domingo, julho 19, 2009

Filipa de Lencastre morreu há 594 anos


Entrada de D. João I na cidade do Porto para celebrar o seu casamento com Filipa de Lencastre - azulejos de Jorge Colaço (1864-1942) na Estação de São Bento, Porto (fonte - Wikipédia)


Filipa de Lencastre (Leicester, 1359 - Lisboa, 19 de Julho de 1415) foi uma princesa inglesa da casa dos Plantagenetas, filha de João de Gant, 1º Duque de Lencastre, pela sua mulher Branca de Lencastre.

Tornou-se rainha consorte de Portugal através do casamento com o rei D. João I, celebrado em 1387 na cidade do Porto. Este casamento foi acordado no âmbito da Aliança Luso-Inglesa, contra o eixo França-Castela. Foi-lhe atribuída a distinção inglesa da Ordem da Jarreteira.

As rainhas de Portugal contaram, desde muito cedo, com os rendimentos de bens, adquiridos na sua grande maioria por doação. D. Filipa de Lencastre recebeu as rendas da alfândega de Lisboa, bem como as vilas de Alenquer, Sintra, Óbidos, Alvaiázere, Torres Novas e Torres Vedras.

Foi uma rainha generosa e amada pelo povo. Os seus filhos que chegaram à idade adulta seriam lembrados como a ínclita geração, de príncipes cultos e respeitados em toda a Europa.

Filipa morreu de peste negra nos arredores de Lisboa, poucos dias antes da partida para a expedição a Ceuta; segundo uns, terá sido no convento de Odivelas; segundo outros, no convento de Sacavém. Está sepultada na Capela do Fundador do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha, ao lado do seu esposo.



Retrato de uma princesa desconhecida


Para que ela tivesse um pescoço tão fino
Para que os seus pulsos tivessem um quebrar de caule
Para que os seus olhos fossem tão frontais e limpos
Para que a sua espinha fosse tão direita
E ela usasse a cabeça tão erguida
Com uma tão simples claridade sobre a testa
Foram necessárias sucessivas gerações de escravos
De corpo dobrado e grossas mãos pacientes
Servindo sucessivas gerações de príncipes
Ainda um pouco toscos e grosseiros
Ávidos cruéis e fraudulentos

Foi um imenso desperdiçar de gente
Para que ela fosse aquela perfeição
Solitária exilada sem destino


in Dual - Sophia de Mello Breyner Andresen (1972)

Poesia

NOITE

Encontraram-no caído
ao fundo daquela rua;
chamaram-no pelo nome, e era eu!
- O Poeta andava à lua
e adormeceu...

Foi o que disse e jurou
pela sua salvação
a Perdida
que viu tudo da janela...
E o guarda soube por Ela,
pelo pranto que chorava,
quem era na minha vida
o Guarda que me guardava...

- Andar à lua é proibido...
Mas Ela pagou a lei
por um beijo que lhe dei
antes ou depois de ter caído,
nem eu sei...

in O Outro Livro de Job (1936) - Miguel Torga

sábado, julho 18, 2009

Geoturismo e Glaciares

Moving Glacier

A Natureza tem fenómenos extremos. No entanto, estes são tão raros que a maior parte de nós não tem a noção da sua potência. Sismos, tsunamis, erupções vulcânicas, deslizamentos de terra e avalanches são alguns dos exemplos mais conhecidos mas por vezes o perigo vêm de onde não se espera. Numa altura em que o geoturismo cresce (o que é muito bom) convém ter em mente que não se deve facilitar. Este é um bom exemplo da falta de noção do poder de alguns fenómenos naturais. Por acaso todos sobreviveram sem grandes ferimentos.

Música para ministra (e ajudantes) em fase terminal

Cranberries - When You’re Gone




Hold onto love that is what I do now that I've found you.
And from above everything's stinking, they're not around you.

And in the night, I could be helpless,
I could be lonely, sleeping without you.

And in the day, everything's complex,
There's nothing simple, when I'm not around you.

But I'll miss you when you're gone, that is what I do. Hey, baby!
And it's going to carry on, that is what I do. Hey, baby...

Hold onto my hands, I feel I'm sinking, sinking without you.
And to my mind, everything's stinking, stinking without you.

And in the night, I could be helpless,
I could be lonely, sleeping without you.

