." 

O fracasso das escavações em Alcafar levou também ao regresso de outra "tradição oral": a de que os restos mortais de Lorca teriam sido desenterrados pela família e sepultados clandestinamente na sua casa de Verão, Huerta de San Vicente. Seria a razão que levara os familiares a oporem-se à exumação. As lendas não morrem. 

"Agora temos de reconsiderar a história desde a base", disse a historiadora Maribel Brenes. "A investigação de uma pessoa que se guia pelo coração e não pela cabeça nunca funciona", acrescentou o arqueólogo Francisco Carrión, aludindo a Gibson. "Além das pressões, há os mitos e as pessoas que vivem deles." Brenes e Carrión foram os responsáveis pelas buscas, nomeados por Garzón. 


Desabam mitos 

O fiasco da exumação teve um efeito inesperado: fez desabar algumas ideias feitas. Para lá do erro de localização, punha em causa muitos outros pontos - a data, os executores, os responsáveis últimos. Deitava por terra versões baseadas numa infinidade de testemunhos orais e em lendas politicamente orientadas. 

A morte de Lorca era situada a 19 de Agosto (por vezes 18), apesar de haver desde 1983 uma rigorosa reconstituição da execução, feita pelo jornalista granadino Molina Fajardo, que dava a maioria dos nomes envolvidos. Lorca fora morto na madrugada de 17. Entrevistara 48 testemunhas da época e reunira numerosos documentos. Indicava o local onde Lorca teria sido enterrado. Mas Molina era falangista e o livro foi posto de lado como tentativa de branqueamento da Falange. A investigação de Molina foi o ponto de partida de Caballero, que confirmou e desenvolveu o essencial das suas hipóteses, após uma exaustiva exploração de arquivos. 

Em qualquer história da Guerra Civil Espanhola se encontra a referência à conversa telefónica ou via rádio entre o general Queipo de Llano, comandante dos rebeldes na Andaluzia, e o governador civil de Granada, José Valdés. "Dále café, mucho café", teria ordenado o general. "Café" era o acrónimo de "Camaradas: Arriba Falange Española." Significava uma ordem de morte. O problema é que no governo civil de Granada não havia rádio e as linhas telefónicas tinham sido cortadas por milicianos republicanos. E Queipo não falava com Valdés, mas com o governador militar, o general Espinosa. Os biógrafos não investigaram o suficiente porque os testemunhos orais eram mais "interessantes" do que os documentos. Os historiadores reproduziram essas lendas, politicamente apetecíveis. 

A execução de Lorca foi muitas vezes atribuída a Juan Luis Trescastro, advogado, cacique político e reaccionário notório. Vangloriou-se nos bares de Granada de lhe ter dado "dos tiros en el culo por maricón". Trescastro participou na detenção de Lorca, mas não esteve em Víznar. Ruiz Alonso, tipógrafo e ex-deputado da CEDA (direita), foi também acusado do assassínio. Dirigiu a captura de Lorca, mas não esteve no fuzilamento. Valdés Guzmán, o governador civil, que teria recebido a ordem de Queipo de Llano, estava ausente de Granada no dia da detenção. A ordem de prisão e execução teria partido do seu substituto, Nicolás Velasco Simarro, tenente-coronel da Guardia Civil na reserva. 

A maior resistência é a do mito político: Lorca foi assassinado pelos falangistas, sob ordem de Queipo, porque era "vermelho, homossexual e inimigo da Espanha católica" (Gibson). Tornou-se num ícone dos "vencidos". Lorca era republicano, mas não "vermelho". Tinha amigos comunistas e falangistas - incluindo José António Primo de Rivera, o fundador da Falange. 


A morte

Lorca partiu de Madrid para Granada dias antes da sublevação militar e instalou-se na Huerta de San Vicente. A 9 de Agosto foi objecto de uma provocação e insultado por uma "esquadra negra" aparentemente à procura de um dos caseiros. Refugiou-se em casa dos irmãos Rosales, três falangistas amigos, onde estaria em segurança. Era particularmente próximo do poeta Luis Rosales. 