And in the day, everything's complex,
There's nothing simple, when I'm not around you.

But I'll miss you when you're gone, that is what I do. Hey, baby!
And it's going to carry on, that is what I do. hey, baby...

Estou na Lua


Observar o Céu sem poluição luminosa

Dez cidades aderem à Noite das Estrelas
Portugal apaga-se em nome do céu nocturno e do brilho das estrelas
18.07.2009 - 08h17 Ana Machado, Romana Borja-Santos

Perder a hipótese de observar um céu nocturno cheio de estrelas ou desperdiçar energia são as principais consequências da poluição luminosa, um problema que afecta a maior parte das cidades. Para sensibilizar a sociedade para este problema, astrónomos e amantes da observação dos céus juntam-se hoje em vários pontos do país para celebrar a Noite das Estrelas e para pedir legislação específica que proteja o direito ao céu nocturno.

Um bem que gostavam que a UNESCO elevasse a Património da Humanidade, começando, por exemplo, por criar "reservas de estrelas", zonas onde os interessados pudessem voltar a olhar para o lado negro do Universo.

Rosa Doran, astrónoma e investigadora do Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa, vai estar na praia dos pescadores, na baía de Cascais, com o Núcleo Interactivo de Astronomia, para mostrar aos que aparecerem como é bom observar o céu nocturno. Além de Cascais, as luzes apagam-se em dez locais de norte a sul do país, entre eles a Torre de Belém, em Lisboa, o Pátio das Escolas, em Coimbra, Moimenta da Beira, ilha Terceira (Açores) e Calheta (Madeira). Apesar de a iniciativa abranger apenas a iluminação pública, se todo o país fosse "desligado" durante apenas uma hora isso já permitiria uma redução entre os cinco e os dez por cento no consumo. Mas a ideia de hoje é mais fazer uma homenagem ao céu e exigir que este não seja ofuscado por nenhum brilho artificial.

"Quando entramos de avião em Lisboa vemos a Ponte 25 de Abril toda iluminada, mas não vemos a Ponte Vasco da Gama. É bonita de ver a ponte iluminada, mas não passa disso. É dinheiro que se gasta. Começamos a despertar para este problema da poluição luminosa que nos afecta dentro das cidades", lembra Rosa Doran sobre o problema que reduz aos planetários a hipótese de observação do céu: "As crianças perderam os céus".

"Mais do que ver as estrelas, olhar para o céu é descobrir o Universo", frisa a investigadora, recordando o mote do Ano Internacional da Astronomia, que se celebra ao longo deste ano em que se completam 400 anos sobre as primeiras observações de Galileu. Também o astrónomo Máximo Ferreira, do Centro Ciência Viva de Constância, defende um regresso às origens e sugere que se observe primeiro a olho nu. "Os instrumentos permitem ver mais longe, mas tiram a beleza do contacto directo com o céu."

Pedro Russo, astrofísico português a trabalhar no Observatório Europeu do Sul, em Munique, Alemanha, e coordenador do Ano Internacional da Astronomia, lembra que o impacto da poluição luminosa no ser humano não é grande, mas noutras espécies sim, o que leva já alguns países a aplicar legislação de protecção do céu nocturno.

"Estudos indicam que 40 por cento da iluminação é desperdiçada e nunca se provou a relação entre o aumento da criminalidade e a falta de iluminação", frisa o investigador, que aproveita para lançar o desafio a que Portugal adopte legislação específica. "Poderia até servir o turismo."

in Público -ler notícia (Via Blog AstroLeiria)

Luar Na Lubre



Madrugada, o porto adormeceu, amor,
a lúa abanea sobre as ondas
piso espellos antes de que saia o sol
na noite gardei a túa memoria.

Perderei outra vez a vida
cando rompa a luz nos cons,
perderei o día que aprendín a bicar
palabras dos teus ollos sobre o mar,
perderei o día que aprendín a bicar
palabras dos teus ollos sobre o mar.

Veu o loito antes de vir o rumor,
levouno a marea baixo a sombra.
Barcos negros sulcan a mañá sen voz,
as redes baleiras, sen gaivotas.

E dirán, contarán mentiras
para ofrecerllas ao Patrón:
quererán pechar cunhas moedas, quizais,
os teus ollos abertos sobre o mar,
quererán pechar cunhas moedas, quizais,
os teus ollos abertos sobre o mar.