Às 13.30 horas de 16 de Agosto, Ruiz Alonso, Juan Luis Trescastro e Federico Martin - ex-militar e recém-ingressado na Falange - apresentam-se em casa dos Rosales, com uma escolta de guardas, para deter Lorca. Os irmãos não estão em casa, apenas está a mãe. Transportam-no para o governo civil e entregam-no a Nicolás Velasco. Cerca das dez da noite, é levado para o campo militar de Víznar, onde será fuzilado, antes da quatro da manhã. Com ele foram executados, aparentemente com tiro de pistola militar, o professor primário Dióscoro Galindo e dois bandarilheiros anarquistas, Francisco Galadi e Julián Arcoya Cabezas. A muleta de Don Dióscoro, que era coxo, teria sido atirada para cima dos cadáveres - disse a Molina uma testemunha de Víznar. Um dos executores, que depois se vangloriará de ter dado dois tiros na cabeça do poeta, é Antonio Benavides Benavides, da família Alba e parente afastado de Federico.

Ainda hoje não se sabe quem foi o autor da denúncia que levou Ruiz Alonso à casa dos Rosales. Houve calúnias infamantes. Uma delas apontou o nome de Miguel, o mais velho dos Rosales. Outra indicou uma irmã de Federico, Concha, cujo marido, Manuel Montesinos, "alcalde" socialista de Granada, seria fuzilado no cemitério nesse mesmo dia. Teria entregue o irmão para salvar o pai. 

Quem está por trás da morte de Lorca? Uma pista é a forma apressada e dissimulada do acto. Quem no dia fatal estava no comando do governo civil era Nicolás Velasco, amigo e protector de Horacio Roldán, sublinha Caballero. Os homens que o prendem, tal como os que o transportam a Víznar, seriam também amigos políticos dos Roldán. Quando Luís Rosales chegou ao governo civil, na tarde de 17, com uma ordem de soltura assinada por Espinosa, o governador militar, Federico já lá não estava. 

"Y ahora donde estás, Federico?" Marguerite Yourcenar contemplou um dia a paisagem em que foi assassinado. "A Serra Nevada perfilando-se majestosa no horizonte. E disse-me a mim mesma que um lugar como aquele envergonha toda a pacotilha de mármore e de granito que povoa os nossos cemitérios, e que se pode invejar o irmão por ter começado a sua morte naquela paisagem de eternidade. Não se pode imaginar mais formosa sepultura para um poeta." 

O Irmão Roger de Taizé morreu há 6 anos


Frère Roger (Irmão Roger) (Vaud, Suíça, 12 de maio de 1915 - Taizé, 16 de agosto de 2005 - 90 anos), baptizado Roger Louis Schütz-Marsauche, foi o fundador da Comunidade de Taizé.


António Nobre nasceu há 144 anos

António Pereira Nobre (Porto, 16 de Agosto de 1867 - Foz do Douro, 18 de Março de 1900), mais conhecido como António Nobre, foi um poeta português cuja obra se insere nas correntes ultra-romântica, simbolista, decadentista e saudosista (interessada na ressurgência dos valores pátrios) da geração finissecular do século XIX português. A sua principal obra, (Paris, 1892), é marcada pela lamentação e nostalgia, imbuída de subjectivismo, mas simultaneamente suavizada pela presença de um fio de auto-ironia e com a rotura com a estrutura formal do género poético em que se insere, traduzida na utilização do discurso coloquial e na diversificação estrófica e rítmica dos poemas. Apesar da sua produção poética mostrar uma clara influência de Almeida Garrett e de Júlio Dinis, ela insere-se decididamente nos cânones do simbolismo francês. A sua principal contribuição para o simbolismo lusófono foi a introdução da alternância entre o vocabulário refinado dos simbolistas e um outro mais coloquial, reflexo da sua infância junto do povo nortenho. Faleceu com apenas 33 anos de idade, após uma prolongada luta contra a tuberculose pulmonar.



Vaidade, Tudo Vaidade! 

Vaidade, meu amor, tudo vaidade! 
Ouve: quando eu, um dia, for alguém, 
Tuas amigas ter-te-ão amizade, 
(Se isso é amizade) mais do que, hoje, têm. 

Vaidade é o luxo, a gloria, a caridade, 
Tudo vaidade! E, se pensares bem, 
Verás, perdoa-me esta crueldade, 
Que é uma vaidade o amor de tua mãe... 

Vaidade! Um dia, foi-se-me a Fortuna 
E eu vi-me só no mar com minha escuna, 
E ninguém me valeu na tempestade! 

Hoje, já voltam com seu ar composto, 
Mas eu, vê lá! eu volto-lhes o rosto... 
E isto em mim não será uma vaidade? 

in - António Nobre

O cantor Francisco José nasceu há 87 anos


(imagem daqui)




Francisco José Galopim de Carvalho (Évora, 16 de Agosto de 1924 - Lisboa, 31 de Julho de 1988), mais conhecido como Francisco José, foi um cantor português.



Eça de Queirós morreu há 111 anos

José Maria de Eça de Queirós (Póvoa de Varzim, 25 de Novembro de 1845 - Paris, 16 de Agosto de 1900) é um dos mais importantes escritores lusos. Foi autor, entre outros romances de reconhecida importância, de Os Maias e O crime do Padre Amaro; este último é considerado por muitos o melhor romance realista português do século XIX.

Béla Lugosi, o rei do cinema do horror, morreu há 55 anos

Bela Lugosi como Dracula, papel que marcou sua carreira


Bela Ferenc Dezsõ Blaskó, mais conhecido como Béla Lugosi, (Lugoj, 20 de Outubro de 1882Los Angeles, 16 de Agosto de 1956) foi um ator húngaro nascido no então Império Austro-Húngaro, na região do Banat.

Madonna - 53 anos


Madonna Louise Veronica Ciccone (Bay City, 16 de Agosto de 1958), mais conhecida como Madonna, é uma cantora, compositora, actriz, dançarina, empresária e produtora musical e cinematográfica norte-americana. Ela se mudou para Nova Iorque em 1977 para seguir a carreira na dança moderna. Após se apresentar nos grupos musicais Breakfast Club e Emmy, ela lançou seu álbum de estreia em 1983. Em seguida, uma série de álbuns bem sucedidos a trouxeram popularidade, quebrando as barreiras do conteúdo lírico da música popular tradicional e da imagem em seus videoclipes, que se tornaram constantemente exibidos na MTV. Ao longo de sua carreira, várias de suas canções se tornaram bastante lembradas e executadas, entre elas "Like a Virgin", "Papa Don't Preach", "Like A Prayer", "Vogue", "Frozen", "Music", "Hung Up" e "4 Minutes". Madonna tem sido elogiada pela crítica por suas produções musicais diversificadas que servem ao mesmo tempo como meio de chamar atenção para controvérsias religiosas e sexuais.
Sua carreira foi reforçada por participações em filmes que começaram em 1979, apesar dos comentários mistos. Ela ganhou aclamação da crítica e um Globo de Ouro de Melhor Actriz em Comédia ou Musical por seu papel em Evita, mas tem recebido duras críticas por outros papéis no cinema. Outras ocupações de Madonna incluem ser escritora de livros infantis, diretora de cinema, produtora e desenhista de moda. Em 2007, ela assinou um contrato de 120 milhões de dólares com a Live Nation.
Madonna já vendeu mais de 300 milhões de discos no mundo inteiro e é reconhecida como a Artista musical feminina mais bem sucedida de todos os tempos pelo Guinness World Records. De acordo com a Recording Industry Association of America (RIAA), ela é a segunda mais vendida nos Estados Unidos, atrás de Barbra Streisand, com 64 milhões de discos certificados. Em 2008, a revista Billboard numerou Madonna na segunda posição, atrás apenas dos Beatles, na lista de maiores artistas de todos os tempos do Hot 100, fazendo dela a artista solo mais bem sucedida na história das paradas da Billboard. Ela também foi introduzida no Rock and Roll Hall of Fame no mesmo ano. Considerada uma das "25 mais poderosas mulheres do século passado" pela Time por ser uma figura influente na música contemporânea, Madonna é conhecida por estar constantemente reinventando sua música e imagem, e por manter um nível de autonomia dentro da indústria fonográfica.