Madrugada, o porto despertou, amor,
o reloxo do bar quedou varado
na costeira muda da desolación.
Non imos esquecer, nin perdoalo.

Volverei, volverei á vida
cando rompa a luz nos cons
porque nós arrancamos todo o orgullo do mar,
non nos afundiremos nunca máis
que na túa memoria xa non hai volta atrás:
non nos humillaredes NUNCA MÁIS.


PS - como estão tão próximas as datas (a da conquista da Lua e a do Dia da Galiza), celebremo-las antecipadamente com música dos Luar Na Lubre, numa canção que fala da Lua reflectida no mar e do desastre do Prestige (como é possível que o Homem, com a sua tecnologia, consiga em tão pouco tempo ir à Lua e matar fauna e flora das rias galegas...) - NUNCA MAÍS...

sexta-feira, julho 17, 2009

Lua


Para celebrar os 40 anos da conquista da Lua...

(fonte: Wikipédia - clicar para aumentar)

...nada melhor do que a Poesia ou a Música.

Assim, nos próximos dias, até 24 de Julho (data de regresso dos três heróis), iremos celebrar este feito com alguns posts especiais, começando com uma poesia.

Lua

Entre a terra e os astros, flor intensa.
Nascida do silêncio, a lua cheia
Dá vertigens ao mar e azula a areia,
E a terra segue-a em êxtases suspensa.

in Dia do Mar - Sophia de Mello Breyner Andresen

A Lua de Cat Stevens

Cat Stevens - Boy With A Moon And Star



A gardeners daughter stopped me on my way, on the day I was
To wed
It is you who I wish to share my body with she said
Well find a dry place under the sky with a flower for a bed
And for my joy I will give you a boy with a moon and
Star on his head.
Her silver hair flowed in the air laying waves across the sun
Her hands were like the white sands, and her eyes had
Diamonds on.
We left the road and headed up to the top of the
Whisper wood
And we walked till we came to where the holy magnolia stood.
And there we laid cool in the shade singing songs and
Making love...
With the naked earth beneath us and the universe above.
The time was late my wedding wouldnt wait I was sad but
I had to go,
So while she was asleep I kissed her cheek for cheerio.
The wedding took place and people came from many
Miles around
There was plenty merriment, cider and wine abound
But out of all that I recall I remembered the girl I met
cause she had given me something that my hear could not
Forget.
A year had passed and everything was just as it was a year
Before...
As if was a year before...
Until the gift that someone left, a basket by my door.
And in there lay the fairest little baby crying to be fed,
I got down on my knees and kissed the moon and star on
His head.
As years went by the boy grew high and the village looked
On in awe
Theyd never seen anything like the boy with the moon and
Star before.
And people would ride from far and wide just to seek the
Word he spread
Ill tell you everything Ive learned, and love is all...he said.


NOTA: post conjunto dos Blogues AstroLeiria, GeoLeiria e Geopedrados...

quinta-feira, julho 16, 2009

Crianças dizem adeus a pedaço de Lua


Informação recebida do Museu de Ciência da Universidade de Coimbra, via Blog De Rerum Natura:


Dia 24 de Julho, nos 40 anos da Missão Apollo 11, crianças dizem adeus a pedra da Lua

A pedra da Lua (na foto) está quase a deixar o Museu da Ciência de Coimbra e a regressar à NASA precisamente no dia em que, há 40 anos, terminava a missão que levou à Lua o primeiro homem. Na despedida, as pedras de estimação dos mais pequenos vão ser estrelas por uma noite...

A pedra foi recolhida por James Irwin naquela que a NASA considerou a missão tripulada mais bem sucedida de sempre. Em Portugal desde Maio, prepara-se agora para regressar à agência espacial norte-americana. A pedra da Lua da missão Apollo 15 deixará o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra no dia 24 de Julho (sexta-feira), precisamente na data em que se comemoram os 40 anos do regresso dos primeiros homens que pisaram a superfície lunar (missão Apollo 11).