O Rei morreu há 34 anos

Elvis Aaron Presley (East Tupelo, 8 de Janeiro de 1935Memphis, 16 de Agosto de 1977) foi um famoso músico e actor, nascido nos Estados Unidos da América, sendo mundialmente denominado como Rei do Rock. É também conhecido pela alcunha Elvis The Pelvis, apelido pelo qual ficou conhecido na década de 1950 por sua maneira extravagante e ousada de dançar. Uma de suas maiores virtudes era a sua voz, devido ao seu alcance vocal, que atingia, segundo especialistas, notas musicais de difícil alcance para um cantor popular. A crítica especializada reconhece seu expressivo ganho, em extensão, com a maturidade; além de virtuoso senso rítmico, força interpretativa e um timbre de voz que o destacava entre os cantores populares, sendo avaliado como um dos maiores e por outros como o melhor cantor popular do século XX.
Acompanhado pelo guitarrista Scotty Moore e pelo baixista Bill Black, Presley foi um dos criadores do rockabilly, uma fusão de música country e rhythm and blues.
Elvis tornou-se um dos maiores ícones da cultura popular mundial do século XX. Entre seus sucessos musicais podemos destacar "Hound Dog", "Don't Be Cruel", "Love me Tender", "All Shook up", "Teddy Bear", "Jailhouse Rock", "It's Now Or Never", "Can´t Help Falling In Love", "Surrender", "Crying In The Chapel", "Mystery Train", "In The Ghetto", "Suspicious Minds", "Don't Cry Daddy", "The Wonder Of You", "An American Trilogy", "Burning Love", "My Boy" e "Moody Blue". Na Europa, canções como "Wooden Heart", "You Don't Have To Say You Love Me", "My Boy" e "Moody Blue" fizeram sucesso. Particulamente no Brasil, foram bem-sucedidas as canções "Kiss Me Quick", "Bossa Nova Baby", "Bridge Over Troubled Water".
Após sua morte, novos sucessos advieram, como "Way Down" (logo após seu falecimento), "Always On My Mind", "Guitar Man", "A Little Less Conversation" e "Rubberneckin". Trinta anos depois de morrer, Presley ainda é o artista solo detentor do maior número de "hits" nas paradas mundiais e também é o maior recordista mundial em vendas de discos em todos os tempos com mais de mil milhões e meio de discos vendidos em todo o mundo.

O carniceiro de Kampala morreu há 8 anos

Idi Amin Dada Oumee (Koboko, 1925Jedá, 16 de Agosto de 2003) foi um militar e ditador de Uganda, que governou o país de 1971 a 1979.
Da etnia kakwa, sua ditadura foi caracterizada por genocídios e requintes de crueldade utilizados nas execuções, daí as alcunhas de "o carniceiro de Kampala" e "senhor do horror", atribuídas a ele pelo povo ugandense. Idi Amin assumiu o governo de Uganda quando era comandante-chefe das Forças Armadas, destituindo o antigo governo civil. Era defensor de Adolf Hitler e favorável à extinção do Estado de Israel. O seu governo terminou em 1979, quando as tropas da Tanzânia, que nunca reconheceram o seu governo, o destituíram sob o apoio dos ugandenses.


Idi Amin Dada nasceu numa pequena tribo de camponeses muçulmanos de Kakwa nas margens do rio Nilo, num dos distritos mais remotos de Uganda.
Alistado no Exército britânico, foi inicialmente ajudante de cozinha do regimento britânico King's African Rifles. Impressionou com seu 1,90 metro de altura, e os seus 110 quilos bem como a sua habilidade pugilística, que o converteram num campeão de boxe na categoria de pesos-pesados do seu país, de 1951 a 1960. Após a independência do país, em 1962, tornou-se chefe do Exército do presidente Milton Obote. Após o golpe de estado, depois de alguns meses de moderação, iniciou rapidamente a arbitrariedade como estilo de seu governo, que durou oito anos, sendo um regime brutal que deixou um país arruinado e 300 mil pessoas assassinadas. Demonstrando um temperamento megalómano, vingativo e violento, expulsou, em 1972, cerca de 40 mil asiáticos, descendentes de imigrantes do império britânico na Índia, dizendo que Deus lhe havia dito para transformar Uganda num país de homens negros. Uma figura grande e imponente, o seu comportamento excêntrico criou a imagem de um homem dado a explosões irregulares e foi chamado de "Big Daddy". Uma vez declarou-se "rei da Escócia", proibiu os hippies e as minissaias, e chegou a um funeral da realeza saudita usando um kilt. Certa vez (1999) disse a um jornal ugandês que gostava de tocar acordeão e de recitar o Alcorão. Ficou conhecido também por debochar de vários líderes internacionais: afirmava dar conselhos ao presidente americano Richard Nixon, criou o "Fundo Ugandense para a Salvação da Inglaterra" e cogitou a transferência da sede da ONU de Nova York para a capital de Uganda. Depois de assumir o poder (1971), tornou-se um ditador que violava os direitos humanos fundamentais durante um "reinado de horror", segundo a Comissão Internacional de Juristas. Foi um dos déspotas mais sanguinários da África tendo tomado o poder num golpe militar, derrubando o presidente Milton Obote.
Foi denunciado dentro e fora do continente africano por matar dezenas de milhares de pessoas durante seu governo. Algumas estimativas dizem que o número ultrapassa as cem mil pessoas. Muitos ugandeses acusavam o ex-campeão de boxe de manter cabeças decepadas no frigorífico, de alimentar crocodilos com cadáveres e de ter desmembrado uma de suas esposas. Alguns diziam que praticava canibalismo.
Rompeu relações diplomáticas com Israel, ordenou a expulsão de 90 mil asiáticos, a maioria comerciantes indianos e paquistaneses, e de vários judeus. Foi recebido, em 1975, pelo Papa Paulo VI como chefe em exercício da Organização da Unidade Africana. Foi notícia internacional em 1976 quando, depois do sequestro de um avião da Air France por terroristas palestinianos e da intervenção das Forças de Defesa de Israel (FDI) na operação militar conhecida como Operação Entebbe (ocorrida no aeroporto de Entebbe - nome do aeroporto onde se sucederam os fatos, que fica nos arredores de Kampala, a 37 km do centro da cidade), foram libertados todos os reféns. O ataque deixou 31 mortos, entre eles 20 ugandeses, uma intervenção que foi encarada como uma humilhação pessoal, pois Idi Amin na ocasião declarava-se neutro para a imprensa internacional, quando na verdade apoiava os sequestradores palestinianos.
Rompeu em 1976 relações diplomáticas com o Reino Unido e, dois anos depois, fracassa um atentado contra ele nos subúrbios de Kampala. Exilado na Tanzânia, o líder por ele derrubado Milton Obote convocou um ataque e, no dia 11 de abril de 1979, o ditador foi derrubado pela Frente Nacional de Libertação do Uganda (FNLU), pelas forças do presidente da Tanzânia, Julius Nyerere, e de exilados ugandeses, e um novo regime, dirigido por Yusuf Lule, chefe do FNLU, também seria destituído no dia 20 de Junho por Godfrey Binaisa.
Abandonou então o país e fugiu para a Líbia, mas teve de procurar um novo refúgio quando o presidente líbio Muammar al-Gaddafi o expulsou do país. Recebeu asilo da Arábia Saudita em nome da caridade islâmica, onde passou a viver até o fim de sua vida, acompanhado pelas suas quatro esposas e seus mais de 50 filhos. Quando o seu estado de saúde se agravou, em Julho, uma de suas quatro mulheres pediu para voltar a Uganda para morrer, mas o actual governo negou o pedido, sob o argumento que se retornasse ao país seria julgado pelas suas atrocidades.

O irmão Roger, fundador da Comunidade Ecuménica de Taizé, morreu há 6 anos

Frère Roger (Irmão Roger) (Vaud, Suíça, 12 de Maio de 1915Taizé, 16 de Agosto de 2005 - 90 anos), baptizado Roger Louis Schütz-Marsauche, foi o fundador da Comunidade de Taizé.

Dorival Caymmi morreu há 3 anos

Dorival Caymmi (Salvador, 30 de Abril de 1914Rio de Janeiro, 16 de Agosto de 2008) foi um cantor, compositor, violonista, pintor e actor brasileiro.
Compôs inspirado pelos hábitos, costumes e as tradições do povo baiano. Tendo como forte influência a música negra, desenvolveu um estilo pessoal de compor e cantar, demonstrando espontaneidade nos versos, sensualidade e riqueza melódica. Morreu em 16 de Agosto de 2008, aos 94 anos, em casa, às seis horas da manhã, por conta de insuficiência renal e falência múltipla dos órgãos em consequência de um câncer renal que possuía há 9 anos. Permanecia em internação domiciliar desde Dezembro de 2007. Poeta popular, compôs obras como Saudade de Bahia, Samba da minha Terra, Doralice, Marina, Modinha para Gabriela, Maracangalha, Saudade de Itapuã, O Dengo que a Nega Tem, Rosa Morena.
Filho de Durval Henrique Caymmi e Aurelina Soares Caymmi, era casado com Adelaide Tostes, a cantora Stella Maris. Todos os seus três filhos são também cantores: Dori Caymmi, Danilo Caymmi e Nana Caymmi.
 

segunda-feira, agosto 15, 2011

O Arcebispo Óscar Romero nasceu há 94 anos

 Dom Romero (pintura mural realizada na Universidade de El Salvador)

Óscar Arnulfo Romero Galdámez, conhecido como Monsenhor Romero, (Ciudad Barrios, San Miguel, 15 de Agosto de 1917 - San Salvador, 24 de Março de 1980) foi um sacerdote católico salvadorenho, quarto arcebispo metropolitano de San Salvador (1977-1980).