Na despedida, o Museu da Ciência desafia os mais pequenos a fazerem das suas pedras de estimação estrelas por uma noite. Das 21 às 24 horas, a ideia é que as crianças e as suas famílias descubram no Laboratorio Chimico, com a ajuda de duas geólogas da Universidade de Coimbra, as verdadeiras origens das pedras de que tanto gostam. Para além de uma viagem pelos mistérios das pedras de estimação, os mais pequenos poderão ainda encarnar um astronauta e levar para casa uma fotografia do momento.

No anfiteatro do Museu, as famílias terão oportunidade de espreitar vídeos das missões Apollo e reviver a ida do Homem à Lua.A entrada é livre.

A iniciativa "Um Pezinho na Lua" é organizada pelo Museu da Ciência da Universidade de Coimbra e integra as comemorações do Ano Internacional da Astronomia, que assinalam os 400 anos das primeiras observações astronómicas de Galileu. De resto, a missão Apollo 15 (26 de Julho a 7 de Agosto de 1971), que trouxe a pedra da Lua em exibição no museu, foi palco de uma experiência que confirmou a teoria do cientista acerca da queda dos corpos: sem o efeito da atmosfera, uma pena e um martelo largados em simultâneo atingem o solo precisamente ao mesmo tempo.

Em exposição desde 22 de Maio, a pedra da Lua tem estado em Portugal graças a uma parceria entre o Museu da Ciência, a NASA e a Critical Software.

Dia histórico - há 40 anos a Apollo XI partiu rumo à Lua

Do Blog AstroLeiria publicamos o seguinte post:


Faz hoje quarenta anos que a Apollo XI partiu do Cabo Canaveral (Flórida) para a conquista do nosso satélite natural, às 14.32 horas (hora portuguesa).

Iremos, neste Blog e noutros que o queiram acompanhar, recordar a par e passo estes eventos históricos nos próximos dias, pois há que honrar os heróis astronautas neste Ano Internacional da Astronomia.

Para quem quer recordar como deve de ser o evento, os Museu e Biblioteca Presidenciais que honram John F. Kennedy têm um site que todos deveriam visitar:

Ófaxavor, expiliquem-me lá

Do Fuchsiabrava's Blog publicamos, com recomendação de visita ao site, o seguinte post:

Hoje foi publicada a portaria que regulamenta a designação de professores bibliotecários em agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas. A Portaria 756/2009 (pode ser lida aqui na DGRHE) tem data de idos de 14 de JULHO de 2009. Curiosamente no âmbito dos prazos de procedimentos para que todo o processo interno se desenrole tem o prazo definido até … 30 de JUNHO.


Ora leiam lá o artigo 6.º e…


image

… expiliquem-me lá como se eu fosse o Dias da Silva que, como qualquer professor deste país, não entende o que está claramente escrito.

ADENDA: lamento imenso a minha incompetência em scanar (os limites estão muito à… badalhoca) mas eu sou apenas uma professorazeca iletrada e incompetente. Prometo uma “reciclage” nas Novas Oportunidades na área de “Scanas e tiques


ADENDA: para quem não sabe, o Dias da Silva citado no texto é um dirigente sindical dos professores (da FNE/UGT) que, num debate radiofónico com um secretário de estado qualquer lhe foi dito (por essa patética personagem que tutela a Educação...) que não percebeu o relatório porque está escrito em inglês (é mau confundir um especialista em Inglês Técnico, quase um engenheiro reconhecido pela Ordem, com um Professor...) - se não acreditam vejam/ouçam AQUI.

OCDE elogia coragem da Ministra da Educação

Do Blog Outra Forma de Ver publicamos, com a devida vénia, o seguinte post:



Lembrei-me de imediato de um episódio da série da BBC "Sim, Sr. Ministro". Nele era explicado ao Ministro o verdadeiro significado dos elogios às decisões políticas. "Uma medida corajosa" era um dos elogios mais temidos, significava que com essa medida o Ministro arriscava a sua permanência no governo.

A Ministra da Educação sabe que não fará parte do próximo governo, pelo que já não tem medo de ser classificada de "corajosa". Ainda bem, porque por estes dias será o único elogio que conseguirá ouvir.

Ciência Viva no Verão 2009



Depois do filme, aqui fica uma lista das actividades em que já estou inscrito, da Geologia no Verão 2009:
Fica ainda a informação de que havia outra acção (Hei-de voltar a Viana) que adoraria fazer, mas condicionamentos escolares impedem-me de participar (mas a malta de Viana há-de-me fazer relato, que aqui publicaremos...).