Nascido em Ciudad Barrios, distrito de San Miguel em 15 de Agosto de 1917 numa família de origens humildes. Em 1930 entrou no Seminário de San Miguel.
Os superiores mandaram-no em Roma, para estudar e doutorar-se na Pontifícia Universidade Gregoriana. Foi ordenado padre em 4 de Abril de 1942.


Em 3 de Fevereiro de 1977 foi nomeado Arcebispo de San Salvador. Escolhido como arcebispo por seu conservadorismo, uma vez nomeado aderiu à não-violência, posição que o levou a ser comparado ao Mahatma Gandhi e a Martin Luther King. Por isso, Óscar Romero passou a denunciar, em suas homilias dominicais, as numerosas violações de direitos humanos em El Salvador e manifestou publicamente sua solidaridade com as vítimas da violência política, no contexto da Guerra Civil de El Salvador.

Dentro da Igreja Católica, defendia a "opção preferencial pelos pobres".

Na homilia de 11 de Novembro de 1977, Monsenhor Romero afirmou: "a missão da Igreja é identificar-se com os pobres. Assim a Igreja encontra sua salvação."
Óscar Romero foi assassinado quando celebrava a missa, em 24 de Março 1980, por um atirador de elite do exército salvadorenho, treinado nas Escola das Américas. Sua morte provocou uma onda de protestos em todo o mundo e pressões internacionais por reformas em El Salvador.
Em 2010, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou o dia 24 de Março como o Dia Internacional pelo Direito à Verdade acerca das Graves Violações dos Direitos Humanos e à Dignidade das Vítimas em reconhecimento à actuação de Dom Romero em defesa dos direitos humanos.
Foi declarado servo de Deus pelo Papa João Paulo II.

António Silva nasceu há 125 anos!

(imagem daqui

António Maria da Silva O SE (Lisboa, 15 de Agosto de 1886Lisboa, 3 de Março de 1971) foi um actor português.
Nascido no seio de uma família humilde, começou a trabalhar cedo, como marçano. Concluiu o Curso Geral do Comércio. Foi comandante de uma corporação de bombeiros.
Teve a sua formação teatral em grupos amadores da capital, estreando-se profissionalmente em 1910, no palco do Teatro da Rua dos Condes, em O Novo Cristo de Tolstoi. Contratado pela companhia Alves da Silva, aí participa em peças como O Conde de Monte Cristo ou O Rei Maldito. Vai para o Brasil em 1913, onde permanece até 1921, em digressão com a companhia teatral de António de Sousa. Casa-se com Josefina Silva em 1920. De volta a Portugal, trabalha vários anos consecutivos na Companhia de Teatro Santanella-Amarante, em peças de teatro ligeiro e de revista. Integra ainda as companhias de Lopo Lauer, António de Macedo, Comediantes de Lisboa e Vasco Morgado. É A Canção de Lisboa, de Cottinelli Telmo (1933) que o projecta no cinema e firma a sua popularidade e engenho como actor. Assegura personagens cómicas e dramáticas em mais de trinta películas — As Pupilas do Senhor Reitor (1935), O Pátio das Cantigas (1942), O Costa do Castelo (1943), Amor de Perdição (1943), Camões (1946), O Leão da Estrela (1947), Fado (1948), entre outras.
Foi distinguido, no dia 4 de Novembro de 1966, como Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, uma das Antigas Ordens Militares que tem por fim distinguir o mérito literário, científico e artístico, pela Presidência da República Portuguesa.

René Magritte morreu há 44 anos

Retrato de Magritte por Lothar Wolleh, 1967 

René François Ghislain Magritte (Lessines, 21 de Novembro de 1898 - Bruxelas, 15 de Agosto de 1967) foi um dos principais artistas surrealistas belgas, ao lado de Paul Delvaux.

O Festival de Woodstock começou há 42 anos

Woodstock Music & Art Fair (conhecido informalmente como Woodstock ou Festival de Woodstock) foi um festival de música realizado entre os dias 15 e 18 de Agosto de 1969 na fazenda de 600 acres de Max Yasgur na cidade rural de Bethel, no estado de Nova York, Estados Unidos. Anunciado como "Uma Exposição Aquariana: 3 Dias de Paz & Música", o festival deveria ocorrer originalmente na pequena cidade de Woodstock, mas os moradores locais não aceitaram, o que levou o evento para a pequena Bethel, a uma hora e meia de distância.
O festival exemplificou a era hippie e a contracultura do final dos anos 1960 e começo de 70. Trinta e dois dos mais conhecidos músicos da época apresentaram-se durante um chuvoso fim de semana defronte a meio milhão de espectadores. Apesar de tentativas posteriores de emular o festival, o evento original provou ser único e lendário, reconhecido como um dos maiores momentos na história da música popular.
O evento foi capturado em um documentário lançado em 1970, Woodstock, além de uma banda sonora com os melhores momentos.

Trinta e duas apresentações foram realizadas ao longo dos quatro dias do evento:

Sexta-feira, 15 de Agosto
  •     Richie Havens
  •     Swami Satchidananda
  •     Sweetwater
  •     The Incredible String Band
  •     Bert Sommer
  •     Tim Hardin
  •     Ravi Shankar
  •     Melanie
  •     Arlo Guthrie
  •     Joan Baez

Sábado, 16 de Agosto
  •     Quill
  •     Keef Hartley Band
  •     Country Joe McDonald
  •     John Sebastian
  •     Santana
  •     Canned Heat
  •     Mountain
  •     Grateful Dead
  •     Creedence Clearwater Revival
  •     Janis Joplin com a The Kozmic Blues Band
  •     Sly & the Family Stone
  •     The Who
  •     Jefferson Airplane

 Domingo, 17 de Agosto, e segunda-feira, 18 de Agosto
  •     The Grease Band
  •     Joe Cocker
  •     Country Joe and the Fish
  •     Ten Years After
  •     The Band
  •     Blood, Sweat & Tears
  •     Johnny Winter e seu irmão, Edgar Winter
  •     Crosby, Stills, Nash & Young
  •     Paul Butterfield Blues Band
  •     Sha-Na-Na
  •     Jimi Hendrix

Hoje é dia da Rainha de Portugal

A Assunção de Maria é a crença tradicional realizada pelos cristãos católicos, ortodoxos, anglicanos, e nenhuma das denominações protestantes que Maria mãe de Jesus no final de sua vida foi fisicamente assunta para o céu.
A Igreja Católica ensina esta crença como um dogma de que a Virgem Maria "ao concluir o curso de sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma para a glória celestial." Isto significa que Maria foi transportada para o céu com o seu corpo e alma unidas. Esta doutrina foi dogmaticamente e infalivelmente definida pelo Papa Pio XII, em 1 de Novembro de 1950, na sua Constituição Apostólica Munificentissimus Deus. A festa da assunção para o céu da Virgem Maria é celebrada como a "Solenidade da Assunção da Bem-aventurada Virgem Maria" pelos católicos, e como a Dormição por cristãos ortodoxos. Nestas denominações a Assunção de Maria é uma grande festa, normalmente comemorada no dia 15 de Agosto.


Portugal, na sua Gloriosa História, sempre defendeu a Conceição Imaculada de Nossa Senhora. Floresceu esta particular devoção no séc. XIII, e já no séc. XIV, em 1320, foi introduzida a festa da Imaculada Conceição por D. Raimundo, Bispo de Coimbra. Com a morte do Cardeal-Rei D. Henrique, em 1580 sobe ao trono durante um mês D. António, o Prior do Crato, que foi derrotado na Batalha de Alcântara, pelo exército enviado por Filipe II de Espanha, ficando Portugal sob o domínio espanhol durante quase 60 anos. Em 1639, começa-se a “preparar terreno” para a ascensão da Casa de Bragança ao trono, assim, após a revolução de 1 de Dezembro de 1640, D. João, Duque de Bragança, desloca-se para Lisboa onde foi aclamado Rei e logo depois manda celebrar na Capela Real, a 8 de Dezembro, imponente solenidade em honra de Maria Santíssima.O Rei “Restaurador” sentia o desejo de engrandecer a Mãe de Deus por tantas graças concedidas a Portugal por Sua intercessão e, assim, no dia 25 de Março de 1646, estando as cortes reunidas com o seu soberano, foi lida pelo secretário de Estado (depois de joelhos pelo Monarca) a Provisão Régia onde El-Rei consagrava Rainha de Portugal Nossa Senhora, desta forma os Monarcas Portugueses acharam por bem abdicarem da coroa nas suas cabeças, passando a serem representados ao lado da mesma. Mais tarde, no reinado de D. Pedro II, o Papa Clemente X respondeu ao pedido de D. João IV que a Imaculada Conceição fosse a “Senhora das terras Lusitanas”. O Papa enviou um breve Apostólico: “Exima dilectissima”, dado a 8 de Maio de 1671, confirmando a eleição de Nossa Senhora da Conceição como Padroeira principal de Portugal.