Duplica, É O Dobro, Triplica Ou É 1+2 Abonos de Família?

Mais um delicioso post do Paulo Guinote, do Blog A Educação do meu Umbigo:

Volta Guterres, tu ao menos eras engenheiro… e a multiplicação não era por 2 ou 3.

E eu que tinha perdido esta pérola e só agora dei por ela graças ao Miguel.

terça-feira, julho 14, 2009

Músicas para mana velha...

Marião - Brigada Victor Jara



Delicadamente p'ra ti - Fausto





PS - não se habituem, mas não é todos o dias que se faz anos...

segunda-feira, julho 13, 2009

As inscrições para a Ciência Viva no Verão começaram...!


Começaram hoje as inscrições para as actividades de 2009 da Ciência Viva no Verão 2009. Como no ano passado, as inscrições são on-line e muito fáceis de fazer, havendo cinco opções:
Em breve iremos aqui colocar sugestões e curiosidades, em particular no caso da Geologia...


ADENDA - faz hoje 55 anos que morreu Frida Kahlo...

sexta-feira, julho 10, 2009

Vende-se retrato de dodó

Desenho holandês tem cerca de 350 anos

Ilustração até agora desconhecida do dodó vendida por mais de 71 mil euros
09.07.2009 - 18h35 PÚBLICO

A ilustração data do século XVII

Uma ilustração com 350 anos do dodó, até agora desconhecida, foi leiloada pela Christie’s londrina por 44.450 libras (71.609 euros), informa a casa leiloeira. O preço da venda superou muito as estimativas, que apontavam para um valor entre oito mil e 11 mil euros.

A ilustração é da escola holandesa, mas não tem autor conhecido. Há algumas possibilidades de ter sido feita a partir de um modelo vivo. Algumas destas grandes aves das Maurícias, que não voavam e não fugiam dos humanos (antes da chegada dos homens ao seu habitat, em 1598, não tinham de enfrentar predadores naturais), foram transportadas para a Europa.

A ave deve o nome popular à designação “pássaro doido”, que lhe deram os marinheiros portugueses – que podem ter visitado a ilha em 1507, ainda antes dos holandeses, que a baptizaram. Leva por nome científico “Raphus cucullatus” e seria um parente dos actuais pombos.

Os relatos dos marinheiros dizem que a sua carne sabia mal e era dura – ainda assim, foi caçado até à extinção em 1700. Não resta nenhum exemplar empalhado sequer, apenas alguns restos de ossos. No entanto, em 2005, em escavações nas ilhas Maurícias, foram descobertos vários ossos fossilizados.

A ilustração tem inscrito a palavra “Dronte”, a designação que os holandeses davam a este animal no século XVII. Julian Hume, especialista em dodós e paleontólogo no Museu de História Natural de Londres, comentou ao jornal britânico “The Telegraph” que a imagem é “muito interessante” e inovadora, dado que o animal aparece a três dimensões em lugar do habitual perfil. O desenho tem 26 por 21 centímetros.

“Há sempre muito interesse em material destes porque o dodó despertava uma grande curiosidade. Esta é, certamente, uma imagem pouco comum, apesar de a imagem não ser, francamente, muito boa”, disse outro especialista, Anthony Cheke.



NOTA - havendo um excelente livro de Clara Pinto Correia sobre dodós, é uma pena que não se explore mais estes assuntos e se continue a publicar textos com alguns erros científicos...

Calvino nasceu há 500 anos

O reformador protestante francês, em cuja terra natal assisti ao eclipse total do Sol de 1999 (a 11 de Agosto) nasceu há 500 anos:
João Calvino (Noyon, 10 de Julho de 1509 — Genebra, 27 de Maio de 1564) foi um teólogo cristão francês. Calvino teve uma influência muito grande durante a Reforma Protestante, uma influência que continua até hoje. Portanto, a forma de Protestantismo que ele ensinou e viveu é conhecido por alguns pelo nome Calvinismo, mesmo se o próprio Calvino teria repudiado contundentemente este apelido. Esta variante do Protestantismo viria a ser bem sucedida em países como a Suíça (país de origem), Países Baixos, África do Sul (entre os africânderes), Inglaterra, Escócia e Estados Unidos da América.