domingo, agosto 14, 2011

Notícia sobre paleontologia no Público

Fóssil de fêmea de plesiossauro grávida sugere que elas eram as boas mães do Mesozóico 

As crias nasciam muito grandes proporcionalmente à mãe

Haverá melhor local do que um museu da Califórnia para descobrir um monstro marinho da época dos dinossauros grávido - ou, melhor dizendo, grávida? É Verão e Hollywood não ficará longe do Museu de História Natural de Los Angeles County, onde um fóssil com 78 milhões de anos, descoberto em 1987, prova finalmente que os plesiossauros davam à luz os seus filhos, como os golfinhos e os tubarões e muitos répteis fazem hoje, em vez de porem ovos.

Os plesiossauros viveram no tempo dos dinossauros mas, apesar do aspecto que têm, não eram dinossauros. Eram grandes répteis marinhos - e, se o monstro do Lago Ness existisse, pelas descrições que normalmente fazem dele, nos avistamentos entre a bruma escocesa, esperar-se-ia que fosse um plesiossauro que se perdeu no tempo.

A ordem Plesiosauria inclui tanto a família dos animais de pescoço curto (tal como o que permitiu esta descoberta), como a dos de pescoço longo, que seria a do suposto monstro do Lago Ness.

Sabe-se que outros répteis do Mesozóico - o período geológico iniciado há 250 milhões de anos e que terminou há 65 milhões de anos, com a extinção dos dinossauros - davam à luz os seus descendentes, em vez de pôr ovos, como os dinossauros, escrevem Robin O"Keefe (Universidade Marshall) e Louis Chiappe (Museu de Los Angeles) na revista Science. Mas isso nunca tinha sido confirmado para os plesiossauros.

Os dois cientistas relatam agora como perceberam que um fóssil de Polycotylus latippinus, descoberto no Kansas, afinal continha ossos de dois animais: um deles era o esqueleto de um embrião, que parecia ainda estar na barriga da mãe.

"Já há muito tempo que se sabia que o corpo dos plesiossauros não era adaptado a sair para terra e pôr ovos num ninho", disse O"Keefe, citado num comunicado de imprensa do Museu de Los Angeles. Os ovos dos répteis têm a casca muito dura e têm de ser postos em terra - mas os plesiossauros eram demasiado grandes para se arrastarem para a costa, salienta a revista New Scientist.

"A falta de provas de que dessem à luz as crias tem sido surpreendente. Este fóssil documenta-o pela primeira vez, e por isso finalmente fica resolvido este mistério."


Como as orcas

Por outro lado, os cientistas notam que o embrião parece bastante grande em comparação com a mãe, e até em relação ao que seria de esperar, quando se olha para as proporções noutras espécies de répteis: a mãe tinha 4,7 metros e o bebé teria 1,6 metros, se se tivesse desenvolvido até ao momento do parto, estimaram os cientistas.

Isto levou os dois investigadores a formularem uma hipótese curiosa: "Muitos dos animais que hoje existem e dão à luz crias únicas e grandes são sociais e dispensam cuidados maternais. Especulamos que os plesiossauros podem ter exibido comportamentos semelhantes, que tornavam as suas vidas sociais mais semelhantes aos dos modernos golfinhos do que aos de outros répteis", diz ainda O"Keefe.

Os cetáceos odontocetes (as baleias com dentes, como as orcas), que são altamente sociais e cuidam dos seus descendentes, com dimensões e hábitos alimentares semelhantes (carnívoros), são identificadas pelos cientistas como "os mais próximos equivalentes ecológicos actuais" destes antigos monstros aquáticos. No entanto, os plesiossauros não têm descendentes.

in Público - ler notícia